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Direito Civil I - II - III

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Lindb
Lei de introdução as normas do direito brasileiro (decreto-lei nº 4657)
Tem como objetivo ampliar o âmbito da aplicação, que conta com regras destinadas a segurança jurídica e eficiência na criação do direito público.
Estrutura da Lindb 
Possui 30 artigos e pode ser dividida em três partes:
Primeira: Normas sobre vigência, eficácia, interpretação, aplicação e integração de leis. (art. 1º ao 6º)
Segunda: Disciplina a eficácia das leis e referencias para o direito internacional privado (art. 7º ao 19)
Terceiro: Normas, regras e princípios, destinados a segurança jurídica e eficiência na aplicação do direito público.
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
 § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Vigência da lei 
Prazo do dia da publicação de uma lei até sua entrada em vigor e chamado de Vacatio Legis. 
O prazo pode ser maior ou menor que 45 dias
No exterior a lei tem prazo de 3 meses para entrar em vigor 
Quando uma lei antes de entrar em vigor precisa ser corrigida, uma nova lei será publicada e a sua vacatio legis começara a ser contada a partir da sua nova publicação.
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
A lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue (se destina somente as leis permanentes)
· Vigência: período no qual a lei e obrigatória 
Lei temporária
· Advento do termo: data certa
· Consecução de seus fins: a lei já atingiu a sua finalidade
· Implemento da condição resolutiva: evento futuro e incerto 
· Derrogação: revogação parcial da lei
· Ab-rogação: revogação total da lei 
Princípio do paralelismo das formas: só pode revogar uma lei por outra do mesmo nível 
Constituição = Emenda constitucional
Lei complementar = Lei complementar
Lei ordinária = Lei ordinária
Parágrafo 1º: lei posterior e a lei mais nova; revogação tácita e quando não está expresso na lei posterior.
A revogação de uma lei pode ser expressa ou tácita 
· Revogação expressa, ocorre quando está descrito na própria lei posterior a revogação da lei anterior.
· Revogação tácita, quando a lei posterior regula inteiramente a matéria da lei anterior ou quando a lei posterior e incompatível com a lei anterior.
Parágrafo 3º: Repristinação, e quando uma lei que foi revogada volta a ter vigor. No brasil não há repristinação automática, para que uma lei volte a entrar em vigor tem que está expresso.
Norma cogente: são normas de imperatividade absoluta. São as normas que obrigam a pessoa fazer ou deixar de fazer algo. Ex: Art. 1.301 do CC
Normas dispositivas: normas de imperatividade relativa. São as normas que permitem a pessoa fazer ou deixar de fazer algo. Ex: Art. 5º do CC
Normas Supletivas: suprem a falta de manifestação de vontade das partes.
Ex: Art. 331 do CC
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Princípio da obrigatoriedade da lei:
Presunção legal: após a publicação a lei é de conhecimento de todos.
Necessidade social: garantia da eficácia do ordenamento jurídico que estaria comprometido caso a pessoa alegasse a ignorância para eximir do cumprimento da lei. 
Princípio da legalidade
Art. 5º, II, da CRFB/1988: Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei. 
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
As leis são feitas para atender pessoas e casos indefinidos. 
· Caso concreto: Fato que realmente ocorreu e tem pessoas definidas.
· Subsunção: e a aplicação da lei ao caso concreto.
Exemplo: Maria tem 15 anos de idade e assinou um contrato. Discute-se a validade desse contrato
O Art. 3º do CC determina que Maria absolutamente incapaz, portanto o contrato é nulo.
· Integração normativa: quando a lei for omissa (existe uma lacuna na lei), o juiz será obrigado a proferir uma decisão e completar a lacuna existente na lei. Art. 4º
· Analogia: quando uma lei foi feita para um caso, mas pode ser aplicada a um outro caso semelhante. 
· Caso concreto não esteja previsto na norma jurídica;
· Caso tenha semelhança como caso para qual foi criada;
· Caso a semelhança se refira ao elemento principal;
Exemplo: As regras para adoção por casal heterossexual poderão ser aplicadas, por analogia, para adoção por casais homoafetivos.
Costumes
praticas retiradas de uma sociedade ou grupo de pessoas.
Costumes Secundum legem:
são autorizados pela própria lei. Ex: Art. 569, II do CC.
Costumes Praeter legem:
são autorizados pelo art. 4º. Ex: procriação de cachorros
Costume Contra legem
são aqueles que contrariam a lei. Ex: Não utilização de cito de segurança
Teoria das obrigações 
Trata se de um conjunto de normas reguladoras das relações patrimoniais entre um credor e um devedor a quem incumbe o dever de cumprir, espontânea ou coativamente, uma prestação de dar, fazer ou não fazer.
· É o mais logico de todos os ramos do direito civil
· É o mais refratário a mudanças, sofre menos a interferência de alterações 
“Relações obrigacionais que se estrutura o regime econômico, sob formas definidas de atividade produtiva e permuta de bens” (Orlando Gomes)
Vinculo jurídico (obrigação)
Ideal ou Imaterial
 
 Credor			 Devedor
 Subjetivo ou Pessoal Subjetivo ou Pessoal
· Credor: E o sujeito que tem o direito de receber uma prestação, tem o poder de exigir o adimplemento da prestação.
· Devedor: E o sujeito que tem a obrigação de realizar uma prestação, 
· Obrigação: E o vínculo jurídico que liga os dois sujeitos
Se o devedor não cumprir com a obrigação, o credor poderá exigir judicialmente o cumprimento da obrigação.
Esta relação e integrada por um direito subjetivo, que nada mais e do que o direito que uma pessoa tem de exigir outra pessoa uma prestação.
O credor deve ajuizar uma ação perante o poder judiciário, para que o juiz obrigue o devedor a cumprir com sua obrigação.
Exemplos: 
- Se for uma obrigação de pagar, o juiz poderá penhora valores na conta bancaria do devedor
- Se for uma obrigação de fazer, o juiz poderá fixar uma multa diária pelo descumprimento
- Se for uma obrigação de não fazer, uma construção o juiz poderá mandar demolir
Para gerar uma obrigação o direito subjetivo tem que ter conteúdo econômico (direitos de credito).
Elementos das Obrigações
1- Elemento Subjetivo ou Pessoal
Podem ser pessoas naturais ou jurídicas, devem ser determinados ou determináveis. 
Sujeitos da relação obrigacional:
Ativo = Credor 
Passivo = Devedor
Credor e Devedor
 Determinado 	Indeterminado
Exemplo: João, por força de um contrato de compra e venda, deverá pagar para Rafael o valor de R$ 5.000,00
Nesse caso, tanto o sujeito Ativo/Credor (Rafael) quanto o sujeito Passivo/Devedor (Joao) são determinados.
A escola de inglês Help, deverá pagar o bilhete premiado para o portador do bilhete da rifa nº 101
Não se sabe quem é o portador do bilhete nº 101 (Credor), por esse motivo o credor e por ora indeterminado.
2- Elemento Objetivo ou Material
Consiste na prestação de dar, fazer ou não fazer.
Prestação: e a atividade do devedor para satisfazer o credito do credor.
· Positiva: O devedor tem que dar ou fazer algo (ação)
· Negativa:O devedor não deve fazer algo (omissão)
Objeto imediato: e a própria prestação em si, atuação do devedor. Dar, Fazer ou não fazer.
Objeto indireto mediato: é o objeto da prestação; a própria coisa (bem) em si. 
3- Elemento Ideal ou Imaterial
Consiste no vinculo jurídico entre credor e o devedor.
Vinculo jurídico obrigacional
E a ligação entre o sujeito ativo (credor) e o sujeito passivo (devedor), que confere ao primeiro o direito de exigir do segundo o cumprimento da prestação. 
Debito (vinculo imaterial):a lei sugere ao devedor, que ele cumpra pontualmente com suas obrigações, honrando seus compromissos
Responsabilidade (vinculo material): confere ao credor o direito de exigir judicialmente o cumprimento das obrigações.
Debito + Obrigação de = Vinculo Obrigacional
 Satisfazer o debito
Fontes das obrigações
· Lei
· Contrato
· Cheque
São exemplos que dão origem as obrigações pois vinculam o devedor ao credor. 
Fonte Imediata - Lei 
	E assim chamada porque a lei e considerada a fonte comum de todas as demais obrigações. 
Exemplo: A lei gera uma obrigação, como na pensão alimentícia. Art. 1.649 e ss do CC prevê a obrigação de prestar alimentos entre pais e filhos.
Fontes mediatas
São fontes mediatas das obrigações porque derivam da fonte imediata das obrigações que e a lei.
Exemplo: Paga uma nota promissória (fonte mediata) e uma obrigação porque a lei (fonte imediata) assim determinou. 
· Ato jurídico em sentido estrito = e o ato humano que gera consequências jurídicas previstas na lei; as consequências jurídicas não dependem da vontade da parte; não tem intenção negocial. Ex: Art. 1.235 do CC, determina que quem achar coisa alheia deve devolvê-la ao dono. 
Achar alguma coisa de outra pessoa e um AJSE porque e um ato que vai gerar as consequências previstas em lei. Vai gerar uma obrigação para aquele que achou. 
· Negócios jurídicos: são atos jurídicos que tem a intenção negocial, atos fundados na autonomia da vontade e que regulam interesse entre as partes.
· Contratos: compra e venda, doação, deposito, comodato etc.
· Atos unilaterais da vontade: promessa de recompensa; gestão de negócios etc.
Exemplos
Contratos: João alugou uma sala comercial de Rafael. O contrato (fonte mediata) de locação gerou uma obrigação para João, que terá que pagar o aluguel mensal da sala. (A lei determina o pagamento da locação, sendo assim e fonte imediata).
Ato unilateral da vontade: João prometeu R$ 1000,00 (Ato unilateral da vontade e fonte mediata) para quem achasse seu cachorro. Rafael achou o cachorro de João. João tem a obrigação (determinado em lei) de pagar a recompensa para Rafael.
· Atos ilícitos: são os atos que violam o direito da pessoa ou causam danos a pessoa.
Exemplo: João dirigiu na contramão e colidiu (ato ilícito) com o veículo de Rafael. João cometeu um ato ilícito e tem obrigação de pagar os prejuízos sofridos por Rafael. (A lei determina o pagamento de indenização, sendo assim e fonte mediata)
Coisa certa e incerta 
As obrigações de dar assumem as formas de entrega ou restituição de determinada coisa pelo dever ao credor. Atos de entrega ou restituir podem ser resumidos no direito pela palavra tradição. 
Obrigação de dar assume as formas de entrega ou restituição de determinada coisa pelo devedor ao credor. A obrigação de dar e a é a obrigação de prestação de coisa, que pode ser determinada ou indeterminada. O código civil disciplina a obrigações de dar coisa certa no art. 233 a 242 e obrigação de dar coisa inata nos art. 243 a 246. 
Obrigação de dar coisa certa: Nessa modalidade, o devedor se compromete a entregar ou a restituir um objeto perfeitamente determinado, que consiste na sua individualidade, como por exemplo, imóvel localizado em determinada rua e número.
O devedor da coisa certa não pode dar outra, ainda que mais valiosa, nem o credor e obrigado a recebe-la. (art. 313)
Obrigação de dar coisa incerta: O objeto não e considerado em sua individualidade, mas o gênero a que pertence. Em vez de se considerar a coisa em si, ela e considerada genericamente 
Critério: Qualidade intermediaria
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resulta do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Os efeitos da obrigação de dar coisa incerta devem ser apreciados em dois momentos distintos a situação anterior e posterior a escolha. 
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
Só a partir da escolha e que ocorrera a individualização e a coisa passara a aparecer como objeto determinado da obrigação. Antes da escolha não pode alegar perda ou deterioração porque o gênero perece.
A individualização da coisa e que determina a obrigação de dar coisa certa. 
· Perda ou perecimento = Prejuízo total 
· Deterioração = Prejuízo parcial
· Restituir = Devolver
Aplica se o princípio que o acessório segue o principal (frutos, Produtos, Benefícios) 
O devedor e obrigado a conservar a coisa certa. Se a coisa for destruída por culpa do devedor, deverá devolver o valor mais perdas e danos. Se for sem culpa, resolve se, extinguindo a obrigação para ambas as partes.
Deterioração 
Perda parcial por culpa ou não do devedor pode optar o credor por resolver a obrigação extinguindo o equivalente em dinheiro ou aceita-lo no estado em que se encontrar no abatimento do preço. 
Havendo culpa, as perdas e danos são devidas, respondendo o culpado pelo equivalente em dinheiro. 
Melhoramento
E a mudança para melhor, em valor, em utilidade, em comodidade, na condição do estado da coisa até a tradição, a coisa continuará pertencendo ao devedor “com seus melhoramentos” podendo o devedor exigir aumento do preço e se o credor não concordar, pode o devedor resolver a obrigação.
Obrigação de restituir
Caracteriza-se pela existência de coisa alheia em poder do devedor, a quem cumpre devolvê-la ao dono
Exemplo: Devolução ou restituição de sinal dado
 Recebimento de dívida ainda não vencido
Obrigação de fazer
Abrange o ser vivo humano em geral, seja material ou imaterial, a realização de obras e artefatos ou prestação de fatos que tenham utilidade para o devedor. Consiste em ato ou serviço do devedor
Podem ser:
· Trabalho físico ou intelectual
· Trabalho de determinado produto ou pelo resultado
· Num fato simplesmente pela vantagem que traz ao credor
Principal diferença entre obrigação de dar e fazer: nas obrigações ou entregar, concentra-se o interesse do credor no objeto da prestação, sendo irrelevantes as características pessoais ou qualidades do devedor. Nas de fazer, ao contrário, principalmente naquelas em que o serviço e medido pelo tempo, gênero e qualidade, esses predicados são relevantes e decisivos.
Espécie – Infungível ou personalíssima 
 Fungível 
Obrigação Infungível
O devedor e o único que pode cumprir com a prestação, pois foi contratado por seus atributos individuais.
Obrigação Fungível
A obrigação pode ser cumprida por qualquer pessoa desde que haja aceitação do credor
Inadimplemento 
Consequências do descumprimento da obrigação de fazer
Obrigação impossível: Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á obrigação; se por culpa dele, respondera por perdas e danos 
Obrigação de não fazer
Está prevista nos arts. 250 e 251 do C.C. E uma obrigação negativa admitida no direito privado. 
Configura-se pelo compromisso de abstenção de uma conduta, de modo que o devedor fica proibido a praticar determinado ato, sob pena de inadimplemento.
Se praticarem o ato que se obrigaram a não praticar, tornar-se-ão inadimplentes, podendo o credor exigir, com base do art. 251 o desfazimento do que foi realizado.
Exemplo: Obrigação de não fazer festa em um condomínio a partir das 23h. 
Em caso de descumprimento, pode o credo exigir que ele o desfaça, sob pena de ser desfeito à sua custa, além da indenização de perdas e danos.
Obrigação Alternativa
Pode ela ser simplesou composta;
- Simples: Tem apenas uma prestação. Extingue-se a obrigação quando o devedor cumpre essa única prestação. 
Exemplo: Construir uma casa
- Composta: Tem duas ou mais prestações; 
Exemplo: entregar uma casa e limpar um terreno
- Cumulativa: Todas as obrigações devem ser cumpridas para que o devedor se desonere da obrigação.
	- Alternativa: existem duas ou mais obrigações, mas o devedor desonerar-se-á da obrigação cumprindo apenas uma das prestações.
Exemplo: Joao deverá entregar um carro OU um trator
Art. 252 Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1º Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2º Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.
§ 3º No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4º Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
1. - O devedor não pode obrigar o credor a receber partes de uma prestação. 
Exemplo: João obrigou-se a entregar 10kg de feijão ou 10kg de lentilha para Felipe. João não poderá obrigar Felipe a receber 5kg de feijão mais 5kg de lentilha.
2. - Prestação periódica e cumprida de tempos em tempos. O devedor irá escolher qual a prestação irá cumprir em cada período (se no contrato não constar)
3. - Se a escolha da prestação couber a várias pessoas, e não houver acordo unanime entre elas, caberá ao juiz fixar um prazo para decidirem qual prestação será cumprida 
Obrigação divisível e indivisível
São obrigações compostas pela multiplicidade de sujeitos. 
A prestação e distribuída segundo a regra de concursu partes fiunt (as partes se satisfazem pelo concurso, pela divisão)
Exceção: indivisibilidade e da solidariedade, nas quais cada credor tem direito de reclamar a prestação por inteiro, e cada devedor responde também pelo todo. 
Divisíveis
		 Prestação
	 Pode ser dividida
 Credor 				Devedor 
São aquelas que admitem o cumprimento fracionado ou parcial da prestação. 
Art. 257 Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, está presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores
Exemplo: Se a obrigação e de dar 100 sacas de café e tiver quatro devedores, todos terão que dar 25 sacas
Multiplicidade de credores/devedores
Devemos dividir a obrigação em partes iguais para cada credor e para cada devedor. Cada credor somente pode cobrar a parte que lhe cabe; da mesma forma que o devedor somente e obrigado a cumprir a parte que deve.
Indivisíveis
Só podem ser cumpridas por inteiro.
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetível de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico
Havendo somente um devedor obrigado a um so credor, a obrigação e indivisível, isto e, a prestação deverá ser cumprida por inteiro 
Espécies de indivisibilidade
Natural ou material: quando decorre da própria natureza de prestação 
Ex: entrega de um touro reprodutor
Legal ou jurídica: quando decorre por determinação da lei
Ex: terreno de uma casa em determinado bairro
Convencional: quando decorre da vontade das partes
Ex: contrato/testamento 
Exemplos de obrigação indivisível:
· Obrigação de restituir 
· Obrigação de fazer
· Obrigação de dar e fazer
· Obrigação de não fazer 
· Obrigação alternativa
· Obrigações solidarias
Obrigação indivisível com pluralidade passiva, não pode ser efetuada por partes, ou o credor pode exigir o cumprimento de cada um dos devedores, ou o credor tem que interpelar todos eles, para validamente exigir o cumprimento.
Em geral, a prestação e distribuída rateadamente entre as partes. O benefício e o ônus, inerentes a relação obrigacional, devem ser repartidos; cada credor tem direito a uma parte, como cada devedor responde apenas pela sua quota.
Quando a obrigação e indivisível e há pluralidade de devedores, “cada um será obrigado pela dívida toda”. Mas somente porque o objeto não pode ser dividido. Por isso o que paga a dívida “sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados”
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
Exemplo: Joao e Pedro, por força de um contrato, são obrigados a dar um carro no valor de 50mil para Maria. Tanto João quanto Pedro são responsáveis pela dívida toda.
Se João cumprir a obrigação sozinho, agora ele passa a ser o credor de Pedro. 
Exemplo: Se João entregar para Maria o carro comprado unicamente com o seu dinheiro, João terá direito de cobrar de Pedro a parte que ele não cumpriu da obrigação.
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
I - a todos conjuntamente;
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.
Não tem como dividir a obrigação entre os credores, sendo assim cada credor terá direito a exigir a dívida inteira.
Obrigação Solidaria
São obrigações complexas, pois apresentam mais de um sujeito no polo ativo/passivo da relação obrigacional.
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
- Ativa: acontece quando em uma obrigação existe mais de um credor e cada um desses credores tem direito a exigir a dívida inteira.
Exemplo: 
Está previsto em um contrato que João, Pedro e Rafael são credores de Maria na quantia de 30mil reais.
João pode exigir 30mil de Maria assim como Pedro e Rafael.
Existem três credores, mas e como se fosse apenas um credor, pois cada credor pode exigir o pagamento da dívida inteira.
Se Maria paga a dívida para João, ela não terá mais nenhuma obrigação perante os demais credores, sendo que nesse caso os demais credores deverão exigir o valor que lhes cabia a João.
Se o contrato Não previsse a solidariedade entre os credores, João teria direito apenas de exigir de Maria os 10 mil reais e não a dívida toda.
- Passiva: existe mais de um devedor e cada um desses devedores e obrigado pela dívida toda.
Exemplo:
Um contrato prevê que João e credor de Ana, Maria e Sandra, que são devedoras solidarias na quantia de 30mil.
Apesar de haver três devedoras, João terá direito de cobrar os 30mil reais somente de uma delas.
João também poderia cobrar os 30 mil das três devedoras, ou pode cobrar o valor integral de apenas uma ou duas devedoras.
Se a obrigação não fosse solidaria, João apenas poderia exigir 10mil de cada uma delas. Na obrigação solidaria cada devedor e obrigado pela dívida toda, se só uma das devedoras pagar sozinha, poderá exigir das outras devedoras o que entende que lhe devem.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes
Para que a obrigação seja solidaria deve está prevista em lei ou negócio jurídico pela vontade das partes
		 Prestação
 A – B – C 			 D 
 Credor			 devedor
A solidariedade se encontra enfeixada num todo, podendo cada um dos vários credores exigir totalidade da prestação, ou devendo cada um dos vários devedores pagar a dívida.
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos cocredores ou codevedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. A obrigação pode até ser válida para um e nula para o outro, sem afetar a solidariedade.
Solidariedade convencional: predominância da vontade estabelecida pelas partes em dado acordo como e o caso do contrato de fiança, no qual o fiador renuncia ao benefício de ordem. 
Art. 827. O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide,que sejam primeiro executados os bens do devedor.
Parágrafo único. O fiador que alegar o benefício de ordem, a que se refere este artigo, deve nomear bens do devedor, sitos no mesmo município, livres e desembargados, quantos bastem para solver o débito.
Solidariedade legal: será indicada pela própria norma. É aquela que deriva da vontade do legislador. Temos como exemplo: a solidariedade entre os comodatários em relação ao comodante.
Art. 585. Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de uma coisa, ficarão solidariamente responsáveis para com o comodante.
Obrigação solidaria e subsidiaria
Nas obrigações solidarias existem vários credores ou devedores ao mesmo tempo.
Nas obrigações subsidiaria a responsabilidade assumida entre dois ou mais sujeitos obedecendo a certa ordem como e a responsabilidade dos sócios no que tange as obrigações da sociedade empresarial. Um sujeito tem a dívida originaria e o outro a responsabilidade por essa dívida.
Extinção das Obrigações 
A obrigação extingue-se pelo cumprimento voluntario da prestação, chamada solução da obrigação (solutio) ou pagamento. 
Quem deve pagar: Arts. 304 a 307
	Devedor: sujeito passivo
	Terceiro interessado: está vinculado ao pagamento da divida 
	Terceiro não interessado: não está vinculado ao pagamento
O terceiro não terá direito de reaver os valores pagos (havendo desconhecimento ou oposição do devedor) 
A quem se deve pagar: Arts. 308 a 312
	Credor ou a quem o represente
Casos específicos: 
Credor Putativo - não e o verdadeiro credor (art. 309)
Credor incapaz - quando o pagador não sabe que e incapaz o pagamento e valido (art. 310)
Autorizado para receber (art. 311)
Pagamento em juízo - se o credito estiver em situação de penhora (art. 313)
Objeto do pagamento: arts. 313 a 316
· Nada mais e do que a prestação
· O credor não e obrigado a receber prestação diversa 
· Perecimento e deterioração do objeto 
· Perda e danos: quando houver culpa
· Formas de pagamento: conforme dispositivos legais
Lugar do Pagamento: arts. 327 a 330
· No domicilio do devedor 
· A natureza da relação determina o local
· No caso fortuito e causa maior não cabe indenização 
· Examina-se a boa-fé e costumes 
Tempo do Pagamento: Arts. 331 a 333
Arras ou Sinal (arts. 417 a 420)
E a quantia ou coisa entregue por um dos contratantes ao outro como confirmação do acordo de vontade e princípio do pagamento
Natureza jurídica: tem natureza acessória, pois dependem do principal 
Espécies: 	
· Confirmatórias: a principal função das arras e confirmar o contrato 
· Penitenciais: são assim denominadas quando as partes convencionam o direito de arrependimento (art. 420)
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.
Funções: 	
· Confirmar o contrato
· Servir de prefixação de perdas e danos, quando convencionado o direito de arrependimento.
· Construir princípio de pagamento
	Clausula Penal
	Arras Penitenciais
	Atua como elemento de coerção, para evitar o inadimplemento do contratual
	Por admitirem arrependimento facilitam o descumprimento da avenca
	Pode ser reduzida pelo juiz, em casos de cumprimento parcial ou montante excessivo
	Não podem ser reduzidas pelo juiz
	Tornam se exigível somente se ocorre inadimplemento do contrato
	São pagas por antecipação
	Aperfeiçoa-se com a simples estipulação no instrumento (contrato)
	A entrega em dinheiro ou de outro objeto e indispensável para a sua configuração
Juros
São rendimentos do capital. São considerados frutos civis da coisa assim como os alugueis. Representam o pagamento pela utilização do capital alheio. Integram a classe de acessórios. 
Para Silvio Rodrigues, juros e o preço pela uso do capital.
Compensatórios: Também chamados de remuneratórios, são devidos como uso de capital pertencente a outrem. Resultam em utilização consentida de capital alheio. Devem ser previstos em contratos, não podendo exceder a taxa que estiver em vigor pela fazenda nacional. 
Moratórios: são incidentes em caso de retardamento na sua restituição ou de descumprimento de obrigação. 
Os juros moratórios podem ser: 
· Convencionais
· Legais (de 0,5% ao mês)
Anatocismo: consiste na pratica de somar o juros ao capital, para a contagem de novos juros. E uma capitalização composta conhecida como “juros sobre juros”.
Contratos
Contrato e um negócio jurídico por meio do qual as partes declarantes limitadas pelos princípios da função social e da boa-fé objetiva, formado pela convergência de duas ou mais vontades, na qual as próprias partes escolhem os efeitos que serão produzidos ao praticarem o ato. 
Principios contratuais 
Princípio da autonomia da vontade: existe a liberdade contratual, a parte escolhe se vai aderir ou não ao contrato. 
Princípio da obrigatoriedade: as partes não são obrigadas a contratar, mas se caso o fizerem ficam obrigadas a cumprir suas clausulas. Pacta sunt servanda (os pactos devem ser cumpridos) 
Princípio da relatividade dos efeitos dos contratos: os contratos só possuem efeito entre as partes contratantes. Inter partes (entre as partes) Todavia, há três contratos em que o terceiro pode ser atingido: 
· Estipulação em favor de terceiro (art. 436 a 438)
· Promessa de fato de terceiro (art. 439 e 440)
· Contrato com pessoa a declarar (art. 467 a 571)
Princípio da função social: o contrato não interessa apenas as partes contratantes, mas sim a toda sociedade, porque ele repercute no meio social.
Art. 421.  A liberdade contratual será exercida nos limites da função social do contrato. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
Parágrafo único. Nas relações contratuais privadas, prevalecerão o princípio da intervenção mínima e a excepcionalidade da revisão contratual.
Princípio da boa-fé objetiva: princípio que obriga as partes contratantes a agirem de boa-fé quando há celebração de um contrato. 
Princípio da força vinculante: Uma vez estabelecido o contrato ele gera lei entre as partes. 
Supremacia da ordem pública: o estado elabora leis, visando prevenir abusos contratuais, na garantia de trazer harmonia entre as partes 
Classificação dos contratos
Unilateral: há prestação de apenas uma das partes, por exemplo a doação onde só um vai se “beneficiar”.
Bilateral: tem prestação para ambas as partes, por exemplo o contrato de compra e venda, uma parte recebe o dinheiro e a outra o produto. 
Oneroso: e aquele em que as partes ganham algo, existe equilíbrio econômico, por exemplo contrato de compra e venda. 
Gratuito: a parte não ganha algo equivalente a sua prestação, somente uma das partes ganha enquanto a outra perde, por exemplo a doção.
Comutativo: as partes podem prever seus efeitos ao celebrar o contrato, como na compra e venda, onde um vai receber a quantia em dinheiro e o outro o bem. 
Aleatório: as partes não podem prever os seus efeitos, por exemplo um plano de saúde, pois não se sabe o dia exato em que será utilizado
Consensual: e aquele que se forma de acordo com a vontade das partes
Real: e estabelecido com a entrega do bem 
Típico: e aquele que está estabelecido em lei 
Atípico: não está previsto em lei, surge com os costumes, e para que tenha validade deverá apenas preencher os chamados requisitos de validade do negócio jurídico 
A validade do negócio jurídico requer:
· Agente capaz;
· Objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
· Forma prescrita ou não defesa em lei.
Solene: contrato pelo qual os agentes tem o dever de cumprir todos os requisitos de forma prescritos na lei.
Acessório: depende diretamente (da força vinculante) de um contrato principal, quando estiver vinculado ao instrumento original principal
Principal: contrato que só depende dele mesmo para sobreviver no mundo negocial.
Determinado: deverá ocorrer o cumprimento de todos os direitos e deveres (validade e eficácia) do contrato dentro do prazoestipulado pelas partes, até que seja confirmada a quitação plena do contrato. 
Indeterminado: Os direitos e deveres são cumpridos pelas partes ao longo do tempo, sem qualquer fixação de prazo.
Execução instantânea: Os agentes cumprem suas prestações do objeto principal de forma integral e imediata. 
Por duração: O cumprimento de prestação do objeto principal é fracionado ao longo do tempo de vigência do contrato. 
Pessoal: O Contratante celebra o contrato por entender que apenas o agente contratado possui condição técnica vinculada ao seu direito personalíssimo para cumprir a obrigação de fazer.
Impessoal: Pouco importa quem cumpre a obrigação de fazer. A obrigação de fazer tem que ser concluída dentro do prazo pactuado pelas partes, caso contrário, comete ato ilícito.
Paritário: os agentes negociam todo o período de formação e conclusão contratual de forma equilibrada, utilizando de igual forma o poder de informação, econômico e de barganha, ou seja, possui igualdade na utilização do consentimento das partes.
Adesão: um dos agentes elabora a oferta e o contrato, cabendo apenas o outro agente aceitar ou recusar.
Interpretação dos contratos 
Consiste em traduzir a vontade das partes. 
Declaratória: tem o intuito de descobrir a real intenção das partes
Construtiva: tem finalidade de preencher as lacunas existentes no contrato
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. 
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva. 
Art. 843. A transação interpreta-se restritivamente, e por ela não se transmite, apenas se declaram ou reconhecem direitos.
Extinção dos contratos 
E o fim da sua existência, O termino dos contratos podem ser dar por duas formas: 
Causas contemporâneas a sua formação: geram a extinção do contrato sem o cumprimento. Em razão de defeitos
· Anulação
· Nulidade
Supervenientes: ocorre depois da formação do contrato, geram a extinção sem o cumprimento do mesmo.
· Rescisão
· Morte
Resilição: extinção do contrato por vontade de uma ou ambas as partes.
	Distrato: um contrato para extinguir outro, pelo qual as partes declaram conjuntamente a vontade de dar fim a ao contrato.
Resolução: extinção do contrato pelo inadimplemento de uma das partes. Se dá de forma voluntaria ou involuntária por distrato, classifica-se em falta de cumprimento 
Rescisão: forma de extinção do contrato em que tenha ocorrido lesão. Tem efeito ex tunc, ou seja, aquele que recebe ficara obrigado a restituir 
Formação e conclusão contratual
Execução Contratual
Art. 476 nos contratos bilaterais nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação pode exigir implemento do outro.
Execução do contrato não cumprido: Caso uma das partes esteja exigindo prestação sem ter realizado a sua, nos contratos bilaterais gera obrigação para as duas partes.
Promessa de compra e venda
Vicio redibitório e evicção
Vicio redibitório: consiste em defeitos ocultos (que não são possíveis de notar imediatamente) que tornam o bem improprio para o uso.
a) Existência de um contrato comutativo, translativo da posse e propriedade da coisa
b) Defeito oculto, existente no momento da contratação.
c) Diminuição do valor ou prejuízo à adequada utilização da coisa
O adquirente pode propor dois tipos de ação:
I. Ação redibitória: rejeição da coisa (art. 433)
II. Ação estimatória ou quanti minoris: abatimento do valor (art. 442)
Evicção: Consiste a evicção em perder a posse ou a propriedade de um bem que adquiriu, por determinação judicial, movida por outras partes. 
Ex: Caio adquiriu um bem, como um terreno, por meio de um contrato oneroso de compra e venda. Alguns meses depois, recebeu uma intimação, por meio da qual soube que o terreno comprado estava, na realidade, penhorado em uma instituição bancária. 
Neste cenário, o banco possuía um direito anterior ao contrato de compra e venda sobre o terreno. Ao reconhecer esse direito por meio de sentença ou decisão, a justiça promove a evicção. 
Requisitos da evicção:
· A evicção só ocorre quando há aquisição onerosa
· Quando há existência de perda
· Direito anterior de um terceiro sobre o bem
· O adquirente desconheça o direito anterior de um terceiro sobre aquele bem
· A existência de uma sentença
Sujeitos da evicção: 
Evicto: é o adquirente, que faz a aquisição do bem e, depois, sofre a perda deste por meio da evicção. 
Alienante: é aquele que faz a alienação, isto é, transfere a posse e propriedade para o evicto. Ao fim, é também o sujeito a ser responsabilizado na evicção. 
Evictor: é o terceiro dessa relação, aquele que possuía direito anterior sobre a coisa adquirida. Ou seja, o real dono do bem.
Vicio redibitório x Evicção
No vício redibitório, o problema está no objeto. Já no segundo caso, de evicção, o problema está na titularidade daquele bem.
Contrato de compra e venda
Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
Natureza jurídica:
· Bilateral ou sinalagmático
· Oneroso
· Comutativo
· Consensual
· Formal ou informal
· Instantâneo ou de longa duração
· Paritário ou de adesão
Elementos constitutivos:
Deve ser disponível para comercialização dentro do mercado. O objeto deve ser licito e determinado ou determinável, podendo ser futuro.
Art. 483. A compra e venda pode ter por objeto coisa atual ou futura, neste caso, ficará sem efeito o contrato se esta não vier a existir, salvo se a intenção das partes era de concluir contrato aleatório. 
O preço deve ser justo, certo, determinado e em moeda corrente.
Art. 315. As dividas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o dispositivo nos artigos subseqüentes.
· Art. 485
· Art. 486
· Art. 487
· Art. 488
· Art. 489
Restrições a compra e venda:
Venda de ascendente para descendente: e anulável a venda de ascendente para descendente, salvo se outros descendentes e o cônjuge houverem consentido. 
 Venda entre conjugues: e licita a compra e venda entre conjugues, com relação a bens excluídos da comunhão. 
Venda de parte indivisa em condomínio: não pode um condômino de coisa indivisível vender a sua parte a terceiros sem notificar o outro proprietário. 
Ex: irmão que quer vender a casa herdada do pai, sem notificar seu outro irmão.
Regras especiais da compra e venda
1. Venda por amostra: o vendedor assegurara ter a coisa a qualidade que elas correspondem. (art. 484)
2. Venda a contento: e aquela realizada sob condição suspensiva, ainda que tenha recebido a coisa. (art. 509 a 512)
3. Venda ad mensuram e ad corpus: ad mensuram e aquela em que o preço do bem e medido pela área. (art. 500). A ad corpus, as metragens e a área são apenas para localizar o bem, mas não influencia no preço. (art. 500, §3°)
Clausulas especiais
a) Retrovenda: Art. 505. Venda de um bem imóvel, no qual dentro de um período de três anos o vendedor pode reaver o bem restituído ao comprador pagando as melhorias feitas no mesmo. 
Ex: Jonas vai construir uma loja, mas não deseja fazer empréstimo no banco, seu amigo Carlos se oferece para ajudar, e pede para que Jonas venda sua casa para ele, como Jonas não pretende se desfazer do bem, ele faz um contrato com a clausula de retrovenda, da qual o mesmo pode reaver a casa dentro de um período de 3 anos. 
b) Clausula de preempção (arts. 513 a 520): e aquela em que o comprador tem a obrigação de oferecer primeiro ao vendedor a coisa que ele vai vender.
Ex: Jonas comprou a casa de Carlos, 5 anos depois Carlos deseja vender a casa, sendo assim, ele deve oferecer primeiro a Jonas.
c) Clausula de venda com reserva de domínio (ARTS. 521 A 528): o vendedor reserva para si a propriedade, ate que o preço esteja integralmente pago. O comprador só adquire a propriedade após o pagamento de todas as parcelas. 
d) Venda sobre documento (arts. 529 a 532): a tradição da coisa e substituída pela entrega do titulo e outros documentos exigidos pelo contrato. 
Ex: Carla comprouuma obra de arte, mas ao invés de levar o quadro para casa ela ira possuir um titulo representativo.
*O titulo representativo não possui garantias. 
Troca ou permuta
É o instrumento jurídico pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra, sem que haja o envolvimento de dinheiro de qualquer espécie

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