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Biologia molecular – Aula 08 Biomarcadores tumorais Responsáveis por identificar tumores e o tratamento de vários tipos diferentes de câncer. Os marcadores tumorais são produtos secretados por células de tecidos neoplásicos em resposta a presença do tumor. Podem ser avaliados quantitativamente ou qualitativamente por métodos bioquímicos, imunológicos, moleculares, citológicos e histológicos. • Fatos históricos: 1- Proteinuria de Bence-Jones – Gama globulinas anormais de cadeias leves – proteínas anormais na urina de pessoas com mieloma múltiplo (aquecimento – floculação). 2- Pesquisa de sangue oculto nas fezes – pressupõe a presença de tumores causadores de câncer de colo-retal. 3- Cálcio sérico – acompanhar – adenocarcinomas de mama, rim e pâncreas carcinoma epidérmoide do pulmão, mieloma múltiplo, leucemia e linfoma de células T do adulto, entre outros. 4- Dosagens de fosfatases ácida e alcalina: A elevação persistente e gradativa dos níveis de fosfatase ácida em homens, com alterações morfológicas da próstata, passou a ser considerada como indicador de possível desenvolvimento tumoral nesta glândula. A fosfatase alcalina elevada, por sua vez, passou a ser indicadora do desenvolvimento tumoral em câncer com metástase óssea e hepática. ➔ É importante destacar que todos os testes servem apenas auxiliar na monitoração dos tipos câncer. • Eletroforese de proteínas séricas: Teste de auxílio diagnóstico de varias doenças, inclusive câncer, porém antes do desenvolvimento tecnológico e rastreamento de específico de proteínas feitos por anticorpos monoclonais. As proteínas são macromoléculas compostas por aminoácidos, que possuem ligação covalente entre si, podem ser polares ou apolares, de acordo com o PH, devido a distribuição elétrica resultante das ligações covalentes iônicas dos seus grupos estruturais. O teste de eletroforese serve para separar as proteínas do plasma em frações, de acordo com suas cargas elétricas ou características eletroendosmóticas. Trata-se do teste de triagem mais utilizado para investigação de anormalidades proteicas presente no sangue. Formando bandas denominadas: Albumina, Alfa-1-Globulina, Alfa-2-globulina, betaglobulina e gamaglobulina. Quando separadas, são quantificadas. Essas proteínas, quando alteradas indicam disfunção, por exemplo: - Diminuição da concentração de albumina em situações que promovam sua perda – baixa ingesta proteíca ou elevado catabolismo. - Frações alfaglobulinas – Apresentam níveis aumentados em processos inflamatórios, infecciosos e imunes. - Aumento da betaglobulina – É observada em situações de perturbação do metabolismo lipídico ou anemia ferropriva. - A ausência ou diminuição da banda gama – Indica imunodeficiência congênita ou adquiridas. O seu aumento sugere elevação policlonal das imunoglobulinas associadas às condições inflamatórias, neoplásicas ou infecciosas, além da elevação monoclonal observada no mieloma múltiplo e em outras desordens linfoploriferativas, como a macroglobulinemia de Waldenstrom. Os padrões eletroforéticos são característicos de algumas doenças. As frações são quantificadas a partir de densitometria ou eluição e geração de gráfico. ALBUMINA Fatores que justificam a queda da albumina: - Aumento do catabolismo, a partir de infecções bacterianas graves, neoplasias malignas, insuficiência cardíaca congestiva, doença inflamatória e infecciosa crônica. - Ingesta de proteína inadequada (destruição proteica) e perdas (por meio dos glomérulos renais e intestinos). - Os menores níveis de albumina sérica estão presentes na síndrome nefrótica ou acompanhando as enteropatias perdedoras de proteínas. ALFA-1-GLOBULINAS Formado por varias proteínas: alfa-1-antitripsina, protrombina, transcortina, globulina ligadora de tiroxina e alfa-fetoproteina). Em geral, há aumentada dessa fração em processos inflamatórios infecciosos e imunes , de forma inespecífica. ALFA-2-GLOBULINAS BETAGLOBULINAS Composto por um grupo heterogêneo de proteínas, das quais as principais são: beta- lipoproteinas, transferrina e componente C3 do complemento. A transferrina possui o mais rápido padrão eletroforético das betaglobulinas e apresenta-se aumentada na anemia ferropriva, na gravidez e no uso de anovulatórios. O C3 é o componente com mais lenta migração e sua queda está relacionado a doenças glomerulares. GAMAGLOBULINAS Compostas por duas cadeias leves e uma pesada. Fração constituídas de imunoglobulinas, que são anticorpos produzidos por plasmócitos, quando estimulado por antígenos ou devido a desordem clonal maligna dessas células. Há diferentes classes de IGs Todas são formadas por duas cadeias pesadas (G, A, M, D e E) e duas cadeias leves (kappa ou lambda). Apenas IgG apresenta migração por toda a fração de gamaglobulina. A IgA encontra-se na junção com a fração betaglobulina. A IgM encontra-se entre IgA e IgG detectada quando estimulada, exp: (infecções agudas). PRINCIPAIS PADRÕES ELETROFORÉTICOS DA FRAÇÃO GAMA Pico policlonal: Resposta imunológica simultânea de diversos clones plasmocitários a determinado estimulo antigênica, seja imune, inflamatório ou infeccioso: Pico monoclonal - aumento homogêneo e fusiforme da fração gama, que representa a produção de um único clone plasmocitário de um tipo específico de imunoglobulina. Mieloma múltiplo: Principal entidade entre as gamopatias monoclonais, é fundamental a aplicação clínica da eletroforese de proteínas séricas como parte dos critérios de diagnostico. HIPOGAMAGLOBULINEMIA/AGAMAGLOBULINEMIA