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Universidade paulista – Unip Relatório de Aulas Práticas CURSO: Nutrição DISCIPLINA: microbiologia dos alimentos NOME DO ALUNO: XXXX R.A: XXXXXX POLO: Lapa Data: __03_ / __05_ / 2023 TÍTULO DO ROTEIRO: Microbiologia dos Alimentos INTRODUÇÃO: As bactérias são seres unicelulares e procariontes. Ou seja, elas não possuem uma carioteca que organiza o núcleo da célula, e não possuem diversas organelas que seres eucariontes possuem. Apesar de transmitir diversas patologias, muitas bactérias são essenciais para a manutenção da vida no planeta. Elas participam do ecossistema em processos de decomposição de corpos por exemplo, e também são essenciais para o nosso processo digestório. Nós temos uma relação simbiótica com as bactérias de nosso trato digestivo. Nas aulas em laboratório, tivemos uma rápida discussão sobre os diferentes tipos de morfologia das bactérias, que podem ser classificadas como cocos, bacilos, vibriões e espirilos. Os cocos, por exemplo, parecem pequenas bolinhas e podem se agrupar e formarem colônias, nas quais dois cocos formam um diplococo. Quando enfileirados, formam estreptococos e, em cachos, estafilococos (staphylococci). As bactérias são caracterizadas de acordo com o tamanho, forma e arranjo, como mostra a figura abaixo Fonte: https://www.biologianet.com/biodiversidade/classificacao-das-bacterias.htm As bactérias podem ser classificadas ainda em Gram positivas e Gram Negativas, de acordo com a parede celular que elas possuem. O que difere uma gram positiva de uma gram negativa e justamente a parede celular, que pode conter em sua estrutura peptidoglicano, um polímero composto de carboidratos que são ligados entre si por pequenas estruturas proteicas. A parede celular fornece uma camada extra de proteção, ajuda a célula a manter sua forma e previne a desidratação. O objetivo do nosso estudo na aula prática foi justamente esse: observar no microscópio as diferenças entre as bactérias gram positivas e gram negativas. As bactérias gram positivas possuem uma “grossa” camada do polímero pepideoglicano no exterior de sua parede celular, como mostra a imagem abaixo Fonte: https://www.lecturio.com/pt/concepts/bacteriologia-descricao-geral/ AULA PRÁTICA 1: Morfologia e coloração de bactérias RESULTADOS E DISCUSSÃO: Fizemos um exercício de coloração de lâminas. Obtivemos como “espécimen” de culturas de bactérias através de esfregaços ( swab) da região dos cabelos/nuca, mesa, mão, gengiva. Esses esfregaços foram colocados em cimas das lâminas, e passamos a segunda etapa, que foi a coloração das mesmas. Uma observação importante aqui: a técnica de coloração gram foi inventada pelo pesquisador Hans Christian Gram, por isso leva o seu nome, e é muito utilizada para diferenciar grupos de bactérias com base nas diferenças dos constituintes das suas paredes celulares. Ou seja, na presença ou não do peptideoglicano. Ambas as bactérias possuem o polímero, porém as gram negativas a camada é muito mais fina e localizada no interior da membrana celular. Resultados da coloração: https://www.biologianet.com/biodiversidade/classificacao-das-bacterias.htm https://www.lecturio.com/pt/concepts/bacteriologia-descricao-geral/ A coloração de Gram ajuda a distinguir entre bactérias gram-positivas e gram-negativas pela coloração das células. O resultado pode ser vermelho ou violeta. Processo de coloração de Gram: • Bactérias tratadas com corante cristal violeta • A mancha é lavada com álcool. • As células realçam com o corante de contraste vermelho de safranina. Coloração de bactérias gram-positivas: • A parede celular contém uma camada espessa de peptidoglicanos. • Retêm a coloração violeta de cristal e não são afetados pelo corante de contraste de safranina • Aparecem a cor azul-púrpura Coloração de bactérias gram-negativas: • A parede celular tem uma camada fina de peptidoglicanos. • Não retêm o corante cristal violeta, mas retêm o contraste de safranina • Aparecem a cor rosa-vermelho Seguem algumas fotos que tentamos tirar a partir do microscopio, bem como do processo de coloracao: Fonte: celular próprio Perguntas para discussão 1. Qual a importância dos métodos de coloração diferencial? O método de coloração Gram auxilia a distinguir entre bactérias gram positivas e gram negativas. As bactérias gram positivas se coraram de roxo, e as negativas de vermelho/rosa. 2. Que estrutura bacteriana está envolvida na diferenciação das bactérias nos métodos de coloração? O que as diferencia é a camada de peptideoglicano, que segura o corante fucsia. 3. Como são classificadas as bactérias que se coram no método de coloração de Gram? Gram positivas se coram de roxo; gram negativas se coram de vermelho/rosa 4. Qual o principal grupo de bactérias que não se cora no método de coloração de Gram? As bactérias que não se coram pelo método de Gram são conhecidas como Bacilos Álcool Ácido Resistentes (BAAR). É o caso da bactéria que transmite tuberculose ( Mycobacterium tuberculosis). 5. O que explica a reação positiva das bactérias no método de coloração de Gram? A barreira do polímero peptideoglicano fixa o corante cristal violeta. O método de coloração e baseado na capacidade das paredes celulares das bactérias gram + de reter o corante cristal violeta, no citoplasma, durante o tratamento com lugol. 6. O que explica a reação negativa das bactérias no método de coloração de Gram? As paredes das bactérias gram - não possuem uma grossa camada de peptideoglicano, logo elas não retem o corante cristal violeta. 7. Qual a cor apresentada pelas bactérias Gram positivas? A cor apresentada pelas gram + é roxo 8. Qual a cor apresentada pelas bactérias Gram negativas? A cor apresentada pelas gram – é vermelha. ATIVIDADE 2: ROTEIRO DO “ MINGAU” AULA PRÁTICA 2: Deterioração microbiana de alimentos Perguntas para discussão 1. Quais são os fatores intrínsecos? São os fatores internos e inerentes ao alimento, como por exemplo: - quantidade de água no alimento - Ph - temperatura - nutrientes - microbiota - componentes antimicrobianos - estruturas biológicas do alimento 2. Quais são os fatores extrínsecos? São os fatores inerentes ao ambiente externo, tais como: - temperatura externa - umidade relativa do ar - gases - irradiação 3. Qual a importância dos fatores intrínsecos na produção e na conservação dos alimentos? De acordo com a quantidade de elementos intrínsecos ao alimento, você consegue priorizar e modificar o método de conservação do alimento. Da mesma forma, ele pode se deteriorar se não for propriamente conservado, de acordo com o seu Ph e a temperatura, por exemplo. 4. De acordo com o papel que desempenham, como são classificados os microrganismos? Os microrganismos podem ser uteis para nós, pois os utilizamos na fabricação de bebidas fermentadas, iogurtes, queijos e pães. Eles podem ser deteriorantes também quando estragam os alimentos, alterando suas características e composição. O mofo nas frutas e um bom exemplo. Temos também os microrganismos patogênicos, que estragam os alimentos de maneira toxica. O sabor e a textura do alimento não são alterados, mas ao consumir o alimento, a pessoa pode ficar muito doente. 5. Quais as fontes de contaminação dos microrganismos? As principais fontes de contaminação são: a. O próprio alimento, que possui a sua contaminação de origem b. o manipulador que está preparando o alimento c. utensílios usados para manipular o alimento d. animais de estimação que estão próximos do ambiente de cocção e. pragas (ratos, formigas, baratas) 6. Quais os principais microrganismos encontrados no solo, água, vegetais, trato intestinal e manipuladores de alimentos?Os principais microrganismos são os coliformes fecais. 7. De que dependerá a velocidade de deterioração dos alimentos A velocidade de deterioração dependera dos fatores intrínsecos e extrínsecos. Aula 3 Aula prática: Deterioração microbiana de alimentos Método de observação: Utilizamos placas Petri com swabs de pedaços de frango cru, cabelos, e outros conteúdos que foram deixados fora da geladeira por um longo período de tempo. Perguntas para discussão: 1. Qual a importância dos fatores extrínsecos na produção e na conservação dos alimentos? Os fatores extrínsecos podem tanto acelerar como retardar a conservação dos alimentos. Ao deixá-los fora da geladeira, por exemplo, a umidade e a temperatura aceleram a deterioração dos alimentos. Enquanto na geladeira, onde há um maior controle de temperatura e umidade, a conservação e estendida. 2. Correlacionar os fatores extrínsecos com a curva de crescimento dos microrganismos. Fase 1: Lag (adaptação) Fase 2: Log Essa e a fase do crescimento exponencial, na qual existe uma grande velocidade de crescimento bacteriano, a qual depende de fatores extrínsecos e intrínsecos. Fase 3: Estacionaria Não tem mais um grande crescimento bacteriano, mas é onde ocorre a produção de metabolitos e toxinas Fase 4: Morte ou Declínio Celular 3. Como os microrganismos podem ser classificados de acordo com a temperatura de crescimento? Qual a importância dessa informação para a inocuidade dos alimentos? Psicofilos: vivem em temperaturas muito baixas Mesófilas: vivem em temperaturas entre 20 e 45 C Termofilas: vivem em temperaturas bem altas, entre 45 e 65C Heterotróficas: incapazes de produzirem o seu próprio alimento Autotróficas: produzem o seu próprio alimento, como por exemplo, as algas. 4. Qual a diferença entre microrganismos patogênicos e microrganismos deteriorantes? Patogênicos são organismos que causam doenças, pois contaminam os alimentos, podendo ou não liberar toxinas, resultando em uma infecção. Os microrganismos deteriorantes são aqueles que ocasionam alterações químicas prejudiciais aos alimentos, tornando-os impróprios para o consumo. Estas mudanças são observadas pela mudança de cor, textura, odor ou sabor do alimento. 5. Por que é importante conhecer essa diferença para o controle de alimentos? Uma das maiores fontes de contaminação e na hora do preparo e manipulação de alimentos. Sabendo disso, já podemos nos munir de técnicas e procedimentos para minimizar essa contaminação. O tipo de infecção irá conduzir ao tipo de tratamento correto para combatê-la. Muitas vezes a infecção leva alguns dias e acaba sendo curada sozinha, mas isso depende do estado de cada organismo, como por exemplo, a idade, o estado nutricional, o estado imunológico. 6. Quais as principais fontes de contaminação de produtos cárneos Observamos que as principais fontes de contaminação são: a. Pelo do animal b. Manipulador c. Embalagem violada d. Temperatura de conservação e. Equipamentos de corte f. Intestino do animal que pode conter vermes REFERÊNCIAS Livros Apostila da UNIP: Microbiologia dos Alimentos Autor: Prof. Welliton Donizeti Popolim Manual de Boas Práticas de manipulação de Alimentos https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/manual_boas_praticas_alimentos_201 9.pdf manual_boas_praticas_alimentos_2019.pdf (prefeitura.sp.gov.br) Sites: https://www.biologianet.com/biodiversidade/classificacao-das-bacterias.htm https://pt.khanacademy.org/science/biology/structure-of-a-cell/prokaryotic-and-eukaryotic- cells/a/prokaryotic-cells https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/manual_boas_praticas_alimentos_2019.pdf https://www.biologianet.com/biodiversidade/classificacao-das-bacterias.htm https://pt.khanacademy.org/science/biology/structure-of-a-cell/prokaryotic-and-eukaryotic-cells/a/prokaryotic-cells https://pt.khanacademy.org/science/biology/structure-of-a-cell/prokaryotic-and-eukaryotic-cells/a/prokaryotic-cells
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