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Gestão de equipes Renato da Costa de alta performance ISBN 978-65-5821-210-2 9 786558 212102 Código Logístico I000903 G estão de equipes de alta perfo rm ance R enato da C o sta Gestão de equipes de alta performance Renato da Costa IESDE BRASIL 2023 Todos os direitos reservados. IESDE BRASIL S/A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR 0800 708 88 88 – www.iesde.com.br © 2023 – IESDE BRASIL S/A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito do autor e do detentor dos direitos autorais. Projeto de capa: IESDE BRASIL S/A. Imagem da capa: BoykoPictures/Envato Elements - namanoidstudio/Envato Elements - CrafteryCo/Envato Elements 22-81805 CDD: 658.3 CDU: 005.962 CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃONAPUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ C875g Costa, Renato da Gestão de equipes de alta performance / Renato da Costa. - 1. ed. - Curitiba [PR] : IESDE, 2023. Inclui bibliografia ISBN 978-65-5821-210-2 1. Administração de pessoal. I. Título. Meri Gleice Rodrigues de Souza - Bibliotecária - CRB-7/6439 23/12/2022 27/12/2022 Renato da Costa Doutor em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), tendo feito doutoramento sanduíche na Universitat Jaume I, em Castellón de La Plana, Espanha. Mestre em Administração pela PUCPR. Pós-graduado em Administração Estratégica pelo IBPEX-Facinter. Graduado em Administração pela Faculdade Opet (FAO-OPET). Trabalhou no armazém de uma multinacional de tecnologia norte-americana em Carlisle, Pensilvânia, EUA, no sistema inbound-outbound como management trainee. É membro efetivo da Academia de Cultura de Curitiba (ACCUR) e da Academia Paranaense da Poesia. É membro de corpo editorial e revisor de periódicos nacionais e internacionais. Agora é possível acessar os vídeos do livro por meio de QR codes (códigos de barras) presentes no início de cada seção de capítulo. Acesse os vídeos automaticamente, direcionando a câmera fotográ�ca de seu smartphone ou tablet para o QR code. Em alguns dispositivos é necessário ter instalado um leitor de QR code, que pode ser adquirido gratuitamente em lojas de aplicativos. Vídeos em QR code! SUMÁRIO 1 Gestão de talentos 9 1.1 Atraindo talentos para a empresa 10 1.2 Desenvolvendo talentos 13 1.3 Estratégias para retenção de talentos 16 1.4 Organização e gestão de equipes 18 2 Gestão de equipes 25 2.1 Gestão de equipes de trabalho 26 2.2 Organização de equipes de trabalho 29 2.3 Formação e trabalho em equipe 33 2.4 Equipes autogerenciáveis 36 2.5 Equipes vencedoras 40 3 Gestão do trabalho remoto 47 3.1 Trabalho remoto 48 3.2 Desafios do trabalho remoto 51 3.3 Engajamento no trabalho 60 3.4 Integração no trabalho remoto 64 4 Liderança e trabalho integrado 70 4.1 Características e tipos de liderança nas empresas 71 4.2 Formação de líderes 77 4.3 Comunicação e integração de equipes 79 5 Gestão humanizada 86 5.1 Conceito e pilares de gestão humanizada 87 5.2 Vantagens da gestão humanizada 96 5.3 Gestão humanizada e desempenho 99 5.4 Gestão humanizada na prática 102 5.5 Variáveis que influenciam a gestão da liderança 105 Resolução das atividades 112 Agora é possível acessar os vídeos do livro por meio de QR codes (códigos de barras) presentes no início de cada seção de capítulo. Acesse os vídeos automaticamente, direcionando a câmera fotográ�ca de seu smartphone ou tablet para o QR code. Em alguns dispositivos é necessário ter instalado um leitor de QR code, que pode ser adquirido gratuitamente em lojas de aplicativos. Vídeos em QR code! Esta obra busca discutir como a gestão de equipes de alta performance nas empresas pode ser considerada estratégica para o sucesso dos negócios. As equipes são responsáveis pelo desempenho no âmbito organizacional, e seu estudo, análise e compreensão fazem com que as empresas possam se beneficiar das contribuições dos seus funcionários no que diz respeito aos resultados alcançados. Para compreender a dinâmica que envolve a gestão de equipes de alta performance, estudaremos algumas questões que interferem diretamente no desempenho individual e coletivo. O ambiente empresarial é dinâmico e instável, o que faz com que as decisões dos gestores tenham que ser rápidas e eficazes, pois a concorrência em muitos casos é grande. Nesse contexto, atender às demandas do mercado com eficiência e eficácia é uma questão de sobrevivência, o que torna o trabalho das equipes fundamental para o alcance dos objetivos. Diante disso, no primeiro capítulo discorreremos sobre a gestão de talentos e como as empresas elaboram ações para atrair e desenvolver talentos para as suas mais diferentes áreas; como organizam as equipes e as motivam; e como fazem para reter os talentos diante de tanta concorrência no mercado. As pessoas buscam a sua realização profissional e, devido a isso, demonstram interesse em trabalhar em empresas que tenham princípios e valores próximos aos seus. Logo, compete ao departamento de recursos humanos junto aos gestores da empresa elaborar políticas e estratégias capazes de fazer a gestão dos talentos e gerar uma vantagem competitiva diante dos concorrentes. No segundo capítulo trataremos da gestão das equipes de trabalho, como as empresas organizam as equipes para trabalharem em projetos e demais atividades, destacando as principais ações para promover a integração das pessoas e as principais características de equipes vencedoras. APRESENTAÇÃOVídeo No terceiro capítulo abordaremos a gestão do trabalho remoto, a sua caracterização e as formas de engajar pessoas nas tarefas a serem realizadas. Nesse sentido, estudos podem ajudar os profissionais a compreender a importância do trabalho remoto para a empresa, seus benefícios e como ele pode ajudar a dar respostas aos problemas que as organizações enfrentam. A preocupação com a saúde, motivação, produtividade e qualidade de vida dos funcionários – diante da necessidade de redução de custos das empresas –, permite o aumento do espaço para o desenvolvimento do trabalho remoto e a sua consequente popularização. No quarto capítulo discutiremos a liderança e o trabalho integrado, ou seja, as melhores práticas encontradas para que os líderes consigam integrar as suas equipes e fazer com que produzam com eficiência e eficácia. A formação do líder, o seu papel na manutenção da qualidade dos serviços e na produtividade individual e coletiva, a gestão dos conflitos, o estabelecimento da confiança, entre outros aspectos, são discutidos nesse capítulo. No quinto e último capítulo abordaremos a gestão humanizada nas empresas e a maneira pela qual elas buscam oferecer boas condições de trabalho aos seus funcionários. Estudaremos algumas ações que podem ser implementadas na prática, sobretudo no clima organizacional e no trato com as pessoas, os pilares da gestão humanizada e as suas principais vantagens para a melhoria da produtividade dos funcionários. Bons estudos! Gestão de talentos 9 1 Gestão de talentos Um dos grandes desafios das empresas ao redor do mundo diz res- peito a como atrair, desenvolver e reter talentos em seu quadro de cola- boradores. Cada vez mais as empresas buscam pessoas capacitadas, que possuam diferentes competências, habilidades e atitudes. Isso demonstra o tamanho do desafio para os gestores e profissionais de recursos hu- manos (RH) em busca de alocar pessoas com diferentes conhecimentos em prol dos mesmos objetivos. Logo, saber selecionar pessoas de acordo com as necessidades da empresa, a cultura organizacional e as demandas de cada departamento ou setor é estratégico e vital para o sucesso do desenvolvimento de produtos e serviços de uma organização. A discussão em torno da formação e retenção de talentos em uma em- presa ganhou ainda mais importância nos últimos tempos devido à acir-rada competitividade entre as empresas nos mais diferentes segmentos. Isso mostra que é preciso cada vez mais investir no capital intelectual, ou seja, nas pessoas, pois são elas que fazem a organização funcionar. O de- partamento de recursos humanos das empresas é altamente estratégico, pois é ele que recruta, treina, forma e retem os talentos. Nesse sentido, é necessário que os gestores de toda as áreas da empresa tenham uma co- municação direta e flexível com o RH para que as pessoas certas possam ser alocadas nos lugares certos. Assim, o que se espera é uma melhoria significativa do desempenho individual e consequentemente coletivo. Por meio dos conceitos que estudaremos neste capítulo, será possível compreender a dinâmica que envolve a atração de talentos e a elabora- ção de políticas para formação e retenção de pessoas e como se dá o processo de gestão das equipes de trabalho. 10 Gestão de equipes de alta performance Com o estudo deste capítulo, você será capaz de: • identificar as principais estratégias para atração de talentos; • verificar como as empresas elaboram políticas para a formação de talentos; • analisar o processo de retenção de talentos; • analisar o processo de organização e gestão das equipes. Objetivos de aprendizagem 1.1 Atraindo talentos para a empresa Vídeo O principal objetivo de uma empresa é atrair talentos para o seu qua- dro de colaboradores. Isso significa elaborar estratégias e ações com vistas a conseguir os melhores profissionais disponíveis no mercado. Sabemos que a concorrência entre as empresas está cada vez maior, obrigando-as a se anteciparem em suas estratégias para obter vanta- gem competitiva. Assim, quanto mais pessoas preparadas e engajadas, melhores as chances de melhoria no desempenho coletivo e na eficácia no cumprimento de metas e objetivos propostos. Os profissionais de recursos humanos devem buscar critérios técnicos específicos que possam identificar profissionais de mercado que se encaixem em seu projeto de empresa, ou seja, na intenção e nos objetivos estratégicos desenhados no planejamento. Busca-se encontrar pessoas que possam desempenhar as ativi- dades de acordo com a política da empresa. O processo inicia-se quando os gestores das áreas da empresa identificam a necessidade da contratação ou da realocação de uma pessoa que detém algum conhecimento específico para a realização dos trabalhos. Com base nisso, um processo interno de recrutamento pode ser desenvolvido, a fim de encontrar um profissional que possa suprir a vaga oferecida. Caso ninguém internamente da empresa tenha condições, o RH pode buscar a contratação de uma pes- soa que apresente as características dese- jadas pelos gestores em suas áreas. ea m es Bo t/ Sh ut te rs to ck Gestão de talentos 11 Não basta apenas ser bom naquilo que faz, é preciso também ter competências técnicas e profissionais que sejam úteis para o desenvol- vimento das tarefas. A partir daí a empresa consegue definir seus ob- jetivos e suas metas e contar com profissionais capazes de colocar em prática todas as ações necessárias para a execução das tarefas diárias. Cabe aos profissionais de RH avaliar não apenas a capacidade intelectual das pessoas, mas a capacidade de relacionamento, pois a maioria dos problemas internos ocorre pela dificuldade de se relacionar em equipe e se engajar em tarefas que exigem contato com mais pes- soas. A atração de talentos requer primeiro uma política interna voltada para o desenvolvimento de pessoas e a manutenção delas no quadro funcional. Para isso, os propósitos da empresa devem estar muito bem elaborados, as metas alinhadas aos objetivos, entre outras coisas. Deve-se ter em vista também que a atração de talentos está rela- cionada à maneira pela qual uma empresa é vista no mercado, pois as pessoas buscam informações a respeito do histórico da empresa, como é o seu ambiente interno e o que ela podem oferecer aos seus profissionais. Não basta apenas um bom salário e benefícios financeiros, é preciso um ambiente e uma política que permitam o desenvolvimen- to das pessoas. Isso passa pela formação continuada, desenvolvimento de lideranças e oportunidade de conhecer outras áreas da empresa. A importância da gestão de pessoas é mais que estratégica para toda e qualquer empresa, ela é vital para a sobrevivência dos negócios. De acordo com Chiavenato (2004, p. 12): as pessoas devem ser visualizadas como parceiras das organi- zações, como tais elas são fornecedoras de conhecimento, ha- bilidades, competências e, sobretudo o mais importante aporte para as empresas: a inteligência que proporciona decisões ra- cionais e que produz significado e direção aos objetivos globais. Essa citação aponta para a necessidade de enxergar as pessoas como parte da estratégia de sucesso da empresa, pois são elas que to- mam decisões, promovem debates e buscam o consenso com relação a diferentes temas importantes para a empresa. Logo, obter no seu quadro funcional pessoas preparadas, com boa formação e conheci- mento, mas acima de tudo em condições de trabalhar em meio a tantas diferenças, é fundamental para o sucesso de uma organização. 12 Gestão de equipes de alta performance Ao encontrar pessoas preparadas no mercado de trabalho, a em- presa ganhará em tempo, ações e execução de tarefas e processos necessários ao bom funcionamento dos negócios. Saber identificar pessoas com capacidade para solucionar conflitos, trabalhar em equi- pe, trabalhar sob pressão e estresse, compartilhar informações entre pessoas, fazer uso de novas tecnologias, entre outros, não é uma tarefa fácil, porém é necessário, porque é uma ação que deve estar conectada com as estratégias elaboradas pela organização. Vale destacar um ponto interessante que influencia diretamente a atração de pessoas para uma empresa: o clima organizacional. Segun- do Knapik (2008, p. 23), “é em função do clima organizacional que al- gumas empresas atraem mais e outras menos candidatos a um posto de trabalho”. Por essa perspectiva, as pessoas costumam direcionar seus currículos e intenções de trabalho para empresas que possuem características mais próximas do seu interesse pessoal e profissional. Uma cultura mais rígida, isto é, que não permite uma comunicação mais horizontalizada, liberdade de opinião, uso da criatividade e com- partilhamento de ideias entre departamentos e setores, tende a não ser muito bem-vista pelos candidatos a uma vaga de trabalho. Isso por- que muitos candidatos fazem uma pesquisa sobre a empresa na qual pretendem trabalhar para saber como é o ambiente, a carreira, os salá- rios e os benefícios. Logo, empresas mais flexíveis e com possibilidades de crescimento e aperfeiçoamento são mais procuradas e bem-vistas. Elas permitem integração entre pessoas, equipes e projetos e envol- vem a maioria em atividades conjuntas para fortalecer laços. O que devemos compreender é que, de um lado, as empresas esta- belecem suas estratégias para atrair, reter e desenvolver talentos e, de outro, profissionais buscam empresas capazes de oferecer oportunida- des diversas que favoreçam o seu crescimento profissional. Imagine-se em uma fábrica de sorvetes que atende o Brasil e grande parte da Europa. Essa fábrica certamente precisa de profissionais com co- nhecimento em diferentes áreas, pois deve fabricar produtos que serão direcionados a diferentes culturas, costumes, gostos e necessidades. Em seu quadro funcional, é necessário criatividade e inovação, pois os sabores podem variar de país para país, as cores das embalagens de- vem respeitar a cultura local, e os preços devem estar de acordo com Gestão de talentos 13 a competitividade do mercado. Portanto, com funcionários preparados e tendo recursos disponíveis para a execução dos trabalhos, não há como haver problemas. O desenvolvimento de talentos e a formação continuada de pessoas passam pela efetiva compreensão de que sem pessoal preparado, treinado, motivado, engajadoe com espaço para mostrar o seu potencial não é possível atingir bons desempenhos. Dian- te disso, os profissionais se qualificam em diferentes áreas do conheci- mento com objetivo de galgar postos de trabalho cada vez melhores. 1.2 Desenvolvendo talentos Vídeo A necessidade de obter lucratividade e reconhecimento dos pro- dutos e serviços fornecidos por uma empresa faz com que seja exi- gido grande esforço conjunto de seus departamentos e setores. Em decorrência disso, a pressão por resultados faz com que o clima orga- nizacional seja afetado. O departamento de recursos humanos deve buscar alinhar os propósitos da empresa com profissionais que este- jam dispostos a correr riscos e encarar novos desafios. A elaboração de políticas voltadas à formação de talentos passa pelo diálogo entre gestores e líderes de equipe, que identificam as necessi- dades a serem supridas em termos de mão de obra. O segundo mo- mento é a implementação de programas de aprendizagem e talentos, em que as empresas podem propiciar que os funcionários participem da apresentação de projetos de melhoria interna aos seus colegas. As empresas também podem ministrar cursos e treinamentos, mon- tar seminários, academia de talentos com premiações aos melhores trabalhos e ideias, oferecer oportunidades de desenvolvimento, como apoio a cursos de especialização e participação em eventos externos representando a empresa. Essas são algumas iniciativas que podem ser feitas na elaboração de políticas de formação de talentos. Deve-se considerar ainda a ideia de talento como um conjunto de aptidões de uma pessoa. Segundo Michaels (2002), faz parte do talen- to desde questões como caráter e dons até a capacidade de a pessoa aprender e se desenvolver. Isso é refletido na conduta das pessoas, na sua forma de pensar, agir e fazer as coisas acontecerem na empresa. Com isso, podemos interpretar o talento como um conjunto har- mônico que requer muita sincronia a fim de que os profissionais pos- 14 Gestão de equipes de alta performance sam se desenvolver em suas carreiras. Compete a cada um de nós, profissionais do mercado, saber se adaptar às mudanças tecnológicas e estruturais e saber lidar com as questões emocionais. Segundo Chiavenato (2004, p. 52), “o conceito de talento humano conduz necessariamente ao conceito do capital humano – o patrimônio inestimável que uma organização pode reunir para alcançar competitividade e suces- so”. Por capital humano entende-se o conjunto de conhecimentos técnicos e experiências vividas pelas pessoas e que agrega valor aos trabalhos da empresa. Isso significa que é fundamental que a política de desenvolvimen- to de talentos saiba absorver o que há de melhor em termos de experiência e conhecimento das pessoas para que possam ser úteis à empresa. O quadro a seguir apresenta as principais diferenças entre um profissional tradicional e um profissional com talento. Quadro 1 Colaborador tradicional x colaborador com talento Colaborador tradicional Colaborador com talento Níveis médios de desempenho Elevados níveis de desempenho Rentabilidade média Rentabilidade elevada Lealdade à organização Lealdade a si mesmo, às suas equipes e ao seus projetos Procura estabilidade Tem paixão pela mudança e ação “Eu preciso da empresa” “A empresa precisa de mim” Reativo – responde a ordens Faz planos proativos de modo autônomo Nível médio de confiança Alto nível de confiança Reage à mudança Adapta-se à mudança e atua como agente dela Enfoque no dinheiro e na posição Enfoque no crescimento pessoal, nas oportunidades e no dinheiro Fonte: Elaborado pelo autor com base em Camara et al., 2010. É possível identificar no quadro anterior que merecem destaque a adaptação às mudanças e o enfoque no crescimento pessoal, visto que não é mais possível aceitar que os profissionais do mercado fiquem estagnados esperando pelas oportunidades. É necessário que os fun- cionários busquem novos desafios e oportunidades e aceitem novas metodologias de trabalho para crescer na carreira profissional, porque quanto mais rapidamente nos adaptarmos ao cenário empresarial, maiores as chances de crescermos na carreira. Gestão de talentos 15 A política interna relaciona-se diretamente com a forma pela qual os processos internos serão desenvolvidos, o comportamento da em- presa no mercado e, principalmente, a cultura organizacional. Por meio da política interna da empresa são desenvolvidas ações estraté- gicas para manter o ambiente interno harmônico e propício à integra- ção entre as pessoas e o fortalecimento das relações. As empresas estão muito mais focadas em atrair pessoas que tenham visão holística, isto é, do todo, que tenham interesse em conhecer ou- tras áreas do conhecimento e, a partir disso, aprender cada vez mais. Segundo Camara (2010), o talento das pessoas está associado ao seu desempenho. Sendo assim, é funda- mental fortalecer cada vez mais as suas habilidades para que possam mostrar todo o seu talento em prol da empresa em que trabalham. Logo, as empresas buscam pessoas capazes de oferecer o melhor de si em favor dos objetivos estabelecidos. Uma empresa que possui um clima mais amigável e favorável ao desenvolvimento certamente terá muito mais candidatos interessados em fazer parte de seus setores e departamentos. Pode- mos imaginar, por exemplo, como seria trabalhar em uma empresa em que as pessoas não possam interagir umas com as outras e trocar informações em tempo real, em que existe um clima de rivalidade en- tre setores e departamentos e a pressão dos gestores leva as equipes a um grau de estresse elevado. Você acredita que seria um ambiente produtivo? Consegue imagi- nar o descontentamento de todos? Certamente não seria um bom local para seguir a sua carreira profissional. É bem verdade que ao entrar em uma empresa estamos sujeitos às suas regras e a eventuais mudanças de postura e comportamento diante do mercado consumidor e da con- corrência, devido à pressão por resultados no curto e médio prazo e à necessidade de atender aos anseios e desejos dos consumidores que acabam por influenciar internamente as decisões a serem tomadas. Isso, no entanto, não significa que os gestores não possam se esforçar para proporcionar um clima interno que minimize ou até mesmo não permita que esses eventos externos prejudiquem o convívio de todos. Desenvolver pessoas é a principal estratégia a ser adotada por uma empresa e deve ser o foco de todas as áreas. Dar oportunidade, tempo, espaço e ferramentas é a melhor estratégia que um gestor pode aplicar BRO.vector/Shutterstock 1616 Gestão de equipes de alta performanceGestão de equipes de alta performance em seu departamento ou setor. Vale lembrar que o departamento de recursos humanos da empresa, por meio de sua política interna, é que define os planos de carreira e os benefícios. 1.3 Estratégias para retenção de talentos Vídeo O fato de atrair talentos para a empresa não significa necessaria- mente que eles permanecerão trabalhando por muito tempo. A compe- titividade acirrada entre as empresas nos segmentos nos quais atuam faz com que elas estejam constantemente em busca de novos talentos e de pessoas capazes de aceitar novos desafios. Estar preparado técnica e psicologicamente é o primeiro passo para ser cobiçado por uma empresa qualquer e quem sabe receber uma proposta nova de trabalho. É preciso saber reter os talentos oferecen- do a eles condições de desenvolver o seu trabalho, ofertando recursos operacionais do dia a dia, treinamento e qualificação profissional, opor- tunidade de carreira, entre outras coisas. Por isso, os profissionais de recursos humanos devem orientar os gestores de áreas para que monitorem os seus colaboradores, deem a eles autonomia para trabalharem e fazerem parte do processo de tomada de decisão gerencial. De acordo com Chiavenato (2014), as em- presas devem oferecer o que há de melhor em termos de condições estruturais aos seus colaboradores, de modo que possamexigir deles atuações que ajudem a alavancar o desempenho coletivo. Deve-se ter em mente que cada um de nós possui interesses, de- sejos, sonhos e motivações que nos fazem seguir adiante, de maneira que, quando não encontramos ambiente propício para que possamos crescer, em dado momento pensaremos em mudanças. Isso obriga os gestores a estarem atentos ao comportamento dos seus colaboradores. Cada empresa possui o seu mercado de atuação e, em consequência, um público-alvo selecionado. Nesse sentido, são elaboradas estratégias empresariais voltadas à defesa de uma posição competitiva para garan- tir as vendas e a lucratividade. Isso implica formar equipes capazes de responder rapidamente aos eventuais problemas que possam surgir ao longo do tempo. Por isso, é preciso compreender as necessidades de cada indivíduo e oferecer oportunidades que favoreçam seu desenvol- vimento ao longo do tempo. Segundo Knapik (2008, p. 19), “os aspectos materiais, como o volume de produção, o faturamento e o patrimônio da empresa, são considerados relevantes, mas como consequências dessa visão mais moderna de gestão de empresas e de pessoas”. Uma empresa não deve apenas se importar com os processos in- ternos, deve saber entender a dinâmica do dia a dia dos seus colabo- radores e como eles podem melhorar a sua performance. Isso passa pelo acompanhamento dos setores e departamentos por meio de reuniões periódicas, dicas e sugestões, pesquisas internas e contato direto com os funcionários. Dessa maneira, é possível ter profissionais mais engajados, moti- vados e dispostos a superar obstáculos que possam surgir. Diante de acirrada competitividade entre as empresas, a busca por profissionais qualificados se torna um desafio. Saber reter talentos passa a ser uma questão fundamental para os interesses coletivos, bem como é fun- damental para esse processo conhecer de perto os funcionários da empresa e o que eles pensam a respeito dela. Não basta apenas elaborar políticas internas que ofereçam bene- fícios se não souber de que maneira as pessoas enxergam isso como positivo ou não. As mudanças devem ser discutidas entre todos e não apenas introduzidas com base na ideia de quem está dirigindo o de- partamento de recursos humanos. Os tempos são outros e requerem controle e monitoramento constante dos trabalhos e dos resultados. As pessoas estão mais atentas às oportunidades de trabalho, buscam saber mais a respeito dos planos de carreira, e suas ambições podem Ki t8 .n et /S hu tte rs to ck Ki t8 .n et /S hu tte rs to ck No livro Inteligência emocional, de Daniel Goleman, são aborda- das características que podem ser úteis no ambiente de trabalho e na vida pessoal das pessoas. O autor aponta importantes conceitos que podem potencializar o trabalho individual e coletivo, assim como garantir que as pessoas façam o melhor de si em prol dos objetivos a serem atingidos. GOLEMAN, D. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. Livro Gestão de talentos 17 Deve-se ter em mente que cada um de nós possui interesses, de- sejos, sonhos e motivações que nos fazem seguir adiante, de maneira que, quando não encontramos ambiente propício para que possamos crescer, em dado momento pensaremos em mudanças. Isso obriga os gestores a estarem atentos ao comportamento dos seus colaboradores. Cada empresa possui o seu mercado de atuação e, em consequência, um público-alvo selecionado. Nesse sentido, são elaboradas estratégias empresariais voltadas à defesa de uma posição competitiva para garan- tir as vendas e a lucratividade. Isso implica formar equipes capazes de responder rapidamente aos eventuais problemas que possam surgir ao longo do tempo. Por isso, é preciso compreender as necessidades de cada indivíduo e oferecer oportunidades que favoreçam seu desenvol- vimento ao longo do tempo. Segundo Knapik (2008, p. 19), “os aspectos materiais, como o volume de produção, o faturamento e o patrimônio da empresa, são considerados relevantes, mas como consequências dessa visão mais moderna de gestão de empresas e de pessoas”. Uma empresa não deve apenas se importar com os processos in- ternos, deve saber entender a dinâmica do dia a dia dos seus colabo- radores e como eles podem melhorar a sua performance. Isso passa pelo acompanhamento dos setores e departamentos por meio de reuniões periódicas, dicas e sugestões, pesquisas internas e contato direto com os funcionários. Dessa maneira, é possível ter profissionais mais engajados, moti- vados e dispostos a superar obstáculos que possam surgir. Diante de acirrada competitividade entre as empresas, a busca por profissionais qualificados se torna um desafio. Saber reter talentos passa a ser uma questão fundamental para os interesses coletivos, bem como é fun- damental para esse processo conhecer de perto os funcionários da empresa e o que eles pensam a respeito dela. Não basta apenas elaborar políticas internas que ofereçam bene- fícios se não souber de que maneira as pessoas enxergam isso como positivo ou não. As mudanças devem ser discutidas entre todos e não apenas introduzidas com base na ideia de quem está dirigindo o de- partamento de recursos humanos. Os tempos são outros e requerem controle e monitoramento constante dos trabalhos e dos resultados. As pessoas estão mais atentas às oportunidades de trabalho, buscam saber mais a respeito dos planos de carreira, e suas ambições podem Ki t8 .n et /S hu tte rs to ck Ki t8 .n et /S hu tte rs to ck No livro Inteligência emocional, de Daniel Goleman, são aborda- das características que podem ser úteis no ambiente de trabalho e na vida pessoal das pessoas. O autor aponta importantes conceitos que podem potencializar o trabalho individual e coletivo, assim como garantir que as pessoas façam o melhor de si em prol dos objetivos a serem atingidos. GOLEMAN, D. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. Livro 18 Gestão de equipes de alta performance ser muito diferentes daquilo que as empresas esperam. Compete à or- ganização em si construir o ambiente adequado para que possa ser uma referência no mercado em termos de ambiente, cultura e clima para se trabalhar e progredir na carreira. 1.4 Organização e gestão de equipes Vídeo As equipes precisam trabalhar em sincronia para que possam cum- prir seus trabalhos, por isso é preciso saber contornar situações ineren- tes ao dia a dia, como os conflitos que acabam por prejudicar a sintonia entre as pessoas. Pensando nisso, temos que a formação de uma equipe se relaciona à estratégia da empresa que busca atingir seus objetivos. Devemos ter em mente que uma equipe é a reunião de pessoas a fim de realizar uma tarefa ou ação. As equipes são responsáveis mutuamente pelos resultados, compartilham seus conhecimentos e solucionam pro- blemas com base na interpretação coletiva dos acontecimentos. A organização de uma equipe de trabalho se dá pela escolha das pessoas por parte dos gestores. Isso acontece primeiro por intermédio da seleção de pessoas com diferentes conhecimentos, habilidades e atitudes. A partir daí, elas começam a se conhecer e a trocar informa- ções a respeito do trabalho de cada uma. Depois disso, as demandas são apresentadas pela gestão da empresa, inicia-se a divisão do traba- lho e o estabelecimento das regras e dos métodos de trabalho. Em seguida, é comum que pequenos conflitos surjam, sendo fun- damental a presença do líder para apontar o rumo certo. Os conflitos, no entanto, quando em níveis mais baixos, são aceitáveis e bem-vindos para que ajustes pontuais possam ser feitos. Por fim, à medida que os desafios surgem, as pessoas naturalmente vão se ajudando, até que não precisem mais da supervisão do líder. Atualmente fala-se muito em equipes autogerenciáveis, ou seja, aquelas que conseguem tomar decisões sem a necessidade da presen- ça de um gestor o tempo todo. Segundo os estudos de Moscovici (2007), as equipes se formam e começam a desenvolver suas atividades no mesmo tempo que as pessoasse conhecem e iniciam os seus traba- lhos. A partir disso, as pessoas aos poucos começam a interagir, a se conhecer e a trocar informações e conhecimento. Gestão de talentos 19 Ainda com relação ao conceito de equipes, Luecke (2010, p. 17) consi- dera como “um pequeno número de pessoas com habilidades comple- mentares que são comprometidas com uma meta comum pela qual se consideram mutuamente responsáveis”. O fato é que quando colocamos várias pessoas com um objetivo trabalhando em conjunto, estamos dan- do a elas a oportunidade de mostrar suas habilidades, aptidões e conhecimentos. É claro que conflitos podem surgir, assim como excelentes resultados quando as pessoas certas são colocadas para trabalhar juntas. Quanto melhor for a seleção das pessoas que irão compor a equipe de trabalho, mais fácil será o seu processo de adaptação e produção de resultados. Os gestores devem conhecer muito bem os seus co- laboradores, a ponto de poderem com assertividade indicar pessoas para compor equipes de projetos, por exemplo. Maxwell (2007) apresenta quatro itens a respeito das equipes vencedoras, ou seja, aquelas com grandes chan- ces de atingir os resultados e superar as expectativas: sacrifício, com- promisso, desenvolvimento pessoal e abnegação. O sacrifício diz respeito ao comprometimento total das pessoas da equipe em busca dos resultados. Ele se caracteriza principalmente na manutenção do foco e da sinergia. O compromisso é a maneira pela qual as pessoas superam os obstáculos que se apresentam, devido ao seu empenho irrestrito e ao forte compromisso pela vitória. O desenvolvimento pessoal se verifica em pessoas que estão se qualificando e se preparando constantemente. Ele deve ser cons- tante, pois os desafios requerem preparo para dar o suporte que a empresa precisa. A abnegação, por fim, diz respeito a deixar o aspecto individual de lado em favor do interesse coletivo. Em muitos casos, bons profissio- nais acabam não crescendo em sua carreira por serem muito indivi- dualistas, perseguindo suas metas pessoais, mas não as coletivas. São pessoas que pensam única e exclusivamente em seu sucesso, deixan- do de lado os interesses da empresa. Dessa maneira, é preciso saber organizar as pessoas para que consi- gam render o máximo possível em alto nível, aprendendo e ensinando Viktoria Kurpas/Shutterstock 20 Gestão de equipes de alta performance ao mesmo tempo. A produtividade das equipes está relacionada à ma- neira pela qual as pessoas interagem e conseguem realizar as suas tare- fas no tempo determinado. A literatura apresenta conceitos importantes a respeito das equipes de alto desempenho e que conseguem na prática potencializar esforços coletivos e atingir resultados satisfatórios. Quando falamos em desempenho, não há como negar que ele é a principal meta a ser atingida por todos, em especial entre as equipes de trabalho. Desse modo, extrair o máximo de todos os integrantes das equipes é uma tarefa constante e que precisa ser sempre desenvolvi- da, pois o futuro dos negócios depende do sucesso da execução das tarefas e da implementação da estratégia da empresa. Com relação ao desempenho, Dyer, Dyer Jr. e Dyer (2006, p. 23) consideram que: As equipes de alto desempenho são aquelas compostas de membros cujas habilidades, atitudes e competências lhes permitem atingir as metas da equipe. Em equipes de alto de- sempenho, os membros definem as metas, tomam decisões, comunicam-se, administram os conflitos e solucionam proble- mas em uma atmosfera de incentivo e confiança para atingir seus próprios objetivos. O fato de trabalhar em equipe não significa necessariamente sucesso nos propósitos. Pelo contrário, se não houver empatia, en- gajamento e foco no resultado dificilmente uma equipe fará sucesso em seus objetivos. Para Tonet et al. (2009), as condições do ambien- te, somadas à falta de infraestrutura, podem culminar no fracasso das equipes de trabalho. Isso significa que a empresa precisa fornecer as ferramentas necessárias para o desenvolvimento das atividades. De acordo com Blanchard, Carew e Carew (2011), as equipes de alto desempenho são reconhecidas por: propósito; empoderamento; rela- cionamentos e comunicação; flexibilidade; ótimo desempenho; reco- nhecimento e apreço; e moral. Com relação ao propósito, fica evidente o foco, o alvo a ser atin- gido e que trará os resultados esperados. Sobre o empoderamen- to, nada mais é que proporcionar as ferramentas necessárias para as pessoas executarem com perfeição o seu trabalho. A respeito dos relacionamentos e da comunicação, consideramos imprescindível que as pessoas se relacionem entre si e compartilhem as informações essenciais para a realização dos trabalhos. A flexibilidade deve estar presente no dia a dia quando os profissionais precisam trocar informa- ções, materiais e até mesmo funções para que possam dar sequência a seus projetos, ações e tarefas. O ótimo desempenho está relacionado à maneira pela qual os líderes e suas equipes gerenciam os recursos existentes e executam o que precisa ser feito no tempo estabelecido. O reconhecimento e o apreço tratam da exposição positiva dos resul- tados individuais e coletivos, servindo de reforço positivo para todos os envolvidos. Por fim, a moral segue a mesma linha de raciocínio do reconhecimento e gera estímulos positivos nas pessoas que se sentem prestigiadas pela empresa. 1.4.1 Motivação e formação de pessoas A motivação é fundamental para que as pessoas possam focar A motivação é fundamental para que as pessoas possam focar os objetivos coletivos. O que se espera é a manutenção do nível de os objetivos coletivos. O que se espera é a manutenção do nível de desempenho sempre em alta. Para que as tarefas sejam realizadas desempenho sempre em alta. Para que as tarefas sejam realizadas com qualidade, eficiência e eficácia, é preciso motivação na busca de com qualidade, eficiência e eficácia, é preciso motivação na busca de resultados. O profissional é movido a desafios, porém, muitas vezes resultados. O profissional é movido a desafios, porém, muitas vezes por falta de incentivo e condições de trabalho adequadas, acaba de-por falta de incentivo e condições de trabalho adequadas, acaba de- sanimando e deixando de fazer o que deve ser feito.sanimando e deixando de fazer o que deve ser feito. Sem motivação, fica praticamente impossível trabalhar com eficiência e eficácia. Cada indivíduo pode buscar a sua motiva- ção independentemente da sua posição na empresa. Isso faz com que o sucesso no ambiente de trabalho esteja relacionado ao processo motivacional. Complementan- do ainda a questão da motivação, Chiavenato (2004, p. 365) aponta que, “para conseguir satisfazer o cliente ex- terno, as organizações precisam antes satisfazer a seus funcionários responsáveis pelo produto ou serviço ofere- cido”. A motivação pode ser intrínseca ou extrínseca, isto é, vir da própria pessoa ou ainda do ambiente externo es- timulador dos propósitos das iniciativas. Por isso, as empresas podem muito bem ofere- cer esse ambiente para que as pessoas se sintam mais participativas e dispostas a fazer o melhor pi ch it/ Sh ut te rs to ck pi ch it/ Sh ut te rs to ck Gestão de talentosGestão de talentos 2121 22 Gestão de equipes de alta performance possível em benefício do local em que trabalham sem necessa-possível em benefício do local em que trabalham sem necessa- riamente obterem resultados materiais. Os colaboradores podem riamente obterem resultados materiais. Os colaboradores podem trabalhar de maneira tanto intrínseca quanto extrínseca. Na verda-trabalhar de maneira tanto intrínseca quanto extrínseca. Na verda- de, os estudos apontam que a maioria espera uma recompensa ou de, os estudos apontam que a maioria espera uma recompensa ou algo que faça com que sigam além de suas capacidades.algo que faça com que sigam além de suas capacidades. Uma das mais conhecidas teorias da motivação é a de Abraham Maslow, de 1954. Maslowera um psicólogo norte-americano que ficou conhecido pela hierarquização das necessidades humanas. Segundo ele, existe uma categoria de cinco necessidades humanas: fisiológicas, de segurança, sociais, de estima e de autorrealização. As necessidades fisiológicas são aquelas relacionadas a se alimentar, beber, dormir, ter relações sexuais etc. As necessidades de segurança dizem respeito a obter um bom emprego, ter salário e garantias. Quanto à necessidade social, trata-se de pertencer a alguma classe ou grupo de pessoas com influência na sociedade. Com relação à estima ou ao per- tencimento, significa pertencer a grupos e neles ter influência e prestígio. Por fim, mas não menos importante, a necessidade de autorrealização é considerada inalcançável, pelo fato de sempre querermos mais. Figura 1 Pirâmide de Maslow Estima Social Segurança Fisiológica Autor- realização A pirâmide de Maslow é sem dúvida alguma uma referência para se trabalhar com as equipes, pois ordena as prioridades conforme o nível de importância que cada uma possui. Durante a nossa vida, seja pessoal, seja profissional, estamos constantemente em busca de Gestão de talentos 23 satisfação e felicidade. Logo, por intermédio da pirâmide, é possível compreender porque muitas vezes pensamos e agimos de maneira in- dividual ou coletiva. Assim, cabe a cada um de nós, e principalmente quando na posição de gestor, entender o que preocupa o funcionário e o que ele espera em termos de carreira profissional para os próximos anos de empresa, a partir da hierarquia de suas necessidades. CONSIDERAÇÕES FINAIS Pudemos observar que atrair e reter talentos em uma empresa não é tarefa fácil, pois envolve estratégia e, principalmente, atenção aos míni- mos detalhes. O mercado está cada vez mais exigente, as competências, habilidades e atitudes sozinhas já não representam mais um diferencial competitivo para um indivíduo. Agora, é preciso dominar as emoções, ter empatia, se engajar nas ações da empresa, mostrar produtividade e desempenho à altura do trabalho. Não basta apenas ser eficiente, é necessário interagir em meio a tanta diferença de ideias, pensamentos, atitudes e comportamentos. O que se espera é que as pessoas invistam em suas carreiras, busquem qualificação profissional e, especialmente, aprendam a aprender. Uma empresa de sucesso nada mais é que a so- matória de estrutura, tecnologia, recursos financeiros, equipamentos e capital intelectual. Essa junção e gestão é fundamental para a sobrevivên- cia de qualquer empresa no Brasil e no mundo. ATIVIDADES Atividade 1 Atrair talentos para as empresas é uma tarefa difícil, mas fun- damental para o sucesso dos negócios. Os gestores sabem que somente por meio das pessoas é possível realizar com eficiência e eficácia os trabalhos. Assim, compete ao departamento de recur- sos humanos em parceria com os líderes e gestores atrair pessoas para o seu quadro funcional. Diante dessas considerações, explique de que forma as empre- sas podem atrair talentos diante da acirrada competitividade entre os setores. 24 Gestão de equipes de alta performance Atividade 2 O desenvolvimento de talentos é parte essencial da estratégia de uma empresa, especialmente quando o assunto é vantagem com- petitiva. Quem consegue desenvolver talentos em diferentes áreas da empresa certamente estará em vantagem competitiva em rela- ção à concorrência de mercado e com grandes possibilidades de ser líder em seu setor. Nesse sentido, desenvolver pessoas passa a ser uma questão de sobrevivência e manutenção dos negócios. Com base nessas informações e nos estudos realizados, escreva o que pode ser feito na implementação de um programa de aprendiza- gem e talentos. Atividade 3 A organização e a gestão das equipes são valores fundamentais das organizações competitivas. Isso se deve ao fato de que elas podem proporcionar resultados satisfatórios e desempenhos aci- ma da média. Diante disso, as empresas buscam trabalhar esses valores de maneira que se tornem o seu maior diferencial e sejam refletidos nos seus negócios. Com base nessas considerações e nos estudos feitos, explique como uma empresa pode organizar equipes de trabalho. REFERÊNCIAS BLANCHARD, K.; CAREW, D.; CAREW, E. P. O gerente minuto desenvolve equipes de alto desempenho. 9. ed. Rio de Janeiro: Record, 2011. CAMARA, P. B.; GUERRA, P. B.; RODRIGUES, J. V. Novo humanator. Lisboa: Dom Quixote, 2010. CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. DYER, W. G.; DYER JR., W. G.; DYER, J. H. Equipes que fazem a diferença (team building): estratégias comprovadas para desenvolver equipes de alta performance. São Paulo: Saraiva, 2006. KNAPIK, J. Gestão de pessoas e talentos. Curitiba: Ibpex, 2008. LUECKE, R. Criando equipes. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010. MAXWELL, J. C. As 17 incontestáveis leis do trabalho em equipe: descubra os segredos para o desenvolvimento de equipes vencedoras. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007. MICHAELS, E.; HANDFIELD-JONES, H.; AXELROD, B. A guerra pelo talento. Rio de Janeiro: Campus, 2002. MOSCOVICI, F. Equipes que dão certo: a multiplicação do talento humano. Rio de Janeiro: José Olympio, 2007. TONET, H. et al. Desenvolvimento de equipes. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2009. Gestão de equipes 25 2 Gestão de equipes Administrar pessoas é uma tarefa fundamental para o desempenho das atividades empresariais e a manutenção dos negócios de uma empre- sa, de maneira que sua política interna deve estar voltada para a poten- cialização do trabalho em equipe e consequentemente para a evolução e formação das pessoas. Para tanto, como veremos neste capítulo, devemos atentar às práticas que melhor direcionem o gestor em sua atuação e na formação de equipes. Da mesma maneira, o entendimento de certas noções de gestão se faz im- portante, como o conceito de equipes autogerenciáveis, o incentivo ao traba- lho em equipe e a definição do que é uma equipe de sucesso. O que estudaremos neste capítulo, portanto, é necessário para que as empresas possam atingir seus resultados de maneira mais dinâmica, flexí- vel e eficaz, tendo em vista um trabalho diário em equipe que seja constan- te e exija sacrifício de todos em prol dos resultados. Afinal, dificilmente uma empresa conseguirá bons resultados se o seu capital intelectual (as pes- soas) não estiver disposto a interagir e a discutir, propor e debater ideias. Com o estudo deste capítulo, você será capaz de: • identificar as melhores práticas para a formação e gestão de equipes; • analisar como as empresas incentivam o trabalho em equipe; • entender o que são equipes autogerenciáveis e conhecer suas ca- racterísticas e vantagens; • saber analisar as principais características de uma equipe de sucesso. Objetivos de aprendizagem 26 Gestão de equipes de alta performance 2.1 Gestão de equipes de trabalho Vídeo A gestão de equipes nas empresas é essencial para a manutenção de um ambiente harmônico e produtivo de trabalho. Todos nós te- mos nossos problemas pessoais e profissionais, então é necessária uma gestão de equipes eficiente para que as pessoas possam traba- lhar em alto nível em busca dos objetivos da empresa. Uma equipe em sincronia é capaz de proporcionar grandes resultados, pois a in- teração permite a chegada ao consenso com muito mais facilidade. A dinâmica do mercado consumidor pressiona as empresas a tomarem decisões estratégicas no curto prazo em muitos casos, o que implica um aumento de estresse e a consequente geração de conflitos. Logo, ter uma equipe focada nos objetivos, alinhada, em sincronia de ideias e procedimentos a serem executados é o primeiro passo para a me- lhoria do desempenho coletivo. Os gestores precisam estar atentos à mudança de comportamento dos seus colaboradores, pois em muitos casos a equipe pode estar passando por dificuldades e a moral pode estar baixa, influenciando negativamente o desempenhoindividual e coletivo. A participação de todos nas tarefas também é algo fundamental, pois demonstra co- nhecimento e comprometimento com os trabalhos. Diante disso, é imprescindível que os gestores e demais colaboradores saibam tra- balhar em equipe em busca dos melhores resultados para a empresa, bem como para a sua própria carreira. Uma boa e eficiente gestão de equipes de trabalho sem dúvida é essencial para a performance das empresas, ainda mais em se tratando de competitividade entre elas. O mercado é competitivo e exige respostas prontas para os desafios que surgem diariamente. Portanto, investir na gestão de equipes é a melhor receita para o sucesso dos negócios. Outro aspecto importante na gestão certamente é a diversidade de pessoas dentro de uma equipe de trabalho: quanto mais hetero- gênea, maiores as chances de promoção de discussões, troca de in- formações, experiências e conhecimentos variados sobre os temas propostos. O gestor precisa fomentar a discussão, estimulando a par- ticipação de todos, envolvendo as pessoas em projetos e ações que visem à melhoria da performance da empresa. Gestão de equipes 27 Nesse sentido, vale a pena investir em reuniões periódicas, apre- sentar subprojetos e fazer com que as pessoas interajam com frequên- cia. De acordo com Soares (2015), para que uma equipe de trabalho possa alcançar efetividade são necessários três elementos: propósito comum, metas específicas e tomada de decisão. Nesse sentido, o au- tor considera que é necessário um senso único, isto é, um senso de objetivo compartilhado entre todos os envolvidos nos trabalhos. Além disso, ter metas direcionadas para o alcance dos objetivos, evitando quaisquer distorções. Por último, a tomada de decisão deve se dar com base no consenso entre todos os integrantes da equipe. Com isso em mente, podemos perceber que as melhores práticas para formação das equipes podem ser vistas em exemplos do cotidia- no empresarial, como o diálogo e o fluxo informacional constante entre departamentos da empresa, reuniões entre gestores para definir me- tas em conjunto e programas de treinamento. Figura 1 Elementos de efetividade em uma equipe Ta h De si gn /S hu tte rs to ckPropósito comum Oferece direção à equipe, com os caminhos necessários ao alcance dos resultados. Metas específicas Traçam e compreendem as metas da equipe, melhoram o desempenho, mantêm o foco nos resultados e contribuem para o aumento do ritmo de produção. Tomada de decisão Faz parte da oportunidade de participação da equipe, o que contribui para o seu engajamento. Fonte: Elaborada pelo autor com base em Soares, 2015. Para tanto, é necessário um plano de desenvolvimento de ativida- des das equipes de trabalho a fim de que se possa treinar e formar equipes vencedoras. Esse plano trata de estabelecer uma espécie de cronograma do que deve ser feito pelos integrantes de uma equipe. Podemos citar a título de exemplo um departamento de marketing de uma empresa, em que um programa de fidelidade de clientes preci- sa ser elaborado. Cada integrante da equipe envolvida no projeto pre- cisa ter a sua tarefa bem definida e de conhecimento de todos. A partir daí, com base em critérios bem estabelecidos – como prazo, natureza da tarefa, principais processos a serem executados, necessidade de re- cursos, entre outros –, é possível ser eficiente e eficaz. 28 Gestão de equipes de alta performance Te tia na Y ur ch en ko /S hu tte rs to ck As equipes, por sua vez, podem apresentar diferentes conotações, como equipes de projetos, trabalho, gestão, monitoramento e controle. O que se espera disso é que os processos sejam desenvolvidos da melhor forma e o aprendizado organizacional permita que as melhores práticas se reprodu- zam ao longo do tempo. A inclusão de pessoas com diferentes competên- cias, habilidades e atitudes é que pode fazer uma equipe vencedora. Portanto, aproximar pessoas com diferentes potencialidades pode ser a melhor ferramenta para atingir eficiência e eficácia. Pen- se em uma empresa cujo produto é de alta tecnologia e sofre grande concorrência no mercado. Nesse caso, para que o projeto de produto tenha aceitação entre os consumidores e possa ter vantagem sobre os concorrentes é necessário um envolvimento dos profissionais. Uma equipe entrosada é capaz de superar com mais facilidade as adversidades existentes, assim como encontrar soluções para impasses em torno de projetos de produtos ou serviços. O ambiente organizacio- nal deve ser favorável ao aprendizado, ao trabalho em equipe, à pro- moção de estudos e a pesquisas importantes para a empresa. O que precisa ser feito da parte da gestão da empresa é o incentivo à formação de equipes de trabalho para cada atividade a ser realizada. Para isso, os gestores devem integrar diferentes perfis, conhecimentos, habili- dades e atitudes em prol dos mesmos objetivos. É necessário incentivar profissionais que tenham motivação para enfrentar desafios e se envolver em projetos, o que promove a ampliação e melhoria da integração entre os setores da empresa. Dessa forma, é possível aumentar a comunicação interna e facilitar o fluxo de informações consideradas estratégicas e essen- ciais para a realização das tarefas. Segundo Escorsin e Walger (2017, p. 154): O desenvolvimento de equipes possibilita que: • as pessoas adquiram uma ampla visão dos objetivos que a equipe precisa atingir, criando uma identidade de equipe; • cada integrante compreenda seu papel, sua forma de se relacio- nar, de se comunicar, seu jeito de lidar com os conflitos existen- tes e a maneira como cada um pode contribuir para a eficácia da área e da organização; • os colaboradores compreendam suas características de personali- dade e o estilo com o qual cada um funciona; (Continua) Gestão de equipes 29 • cada pessoa aprimore a capacidade de observar e analisar seu próprio funcionamento e o dos demais componentes; • os integrantes ampliem a percepção de si mesmos e dos outros; • a equipe potencialize suas competências, tornando-se capaz de ampliar sua performance e, com isso, aprimorar a qualidade de seus resultados; • cada pessoa se posicione da maneira mais adequada para que a equipe possa atingir os resultados esperados. Esta citação apresenta alguns aspectos importantes do trabalho em equipe, provando que os benefícios são maiores e mais vantajosos para as empresas. De um lado, pessoas trabalham em favor dos seus próprios objetivos; de outro, há equipes unidas para solucionar proble- mas existentes e propor melhorias. O que falta muitas vezes dentro das empresas é a conscientiza- ção a respeito das melhores práticas a serem adotadas. Para isso, algumas ações podem ser tomadas, como: incentivo ao envolvimen- to em projetos, oferecimento de cursos e aperfeiçoamentos, progra- mas de integração entre setores e departamentos da empresa, uso de metodologias inovadoras, fomento à aprendizagem organizacio- nal, entre outras possibilidades. O aprendizado organizacional e a internalização dos conceitos só ocorrem quando os funcionários da empresa estão conscientizados a respeito da importância de se trabalhar em equipe e dos benefícios decorrentes dessa prática. É muito provável que o esforço em trabalhar em equipe supere qualquer outra estratégia voltada para a formação e o desenvolvimento de equipes. 2.2 Organização de equipes de trabalho Vídeo As equipes de trabalho precisam ser organizadas para atender às de- mandas da empresa. Os produtos ou serviços das empresas são desti- nados a públicos específicos, o que aponta para uma estratégia voltada a fazer com que as equipes atuem de maneira sincrônica. Assim, podemos esperar mais efetividade nas ações e atividades a serem desenvolvidas. 30 Gestão de equipes de alta performance Segundo Escorsin e Walger (2017), as equipes podem aprender a lidar com os conflitos existentes, trabalhar a comunicação, entender as metas organizacionais e repassá-las a todos, entreoutras coisas. Segundo os estudos de Stadler e Pampolini (2014), as diferenças entre os líderes e os gestores são cruciais para entender o desempe- nho das equipes de trabalho. Eles apontam para diferentes caracte- rísticas de perfil e comportamento que, quando analisadas, exercem influência no desempenho das equipes de trabalho. O quadro a se- guir apresenta muito bem essas diferenças entre um líder e um ges- tor dentro de uma empresa. Quadro 1 Líder x gestor Líder Gestor Lidera conectando-se às pessoas. Coloca as pessoas para trabalhar. Lidera influenciando as pessoas a pensar e a agir como proprietários da empresa. Gerencia e apenas mantém as pessoas tra- balhando para a organização. Lidera convencendo e influenciando as pessoas a fazer o que precisa ser feito. Para ele, gerenciar é a arte de fazer com que os outros façam algo que ele está con- vencido de que precisa ser feito. Para ele, liderar é mobilizar os outros a batalhar por aspirações compartilhadas. Para ele, gerenciar é a arte de mobilizar os outros apenas para o trabalho funcional. Para ele, liderar é a arte de obter resulta- dos desejados, acordados e esperados de pessoas engajadas e comprometidas. Para ele, gerenciar é a arte de obter resulta- dos desejados, acordados e esperados por meio das pessoas, sem que haja necessida- de de engajamento e comprometimento. Fonte: Elaborado pelo autor, com base em Stadler; Pampolini, 2014. As diferenças apresentadas no quadro se refletem no desempenho das equipes, pois não é fácil de se conseguir um gestor que saiba conectar as pessoas, influenciar positivamente e fazer com que trabalhem em prol dos objetivos coletivos. Por isso, quanto mais se desenvolver a liderança dentro das empresas, melhores as chances de potencializar o desempe- nho coletivo. Dessa forma, identificar possíveis líderes na empresa é um dos passos a serem dados para a melhoria do desempenho coletivo. Segundo os estudos de Chiavenato (2010, p. 35), um bom programa de desenvolvimento de equipes precisa de alguns elementos, como “fi- losofia e missão da empresa, estrutura organizacional, sistemas orga- nizacionais, políticas organizacionais e habilidades dos colaboradores”. Partindo dessa citação, podemos entender que é necessária a in- tegração de todos os elementos para que um programa possa ser Gestão de equipes 31 Te tia na Y ur ch en ko /S hu tte rs to ck Te tia na Y ur ch en ko /S hu tte rs to ck eficaz. Conhecer e internalizar a missão da empresa é importante para seguir os propósitos estabelecidos. A estrutura organizacional diz respeito à clareza com relação ao que se encontra disponível para ser utilizado pelas equipes de trabalho. Sistemas organizacionais dizem respeito às informações disponibilizadas ou não aos colabora- dores da empresa. Por meio das políticas organizacionais torna-se necessário entender como as pessoas se comportam com relação a mudanças internas, crescimento na carreira etc. As habilidades dos colaboradores relacionam-se à maneira pela qual as tarefas são rea- lizadas. Com base nessas questões, é fundamental que tudo possa ser transmitido de maneira clara e principalmente com a finalidade de integrar processos e conceitos que possam potencializar o desem- penho coletivo. Um aspecto importante a ser destacado no processo de desenvol- vimento das equipes de trabalho é a estrutura de programa. Por meio dela, é possível identificar quais as etapas de condução de um progra- ma eficiente de desenvolvimento de profissionais. Isso faz com que a observância desses itens possa ser decisiva para a ocorrência de falhas no processo. Cada etapa precisa ser corretamente executada para que possa surtir efeito positivo nas outras, de maneira que é necessário um monitoramento e controle mais acentuado dos processos internos da empresa. Conhecer as pessoas por meio de reuniões, encontros, debates e discussões é parte do processo como um todo, e deve ser coordenado por um profissional de gestão de pessoas. Escorsin e Walger (2017) estruturam o programa de desenvolvimento de equipes em cinco etapas, consideradas fundamentais para o sucesso de todos: percepção da equipe sobre seu funcionamento; análise das atitudes vivenciadas pelos integrantes da equipe; elaboração de um plano de ação para a melhoria do funcionamento da equipe; execução das ações elaboradas, inclusive com a realização de treinamentos so- bre temas específicos; e avaliação do processo. A primeira etapa caracteriza-se pela identificação das formas de funcionamento ou das adversidades da equipe de trabalho. Aqui, cabe o uso de dinâmicas de grupo, brainstorm e outras técnicas de relacionamento de pessoas. A segunda etapa constitui-se em analisar as atitudes vividas pelas pessoas que fazem parte da equipe de trabalho. Com base na vivência 32 Gestão de equipes de alta performance delas, é possível corrigir a rota, as ações, as atividades e os processos existentes, como acontece quando há troca de informações entre cole- gas de trabalho que atuam em um mesmo projeto. A terceira etapa é a elaboração de um plano de ação para melhorar o funcionamento da equipe. Por meio dele, as empresas conseguem identificar e corrigir problemas existentes nos processos internos. Um exemplo prático disso é o estabelecimento de um mural de trabalho, em que as tarefas são definidas e expostas a todos os profissionais para que possam acompanhar o andamento das atividades. A quarta etapa consiste em executar as ações que foram elabora- das, fazendo treinamentos a respeito de temas específicos. Isso signifi- ca que os gestores e suas equipes precisam colocar em prática o que foi discutido no tempo previsto e conforme as necessidades da empresa. A quinta e última etapa consiste em avaliar o processo como um todo, identificando possíveis melhorias no desenvolvimento das pessoas. O aprendizado organizacional se faz fundamental para a melhoria dos pro- cessos por meio do aperfeiçoamento das metodologias de trabalho. Os programas de desenvolvimento de equipes consistem em utilizar métodos de desenvolvimento interno, como aprendizagem, treinamento e capacitação, jogos de empresas, dinâmicas de grupo, entre outros. Dentro desses programas de desenvolvimento existem algumas particularidades, como o chamado coaching de equipe. Esse profissional pode desempenhar um papel extremamente importante no que se refere à motivação e ao en- gajamento de todos. Enquanto algumas equipes focam apenas os resulta- dos, o coaching de equipe busca conciliar o alcance de resultados com a satisfação das pessoas pelo trabalho realizado. Coaching de equipe: denominado também de team coaching, segue o mesmo princípio do processo de coaching, porém tem como objetivo melhorar o desempenho e os resultados das equipes de trabalho. Por meio de ferramentas específicas, busca-se estabelecer a identidade da equipe, analisar as principais lacunas nas competências dos mem- bros da equipe e criar ações para solucioná-las. O coaching de equipe possibilita a melhoria da convivência entre as pessoas, tornando a comunicação mais efetiva e ampliando a visão da equipe sobre seu funcionamento. Esse processo deve ser conduzido por um profissional qualificado. (ESCORSIN; WALGER, 2017, p. 162) Gestão de equipes 33 A busca pela melhoria contínua nas empresas faz do profissional coaching uma das melhores alternativas para potencializar e canalizar o melhor de cada pessoa. O seu trabalho consiste em auxiliar as pes- soas a encontrarem o melhor de si, suas qualidades, habilidades e for- ças internas. Esse profissional consegue motivar as pessoas, dar a elas significado sobre seu trabalho e sua carreira. Com isso é possível dar mais força e vigor aos trabalhos realizados e assim fomentar a partici- pação de todos em torno dos objetivos estabelecidos. Quanto mais as empresas se preparam com profissionais de coaching interno, melhores as chances de alcançar resultados no curto, médio e longo prazo. As pessoasprecisam constantemente de atenção e cuidados, treinamento, incentivo, capacitação, motivação e apoio. Elas não conse- guem por si só se autodesenvolverem, é necessário estarem sempre moti- vadas a atingir seus objetivos. Por outro lado, há aqueles que mesmo com todo o apoio e incentivo ainda não conseguem se desenvolver, tampouco ajudar os demais a se desenvolverem. Cada vez mais as empresas estão investindo no crescimento intelectual das pessoas, por meio de incentivos, condições de trabalho e estrutura de maneira geral. 2.3 Formação e trabalho em equipe Vídeo Formar equipes vencedoras não é nada fácil, pois requer muito mais que reunir pessoas com diferentes habilidades e conhecimentos. Por isso, quanto mais uma empresa investir em políticas internas de crescimento e valorização das pessoas, maiores as chances de apren- der com os erros e obter muito mais acertos no futuro. É preciso investir em programas de integração entre setores e de- partamentos, fluidez das informações, democratização do acesso a dados e troca de experiências entre as pessoas mais velhas e os fun- cionários mais jovens. Segundo os trabalhos de Knapik (2012), as pessoas levam para o ambiente de trabalho a formação e seus traços de personalidade. Ain- da para o autor, a personalidade é formada por três fatores: 1. Hereditariedade: diz respeito aos conceitos que moldaram o nosso caráter durante a nossa vida. 2. Ambiente: exerce influência sobre nossas atitudes, ações, comportamentos e modo de se expressar. 3. Situação: refere-se ao instante em que uma atitude é tomada e que reflete como somos ao lidar com diferentes situações do dia a dia. Além desses três, temos a percepção, que é fruto de nossas ex- periências de vida, nosso aprendizado e nossa interação com outras pessoas. Tudo isso faz com que tenhamos a nossa visão de mundo e assim coloquemos nossa opinião e conhecimento em discussão quase que o tempo todo. No trabalho, sempre que possível, nossas vivências fazem com que nossas opiniões acabem divergindo dos demais colegas, fato que pode desencadear um conflito. Precisamos conviver com as nossas limita- ções, fraquezas e incertezas, fazendo parte de equipes heterogêneas e que busquem sua autoafirmação. As pessoas possuem interesses próprios que às vezes acabam supe- rando interesses coletivos. Isso precisa ser controlado pelos gestores e líderes das equipes. Quanto mais entrosamento, disposição e vontade de fazer a diferença, certamente mais facilmente serão alcançados os resultados. Segundo Knapik (2012, p. 79), uma equipe “é um grupo que tem objetivos bem definidos e cujos integrantes buscam as mesmas metas por meio de habilidades complementares e de um contínuo pro- cesso de experimentação e troca de experiências”. A autora propõe que cabe aos gestores e demais líderes da em- presa buscarem formar líderes capazes de fomentar o aprendizado coletivo e garantir a busca pelo sucesso. A formação de uma equipe começa pela sintonia entre os funcionários de um mesmo setor e por um propósito bem definido. Vamos imaginar uma fábrica de brinquedos que possui aproxima- damente 500 funcionários. Ela atende Europa e América Latina com uma ampla gama de produtos. Logo, o seu departamento de marketing Recomendamos a leitura do livro Construindo equi- pes de alta performance, de Lauter Fontana Ferreira. Nele o autor discute como pode ser desenvolvida uma equipe de alta performance dentro das empresas, partindo da ideia de que uma equipe pode ser forjada dentro da empresa com base na disposição e no interesse das pessoas. Por meio do conteúdo trabalhado no livro é possível aumentar a força da equipe, enga- jando todos em busca dos melhores resultados. FERREIRA, L. F. Rio de Janeiro: QualityMark, 2014. Livro Na dy a_ Ar t/ Sh ut te rs to ck 3434 Gestão de equipes de alta performanceGestão de equipes de alta performance Gestão de equipes 35 e design deve trabalhar de maneira integrada, pois os produtos são destinados a países com culturas diferentes. Diante disso, com o apoio do departamento de recursos humanos, a gestão deve formar equipes com profissionais motivados e produtivos. A partir daí, começa um processo que vai desde a contratação de pessoas com determinadas características próprias para os trabalhos, até a revisão dos processos de recursos humanos, a fim de obter suporte na escolha, formação e retenção de pessoas, além da constante troca de informações. A criatividade certamente é o que move essa fábrica em busca dos seus propósitos, afinal de contas, trata-se de produtos infantis que requerem criatividade, inovação, tecnologia e segurança. No começo, as pessoas vão divergir, pois ainda estão se conhecen- do e entendendo o ritmo de cada uma. Com a maturidade da equipe, começa a surgir o que chamamos de interdependência da equipe, ou seja, diminui consideravelmente a necessidade de repassar tarefas ou esperar pela produtividade dos outros. Por fim, deixar alinhadas as expectativas e tarefas de todos os integrantes da equipe é o passo fundamental para a execução dos processos e, consequentemente, para a entrega de resultados. As equipes vão se aprimorando com o passar do tempo devido à con- fiança e ao consenso entre si. A presença de um líder experiente é que vai dar o ritmo da equipe e fazer com que as pessoas reflitam sobre suas ati- tudes e maneiras de pensar e executar as ações. A realização de reuniões frequentes para discutir pontos importantes e estratégicos é fundamental para a consolidação do processo de formação e do trabalho em equipe. Outro aspecto importante para a formação e o trabalho em equipe é a comunicação entre todos os membros. Os gestores precisam esta- belecer mecanismos flexíveis de comunicação entre os setores, como encontros para debater metas comuns, fóruns para apresentar proje- tos, discussões em grupos diferentes para propor melhorias e troca de conteúdos entre gestores de áreas (ESCORSIN; WALGER, 2017). O que se espera é que as pessoas possam interagir ainda mais e potencializar as suas ações, compreendendo a dinâmica de trabalho de todos os en- volvidos nos processos da empresa. Outros itens relevantes são: o fortalecimento entre os funcioná- rios e os propósitos da empresa (objetivos e metas organizacionais); a inovação em modelos de gestão; a relação com os clientes; e o re- 36 Gestão de equipes de alta performance lacionamento entre os pares. Uma equipe deve ser formada por pes- soas capazes de buscar soluções sobre os mais diferentes problemas sem a necessidade de interferência direta dos líderes e gestores. Logo, notamos que a partir de um conjunto de ações a serem implantadas gradativamente é que conseguimos fortalecer as equipes de trabalho e fazer delas ferramentas potencializadoras do desempenho coletivo. A consolidação da formação de uma equipe fica mais evidenciada quando a dependência entre os membros diminui e alguns deles pas- sam a atuar como facilitadores. Isso significa que podem liderar situa- ções mais complexas, envolvendo conflitos ou dificuldade em realizar uma tarefa que requeira mais tempo. Outro aspecto são os feedbacks, que devem ser construtivos em todos os momentos. Eles devem ser individuais e coletivos, com intuito de reduzir as possíveis falhas. O en- volvimento de todos também é fundamental, isto é, não pode haver integrantes das equipes ociosos ou com baixa participação nas ativida- des. Todos devem estar envolvidos e com responsabilidades sobre os resultados. Por fim, é fundamental construir um ambiente que possibi- lite relações positivas e de apoio e fortalecimento em torno dos objeti- vos e do futuro dos negócios da empresa. 2.4 Equipes autogerenciáveis Vídeo As denominadas equipes autogerenciáveis são aquelas que con- seguem executar as suas tarefas sem a necessidade de supervisão e controle dos gestores imediatos. Isso significa que possuem autono- mia para tomarem decisões e proporem melhorias sem perder tempo, tampouco os seusobjetivos. Uma equipe coesa, engajada e firme nos seus propósitos pode aumentar a produtividade, melhorar a perfor- mance individual e coletiva e entregar ótimos resultados. Conhecer as dificuldades de cada integrante da equipe e saber como cada um pensa e realiza as suas ações é essencial para o desempenho de todos. Cada um possui a sua responsabilidade, suas atribuições, e deve entregar resultados consistentes. Por isso, as equipes que conseguem se organizar e minimizar os conflitos internos são capazes de entregar projetos com alto rendimento. Para Soares (2015, p. 16), o formato de equipes autogerenciáveis “é composto por 10 a 15 pessoas que com- Gestão de equipes 37 partilham as tarefas, apresentam atitudes individuais que repercutem positivamente na equipe e ainda assumem muitas responsabilidades”. Por outro lado, o autor considera que muitas equipes autogerenciáveis acabam dando problemas para as empresas, no sentido de que poupam o trabalho do gestor e encobrem erros e falhas. Isso se deve muito à liber- dade dada às pessoas, que acabam gerando sinergia e movimentando o trabalho, o que faz com que muitos gestores ruins ou sem preparo per- maneçam no trabalho devido à ação dos colaboradores. Cada empresa deve organizar a sua política interna de maneira que as pessoas possam se desenvolver e ajudar as outras a crescerem profissionalmente. Desse modo, o aprendizado permanece contínuo e a perspectiva de melhores desempenhos se faz cada vez mais presente. As equipes mais eficazes são caracterizadas por aspectos bem cla- ros. O que mais se espera é que elas possam trabalhar de maneira inte- grada e dentro dos objetivos estabelecidos. O foco deve ser na melhoria dos processos internos e no desempenho coletivo que certamente irá afetar diretamente a relação entre produtos e clientes. Quanto maior a capacidade dos gestores de integrar as pessoas e fazer com que elas consigam trabalhar focadas, longe de conflitos, discussões, brigas e de- sencontros, melhores as chances de projetos darem certo. Para que a formação de equipes seja eficaz é necessário que al- guns aspectos sejam analisados: o contexto, a composição, o projeto de trabalho e o processo. O contexto relaciona-se com o propósito da formação da equipe e em que condições ela vai se constituir. A compo- sição diz respeito às pessoas que irão compor a equipe de trabalho de acordo com as suas características. O projeto de trabalho nada mais é que a estrutura de trabalho, as atividades a serem desenvolvidas pela equipe. Por fim, o processo tem a ver com os caminhos necessários para a execução das tarefas desenhadas pelos gestores. De acordo com Robbins (2008), as equipes desempenham diferen- tes papéis ao longo do tempo e passam por reestruturações em suas configurações. A eficácia delas está relacionada à maneira pela qual administram os seus recursos e distribuem as tarefas entre os mem- bros. Desse modo, cada um sabe exatamente o que deve ser feito para atingir os resultados. Outro aspecto importante é saber ganhar a con- fiança de todos, fazendo com que o desempenho seja uniforme e per- mita resultados positivos. 38 Gestão de equipes de alta performance A maioria das empresas modernas procura dar mais autonomia aos seus funcionários, sobretudo com a participação nas decisões e apresentações de ideias e projetos. O que se espera é uma oxi- genação de propostas e ideias para solução de problemas em seus setores e departamentos. Eficácia de equipe • Recursos adequados • Liderança e estrutura • Clima de confiança • Avaliação de desempenho e sistema de recompensas • Habilidades dos membros • Personalidade • Alocação de papéis • Diversidade • Tamanho das equipes • Flexibilidade dos membros • Preferência dos membros • Autonomia • Variedade de habilidades • Identidade das tarefas • Importância das tarefas • Propósito comum • Metas específicas • Efetividade da equipe • Níveis de conflito • “Força” social Contexto Abert/Shutterstock Composição Projeto de trabalho Processo O que mais chama a atenção nas equipes autogerenciáveis atualmente é elas serem capazes de contagiar as pessoas de outros setores da empre- sa. O fato de conseguirem manter um bom relacionamento e ainda atingi- rem bons resultados faz com que recebam grande atenção por parte dos gestores. Essas equipes são fundamentais para dar ritmo aos trabalhos mais desafiadores que existem, logo precisam ser estimuladas dentro da empresa. O que se apresenta é um campo fértil para a promoção dessas equipes e, sobretudo, o incentivo à sua formação e autogestão. O trabalho de Silva (2020) discute os cinco principais fatores de sucesso de uma equipe dentro da empresa, que são: a percepção do seu papel dentro da empresa; a sua aptidão para o que deve fazer; a habilidade para o trabalho; o sucesso e a motivação; e a área pessoal Gestão de equipes 39 e organizacional. Esses elementos combinados são considerados pelo autor como fundamentais para o sucesso de uma equipe. O primeiro fator principal de sucesso de uma equipe se deve à percepção que uma pessoa tem do seu papel dentro da empresa. É esperado que ela conheça a natureza da sua tarefa. Isso significa saber a importância do trabalho que realiza, as funções que desempenha e como o seu resultado pode influenciar os demais membros da equipe. Quando uma pessoa é devidamente treinada e conscientizada do seu papel dentro da empresa, ela produz com mais eficiência e tem a plena convicção de que sua função é essencial para o sucesso de todos. O segundo fator de sucesso é a aptidão que uma pessoa tem, que diz respeito à sua capacidade de desenvolver atividades que beneficia- rão a empresa, sobretudo fazendo bem as suas tarefas do dia a dia. Ter aptidão para determinadas áreas ou tarefas é essencial na distribui- ção das operações de uma empresa. É imprescindível para qualquer empresa que as pessoas sejam alocadas conforme as suas aptidões e conhecimentos em diferentes áreas. Sobre a habilidade para o trabalho, compete ao departamento de recursos humanos monitorar o desempenho das pessoas e as suas ha- bilidades para o exercício de determinadas funções. Por habilidade en- tendemos ser toda e qualquer coisa que uma pessoa sabe fazer, como se comunicar, resolver problemas, trabalhar em equipe etc. As pessoas podem desenvolver habilidades ao longo do tempo, tornando-se refe- rência em determinadas atividades dentro da organização. Sucesso e motivação diz respeito ao que cada pessoa é capaz de fazer para seguir em frente diante das adversidades. Algumas pessoas precisam ser mais incentivadas do que outras, são mais dependentes de apoio e auxílio, bem como necessitam de mais direcionamento do que outras. De maneira geral, a motivação é intrínseca, isto é, depende de cada pessoa. O indivíduo é que precisa buscar os seus objetivos e metas pessoais, fazendo de sua profissão o caminho para a melhoria de sua qualidade de vida e sucesso profissional. Por fim, temos como último fator de sucesso a área pessoal e profissional, que não pode ser negligenciada pelo profissional. É fun- damental que as pessoas se preparem e estejam sempre prontas para desempenhar funções na empresa em que atuam. Isso faz com que os profissionais devam estar sempre à procura de cursos, especializações e Recomendamos o artigo de Renata Barcelos Moreira dos Santos, da Fundação Dom Cabral, sobre como conduzir uma equipe vencedora. O trabalho elenca cinco elementos essenciais para a formação de times engajados e produtivos. Disponível em: https://exame. com/negocios/como-conduzir- uma-equipe-vencedora-segundo- expert-da-fundacao-dom-cabral/. Acesso em: 26 dez. 2022. Leitura https://exame.com/negocios/como-conduzir-uma-equipe-vencedora-segundo-expert-da-fundacao-dom-cabral/ https://exame.com/negocios/como-conduzir-uma-equipe-vencedora-segundo-expert-da-fundacao-dom-cabral/ https://exame.com/negocios/como-conduzir-uma-equipe-vencedora-segundo-expert-da-fundacao-dom-cabral/ https://exame.com/negocios/como-conduzir-uma-equipe-vencedora-segundo-expert-da-fundacao-dom-cabral/
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