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Minissimulado - Direito Administrativo - Comentado

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Minissimulado 
GRATUITO 
 Administrativo 
 
 
 
 
 
 
“Se eu tivesse 8 horas para cortar uma árvore, 
gastaria seis afiando meu machado” - Abraham Lincoln 
O presente minissimulado contém 25 questões AUTORAIS de Direito 
Administrativo. Trata-se de um compilado de questões que retiramos das nossas 
turmas de simulados (selecionamos questões de todas as turmas). 
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Sobre o Projeto em Delta 
 
O Projeto em Delta é especialista em turmas de simulados para concursos de Delegado 
de Polícia. Hoje somos a melhor plataforma do Brasil nesse segmento, com simulados 
elaborados e comentados por professores especialistas no ramo. 
 
 
 
 
 
 
 
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01) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
A respeito dos Poderes Administrativos, assinale a 
alternativa CORRETA: 
A) Os poderes conferidos ao Estado são 
inerentes à Administração Pública pois, 
sem eles, esta não conseguiria fazer 
sobrepor-se a vontade da lei à vontade 
individual, o interesse público ao interesse 
privado; 
B) Os atos pelos quais a Administração 
exerce o seu poder normativo têm, como 
fator distintivo em relação à lei, o fato de 
emanarem efeitos individuais e concretos; 
C) Os atos normativos derivados são aqueles 
emanados de um órgão estatal em virtude 
de competência própria, outorgada 
imediata e diretamente pela Constituição 
Federal, para edição de regras instituidoras 
de direitos, compreendendo os atos 
emanados do Legislativo; 
D) O poder normativo é uma das formas pelas 
quais se expressa a função regulamentar 
do Poder Executivo, podendo ser definido 
como o que cabe ao Chefe do Poder 
Executivo da União, dos Estados e dos 
Municípios, de editar normas 
complementares à lei, para sua fiel 
execução; 
E) Quando o Estado resta inerte na 
regulamentação de medida para tornar 
efetiva norma constitucional, e sendo 
julgada procedente a Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão, será 
dada ciência ao Poder competente para a 
adoção das providências necessárias e, em 
se tratando de órgão administrativo, para 
fazê-lo em sessenta dias. 
 
COMENTÁRIOS: A) CORRETA, visto que, efetivamente, 
os Poderes Administrativos são essenciais para o desempenho das 
funções estatais, estando inseparáveis do princípio da supremacia 
do interesse público sobre o interesse privado, pilar do Direito 
Administrativo. Isso porque o Estado precisa ter meios necessários 
e suficientes para o desempenho de suas funções, sendo que um 
destes instrumentos são justamente os Poderes Administrativos, 
ponto no qual se destaca o poder de polícia. 
B) INCORRETA, pois é justamente o contrário: conforme afirma 
Di Pietro (2019, p. 255), “os atos pelos quais a Administração 
exerce o seu poder normativo têm em comum com a lei o fato de 
emanarem normas, ou seja, atos com efeitos gerais e abstratos”. 
Dessa forma, tanto a lei quanto os atos advindos do poder 
normativo são gerais e abstratos, e não individuais e concretos, 
como sugere a assertiva. 
C) INCORRETA, pois tal definição (atos emanados de um órgão 
estatal em virtude de competência própria, outorgada imediata e 
diretamente pela Constituição, para edição de regras instituidoras 
de direito, compreendendo os atos emanados do Legislativo) diz 
respeito aos atos normativos originários, e não derivados, conforme 
aduz a assertiva. Os atos normativos derivados, por outro lado, têm 
por objetivo a explicitação ou especificação de um conteúdo 
normativo preexistente, visando a sua execução na prática, sendo 
que o ato normativo derivado, por excelência, é o regulamento. 
D) INCORRETA, pois há uma inversão dos conceitos na assertiva. 
Isso porque, conforme ensinamentos de Di Pietro, o poder 
regulamentar é que é uma das formas pelas quais se exterioriza o 
poder normativo da Administração Pública, e não o contrário. 
Assim, o poder regulamentar é que é uma das formas pelas quais se 
expressa a função normativa, sendo definido (o poder 
regulamentar) como o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da 
União, dos Estados e dos Municípios, de editar normas 
complementares à lei, para sua fiel execução. Vale lembrar que 
alguns autores não fazem tal diferenciação entre poder normativo e 
Direito Administrativo 
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poder regulamentar. De qualquer forma, caso realizada tal 
distinção, a assertiva está incorreta por inverter gênero (poder 
normativo) e espécie (poder regulamentar). 
E) INCORRETA apenas no que se refere ao prazo conferido aos 
órgãos administrativos para a tomada das providências necessárias, 
que é de trinta dias, e não sessenta. Nos termos do art. 103, § 2º, da 
Constituição Federal, “declarada a inconstitucionalidade por 
omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será 
dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências 
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo 
em trinta dias”. 
Gabarito A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
Quanto ao poder de polícia, assinale a alternativa 
CORRETA: 
A) Segundo o conceito moderno de poder de 
polícia, este compreende a atividade 
estatal que limita o exercício dos direitos 
individuais em benefício da segurança; 
B) Poder de polícia, em sentido restrito, diz 
respeito a atividade estatal de condicionar 
a liberdade e a propriedade ajustando-as 
aos interesses coletivos, abrangendo atos 
dos Poderes Legislativo e Executivo; 
C) A polícia administrativa tem, em regra, 
caráter eminentemente repressivo; 
D) No poder de polícia, para que a 
Administração Pública possa se utilizar do 
atributo da autoexecutoriedade, é 
necessário que a lei a autorize 
expressamente, ou que se trate de medida 
urgente, sem a qual poderá ser ocasionado 
prejuízo maior para o interesse público; 
E) De acordo com o STF, não é possível, em 
hipótese alguma, a delegação do poder de 
aplicar multas para pessoas jurídicas de 
direito privado. 
 
COMENTÁRIOS: A) INCORRETA, visto que tal 
ideia de poder de polícia (que compreenderia a atividadeestatal que limita o exercício dos direitos individuais em 
benefício da segurança) diz respeito ao seu conceito 
clássico, ligado à concepção liberal do século XVIII, e 
não ao seu conceito moderno. Isso porque no liberalismo 
se buscava uma ampliação dos espaços de liberdade do 
indivíduo, impondo-se um “não-fazer” ao Estado, sendo que 
este apenas poderia intervir na vida privada em hipóteses 
bastante excepcionais, para garantir a segurança de seus 
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cidadãos. Por outro lado, no conceito moderno de poder de 
polícia há uma ampliação nas justificativas para a limitação 
do exercício dos direitos individuais. Para o conceito 
moderno de poder de polícia, este seria a atividade do 
Estado consistente em limitar o exercício dos direitos 
individuais em benefício do interesse público, que abrange, 
por exemplo, segurança, higiene, ordem, costumes, 
disciplina da produção e do mercado, exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, tranquilidade pública e respeito à 
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos, nos 
termos trazidos pelo próprio art. 78, caput, do Código 
Tributário Nacional. 
B) INCORRETA, pois tal definição de poder de polícia 
(atividade estatal de condicionar a liberdade e a propriedade 
ajustando-as aos interesses coletivos, abrangendo atos dos 
Poderes Legislativo e Executivo), diz respeito ao poder de 
polícia em sentido amplo, e não em sentido restrito, como 
traz a assertiva. O poder de polícia em sentido restrito, por 
outro lado, e segundo Celso Antônio Bandeira de Mello 
(2008, p. 809), abrange as intervenções, quer gerais e 
abstratas (como os regulamentos), quer concretas e 
específicas (tais como as autorizações, as licenças, as 
injunções) do Poder Executivo, destinadas a alcançar o 
mesmo fim de prevenir e obstar ao desenvolvimento de 
atividades particulares contrastantes com os interesses 
sociais, compreendendo apenas atos do Poder Executivo. 
C) INCORRETA, pois a polícia administrativa, tem, em 
regra, caráter eminentemente preventivo, enquanto a polícia 
judiciária é quem tem caráter eminentemente repressivo. 
Lembre-se, contudo, que a atuação da polícia administrativa 
também pode se dar repressivamente, como quando, por 
exemplo, se apreende uma arma usada indevidamente ou a 
licença de um motorista infrator. 
D) CORRETA, devendo ser a assertiva a ser assinalada, 
visto que, efetivamente, para que a Administração possa se 
utilizar da autoexecutoriedade, é necessário que a lei a 
autorize expressamente, ou que se trate de medida urgente, 
sem a qual poderá ser ocasionado prejuízo maior para o 
interesse público. No caso de autorização expressa em lei, a 
medida deve ser adotada em consonância com o 
procedimento legal, assegurando-se ao interessado o direito 
de defesa, previsto expressamente no artigo 5º, inc. LV, da 
Constituição Federal. No caso de urgência, a própria 
urgência da medida dispensaria a observância de 
procedimento especial do contraditório e ampla defesa, o 
que não autoriza a Administração a agir arbitrariamente ou a 
exceder-se no emprego da força, sob pena de responder 
civilmente o Estado pelos danos causados (art. 37, § 6º, da 
Constituição Federal), sem prejuízo da responsabilidade 
criminal, civil e administrativa dos servidores envolvidos. 
Nesses casos, ocorre o chamado “contraditório diferido”, 
após a adoção das medidas concretas pela Administração 
Pública. 
E) INCORRETA. Apesar da divergência do STJ sobre o assunto 
(STJ. 2ª Turma. REsp 817.534⁄MG, Rel. Min. Mauro Campbell 
Marques, julgado em 10/11/2009), trata de entendimento recente 
do STF que deve ser seguido em provas, acerca da situação da 
delegação do poder de polícia, inclusive com a aplicação de 
multas, conforme o julgamento. 
“É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de 
lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da 
Administração Pública indireta de capital social 
majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço 
público de atuação própria do Estado e em regime não 
concorrencial. STF. Plenário. RE 633782/MG, Rel. Min. Luiz 
Fux, julgado em 23/10/2020 (Repercussão Geral – Tema 532) (Info 
996).” 
Como justificativa, afirmou que o fato de a pessoa jurídica 
integrante da Administração Pública indireta destinatária da 
delegação da atividade de polícia administrativa ser constituída sob 
a roupagem do regime privado não a impede de exercer a função 
pública de polícia administrativa. O regime jurídico híbrido das 
estatais prestadoras de serviço público em regime de monopólio é 
plenamente compatível com a delegação, nos mesmos termos em 
que se admite a constitucionalidade do exercício delegado de 
atividade de polícia por entidades de regime jurídico de direito 
público. Isso porque a incidência de normas de direito público em 
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relação àquelas entidades da Administração indireta tem o condão 
de as aproximar do regime de direito público, do regime fazendário 
e acabar por desempenhar atividade própria do Estado. 
Verifica-se que, em relação às estatais prestadoras de serviço 
público de atuação própria do Estado e em regime de monopólio, 
não há razão para o afastamento do atributo da coercibilidade 
inerente ao exercício do poder de polícia, sob pena de 
esvaziamento da finalidade para a qual aquelas entidades foram 
criadas. 
A Constituição da República, ao autorizar a criação de empresas 
públicas e sociedades de economia mista que tenham por objeto 
exclusivo a prestação de serviços públicos de atuação típica do 
Estado, autoriza, consequentemente, a delegação dos meios 
necessários à realização do serviço público delegado, sob pena de 
restar inviabilizada a atuação dessas entidades na prestação de 
serviços públicos. 
Em suma, de acordo com o STF, os atos de consentimento, de 
fiscalização e de aplicação de sanções podem ser delegados a 
estatais que possam ter um regime jurídico próximo daquele 
aplicável à Fazenda Pública. 
Gabarito D 
 
 
03) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
Levando-se em consideração as disposições da 
Lei nº 14.133/21 (nova Lei de Licitações e 
Contratos Administrativos) e suas definições, 
assinale a alternativa CORRETA: 
A) Contratado é a pessoa física ou jurídica, ou 
consórcio de pessoas jurídicas, que 
participa ou manifesta a intenção de 
participar de processo licitatório, sendo-lhe 
equiparável, para os fins da Lei nº 
14.133/21, o fornecedor ou o prestador de 
serviço que, em atendimento à solicitação 
da Administração, oferece proposta; 
B) Órgão é o indivíduo que, em virtude de 
eleição, nomeação, designação, 
contratação ou qualquer outra forma de 
investidura ou vínculo, exerce mandato, 
cargo, emprego ou função em pessoa 
jurídica integrante da Administração 
Pública; 
C) Projeto executivo é o conjunto de 
elementos necessários e suficientes à 
execução completa da obra, com o 
detalhamento das soluções previstas no 
projeto básico, a identificação de serviços, 
de materiais e de equipamentos a serem 
incorporados à obra, bem como suas 
especificações técnicas, de acordo com as 
normas técnicas pertinentes; 
D) Empreitada por preço unitário refere-se à 
contratação da execução da obra ou do 
serviço por preço certo e total; 
E) Bens e serviços especiais são aqueles cujos 
padrões de desempenhoe qualidade 
podem ser objetivamente definidos pelo 
edital, por meio de especificações usuais 
de mercado. 
 
COMENTÁRIOS: A) INCORRETA, pois segundo o 
art. 6º, inc. VIII, da Lei nº 14.133/21, contratado é a 
“pessoa física ou jurídica, ou consórcio de pessoas jurídicas, 
signatária de contrato com a Administração”. Por outro lado, 
a definição trazida pela assertiva corresponde ao 
conceito de licitante: “pessoa física ou jurídica, ou 
consórcio de pessoas jurídicas, que participa ou manifesta a 
intenção de participar de processo licitatório, sendo-lhe 
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equiparável, para os fins desta Lei, o fornecedor ou o 
prestador de serviço que, em atendimento à solicitação da 
Administração, oferece proposta” (art. 6º, inc. IX, da Lei nº 
14.133/21). 
B) INCORRETA, pois segundo o art. 6º, inc. I, da Lei nº 
14.133/21, órgão é “unidade de atuação integrante da 
estrutura da Administração Pública”. Por outro lado, a 
definição trazida pela assertiva corresponde ao conceito 
de agente público: “indivíduo que, em virtude de eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma 
de investidura ou vínculo, exerce mandato, cargo, emprego 
ou função em pessoa jurídica integrante da Administração 
Pública” (art. 6º, inc. V, da Lei nº 14.133/21). 
C) CORRETA, devendo ser a assertiva a ser assinalada. 
Conforme art. 6º, inc. XXVI, da Lei nº 14.133/21, projeto 
executivo refere-se ao “conjunto de elementos necessários e 
suficientes à execução completa da obra, com o 
detalhamento das soluções previstas no projeto básico, a 
identificação de serviços, de materiais e de equipamentos a 
serem incorporados à obra, bem como suas especificações 
técnicas, de acordo com as normas técnicas pertinentes”. 
D) INCORRETA, pois segundo o art. 6º, inc. XXVIII, da 
Lei nº 14.133/21, empreitada por preço unitário é a 
“contratação da execução da obra ou do serviço por preço 
certo de unidades determinadas”. Por outro lado, a definição 
trazida pela assertiva corresponde ao conceito de 
empreitada por preço global: “contratação da execução da 
obra ou do serviço por preço certo e total” (art. 6º, inc. 
XXIX, da Lei nº 14.133/21). 
E) INCORRETA, pois segundo o art. 6º, inc. XIV, da Lei nº 
14.133/21, bens e serviços especiais são “aqueles que, por 
sua alta heterogeneidade ou complexidade, não podem ser 
descritos na forma do inciso XIII do caput deste artigo [que 
trata dos bens e serviços comuns], exigida justificativa 
prévia do contratante”. Por sua vez, o inc. XIII do mesmo 
dispositivo traz o conceito de bens e serviços comuns, 
tratando-se da definição trazida pela assertiva: “aqueles 
cujos padrões de desempenho e qualidade podem ser 
objetivamente definidos pelo edital, por meio de 
especificações usuais de mercado”. 
GABARITO: C 
 
 
04) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
De acordo com a lei nº 8.987/95, que dispõe sobre 
concessão e permissão de serviços públicos, e 
levando-se em conta as alterações promovidas 
pela lei nº 12.133/2021, pode-se afirmar: 
A) concessão de serviço público é a 
delegação de sua prestação, feita pelo 
poder concedente, mediante licitação, na 
modalidade concorrência, a pessoa 
jurídica ou consórcio de empresas que 
demonstre capacidade para seu 
desempenho, por sua conta e risco e por 
prazo indeterminado. 
B) concessão de serviço público precedida da 
execução de obra pública é a construção, 
total ou parcial, conservação, reforma, 
ampliação ou melhoramento de quaisquer 
obras de interesse público, delegados pelo 
poder concedente, mediante licitação, na 
modalidade concorrência ou diálogo 
competitivo, a pessoa jurídica ou 
consórcio de empresas que demonstre 
capacidade para a sua realização, por sua 
conta e risco, de forma que o investimento 
da concessionária seja remunerado e 
amortizado mediante a exploração do 
serviço ou da obra por prazo determinado. 
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 https://www.instagram.com/projetoemdelta/ contato@projetoemdelta.com https://www.facebook.com/projetoemdelta1/ 
C) permissão de serviço público é a 
delegação, a título precário, mediante 
licitação, da prestação de serviços 
públicos, feita pelo poder concedente à 
pessoa física ou jurídica que demonstre 
capacidade para seu desempenho, com 
repartição dos riscos entre o ente público 
e a entidade delegada. 
D) As concessionárias de serviços públicos, 
de direito público e privado, nos Estados e 
no Distrito Federal, são obrigadas a 
oferecer ao consumidor e ao usuário, 
dentro do mês de vencimento, o mínimo 
de cinco datas opcionais para escolherem 
os dias de vencimento de seus débitos. 
E) A outorga de concessão ou permissão terá 
caráter de exclusividade, salvo no caso de 
inviabilidade técnica ou econômica 
devidamente justificada. 
 
COMENTÁRIOS: a) Errado. Com a alteração 
promovida pela lei nº 12.133/2021, concessão de serviço 
público passou a ser definido como: a delegação de sua 
prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, 
na modalidade concorrência ou DIÁLOGO 
COMPETITIVO, a pessoa jurídica ou consórcio de 
empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, 
por sua conta e risco e por prazo DETERMINADO. (art. 2, 
II, lei nº 8.987/95). 
b) Correto. Art. 2, III, lei nº 8.987/95: “concessão de serviço 
público precedida da execução de obra pública: a 
construção, total ou parcial, conservação, reforma, 
ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse 
público, delegados pelo poder concedente, mediante 
licitação, na modalidade concorrência ou diálogo 
competitivo, a pessoa jurídica ou consórcio de empresas que 
demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e 
risco, de forma que o investimento da concessionária seja 
remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço 
ou da obra por prazo determinado.” 
c) Errado. Art. 2, IV, lei nº 8.987/95: “permissão de serviço 
público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da 
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à 
pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu 
desempenho, por sua conta e risco.” 
d) Errado. Art. 7º-A, lei nº 8.987/95: “As concessionárias de 
serviços públicos, de direito público e privado, nos Estados 
e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer ao 
consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o 
mínimo de SEIS datas opcionais para escolherem os dias de 
vencimento de seus débitos.” 
e) Errado. Art. 16, lei nº 8.987/95: “A outorga de 
concessão ou permissão NÃO terá caráter de exclusividade, 
salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica 
justificada no ato a que se refere o art. 5o desta Lei.” 
GABARITO: B 
 
 
05) (Questão autoral Projeto em Delta - 2020) 
Quanto ao conceito de Direito Administrativo 
para as diferentes perspectivas teóricas que 
enfrentam a matéria, assinale a assertiva 
CORRETA: 
A) De acordo com o critério das relações 
jurídicas, Direito Administrativo é a 
disciplina jurídica que regula a 
instituição, organização e o 
funcionamento dos serviços públicos e o 
seu oferecimento aos administrados; 
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9 
 
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B) De acordo com o critério da 
Administração Pública, o Direito 
Administrativo é conjuntoharmônico de 
princípios jurídicos que regem os órgãos, 
os agentes e as atividades públicas 
tendentes a realizar de forma concreta, 
direta e imediata os fins desejados pelo 
Estado; 
C) De acordo com o critério da Escola do 
Serviço Público, Direito Administrativo é 
o conjunto de normas que regem as 
relações entre a Administração e os 
administrados; 
D) De acordo com o critério teleológico, 
Direito Administrativo é o conjunto de 
regras jurídicas que disciplinam os atos 
do Poder Executivo; 
E) De acordo com o critério do Poder 
Executivo, Direito Administrativo é o 
sistema dos princípios jurídicos que 
regulam a atividade do Estado para o 
cumprimento de seus fins. 
 
COMENTÁRIOS: A) INCORRETA, pois traz a 
definição de Direito Administrativo de acordo com o critério 
da Escola do Serviço Público, para a qual tal disciplina 
regularia a instituição, organização e o funcionamento dos 
serviços públicos e o seu oferecimento aos administrados. O 
critério das relações jurídicas, por outro lado, define o 
Direito Administrativo como o conjunto de normas que 
regem as relações entre a Administração e os administrados. 
B) CORRETA, devendo ser a assertiva a ser assinalada. 
Trata-se da definição de Hely Lopes Meirelles, segundo o 
qual o Direito Administrativo é o conjunto harmônico de 
princípios jurídicos, que regem os órgãos, os agentes e as 
atividades públicas tendentes a realizar de forma concreta, 
direta e imediata os fins desejados pelo Estado. De tal 
conceituação, exsurgem as seguintes características da 
função administrativa: ela é concreta (para diferenciar da 
atividade legislativa que é, em regra, abstrata); direta (para 
diferenciar da atividade jurisdicional que é, em regra, 
indireta); e imediata (para diferenciar da atividade mediata, 
que constitui a ação social do Estado). Trata-se do critério 
mais aceito atualmente pelos autores brasileiros 
(denominado critério da Administração Pública), tendo em 
vista a insuficiência dos demais critérios para a definição do 
objeto de estudo do Direito Administrativo. 
C) INCORRETA, pois a definição trazida pela assertiva 
refere-se ao critério das relações jurídicas, segundo o qual o 
Direito Administrativo seria o conjunto de normas que 
regem as relações entre a Administração e os administrados. 
D) INCORRETA, pois tal conceituação se refere ao critério 
do Poder Executivo, segundo o qual o Direito 
Administrativo é conjunto de regras jurídicas que 
disciplinam os atos do Poder Executivo. Por outro lado, o 
critério teleológico aduz que Direito Administrativo é o 
sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade do 
Estado para o cumprimento de seus fins. 
E) INCORRETA, pois, conforme já mencionado na 
assertiva D, tal definição se refere ao teleológico, e não ao 
critério do Poder Executivo. 
Gabarito B 
 
 
06) (Questão autoral Projeto em Delta - 2020) 
Quanto aos conceitos elementares do Direito 
Administrativo, assinale a alternativa CORRETA: 
A) A lei é fonte secundária do Direito 
Administrativo; 
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B) No Brasil, adota-se o sistema do 
contencioso administrativo quanto ao 
regime utilizado pelo Estado para o 
controle dos atos administrativos; 
C) No Brasil, é permitida, desde que 
prevista expressamente em lei e não viole 
o princípio da razoabilidade, a exigência 
de depósito ou arrolamento prévios de 
dinheiro ou bens para admissibilidade de 
recurso administrativo; 
D) A vedação a prática do nepotismo 
independe, no Brasil, de lei em sentido 
formal; 
E) Segundo o texto expresso da Constituição 
Federal de 1988, a administração pública 
direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, isonomia, 
moralidade, publicidade e eficiência. 
 
COMENTÁRIOS: A) INCORRETA, pois a lei é fonte 
primária do Direito Administrativo, notadamente em razão 
do princípio da legalidade, que norteia toda a atuação do 
Estado (a Administração Pública pode fazer tão e somente 
aquilo que a lei manda). 
B) INCORRETA, já que no Brasil adota-se o sistema 
judiciário, também chamado de sistema inglês ou sistema da 
jurisdição uma, no qual há, em resumo, apenas uma justiça, 
que será responsável por processar e julgar todas as causas, 
envolvendo ou não a Administração Pública. A adoção de 
tal sistema pelo Brasil se dá em virtude do princípio da 
inafastabilidade da jurisdição, insculpido no art. 5º, inc. 
XXXV, da CF/88. Por outro lado, no sistema do contencioso 
administrativo, também chamado de sistema da jurisdição 
administrativa, sistema da dualidade de Jurisdição ou 
sistema francês, há uma justiça administrativa (que trata das 
causas envolvendo a Administração Pública) e uma justiça 
comum (que processará e julgará as demais causas). 
C) INCORRETA, pois em afronta ao disposto no Enunciado 
de Súmula Vinculante nº 21 do STF, segundo a qual “é 
inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento 
prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso 
administrativo”. 
D) CORRETA, devendo ser a assertiva a ser assinalada. Isso 
porque a vedação à prática do nepotismo independe de lei 
em sentido formal, pois os princípios constitucionais da 
Administração Pública, especialmente os princípios da 
moralidade, impessoalidade e eficiência, por si só, vedam tal 
prática. Quanto à proibição de tal prática, e independente de 
qualquer lei em sentido formal tratando do assunto, o STF 
editou a Súmula Vinculante nº 13, a qual dispõe que: “a 
nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha 
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, 
da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa 
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou 
de confiança ou, ainda, de função gratificada na 
administração pública direta e indireta em qualquer dos 
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal”. 
E) INCORRETA, pois o texto da CF/88 traz a 
imparcialidade enquanto princípio expresso, e não a 
isonomia, como trazido pela assertiva. Nesse sentido, o 
caput do art. 37 da CF: “a administração pública direta e 
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência”. 
Gabarito D 
 
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07) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
A respeito da organização administrativa, assinale 
a alternativa INCORRETA: 
A) na centralização, o Estado presta o 
serviço público de forma direta, através 
do próprio ente estatal, sem a 
distribuição externa de competências; 
B) na descentralização por serviços, o Poder 
Público cria uma pessoa jurídica de 
direito público ou privado e a ela atribui 
a titularidade e a execução de 
determinado serviço público; 
C) na desconcentração, há uma distribuição 
interna de competências, dentro da 
mesma pessoa jurídica; 
D) na concentração, o Poder Administrativo 
restringe-se à Administração Direta, sem 
a divisão de competências, interna ou 
externamente; 
E) na descentralização funcional, o Poder 
Público cria uma pessoa jurídica de 
direito público ou privadoe a ela atribui 
a titularidade e a execução de 
determinado serviço público. 
 
Comentários: A) CORRETA, pois se refere justamente ao 
conceito de centralização administrativa, no qual não há 
uma distribuição externa de competências com uma terceira 
pessoa jurídica, sendo que a prestação de um serviço público 
de forma direta pelo ente estatal é justamente uma das faces 
da centralização. 
B e E) CORRETAS, visto que descentralização por serviços 
e descentralização funcional são expressões sinônimas. 
Nesse sentido, Maria Sylvia Zanella Di Pietro assevera: 
“Descentralização por serviços, funcional ou técnica é a que 
se verifica quando o Poder Público (União, Estados ou 
Municípios) cria uma pessoa jurídica de direito público ou 
privado e a ela atribui a titularidade e a execução de 
determinado serviço público. No Brasil, essa criação 
somente pode dar-se por meio de lei e corresponde, 
basicamente, à figura da autarquia, mas abrange também 
fundações governamentais, sociedades de economia mista, 
empresas públicas e suas subsidiárias, que exerçam serviços 
públicos”. 
C) CORRETA, por corresponder ao conceito de 
desconcentração administrativa, que se refere à organização 
interna da Administração Pública. Através de tal 
mecanismo, o Estado divide suas funções internamente, 
incumbindo a cada órgão um determinado feixe de 
competências. Relacionada à desconcentração, tem-se a 
própria noção do poder hierárquico da Administração, que 
realiza, a partir de seu escalonamento interno, a autotutela. 
Além disso, frisa-se que os mecanismos da 
concentração/desconcentração se referem à distribuição 
interna de competências, e não à distribuição externa, como 
mencionado na assertiva (nesse último caso, fala-se em 
centralização e descentralização). 
D) INCORRETA, devendo, por isso, ser a assertiva 
assinalada. A concentração se refere a uma forma de 
organização interna da Administração Pública, na qual não 
há a divisão interna entre órgãos da pessoa jurídica. Dito de 
outra forma, não haveria uma divisão interna das funções 
entre os órgãos, havendo, assim, uma direção única e 
centralizada. Contudo, não é correto afirmar que na 
concentração o Poder Administrativo se restringe à 
Administração Direta. Nada impede que haja, por exemplo, 
concentração no âmbito de um ente da Administração 
Indireta, cuja organização interna não abarque a divisão 
interna de funções. 
Gabarito D 
 
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08) (Questão autoral Projeto em Delta – 2020) 
Segundo a nova lei de licitações e contratos 
administrativos, Lei nº 14.133/2021, poderá se 
proceder com a adoção de meios alternativos de 
resolução de controvérsias. Sendo assim, é correto 
afirmar que: 
A) Não serão aplicados os meios alternativos 
de resolução às controvérsias relacionadas 
a direitos patrimoniais indisponíveis, mas 
poderão ser aplicados às questões 
relacionadas ao restabelecimento do 
equilíbrio econômico-financeiro do 
contrato e ao cálculo de indenizações. 
B) Poderão ser utilizados apenas os meios 
expressamente previstos na lei de 
referência, sendo eles: a conciliação, a 
mediação e a arbitragem. 
C) Uma vez formalizado, o contrato não 
poderá ser aditado, ainda que seja para 
permitir a adoção de meios alternativos de 
resolução de controvérsias. 
D) O processo de escolha dos árbitros, dos 
colegiados arbitrais e dos comitês de 
resolução de disputas observará critérios 
isonômicos, técnicos e sigilosos. 
E) A arbitragem será sempre de direito e 
observará o princípio da oficialidade. 
 
COMENTÁRIOS: A) Certo. Conforme entendimento 
doutrinário e jurisprudencial, em regra, os meios alternativos 
de resolução de controvérsias se aplicam em relação a 
direitos patrimoniais DISPONÍVEIS, e não aos 
indisponíveis, conforme legislação de referência: 
Art. 151. Nas contratações regidas por esta Lei, 
poderão ser utilizados meios alternativos de prevenção e 
resolução de controvérsias, notadamente a conciliação, a 
mediação, o comitê de resolução de disputas e a arbitragem. 
Parágrafo único. Será aplicado o disposto 
no caput deste artigo às controvérsias relacionadas a 
direitos patrimoniais disponíveis, como as questões 
relacionadas ao restabelecimento do equilíbrio 
econômico-financeiro do contrato, ao inadimplemento de 
obrigações contratuais por quaisquer das partes e ao cálculo 
de indenizações. 
B) Errado. Faltou listar o comitê de resolução de disputas. 
Art. 151. Nas contratações regidas por esta Lei, poderão ser 
utilizados meios alternativos de prevenção e resolução de 
controvérsias, notadamente a conciliação, a mediação, o 
comitê de resolução de disputas e a arbitragem. 
C) Errado. Podem ser aditados para tanto. Vejamos: 
Art. 153. Os contratos poderão ser aditados para permitir a 
adoção dos meios alternativos de resolução de controvérsias. 
D) Errado. Os critérios devem ser transparentes e não 
sigilosos. Vejamos: 
Art. 154. O processo de escolha dos árbitros, dos colegiados 
arbitrais e dos comitês de resolução de disputas observará 
critérios isonômicos, técnicos e transparentes. 
E) Errado. O princípio a ser observado é da publicidade. 
O princípio da oficialidade caracteriza-se pelo dever 
da Administração Pública em impulsionar o procedimento 
de forma automática, sem prejuízo da atuação dos 
interessados. Vejamos: 
Art. 152. A arbitragem será sempre de direito e observará o 
princípio da publicidade. 
GABARITO: A 
 
 
 
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09) (CESPE - 2019 - TJ-PR - Juiz Substituto) 
A administração pública pode produzir 
unilateralmente atos que vinculam os particulares. 
No entanto, tal vinculação não é absoluta, 
devendo o particular, para eximir-se de seus 
efeitos e anular o ato, comprovar, em juízo ou 
perante a própria administração, o defeito do ato 
administrativo contra o qual se insurge, por caber-
lhe o ônus da prova. Essa descrição refere-se ao 
atributo do ato administrativo denominado 
A) autoexecutoriedade. 
B) imperatividade. 
C) presunção de legalidade. 
D) exigibilidade. 
 
Comentários: A) Incorreta. Autoexecutoriedade: O ato 
administrativo, uma vez produzido pela Administração, é passível 
de execução imediata, independentemente de manifestação do 
Poder Judiciário (executa seus atos sem precisar do Poder 
Judiciário). 
Existem exceções, como por exemplo, no caso da multa (se a 
pessoa que foi multada se recusa a pagar, não pode a administração 
simplesmente tomar o dinheiro desta), a qual possui apenas 
exigibilidade. 
B) Incorreta. Imperativo, ou seja, impositivo e independe da 
anuência do administrado. Possibilidade de imposição de 
obrigações, pela Administração Pública, independente da vontade 
do particular. Cabe ressaltar que tal característica está presente 
somente nos atos administrativos que impõem obrigações e deveres 
aos particulares, sendo que os atos que definem direitos e 
vantagens não possuem tal característica. 
C) Correta. Até prova em contrário, o ato administrativo foi 
editado em conformidade com a lei e com o ordenamento jurídico 
(possui presunção de legalidade). Trata-se de presunção relativa, 
que pode ser elidida mediante comprovação do interessado. Dessa 
forma, os atos administrativos produzirão efeitos regularmente 
desde a sua publicação, até que seja declarada a ilegalidade por 
decisão administrativa ou judicial. Ressalte-se que o ônus da prova 
é do particularque realiza a impugnação do ato. 
D) Incorreta. Exigibilidade: exigível é aquela conduta prevista na 
norma que, caso seja infringida, pode ser aplicada uma coerção 
indireta, ou seja, caso a pessoa venha a sofrer uma penalidade e se 
recuse a aceitar a aplicação da sanção, a aplicação dessa somente 
poderá ser executada por decisão judicial. É o caso das multas, por 
exemplo, que podem ser lançadas a quem comete uma infração de 
trânsito, a administração não pode receber o valor por meio de uma 
coerção, caso a pessoa penalizada se recuse a pagar a multa, o seu 
recebimento dependerá de execução judicial pela Administração 
Pública. A exigibilidade é uma característica de todos os atos 
praticados no exercício do poder de polícia. 
Gabarito C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10) (MPE-GO - Promotor de Justiça – 
Reaplicação) 
Acerca da Administração Indireta do Estado, 
assinale a alternativa incorreta: 
A) As entidades integrantes da Administração 
Indireta sujeitam-se ao controle finalístico 
da pessoa política, por meio do órgão da 
Administração Direta a que estejam 
vinculadas, em razão do poder hierárquico 
da pessoa política que as criou. 
B) As despesas e receitas das entidades 
integrantes da Administração Indireta do 
Estado integram o orçamento fiscal da 
pessoa política a que estão vinculadas. 
C) Segundo entendimento do Supremo 
Tribunal Federal, as empresas públicas e 
sociedades de economia mista que prestam 
serviços públicos essenciais e próprios do 
Estado, em condições não concorrenciais, 
sujeitam-se ao regime de precatórios. 
D) As empresas públicas e as sociedades de 
economia mista que explorem atividade 
econômica em sentido estrito não 
respondem objetivamente pelos danos que 
causarem a terceiros. 
 
Comentários: Administração Pública Indireta: 
Pessoas / Entes / Entidades Administrativas 
» Fundações Públicas – ex.: FUNAI, IBGE, etc. 
» Autarquias – ex.: INSS, UFES, IBAMA, ANATEL, 
ANTT, etc. 
» Sociedades de Economia Mista – ex.: Banco do 
Brasil 
» Empresas Públicas – ex.: INFRAERO, Caixa 
Econômica Federal, etc. 
Mnemônico: F – A – S – E 
Decreto-lei nº 200 de 1967 (Dispõe sôbre a organização da 
Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma 
Administrativa e dá outras providências): Artigo 4º 
Administração Federal compreende: I - A Administração 
Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura 
administrativa da Presidência da República e dos 
Ministérios. 
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes 
categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica 
própria: 
a) Autarquias; 
b) Empresas Públicas; 
c) Sociedades de Economia Mista; 
d) Fundações públicas. 
A – INCORRETA: Não há subordinação hierárquica 
entre os entes da administração direta e indireta, mas sim, 
vinculação que se manifesta por meio da supervisão 
ministerial realizada pelo ministério ou secretaria da pessoa 
política responsável pela área de atuação da entidade 
administrativa. Tal supervisão tem por finalidade o 
exercício do denominado controle finalístico ou poder de 
tutela. Assim, a Administração Direta NÃO pode intervir 
nas decisões da Indireta, salvo se ocorrer a chamada fuga de 
finalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em suma, há de fato um controle finalístico, MAS ESSE 
NÃO DECORRE DO PODER HIERÁRQUICO, UMA 
VEZ QUE NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE A 
Subordinação Hierárquica 
ADM Direta ADM 
Indireta 
VINCULO 
Controle Finalístico – 
Supervisão Ministerial 
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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA E A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA. 
B – CORRETA: Com base no art. 165, §5º, I, da CF/88. 
"Art. 165 Leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão: §5º A lei orçamentária anual compreenderá: I 
- o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus 
fundos, órgãos e entidades da administração direta e 
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
poder público". 
C – CORRETA: O STF entende que estão submetidas ao 
regime constitucional de precatórios as empresas estatais 
que atuam na ordem econômica prestando serviços públicos 
e, portanto, próprios do Estado, sem intuito de lucratividade 
nem caráter concorrencial. 
D – CORRETA: Art. 37, §6º, da CF/88. "Art. 37, §6º As 
pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos 
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa". 
Gabarito A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11) (Questão autoral Projeto em Delta – 2021) 
A respeito da disciplina doutrinária, legal e 
jurisprudencial conferida aos Agentes Públicos, 
assinale a alternativa correta: 
A) O servidor temporário pode ser 
excepcionalmente contratado para o 
desempenho de atividades de caráter 
regular e permanente. 
B) Em determinada rodovia distante do 
centro urbano, ocorre um acidente grave, 
fazendo com que determinado particular 
tenha que organizar o trânsito, 
determinando a passagem dos carros ora 
vindos da esquerda ora da direita, até a 
chegada dos bombeiros e guardas de 
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trânsito, o que ocorreu algumas horas 
depois. Durante o tempo em que o 
particular exerceu tal função atuou como 
um agente público de fato putativo. 
C) O servidor inserido em cargo efetivo 
possui vínculo legal, apesar de inexistir 
contrato de trabalho, há possibilidade de 
inalterabilidade da situação funcional por 
predominar o interesse público. 
D) Recondução é forma de provimento 
derivado consistente em nova condução 
do servidor para outro cargo a fim de 
compatibilizar o exercício da função 
pública com a limitação física ou 
psíquica sofrida. 
E) Tiago reprovou no concurso público dos 
seus sonhos por apenas um ponto. 
Analisando a sua prova, ele percebeu que 
uma questão se referia a jurisprudência e 
que não estava previsto no edital de 
convocação a cobrança dos 
entendimentos dos Tribunais Superiores 
sobre aquele tema. Diante do caso 
narrado, Thiago, recorrendo à banca, teve 
seu pedido de anulação da questão 
negado. É certo que, pleiteando no 
Judiciário, Tiago irá ver sua pretensão 
satisfeita com a devida anulação, uma 
vez que o STF já se manifestou no 
sentido de que o Poder Judiciário pode 
analisar a cobrança de itens de matéria 
não previstos no edital. 
Comentários: a) Certo. Pode haver a contratação de 
servidor temporário para atividades de caráter regular e 
permanente quando a necessidade de atendimento dessa 
atividade for temporária e de excepcional interesse público. 
“O STF entende que o art. 37, IX, da CF/88 autoriza que a 
Administração Pública contrate pessoas, sem concurso 
público, tanto para o desempenho de atividades de caráter 
eventual, temporário ou excepcional, como também para o 
desempenho das funções de caráter regular e permanente, 
desde que indispensáveis ao atendimento de necessidade 
temporária de excepcional interesse público.(ADI 3068, 
Rel. p/ Ac. Min. Eros Grau, Tribunal Pleno, julgado em 
25/08/2004). 
b) Errado. O particular atuou como Agente de fato 
necessário. A situação era excepcional, para atender a uma 
emergência, sem vínculo válido com o Estado. O agente de 
fato putativo exerce a função em uma situação de 
normalidade. 
c) Errado. O servidor inserido em cargo efetivo possui 
vínculo legal, apesar de inexistir contrato de trabalho há o 
termo de posse. É o servidor estatutário que, aprovado em 
concurso público e preenchidos os requisitos constitucionais 
garante a seu titular a estabilidade no serviço. 
Segundo o STJ a ausência de vínculo contratual demonstra 
inexistência do direito à inalterabilidade da situação 
funcional, por predominar na relação estatutária o interesse 
público. Ou seja, excepcionalmente, há possibilidade de 
alterabilidade da situação funcional por predominar o 
interesse público. 
Ainda de acordo com o STF: NÃO há direito adquirido a 
regime jurídico. Logo, os direitos instituídos pelo estatuto 
dos servidores público NÃO se incorporam ao patrimônio 
jurídico desses agentes. 
d) Errado. O deslocamento do servidor com o fim de 
compatibilizar a função com a limitação consiste na 
READAPTAÇÃO. 
Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo de 
origem tendo em vista a sua inabilitação em estágio 
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probatório de outro cargo ou a reintegração de um outro 
servidor a esse mesmo cargo. Se esse cargo “de origem” 
estiver ocupado, o servidor reconduzido deverá ser 
APROVEITADO (aproveitamento é outra forma de 
provimento derivado). 
e) Errado. A cobrança de jurisprudência dos tribunais 
superiores das matérias constantes no edital sem previsão 
expressa no mesmo é possível, segundo entendimento do 
STJ. Vamos analisar com calma os entendimentos. 
Embora: 
O Judiciário NÃO possa substituir a Banca Examinadora, 
definindo critérios de seleção, reavaliando provas e notas 
atribuídas a candidatos, sob pena de adentrar no mérito da 
atuação discricionária da Administração; 
O STF admite: 
O controle das regras do concurso, seja na elaboração de 
questões ou na avaliação das respostas do candidato. 
Embora: 
O STF admita que o Poder Judiciário verifique a cobrança 
de itens da matéria 
não previstos no edital; 
Segundo o STJ: 
É possível cobrar questões sobre jurisprudência no concurso 
mesmo que o edital não preveja que irá exigir dos 
candidatos conhecimentos acerca dos entendimentos dos 
Tribunais Superiores. STJ. 1ª Turma. AgInt no RMS 
50769/BA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado 
em 01/03/2018. 
Gabarito A 
 
 
12) (Questão autoral Projeto em Delta – 2021) 
Carlos logrou êxito na obtenção de permissão 
administrativa para instalar sua lanchonete, 
durante uma semana, em feira temporária 
realizada pelo Município X, durante festividades 
em comemoração ao dia do padroeiro da cidade, a 
ser realizada daqui a 3 (três) meses. O ato foi 
devidamente assinado pelo Prefeito e pelo 
Secretário de Turismo do Município, autoridades 
competentes para tanto segundo a Lei Municipal 
Y, que regulamenta a matéria, tendo sido o ato 
administrativo publicado no Diário Oficial da 
Prefeitura do Município X. Carlos cumpriu com 
todos os requisitos legais e regulamentares para a 
obtenção da permissão, sendo que está autorizado 
a vender seus produtos, com preços livremente 
estabelecidos, durante as festividades locais. 
Pode-se dizer, a partir da situação posta, que o ato 
administrativo de permissão é, quanto a sua 
formação e produção de efeitos: 
A) Perfeito, válido, eficaz; 
B) Perfeito, válido, ineficaz; 
C) Imperfeito, válido, eficaz; 
D) Imperfeito, válido, ineficaz; 
E) Imperfeito, inválido, eficaz. 
 
COMENTÁRIOS: O ato administrativo de permissão, 
nos termos da situação posta, caracteriza-se quanto a sua 
formação e produção de efeitos como: (i) ato perfeito, visto 
que já completado seu ciclo de formação, tendo sido 
assinado pelas autoridades competentes e já publicado; (ii) 
ato válido, visto que, a partir da narrativa fática, o 
permissionário Carlos “cumpriu com todos os requisitos 
legais e regulamentares para a obtenção da permissão”; (iii) 
ato ineficaz, visto que as festividades se realizarão apenas 
daqui a 3 (três) meses, momento no qual será permitido a 
Carlos que instale sua lanchonete pelo período de uma 
semana; em outras palavras, o ato administrativo está sujeito 
a termo inicial (evento futuro e certo), razão pela qual não 
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está apto a produzir seus efeitos imediatamente, tratando-se 
portanto de ato ineficaz. Dessa forma, a assertiva B é a 
correta, devendo ser a assertiva assinalada, estando 
incorretas as demais opções. 
Gabarito B 
 
 
13) (Questão autoral Projeto em Delta – 2021) 
O município de Natal, capital do Rio Grande do 
Norte, determinou que só concederia alvarás de 
funcionamento a boates que tivessem instalado 
avisos luminosos que indicassem de maneira clara 
e inequívoca, a localização exata das saídas de 
emergência. Com base nessa disposição, Greg, 
fiscal deste município, em conluio com o dono da 
boate “Delta”, Aristides, declarou, falsamente, que 
essa boate havia cumprido com as determinações 
municipais e instalado os respectivos avisos 
luminosos. O que resultou na concessão do 
respectivo alvará ao estabelecimento. Meses após 
este ato, a administração verificou que a boate 
“Delta” não possuía os avisos luminosos de 
acordo com a determinação do município. 
Com base no conhecimento das leis, da doutrina e 
da jurisprudência dos tribunais superiores acerca 
do tema em discussão, assinale a alternativa 
correta: 
A) O alvará concedido à boate “Delta” será 
nulo, em virtude da inexistência de motivo 
do ato administrativo. 
B) O alvará concedido à boate “Delta” será 
revogado, em virtude da inexistência de 
motivo do ato administrativo. 
C) O alvará concedido à boate “Delta” poderá 
ser convalidado. 
D) O alvará concedido à boate “Delta” só 
poderá ser anulado judicialmente. 
E) O alvará concedido à boate “Delta” será 
nulo, em virtude de vício de objeto do ato 
administrativo. 
 
COMENTÁRIOS: 
a) O alvará concedido à boate “Delta” será nulo, 
em virtude da inexistência de motivo do ato 
administrativo. 
Correta. São elementos ou requisitos dos atos 
administrativos: competência, forma, objeto, finalidade e 
motivo. 
Marcelo Alexandrino diz que: 
“O motivo é a causa imediata do ato administrativo. É a 
situação de fato e de direito que determina ou autoriza a 
prática do ato, ou, em outras palavras, o pressuposto fático 
e jurídico (ou normativo) que enseja a prática do ato.” 
O pressuposto de fato para a concessão do alvará era o 
estabelecimento ter instalado avisos luminosos que 
indicassem de maneira clara e inequívoca, a localização 
exata das saídas de emergência. 
 O pressuposto de direito para a concessão, no caso em 
análise, era a norma que condicionava, de maneira abstrata, 
a concessão de alvarás de funcionamento, somente às boates 
que tivessem instalado avisos luminosos que indicassem de 
maneira clara e inequívoca, a localização exata das saídas de 
emergência. 
Logo, como na boate “Delta”, verificou-se a ausência dos 
avisos luminosos determinados, inexiste o motivo para a 
concessão do alvará. 
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A Lei 4.717/1965 (que regulamenta a Ação Popular), em seu 
art. 2, parágrafo único, alínea "d", dispõe que: 
 Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das 
entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: (...) 
 Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de 
nulidade observar-se-ão as seguintes normas: 
(...) 
 d) a inexistência dos motivos se verifica quando a 
matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é 
materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao 
resultado obtido;” 
Logo, atos com motivos inexistentes ou inadequados, como 
o da questão, são nulos. 
b) O alvará concedido à boate “Delta” será 
revogado, em virtude da inexistência de 
motivo do ato administrativo. 
Será nulo, conforme explicação do item anterior. 
c) O alvará concedido à boate “Delta” poderá ser 
convalidado. 
Segundo, Marcelo Alexandrino: 
“... o ato praticado em desacordo com o que a lei estabeleça 
para cada requisito, será, em regra, um ato nulo (nos casos 
de vício nos elementos competência ou forma, dependendo 
do vício, o ato poderá ser apenas anulável, vale dizer, 
potencialmente apto a ser convalidado ).” 
Logo, o ato só poderá ser, potencialmente apto à 
convalidação, somente nos casos de vícios de competência e 
forma, o que não ocorre na questão. 
d) O alvará concedido à boate “Delta” só poderá 
ser anulado judicialmente. 
Marcelo Alexandrino leciona que: 
“A anulação pode ser feita pela administração (autotutela), 
de oficio ou mediante provocação, ou pelo Poder Judiciário, 
mediante provocação.” 
Portanto, no caso em tela, a Administração também poderá 
anular o próprio ato ilegal e não somente o Judiciário, 
conforme diz a alternativa. 
e) O alvará concedido à boate “Delta” será nulo, 
em virtude de vício de objeto do ato 
administrativo. 
Conforme explicação do item a, o vício narrado na questão 
é de inexistência de motivo do ato administrativo. 
Gabarito A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14) (Questão autoral Projeto em Delta – 2021) 
José dos Santos Carvalho Filho define serviços 
públicos como “"como toda atividade prestada 
pelo Estado ou por seus delegados, basicamente 
sob regime de direito público, com vistas à 
satisfação de necessidades essenciais e 
secundárias da coletividade”. Nesse contexto, 
analise as assertivas e assinale a correta: 
A) Determinado hospital, diante do aumento 
de gastos com a pandemia do COVID, teve 
que escolher quais contas pagar para que o 
mês e, infelizmente deixou de adimplir com 
a de energia elétrica por três meses 
seguidos. Segundo o entendimento dos 
tribunais superiores, admite-se o corte do 
referido serviço. 
B) Enquanto nos contratos administrativos 
regidos pela lei de licitações depois de 90 
dias de inadimplência do Poder Público, 
pode ocorrer a interrupção dos serviços 
públicos, tal situação não é admissível nas 
concessões e permissões em razão de a 
regra ser a continuidade, devendo aguardar, 
ao caso, o trânsito em julgado de eventual 
sentença judicial. 
C) Em razão da uniformidade de serviço 
prestado, justamente pelo princípio da 
igualdade do contribuinte, a concessionária 
não poderá cobrar tarifas diferenciadas em 
função do serviço público prestado, como 
exemplo temos as tarifas de ônibus. 
D) Em razão de a tarifa ser calculada de 
acordo com os custos da prestação de 
serviço não é possível que o contrato de 
concessão de serviços públicos preveja 
outras fontes financeiras que não a própria 
tarifa recebida do usuário. 
E) Nos casos em que a concessão de serviços 
públicos se dá em favor de entes da própria 
administração pública não é necessário a 
realização de licitação para transferir o 
serviço, havendo a chamada dispensa. 
 
Comentários: 
A) Errado. Trata de entendimento consolidado no STJ: 
“A suspensão do serviço de energia elétrica, por 
empresa concessionária, em razão de inadimplemento 
de unidades públicas essenciais - hospitais; pronto-
socorros; escolas; creches; fontes de abastecimento 
d'água e iluminação pública; e serviços de segurança 
pública -, como forma de compelir o usuário ao 
pagamento de tarifa ou multa, despreza o interesse da 
coletividade. STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 
543.404/RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 
12/02/2015.” 
Perceba que o STJ afirma que somente haverá 
legitimidade no corte de energia elétrica em serviços 
públicos essenciais quando por ordem técnica ou 
segurança das instalações, quando avisado previamente: 
“É legítima a interrupção do fornecimento de energia 
elétrica por razões de ordem técnica, de segurança das 
instalações, ou ainda, em virtude do inadimplemento do 
usuário, quando houver o devido aviso prévio pela 
concessionária sobre o possível corte no fornecimento 
do serviço. STJ. 1ª Turma. REsp 1270339/SC, Rel. 
Min. Gurgel de Faria, julgado em 15/12/2016.” 
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Aliada a isso, temos a situação de que os serviços 
essenciais podem ser cortados quando PJ de direito 
público é inadimplente, precedido de notificação, e a 
interrupção não atinja serviços indispensáveis à 
população: 
“A legitimidade do corte no fornecimento do serviço de 
telefonia quando inadimplentes entes públicos, desde 
que a interrupção não atinja serviços públicos essenciais 
para a coletividade, tais como escolas, creches, 
delegacias e hospitais. STJ. 1ª Turma. EDcl no REsp 
1244385/BA, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 
13/12/2016.” 
Assim, em relação aos serviços de saúde, tal corte é 
ilegítimo. 
B) Correto. Enquanto na Lei nº 8.666/93, depois de 90 
dias de inadimplemento do Poder Público, poderá haver 
a interrupção dos serviços contratados, assim como 
determina o art. 78: 
“XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos 
pagamentos devidos pela Administração decorrentes de 
obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já 
recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade 
pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, 
assegurado ao contratado o direito de optar pela 
suspensão do cumprimento de suas obrigações até 
que seja normalizada a situação;” 
Na lei de serviços públicos, em oposto, não há esse 
direito, havendo a possibilidade de suspender o contrato 
somente após o trânsito em julgado da condenação, 
determina o art. 39 da Lei nº 8987/95: 
“Art. 39. O contrato de concessão poderá ser rescindido 
por iniciativa da concessionária, no caso de 
descumprimento das normas contratuais pelo poder 
concedente, mediante ação judicial especialmente 
intentada para esse fim. Parágrafo único. Na hipótese 
prevista no caput deste artigo, os serviços prestados 
pela concessionária não poderão ser interrompidos 
ou paralisados, até a decisão judicial transitada em 
julgado.” 
C) Errado. A questão te induz a erro, justamente pelo 
exemplo citado. Nada impediria que as concessionárias 
de serviços públicos de transportes intraurbanos 
cobrassem mais caro do serviço usufruído pelo usuário 
de acordo com a distância percorrida. Assim, a própria 
Lei nº 8987/95 autoriza essa possibilidade: 
“Art. 13. As tarifas poderão ser diferenciadas emfunção 
das características técnicas e dos custos específicos 
provenientes do atendimento aos distintos segmentos de 
usuários.” 
D) Errado. Justamente o contrário. Com objetivo de 
favorecer a modicidade das tarifas cobradas dos 
usuários, o edital de licitação e o contrato poderão 
permitir que o concessionário explore fontes 
alternativas de receita, como propagandas em outdoors, 
por exemplo. Em outras palavras, a justa remuneração 
do investimento feito pela concessionária e o equilíbrio 
econômico-financeiro do contrato não precisam advir 
apenas da cobrança de tarifas, fato que certamente 
contribui para a redução destas. Sobre o assunto, vamos 
ver o que diz a Lei 8.987/1995: 
“Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada 
serviço público, poderá o poder concedente prever, em 
favor da concessionária, no edital de licitação, a 
possibilidade de outras fontes provenientes de 
receitas alternativas, complementares, acessórias ou 
de projetos associados, com ou sem exclusividade, 
com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, 
observado o disposto no art. 17 desta Lei.” 
“Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de 
concessão as relativas: (...) VI - as possíveis fontes de 
receitas alternativas, complementares ou acessórias, 
bem como as provenientes de projetos associados;” 
E) Errado. O art. 175 da Constituição Federal é expresso 
ao estabelecer que as concessões e permissões de 
serviço público devem ser sempre precedidas de 
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licitação. Sobre o tema, Di Pietro afirma que não se 
aplicam às licitações para concessão de serviço público 
os casos de dispensa previstos na Lei de Licitações; 
contudo, esclarece a autora, admite-se a declaração de 
inexigibilidade, desde que se demonstre a inviabilidade 
de competição. 
Cuidado para não confundir: a assertiva disse sobre 
concessão – não há procedimento licitatório para a 
outorga de serviço público, somente para concessão ou 
permissão. 
Gabarito: B 
 
 
15) (Questão autoral Projeto em Delta - 2021) 
De acordo com Carvalho Filho (2018), três pontos 
são fundamentais para a caracterização do ato 
administrativo: em primeiro lugar, é necessário 
que a vontade emane de agente da Administração 
Pública ou dotado de prerrogativas desta; depois, 
seu conteúdo há de propiciar a produção de efeitos 
jurídicos com fim público e, por fim, deve toda 
essa categoria de atos ser regida basicamente pelo 
direito público. Sobre o tema assinale a alternativa 
correta: 
A) A conversão ocorre em atos 
administrativos viciados em que há sua 
mudança para outra categoria para que se 
aproveite os efeitos já produzido de modo 
retroativo, ou seja, ex tunc. 
B) Eventual ato administrativo com vício de 
legalidade deve ser anulado pela 
Administração com produção de efeitos 
para o futuro, ou seja, a partir do momento 
em que este fora anulado. 
C) A motivação pode ser dispensada a critério 
da autoridade competente em razão da 
economicidade e eficiência administrativa. 
D) O acordo de concessão de serviço público 
é espécie de ato-subjetivo. 
E) O objeto do ato administrativo poderá ser 
tanto vinculado pela legislação, com 
resultado jurídico determinado, quanto 
discricionário com resultado 
indeterminado. 
 
Comentários: 
a) Correto. A conversão atinge ato inválido, alterando o 
ato para outra categoria, para aproveitar os efeitos já 
produzidos. 
Exemplo: o Estado do Pará, por meio de concessão de uso, 
facultou ao particular a utilização privativa de bem público, 
para que a exercesse conforme sua destinação. Ocorre que a 
mencionada concessão se deu sem licitação, razão pela qual 
foi convertida em permissão precária, em que não há a 
mesma exigência. 
Neste caso, tivemos a conversão do ato administrativo para 
manter os efeitos já produzidos desse ato. 
A conversão e convalidação são próximos. Porém, na 
conversão, há a substituição do ato; na convalidação, 
aproveita-se o ato primário, a partir do seu saneamento. 
Há, portanto, uma alteração do enquadramento legal do ato 
administrativo (produzido por outro) justamente porque a 
prática, caso tivesse ocorrido na época, estaria de plena 
conformidade com a situação, trata-se de um vício de forma. 
b) Errado. Quando há vício de legalidade, há anulação do 
ato com produção de efeitos ex tunc, ou seja, 
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retroativamente – para que se entenda o ato como se 
nunca tivesse sido produzido, assim C.Filho (2018): 
“A invalidação opera ex tunc, vale dizer, “fulmina o que já 
ocorreu, no sentido de que se negam hoje os efeitos de 
ontem”. É conhecido o princípio segundo o qual os atos 
nulos não se convalidam nem pelo decurso do tempo. Sendo 
assim, a decretação da invalidade de um ato administrativo 
vai alcançar o momento mesmo de sua edição.” 
Deste modo, o efeito opera retroativamente e a invalidação 
alcança o primeiro momento em que o ato fora produzido. 
c) Errado. Cuidado! A ausência de motivação pode 
violar o princípio da transparência da Administração 
Pública e da publicidade. Assim afirma C. Filho (2018): 
“No que se refere à motivação, porém, temos para nós, com 
o respeito que nos merecem as respeitáveis opiniões 
dissonantes, que, como regra, a obrigatoriedade inexiste.” 
Motivação, como bem sintetiza CRETELLA JR., “é a 
justificativa do pronunciamento tomado”, o que ocorre mais 
usualmente em atos cuja resolução ou decisão é precedida, 
no texto, dos fundamentos que conduziram à prática do ato. 
Em outras palavras: a motivação exprime de modo expresso 
e textual todas as situações de fato que levaram o agente à 
manifestação da vontade. 
d) Errado. Trata-se, em verdade, de ato-condição. Temos, 
como regra a seguinte classificação dos atos: 
“ato-regra: são emanados dos órgãos competentes para 
proferirem comandos gerais e abstratos, não destinados a 
qualquer indivíduo determinado. São exemplos as leis em 
sentido material e os atos administrativos normativos em 
geral. 
ato-condição: é o ato praticado por um indivíduo (pessoa 
física ou jurídica), que o insere, voluntariamente ou não, 
em um determinado regime jurídico pré-estabelecido, 
sem que o indivíduo possa proferir qualquer manifestação de 
vontade sobre as características desse regime jurídico. São 
exemplos o ato em que o servidor público toma posse, o 
casamento, ou qualquer ato que configure fato gerador de 
uma obrigação tributária. O ato-condição faz o indivíduo 
que o pratica sujeitar-se a um conjunto de normas pré-
estabelecidas e alteráveis unilateralmente, sem que se possa 
modificá-las, nem invocar direito adquirido a sua 
manutenção. (É O CASO DA CONCESSÃO) 
ato subjetivo (ou ato individual): é o ato praticado por um 
indivíduo (pessoa física ou jurídica), em que este possui 
razoável liberdade para estabelecer as características do 
vínculo jurídico a que se submete; nesses atos, a vontade do 
indivíduo pode, nos limites da lei, configurar os efeitos 
jurídicos da relação em que ele pretende inserir-se. São 
exemplos os contratos regidos pelo direito privado, nos 
quais haja cláusulas dispositivas, passíveis de regulação 
livre pelos contratantes. Os atos subjetivos geram direito 
adquirido à manutenção da situação jurídica por eles 
estabelecida (no caso dos contratos, traduzido no brocardo 
“pacta sunt servanda”)” 
A concessão, no caso, coloca a pessoa em um regime 
jurídico preestabelecido(Lei 8987) e, por esta razão, trata-se 
de um ato-condição. 
e) Errado. O resultado do ato discricionário não é 
indeterminável, mas determinável (ou seja, que se pode 
determinar). Deste modo, como o objeto pode ser tanto 
elemento vinculado quanto discricionário a 
determinação desse objeto vai depender dessa referida 
forma, Assim, temos C.Filho (2018): 
“Quando se trata de atividade vinculada, o autor do ato deve 
limitar-se a fixar como objeto deste o mesmo que a lei 
previamente já estabeleceu. Aqui, pode dizer-se que se trata 
de objeto vinculado. Como exemplo, temos a licença para 
exercer profissão: se o interessado preenche todos os 
requisitos legais para a obtenção de licença para exercer 
determinada profissão em todo o território nacional, esse é o 
objeto do ato; desse modo, não pode o agente, ao concedê-
la, restringir o âmbito do exercício da profissão, porque tal 
se põe em contrariedade com a própria lei. 
Em outras hipóteses, todavia, é permitido ao agente traçar as 
linhas que limitam o contéudo de seu ato, mediante a 
avaliação dos elementos que constituem critérios 
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administrativos. Nesse caso estaremos diante de objeto 
discricionário, e, na correta observação de SAYAGUÉS 
LASO, constitui a parte variável do ato, sendo possível, 
desse modo, a fixação de termos, condições e modos. Cite-
se, como exemplo, a autorização para funcionamento de um 
circo em praça pública: pode o ato fixar o limite máximo de 
horário em certas circunstâncias, ainda que o interessado 
tenha formulado pedido de funcionamento em horário além 
do que o ato veio a permitir; uma outra autorização para o 
mesmo fim, por outro lado, pode tornar o horário mais 
elástico, se as circunstâncias forem diversas e não 
impeditivas.” 
Gabarito: A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16) (Questão autoral Projeto em Delta - 2021) 
Sobre Atos Administrativos, analise a assertivas a 
seguir: 
I. No parecer obrigatório, espécie de ato 
enunciativo, em regra, o parecerista 
não tem responsabilidade pelo ato 
administrativo. 
II. A designação de ato administrativo 
abrange toda atividade desempenhada 
pela administração pública. 
III. O ato administrativo que não carrega 
nenhum grau de vinculação é 
denominado ato discricionário. 
IV. A motivação de todos os atos 
administrativos, segundo a doutrina 
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majoritária, é obrigatória. A motivação 
é considerada um princípio implícito 
da Constituição Federal. 
V. O direito administrativo brasileiro 
admite a motivação aliunde dos atos 
administrativos. 
Pode-se concluir que: 
A) Apenas os itens II, III e IV estão corretos. 
B) Apenas os itens I, IV e V estão corretos. 
C) Apenas os itens III e IV estão corretos. 
D) Apenas os itens II e III estão corretos. 
E) Todos os itens estão corretos. 
 
Comentários: I- Certo. Conforme precedente do STF, o 
parecerista somente será responsabilizado pelo ato se configurar 
culpa ou erro grosseiro. 
(...) 3. Esta Suprema Corte firmou o entendimento de que “salvo 
demonstração de culpa ou erro grosseiro, submetida às instâncias 
administrativo-disciplinares ou jurisdicionais próprias, não cabe a 
responsabilização do advogado público pelo conteúdo de seu 
parecer de natureza meramente opinativa” (MS 24.631/DF, Rel. 
Min. Joaquim Barbosa, DJ de 1º/2/08). (...) 
 
Fonte: Informativo 680 do STF no site Dizer o Direito. 
II- Errado. Toda atividade desempenhada pela administração 
pública é chamada de ato administrativo? Não. Nem toda 
atividade da administração se dá através do ato 
administrativo, que representa apenas uma parte da atuação. 
Os Atos da Administração abrangem os atos administrativos 
(espécie) assim como abrange os atos de governo (ou 
políticos), atos privados e atos materiais. 
III- Errado. Muito cuidado aqui! Discricionariedade não se 
confunde com arbitrariedade. E grau de vinculação não se 
confunde com ato vinculado. Vamos analisar com calma? 
Arbitrariedade é a atuação discricionária sem limites, sem 
nenhum grau de vinculação, ou seja, a atuação não está 
vinculada a nada, nenhum limite definido pela lei. 
Ato vinculado é aquele em que não há possibilidade e 
emissão de juízo de valor pelo agente público no caso 
concreto, se preenchidos os requisitos objetivamente 
definidos na lei o ato deve ser praticado como direito 
adquirido do particular. 
Todo ato administrativo discricionário carrega um grau de 
vinculação. Ainda que seja discricionário (margem de 
escolha por análise de conveniência e oportunidade) sempre 
haverá algum critério jurídico-procedimental adequado ou 
limite para a atuação. 
IV- Certo. ERRADO. STJ (AgRg no RMS 15350): O 
motivo é requisito necessário à formação do ato 
administrativo e a motivação, alçada à categoria de 
princípio, é obrigatória ao exame da legalidade, da 
finalidade e da moralidade administrativa. 
“A obrigatoriedade de motivação é uma exigência 
constitucional que deriva dos princípios democrático, da 
legalidade, da publicidade e da ampla defesa e do 
contraditório.” – Rafael Carvalho, Livro “Curso de Direito 
Administrativo” da Editora Gen, pg. 306. 
Não obstante, vale ressaltar que a motivação NÃO é 
obrigatória em todos os atos. No que tange ao ato vinculado, 
a lei já pré-definiu qual a única possibilidade de atuação do 
administrador diante do caso concreto. Assim, nas hipóteses 
não esculpidas na lei, em não havendo motivação, mas 
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sendo possível se identificar qual o motivo, não há que se 
falar em vício, não havendo efetiva necessidade de 
motivação. 
V- Certo. Mas o que seria a motivação aliunde? É a 
motivação remetida, ou seja, consistente na possibilidade de 
se adotar a motivação de outro ato administrativo. Na 
motivação do ato que se pratica, remete-se a outro ato. Ex.: 
Anula-se o contrato X em razão dos motivos apontados no 
parecer Y. 
Gabarito B – QUESTÃO ANULADA POR FALTA DE 
GABARITO! 
 
 
17) (Questão autoral Projeto em Delta – 2021) 
Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinale 
a alternativa correta: 
A) Pela Teoria do Risco Administrativo, o 
Estado é responsável objetivamente pelos 
danos nucleares e danos que decorram de 
atos terroristas em aeronaves brasileiras. 
B) Dentre as causas que excluem o nexo de 
causalidade, rompendo com a 
responsabilidade civil do Estado, encontra-
se a culpa parcialmente exclusiva da 
vítima. 
C) O agente público pode ser acionado 
diretamente pela vítima, quando existente 
dano indenizável. A vítima pode optar por 
propor ação contra o Estado, contra o 
agente causador do dano ou contra ambos, 
nos termos da Teoria da Culpa Individual. 
D) Em que pese o Estado ter o dever de 
guarda e custódia do preso, não há 
responsabilização alguma quando o 
detento cometer suicídio dentro do 
estabelecimento prisional, por se tratar de 
um fato alheio à vontade Estatal. 
E) A vítima lesada por ato do agente público 
pode requerer ressarcimento dos danos 
suportados, entretanto, deve primeiro 
propor a ação contra o Estado. Não 
obstante,

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