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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
TRIBUTÁRIO
Crédito Tributário: A Extinção do Crédito 
Tributário - Parte III
Livro Eletrônico
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Renato Grilo
Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III
DIREITO TRIBUTÁRIO
Sumário
Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III.........................................4
1. A Prescrição e a Decadência Tributárias ......................................................................4
1.1. A Decadência como Causa de Extinção do Crédito Tributário ....................................5
1.2. A Relação entre o Lançamento Tributário e a Decadência e a Prescrição Tributária .6
1.3. Os Termos Iniciais de Decadência do Art. 173 do CTN .............................................. 11
1.4. A Súmula n. 555 do Superior Tribunal de Justiça ................................................... 14
1.5. A Declaração a Menor Dentro da Sistemática do Lançamento por Homologação ... 16
1.6. A Prescrição Tributária ..........................................................................................22
1.7. Considerações Finais sobre a Decadência Tributária ...............................................27
2. A Suspensão do Prazo Prescricional Tributário – a Suspensão do Crédito Tributário 
– Estudo Sobre a Exigibilidade do Crédito Tributário .....................................................29
2.1. Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário: Considerações Gerais ............... 30
2.2. Depósito do Montante Integral ............................................................................. 30
2.3. Depósito do Montante Integral e Oferecimento de Penhora (Garantia ao Juízo da 
Execução Fiscal ou em Ação Cautelar): Diferenças ...................................................... 31
2.4. Impugnação – Processo Administrativo .................................................................32
2.5. Obtenção de Medidas Liminares ............................................................................33
2.6. Moratória e Parcelamento ....................................................................................35
2.7. O Parcelamento de Ofício ......................................................................................39
2.8. Inscrição em Dívida Ativa ......................................................................................42
3. A Prescrição Tributária Intercorrente .......................................................................43
Questões de Concurso ..................................................................................................46
Gabarito .......................................................................................................................64
Gabarito Comentado .....................................................................................................65
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Renato Grilo
Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III
DIREITO TRIBUTÁRIO
Apresentação
Olá, aluno(a)!
Essa é a nossa terceira aula sobre crédito tributário; sejam bem-vindos.
Trataremos aqui das duas causas de extinção do crédito tributário mais relevantes: a pres-
crição e a decadência tributárias. Essas duas formas de extinção não couberam na aula passa-
da, de modo que ficarão melhor expostas agora, com mais espaço para a exposição.
Abordaremos também as causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Como 
vimos até aqui, o destino ‘natural’ do crédito tributário é a sua morte, sua extinção. Contudo, no 
meio do caminho, podem ocorrer determinadas causas que ‘suspendam’ o caminhar do crédito 
ao seu destino, que é a extinção.
Assim, entre o surgimento do crédito tributário e a sua extinção, é possível que ele tenha a 
sua exigibilidade suspensa pelas seguintes causas (art. 151 do CTN):
I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário adminis-
trativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
VI – o parcelamento.
Ao estudarmos, nessa aula, a prescrição tributária, veremos que há uma interconexão entre 
o tema e a suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
Portanto, nessa aula fecharemos o estudo das causas de exclusão (isenção e anistia, 
art. 175 do CTN), extinção (art. 156 do CTN) e de suspensão do crédito tributário (art. 151 
do CTN).
Sigamos!
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Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III
DIREITO TRIBUTÁRIO
CRÉDITO TRIBUTÁRIO: A EXTINÇÃO DO CRÉDITO 
TRIBUTÁRIO - PARTE III
1. A Prescrição e A DecADênciA TribuTáriAs
Obs.: � As duas informações iniciais e mais relevantes: a decadência tributária se relaciona 
com o direito de o Fisco constituir o crédito tributário mediante o lançamento; a pres-
crição tributária é fato posterior, subsequente, e está relacionada a exigibilidade do cré-
dito tributário, ou seja, com a efetiva possibilidade de o Fisco cobrar o tributo não pago.
Vejamos como os institutos estão relacionados em uma sequência lógica.
A obrigação é lançada pelo Fisco, pelo lançamento direto (ou de ofício) ou pelo lançamento 
por declaração, e é ‘autolançada’ pelo contribuinte na sistemática do lançamento por homolo-
gação.
Pelo lançamento, a obrigação se transforma em crédito tributário. Contra o lançamento, 
corre a decadência.
A decadência extingue um crédito tributário que não pode ser lançado por negligência do 
Fisco.
Agora, se o lançamento é feito e o crédito é regularmente constituído, sem que a decadên-
cia tenha operado, há o surgimento da exigibilidade.
A exigibilidade é a possibilidade concreta de o Fisco efetivamente cobrar o sujeito passivo; 
com o surgimento da exigibilidade, não há mais contribuinte, mas devedor.
Se há exigibilidade, há prescrição. A prescrição é do crédito definitivamente constituído, 
exigível.
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Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III
DIREITO TRIBUTÁRIO
Se o crédito está suspenso, sua exigibilidade não é latente, não está em estado ativo. As-
sim, se a exigibilidade não está em estado ativo, por existir uma causa de suspensão da exigi-
bilidade do crédito tributário, ele não pode ser cobrado e a prescrição não corre.
O mais relevante para vocês, nessa temática, é entender os termos iniciais e finais da deca-
dência e da prescrição. Vamos ver cada um deles a seguir. Prestem bastante atenção.
1.1. A DecADênciA como cAusA De exTinção Do créDiTo TribuTário
Como vimos na aula sobre a extinção do crédito tributário, as causas elencadas no art. 156 
do CTN alcançam um crédito já formatado.
Quando falamos em pagamento, por exemplo, é evidente que só pode ser relativo a um 
crédito tributário definitivamente constituído.A mesma coisa se pode dizer da transação, compensação, remissão, da própria prescrição, 
ou consignação em pagamento.
Mas a decadência, como vimos, impede de o Fisco efetivar o lançamento tributário. E, por-
tanto, a decadência, em última análise, impede a constituição do crédito tributário.
Assim, é que a decadência, dentre o rol do art. 156 do CTN, costuma ser destacada como 
peculiar, em relação às demais causas de extinção do crédito tributário.
Afinal de contas, como se extingue, pela decadência, um crédito tributário que sequer pode 
ser lançado? É um pouco incongruente. Mas não é.
Veja, o crédito só não foi definitivamente constituído por negligência do Fisco; desse modo, 
o crédito estava lá, de algum modo, latente, pujante... mas o Fisco deixou que o decurso do 
tempo impedisse de ele cumprir sua função.
Então, embora a decadência conte contra o Fisco, para que esse tenha um tempo hábil para 
lançar, ela é sim uma causa de extinção de um crédito tributário.
O crédito não foi lançado, mas será extinto pela decadência. É uma peculiaridade que os 
alunos costumam ter dificuldade e que atrapalha um pouco a didática do professor, mas espe-
ro que vocês entendam, tenham a decadência como uma causa de extinção peculiar do crédito 
tributário.
Se um dia eu for escrever um novo CTN brasileiro, prometo que tento dar um jeito nisso.
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Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III
DIREITO TRIBUTÁRIO
1.2. A relAção enTre o lAnçAmenTo TribuTário e A DecADênciA e A 
Prescrição TribuTáriA
A obrigação tributária surge do encontro entre fato e norma. Eu estou elaborando esse 
material para vocês e irei auferir uma renda, a  remuneração pelo trabalho; por conseguinte, 
ao possuir a disponibilidade econômica ou jurídica à renda, o fato se amolda à descrição nor-
mativa hipotética de um tributo: o imposto sobre a renda.
Ocorre que eu não fiz um contrato ou informei previamente à Receita Federal do Brasil que 
iria auferir essa renda: simplesmente auferi a renda e, por uma inflexão direta da lei tributária 
sobre esse fato da vida, sou obrigado ao pagamento do tributo.
Essa obrigação não está formalizada, materializada ou liquidada. Não há, somente do sur-
gimento da obrigação, as condições necessárias para o pagamento do tributo: valor, identifica-
ção do sujeito passivo, tempo de pagamento e etc.
Por esse motivo, não se paga por uma obrigação tributária, mas sim por um crédito tributá-
rio. E a transformação da obrigação tributária em crédito tributário se dá mediante uma “ponte” 
de formalização, chamada de lançamento tributário.
Art.  142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo 
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do 
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do 
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de 
responsabilidade funcional.
O lançamento tributário formaliza a obrigação tributária, constituindo o respectivo crédito 
tributário e tornando-o exigível.
A sequência é: obrigação – lançamento – crédito.
Contra a construção dessa ponte, esse procedimento de metamorfose tributária, correrá o 
prazo decadencial.
A decadência do direito de o Fisco lançar o crédito tributário, nos casos de lançamento de 
ofício ou por declaração, começa a correr no primeiro dia do exercício seguinte ao momento 
em que o lançamento poderia ter sido efetuado.
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Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III
DIREITO TRIBUTÁRIO
A regra encontra-se no Artigo 173, I, do CTN.
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) 
anos, contados:
I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II – da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento 
anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do 
prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário 
pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.
Para a sistemática do lançamento por homologação, há regra especial, representada no 
prazo para o Fisco homologar o procedimento efetivado pelo contribuinte, sendo esse prazo 
de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador, findo o qual sem que a Fazenda Públi-
ca tenha se pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o 
crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação (Artigo 150 do CTN).
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao 
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, 
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida 
pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condi-
ção resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados 
pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo 
porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato 
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se ho-
mologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de 
dolo, fraude ou simulação.
Portanto, em um primeiro momento, separe bem esses dois termos iniciais:
Lançamento direto ou por declaração – 
Art. 173, I, do CTN
Termo inicial para a constituição do tributo: primeiro 
dia do exercício seguinte àquele em que o lança-
mento poderia ter sido efetuado
Lançamento por homologação – 
Art. 150, § 4º, do CTN
Termo inicial para a homologação do lançamento: 5 
anos da DATA DO FATO GERADOR do tributo.
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Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III
DIREITO TRIBUTÁRIO
O lançamento por homologação não tem a participação inicial do Fisco, mas é o contribuin-
te quem aplica o direito tributário aos fatos, constituindo o crédito tributário; a atuação do Fis-
co se dá a posteriori, mediante análise homologatória do que foi confessado pelo contribuinte. 
Portanto,nessa sistemática, a contagem da decadência é deslocada para a fase homologató-
ria do procedimento. O ônus que pesa sobre o Fisco não é aquele de pegar os fatos, aplicar o 
direito e dar início ao procedimento, mediante expedição do auto de infração – como ocorre 
nos lançamentos de ofício ou direto, e no lançamento por declaração. No lançamento por ho-
mologação, o passar do tempo é um ônus que pode redundar na perda do direito do Fisco de 
homologar o procedimento efetivado pelo contribuinte; esse passar do tempo se dá na forma 
do art. 150, § 4º, do CTN.
Prosseguindo.
Na sistemática do lançamento de ofício ou direto (art. 149 do CTN) e do lançamento por 
declaração (art. 147 do CTN), o Fisco se desincumbe do ônus de lançar, jogando fora qualquer 
possibilidade de decretação da extinção do crédito pela decadência, com a notificação do auto 
de infração, que constitui o crédito tributário provisoriamente.
Vou colocar um trecho da Súmula 622 do STJ, sobre esse tema (não vou colocar a súmula 
toda, somente mais à frente, para não os confundir).
Súmula n. 622/STJ: A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadên-
cia para a constituição do crédito tributário; (...).
Então, é essa notificação que faz cessar a decadência tributária, nos tributos lançados de 
ofício e por declaração.
O lançamento tributário é chamado, pelo art.  142 do CTN, de procedimento, pois ele é 
repartido ou ‘faseado’. Há o lançamento inicial, ou provisório, que ocorre quando o Fisco faz 
conhecido ao contribuinte a existência da constituição do crédito tributário; pode haver uma 
fase contenciosa do lançamento, quando o contribuinte faz uma impugnação ao lançamento 
do qual foi notificado; e, por fim, há o lançamento definitivo, que é quando o contribuinte não 
faz a impugnação do lançamento, mas também não paga, ou quando ele tem sua impugnação 
julgada improcedente.
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Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III
DIREITO TRIBUTÁRIO
Então é o lançamento inicial, ou lançamento provisório, feito conhecido ao contribuinte 
(intimado o contribuinte), que faz cessar a decadência.
Se o contribuinte faz a impugnação, enquanto tramitar, não há mais contagem de decadên-
cia. A decadência ficou para trás.
Contudo, na pendência do processo administrativo instaurado para julgar a impugnação do 
contribuinte, também não há prescrição. A prescrição pressupõe exigibilidade. A exigibilidade 
só surge quando o lançamento tributário é definitivamente feito.
Portanto, entre a apresentação da impugnação administrativa e o seu julgamento, não há a 
contagem da decadência tributária (que ficou para trás) e tampouco há exigibilidade – desse 
modo, também não há se falar em prescrição, ainda.
Essa pendência do processo administrativo é, portanto, uma causa de suspensão da exi-
gibilidade do crédito tributário. Durante a tramitação do processo, não há se falar em exigibili-
dade do crédito.
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
(...)
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
E quando começa a correr a prescrição?
A prescrição depende da exigibilidade. Então, precisamos ver em qual o momento que o 
crédito se tornou efetivamente exigível.
Basicamente, são dois possíveis cenários.
Cenário 1: o contribuinte foi intimado do auto de infração, mas não impugnou, tampouco pagou 
o tributo. Findo o prazo dado para o pagamento voluntário, o crédito é considerado definitiva-
mente constituído e, portanto, exigível. Aqui começa a correr a prescrição.
Cenário 2: o contribuinte foi intimado do auto de infração, mas impugnou; nesse caso, com a 
instauração do processo administrativo, o crédito fica com a exigibilidade suspensa (art. 151, 
III, do CTN). Sem exigibilidade, não tem contagem de prescrição. A exigibilidade somente sur-
girá ao final do processo administrativo tributário. Assim, se o contribuinte perder o julgamento 
administrativo, e não pagar o tributo, surge a exigibilidade e começa a correr a prescrição.
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Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III
DIREITO TRIBUTÁRIO
Agora eu posso colocar o teor inteiro da Súmula n. 622 do STJ.
Súmula n. 622/STJ: A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência 
para a constituição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso 
do prazo para a impugnação [CENÁRIO 1] ou com a notificação de seu julgamento definitivo 
e esgotado o prazo concedido pela Administração para o pagamento voluntário [CENÁRIO 2], 
inicia-se o prazo prescricional para a cobrança judicial.
Muitos alunos têm me feito a seguinte pergunta: tudo bem, professor, durante o processo 
administrativo instaurado para julgar a impugnação do contribuinte não é contada prescrição, 
tampouco a decadência.
Mas por quanto tempo? Há um limite de tempo para essa suspensão? Ou seja, o processo 
pode durar anos que não haverá se falar em extinção do crédito?
Sim, não tem um tempo. Não há um prazo legal para a conclusão do processo administra-
tivo. Esse processo se dá por provocação do contribuinte e pode ter vários recursos, de modo 
que costuma demorar algum tempo.
E uma observação fundamental: não há prescrição intercorrente pela demora do processo 
administrativo. Assim, diferentemente do que ocorre com o processo judicial, o tempo em que 
tramitar ou ficar parado o processo administrativo tributário não será contado para decretação 
de eventual prescrição intercorrente.
Nesse sentido, cito precedentes do STJ.
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. PRESCRIÇÃO ADMINIS-
TRATIVA INTERCORRENTE. NÃO OCORRÊNCIA. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉ-
DITO TRIBUTÁRIO ATÉ DECISÃO FINAL DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. PRECEDENTES.
1. No julgamento do Recurso Especial 1.113.959/RJ, submetido ao rito do art. 543-C do 
CPC/73, a Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça firmou o entendimento de que 
o recurso administrativo suspende a exigibilidade do crédito tributário enquanto perdurar 
o contencioso administrativo, nos termos do art. 151, III do CTN, desde o lançamento até 
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Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III
DIREITO TRIBUTÁRIO
seu julgamento, sendo certo que somente a partir da notificação do resultado do recurso 
tem início a contagem do prazo prescricional, afastando-se a incidência da prescrição 
intercorrente em sede de processo administrativo fiscal pela ausência de previsão nor-
mativa específica (REsp 1.113.959/RJ, Rel.
Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 11/03/2010).
2. Agravo interno não provido.
(AgInt no REsp 1796684/PE, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, jul-
gado em 30/09/2019, DJe 03/10/2019)
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. SUBMISSÃO ÀREGRA 
PREVISTA NO ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. 
PENDÊNCIA DE RECURSO ADMINISTRATIVO. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉ-
DITO TRIBUTÁRIO, NOS MOLDES DO ART. 151 DO CTN. FLUÊNCIA DE PRAZO PRESCRI-
CIONAL APENAS QUANDO CONSTITUÍDO DEFINITIVAMENTE O CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
(ART. 174 DO CTN).
1. “Enquanto há pendência de recurso administrativo, não correm os prazos prescricio-
nal e decadencial. Somente a partir da data em que o contribuinte é notificado do resul-
tado do recurso é que tem início a contagem do prazo de prescrição previsto no art. 174 
do CTN.
Destarte, não há falar em prescrição intercorrente em sede de processo administrativo 
fiscal” (REsp 718.139/SP, Rel. Min. Denise Arruda, DJ de 23.4.2008).
2. Agravo interno não provido.
(AgInt no REsp 1626695/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 07/03/2017, DJe 13/03/2017)
Portanto, essa é a relação existente entre prescrição e decadência e o lançamento tributá-
rio. A dinâmica do lançamento tributário influencia diretamente na contagem desses prazos.
1.3. os Termos iniciAis De DecADênciA Do ArT. 173 Do cTn
Vimos, conforme a Súmula 622 do STJ, que a decadência termina com a notificação do 
contribuinte do auto de infração. Também vimos que, em regra, o termo inicial da decadência 
é o do art. 173, I, do CTN.
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Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III
DIREITO TRIBUTÁRIO
Pois bem. Vejamos algumas outras regras de contagem.
O termo inicial, em regra, é o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lança-
mento poderia ter sido efetuado.
Essa frase “àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado” é interpretada como 
sendo “aquele em que ocorreu o fato gerador”.
Em acréscimo, o professor Leandro Paulsen afirma que (curso de direito tributário completo):
Tratando-se de típico lançamento por declaração, disciplinado pelo art. 147 do CTN, em que o contri-
buinte presta informações e o Fisco procede à apuração e notificação para pagamento, viabiliza-se 
o lançamento assim que recebidas as informações, contando-se os cinco anos do primeiro dia do 
exercício seguinte.
O lançamento de ofício quanto a tributo sujeito originariamente a tal modalidade de lançamento 
(art. 149, I, do CTN) viabiliza-se desde a ocorrência do fato gerador, de modo que o prazo de cinco 
anos contará do primeiro dia do exercício ao do fato gerador.
Assim, em regra, se o fato gerador do tributo ocorreu em 2020, o termo inicial da decadên-
cia será em 01/01/2021. O termo final ocorrerá na data da notificação do lançamento, confor-
me Súmula 622 do STJ.
Se a declaração foi apresentada pelo contribuinte em fevereiro de 2020, a partir desse mo-
mento é possível que o Fisco lance o tributo, mas a decadência começa a contar em 1/1/2021.
Vejam que, na regra geral do art. 173, I, do CTN, o Fisco ‘ganha’ um tempo, que esse período 
entre o momento “em que o lançamento poderia ter sido efetuado” e o primeiro dia do exercí-
cio seguinte.
Mas há duas exceções à regra geral de cálculo da decadência tributária dos tributos lança-
dos de ofício ou por declaração.
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) 
anos, contados:
I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; 
[REGRA GERAL]
II – da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento 
anteriormente efetuado. [ANULAÇÃO DO LANÇAMENTO ANTERIOR]
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do 
prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário 
pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. 
[ANTECIPAÇÃO DA CONTAGEM]
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Quando efetuado o lançamento restar posteriormente anulado em razão de algum vício 
formal (por exemplo, ausência de requisitos essenciais no auto de infração ou violação ao 
direito de defesa no processo administrativo-fiscal), terá o Fisco a reabertura do prazo deca-
dencial para proceder a novo lançamento do mesmo crédito.
Contudo, essa revisão do lançamento só pode ser efetivada enquanto não decaído o direi-
to do Fisco; ou seja, o Fisco não tem um tempo indeterminado para anular o lançamento em 
razão de algum vício formal.
Art. 145. O  lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em 
virtude de:
(...)
III – iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149.
(...)
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
(...)
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da 
Fazenda Pública.
Por sua vez, o parágrafo único do art. 173 do CTN representa a antecipação da contagem 
da decadência.
Nesse sentido:
O art. 173, parágrafo único, do CTN antecipa o termo inicial do prazo quando o Fisco, 
antes de primeiro de janeiro do exercício seguinte, notifica o contribuinte de “qualquer 
medida preparatória indispensável ao lançamento” (Superior Tribunal de Justiça. AgRg 
no REsp 961.723/MG, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 
06/08/2009, DJe 14/10/2009).
Essa “medida preparatória” nos remete ao artigo 196 do CTN.
Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscaliza-
ção lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da 
legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um 
dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fis-
calização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo.
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Sempre que a autoridade fiscal for promover qualquer diligência, ela deve lavrar o termo de 
início da ação fiscal, que funcionará como marco inicial da decadência, nos termos do parágra-
fo único do art. 173 do CTN.
Suponhamos que o fato gerador dos tributos ocorreu em janeiro de 2020; o Fisco, pela re-
gra geral do inciso I do art. 173 do CTN, teria cinco anos, a partir de 1/1/2021 para constituir o 
respectivo crédito tributário pelo lançamento, sob pena de decadência.
Contudo, se em março de 2020 o Fisco receber uma denúncia e instaurar uma ação fiscal 
em relação ao contribuinte, a decadência poderá ser antecipada em sua contagem, para o dia 
em que iniciada a “medida preparatória indispensável ao lançamento”.
Em resumo,temos no art. 173 do CTN os seguintes termos iniciais para a contagem da 
decadência tributária:
Regra geral de contagem
primeiro dia do exercício seguinte àquele em 
que o lançamento poderia ter sido efetuado
Anulação do lançamento anterior
data em que se tornar definitiva a decisão 
que houver anulado, por vício formal, o lança-
mento anteriormente efetuado
Antecipação da contagem
data em que tenha sido iniciada a consti-
tuição do crédito tributário pela notificação, 
ao sujeito passivo, de qualquer medida pre-
paratória indispensável ao lançamento
1.4. A súmulA n. 555 Do suPerior TribunAl De JusTiçA
Dispõe a Súmula n. 555 do Superior Tribunal de Justiça que:
Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco 
constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos 
casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento 
sem prévio exame da autoridade administrativa.
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Os casos “em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento 
sem prévio exame da autoridade administrativa” são justamente os daqueles tributos sujeitos 
ao lançamento por homologação:
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao 
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, 
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida 
pelo obrigado, expressamente a homologa.
Assim, cabe ao contribuinte, por sua própria conta (nos termos da lei), antecipar o paga-
mento do tributo, constituindo o crédito tributário pelo lançamento por homologação.
E se o contribuinte, mesmo obrigado por lei, não fizer a declaração, o que acontece? O Fis-
co intima ele para que ele faça? Não, o próprio Fisco o fará.
Aqui surge um lançamento de ofício, com base no art. 149:
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes 
casos:
I – quando a lei assim o determine;
II – quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação 
tributária;
III – quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declaração nos termos do inciso 
anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento 
formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, 
a juízo daquela autoridade;
IV – quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legis-
lação tributária como sendo de declaração obrigatória;
V – quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exer-
cício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
VI – quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, 
que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária;
VII – quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, 
fraude ou simulação;
VIII – quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião do lançamento 
anterior;
IX – quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autorida-
de que o efetuou, ou omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da 
Fazenda Pública.
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Então, na omissão do contribuinte em realizar o procedimento previsto em lei, em confor-
midade com o art. 150 do CTN, o Fisco terá que fazê-lo, de ofício.
Em se tratando de lançamento de ofício, aplica-se a regra do art. 173 do CTN, como deter-
mina a Súmula n. 555 do STJ e explicado no tópico anterior.
1.5. A DeclArAção A menor DenTro DA sisTemáTicA Do lAnçAmenTo 
Por HomologAção
Acima, vimos a situação de omissão total do contribuinte. Agora, veremos um caso de 
omissão parcial.
Dentro da sistemática do lançamento por homologação pode ocorrer de o contribuinte 
omitir parcialmente fatos à aplicação do direito e auto declarar uma realidade aquém da que 
efetivamente existiu.
Hipoteticamente, imagine que o contribuinte deveria declarar ocorridos 100 fatos gerado-
res, mas apenas declarou 80. Em relação a estes 80, fez a apuração e antecipou o tributo devi-
do; quanto a esta parte, corre o prazo de homologação do lançamento – Art. 150, § 4º, do CTN.
Contudo, o Fisco deverá, diretamente (de ofício) apurar o tributo devido e omitido pelo con-
tribuinte, que deveria ter sido parte integrante da sua confissão – diferença entre 80 e 100 (20 
fatos geradores).
Isso se processa como autorizado também pelo art. 149 do CTN:
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes 
casos:
(...)
V – quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exer-
cício da atividade a que se refere o artigo seguinte;
(...)
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao 
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, 
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida 
pelo obrigado, expressamente a homologa.
Aqui haverá espaço para suplemento constitutivo de um crédito tributário, chamado de 
lançamento suplementar de ofício.
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Em verdade, trata-se de espécie de lançamento de ofício relacionado com as inexatidões 
que podem advir da sistemática do lançamento por homologação.
Assim, lhe é aplicável a mesma sistemática descrita tópicos acima: constituição provisó-
ria do suplemento de crédito tributário omitido pelo contribuinte (no nosso exemplo, 20 fatos 
geradores) e a consequente possibilidade de inauguração da fase contenciosa do lançamento, 
mediante impugnação do sujeito passivo.
Esse procedimento é um lançamento de ofício dentro da sistemática do lançamento por 
homologação.
Aí vem a pergunta: qual o prazo decadencial aplicável para essa hipótese?
A Súmula n. 555 do Superior Tribunal de Justiça se aplica aos casos de omissão total, ou 
seja, não houve declaração de nada.
Mas, e nos casos de declaração parcial?
Surgem duas possibilidades.
Primeiro, considerar o termo inicial para o Fisco lançar as diferenças contado a partir do 
fato gerador, aplicando o § 4º do Art. 150 do CTN:
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao 
sujeito passivo o dever de antecipar opagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, 
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida 
pelo obrigado, expressamente a homologa.
(...)
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato 
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homo-
logado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, 
fraude ou simulação.
Ou, considerar o termo inicial geral do art. 173:
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) 
anos, contados:
I – do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
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Antes de dar a resposta, quero repisar que existe a declaração (na qual se constitui o crédi-
to tributário, mediante subsunção do direito aos fatos) e a antecipação do pagamento.
O contribuinte, na sistemática do art. 150 (lançamento por homologação) está obrigado a 
fazer as duas coisas: constituir o tributo e antecipar o seu pagamento.
Então, ele pode declarar, de modo incompleto, e não pagar; ou pode declarar, de modo in-
completo, e pagar parcial ou totalmente aquilo que declarou.
O Superior Tribunal de Justiça fez uma “divisão de águas” na solução dessa questão.
No contexto aqui narrado, de declarações incompletas, em que o contribuinte promove o 
lançamento por homologação do tributo, mas, no dia do vencimento, vamos dividir duas situ-
ações distintas: (a) ele paga parcialmente os valores; (b) ele não efetua nenhum pagamento.
No primeiro caso, quando há o pagamento parcial, aplica-se o termo inicial da data da 
ocorrência do fato gerador (art. 150, § 4º, do CTN); no segundo caso, aplica-se o art. 173, I, 
do CTN.
Vejamos a jurisprudência sobre o tema.
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CÓDIGO 
DE PROCESSO CIVIL DE 2015. APLICABILIDADE. LANÇAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁ-
RIO. DECADÊNCIA. PAGAMENTO A MENOR. CREDITAMENTO INDEVIDO. TERMO INICIAL. 
FATO GERADOR. ART. 150, § 4º, DO CTN. MULTA DO ART. 1.026 DO CPC. APLICAÇÃO 
NÃO ADEQUADA NA ESPÉCIE.
I – Consoante o decidido pelo Plenário desta Corte na sessão realizada em 09.03.2016, 
o regime recursal será determinado pela data da publicação do provimento jurisdicional 
impugnado. In casu, aplica-se o Código de Processo Civil de 2015.
II – O prazo decadencial do tributo sujeito a lançamento por homologação, inexistindo a 
declaração prévia do débito, sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contri-
buinte, tem início no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento de 
ofício poderia ter sido realizado, nos termos do art. 173, I, do CTN; ocorrendo o paga-
mento parcial, o prazo decadencial para o lançamento suplementar é de cinco anos con-
tados do fato gerador, conforme a regra prevista no art. 150, § 4º, do CTN. Precedentes.
III – Esta corte consolidou posicionamento segundo o qual, para efeito de decadência do 
direito de lançamento do crédito tributário, o creditamento indevido equipara-se a paga-
mento a menor, fazendo incidir o disposto no art. 150, § 4º, do CTN.
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IV – Em regra, descabe a imposição da multa, prevista no art. 1.021, § 4º, do Código de 
Processo Civil de 2015, em razão do mero desprovimento do Agravo Interno em votação 
unânime, sendo necessária a configuração da manifesta inadmissibilidade ou improce-
dência do recurso a autorizar sua aplicação, o que não ocorreu no caso.
V – Agravo Interno improvido.
(AgInt no REsp 1842061/SP, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 16/12/2019, DJe 18/12/2019)
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. ICMS. CREDITAMENTO INDEVIDO.
LANÇAMENTO DE OFÍCIO. DECADÊNCIA. ESCRITURAÇÃO MEDIANTE DOLO. ART.
173, I, DO CTN. ACÓRDÃO COINCIDENTE COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ.
ELEMENTO SUBJETIVO. VERIFICAÇÃO. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA.
IMPOSSIBILIDADE.
1. O Plenário do STJ decidiu que “aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 
(relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisi-
tos de admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas até então pela 
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça” (Enunciado Administrativo n. 2, sessão de 
09/03/2016).
2. A conformidade do acórdão recorrido com a jurisprudência desta Corte Superior atrai 
a aplicação do óbice de conhecimento estampado na Súmula 83 do STJ.
3. Hipótese que não comporta a aplicação do entendimento consolidado na Súmula 436 
do STJ, uma vez que o crédito tributário cuja exigibilidade se questiona nesta demanda 
ordinária não decorre de imposto oferecido à tributação por meio de declaração de débito 
do contribuinte e não pago, mas de imposto indevidamente compensado mediante credi-
tamento escritural, sendo certo que esse encontro de contas está sujeito ao prazo deca-
dencial de homologação pelo fisco.
4. A obrigação tributária não declarada pelo contribuinte no tempo e modo determina-
dos pela legislação de regência está sujeita ao procedimento de constituição do crédito 
pelo fisco, por meio do lançamento substitutivo, o qual deve se dar no prazo decadencial 
previsto no art. 173, I, do CTN, quando não houver pagamento antecipado, ou no art. 150, 
§ 4º, do CTN, quando ocorrer o recolhimento de boa-fé, ainda que em valor menor do que 
aquele que a Administração entende devido, pois, nesse caso, a atividade exercida pelo 
contribuinte, de apurar, pagar e informar o crédito tributário, está sujeita à verificação pelo 
ente público, sem a qual ela é tacitamente homologada.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
5. Essa orientação também tem aplicação quando o pagamento parcial do tributo decorre 
de creditamento tido pelo fisco como indevido, hipótese dos autos. Precedentes.
6. No presente caso, o Tribunal de origem aplicou o art. 173, I, do CTN por entender que 
a contribuinte procedeu ao creditamento indevido mediante dolo, pois teria procedido a 
essa escrituração mesmo ciente de sentença que julgou improcedente essa pretensão, 
de modo que a revisão desse entendimento pressupõe reexame de matéria fático-pro-
batória, o que é inviável no âmbito do recurso especial, ante o veto contido na Súmula 7 
do STJ.
7. Agravo interno desprovido.
(AgInt nos EDcl no AREsp 1187701/SP, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 20/04/2020, DJe 27/04/2020)
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO N. 
3 DO STJ. DECADÊNCIA. PAGAMENTO PARCIAL CONSIGNADO PELO ACÓRDÃO RECOR-
RIDO. PREMISSA FÁTICA EXPRESSA NO ACÓRDÃO.
AFASTAMENTODA SÚMULA N. 7 DO STJ. AFASTAMENTO DO RESP N. 973.733/SC. IPI. 
TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO.
DECADÊNCIA DAS DIFERENÇAS NÃO DECLARADAS. TERMO A QUO EM CASO DE PAGA-
MENTO PARCIAL. FATO GERADOR. CRÉDITO TRIBUTÁRIO EXTINTO PELA DECADÊNCIA. 
1. Adotando-se a premissa fática do caso concreto, expressamente ventilada no voto 
vencedor do acórdão recorrido – o que afasta a incidência da Súmula n. 7 do STJ -, é de 
se reconhecer que, havendo pagamento parcial, a decadência para constituir a diferença 
não declarada e não integrante do pagamento parcial tem como termo a quo a data do 
fato gerador, na forma do art. 150, § 4º, do CTN, não se aplicando o entendimento fixado 
na Súmula n. 555 do STJ e no REsp n. 973.733/SC, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 18/9/2009, 
segundo o qual o prazo decadencial segue o disposto no art.  173, I, do CTN quando, 
a despeito da previsão legal, não há pagamento antecipado em caso de tributo sujeito a 
lançamento por homologação.
2. Na hipótese dos autos, os fatos geradores ocorreram no período de fevereiro e março 
de 2002, de modo que o lançamento de ofício realizado em 25 de junho de 2007 extrapo-
lou o prazo de 5 anos contados dos fatos geradores, estando o crédito tributário extinto 
pela decadência.
3. Agravo interno não provido.
(AgInt no AgInt no AREsp 1229609/RJ, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 09/10/2018, DJe 24/10/2018)
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Esse entendimento foi exigido pela VUNESP, no concurso de Juiz de Direito Substituto do 
TJ-RJ, de 2019:
QuesTão 1 (VUNESP/2019/TJ-RJ/JUIZ SUBSTITUTO) Em 20 de janeiro de 2010, a empre-
sa ABC Ltda. pratica o fato gerador do imposto municipal sobre serviços de qualquer natureza 
e emite a respectiva nota fiscal no valor de R$ 100.000,00, resultando em imposto a pagar de 
R$ 5.000,00. Em 10 de fevereiro de 2010, data de vencimento do referido imposto, por passar 
por problemas de caixa, a empresa recolhe apenas R$ 100,00, deixando R$ 4.900,00 sem pa-
gamento. Em 31 de dezembro de 2014, a empresa recebe notificação de início de fiscalização 
por parte da administração tributária, que culmina com a apresentação, em 10 de fevereiro de 
2015, de auto de infração relativo ao valor que deixou de ser pago, acrescido de juros e multa 
respectivos.
A respeito da situação hipotética, é correto afirmar, com base na legislação e jurisprudência, que
a) o fato de ter emitido a nota fiscal e o de ter pagado parcialmente o débito são irrelevantes 
para a fixação do termo inicial da decadência do direito da administração tributária de lançar o 
imposto mediante auto de infração.
b) caso decida voluntariamente fazer o pagamento do imposto devido após a notificação de 
início da fiscalização, mas antes da lavratura do auto de infração, a empresa poderá evitar o 
pagamento de juros e de multa.
c) a notificação de início da ação fiscal interrompe o prazo decadencial, dando à administração 
novo quinquênio para finalização da fiscalização e correspondente lavratura do auto de infração.
d) no caso em questão, operou-se a decadência tributária, pois se trata de lançamento por 
homologação e o auto de infração foi lavrado mais de cinco anos após a ocorrência do fato 
gerador.
e) não chegou a se operar a decadência tributária no caso, pois o termo inicial do prazo deca-
dencial coincide com o prazo final de vencimento do pagamento do imposto e não da ocorrên-
cia do fato gerador.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Letra d.
A alternativa a está incorreta, abordou exatamente o tema desse tópico. Veja que o fato gera-
dor foi praticado em 20 de janeiro de 2010, e a empresa, embora tenha declarado o tributo, fez 
um pagamento menor.
A existência de algum pagamento, ao contrário do que afirmado pela alternativa (A), é sim in-
fluente para a determinação do termo inicial da decadência: pode ser o art. 150, § 4º, do CTN 
(data do fato gerador, dia 20 de janeiro de 2010), ou o art. 173, I, do CTN (que corresponderia a 
1 de janeiro de 2011 – primeiro dia do exercício seguinte).
1.6. A Prescrição TribuTáriA
A prescrição tributária está relacionada com a exigibilidade do tributo. O crédito tributário 
é exigível quando definitivamente constituído.
O termo inicial da prescrição, portanto, coincide com o surgimento da exigibilidade do tri-
buto, ou o restabelecimento dessa exigibilidade.
Nos tributos lançados de ofício (lançamento direto, art. 149 do CTN), ou por declaração 
(art. 147 do CTN), o termo inicial da prescrição será o momento em que o crédito tributário se 
tornar definitivamente constituído, na forma da Súmula 622 do STJ:
Súmula n. 622/STJ: A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da deca-
dência para a constituição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com 
o decurso do prazo para a impugnação [CENÁRIO 1] ou com a notificação de seu julga-
mento definitivo e esgotado o prazo concedido pela Administração para o pagamento 
voluntário [CENÁRIO 2], inicia-se o prazo prescricional para a cobrança judicial.
Nos tributos lançados por homologação (art. 150 do CTN), declarado e não pago o valor, 
aquilo que foi objeto de declaração já é exigível e, portanto, já pode ser cobrado.
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Aplica-se a solução da Súmula n. 436 do STJ.
Súmula n. 436/STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qual-
quer outra providência por parte do fisco.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
No mesmo sentido:
Considerando que o débito declarado e não pago pelo  contribuinte somente pode ser 
exigido a partir do vencimento da obrigação declarada, é desse momento que se inicia o 
prazo prescricional para que o Fisco cobre a dívida. 
(AgRg no Ag 1160792/SP, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 
02/09/2010, DJe 16/03/2011) 
Discute-se nos autos o termo a quo do prazo prescricional quando o crédito tributário 
é constituído via declaração de débito entregue  pelo contribuinte. Sobre o tema está 
Corte já se manifestou, inclusive em sede de recurso especial repetitivo (REsp 1.120.295/
SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Seção, DJe de 21.5.2010), no sentido de que o crédito tri-
butário constituído via declaração pode ser exigido a partir do vencimento da obrigação 
ou daentrega da declaração, se esta ocorrer após o vencimento da obrigação, fixando, 
a partir daí, o termo inicial do prazo prescricional. 
(...) 
(REsp 1235193/TO, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, jul-
gado em 16/08/2011, DJe 23/08/2011) 
A jurisprudência do STJ é firme no sentido de que “o termo inicial do prazo prescricional 
para o ajuizamento da ação executiva relativa aos tributos sujeitos ao lançamento por 
homologação tem  início com a constituição definitiva do crédito tributário, que ocorre 
com a entrega da respectiva declaração pelo contribuinte,  identificando o valor a ser 
recolhido, ou o do vencimento do  tributo, o  que for posterior” (REsp 1.651.585/SP, 
Rel. Min. Herman  Benjamin, Segunda Turma, DJe 19.4.2017). Precedentes: AgInt no 
AREsp 1.156.024/RJ, Rel. Min. Francisco Falcão, Segunda Turma, DJe 30.4.2018; REsp 
1.169.963/SC, Rel. Min. Og Fernandes, Segunda Turma, DJe 9.4.2018. 
(REsp 1766129/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,  julgado em 
13/11/2018, DJe 17/12/2018) 
O prazo prescricional quinquenal para o Fisco exercer a pretensão de cobrança judicial 
do crédito tributário conta-se da data estipulada como vencimento para o pagamento da 
obrigação tributária declarada (mediante DCTF, GIA, entre outros), nos casos de tributos 
sujeitos a lançamento por homologação, em que, não  obstante cumprido o dever ins-
trumental de declaração da exação devida, não restou adimplida a obrigação principal 
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(pagamento antecipado), nem sobreveio quaisquer das causas suspensivas da exigibili-
dade do crédito ou interruptivas do prazo prescricional (Precedentes da Primeira Seção: 
EREsp 658.138/PR, Rel. Ministro José Delgado, Rel. p/ Acórdão Ministra Eliana Calmon, 
julgado em  14.10.2009, DJe 09.11.2009; REsp 850.423/SP, Rel. Ministro Castro Meira, 
julgado  em 28.11.2007, DJ 07.02.2008; e AgRg nos EREsp 638.069/SC, Rel. Ministro 
Teori Albino Zavascki, julgado em 25.05.2005, DJ 13.06.2005). 
Eu disse acima que uma coisa é a declaração, que aplica a norma aos fatos e constitui o 
crédito tributário, confessando a matéria tributável, nos termos do art. 150 do CTN (Lançamen-
to por homologação).
Outra coisa é a antecipação do pagamento, também determinada pelo art. 150 do CTN e 
que faz parte da mesma sistemática do lançamento por homologação.
Às vezes, o  pagamento vem antes da declaração. Parece um pouco confuso isso, mas 
pode ocorrer. O contribuinte recolhe determinados valores e somente depois consolida os tri-
butos e competência que estão abrangidos pelos valores que já recolheu.
E, mais comum, pode acontecer de a declaração vir antes do pagamento.
Assim, a depender do que ocorrer posteriormente, será o termo inicial da prescrição aquele 
que acontecer depois: o pagamento ou a declaração.
Vejamos a jurisprudência.
TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. ENTREGA DA DCTF OU VENCIMENTO DA 
DÍVIDA, O QUE OCORRER POSTERIORMENTE. RECURSO REPETITIVO. ÔNUS DA PROVA. 
DEVEDOR.
1. Conforme assentado em precedente da Segunda Turma, “ao sujeito passivo da obri-
gação tributária incumbe o ônus da prova acerca do decurso do prazo prescricional de 
cinco anos desde a data da constituição definitiva do crédito tributário. Assim, se o cré-
dito tributário for constituído via declaração prestada pelo sujeito passivo (cf. Súmula 
436/STJ), a este incumbe o ônus da prova acerca da data de entrega dessa declaração” 
(AgRg no REsp 1.371.884/PE, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, 
DJe 13/8/2013).
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2. Ausente a prova da data da entrega da declaração, o julgador não pode simplesmente 
presumir como termo inicial o vencimento, porquanto o marco a ser considerado é a 
entrega da DCTF ou o vencimento, o que ocorrer por último (REsp 1.120.295/SP, Rel. 
Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 21/5/2010).
3. Merece reforma o acórdão recorrido, o  qual consignou que, em casos como o dos 
autos, nos quais não venha a ser comprovada a data da entrega da DCTF, deve prevalecer 
como termo inicial do prazo prescricional a data do vencimento.
4. Recurso Especial provido.
(REsp 1654973/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 
16/03/2017, DJe 24/04/2017)
TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. PRES-
CRIÇÃO. TERMO A QUO. DIA SEGUINTE AO DO VENCIMENTO DA OBRIGAÇÃO OU DA 
ENTREGA DA DECLARAÇÃO, O QUE FOR POSTERIOR. RESP 1.120.295/SP, REL. MIN. LUIZ 
FUX, DJE 21.5.2010, REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. PRESCRIÇÃO RECONHE-
CIDA NA ESPÉCIE. AGRAVO INTERNO DA FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO A QUE 
SE NEGA PROVIMENTO.
1. Segundo orientação da Primeira Seção desta Corte ao julgar o REsp. 1.120.295/SP, 
mediante o rito dos recursos repetitivos, em se tratando de tributo sujeito a lançamento 
por homologação, o termo inicial da prescrição ocorre no dia seguinte ao vencimento da 
obrigação tributária ou no dia posterior à data em que declarado e não pago o tributo, 
o que for posterior. Nesse sentido: AgInt no REsp. 1.787.925/MT, Rel. Min. FRANCISCO 
FALCÃO, DJe 23.5.2019; AgInt no REsp. 1.596.436/PE, Rel. Min. OG FERNANDES, DJe 
15.4.2019.
2. Na espécie, o crédito tributário foi constituído mediante a entrega da declaração pelo 
contribuinte (GIA), em 26.5.1994, e a ação executiva foi proposta em 31.5.1999, isto é, 
após o prazo de cinco anos. Assim, há de ser reconhecida a prescrição.
3. Agravo Interno da FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO a que se nega provimento.
(AgInt no REsp 1597015/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA 
TURMA, julgado em 17/02/2020, DJe 03/03/2020)
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O termo final da prescrição se dará após o transcuro do prazo de cinco anos.
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data 
da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;
II – pelo protesto judicial;
III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV – por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito 
pelo devedor.
O parágrafo único acima traz as causas de interrupção da prescrição.
1.7. consiDerAções FinAis sobre A DecADênciA TribuTáriA
Antes de passar a tratar da prescrição tributária, é relevante fazer uma diferenciação entre 
o tratamento da temática pelo direito tributário e pelo direito civil.
No direito civil a prescrição é renunciável, a decadência não. O que significa isso? Vamos 
supor que eu te deva um valor que, em virtude de você não ter me cobradonunca, prescreveu a 
exigibilidade. Contudo, um dia, por um lapso de consciência, eu resolvi te pagar.
Ao pagar um valor prescrito, eu estava renunciando à prescrição. Nesse sentido é o art. 191 
do CC/2002:
Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo 
de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos 
do interessado, incompatíveis com a prescrição.
Se eu, no futuro, me arrependesse de ter feito o pagamento de um valor prescrito, eu não 
teria o direito de postular a repetição. Ainda que essa renúncia tenha sido tácita.
Contudo, no direito civil, não se pode renunciar a decadência. O CC/2002 assim dispõe:
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Portanto, prevalece no direito civil que a prescrição está relacionada com a pretensão, não 
fulminando o direito. Mas a decadência fulmina o próprio direito. A prescrição, no direito civil, 
é renunciável, a decadência não é renunciável.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
No Direito Tributário a lógica é diferente. Prescrição e decadência compõem uma mesma 
categoria jurídica: são causas de extinção do crédito tributário, previstas em um mesmo inciso 
do art. 156 do CTN.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
(...)
V – a prescrição e a decadência;
Vejam que o CTN ‘equiparou’ prescrição e decadência em um mesmo inciso, em uma mes-
ma categorização legal.
Assim, o contribuinte que paga um crédito tributário decaído ou prescrito, tem o direito de 
pedir posteriormente a devolução do dinheiro.
No direito tributário, tanto faz se é prescrição ou se é decadência, em todo o caso, não há 
renúncia. O contribuinte pode pedir a repetição do indébito.
Do mesmo modo, se o contribuinte “confessa” ser devedor de um débito prescrito ou deca-
ído, isso não causa o saneamento da prescrição ou da decadência. Nesse sentido é o seguinte 
repetitivo do STJ:
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. 
ART. 543-C, DO CPC. CONFISSÃO DE DÉBITOS TRIBUTÁRIOS PARA EFEITO DE PARCELA-
MENTO APRESENTADA APÓS O PRAZO PREVISTO NO ART. 173, I, DO CTN. OCORRÊNCIA 
DE DECADÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
(...)
3. A decadência, consoante a letra do art. 156, V, do CTN, é forma de extinção do crédito 
tributário. Sendo assim, uma vez extinto o direito, não pode ser reavivado por qualquer 
sistemática de lançamento ou autolançamento, seja ela via documento de confissão de 
dívida, declaração de débitos, parcelamento ou de outra espécie qualquer (DCTF, GIA, 
DCOMP, GFIP, etc.).
(...)
5. Recurso especial parcialmente conhecido e nessa parte não provido. Acórdão subme-
tido ao regime do art. 543-C, do CPC, e da Resolução STJ n. 8/2008.
(REsp 1355947/SP, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, jul-
gado em 12/06/2013, DJe 21/06/2013)
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Agora podemos partir para a análise propriamente da prescrição e da exigibilidade do 
crédito tributário
2. A  susPensão Do PrAzo PrescricionAl TribuTário – A susPensão Do 
créDiTo TribuTário – esTuDo sobre A exigibiliDADe Do créDiTo TribuTário
A suspensão da prescrição ocorre por força da própria suspensão da exigibilidade do cré-
dito tributário, nas hipóteses do art. 151 do CTN:
• moratória;
• depósito do montante integral;
• impugnação e recurso administrativo;
• liminar em mandado de segurança;
• liminar ou antecipação de tutela em outras ações;
• parcelamento.
Suspensa a exigibilidade, resta afastado um dos requisitos para a execução, que pressu-
põe título certo, líquido e exigível.
A execução promovida quando vigente uma das causas suspensivas da exigibilidade deve ser 
extinta por falta de pressuposto. Mas a suspensão da exigibilidade superveniente ao ajuiza-
mento da execução fiscal implica a suspensão do processo.
Ao fim e ao cabo, o estudo das causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário 
é o estudo da suspensão da prescrição.
Por esse motivo, estudaremos o tema da suspensão do crédito tributário (art. 151 do CTN) 
aqui, junto com o estudo da suspensão da prescrição.
Repito que a exigibilidade e prescrição andam juntas.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
2.1. susPensão DA exigibiliDADe Do créDiTo TribuTário: consiDerAções 
gerAis
O artigo 151 do CTN estabelece que:
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I – moratória;
II – o depósito do seu montante integral;
III – as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário adminis-
trativo;
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
VI – o parcelamento.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios 
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.
O prof. Leandro Paulsen observa que, se relermos com atenção essas hipóteses suspensi-
vas estabelecidas pelo art. 151, veremos que podem ser assim sintetizadas:
• a) foi dado prazo para pagamento do tributo ou penalidade, seja por força de moratória 
ou de parcelamento concedido ao contribuinte (incisos I e VI);
• b) há incerteza quanto à existência do crédito, colocado em dúvida por impugnação, ma-
nifestação de inconformidade ou recurso ainda não definitivamente julgados na esfera 
administrativa, ou suspenso por decisão judicial que tenha reconhecido a relevância ou 
verossimilhança dos argumentos do sujeito passivo em ação por este ajuizada (incisos 
III, IV e V); ou
• c) o crédito está garantido por depósito em dinheiro (inciso II).
Vejamos cada uma dessas causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
2.2. DePósiTo Do monTAnTe inTegrAl
Constitui direito subjetivo seu optar por efetuar o depósito do montante integral que lhe 
está sendo exigido e, assim, obter a suspensão da exigibilidade do tributo enquanto o discute 
administrativa ou judicialmente.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
O direito ao depósito independe da modalidade de lançamento a que esteja sujeito o tribu-
to, aplicando-se, também, aos que devem ser recolhidos no regime delançamento por homo-
logação.
Para que tenha o efeito de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, o depósito tem 
de ser em dinheiro e corresponder àquilo que o Fisco exige do contribuinte, ou seja, tem de ser 
suficiente para garantir o crédito tributário, acautelando os interesses da Fazenda Pública.
Súmula n. 112 do STJ: O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário 
se for integral e em dinheiro.
Efetuado o depósito, fica ele cumprindo função de garantia do pagamento do tributo, com 
destino vinculado à decisão final, após o seu trânsito em julgado. Note-se que, com o depósito, 
o próprio contribuinte formaliza a existência do crédito e, já tendo o contribuinte apurado o 
montante devido e o afetado ao resultado da demanda mediante o depósito, não há que se exi-
gir lançamento, salvo para a constituição de eventual diferença por montante superior ao que 
foi depositado. Não haverá que se falar em decadência, pois, quanto ao montante depositado.
2.3. DePósiTo Do monTAnTe inTegrAl e oFerecimenTo De PenHorA 
(gArAnTiA Ao Juízo DA execução FiscAl ou em Ação cAuTelAr): DiFerençAs
O oferecimento de garantias prévias através de ação cautelar ou o oferecimento de bens 
à penhora (e a efetiva penhora) em execução fiscal, não é caso de suspensão da exigibilidade, 
mas de garantia antecipada equiparada à penhora ou efetivação da penhora na execução fiscal.
O juízo estará garantido, mas a exigibilidade não estará suspensa. Inclusive, a execução 
fiscal prosseguirá, ou será proposta se ainda não tiver sido. Somente estará suspensa a execu-
ção fiscal se o juízo assim determinar.
Assim, a penhora não está arrolada no art. 151 como causa de suspensão da exigibilidade 
do crédito tributário. De qualquer modo, a caução antecipada, como antecipação de penhora, 
bem como a penhora, enseja ao sujeito passivo que obtenha certidão positiva de débitos com 
efeitos de negativa, neste ponto tendo efeito semelhante ao da pura e simples suspensão da 
exigibilidade do crédito tributário.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Nesse sentido, é o art. 206 do CTN:
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência 
de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, 
ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
Portanto, embora nos casos de penhora ou de suspensão da exigibilidade se aplique a 
mesma consequência do art. 206, que é a expedição da certidão positiva de débitos com efei-
tos de negativa, trata-se de institutos de natureza jurídica diversa.
2.4. imPugnAção – Processo ADminisTrATivo
Também suspendem a exigibilidade do crédito tributário as impugnações e os recursos 
administrativos, mas apenas quando tempestivos. É o que se chama de fase contenciosa do 
lançamento tributário, a representar a possibilidade de uma participação efetiva do contribuin-
te na formação do crédito.
Estando a exigência fiscal pendente de revisão em qualquer das instâncias administrati-
vas, o crédito fica com a sua exigibilidade suspensa por força do art. 151, III, do CTN.
Trata-se de um efeito automático da defesa tempestiva apresentada no âmbito do proces-
so administrativo-fiscal contra exigência de tributo por parte da Administração, exigência esta 
que pode decorrer de lançamento constitutivo de crédito tributário ou da não homologação de 
compensação que deixe em aberto o crédito que o contribuinte pretendia extinguir.
O exercício do direito do contribuinte de se defender na esfera administrativa mediante 
impugnações e recursos independe do oferecimento de garantias.
Súmula Vinculante n. 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento 
prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
Súmula n. 373/STJ: É ilegítima a exigência de depósito prévio para admissibilidade de 
recurso administrativo.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
2.5. obTenção De meDiDAs liminAres
Suspensa a exigibilidade por medida liminar ou antecipação de tutela (art. 151, IV e V, do 
CTN), obtidas pelo contribuinte contra a exigência do tributo, não corre o prazo prescricional. 
Contar-se-á o prazo anterior, até a concessão da medida, prosseguindo-se a contagem após a 
sua cassação.
A existência de ação judicial não tem, por si só, efeito suspensivo da exigibilidade do cré-
dito tributário, mas somente as decisões liminares e tutelas provisórias de urgência ou de 
evidência que impeçam a exigência do tributo é que terão efeito suspensivo da exigibilidade 
(art. 151, IV e V, do CTN).
O STJ, no EAREsp 407.940, decidiu que a revogação da liminar implica a retomada do prazo 
prescricional, desde que inexistente recurso com efeito suspensivo ou outra causa suspensiva 
da exigibilidade do crédito tributário.
TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SUS-
PENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO. LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA. 
DENEGAÇÃO DA ORDEM. RETOMADA DO PRAZO PRESCRICIONAL. DESNECESSIDADE 
DE AGUARDAR O TRÂNSITO EM JULGADO.
1. A divergência traçada nestes autos envolve a identificação do início da prescrição tri-
butária para o Fisco após a revogação de liminar que anteriormente suspendeu a exigi-
bilidade do crédito tributário, mesmo havendo a parte sucumbente interposto recurso 
especial e extraordinário desprovidos de eficácia suspensiva.
2. Para o acórdão embargado, “constituído o crédito tributário, mas suspensa a exigi-
bilidade da exação por decisão liminar, não há falar em curso do prazo de prescrição, 
uma vez que o efeito desse provimento é justamente o de inibir a adoção de qualquer 
medida de cobrança por parte da Fazenda, de sorte que somente com o trânsito em jul-
gado da decisão contrária ao contribuinte é que se retoma o curso do lapso prescricio-
nal”. Os acórdãos paradigmáticos, por sua vez, firmaram compreensão de que, “revogada 
a liminar pela Corte de apelação e considerando o efeito meramente devolutivo dos recur-
sos especial e extraordinário, nada impede que a Fazenda promova, desde a revogação 
da liminar, as medidas necessárias tendentes à cobrança dos créditos tributários cuja 
exigibilidade não mais se encontra suspensa, se não verificada outra causa de suspensão 
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Renato Grilo
Crédito Tributário: A Extinção do Crédito Tributário - Parte III
DIREITO TRIBUTÁRIO
prevista no art. 151 do CTN” (AgRg no REsp 1.375.895/RN, Rel. Ministro Mauro Campbell 
Marques, Segunda Turma, DJe 20/8/2013).
3. A divergência, portanto, é evidente e deve ser resolvida adotando-se o entendimento 
firmado nos acórdãos paradigmas, tendo em vista que, afastados os motivos que deram 
ensejo à suspensão da exigibilidade – no caso, o provimento de natureza liminar, que 
posteriormente foi