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1 NORMAS DE CONDUTA NO LABORATÓRIO Laboratório – Análises microbiológicas e físico-químicas. Normas: minimizar os riscos de contaminação: Alimentos/Amostras e Manipuladores Normas Gerais: 1. Ocupar sempre o mesmo lugar. 2. Usar avental, touca, luvas e sapato/tênis nas aulas práticas. Cabelos presos. 3. Guardar pertences no armário. 4. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: antes de iniciar os trabalhos práticos e após a realização dos mesmos, retirar adornos e LAVAR AS MÃOS COM ÁGUA E SABÃO. 5. Não utilizar celular ou outras fontes de contaminação. 6. Lavar imediatamente quaisquer ferimentos provocados durante o trabalho. 7. Comunicar imediatamente qualquer suspeita de haver se contaminado; indicando o material ou a cepa com a qual estava trabalhando. 8. Ter o máximo de cuidado para que não ocorram acidentes e/ou auto-contaminações. 9. Observar rigorosamente o horário das aulas práticas. 10. Qualquer dúvida quanto à colocação dos materiais: forno, estufa, banho-maria etc. recorrer aos professores ou aos funcionários da disciplina. 11. Contribuir com adequada organização do Laboratório e realizar os trabalhos práticos com dedicação para um melhor aproveitamento. Observações importantes: Nosso trabalho é realizado em equipe e, portanto, todos devem contribuir com o melhor de si, para que possamos chegar a eficiência, ou seja, devemos trabalhar de forma inteligente e não exaustiva. Toda equipe precisa ser harmoniosa e se espelhar no voo dos gansos (solidariedade). PROCEDIMENTOS ROTINEIROS: 1-Esterilização – uso de agentes físicos e/ou químicos para eliminar totalmente os organismos vivos presentes em um material. 2-Desinfecção – uso de agentes químicos germicidas para destruição da infecciosidade potencial de um dado material, não implicando, portanto, na eliminação total dos organismos vivos. 2 LAVAGEM DAS MÃOS I. INTRODUÇÃO Mãos: 1848 Semmelweis – importância da lavagem das mãos. Microbiotas: Residente: Bactérias Gram+ (estafilococos coagulase negativa – Staphylococcus epidermidis) Localizam-se nas fendas das mãos, no interior do folículo piloso e principalmente, em volta e sob as unhas Não são facilmente removidos São de baixa virulência (problemas com imunodeprimidos ou quando se realizam procedimentos invasivos) Podem ser inativadas por antissépticos Transitória: Bactérias Gram- e o estafilococo coagulase positiva (S. aureus) Superfície da pele, junto às gorduras e sujidades (contaminantes) Micro-organismos passageiros e viáveis apenas por um curto período de tempo Esta microbiota é frequentemente responsável pelas infecções hospitalares e contaminação de alimentos Pode ser reduzida com a lavagem básica das mãos. Higiene das mãos a) Lavar as mãos no início e fim dos trabalhos práticos. b) Lavar as mãos após o contato com materiais contaminados, tendo utilizado ou não luvas. c) Retirar adornos: anéis, pulseiras, relógios. TÉCNICA Lavagem básica: a) Abrir a torneira b) Ensaboar as mãos, punhos e antebraços, fazendo fricção por 30 segundos, especialmente entre os espaços interdigitais e unhas. c) Enxaguar com água corrente d) Secar com papel toalha e) Fechar a torneira com o próprio papel Antissepsia: Álcool 70% p/p ou 77% v/v, glicerinado, friccionando até secar espontaneamente. II. OBJETIVO Realizar a lavagem básica das mãos e antissepsia. III. MATERIAL Água corrente, sabão líquido e antisséptico ou degermante (PVPI), papel toalha. 3 NORMAS PARA A COLETA DE AMOSTRAS DE ÁGUA - Lavar as mãos. - Utilizar EPIs (máscara, touca e luvas) - Sempre que possível, verificar cloro (0,2 a 2,0 mg/L) e pH (6,0-9,5). - Utilizar recipiente de boca larga, estéril, com capacidade para 250 mL. - Não abrir os frascos até o momento da colheita. - Colher assepticamente 200 mL da amostra. - Os frascos para coleta de água clorada devem ser adicionados de tiossulfato de sódio (0,1 mL de solução a 1,8% (2%) para cada 100 mL de amostra). - Identificar a amostra. - Transporte: caixa isotérmica, “tipo isopor”, com gelo. - Tempo entre a coleta e o início das análises: até 24h para águas tratadas, 12h para águas não tratadas e 06 para águas muito poluídas (em refrigeração). - Ideal: 02h. Tipos de Coleta: 1 Torneira – Limpar a parte externa com etanol a 70% e flambar, deixar a água fluir por 2 a 3 minutos, coletar a amostra assepticamente. 2 Reservatórios – utilizar o próprio frasco de coleta com auxílio de uma pinça de braços longos. PIPETAGEM COM AUXÍLIO DE PERAS I. INTRODUÇÃO De acordo com as normas técnicas para prevenção da transmissão de doenças nos serviços de saúde (Ministério da Saúde, 1989), as pipetas mecânicas ou eletrônicas devem ser usadas de rotina, não sendo permitido pipetar material biológico com a boca. Água e os alimentos não representam materiais biológicos, porém podem estar contaminados com micro-organismos patogênicos. II. OBJETIVO Treinar pipetagens com auxílio de peras ou pipetas mecânicas (pipetador do tipo seringa). III. MATERIAL Pipetas, peras, béquer, água destilada e papel absorvente. 4 ANÁLISE BACTERIOLÓGICA DA ÁGUA 1 - CONTAGEM DE AERÓBIOS MESÓFILOS (CONTAGEM PADRÃO EM PLACA E SUBSTRATO DEFINIDO) I. INTRODUÇÃO Antigamente – aspectos físicos. Avanços da bacteriologia – prova concreta de que a água poderia veicular doenças. Doenças causadas por agentes físicos, químicos e microbianos. Doenças infecciosas e parasitárias. Via oral cólera, febre tifoide, febre paratifoide disenteria bacilar, disenteria amebiana hepatite infecciosa, poliomielite, helmintose, Tuberculose. Via cutânea esquistossomose, leptospirose conjuntivites, otites, micoses Ensaios: A pesquisa de agentes etiológicos não é usual / problemas. Indicadores de contaminação: Indicadores químicos: NH3, NO2. Indicadores biológicos: algumas bactérias ou grupos. Indicadores biológicos de contaminação da água: 1-Bactérias heterotróficas – aeróbias mesófilas 2-Coliformes totais e termotolerantes (fecais) 3-Enterococcus faecalis (Streptococcus faecalis) 4-Pseudomonas aeruginosa 5-Clostrídios sulfito-redutores CONTAGEM DE BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS (AERÓBIOS MESÓFILOS) Bactérias heterotróficas – utilizam nutrientes orgânicos e energia química derivada de reação de oxido- redução. Aeróbios mesófilos – micro-organismos heterotróficos aeróbios que crescem bem a uma temperatura média de 35ºC. Indicam a qualidade microbiológica da água e alimentos. Número elevado é sinal que podem existir bactérias patogênicas na água ou alimento analisado. Contagem de bactérias heterotróficas - determinação da densidade de bactérias que são capazes de produzir unidades formadoras de colônias (UFC), na presença de compostos orgânicos contidos em meio de cultura apropriada, sob condições pré-estabelecidas de incubação: 35,0, ± 0,5°C por 48 horas; Importância da quantificação das bactérias heterotróficas na água: Acusa um aumento repentino do nº de micro-organismos presente num poço ou manancial. Verifica a eficiência do tratamento da água (etapas/todo). Completa as informações sobre a qualidade da água de um novo manancial. Deve ser realizada em 20% das amostras do S.A.A. (sistema de abastecimento de água) colhidas mensalmente para a pesquisa de coliformes. O limite máximo aceitável é de 500 UFC/mL. Excedidas 500 unidades formadoras de colônia (UFC) por mL, devem ser providenciadas imediata recoleta, inspeção local e, se constatada irregularidade, outras providências cabíveis. Má qualidade sanitária da água Perigo de infecção. 5 II. OBJETIVO Realizar o exame bacteriológico da água através da: Contagem Padrão em Placa e Substrato Definido. 1-CONTAGEM PADRÃO EM PLACA (CPP): - Diluições seriadas 10-1, 10-2 e 10-3. - Diluente: Água peptonada a 0,1% ou Salina a 0,85%. - Inocular em profundidade por meio da técnica pour-plateem placas e adicionar o Ágar padrão ou nutriente. Depositar 1 mL do inóculo no centro da placa e adicionar 15 a 20 mL do meio de cultura fundido e resfriado a 45ºC. Realizar movimentos circulares, 8 a 10 vezes, a fim de homogeneizar o inoculo. Esperar aproximadamente 15 minutos para solidificar o ágar. Incubar as placas invertidas, em estufa bacteriológica a 35ºC/48h. Proceder a leitura e interpretação das mesmas. Material: Tubos de ensaios de tamanhos variados, placa de Petri, vidro com rolha esmerilhada para coleta de água, pipetas, bico de Bunsen, água peptonada estéril (ou Salina estéril). Meio de cultura: Ágar para contagem padrão (PCA). Método: Plaqueamento em profundidade (Pour-Plate). RESULTADO: CONCLUSÃO: ‘ 6 2- TECNOLOGIA DO SUBSTRATO DEFINIDO QUANTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS – ÁGUA SimPlate (IDEXX) O SimPlate também pode ser utilizado para contagem de bactérias heterotróficas em água. Esta metodologia baseia-se no do Substrato Definido, a qual detecta bactérias viáveis na água por meio de enzimas sabidamente presentes nesses micro-organismos. O SimPlate utiliza vários substratos combinados ao MUG para as múltiplas enzimas bacterianas, que produzem fluorescência quando metabolizados pelas bactérias heterotróficas presentes na água. A amostra e o sistema reagente são adicionados na placa SimPlate e incubados. Posteriormente, a leitura é feita com o auxílio de uma lâmpada de UV, verificando as cavidades fluorescentes. O número de cavidades fluorescentes deve ser correlacionado em tabela específica para a determinação do Número Mais Provável de bactérias heterotróficas /mL de amostra analisada. A técnica SimPlate corresponde à técnica da contagem padrão em ágar 35 – 37°C por 48 horas de incubação. Material: Tubos com o substrato definido para amostras de 10 mL Placas SimPlate estéreis Pipetas de 10 mL Incubadora Lâmpada UV (365nm e 6 Watts) Tabela específica Procedimento de análise: 1-Adicionar 10 mL de amostra ao tubo contendo o meio de cultura; 2-Transferir o conteúdo do tubo para o centro da placa SimPlate; 3-Fechar a placa e fazer movimentos circulares a fim de espalhar a amostra nas cavidades. Bolhas nas cavidades não interferem no resultado; 4-Inverter a placa e incubar a 35ºC por 48 horas; 5-Após 48 horas, retirar as placas da incubadora e contar as cavidades fluorescentes, colocando uma lâmpada de UV 365 nm sobre a placa; 6-Observar a contagem correspondente na tabela de conversão. Essa tabela é utilizada para corrigir a contagem em função do volume inicial de amostra, já que descartamos o excesso da mesma com o meio de cultura no algodão absorvente da placa. Observações: 1-Os procedimentos devem seguir técnicas assépticas; 2-Amostras contendo cloro devem ser tratadas com tiossulfato de sódio; 3-Caso seja necessário, os resultados podem ser lidos até 72 horas depois de iniciado a análise; 4-Depois da incubação, as placas podem conter bactérias viáveis, portanto devem ser esterilizadas; 5-Caso necessário, as amostras podem ser diluídas antes da análise, desde que se obtenha um volume final de 10 mL para se transferir para os tubos. O resultado lido na tabela deverá, portanto, ser multiplicado pelo inverso da diluição realizada; 6-O resultado obtido na tabela já está ajustado para 1 mL da amostra. Portanto, o resultado é o NMP/mL de amostra, com ou sem diluição. III. RESULTADO: IV. CONCLUSÃO: 1. No tubo de ensaio com o meio SimPlate for HPC, adicionar 10mL da amostra de água. Tampar e agitar para dissolver. 2. Colocar o conteúdo do tubo no centro da placa do SimPlate. 3. Fazer movimentos circulares, até que preencha todos as cavidades. 4. Inclinar a placa mais ou menos 120º, para verter o excesso no algodão absorvente. 5. Inverter a placa e incubar durante 24-48 h, 35±0,5 ºC. 6. Contar o número de cavidades que apresentar fluorescência sob lâmpada de U.V. 7. Consultar a tabela de N.M.P. do SimPlate, para encontrar o número de UFC de bactérias heterotróficas/mL de água. 1 2 2 - PESQUISA QUALITATIVA DE COLIFORMES TOTAIS E TERMOTOLERANTES Bacteriologia convencional para coliformes totais e termotolerantes: Ensaio presuntivo, prova de confirmação, prova completa. Enterobactérias Coliforme (fermentador) Não fermentador Bethesda Ballerupi 1. Coliformes coliformes totais (bactérias do grupo coliforme) - bacilos gram-negativos, aeróbios ou anaeróbios facultativos, não formadores de esporos, oxidase-negativos, capazes de desenvolver na presença de sais biliares ou agentes tensoativos que fermentam a lactose com produção de ácido, gás e aldeído a 35,0 ± 0,5 °C em 24-48 horas, e que podem apresentar atividade da enzima ß -galactosidase. A maioria das bactérias do grupo coliforme pertence aos gêneros Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários outros gêneros e espécies pertençam ao grupo; coliformes termotolerantes - subgrupo das bactérias do grupo coliforme que fermenta a lactose a 44,5 ± 0,2°C em 24 horas; tendo como principal representante a Escherichia coli, de origem exclusivamente fecal; Escherichia coli - bactéria do grupo coliforme que fermenta a lactose e manitol, com produção de ácido e gás a 44,5 ± 0,2°C em 24 horas; produz indol a partir do triptofano, oxidase negativa, não hidrolisa a uréia e apresenta atividade das enzimas ß galactosidase e ß glucoronidase, sendo considerada o mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual presença de organismos patogênicos; Vantagens: Encontram-se normalmente no intestino do homem e de animais de sangue quente (são eliminadas regularmente). Apresentam-se nas excretas, na proporção de 300 milhões de bactérias por grama. Apresentam-se em alta prevalência no esgoto, sendo prontamente isoladas em águas, recentemente poluídas por matéria fecal. São de fácil cultivo e identificação. Os testes necessários são de baixo custo. São mais resistentes na água que as outras bactérias patogênicas provenientes das fezes. Desvantagem: Reside na existência de coliformes termotolerantes (fecais) e ambientais, que devem ser diferenciados através de provas complementares. Etapas da pesquisa: Ensaio presuntivo para coliformes totais (Teste de Presença ou Ausência) Caldo lauril sulfato triptose ou Caldo lactosado (enriquecimento) Falso (+) bastonetes aeróbios Gram do gênero Bacillus Bastonetes anaeróbios Gram do gênero Clostridium Leveduras e fungos filamentosos Sinergismo microbiano. Ensaio confirmativo para coliformes totais: Meios seletivos e indicadores (Caldo lactosado Biliado Verde brilhante, Teague ou EMB e ENDO) Prova para coliformes termotolerantes (meios seletivos) Caldo E.C. ou C.L.A.B. Repicar as colônias do Teague ou ENDO, ou 1 a 2 alças de platina do C.L.B.V.B. para o E.C. e incubar em B.M. a 44,5º C por 24h. Dos coliformes, só os de origem fecal desenvolvem e produzem gás. 3 II- OBJETIVO: Realizar o ensaio presuntivo, confirmativo e completo para coliformes totais e termotolerantes (fecais) e deste modo, avaliar possível contaminação da água por matéria de origem fecal. III- MATERIAL E MÉTODO: Caldo lactosado, Caldo Lauril Sulfato Triptose, Caldo Lactosado Biliado Verde Brilhante, Endo- C Ágar, Teague e Caldo E.C. Método: Fermentação da Lactose e características das colônias. Caldo Lactosado Extrato de carne...................................3-5g Peptona ................................................... 5g Água destilada .................. ...............1000 mL Lactose: 1% Aquecer para dissolver, ajustar pH a 7,4 ou 7,6 e filtrar. Distribuir em tubos e esterilizar em autoclave a 121ºC - 20'. OBS : Atualmente, utiliza-se o Caldo lauril sulfato triptose (Caldo LST) Meio rico que facilita o crescimento de micro-organismos. Oferece a Lactose como fonte de carbono, e ainda o lauril sulfato que inibeconsideravelmente a microbiota acompanhante. Caldo Verde Brilhante Lactose Bile 2% (*Este meio já é fornecido desidratado) Peptona especial ................................. 10g Lactose ............................................... 10g Bile bovina dessecada ........................ 20g Verde brilhante ............................ 0,0133g Modo de preparo: dissolver 40g em 1 litro de água destilada. Autoclavar a 121ºC por 20'. Depois de esfriar, distribuir nos tubos. Endo-C Ágar Peptona de carne ................................ 10g Lactose ............................................... 10g Sulfite de sódio ................................. 2,5g Fucsina básica ................................... 0,4g Ágar..................................................20,0g Teague ou EMB Ágar simples ............................... 100 mL Preparar uma solução de lactose a 10% e Lactose ............................................... 1g* acrescentar ao meio depois de pronto. Eosina 2% ....................................... 2 mL Modo de preparo: autoclavar a 121ºC por 20’. Azul metileno 0,5%......................... 2 mL Distribuir em tubos. CaldoE.C. Triptose ......................................................... 20g Lactose ............................................................ 5g Sais biliares .................................................. 1,5g Fosfato dipotássico .......................................... 4g di-hidrogenofosfato de potássio ................... 1,5g Cloreto de sódio .............................................. 5g Este meio é fornecido desidratado. Modo de preparo: dissolver 37g em um litro de água destilada e autoclavar a 121ºC por 20 minutos. Distribuir em tubos. pH final 7,2. Observação: Na falta do caldo E.C., é possível substituí-lo pelo Caldo Lactosado Ácido Bórico. Caldo Lactosado Ácido Bórico (substitui o E.C.) Proteose peptona ........................................... 10g Lactose ............................................................ 5g Fosfato ácido de potássio (K2HPO4) ............ 3,5g Fosfato biácido de potássio (KH2PO4) ......... 1,5g Ácido bórico ............................................... 3,25g Modo de preparo: depois de adicionado em 1 litro de água destilada, autoclavar a 121ºC por 20’. Distribuir em tubos com o tampão manchado de azul, para que possa ser diferenciado do Caldo Lactosado Simples. RESULTADO: CONCLUSÃO: 5 3 IDENTIFICAÇÃO BIOQUÍMICA DE ENTEROBACTÉRIAS (PRESUNTIVO). I – IMVIC (Provas Presuntivas de Identificação). 1- Água de peptona – Indol Avalia a capacidade da bactéria em decompor o Aminoácido triptofano e produzir o Indol que é relevado pelo Reativo de Kovaks, dando cor rosada ou vermelha ao meio (anel do indol). – H2S Avalia a capacidade da bactéria em produzir H2S através da utilização de substratos que contém enxofre. É revelado pelo precipitado negro que se forma no papel impregnado de acetato de chumbo, acoplado a tampa rosqueada. 2- Clark Lubs (Caldo Glicosado) – VM / VP Cultiva-se a bactéria em caldo glicosado (Clark Lubs) por 4 dias a 37º C e pelas reações de VM e VP determina-se qual a via utilizada pelas bactérias para metabolizar a glicose: fermentação ácido mista VM ácidos + vermelho de metila vermelha (VM +) fermentação butileno – glicolítica VP (Voges Proskauer) Acetoína (neutra) + alfa naftol + KOH vermelho fluorescente “diacetila”. 3- Citrato de Simmons - Citrato Avalia a capacidade da bactéria em utilizar o citrato como única fonte de “C”. Esta bactéria precisa dispor da enzima citrato permease. O Citrato é transportado para dentro da célula e vai ser intermediário no ciclo de Krebs: Citrato Citrato permease Ác. pirúvico e CO2 CO2 + Na Na2CO3 do meio Alcaliniza o meio Verde Azul 6 7 Meios de Cultura e Reagentes 01 – Água de Peptona: Peptona .................................................. 15g Cloreto de sódio ....................................... 5g Água destilada ................................ 1000 mL Ajustar o pH entre 7,4 e 7,6. Distribuir em tubos e esterilizar a 121º C durante 15 minutos. 02 – Meio de Clarck & Lubs. Peptona ................................................. 0,5g Fosfato monoácido de potássio ............. 0,5g Água destilada .................................. 100 mL Autoclavar a 120º C durante 15 minutos. Deixar esfriar e acrescentar e 5 mL de solução de glicose a 10 % previamente esterilizada por filtração. Distribuir o meio em tubos de ensaio em porções de 10 mL. 03 – Ágar Citrato de Simmons. (Este meio é fornecido desidratado). Fosfato biácido de amônio ...................... 1g. Fosfato monoácido de potássio ............... 1g. Cloreto de sódio ...................................... 5g. Citrato de sódio ....................................... 2g. Sulfato de magnésio ............................. 0,2g. Azul de bromotimol ............................ 0.08g Ágar....................................................... 15g. Água destilada ............................... 1000 mL Fundir o ágar na água destilada. Dissolver os outros componentes e acertar o pH em 6,9. Distribuir o meio em tubos de ensaio em volume suficiente para uma placa de Petri. Autoclavar a 121º C por 15 minutos. 04 – Soluções de Barrit “A” . Alfa naftol ............................................... 5g. Álcool etílico absoluto ....................... 95 mL 05 – Solução de Barrit “B”. Hidróxido de potássio ........................... 40g. Creatina ................................................ 0,3g. Água destilada ................................. 100 mL Dissolver o hidróxido de potássio na água destilada. 06 – Solução de Vermelho de Metila Vermelho de metila ............................... 0,1g Álcool etílico 95 % .......................... 300 mL Água destilada ................................. 200 mL Dissolver o vermelho de metila no álcool. Acrescentar a água destilada. 07 – Reativo de Kovacs. Álcool amílico .................................... 75 mL p-dimetilaminobenzaldeído...................... 5g Ácido cloridrico concentrado ................. 25g Dissolver o p-dimetillaminobenzaldeído no álcool amílico e, a seguir acrescentar o ácido cloridrico. 08 – Tira de Papel de Filtro impregnada com solução saturada de Acetato de Chumbo. Preparar uma solução saturada de acetato de chumbo; Colocar as tiras de papel de filtro em uma placa de Petri grande e molhar as mesmas com a solução de acetato de chumbo. Levar a placa com as tiras para secar na estufa a 37º C. Transferir as tiras secas para um vidro com tampa de baquelite rosqueável (vidro de maionese). Autoclavar a 121º C por 15 minutos. 8 9 II - Outros meios: Meios c/ multiprovas bioquímicas Pessoa e Silva, BacTray e API 20E No Pessoa e Silva ou Rugai modificado: Técnica: Com a agulha de platina longa picar a colônia suspeita. A seguir, introduzir no tubo, de modo a perfurar a camada de separação até atingir o meio de cultura inferior do tubo. Voltar a semear em estrias na superfície inclinada do meio, tampar o tubo com o seu próprio tampão de algodão, incubar por 18-24h a 35-37º C. Após a incubação, proceder a identificação comparando o tubo com o quadro padrão de reações. Pode-se observar: Produção do indol Fermentação ou não da glicose e sacarose Produção de gás Hidrólise da Ureia (urease) Produção de H2S Desaminação do L – triptofano Descarboxilação da L – Iisina Motilidade Meio de Pessoa e Silva API BACTRAY 10 4 CONFECÇÃO DE LÂMINAS E COLORAÇÃO DE GRAM I. INTRODUÇÃO O Método de Gram tem como princípio a composiçãoda parede celular bacteriana. Bactérias Gram positivas (roxas) – espessa lâmina mucopeptídica (retém o iodopararrosanilina). Bactérias Gram negativas (vermelhas) – fina lâmina mucopeptídica e grande quantidade de lipídeos (retém a coloração de fundo). II. OBJETIVO Preparar as lâminas e proceder a coloração de Gram, a fim de comprovar morfológica e tintorialmente os micro-organismos isolados. III. MATERIAL Lâminas, suportes para lâminas, alças de platina, bico de Bunsen. Corantes: Cristal Violeta Fenicada, Lugol, Álcool a 95º C, Fucsina Diluída. MÉTODO: GRAM Corar 1 minuto com sol. de Cristal violeta fenicada. Escorrer o corante e cobrir com lugol durante 1minuto. Lavar a lâmina em um filete de água corrente. Diferenciar com álcool absoluto a 95º (tempo delicado). Lavar em um filete água corrente. Corar o fundo rapidamente com fucsina diluída (1/10). Lavar, secar e examinar. CORANTES: Cristal Violeta Fenicada: (Seg. Nicolle). Cristal violeta (ou violeta genciana) ........ 1g Álcool a 95º ................................. .......10 mL Fenol fundido ........................................... 2g Água destilada .................................. 100 mL Dissolver num Gral o corante no álcool. Adicionar aos poucos o ácido fênico, misturando sempre, de modo a obter uma mistura bem homogênea. Juntar a água, pouco a pouco, lavando o gral. Filtrar após 24 horas de repouso. Sol. de Lugol: Iodo .......................................................... 1g Iodeto Potássio ......................................... 2g H2O destilada ................................... 300 mL * Dissolver os dois sais normalmente com a água. Fucsina Fenicada (seg. Ziehl). Fucsina Básica ......................................... 1g Álcool a 95º ............................................ 10g Fenol Fundido .......................................... 5g H2O destilada ................................... 100 mL OBS: Compras: dar preferência para corantes não preparados a partir de fenol. RESULTADO CONCLUSÃO 11 5 PESQUISA QUANTITATIVA DE COLIFORMES TOTAIS E TERMOTOLERANTES 5.1- COLIMETRIA Determinação do Número Mais Provável de coliformes totais em 100 mL de Água (N.M.P.) I. INTRODUÇÃO Este método baseia-se no conhecimento do tipo de distribuição das bactérias suspensas num líquido e na teoria das probabilidades. O resultado (NMP) sai em função da combinação matemática do número de tubos positivos em cada diluição. Na tabela de Hoskins esses cálculos já estão prontos e basta comparar a combinação encontrada. Limite de confiança: 95%. A presença de coliformes na água indica poluição ou contaminação. A ausência é evidência de água bacteriologicamente segura. Lembretes: Água com cloro residual: tiossulfato de sódio a 10% (0,1 mL/100 mL de H2O). Água com metais pesados: EDTA a 15% (0,3 mL/100 mL de H2O); Legislação brasileira: Portaria 2914 de dezembro de 2011. II. OBJETIVO: Colimetria: Determinar o número mais provável de coliformes totais e termotolerantes (fecais) em 100 mL de água. III. MATERIAL: Bateria de 15 tubos de ensaio com tubos de Durhan, pipetas, bico de Bunsen e vidro com tampa esmerilhada para coleta de água. Meio de cultura: Caldo Lactosado Biliado Verde Brilhante Método: Fermentação dos tubos múltiplos IV. RESULTADO: V. CONCLUSÃO: Observação: o modo de preparo do meio de cultura utilizado nesta prática já se encontra descrito em aulas anteriores. 12 Após verificar os tubos de Caldo Lactosado Biliado Verde Brilhante, repicar os tubos com resultado positivo (turvação e produção de gás) em Caldo EC. Incubar a 44,5ºC, em banho-Maria, por 24h. Verificar o número de tubos positivos neste meio e prosseguir com a determinação do NMP/100 mL na mesma Tabela de Hoskins. 13 TABELA DE HOSKINS Tubos positivos NMP/ 100mL 10 1 0,1 0 0 0 <1.8 0 0 1 1.8 0 0 2 3,8 0 0 3 5,4 0 0 4 7,2 0 0 5 9 0 1 0 1,8 0 1 1 3,6 0 1 2 5,5 0 1 3 7,3 0 1 4 9,1 0 1 5 11 0 2 0 3,7 0 2 1 5,5 0 2 2 7,4 0 2 3 9,2 0 2 4 11 0 2 5 13 0 3 0 5,6 0 3 1 7,4 0 3 2 9,3 0 3 3 11 0 3 4 13 0 3 5 15 0 4 0 7,5 0 4 1 9,4 0 4 2 11 0 4 3 13 0 4 4 15 0 4 5 17 0 5 0 9,7 0 5 1 11 0 5 2 13 0 5 3 15 0 5 4 17 0 5 5 19 Tubos positivos NMP/ 100mL 10 1 0,1 1 0 0 2 1 0 1 4 1 0 2 6 1 0 3 8 1 0 4 10 1 0 5 12 1 1 0 4 1 1 1 6,1 1 1 2 8 1 1 3 10 1 1 4 12 1 1 5 14 1 2 0 6,1 1 2 1 8 1 2 2 10 1 2 3 12 1 2 4 15 1 2 5 17 1 3 0 8,3 1 3 1 10 1 3 2 13 1 3 3 15 1 3 4 17 1 3 5 19 1 4 0 11 1 4 1 13 1 4 2 15 1 4 3 17 1 4 4 19 1 4 5 22 1 5 0 13 1 5 1 15 1 5 2 17 1 5 3 19 1 5 4 29 1 5 5 24 Tubos positivos NMP/ 100mL 10 1 0,1 2 0 0 4,5 2 0 1 6,8 2 0 2 9,1 2 0 3 12 2 0 4 14 2 0 5 16 2 1 0 6,8 2 1 1 9,2 2 1 2 12 2 1 3 14 2 1 4 17 2 1 5 19 2 2 0 9,3 2 2 1 12 2 2 2 14 2 2 3 17 2 2 4 19 2 2 5 22 2 3 0 12 2 3 1 14 2 3 2 17 2 3 3 20 2 3 4 22 2 3 5 25 2 4 0 15 2 4 1 17 2 4 2 20 2 4 3 23 2 4 4 25 2 4 5 28 2 5 0 17 2 5 1 20 2 5 2 23 2 5 3 26 2 5 4 29 2 5 5 32 Tubos positivos NMP/ 100mL 10 1 0,1 3 0 0 7,8 3 0 1 11 3 0 2 13 3 0 3 16 3 0 4 20 3 0 5 23 3 1 0 11 3 1 1 14 3 1 2 17 3 1 3 20 3 1 4 23 3 1 5 27 3 2 0 14 3 2 1 17 3 2 2 20 3 2 3 24 3 2 4 27 3 2 5 31 3 3 0 17 3 3 1 21 3 3 2 24 3 3 3 28 3 3 4 31 3 3 5 35 3 4 0 21 3 4 1 24 3 4 2 26 3 4 3 32 3 4 4 36 3 4 5 40 3 5 0 25 3 5 1 29 3 5 2 32 3 5 3 37 3 5 4 41 3 5 5 45 Tubos positivos NMP/ 100mL 10 1 0,1 4 0 0 13 4 0 1 17 4 0 2 21 4 0 3 25 4 0 4 30 4 0 5 35 4 1 0 17 4 1 1 21 4 1 2 26 4 1 3 31 4 1 4 36 4 1 5 42 4 2 0 22 4 2 1 26 4 2 2 32 4 2 3 38 4 2 4 44 4 2 5 50 4 3 0 27 4 3 1 33 4 3 2 39 4 3 3 45 4 3 4 55 4 3 5 59 4 4 0 34 4 4 1 40 4 4 2 47 4 4 3 54 4 4 4 62 4 4 5 69 4 5 0 41 4 5 1 48 4 5 2 56 4 5 3 64 4 5 4 72 4 5 5 81 Tubos positivos NMP/ 100mL 10 1 0,1 5 0 0 23 5 0 1 31 5 0 2 43 5 0 3 58 5 0 4 76 5 0 5 95 5 1 0 33 5 1 1 46 5 1 2 63 5 1 3 84 5 1 4 110 5 1 5 130 5 2 0 49 5 2 1 70 5 2 2 94 5 2 3 120 5 2 4 150 5 2 5 180 5 3 0 79 5 3 1 110 5 3 2 140 5 3 3 180 5 3 4 210 5 3 5 250 5 4 0 130 5 4 1 170 5 4 2 220 5 4 3 280 5 4 4 350 5 4 5 430 5 5 0 240 5 5 1 350 5 5 2 540 5 5 3 920 5 5 4 1600 5 5 5 >1600 14 5.2-MEMBRANA FILTRANTE I. INTRODUÇÃO A técnica da filtração em membrana torna possível a determinação mais rápida das densidades de coliformes, utilizando maiores volumes de amostras do que no caso dos tubos múltiplos de fermentação. O processo fornece um resultado direto da concentração de bactérias, ao invés de uma estimativa matemática. Neste método, realiza-se uma filtração a vácuo, utilizando-se de membranas de filtro porosa, na qual as bactérias ficam retidas e serão cultivadas quando aderidas às placas com meios de cultura adequados. Poro da membrana: 0,45m / Bactérias: 0,8 a 11m Após a incubação, verifica-se o número de UFC/100 mL de água analisada. Pode ser realizado para os coliformes totais e para os Estreptococos fecais. O método tem grande utilidade na vigilância da água tratada. * LIMITAÇÕES PARA O MÉTODO: - Presença de turbidez (algas e outros materiais capazes de interferir na filtração). - Interferência de grande número de micro-organismos que não seja do grupo coliforme. * VANTAGENS: - Maior precisão que o N.M.P. (resultado direto); - Maior sensibilidade, permitindo examinar volumes maiores de água que o N.M.P; - Resultado em tempo mais curto; - Filtração da amostra no campo e envio da placa já com a membrana para o laboratório de referência. II. Objetivo Realizar o exame bacteriológico, qualitativo e quantitativo da água através da técnica da membrana filtrante. III. MATERIAL E MÉTODO Filtros de acetato de celulose, portas filtros, equipamentos para filtragens a vácuo (bomba de vácuo), placas de millipore, placa de Petricomum, vidro c/ rolha esmerilhada p/ coleta de água, pinças, lamparinas, álcool e membrana filtrante. Meios de cultura: ENDO-C-AGAR ou E.A.M. (Teague)= Cor Roxa / vinho acastanhado Enterococcus Agar = Cor Branco Amarelado (Estreptococos fecais). MÉTODO: Filtração à vácuo e bacteriologia. Observação importante: Sempre que mudar a amostra de água exame, deve-se lavar o porta-filtro c/ água destilada quente ou de preferência, utilizar outro porta-filtro, já esterilizado (Autoclave ou Ultravioleta). 15 16 MEIOS DE CULTURA: 01 – Endo-C-Agar: Modo de preparo, em aulas anteriores.(ou Teague ) 02 – Enterococus Agar: Triptose ................................................. 20 g Extrato de levedura ................................. 5 g Dextrose .................................................. 2 g Fosfato dipotássico.................................. 4 g Azida sódica ........................................ 0,4 g Ágar....................................................... 10 g 2,3,5-cloreto trifenil tetrazólio .............0,1 g * Este meio nos é fornecido desidratado: Modo de Preparo: Dissolver 42 g. em um litro de água destilada, aquecer em B.M. até ebulição. Após dissolvido, ajustar pH = 7,2, distribuir em placas. Observação: Após o crescimento das colônias e interpretação dos resultados, deve-se confeccionar lâminas (Gram), a fim de confirmar os resultados encontrados. IV. RESULTADO: IV. CONCLUSÃO: Observações: Finalidades da Pesquisa do Grupo Coliforme 1- Fazer o controle de qualidade de águas destinadas: a) ao abastecimento público (sem ou com simples desinfecção, ou após tratamento convencional); b) à irrigação de hortaliças e plantas; c) à recreação de contato primário (natação, esqui-aquático, mergulho); d) à piscicultura e a ostreicultura; e) à dessedentação de animais, f) ao abastecimento industrial (alimento, medicamento), g) ao abastecimento de serviços de saúde e de alimentação. 2 – Fazer o acompanhamento do ponto de vista bacteriológico, dos sistemas: produtor, distribuidor, de reservação e da rede de distribuição. 3 – Para localizar focos de contaminação e realizar sua consequente eliminação. Finalidades da pesquisa do grupo Enterococcus: Estreptococos (Streptococcus faecalis ou Enterococcus faecalis) Cocos Gram (+), geralmente ocorrem aos pares ou em cadeias curtas, crescem bem na presença de sais biliares, suportam bem a temperatura de 45ºC, produzem ácido a partir de glicose, lactose e do manitol. Vantagens: Fazem parte da microbiota intestinal normal Técnicas de cultivo são simples e de baixo custo Não se multiplicam de ordinário, fora do intestino Confirmam a origem fecal do coliforme São mais resistentes a ação do cloro. Desvantagem: Estão no intestino, em número inferior ao dos coliformes 17 5.3- SUBSTRATO CROMOGÊNICO DEFINIDO (COLILERT- IDEXX) Metodologia do Substrato Cromogênico para a determinação do número mais provável de coliformes totais e E. coli, semelhante à técnica descrita no Standard Methods for Examination of Water and Wastewater, 22ª edição. I- Introdução: O teste para coliformes através do substrato cromogênico utiliza substâncias cromogênicas hidrolisáveis para a detecção de enzimas dos coliformes. Quando a técnica cromogênica é usada, o grupo coliforme é definido por todas as bactérias possuidoras da enzima B-D-galactosidase e capazes de quebrar o substrato cromogênico. Ao contrário dos métodos de fermentação da lactose que permitem o crescimento de muitos micro-organismos aeróbios e eliminam ou suprimem alguns não coliformes por meio de substâncias químicas inibitórias, esta técnica contém nutrientes que são mais seletivos e específicos para crescimento de coliformes. O teste pode ser usado qualitativa ou quantitativamente e é atualmente, o 3º método de escolha para a determinação de coliformes totais, dependendo da origem da amostra. II- Princípio: Substratos cromogênicos, tal como o orto-nitro-fenil-B-D-galactopiranosídeo (ONPG), são usados para detectar a enzima B-D -galactosidase, a qual é produzida por bactérias coliforme totais. A enzima B-D-galactosidase hidrolisa o substrato (ONPG) e produz a mudança de cor, o que indica e comprova um teste positivo dentro de 24 a 28 horas. OBS: Bactérias não coliformes, tal como Aeromonas sp e Pseudomonas sp, que produzem pequenas quantidades da enzima, são suprimidas e não produzirão uma resposta positiva dentro de 28 horas, a menos que estejam presentes mais que 10.000 UFC/mL de amostra. Meio de cultura e seu mecanismo: O Sistema Colilert (IDEXX) é composto pelos substratos definidos como ONPG- MUG. Nutrientes para coliformes totais (ONPG): Açúcar: B-D-galactopiranosídeo Enzima: B-D-galactosidase Radical orgânico cromogênico: orto-nitro-fenil. Coliforme Total: hidrólise do ONPG, liberando o orto-nitro-fenol que apresenta coloração amarela; Nutrientes para E. coli (MUG): Açúcar: B-D-glucuronídeo Enzima: B-D-glicuronidase Radical orgânico cromogênico: 4-metil-umbeliferil E. coli: hidrólise do MUG, liberando o 4-metil-umbeliferone que produz fluorescência. III- Aplicações: O teste é recomendado para as análises de água tratada e água natural. Inicialmente, os laboratórios planejaram usar esse procedimento, procurando determinar se havia reprodutibilidade, quando comparado aos testes padrões, obtendo resultados satisfatórios. IV- Interferentes: Água natural contendo matéria orgânica ou apresentando cor: deve-se comparar as cartelas incubadas com cartelas contendo apenas a amostra. OBS: Não se usa o teste substrato cromogênico para identificar culturas presuntivas de coliformes ou colônias coliformes da membrana filtrante, porque o substrato pode ser parcialmente metabolizado pelo inóculo com produção de pequena quantidade de B-galactosidase produzida por não coliformes, causando falso positivo. 18 V- Material: Seladora Quanti-Tray; Cartelas Quanti-Tray: 51 cavidades: faz contagem direta até 200,5 NMP; 97 cavidades de dois tamanhos: faz contagem direta de até 2419 NMP. Frasco estéril de 100 mL para coleta de água; Frasconete com meio de cultura desidratado (contendo substrato ONPG-MUG); Incubadora a 35º C; lâmpada UV (365nm e 6 Watts); Tabela específica. VI- Técnica: Adicionar o conteúdo dos frasconetes (Colilert) em 100 mL da amostra; Agitar o frasco no mínimo25 vezes para homogeneizar micro-organismos, flagelos que poderiam estar aderidos ao frasco; Passar a mistura (100 mL da amostra + Colilert) para a cartela; Introduzir a cartela contendo a mistura na seladora para a selagem; Incubar a cartela por 24 a 28 horas a 35º C; Fazer a leitura sob luz natural e lâmpada UV. VII- Resultados: Célula transparente na cartela = Negativo para coliformes Totais e E. coli Célula amarela na cartela = Positivo para coliforme total Célula Fluorescente na cartela = Positivo para E. coli VIII- Vantagens do Método Colilert através da Cartela: Tempo de manipulação: 2 minutos; Detecção simultânea para coliforme total e E. coli; Resultados prontos em 24 horas; Resultados fáceis de serem interpretados e não necessitam de confirmação; Detecção de um único organismo em 100 mL de amostra; Recupera as bactérias lesadas e estressadas. IX- RESULTADO: X- CONCLUSÃO: 19 20 21 6 EXAME BACTERIOLÓGICO DOS UTENSÍLIOS DE MESA E DAS MÃOS I. INTRODUÇÃO Muitas vezes adquirimos doenças através dos utensílios que utilizamos e/ou dos manipuladores de alimentos. Por isso são muito importantes: Educação Sanitária, Legislação e fiscalização. Mãos e utensílios fazem parte da cadeia esquemática de transmissão de doenças. Micro-organismos oriundos das vias aéreas excretas pele Mãos Profissionais de saúde/ Manipuladores de alimentosDOENÇAS Artigos Superfície, equipamentos e Utensílios de mesa Mãos: 1848 Semmelweis – importância da lavagem das mãos. Microbiota: Residente: bactérias Gram, que não são facilmente removíveis, entretanto podem ser reduzidas por antissépticos. Localizam-se nas fendas das mãos, no interior do folículo piloso e principalmente em volta e sob as unhas. São de baixa virulência. (problema: imunodeprimidos em procedimentos invasivos) Transitória: bactérias Gram e o estafilococo, que são passageiras e viáveis apenas por um curto período de tempo. Superfície da pele, junto às gorduras e sujidades (contaminantes). Esta microbiota é frequentemente responsável pelas infecções hospitalares e pode ser reduzida com a lavagem básica das mãos. Profilaxia das doenças veiculadas pelas mãos: Educação sanitária e treinamento Exame de saúde Observação da GMP, regras básicas de higiene pessoal e do meio ambiente (lavagem das mãos, uso de luvas, acondicionamento e destino correto do lixo...) Lavagem das mãos: Básica: água corrente e sabão Básica + antissepsia: água corrente e sabão; antisséptico ou degermante. Materiais necessários: Sabões; Sabonete; Sabão/sabonete antimicrobiano (barra pequena); Sabão líquido Antissépticos Água corrente (torneiras sensíveis a aproximação, de único toque, acionadas com o joelho) Papel toalha Lixeira com pedal Antissépticos a. Soluções degermantes: PVPI a 10% (1% de iodo livre). Clorexidina a 4% (4% de álcool etílico) b. Soluções alcoólicas para antissepsia das mãos Álcool iodado a 0,5% ou 1%, com ou sem 2% de glicerina Álcool etílico a 77% v/v, com ou sem 2% de glicerina 22 LAVAGEM DAS MÃOS NA ÁREA DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS: Para higienização das mãos nas áreas de processamento de produtos crus e cozidos, são necessários: Sabonete líquido + antisséptico ou degermante Papel toalha Lixeira com pedal Torneira com água potável. Frequência: Os funcionários devem lavar as mãos sempre que: Chegar ao trabalho Utilizar sanitários Tossir, espirrar, assoar o nariz Utilizar panos de limpeza Fumar Recolher lixo e outros resíduos Tocar em sacarias, caixas, garrafas e sapatos Tocar em alimentos não higienizados ou crus Pegar em dinheiro Houver interrupção do serviço Ao iniciar um novo serviço Antes de tocar em utensílios higienizados Antes de colocar luvas Técnica: Lavar mãos e antebraços, friccionando-os por pelo menos 1 minuto. PROCESSAMENTO DE UTENSÍLIOS DE MESA: Padrões americanos (EUA/Canadá) - é permitido no máximo 100 bactérias/utensílio de mesa. Profilaxia – técnicas. Lavagem com água e sabão Enxágue Desinfecção dos utensílios Física: calor – água fervente ou a 80°C por 15’ Máquina de lavar louças: Lavagem: 55 a 65°C Enxágue: 80 a 90°C. Química Cloro a 1% por 30’ e enxágue Cloro a 0,02% por 60’ e secar. Álcool 70% - friccionar e deixar secar espontaneamente. OBJETIVOS: Verificar a presença de contaminação bacteriana nas mãos e utensílios de mesa através do exame bacteriológico dos mesmos. Avaliar a importância da lavagem correta das mãos. II. MATERIAL Utensílios de mesa, mãos de voluntários, tubos de ensaios e de Durhan, estantes, estufa a 37ºC, pipetas, tubos com 9 mL de água destilada fosfatada estéril, placas de Petri, zaragatoa estéril, béquer, tubos de ensaio com 4 mL de água tamponada fosfatada estéril e bico de bunsen. 23 Meios de cultura: Ágar Simples, Caldo Lactosado ou LST e Caldo Glicose Azida. (PCA) Ágar para a contagem padrão e Caldo Lactosado – preparo – aulas anteriores Caldo Glicose Azida Extrato de carne....................4,8g Peptona ..................10g Caseína…………………15g Glicose………………….7,5g NaCl................................7,5 Azida sódica...................0,2g Se os Estreptococos estiverem presentes – ocorre turvação do meio com viragem de cor (roxo- amarelo) e surgimento de precipitado branco. Para dar continuidade pode-se utilizar do caldo etil violeta azida. Método: diluição seriada, fermentação e plaqueamento em profundidade. III. RESULTADO IV. CONCLUSÃO Obs: acrescentar púpura de bromocresol.........0,013g 24
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