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APG 21 - Emoção

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Carolina R. Dobrotinic
APG 21 SOI V
Emoção
Objetivos:
1. Analisar a anatomopsicologia da emoção
2. Conhecer os tipos de emoções e suas
alterações
3. Listar as alterações psicopatológicas das
emoções e dos sentimentos
4. Conceituar afetividade, vivência afetiva e
suas alterações
5. Definir vontade e iniciativa do agir e suas
alterações (impulso, conação,
compulsão…)
Anatomo psicologia da emoção
Dixon argumentam que não é mais possível
discutir a relação entre córtex pré-frontal e o
sistema límbico em termos dicotômicos, ou seja:
emoção versus cognição, tanto ao se considerar
o cérebro em sua estrutura anatômica quanto à
sua conectividade funcional, e sim como “uma
convergência de processos emocionais e
cognitivos dentro de sub-regiões múltiplas do
córtex pré-frontal”
Ainda conforme Gallardo (2019), o sistema
límbico apresenta uma grande quantidade de
estruturas neuronais encarregadas de regular as
emoções por meio dos neurotransmissores.
A anatomia e as estruturas do sistema límbico
são formadas por:
Hipocampo, que está relacionado com a
transformação da memória recente pela
memória de longo prazo e a memória
autobiográfica.
Amígdala ou Amígdala Cerebral, é uma massa de
neurônios em forma de uma amêndoa localizada
em um dos lóbulos temporais. Essa zona do
sistema límbico está relacionada com a formação
e o armazenamento de memória associada a
feitos e acontecimentos que nos produziram
fortes emoções. Se diz que a amígdala cerebral é
a sede de todas as emoções.
O tálamo é definido como a estrutura cerebral
situada em cima do hipotálamo. Todos os
estímulos sensoriais (menos o olfato) passam
por essa região do nosso sistema límbico para
depois se derivar a zonas mais específicas. Essa
parte do nosso cérebro tem a função principal de
se comportar como núcleo de conexão e
associação de estímulos e informação de caráter
emocional.
Já o hipotálamo é um pequeno elemento de
nosso sistema nervoso emocional, mas que
possui muitas funções neuroniais. A função do
hipotálamo é a de gerir e coordenar o equilíbrio
do nosso corpo. Esse equilíbrio é conhecido
como hometostase e é o processo mediante o
qual nos regulamos e podemos nos manter
estáveis. Recentemente descobriu-se que o
hipotálamo também percebe os níveis de uma
proteína chamada leptina quando comemos
muito e, como resposta a outros níveis, diminui
o nosso apetite. Ela também regula condutas tais
quais os ciclos do sono e o mantimento da
temperatura corporal.
Gânglios da base: participam de forma indireta
no sistema nervoso emocional, estes se
encarregam de gerir nossas respostas motoras
(gestos ou expressões) relacionadas aos estados
emocionais produzidos pelas outras partes do
sistema límbico.
Funções executivas se referem a um conjunto de
habilidades responsáveis pelo controle top-down
do comportamento. Ou seja, essas habilidades
atuam no controle e na regulação de outros
processos comportamentais, o que inclui
cognição e emoção, e são requeridas sempre
que o indivíduo se engaja em tarefas ou
situações novas, para as quais não possui um
esquema comportamental prévio ou
automatizado, bem como na resolução de
problemas e no estabelecimento de objetivos,
sendo fundamentais ao seu funcionamento
adaptativo no dia a dia
Ver última página
Tipos de emoção
Emoções positivas seriam aquelas que
promovem o bem-estar, favorecem a
socialização e resultam geralmente de
gratificações quando um desejo ou necessidade
é satisfeito.
Emoções negativas se relacionariam com as
sensações de repulsa, raiva e agressividade, que,
por sua vez, resultam ou interferem nas
desavenças nas relações interpessoais.
Particularmente, no caso de sistemas com
polaridade afetiva, o RDoC sugere que sejam
organizados dois grandes grupos de construtos:
os sistemas de valência negativa e os de valência
positiva.
Os sistemas de valência negativa incluem, por
exemplo, respostas a situações aversivas, como
resposta a ameaça aguda ou medo, reposta a
ameaça potencial ou ansiedade, resposta a
ameaça constante, experiências de perda e não
recompensa frustrante.
Os sistemas de valência positiva incluem
respostas anímicas e comportamentais positivas,
como motivação para a aproximação, avaliação
de recompensas, aprendizado positivo de
recompensas ou de hábitos que liberem outros
recursos psíquicos, como, por exemplo, recursos
cognitivo
➔ Emoções universais, primárias ou básicas
A partir dessa concordância, chegou à conclusão
de que haveria comportamentos faciais
específicos universalmente associados às
emoções, também específicas; ou seja, era
possível demonstrar empiricamente a existência
de emoções universais.
Ao final, concluíram que seriam seis as emoções
humanas básicas e universais: alegria, tristeza,
medo, raiva, nojo (aversão ou repugnância) e
surpresa
Nos anos de 1990, Ekman reavaliou sua teoria
das seis emoções universais, ampliando-as para
onze: culpa, orgulho, vergonha, desprezo,
contentamento, constrangimento, diversão ou
divertimento (amusement), excitação, satisfação,
prazer sensorial e alívio
➔ Emoções secundárias ou sociais (não
universais)
Nesse grupo, está reunido um conjunto extenso
de emoções, em geral mais complexas do ponto
de vista psicológico e neuropsicológico, mais
aprendidas socialmente e mais variáveis entre os
subgrupos culturais. Elas seriam construídas
com mesclas de emoções de fundo, emoções
primárias e outras emoções sociais.
Como exemplos de emoções sociais, ou
secundárias, podem ser citados vergonha, culpa,
remorso, simpatia, compaixão, embaraço,
orgulho, ciúmes, inveja, gratidão, admiração,
submissão, indignação e desprezo.
➔ Emoções de fundo
Segundo proposta de António Damásio, emoções
de fundo são estados basais (mais basais,
inclusive, do que o humor, ou estado de ânimo)
que constituem uma espécie de colorido do
estado afetivo de uma pessoa. Sensações de bem
ou de mal-estar, sensação de fadiga, lassidão, de
ter mais ou menos energia, são citadas como
emoções de fundo.
➔ Emoções não conscientes
Emoções não conscientes (ENCs) são aquelas
cujos processamentos incluem fenômenos
automáticos, não controlados e ultrarrápidos que
ocorrem sem que haja tomada de consciência
pelo indivíduo que as experimenta.
Apesar da total não consciência da ENC, os
sujeitos avaliados revelam mudanças em
parâmetros neurofisiológicos observados em
geral com experiências emocionais vividas
conscientemente. Faces emocionalmente
carregadas mudam sensivelmente os parâmetros
neurofisiológicos mais do que as neutras. Assim,
nos experimentos, os sujeitos apresentam os
parâmetros neurofisiológicos da vivência
consciente, mas, de fato, tiveram uma ENC
(verificada pelos testes mencionados).
Alterações fisiológicas da emoção
e sentimentos
● Medo
Nos humanos, o medo é um estado de
progressiva insegurança e angústia, de
impotência e invalidez crescentes, ante a
impressão iminente de que sucederá algo que o
indivíduo quer evitar, o que progressivamente se
considera menos capaz de fazer.
Mira y López divide o medo em seis fases, de
acordo com o grau de extensão e intensidade
que nele alcançam as manifestações de
inativação. São elas:
Prudência
Cautela
Alarme
Ansiedade
Pânico (medo intenso)
Terror (medo intensíssimo)
● Fobias
São medos determinados psicopatologicamente,
desproporcionais e incompatíveis com as
possibilidades de perigo real oferecidas pelos
desencadeantes, chamados de objetos ou
situações fobígenas.
A fobia simples é o medo intenso e
desproporcional de determinados objetos,
geralmente pequenos animais (barata, sapo,
cachorro, etc.). Já a fobia social é o medo de
contato e interação social
Por sua vez, a agorafobia é o medo de espaços
amplos e de aglomerações, como estádios,
cinemas, supermercados. Inclui-se na
agorafobia o medo de ficar retido em
congestionamentos. Já a claustrofobia é o medo
de entrar (e ficar preso) em espaços fechados
● Pânico: crises de pânico e transtorno de
pânico
O pânico se manifesta praticamente sempre
como crises de pânico. Estas são crises agudas e
intensas de ansiedade, acompanhadas por medo
intenso de morrer ou deperder o controle e de
acentuada descarga autonômica (taquicardia,
sudorese, etc.).
As crises caracterizam-se pelo início abrupto de
uma sensação de grande perigo e desejo de fugir
ou escapar da situação.
● Ciúme
O ciúme é um fenômeno emocional complexo no
qual o indivíduo sente receio, medo, tristeza ou
raiva diante da ideia, sensação ou certeza de que
a pessoa amada gosta mais de outra pessoa (ou
objeto) e pode abandoná-lo ou preteri-lo. O
ciúme de intensidade extrema, desprovido de
crítica, é difícil de ser diferenciado do delírio de
ciúmes
● Inveja
A inveja, por sua vez, é a sensação de
desconforto, raiva e angústia diante da
constatação de que outra pessoa possui objetos,
qualidades, relações que o indivíduo gostaria de
ter, mas não tem.
● Apatia
É a diminuição da excitabilidade emocional. Os
pacientes queixam-se de não poder sentir nem
alegria, nem tristeza, nem raiva, nem nada...
Como uma síndrome específica, a apatia também
é definida como o conjunto de déficits ou
redução motivacional em comportamentos
dirigidos a objetivos. Há perda da motivação
emocional para buscar e alcançar objetivos
desejados.
● Sentimento de falta de sentimento
É a vivência de incapacidade para sentir
emoções, experimentada de forma muito penosa
pelo indivíduo. Trata-se de um sentimento
claramente percebido pelo paciente, que se
queixa de sentir-se intimamente morto ou em
estado de vazio afetivo. Diferentemente da
apatia, o sentir o “não sentir” é vivenciado com
muito sofrimento, como uma tortura. Pode
ocorrer em quadros depressivos graves.
● Anedonia
É a incapacidade total ou parcial de obter e
sentir prazer com determinadas atividades e
experiências da vida. O indivíduo relata que,
diferentemente do que ocorria antes de adoecer,
agora não consegue mais sentir prazer sexual,
não consegue desfrutar de um bom papo com os
amigos, de um almoço gostoso com a família, de
um bom filme, etc
● Indiferença afetiva e “bela indiferença”
Trata-se de certa frieza afetiva incompreensível
diante dos sintomas que o paciente apresenta (p.
ex., paralisia psicogênica das pernas,
somatizações, perdas psicogênicas da voz, da
visão, etc.), uma frieza e uma indiferença que
parecem indicar que, no fundo (de forma
inconsciente), o paciente sabe que seus
sintomas são psicogênicos e potencialmente
reversíveis
● Labilidade afetiva e incontinência afetiva
Encontradas em amplo número de quadros
psicopatológicos, labilidade e incontinência
afetiva são os estados nos quais ocorrem
mudanças súbitas e imotivadas de humor,
sentimentos ou emoções.
Na labilidade afetiva, o indivíduo oscila de forma
abrupta, rápida e inesperada de um estado
afetivo para outro. O paciente está falando de
algo ameno e começa a chorar, passando, logo a
seguir, a sorrir de forma tranquila, e daí a pouco
volta a chorar.
Na incontinência afetiva, o indivíduo não
consegue conter de forma alguma sua reação
afetiva. A resposta afetiva ocorre geralmente em
consequência a estímulos apropriados, mas é
sempre muito desproporcional.
Alterações psicopatológicas da
afetividade
➔ Alterações do humor
❖ Distimia
Distimia, em psicopatologia, é o termo que
designa a alteração básica do humor, tanto no
sentido da inibição como no sentido da
exaltação.
❖ Disforia
O termo disforia, por sua vez, diz respeito à
distimia acompanhada de uma tonalidade afetiva
desagradável, mal-humorada. Quando se fala em
depressão disfórica ou mania disfórica, está
sendo designado um quadro de depressão ou de
mania acompanhado de forte componente de
irritação, amargura, desgosto ou agressividade.
❖ Hipotimia e hipertimia
Os dois polos básicos das alterações do humor,
ou timopatias, são o depressivo, ou hipotímico, e
o maníaco, ou hipertímico.
Assim, hipotimia refere-se à base afetiva de todo
transtorno depressivo.
Por sua vez, o termo hipertimia (ou distimia
hipertímica) refere-se a humor patologicamente
alterado no sentido da exaltação e da alegria.
❖ Euforia
No espectro maníaco, o termo euforia, ou alegria
patológica, define o humor morbidamente
exagerado, no qual predomina um estado de
alegria intensa e desproporcional às
circunstâncias. Já no estado de elação, há, além
da alegria patológica, a expansão do Eu, uma
sensação subjetiva de grandeza e de poder.
❖ Puerilidade
A puerilidade é uma alteração do humor que se
caracteriza pelo aspecto infantil, simplório,
regredido. O indivíduo ri ou chora por motivos
banais; sua vida afetiva é superficial, sem afetos
profundos, consistentes e duradouros.
❖ Moria
Assemelhando-se à puerilidade, a moria é uma
forma de alegria muito pueril, ingênua, boba,
que ocorre principalmente em pacientes com
lesões extensas dos lobos frontais, em pessoas
com deficiência mental e naquelas com quadros
demenciais acentuados.
❖ Êxtase
No estado de êxtase, há uma experiência de
beatitude, uma sensação de dissolução do Eu no
todo, de compartilhamento íntimo do estado
afetivo interior com o mundo exterior, muitas
vezes com colorido hipertímico e expansivo.
❖ Irritabilidade patologica
Já na irritabilidade patológica, há
hiper-reatividade desagradável, hostil e,
eventualmente, agressiva a estímulos (mesmo
leves) do meio exterior. Qualquer estímulo é
sentido como perturbador, e o indivíduo reage
prontamente de forma disfórica.
❖ Catatimia
Denominou catatimia a importante influência
que a vida afetiva, sobretudo o estado de humor
(mas também as emoções, os sentimentos e as
paixões), exerce constantemente sobre as
demais funções psíquicas
A atenção é captada, dirigida, desviada ou
concentrada em função do valor afetivo de
determinado estímulo; a vivência do tempo
oscila segundo o colorido afetivo do estado
emocional no qual estamos; a memória é
altamente detalhada ou muito pobre dependendo
do significado afetivo dos fatos ocorridos; a
sensopercepção pode se alterar em função de
estados afetivos intensos, desencadeando,
inclusive, alucinações em pessoas com psicoses.
Nossos pensamentos e decisões tendem a seguir
os imperativos de emoções e sentimentos, sejam
eles conscientes, sejam não conscientes.
❖ Ansiedade
A ansiedade é definida como estado de humor
desconfortável, apreensão negativa em relação
ao futuro, inquietação interna desagradável.
❖ Angústia
O termo “angústia” relaciona-se diretamente à
sensação de aperto no peito e na garganta, de
compressão, de sufocamento. Assemelha-se
muito à ansiedade, mas tem conotação mais
corporal e mais relacionada ao passado.
Angústia de castração
Seria o medo de perder ou ferir os genitais
Angústia de morte ou de aniquilamento
Ansiedade depressiva
Tal ansiedade é vivida por um sujeito que teme
perder seus objetos bons; teme que estes
(internalizados ou reais, externos ou internos)
sejam destruídos ou desintegrados, juntamente
com seu próprio Eu.
Ansiedade persecutória ou paranoide
Angústia de separação
Seriam as reações emocionais vividas pela
criança quando separada da mãe
Angústia existencial
O ser humano se angustia diante de algumas
situações existenciais inescapáveis da vida
Ansiedade de desempenho
Ansiedade antecipatória
Afetividade e vivência afetiva
A vida afetiva é a dimensão psíquica que dá cor,
brilho e calor a todas as vivências humanas. Sem
afetividade, a vida mental torna-se vazia, sem
sabor. “Afetividade” é um termo genérico, que
compreende várias modalidades de vivências
afetivas, como o humor, as emoções e os
sentimentos.
Embora seja controversa a ordenação das
experiências da vida afetiva, na tradição
psicopatológica distinguem-se cinco tipos
básicos de vivências afetivas:
1.Humor ou estado de ânimo
2.Emoções
3.Sentimentos
4.Afetos
5.Paixões
Humor ou estado de ânimo
O humor, ou estado de ânimo, é definido como o
tônus afetivo do indivíduo, o estado emocional
basal e difuso em que se encontra a pessoa em
determinado momento. É a disposição afetiva de
fundo que penetra toda a experiência psíquica, a
lente afetiva que dá às vivências do sujeito, a
cada momento, uma cor particular, ampliando
ou reduzindo o impacto das experiências reais e,
muitas vezes, modificando a natureza e o sentido
das experiênciasvivenciadas.
Emoções
As emoções podem ser definidas como reações
afetivas momentâneas, agudas, desencadeadas
por estímulos significativos. Assim, a emoção é
um estado afetivo intenso, de curta duração,
originado geralmente como reação do indivíduo
a certas excitações internas ou externas,
conscientes, não conscientes ou inconscientes.
Sentimentos
Os sentimentos são estados e configurações
afetivas estáveis; em relação às emoções, são
mais atenuados em sua intensidade e menos
reativos a estímulos passageiros. Os sentimentos
estão comumente associados a conteúdos
intelectuais, valores, representações e, em geral,
não implicam concomitantes somáticos.
Constituem fenômeno muito mais mental do que
somático.
Afetos
Define-se afeto como a qualidade e o tônus
emocional que acompanham uma ideia ou
representação mental. Os afetos acoplam-se a
ideias, anexando a elas um colorido afetivo.
Seriam, assim, o componente emocional de uma
ideia. Em acepção mais ampla, usa-se também o
termo “afeto” para designar, de modo
inespecífico, qualquer estado de humor,
sentimento ou emoção.
Paixões
A paixão é um estado afetivo extremamente
intenso, que domina a atividade psíquica como
um todo, captando e dirigindo a atenção e o
interesse do indivíduo em uma só direção,
inibindo os demais interesses. Nessa linha, para
Pieron, a paixão intensa impede o exercício de
uma lógica imparcial.
Vontade e agir
A vontade, ou volição, é uma dimensão complexa
da vida mental, relacionada intimamente com as
esferas instintiva, afetiva e intelectiva (que
envolve avaliar, julgar, analisar, decidir), bem
como com o conjunto de valores, princípios,
hábitos e normas éticas socioculturais do
indivíduo.
O ato volitivo é traduzido pelas expressões
típicas do “eu quero” ou do “eu não quero”, que
caracterizariam a vontade humana sensu stricto.
O ato volitivo se dá, de forma geral, como um
processo, o chamado processo volitivo, no qual
se distinguem quatro etapas ou momentos
fundamentais e, em geral, cronologicamente
seguidos.
Processo volitivo
1.A fase de intenção ou propósito, na qual se
esboçam as tendências básicas do indivíduo,
suas inclinações e interesses. Nesse momento,
impulsos, desejos e temores inconscientes
exercem influência decisiva sobre o ato volitivo,
muitas vezes imperceptíveis para o próprio
indivíduo.
2.A fase de deliberação, que diz respeito à
ponderação consciente, levando-se em conta
tanto os motivos como os móveis implicados no
ato volitivo. O indivíduo faz uma análise básica
do que seria positivo ou negativo, favorável ou
desfavorável, benéfico ou maléfico em sua
decisão. É um momento de apreciação,
consideração dos vários aspectos e das
implicações de determinada decisão.
3.A fase de decisão propriamente dita é o
momento culminante do processo volitivo,
instante que demarca o começo da ação, no qual
os móveis e os motivos vencidos dão lugar aos
vencedores.
4.A fase de execução constitui a etapa final do
processo volitivo, na qual os atos psicomotores
simples e complexos, decorrentes da decisão,
são postos em funcionamento, a fim de realizar e
consumar aquilo que mentalmente foi decidido e
aprovado pelo indivíduo.
Alterações da vontade
● Hipobulia/abulia
Pacientes com hipobulia/abulia apresentam
diminuição ou até abolição da volição. O
indivíduo refere que “não tem vontade para
nada”, sente-se muito desanimado, sem forças,
sem energia.
● Atos impulsivos
São uma espécie de curto circuito do ato
voluntário, um salto da fase de intenção à fase de
execução.
● Atos compulsivos (ou compulsão)
Os atos compulsivos, ou compulsões, diferem
dos atos impulsivos por serem reconhecidos
pelo indivíduo como indesejáveis e inadequados,
assim como pela tentativa de refreá-los ou
adiá-los.
● Negativismo
É a oposição do indivíduo às solicitações do
meio ambiente. Verifica-se uma resistência
automática e obstinada a todos ou quase todos
os pedidos que os profissionais da saúde ou a
família fazem ao paciente.
● Obediência automática
É o oposto do negativismo. Nesse caso, o
paciente obedece automaticamente
● Fenômenos em eco (ecolalia, ecopraxia,
ecomimia, ecografia)
Nesse caso, o indivíduo repete de forma
automática, durante a entrevista (mas também
em outras situações), as últimas palavras ou
sílabas do entrevistador (ecolalia), seus atos ou
gestos (ecopraxia), reações mímicas ou escrita.
Os fenômenos em eco revelam acentuada perda
do controle da atividade voluntária e sua
substituição por atos automáticos, sugeridos
pelo ambiente circundante.
● Automatismos
O termo “automatismo” apresenta alguns
significados diferentes, que, embora parecidos,
têm algumas especificidades. Por um lado,
refere-se aos sintomas psicomotores
automáticos (movimentos de lábios, língua e
deglutição, abotoar/desabotoar a roupa,
deambular a esmo, etc.) associados a crises
epilépticas, geralmente do tipo parcial
complexa.

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