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URGÊNCIAS UROLÓGICAS

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1 Camila Carminate - MEDCEL 
Urgências Urológicas 
Escroto Agudo 
Quadro doloroso súbito 
Aumento de volume escrotal – unilateral (maioria) 
Edema, rubor 
Manifestações gerais (febre, sudorese, vômitos) 
Orquite, orquiepididimite, torção de cordão, torção de apêndices 
testiculares, hérnia estrangulada, edema escrotal idiopático 
EPIDIDIMITE, ORQUITE E ORQUIEPIDIDIMITE AGUDA 
Viral, bacteriana ou idiopática Início insidioso 
Geralmente unilateral 
Após 24 horas, comprometimento testicular (orquiepididimite) 
Abaixo de 40 anos (chlamydia e neisseria) 
Acima de 40 anos (Gram – retrógrada) 
Diagnóstico diferencial – torção 
TORÇÃO DE CORDÃO ESPERMÁTICO 
Distribuição bimodal (neonatal e adolescência) 
Extravaginal (neonatal – 12%) – torção em torno do cordão 
inguinal Intravaginal: período puberal – torção em torno da 
circulação dentro da túnica vaginal (anomalia da fixação do 
testículo, bell-clapper deformity) 
QUADRO CLÍNICO 
Dor de início súbito 
Náuseas e vômitos 
SINAL DE ANGELL Em pé – testículo contralateral horizontalizado 
SINAL DE PREHN Piora da dor com elevação do testículo (torção) 
Melhora da dor a elevação (orquiepididimite) 
DIAGNÓSTICO 
Exame de imagem: ultrassom Doppler confirma a falta de 
vascularização 
TRATAMENTO 
Distorcer 
Tratamento cirúrgico – ideal até 6 horas 
Testículo viável – distorção e fixação dos 2 testículos 
Necrose – orquiectomia e orquidopexia contralateral 
TORÇÃO DOS APÊNDICES TESTICULARES 
Apêndices testiculares (hidátide de morgani – 92%) sujeitos a 
torção 
Exame físico – hidátide torcida 
Transiluminação – blue dot 
Ultrassom Doppler 
Tratamento clínico 
 Cirúrgico nas dúvidas 
 
Priapismo 
Ereção contínua e persistente 
Glande permanece flácida 
Pelo menos 4 horas 
Priapismo isquêmico (mais comum) 
Diminuição do retorno venoso e estase – isquemia 
“síndrome compartimental do pênis” 
Priapismo não isquêmico (alto fluxo ou arterial) 
Menos comum – não doloroso – retorno venoso normal 
PRIAPISMO ISQUÊMICO 
Sangue aspirado – vermelho-escuro 
Múltiplas origens 
30 a 50% – idiopáticas 
 
2 Camila Carminate - MEDCEL 
20% – medicamentos injetáveis intrapenianos 
10 a 30% – anemia falciforme 
7% – diabetes juvenil 
3% – disfunções neurológicas 
3 a 6% – leucemia (adultos) 
15% – leucemia (crianças) 
PRIAPISMO NÃO ISQUÊMICO 
Aumento de fluxo arterial 
 Retorno venoso normal 
Não doloroso 
Sangue aspirado – vermelho-claro 
Tratamento não eletivo 
 
DIAGNÓSTICO 
Gasometria dos corpos cavernosos 
Isquêmico 
PO₂ 60mmHg 
pH 90mmHg 
Ultrassonografia doppler – sinais de fístula arteriocavernosa 
Arteriografia – para embolização em não isquêmico 
TRATAMENTO PRIAPISMO ISQUÊMICO 
Punção e esvaziamento 
Sem resolução – medicamento intracavernoso (agonistas alfa-
adrenérgicos) 
Shunt entre corpo esponjoso e cavernoso (técnica de AlGhorab) 
Prótese peniana 
TRATAMENTO PRIAPISMO DE ALTO FLUXO 
Não há indicação de esvaziamento 
Sedação, analgesia, hidratação, gelo local 
Alfa-adrenérgicos intracavernosos 
Arteriografia com embolização seletiva 
Ligadura arterial 
COMPLICAÇÕES 
Tratamento não deve ultrapassar 4 horas 
Veno-oclusão = fibrose de corpos cavernosos 
Fibrose = impotência 
 
Urolitiase 
Dor lombar Intensa 
Irradiação para abdome, flanco, ilíaca e inguinal 
Náuseas e vômitos (união dos plexos celíaco e mesentérico 
superior = plexo solar) 
Obstrução aguda do ureter 
Aumento de pressão intraluminar 
Distensão do sistema coletor 
Estimulação dos terminais nervosos 
Espasmo do músculo liso ureteral 
Produção de ácido lático 
Vias aferentes da dor (T11-L1) 
CAUSAS UROLÓGICAS DE DOR EM FLANCO 
Calculo renal ou ureteral 
ITU (pielonefrites, pionefrose, abscesso renal) 
Obstrução ureteropiélica 
Desordens renovasculares (infarto renal, trombose de veia renal) 
Necrose papilar 
Sangramento intra ou perirrenal 
 
3 Camila Carminate - MEDCEL 
CAUSAS NÃO UROLÓGICAS (DOR EM FLANCO) 
Aneurisma aórtico 
Gallbladder disorder (vesícula biliar) 
Distúrbios gastrintestinais 
Pancreatite 
Desordens ginecológicas 
Doença musculoesquelética 
SINTOMATOLOGIA 
Localização da obstrução 
Dependente de história e exame físico 
Pacientes com risco de fenômenos tromboembólicos 
Uso de anticoagulantes e possibilidade de sangramento 
Possibilidade de tumores e sangramento 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL E DE IMAGEM 
Exames de urina (urinálise e cultura) 
Hemograma, creatinina 
Proteína C reativa (PCR) 
Raios X simples 
Ultrassom 
Urografia 
Tomografia 
TRATAMENTO DA CRISE 
Analgesia 
Outros sintomáticos (vômitos) 
TRATAMENTO DA CAUSA 
Terapia expulsiva (tansulosina 0,4 mg/dia) 
Ureterolitotripsia + implante de cateter duplo j 
 
Retenção Urinaria 
Interrupção abrupta de eliminação de urina 
Fatores anatômicos obstrutivos ou funcionais 
Bexigoma 
Necessidade de cateterismo esvaziador 
ETIOLOGIA 
Tumores vesicais e uretrais 
Cálculos vesicais e uretrais 
Disfunções neurogênicas 
Medicamentos 
Obstrução prostática 
 Fimose 
Mulher (puerpério – 1º ao 10º dia) 
SINTOMAS 
Dor hipogástrica 
Globo vesical 
Sudorese, palidez 
História de poliúria, nictúria, interrupção do jato urinário 
TRATAMENTO 
Cateterismo evacuador 
Cateterismo vesical 
Punção suprapúbica 
Esvaziamento vagaroso (hematúria) 
 
Parafimose 
Prepúcio não retrátil = fimose 
Prepúcio com abertura estenótica, quando é retraído e fica 
preso no sulco balanoprepucial = parafimose 
Dor, edema e perda de fluxo na extremidade 
TRATAMENTO 
 
 
 
Redução manual 
 
 
Incisão dorsal para redução 
 
4 Camila Carminate - MEDCEL 
 
 
 
Postectomia 
 
 
 
Fasciite Necrosante 
Infecção bacteriana polimicrobiana 
Streptococcus/staphylococcus 
Anaeróbicos/aeróbicos gram 
Comprometimento das fáscias maior que na pele 
Grave acometimento sistêmico 
Suspeita diagnóstica alta 
Tratamento cirúrgico agressivo 
Dor exacerbada/hiperestesia cutânea 
Comprometimento sistêmico 
Gás subcutâneo/múltiplas fístulas 
Comprometimento da fáscia e descolamento do subcutâneo 
TRATAMENTO 
Associação antimicrobiana 
Retirar o foco!

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