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BIOLOGIA EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA

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BIOLOGIA EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA
BIOLOGIA- slide e livro
---Conceitos gerais – organismos vivos
A Biologia é a ciência que estuda a vida e suas manifestações.
Palavra derivada do grego (bios = vida e logos = estudo). As
principais características que definem um ser vivo são: A
composição química complexa, organização celular, crescimento,
reprodução, metabolismo, homeostase, reações a estímulos do
ambiente e evolução. E temos a sua organização:
átomos,moléculas, células, tecidos, órgãos, sistemas e organismo.
---Conceitos gerais – microscopia
A célula é a unidade morfofuncional dos seres vivos e sua
visualização só foi possível a partir do desenvolvimento da
microscopia.
Leewewoken (1674) Hooke (1665) Óptico (1880) Eletrônico (1933)
Microscópio óptico utiliza feixe de luz, com ampliação de 100 a
1000 vezes. Microscópio eletrônico de varredura utiliza feixe de
elétrons com ampliação de 5 a 100 mil vezes.
---Conceitos gerais – células
Dois cientistas alemães de áreas diferentes, em meados de 1800,
sendo eles, Mathias Schleiden – botânico e Theodor Schwann –
zoólogo, em estudos independentes afirmavam em seus trabalhos
que todos os seres vivos eram formados por células e postularam a
teoria celular: 1º) Todos os seres vivos são formados por células.
2º) Todas as células possuem reações químicas básicas
(metabolismo). 3º) Todas as células se originam de uma outra
célula preexistente. Assim, os organismos puderam ser
classificados pela quantidade de células em: Acelular – desprovido
de célula – Ex.: vírus. Unicelular – constituído por uma única célula
– Ex.: bactérias, leveduras, protozoários. Pluricelular – constituído
por milhares de células – Ex.: animais, vegetais, insetos e demais
seres vivos.
---Conceitos gerais – composição celular
A bioquímica celular estuda a composição e as propriedades
químicas dos seres vivos. Os principais elementos químicos que
compõem a matéria viva são: Carbono (C), Hidrogênio (H),
Oxigênio (O), Nitrogênio (N) – que formam as principais
substâncias presentes nos organismos. Substâncias inorgânicas:
água e sais minerais. Substâncias orgânicas: proteínas, lipídios,
glicídios (carboidratos), ácidos nucleicos, vitaminas.
---Conceitos gerais – célula procarionte
Existem dois tipos de células diferenciadas por sua complexidade
de organização: as células procariontes e as células eucariontes.
Procariontes: a principal característica é a ausência de carioteca
(não possui núcleo). O DNA fica disperso no citoplasma. São
organismos simples, unicelulares e possuem parede celular por
cima de toda a membrana plasmática, espessa e rígida que serve
de proteção mecânica e mantém o formato da célula
1
---Conceitos gerais – células eucariontes Eucariontes: Possuem
núcleo delimitado por membrana nuclear (carioteca) e vários tipos
de organelas.
Saiba mais-
A coloração de Gram foi desenvolvida em 1889, por Hans Chistian
Gram, um microbiologista que utilizou a coloração da parede
celular para identificar bactérias. Esse método é utilizado até os
dias atuais e a mesma coloração classifica as bactérias em dois
grupos básicos: Bactérias Gram-positivas (coram em violeta) – a
parede é fina e o corante penetra com facilidade, corando todo o
citoplasma. Bactérias Gram-negativas (coram em vermelho) –
parede espessa e corante tem dificuldade de entrar.
----------------Membrana plasmática----------------
A membrana plasmática, ou membrana celular, separa a célula do
meio externo. Está presente em todas as células, desde
procariontes até células animais e vegetais. Só é visível ao
microscópio eletrônico. É composta por uma bicamada de
fosfolipídios e proteínas em um mosaico fluido. Tem como funções:
Manutenção da integridade celular: separa meio intracelular e
extracelular. Permeabilidade seletiva: controle sobre a entrada e
saída de substâncias. Dependendo da especialização da célula,
está envolvida com adesão, locomoção e recebimento de sinais
químicos.
---Transporte através da membrana
Fatores que impulsionam o transporte através da membrana:
Gradiente de concentração + Gradiente elétrico = gradiente
eletroquímico
-Transporte passivo (sem gasto de energia) Difusão simples
Difusão facilitada Osmose
-Transporte ativo (com gasto de energia) Transporte ativo primário
Transporte ativo secundário
-Transporte vesicular (em bloco ou em massa) – em grandes
quantidades – envolve movimento do citoplasma.
----Organelas---
A célula eucarionte possui muitas organelas com funções distintas,
em quantidade diferenciada conforme sua função no organismo.
As células vegetais são eucariontes, mas apresentam algumas
diferenças da célula animal, como formato fixo devido à presença
de parede de celulose sobre a membrana plasmática (que não
apresenta colesterol). Vacúolos de armazenamento muito maiores
e cloroplastos para realização de fotossíntese.
-Citoplasma: favorece a estrutura da célula, mantendo sua
consistência e forma. É composto pelo hialoplasma, uma matéria
coloidal (viscosa), no qual ocorrem as reações químicas das
células e encontramos substâncias de armazenamento (reservas
energéticas, proteínas de exportação) e as organelas celulares.
Apresenta ciclose (movimento com deslocamento das organelas),
movimento ameboide (prolongamentos) e tixotropismo (alteração
na consistência) mais fluidos ou densos.
-Citoesqueleto: é o arcabouço celular, formado por 3 tipos de
proteínas contráteis: filamentos de actina, filamentos intermediários
e microtúbulos.
2
-Centríolos: constituídos por nove conjuntos de três microtúbulos e
geralmente ocorrem aos pares nas células e participam da divisão
celular, originam cílios e flagelos.
-Lisossomos: se originam do Complexo de Golgi. São
responsáveis pela digestão intracelular. São vesículas
membranosas que contêm um conjunto de mais de 80 tipos de
enzimas digestivas. Podem ser divididos em: função heterofágica
(digestão de material externo) e função autofágica (digestão de
material interno).
-Peroxissomos: organelas membranosas com enzimas oxidativas e
metabolizam principalmente ácidos graxos.
-Ribossomos: formados de RNA ribossômico, realizam síntese de
proteínas para a própria célula (no citoplasma) e de proteínas de
exportação (aderidos no REG). Estruturalmente possui 2
subunidades de tamanhos e densidades diferentes. O ribossomo
só é funcional quando duas subunidades estiverem unidas.
-Mitocôndrias: realizam respiração celular e produção de energia
(ATP). Possuem ribossomos, DNA próprio e circular, e podem se
autoduplicar. Possuem uma membrana externa e uma membrana
interna que sofre dobramentos imersos na matriz da mitocôndria.
Acredita-se que foram originadas por endossimbiose
-Retículo Endoplasmático Liso (REL): sistema de túbulos com
transporte e armazenamento de substâncias e síntese de lipídios
(colesterol) e fosfolipídios.
-Retículo Endoplasmático Granular (REG): sistema de túbulos com
ribossomos aderidos, responsável pela síntese de proteínas de
exportação.
-Complexo de Golgi: conjunto de 6 a 20 bolsas achatadas e
vesículas associadas que realizam empacotamento de
substâncias. Apresenta região CIS (entrada) e região TRANS
(saída) e dá origem aos lisossomos e acrossomo
-------------Núcleo---------------
A presença do núcleo celular é a maior característica das células
eucariontes, sendo protegido por um envoltório nuclear, a
carioteca. A carioteca comunica-se com o citoplasma através dos
poros nucleares. Tem a função de armazenar todas as
informações genéticas (DNA) e controlar as atividades metabólicas
e reações químicas celulares, controle da divisão e ciclo celular,
transcrição de RNA, produção de ribossomos. As células
eucariontes geralmente apresentam apenas um núcleo, mas
podem existir células com dois ou mais núcleos. Células
anucleadas. Ex.: hemácias adultas de mamíferos. Células
binucleadas. Ex.: alguns protozoários. Células multinucleadas. Ex.:
fibras estriadas esqueléticas.
Carioteca: bicamada fosfolipídica dupla – composta por membrana
interna em contato com o nucleoplasma e externa contínua com o
REG, apresenta complexo doporo em que entra em contato com o
citoplasma.
-Nucléolo: rico em RNA ribossômico.
-Cromatina: filamento longo de DNA associado a histonas.
3
-Heterocromatina (mais condensada – em repouso).
-Eucromatina (menos condensada – em transcrição).
- Cromossomo: cromatina condensada.
-Código genético: existem 2 tipos de ácidos nucleicos, compostos
por nucleotídeos (uma base nitrogenada, uma pentose e
grupamento de fosfato).
-DNA – Ácido Desoxirribonucleico (fita dupla) Bases: A-T; C-G
-RNA – Ácido Ribonucleico (fita simples) Bases: A-U; C-G
-Existem 3 tipos de RNA: RNA mensageiro RNA transportador
RNA ribossômico
Replicação: DNA copiando DNA dentro do núcleo. Transcrição:
DNA sintetizando RNAm dentro do núcleo. Tradução: (RNAm) +
(RNAt com aminoácidos) + ribossomos sintetizando proteína no
citosol.
-Cariótipo: estudo da constituição cromossômica nos seres vivos.
O cromossomo é formado por uma cromátide (braço curto e braço
longo) ligada pelo centrômero. Para se dividir, as cromátides se
duplicam formando cromátides irmãs (que, até que ocorra a
separação final, ficam ligadas pelo centrômero). O centrômero
pode variar ao longo da cromátide.
Possuímos 23 pares de cromossomos ou 46 cromossomos (22
pares de autossomos e o par sexual – XX para mulheres e XY para
homens). Células somáticas são diploides (2n). Células
germinativas ou gametas são haploides (n).
O ciclo celular em eucariontes corresponde a eventos de
crescimento (interfase) e divisão celular (mitose), cuja duração
depende do tipo celular. Interfase – fases – G1, S, G2. Fase G1 –
após divisão, síntese de proteínas, aumento de organelas e
primeiro ponto de checagem – se algo estiver errado permanece
em G0 ou entra em apoptose. Se tudo estiver certo, segue para
fase “S”.Fase S – replicação do DNA em processo
semiconservativo, síntese de histonas e checagem da integridade
do DNA. DNA duplicado – quantidade de material genético
dobrada. Fase G2 – síntese de proteínas para mitose,
reorganização das organelas e 2 pontos de checagem para lesão e
para reparo do DNA. Mitose: uma célula-mãe é dividida em duas
células-filhas com o mesmo número de cromossomos. Dividida em
4 etapas: Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase
-----------Replicação----------
Para que ocorra a divisão, o DNA deve ser duplicado na fase S da
interfase. A replicação é semiconservativa. A fita principal segue o
“sentido da vida” – a ligação 5’3’ e a fita complementar se unem no
sentido contrário.
Temos 3 processos principais na replicação: Início, Alongamento e
a Rescisão, em que as principais enzimas atuantes são: A DNA
helicase – abre a dupla fita de DNA (no início). A DNA polimerase
– refaz as ligações com novos nucleotídeos (no alongamento). A
DNA ligase – une os fragmentos de Okasaki (na rescisão)
-Divisão celular
Uma célula se origina de outra preexistente, carrega uma herança
genética (DNA semiconservativo). Vários processos fisiológicos
dependem da divisão e multiplicação celular. Como o crescimento,
cicatrização, renovação celular, formação de gametas. Durante a
divisão celular, a célula passa por cariocinese (divisão do conteúdo
nuclear) e pela citocinese (divisão do conteúdo citoplasmático). Os
animais possuem 2 tipos de divisão celular: A mitose nas células
4
somáticas – uma célula-mãe gerando duas células-filhas idênticas,
com o mesmo número de cromossomos. Algumas células não
sofrem mitose. Ex.: hemácias. A meiose nas células germinativas
– uma célula-mãe gerando quatro células-filhas com a metade do
número de cromossomos os gametas.
-Divisão celular – mitose
A mitose é uma divisão equacional (E!). Possui 4 fases: prófase,
metáfase, anáfase e telófase.
A meiose é uma divisão específica das células germinativas (no
ovário e testículo “2n”), formam gametas (óvulos e
espermatozoides “n”). É destinada à perpetuação da espécie. Uma
célula-mãe (2n) gera quatro células-filhas com a metade do número
de cromossomos (n). Pode haver a ocorrência de permutações
(crossing over) – aumento da variabilidade genética da espécie.
Na meiose ocorrem duas divisões consecutivas: Meiose I e Meiose
II.
Reducional (R!) Separação dos cromossomos homólogos
Equacional (E!) Separação das cromátidesirmãs
A Prófase I da meiose é a mais longa e ainda possui 5 subfases:
Leptóteno Zigóteno Paquíteno Diplóteno (visualização do
crossing-over ou permutação) Diacinese
No final da meiose I, temos 2 células com metade do número de
cromossomos. Na meiose II, as 2 células seguem a divisão sem
duplicação do DNA.
----------EMBRIOLOGIA slides
Embriologia: estudo do desenvolvimento do embrião até a
formação do indivíduo adulto.
Desenvolvimento: é todo processo contínuo e organizado que se
inicia no momento em que o óvulo é fecundado por um
espermatozóide e só termina quando o indivíduo morre.
-----Gametogênese
A gametogênese é o processo que leva à formação dos gametas
sexuais. Engloba a ovulogênese – formação dos óvulos. E
espermatogênese – formação dos espermatozoides. A formação
dos gametas se inicia nas células germinativas dos ovários e
testículos pelo processo de meiose. Em que uma célula
germinativa (2n) gera 4 células-filhas (n). Os gametas são células
especializadas com tempos de diferenciação diferentes conforme
cada espécie.
Ovários e testículos são gônadas – glândulas pélvicas – que fazem
parte do sistema reprodutor. Produzem hormônios esteroides
considerados “hormônios sexuais”. Testículos: produzem
Testosterona Ovários: produzem Estrógeno Progesterona
A produção hormonal influencia na fisiologia do aparelho
reprodutor, na maturação das gônadas e na capacidade de
produção de gametas viáveis. Gônadas masculinas – testículos –
produzem: Testosterona e metabólitos: No feto promove
diferenciação do trato genital interno e externo; Na puberdade e
fase adulta promove padrão masculino; Distribuição de pelos
corporais, calvície; Atividade das glândulas sebáceas;
Crescimento da próstata.
5
-Gônadas femininas – ovários – produzem: Estrógeno: Maturação
e manutenção do útero, tubas uterinas; Desenvolvimento do
padrão feminino e mamas; Proliferação das células granulosas do
ovário; Manutenção da gestação; Controle do ciclo ovariano.
Progesterona: Manutenção da atividade secretória do útero;
Desenvolvimento das mamas; Controle do ciclo ovariano;
Manutenção da gestação.
Através da reprodução, os seres vivos produzem seus
descendentes. Conforme a complexidade da espécie, temos
reprodução assexuada ou sexuada. Reprodução assexuada: os
organismos se reproduzem por si só, geram organismos idênticos a
si, sem a ajuda de outro da mesma espécie. Não há combinação
gênica. Ex.: fissão binária, brotamento, fragmentação. Reprodução
sexuada: ocorre união de material genético de 2 organismos da
mesma espécie, existe a variabilidade genética. Ex.: animais e
vegetais. Reprodução sexuada indiferenciada: quando ocorre
conjugação de material genético, mas não se identificam sexos
diferentes. Ex.: algumas bactérias.
-------Espermatogênese
-Na fecundação ocorre a determinação sexual cromossômica, sexo
feminino (XX), sexo masculino (XY).
- A diferenciação da gônada começa a se formar entre a 5ª e a 6ª
semana de gestação (gônadas indiferenciadas).
- Os testículos se diferenciam a partir da 7ª semana, antes dos
ovários, devido à expressão de um gene no cromossomo Y, que
induz essa diferenciação.
-Se não houver esse estímulo, a gônada se diferencia tardiamente
(8ª ou 9ª semana) em ovário.
- Por serem sensíveis ao calor da cavidade abdominal, os
testículos migram para o saco escrotal antes do final da gestação.
-Modificações estruturais ocorrem até os 6 meses de vida para
formação das espermatogônias.
- Até os 3 anos, o testículo se mantém em repouso.
-De 4 a 9 anos ocorre proliferação das espermatogônias.
-De 11 a 14 anos ocorre maturação dos túbulos seminíferos nos
testículos – aumento e ação da produção de testosterona.
-Na maturidade sexual, a espermatogênese ocorre em média por
60 dias até formação dos espermatozoides.
- Espermatogênese: sequência de eventos na qual células
germinativas chamadas de espermatogônias(2n) transformam-se
em espermatozoides (n).
- Ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos.
- A espermatogênese ocorre desde a puberdade até o final da vida
do homem – diminuindo na velhice.
- Testículos – possuem de 250 a 1000 túbulos seminíferos com
produção de testosterona e formação de espermatozoides.
- Epidídimo – maturação dos espermatozoides.
-Ducto deferente + ductos seminais formam os ductos
ejaculatórios.
- Vesículas seminais – produção de líquido viscoso.
-Próstata – secreção de enzimas e nutrientes.
-Uretra – comum ao sistema reprodutor e urinário.
-Pênis – órgão copulador que aloja uretra, corpo esponjoso e
corpos cavernosos.
-Saco escrotal – controle de temperatura.
-Formação do espermatozoide.
- Os túbulos seminíferos são revestidos pelas células de Sertoli que
dão sustentação e são responsáveis pela nutrição das células
germinativas.
6
- Os espermatozoides, depois de prontos, são conduzidos e
armazenados nos túbulos seminíferos (cerca de 60 dias ou mais).
Ao longo da espermatogênese, identificam-se 4 fases:
Proliferativa, Crescimento, Maturação e Espermiogênese.
Espermiogênese – diferenciação do espermatozoide. Ocorre:
estabilização da cromatina. Modificações na superfície da
membrana com redução do citoplasma. Formação do acrossoma
pelo Complexo de Golgi. Centríolos formando o flagelo.
Mitocôndrias formando bainha na base do flagelo.
---Transporte do espermatozóide
Do seu local de armazenagem, no epidídimo a na ampola do ducto
deferente, os espermatozoides são transportados para a uretra por
meio de contrações peristálticas da capa muscular do ducto
deferente. Cerca de 200 a 600 milhões de espermatozoides são
depositados no colo do útero, atravessam o canal cervical, o útero
e as tubas uterinas. Somente 200 espermatozoides alcançam o
sítio de fertilização. E apenas 1 consegue transpor as barreiras de
proteção do óvulo e fecundá-lo.
--Capacitação dos espermatozoides
Espermatozoides, quando recém-ejaculados, não são capazes de
fecundar o ovócito. É preciso um período de condicionamento que
dura cerca de 7 horas, dentro do útero, em um processo chamado
de capacitação. Eles são capacitados no útero ou na tuba uterina,
em que são removidas as capas de glicoproteínas e proteínas
seminíferas da superfície do acrossoma. Só após a capacitação,
os espermatozoides migram pela tuba uterina chegando até o
óvulo e apenas 1 vencerá as camadas que o revestem. Na entrada
do espermatozoide no óvulo, ele perde a cauda. Ocorre a união
dos núcleos masculino e feminino, formando um zigoto.
De onde surgiu a simbologia de gênero da biologia?
A origem vem de divindades greco-romanas e dos metais utilizados
pelos alquimistas na Idade Média. Para o sexo feminino – o
espelho de Vênus (♀) – Deusa do amor, beleza, harmonia –
associada com o metal cobre. Para o sexo masculino – o escudo
de Marte (♂) – Deus da guerra, força, impulsividade – associado ao
metal ferro. Carl Linnaeus (1735), pai da taxonomia, popularizou
esses signos na descrição de plantas
--------Ovogênese
O sistema reprodutor feminino é responsável por produzir gametas
(óvulos). Fornecer local adequado para a fecundação e
desenvolvimento de um embrião. Ovogênese ocorre nos ovários, é
o processo de formação dos gametas femininos, desde o período
fetal. A diferenciação dos ovários durante a gestação ocorre mais
tardiamente que os testículos, a partir da 8ª ou 9ª semana até a 12ª
semana, com formação de aglomerados de células foliculares. A
ovogônia é o folículo primordial, envolto por células foliculares. As
células foliculares também irão produzir hormônios sexuais
femininos (estrogênio e progesterona). Nas meninas, todas as
ovogônias se desenvolvem em ovócitos primários antes do
nascimento.
Existem muitas diferenças na gametogênese masculina e feminina.
No sexo feminino, ao nascimento, os ovários já contêm todos os
gametas da vida inteira. Enquanto os homens produzem gametas
continuamente. A partir da puberdade, a produção de gametas
7
femininos se alterna entre os ovários de forma cíclica, gerando um
óvulo por mês. Enquanto nos homens, a produção de gametas é
abundante. As mulheres sofrem interrupção da ovogênese na fase
da menopausa. Enquanto nos homens, a espermatogênese é
contínua até o fim da vida. O óvulo é uma célula grande, imóvel,
com muito citoplasma e organelas. Enquanto o espermatozoide é
pequeno, citoplasma muito reduzido e apresenta motilidade.
O sistema reprodutor feminino é separado do sistema urinário.
Internamente é composto por ovários, tuba uterina, útero e vagina.
As ovogônias entram em meiose e até o 7º mês de gestação
chegam ao estágio de ovócito primário (prófase I) – permanecem
nesse estágio até a puberdade. A partir da puberdade e por toda a
vida fértil, cada ovócito termina a meiose I, gera 2 células de
tamanhos diferentes – a maior é o ovócito secundário – a menor é
o corpo polar que se degenera
O ovócito secundário entra em meiose II, mas fica no estágio de
metáfase II. É o ovócito secundário que entra no ciclo ovariano e é
expelido na menstruação. Caso ocorra fecundação, a meiose II se
completa e novamente duas células de tamanhos diferentes se
formam. A maior é o óvulo maduro fertilizado. A menor é o
segundo corpo polar que degenera.
A partir da puberdade, quando o ovócito primário inicia a meiose II
se transformando em ovócito secundário, ocorrem algumas
modificações. Aparece a zona pelúcida – material amorfo que
circunda o ovócito. O ovócito fica maior e assume formato oval.
As células foliculares formam uma segunda camada – a corona
radiata. Abaixo da membrana, vesículas com enzimas serão
liberadas se um espermatozoide entrar – como forma de bloqueio
da poliespermia.
Ao nascimento, a menina apresenta de 700.000 a 2.000.000
folículos ovarianos. Na puberdade, esse número cai para cerca de
400.000. Na fase madura, chegam a em torno de 500 folículos.
Em média, o processo de menopausa se inicia entre 48 e 51 anos.
A perda de tantos folículos ao longo da vida da mulher é chamada
de atresia folicular. Esse fenômeno contribui para seleção dos
folículos mais viáveis e sofre influências hormonais. A cada ciclo
ovariano é expelido um folículo com líquido folicular. As fímbrias na
extremidade da tuba uterina aderem ao ovário e direcionam o
ovócito até o útero.
O ciclo ovariano sofre influência hormonal. Ao mesmo tempo que o
ovócito cresce no ovário – o útero sofre alterações. O endométrio
se prepara para receber um óvulo fecundado. Se não houver
fecundação, o endométrio se descama e é eliminado durante a
menstruação.
---------Desenvolvimento embrionário – fertilização
Após a ovulação, a viabilidade do ovócito secundário é de até 24
horas. O espermatozoide sofre o período de capacitação (cerca de
7 horas). A fertilização ou fecundação ocorre quando o
espermatozoide (n) entra no óvulo maduro (n) formando o zigoto
(2n) – a primeira célula de um novo organismo. Nesse processo, o
espermatozoide precisa atravessar: 1) A corona radiata, 2) A zona
pelúcida, 3) A membrana plasmática e 4) desencadear a reação da
zona, bloqueando a poliespermia. Apenas o núcleo e os centríolos
entram. O ovócito conclui a meiose e ocorre união dos pronúcleos.
-Desenvolvimento embrionário – clivagem e implantação
A clivagem corresponde às primeiras divisões mitóticas a partir do
zigoto. Mórula: maciço celular com até 16 células. Blástula:
aparecimento de cavidade interna com líquido células internas
(embrioblasto – formará o embrião) e células externas (trofoblasto
8
– participará da formação da placenta). A implantação – chegada e
fixação do blastocisto no útero e início da circulação
uteroplacentária.
-Desenvolvimento embrionário – gastrulação
Gástrula: formação dos folhetos germinativos (endoderme,
mesoderme, ectoderme) – 3ª semana de gestação.
-Desenvolvimento embrionário – neurulação
Nêurula: formação da notocorda, tubo neural, futuro Sistema
Nervoso Central. Na 3ª e 4ª semana de gestação. Organogênese:
formação dos órgãos e tecidos entre a 4ª e 8ª semana de
gestação.
-Desenvolvimento embrionário – gravidez gemelar
Aocorrência de gestações múltiplas na espécie humana de forma
natural deveria ser um evento raro, pois a mulher só libera um
ovócito por mês. No entanto, fatores ambientais, como a utilização
de hormônios na alimentação, acabam influenciando no ciclo
ovariano e aumentando esses eventos. Com a evolução das
técnicas de inseminação artificial e tratamentos de fertilização, as
estatísticas subiram, inclusive aumentando o número de fetos por
gestação. Existem dois tipos de formação gemelar: Os
monozigóticos: gêmeos idênticos – se desenvolvem a partir de um
único zigoto. Os dizigóticos: gêmeos fraternos – se desenvolvem a
partir de ovócitos diferentes fecundados por espermatozoides
diferentes.
-Desenvolvimento embrionário
Gêmeos siameses ou xifópagos: Ocorrência de gêmeos
univitelinos. Começa a formação de dois embriões, que voltam a
se unir. O grau de dependência é variável.
Fatores que afetam o desenvolvimento embrionário: Alterações
cromossômicas, gerando síndromes Ex.: síndrome de Down
(trissomia do 21), síndrome de Edwards (trissomia do 18),
síndrome de Klinefelter (cromossomo sexual – 23 – XXY).
Alterações genéticas como deleções gerando erros inatos do
metabolismo. Rupturas e deformações em estruturas essenciais
na gestação como placenta ou cordão umbilical. Doenças
hereditárias, malformações orgânicas. Implantação ectópica,
gestações múltiplas. Fatores ambientais – microrganismos (zika,
toxoplasma), agentes teratogênicos (álcool, fumo, drogas, poluição,
radiação, produtos químicos).
--Células-tronco
Células-tronco são aquelas que ainda não se diferenciaram e
respondem a estímulos e podem se especializar em células
diferentes. Células totipotentes – que são capazes de se
diferenciar em qualquer tecido do corpo humano, incluindo placenta
e anexos embrionários. As células totipotentes são encontradas no
embrião até a formação de 32 células (3 a 4 dias de vida). Células
pluripotentes ou multipotentes capazes de se diferenciar em um
número limitado de tecidos – quando o embrião já está entre 32 a
64 células – a partir do 5º dia de vida – fase de blastocisto. Em
adultos encontramos células pluripotentes na medula óssea, polpa
do dente jovem. Também são encontradas no cordão umbilical.
-----------HISTOLOGIA----------
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Histologia é o estudo dos tecidos – conjuntos de células com as
mesmas funções dentro de um organismo. Esses tecidos não
existem isolados, mas associam-se uns aos outros formando os
diferentes órgãos e sistemas do corpo. Essa comunicação ocorre
por especializações nas membranas celulares. Os tecidos se
formam na fase de gastrulação com os folhetos germinativos:
endoderme, mesoderme e ectoderme.
Temos 4 tipos básicos de tecidos: Tecido epitelial – revestimento e
glandular. Tecido conjuntivo – preenchimento. Tecido muscular –
movimentação. Tecido nervoso – controle das atividades
orgânicas.
--Tecido Epitelial – Estrutura e funções
O tecido epitelial possui algumas características e funções: É
dividido em epitélio de revestimento e epitélio glandular. Possui
células justapostas (muito unidas). Não há presença de vasos
sanguíneos – tecido avascular. Recebe oxigênio e nutrientes dos
tecidos vizinhos. Por isso está sempre associado a tecidos
conjuntivos. Esse tecido pode ser classificado de acordo com o
formato de suas células e o número de camadas celulares.
Reveste superfícies – oferece proteção. Percepção de estímulos e
sensações. Secreção e absorção de substâncias.
-Tecido Epitelial de Revestimento
Reveste externamente o corpo e cavidades internas. É classificado
pelo número, aparência das camadas celulares e o formato das
células.
As células epiteliais são justapostas e possuem estruturas de
adesão. Junções ocludentes – impedem a passagem de
substâncias. Zônula aderente – estabilização celular – ligada
internamente ao citoesqueleto. Desmossomo – fixação, adesão
entre as células. Hemidesmossomo – adesão na lâmina basal.
Junções comunicantes – passagem de pequenas moléculas.
A pele humana reveste e protege todo o corpo, regula a
temperatura corporal, tem função sensorial e secretora, apresenta
epiderme, derme e hipoderme. A epiderme corresponde ao epitélio
de revestimento – estratificado pavimentoso queratinizado. Pele e
epitélio são coisas diferentes. O epitélio é avascular, células
justapostas. A pele possui outras camadas, terminações nervosas,
vascularização, glândulas, tecido conjuntivo.
-Tecido Epitelial Glandular
Tecido epitelial glandular é especializado em produzir secreções.
Forma as glândulas, as quais podem ser: Endócrinas: lançam seus
produtos direto no sangue, ex.: glândula da tireoide. Exócrinas:
lançam seus produtos para fora do corpo ou para um órgão oco,
ex.: glândula salivar, glândula sebácea, glândulas mamárias.
Mistas: atuam como endócrinas e exócrinas, ex.: pâncreas (parte
endócrina = secreta hormônios no sangue como a insulina e o
glucagon; e a parte exócrina = secreta enzimas digestivas no
intestino).
você sabia????
Que a “Síndrome da pessoa elástica” é uma doença genética que
afeta a síntese de colágeno, elastina e fibrina, causando alterações
nos tecidos conjuntivos? Essa patologia é diagnosticada como
Síndrome de Ehlers-Danlons e possui 6 graduações com vários
níveis de comprometimento da pele, articulações e órgãos,
conforme as alterações genéticas. Alguns efeitos são muito
comuns, como elasticidade pronunciada da pele, frouxidão
articular, hiperflexibilidade.
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--------Tecido Conjuntivo
O tecido conjuntivo apresenta variações que lhe proporcionam
diferentes funções:O tecido conjuntivo desempenha funções de
preenchimento de espaços entre órgãos, função de sustentação,
função de defesa e função de nutrição. É quase sempre
vascularizado, o que garante a nutrição e a oxigenação das células
conjuntivas e epiteliais. Exceção do tecido conjuntivo cartilaginoso
que não é vascularizado. Possui muita substância intercelular:
matriz extracelular (proteínas fibrosas) sintetizada por fibroblastos e
fibrócitos. As fibras da matriz são: Fibras de colágeno tipo I –
resistência. Fibras reticulares – colágeno tipo III – elasticidade e
resistência. Fibras elásticas – elasticidade.
-Tecido Conjuntivo propriamente dito
Tecido conjuntivo denso modelado: feixe de fibras colágenas
paralelas, resistente à tração em direção única, encontrado em
tendões e ligamentos. Tecido conjuntivo denso não modelado:
fibras colágenas desordenadas, resistente a trações em várias
direções, encontrado na derme, cápsulas do baço, ovário, rins etc.
Tecido conjuntivo frouxo: preenche espaços não ocupados por
outros tecidos, apoia e nutre células epiteliais, envolve nervos,
músculos e vasos sanguíneos linfáticos. Faz parte da estrutura de
muitos órgãos e desempenha importante papel em processos de
cicatrização. Possui fibras colágenas, elásticas, reticulares e
matriz. Vários tipos celulares: fibroblastos, macrófagos,
mastócitos, plasmócitos, adipócitos e células mesenquimatosas
indiferenciadas (com capacidade de diferenciação em vários
tecidos conjuntivos).
-Tecido Conjuntivo de propriedades especiais
Tecido conjuntivo adiposo: especializado em armazenar lipídios na
forma de triglicerídeos – reserva de energia nos adipócitos.
Secreta hormônios: leptina, grelina que modulam a sensação de
fome, saciedade e temperatura corporal – predominante nos
adultos. Apresenta variações: tecido adiposo branco (lipídios
armazenados em vacúolo único – unilocular) e marrom (lipídios
armazenados em numerosos e pequenos vacúolos – abundante
nos recém-nascidos).
Tecido conjuntivo elástico: predomínio de fibras elásticas grossas,
fibras colágenas finas e fibroblastos. Presente em órgãos de
grande variação de volume (ligamentos da coluna vertebral e
ligamento suspensor do pênis). Tecido conjuntivo mucoso:
predomínio das fibras elásticas e matriz extracelular. Encontrado
no cordão umbilical e polpa dentária em formação. Tem aspecto
gelatinoso.
Tecido conjuntivo hemocitopoético (sanguíneo): é um tecido líquido.
Transporta substâncias entre as células e defende o nosso
organismo. Substância intercelular: líquida= plasma. É formado
por vários tipos de células: Hemácias (glóbulos vermelhos):
transporte de gases, possuem a hemoglobina que tem afinidade
com o oxigênio. Leucócitos (glóbulos brancos): responsáveis pela
defesa do nosso organismo. Trombócitos (plaquetas):
responsáveis pela coagulação do sangue.
-Tecido Conjuntivo Cartilaginoso
Sustenta algumas partes do corpo (orelha e nariz), diminui o atrito
entre articulações, mantém a traqueia e os brônquios abertos.
Constitui tendões e ligamentos, sem vasculatura e inervação.
Células características: Condrócitos: produzem substância
intercelular e fibras. Condroblastos: células maduras no interior da
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cartilagem. Condroclastos: células velhas no interior da cartilagem
que devem ser reabsorvidas (eliminadas).
-Tecido Conjuntivo ósseo
Os ossos oferecem suporte, sustentação do corpo. Substância
intercelular amorfa muito consistente devido à impregnação de
cálcio e fósforo. Células no interior de lacunas com canais
nutridores, com vasos e nervos no interior de canais.
Osteoblastos: transformam-se nos osteócitos. Osteócitos:
encontram-se dentro de lacunas, denominadas osteoplastos.
Osteoclastos: células gigantes, polinucleadas que realizam a
reabsorção do tecido ósseo. Situam-se dentro das lacunas.
----------Tecido Muscular
O estudo dos músculos é conhecido como miologia. O tecido
muscular é constituído por células alongadas, altamente
especializadas e dotadas de capacidade contrátil, denominadas
fibras musculares. A capacidade de contração das fibras é que
proporciona os movimentos dos membros, das vísceras, de
substâncias como alimento, sangue e a linfa. Produz calor durante
a atividade que auxilia no controle da temperatura do corpo. O
tecido muscular apresenta algumas propriedades básicas:
Excitabilidade – responde a estímulos químicos e elétricos.
Contratilidade – força de contração. Extensibilidade – capacidade
de estiramento. Elasticidade – volta à forma original.
As células musculares possuem uma nomenclatura própria,
mostrando diferenças conforme sua classificação. Retículo
endoplasmático: retículo sarcoplasmático – regula o fluxo de Ca+2
entre o sarcoplasma e os filamentos. O Ca+2 auxilia na contração
muscular. Proteínas contráteis do músculo: actina, miosina,
tropomiosina e troponina. Sarcômeros: unidade básica de
contração do músculo esquelético. Membrana plasmática:
sarcolema. Citoplasma: sarcoplasma. Mitocôndrias: sarcossomas
– em grande número para fornecimento de ATP.
-Tipos de Tecido Muscular:
-Tecido Muscular Estriado Esquelético
As células caracterizam-se por serem bastante compridas e
polinucleadas. Inervados pelo Sistema Nervoso Central (placa
motora) – controle voluntário. São chamados de esqueléticos
porque estão ligados ao esqueleto – movimenta ossos e
cartilagens. As estriações resultam dos arranjos das proteínas de
contração. Estão associadas ao tecido conjuntivo, que une as
fibras umas às outras e aos ossos e articulações.
No sarcômero, as proteínas se dispõem em paralelo – aspecto de
“estrias”. Apesar da complexidade e moléculas envolvidas, a
contração ocorre pela sobreposição (deslizamento) dos filamentos
de actina e miosina.
-Tecido Muscular Estriado Cardíaco
O músculo cardíaco tem contração involuntária. Seu único período
de repouso, durante a vida, é o intervalo entre duas contrações
sucessivas. quase metade do volume celular é de mitocôndrias. É
estriado devido à disposição de suas fibras alongadas e
ramificadas. Possui células mono ou binucleadas, com núcleos
mais centralizados. Possui um sistema próprio de autocondução e
geração de impulso elétrico. Células cardíacas modificadas que
auxiliam na geração e condução do estímulo cardíaco. O músculo
cardíaco não se regenera, exceto nos primeiros anos de vida.
Lesões no coração são reparadas através da proliferação de tecido
conjuntivo.
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Uma característica exclusiva são os discos intercalares –
complexos juncionais entre as fibras (interdigitações, junções
comunicantes, de adesão, desmossomos). Mantém a estrutura
dos sarcômeros.
-Tecido Muscular Liso
O músculo liso é encontrado em vários órgãos e estruturas (vasos,
bexiga, útero). Musculatura involuntária. A contração é lenta. As
células são mononucleadas, núcleo centralizado, presença de
junções comunicantes. Diferente do músculo esquelético, não
apresenta a organização dos sarcômeros e não apresenta
troponina. A unidade contrátil é chamada de corpos densos.
--------Tecido Nervoso
O tecido nervoso tem por função coordenar as atividades de
diversos órgãos, receber informações do meio externo e responder
aos estímulos recebidos. O tecido nervoso é constituído por
células nervosas ou neurônios e células de apoio ou células da
glia. O neurônio é uma célula altamente diferenciada, sem
capacidade de divisão e de regeneração. Mas células-tronco
podem se diferenciar. A comunicação entre os neurônios ocorre
por impulso nervoso. A presença da bainha de mielina aumenta a
velocidade da transmissão.
O neurônio é formado por um corpo celular, dentritos e axônio. A
função do axônio é transmitir o impulso elétrico. O cérebro humano
possui 86 bilhões de neurônios!
As células da glia ou neuroglia são células relacionadas com a
sustentação e a nutrição dos neurônios, com a produção de mielina
e com a fagocitose. As células da glia não transmitem impulsos
nervosos. São células de apoio, compostas por astrócitos,
oligodendrócitos e micróglia. Astrócitos: suporte mecânico e
fornecimento de alimento ao tecido nervoso. Oligodendrócitos:
produção de mielina no Sistema Nervoso Central. Células de
Schwann: produção da bainha de mielina no S. Nervoso Periférico.
Células ependimárias: revestem as cavidades do cérebro
(ventrículos). Micróglias são um tipo especializado de macrófago
cuja função é fagocitar detritos e restos celulares presentes no
tecido nervoso. Estima-se que para cada neurônio há 10 células
da glia.
A bainha de mielina é uma estrutura formada por uma membrana
lipídica rica em glicofosfolipídeos e colesterol e recobre os axônios
facilitando a rápida comunicação entre os neurônios. Com a
mielina, a transmissão do impulso se torna saltatória, aumentando
a velocidade. No Sistema Nervoso é possível identificar a
Substância Branca (axônio com mielina) e a Substância Negra
(corpos celulares).
A transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outro ou
de neurônio para algum órgão é realizada por meio de uma região
de ligação especializada denominada sinapse. O tipo mais comum
de sinapse é a química, em que as membranas de duas células
ficam separadas por um espaço chamado fenda sináptica
Na sinapse química ocorre liberação de neurotransmissores nas
terminações do axônio. Esses neurotransmissores são produzidos
no corpo celular, migram pelo axônio em vesículas e são liberados
quando o sinal nervoso chega nas terminações nervosas.
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