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WBA0422_v1.0 MARKETING E PUBLICIDADE EM MÍDIAS SOCIAIS APRENDIZAGEM EM FOCO 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Kátia Raquel Bonilha Keller Leitura crítica: Patrícia Natividade Baptista Bem-vindos à disciplina Marketing e Publicidade em Mídias Sociais. Seu conteúdo abrange pontos importantes dessa vasta área, que sofreu grandes mudanças em decorrência das novas tecnologias e de uma sociedade muito mais complexa e transformada. Você vai visitar o universo do marketing e conhecer um pouco mais os impactos da contemporaneidade no comportamento do consumidor. Serão apresentados também os desafios do marketing digital para o alcance de resultados. Além disso, estudará a importância do Google Analytics nesse contexto, ferramenta altamente relevante para a obtenção do sucesso das ações do marketing digital. O conteúdo também trará os conceitos de objetivos, metas e estratégias em marketing, e modelos para a organização de estratégias e ações em marketing digital. Será apresentado a você o modelo das sete estratégias, proposto por Torres e centrado no comportamento do consumidor. Além disso, será apontada a importância do plano de negócio para uma empresa, do qual faz parte o planejamento estratégico de marketing e seu plano de comunicação, com a previsão de ações táticas, que abrangem o digital. Este conteúdo também trata da relação das marcas e suas personas, passando pelos conceitos de identidade digital, cultura e estratégias digitais. Ao final, serão apontadas as atuais tendências de peças de campanhas para mídias sociais. Bom estudo! 3 INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! TEMA 1 Marketing digital: o novo consumidor nas redes sociais ______________________________________________________________ Autoria: Kátia Raquel Bonilha Keller Leitura crítica: Patrícia Natividade Baptista 5 DIRETO AO PONTO Muito provavelmente, você não escapou dos encantos das novas tecnologias contemporâneas e tornou-se, sem perceber, um internauta “de carteirinha”, que se socorre no Google para as mais variadas buscas de produtos, serviços e entretenimento – como vídeos do YouTube e games –, sem contar o pertencimento a algumas mídias sociais, como Facebook e Instagram. Possivelmente, está presente no LinkedIn e usa frequentemente o WhatsApp. O e-commerce facilitou absurdamente a sua vida, pois pesquisa amplamente antes de realizar uma compra segura e pode comparar preços e verificar a idoneidade das empresas vendedoras. Os bancos possuem aplicativos e podem ser acessados com tranquilidade do seu smartphone, para verificação de extratos de contas e cartões de crédito, realização de pagamentos e transferências, solicitação de empréstimos e até mesmo para falar com seu gerente, como ocorre com o Banco do Brasil. Você deve ser usuário do Google Maps ou Waze para ser conduzido a locais desconhecidos, mas pode preferir chamar um Uber ou um táxi via aplicativo também. Enfim, os indivíduos estão, atualmente, imersos e dependentes de todas essas facilidades advindas dos progressos tecnológicos. Tudo isso faz parte do cotidiano, e quando o WhatsApp fica um tempo fora do ar, leva muitos a grande ansiedade. Fotos são captadas de celulares e compartilhadas, negócios são fechados a distância. Ora, se o macrocenário muda, a sociedade se transforma e seus membros já não são mais seduzidos pelas mesmas fórmulas e pelos mesmos discursos. A informação de qualidade está a um 6 clique e a disseminação de fake news (notícias falsas), por exemplo, tem a má-fé como razão principal, já que é possível verificar a veracidade desses conteúdos sem esforço, pois o Google é capaz de desvendar os fatos, filtrando sites e portais críveis e idôneos, para serem contrastados com o boato. E sempre que ocorrem mudanças, o marketing requer ser ressignificado. Nessa pincelada na realidade contemporânea, as pessoas, visceralmente transformadas, forçaram os profissionais do marketing a repensar a área, pois persuadir o novo consumidor e conquistar, para as empresas, uma boa imagem (isto é, fazê-la ser vista com bons olhos) e a boa vontade dos públicos (ou seja, despertar uma predisposição favorável em relação às marcas) tornaram-se um desafio ainda maior. O marketing é uma filosofia de relacionamento entre empresas e pessoas. E não há nada mais complexo do que relacionamentos. As empresas desejam lucrar, mas enfrentam concorrentes e uma exigência muito maior dos consumidores atuais. Elas têm de oferecer a estes as melhores experiências com suas marcas, em todos os pontos de contato e o tempo todo. Isso implica uma comunicação de igual para igual (horizontalizada), considerar as ideias ofertadas pelos internautas e agir com transparência e autenticidade com o seu DNA. Sim, as empresas, hoje, contam com esse “componente”, resultante das suas declarações de missão, visão e valores. Sua proposta de existência, segundo suas “crenças” (como a sustentabilidade), jamais poderá ser de fachada. Assim, a tal sustentabilidade mencionada tem de estar misturada ao “sangue” que corre nas veias da empresa, pois o consumidor não é mais facilmente enganável (em tese). Além disso, ele precisa ser persuadido pela razão, emoção e pelos valores, estes presentes em uma dimensão chamada de espiritual por autores renomados como Kotler (2010). 7 É nesse caldo que desponta o marketing digital. A área enfrenta novas formas de comunicação com os consumidores, baseadas nos estudos do marketing em si e em informações que podem ser acessadas por ferramentas de tecnologia da informação, fortalecendo a possibilidade de melhores resultados para as marcas, tanto do ponto de vista institucional quanto do da lucratividade (persuasão e vendas). É possível traduzir, de forma leiga, que o comportamento do internauta é analisado por tais ferramentas, trazendo insights e novas ideias para conquistá-lo. Em marketing, o “a quem dizer” dita o restante, inclusive o “como dizer”. Conhecer o comportamento do consumidor sempre foi fundamental para calibrar os discursos persuasivos das empresas. As empresas, além de terem de descobrir as melhores formas de conquistar seu público-alvo, ainda enfrentam os “pequenos tribunais” das mídias sociais. Uma escorregadela e já será criticada amplamente via boca a boca virtual. Crise de imagem à vista. Os seus pares (amigos, conhecidos) nas redes sociais não contam com muito mais credibilidade ao recomendarem-lhe uma marca? Logicamente, uma empresa jamais falará mal de si, mas deve assumir seus erros e tentar superar as expectativas do frustrado cliente. Se um produto chegou comprovadamente quebrado, entregar um novo sem custo e o mais rapidamente possível é um bom exemplo. Spams estão proibidos! Anúncios que interrompem vídeos do YouTube, idem. Sua predisposição como internauta, ali, não é a de compra, concorda? E um parâmetro importante ao profissional é perceber como ele mesmo reage a determinadas ações, pois também é um consumidor. Descobrir o potencial de propagação de ações inovadoras, evitar o “novo” com fórmulas desgastadas, somados à multiplicidade de comunicações a que são expostos todos os consumidores do mundo ininterruptamente, à 8 descartabilidade daquilo que não impacta efetivamente, à liquidez e volatilidade sociais são os grandes desafios do marketing digital em sua busca permanente por inovação. Figura 1 – Processo de transformação do marketing Fonte: elaborada pelo autor. PARA SABER MAIS Tendo compreendido o processo de transformação do marketing (macroeconomia-comportamento do consumidor-marketing, conforme a Figura 1), é muito importante que você conheça, agora, um pouco das gerações do marketing ao longo das décadas, percebendo sempre sua correlaçãocom os períodos da história e da economia vigente em cada época. Tenha em vista que tais períodos de tempo estão relacionados a um cenário exterior, já que os estudos partiram de análise da realidade estadunidense 9 em especial. Portanto, coloque sempre, aproximadamente, uma década a mais para o Brasil, como um parâmetro de defasagem. O marketing teve sua época funcional, na qual o foco eram as vendas. Essa geração 1.0, que se estendeu dos anos 1950 aos 1960, caracterizava-se pela padronização de produtos a um custo menor para um mercado de massa. A pergunta-chave era “como vender” para esse mercado e os esforços estavam concentrados na gestão de produtos. O Marketing 2.0 concentrou seu foco no consumidor. O mercado começa a segmentar-se; o acesso à informação começa a ser cada vez mais possível. A pergunta, agora, é “como reter o cliente?”. Entre 1970 e 1980, os profissionais buscavam o sucesso na gestão de clientes, enquanto que, na década subsequente, os olhos – e cérebros – voltaram-se à gestão das marcas. A partir do ano 2000, os gestores de marketing percebem novas tendências nas sociedades, impactadas por um mundo globalizado e conectado, mas também paradoxal, no qual se mesclam extrema violência e diversas mobilizações, voltadas à tolerância, ao respeito às minorias e aos animais. Os indivíduos, impactados, empoderados e perplexos, passam a exigir das empresas, que auferem lucro graças ao seu consumo, um engajamento efetivo em soluções sociais e ambientais. Configurou-se, então, o Marketing 3.0. Mudaram os destinatários dos discursos persuasivos e, desse modo, o marketing voltou-se para o espírito humano e seus valores. Em um novo salto, em 2017, renomados pesquisadores do marketing perceberam a configuração de uma nova geração de marketing, chamada de 4.0, cujo alicerce definitivamente se consolidou na força da internet e da sociedade conectada em rede. 10 Lorem ipsum dolor sit amet Autoria: Nome do autor da disciplina Leitura crítica: Nome do autor da disciplina Para aprofundar seus estudos, recomendam-se as seguintes leituras: KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0: do tradicional ao digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. TEORIA EM PRÁTICA Sua agência de marketing digital acaba de fechar um contrato para impulsionar uma rede de lojas de produtos para veganos e vegetarianos chamada Vegclub, cujos preços de produtos são relativamente altos, mas com qualidade indiscutível (observação: considere a sua cultura local para sugerir as ações). A Vegclub, lucrativa e referência em seu estado, deseja expandir sua rede a outros, de forma escalonada, buscando marcar presença, inicialmente, no estado mais próximo ao seu. Também tenciona, dependendo do resultado da ação de marketing digital sugerida a seguir, lançar sua loja virtual na sequência e tornar-se, em um segundo momento, uma franqueadora. Inspirados por casos de sucesso que pesquisaram, solicitaram que sua equipe crie um concurso ao “estilo MasterChef”, só que focado em receitas veganas e vegetarianas que surpreendam, aberto a todo o Brasil. As três melhores produções receberiam um prêmio em dinheiro na casa dos R$ 10.000,00. Os votos, primeiramente, viriam de internautas para a primeira etapa de classificação. Os participantes, logicamente, iriam incentivar suas redes a neles votarem, sendo necessário um cadastro no site para tal. 11 Para a escolha das três melhores receitas entre os dez cozinheiros mais votados on-line, um grupo de cinco jurados especializados finalizariam a ação. Usando apenas o site e as redes sociais para divulgar o concurso, como você desenvolveria uma campanha como essa e quais desdobramentos vantajosos você percebe nessa ação sugerida? Crie à vontade, mas com embasamento. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 A obra trata, como seu título diz, das tendências da Web, trazendo-as em detalhes em dez capítulos. Ferraz fala sobre a história dessas tendências e esmiúça as novas formas de consumo de conteúdo na rede mundial de computadores: multimídia, publicações digitais e dispositivos conectados à internet das coisas, entre outras. Comenta também sobre pagamentos on- line, segurança e privacidade. Ao final, aborda a publicidade na web e conteúdos personalizados. O autor arrisca um olhar para o futuro, sobre como será a web e a vida em um mundo cada vez mais digital. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual 3.0/Senac, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. FERRAZ, R. Tendências da web. São Paulo: Senac São Paulo, 2017. (Série Universitária.) Indicações de leitura 12 Indicação 2 Ramos apresenta, em sua obra, os principais elementos para o sucesso da implementação da comunicação integrada de marketing (CIM) nas empresas. Da teoria à prática, fala sobre a aplicação dos conceitos mais usados no mercado e aborda a gestão das ferramentas do mix de comunicação de massa e da comunicação pessoal, a saber: propaganda, relações públicas, eventos, promoção de vendas e merchandising, marketing direto, interativo e força de vendas. Suas considerações chegam embasadas nas transformações do mundo contemporâneo, profundamente impactado pelas novas tecnologias. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual 3.0/Senac, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. RAMOS, T. O. Gestão de comunicação integrada e marketing digital. São Paulo: Senac São Paulo, 2017. (Série Universitária.) QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 13 1. Em marketing, conhecer o comportamento do consumidor: a. É secundário. O importante é conhecer o funcionamento da empresa. b. Não é importante em ambientes digitais, pois as ações podem seguir o comportamento médio dos internautas. c. É fundamental, o ponto de partida sempre. d. É uma preocupação posterior, pois o mais importante é definir como comunicar. e. É menos importante do que a definição da frequência com que se vai comunicar. 2. A geração do Marketing 3.0 está voltada: a. À produção em massa. b. À questão da gestão do produto. c. À segmentação do mercado. d. À padronização de produtos. e. Ao espírito humano e seus valores. GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: O destinatário de qualquer mensagem sempre determina o restante. Quanto mais informações e percepções você tiver de um indivíduo, melhor você vai conseguir desenvolver um discurso e uma ação que toquem sua mente, seu coração e espírito. Somente tendo dados sobre como ele se comporta e reage a determinados estímulos 14 e informações, você conseguirá calibrar a sua oferta de comunicação. Questão 2 - Resposta E Resolução: a geração 1.0 teve seu foco na padronização de produtos para atender à massa, além da preocupação com a gestão do produto, portanto, as alternativas A, B e D estão erradas. Já a segmentação do mercado marcou a geração 2.0, conforme mencionado no conteúdo desta Aprendizagem em Foco. Foi no Marketing 3.0 que emergiu a dimensão humana, espiritual, consequentemente, voltada a valores. TEMA 2 Ferramentas de pesquisa: Analytics e técnicas de análise ______________________________________________________________ Autoria: Kátia Raquel Bonilha Keller Leitura crítica: Patrícia Natividade Baptista 16 DIRETOAO PONTO OK, você resolveu abrir uma empresa, contratou uma consultoria para desenvolver um plano de negócio, sua ideia “passou no teste” (sim, pois é o plano de negócio que vai fazer o “tira-teima”, com estudos diversos, para dar o “sinal verde” ao empreendedor), começou a implementar as ações escalonadas e chega o momento das relacionadas à comunicação integrada de marketing (CIM), esfera que também abarca o planejamento de marketing digital. Provavelmente, foram ofertadas muitas possibilidades nesse planejamento, sendo as mais óbvias: estruturar um site, manter um blog rico em conteúdo e com periodicidade a ser rigorosamente obedecida (fator que imprime credibilidade à marca que está começando a ser construída); talvez desenvolver e-books e vídeos que auxiliem seu público a resolver problemas (tendo, como consequência, destacar-se na lembrança de seu alvo), e trabalhar com as mídias sociais nas quais se encontrem seus potenciais clientes. A pergunta é: a agência contratada para o marketing digital domina além das “lantejoulas” (como posts criativos, embasados em design)? Ela realmente conta com profissionais que vão conseguir estruturar toda essa gama de ações, de forma vinculada a relatórios de resultados consistentes? As métricas (entendidas como medidas de desempenho) são fundamentais para que você tenha em mãos os dados sobre o quanto seu investimento em marketing digital está efetivamente gerando retorno. E é nesse ponto que uma parcela bastante representativa de agências enrosca. Esse retorno não está somente ligado à geração (ou não) de vendas, pois ganhos de imagem, boa vontade dos stakeholders e reputação são fundamentais para a solidificação de uma nova empresa no mercado, no nosso exemplo. Na verdade, todas as empresas, sem 17 exceção relacionada a segmento, porte ou tempo de atuação, precisam desse alicerce para seu sucesso. Os dados precisam chegar a você corretamente interpretados também. Não basta só contar com o Google Analytics e seus relatórios. Tais informações precisam passar por uma visão afiada, que aponte para novas oportunidades e tendências. Você, como gestor do negócio, também precisa conhecer essa ferramenta, tema deste conteúdo, para poder discutir saídas com a agência de marketing digital e refutar as análises realizadas quando for o caso. Então, vamos ao ponto: o Google Analytics é uma ferramenta gratuita que trará métricas para análise. Configurada, você contará com muitas informações sobre o tráfego em seu site, que poderão apontar para a necessidade de correções de rota de suas ações. O Analytics é capaz de esboçar um perfil de visitante do seu site, seu comportamento e seus interesses. O que isso significa na prática: você vai saber se as pessoas se interessam pelo seu site, quais seções chamam mais a atenção, quais temas de artigos publicados em seu blog levam o público à leitura e incitam comentários, e quanto o internauta gasta do seu tempo para visitar seu conteúdo. Há de se lembrar de que o navegante da web é um indivíduo preponderantemente infiel. O comportamento tende a ser “a esmo”: ele clica em um link, que pode levá-lo a outro assunto de interesse, que vai abrir um leque de possibilidades de visitação, oferecido pelo próprio Google. Se o seu site não estiver entre os primeiros da listagem, mesmo que abaixo dos links patrocinados (anúncios), o seu ranqueamento (posição no ranking do Google) não estará positivo. Se você não aparecer até o final da segunda 18 página, corra em busca de um melhor resultado urgentemente! Você está no “cemitério” do Google... Analise o seu próprio comportamento como internauta: dificilmente, dá-se credibilidade ao que está depois dessas duas primeiras páginas. É muito frustrante ter a impressão de que tudo foi feito com cuidado e carinho para dar certo e ter um resultado quase zerado, um site “às moscas”, anúncios do Facebook sem engajamentos e compartilhamentos. Seu aparente fracasso pode se transformar em resultados desejados com a ajuda do Analytics e suas métricas, e de uma equipe de profissionais competentes. Figura 1 – As quatro métricas de destaque do Analytics, as quais serão abordadas no próximo tópico Fonte: elaborada pela autora. PARA SABER MAIS O objetivo do presente conteúdo não é explicar como instalar e configurar a ferramenta e ofertar a parte técnica sobre o assunto, pois isso você encontra gratuitamente no próprio Google: além 19 de presenteá-lo com o Analytics, o Google ainda coloca cursos ao seu dispor sem custos. De qualquer forma, um conselho: mais seguro contratar uma agência com profissionais que dominem efetivamente a área de tecnologia da informação (TI). Pessoas não especializadas podem comprometer a estruturação e o potencial de retorno de um site, levando os clientes a desacreditarem do potencial incrível que o marketing digital possui. Assim, para finalizar, importante mencionar as principais métricas do Analytics, apresentadas na Figura 1. Você terá acesso ao número de visitantes em determinado período de tempo (por exemplo, nos últimos 30 dias); você também poderá saber se uma mesma pessoa visitou o seu site mais de uma vez (métrica dos usuários únicos; o retorno do internauta pode sinalizar um processo de fidelização). Além disso, saberá qual é a taxa de rejeição de seu site (internautas que entraram em seu site e saíram quase que imediatamente, o que não é necessariamente algo tão negativo, pois um artigo pode ter chamado a atenção desse indivíduo, o que o levou a uma ação pontual). Outra métrica é a referente a páginas por visita, cujo nome é autoexplicativo. Quando o site mantém “chamadas para uma ação” (ou calls-to-action), há um direcionamento para que mais páginas sejam visitadas. O internauta encontra um conteúdo e um link para outro conteúdo complementar, em formato de e-book gratuito, bastando, para recebê-lo, preencher um breve formulário (como nome, profissão e e-mail, por exemplo). Os de download imediato são mais “simpáticos” do que aqueles que requerem a abertura da caixa de e-mails para clicar em um link e fazer a baixa. Internautas normalmente são imediatistas, voláteis e avessos a qualquer indício de burocracia ou invasão em sua navegação. 20 Há outra métrica bastante útil que merece menção. O Analytics também é capaz de lhe contar o tempo médio de visita de cada internauta (métrica da duração média da sessão). O Analytics gera, ainda, um relatório cobiçado por todos: as fontes de aquisição, que mostram quais canais são os melhores para o seu site por buscas orgânicas (resultados não pagos) ou via mídias sociais (visitas originadas de cliques em anúncios ou postagens do Facebook, etc.). Para aprofundar seus estudos, recomenda-se a seguinte obra: TORRES, C. A bíblia do marketing digital: Tudo o que você queria saber sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. 2. ed. São Paulo: Novatec, 2018. TEORIA EM PRÁTICA Sua agência foi chamada para desenvolver um projeto de mídias digitais a uma cooperativa de produtos orgânicos de médio porte, com vendagem via e-commerce para a macrorregião de origem, que abrange 12 cidades, além do município-sede. Os consumidores enviam suas compras ao carrinho, finalizam a compra via cartão de crédito em duas parcelas, se quiserem, desde que a transação feche acima de R$ 150,00. O frete é calculado pelo site por meio do CEP da entrega, que ocorre dois dias depois da compra finalizada. A cooperativa quer aumentar suas vendas, contratou uma consultoria de marketing para os ajustes necessários e, na sequência, uma agência de publicidade que, por sua vez, chamou você e sua equipe para ações digitais. Vocês deverão trabalhar estratégias de SEM (links patrocinados em mecanismos de busca), 21 SEO (estruturação estratégica do site, voltada ao alcance de melhor ranqueamento nas buscas do Google), além de ações em mídias sociais integradas com outras off-line, caso vocêscriem alguma que se justifique pelo potencial de retorno. Imagine que os relatórios do Analytics em relação ao site de vendas (e-commerce) sugeriram vários ajustes e ajudaram a esboçar o perfil médio dos clientes-internautas. A consultoria, em parceria com sua equipe, também desenvolveu uma persona (uma personagem fictícia, que reflete o perfil “médio” do consumidor da cooperativa, o que é bastante usual em marketing digital, vale salientar). Vamos a ela: “Alícia, 30 anos, gerente de um grande banco, recém-casada, sem filhos, busca sempre por alimentos saudáveis e leva uma vida vegana e fitness. É engajada na sustentabilidade, viaja para o exterior quase em todos os períodos de férias e prima pela comodidade quando o assunto são compras, mas exige um atendimento impecável das lojas que a atendem. Usa muito o Instagram e o WhatsApp, e faz visitas esporádicas ao seu perfil do Facebook. Não tem hábito de ouvir FM/AM e só assiste TV por assinatura vez ou outra”. Tendo essa persona como norte, como você desenvolveria uma campanha de digital para a cooperativa, lembrando que o Analytics será o seu orientador em relação a tráfego no site, além das demais métricas, e em eventual blog que sua agência considere sugerir. Lembre-se de que a identidade visual da marca deve estar presente em tudo o que se referir a ela, da horizontalidade dos relacionamentos a partir do Marketing 3.0, da necessidade de interagir com os internautas e da oferta de conteúdos que os 22 ajudem, além de oferecer oportunidades de cocriação. Ouça o que o internauta tem a sugerir ou reclamar! Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 O livro abrange detalhes de ações de marketing digital, as quais contêm maior potencial para o alcance de resultados às empresas, apresentando tendências e exemplos, com o intuito de mostrar que realmente vale a pena investir em websites, CMS, social media, vídeos on-line, aplicações mobile, blogs, reviews, e-books/whitepapers, landing pages, webinars, newsletters e e-mails marketing. Bongiorno também aborda, no conteúdo, a importância das estratégias de SEO e inbound marketing. A obra inclui estratégias e métricas para a conquista de clientes, pontuando a relevância do investimento em capital humano, apontando as vantagens comerciais possíveis com a implementação do smarketing (integração de equipes de marketing e vendas no cenário digital). Além disso, o livro traz as capacidades técnicas e comportamentais necessárias para o alinhamento desse capital humano aos desafios do mercado contemporâneo. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual 3.0/Senac, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. BONGIORNO, R. Implementação de negócios digitais. São Paulo: Senac São Paulo, 2017. (Série Universitária.) Indicações de leitura 23 Indicação 2 Storti mostra, nesta obra, que a área do marketing, a implementação de suas estratégias e táticas ainda geram confusão nos gestores de algumas empresas. A proposta, portanto, é a de apresentar conceitos fundamentais desse universo, como o de marketing mix – isto é, os tão falados, mas nem sempre bem compreendidos, 4 Ps ou “Produto, Preço, Praça e Promoção”. Esse composto, inclusive, já sofreu atualizações/ampliações nos últimos anos, em função das novas tecnologias. O livro também fala sobre o plano de marketing, abordando sua estrutura e seu desenvolvimento, com o intuito de destacar sua finalidade e importância aos profissionais da área. Para realizar a leitura, acesse a Biblioteca Virtual da Kroton. STORTI, R. Marketing digital. São Paulo: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 24 1. Métricas, no Google Analytics, podem ser entendidas como: a. Mensurações de recursos financeiros. b. Bases para despesas. c. Medidas de desempenho. d. Índices da Bovespa. e. Indicadores de recursos do fluxo de caixa. 2. O Google Analytics é: a. Ferramenta patrocinada que traz métricas para análise. b. Ferramenta gratuita que deve ser configurada para a geração de métricas para análise. c. Recurso patrocinado do Google Ad, que sugere ações de publicidade para as empresas. d. Recurso patrocinado que informa o tráfego de um site. e. Ferramenta patrocinada que informa o desempenho de vendas on-line e off-line. GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: As métricas são medidas de desempenho, fundamentais para que as empresas e agências tenham em mãos as informações cruciais sobre o quanto determinados investimentos em marketing digital estão gerando de retorno em cada caso específico. 25 Questão 2 - Resposta B Resolução: O Google Analytics é uma ferramenta gratuita que trará métricas para análise. Configurada, traz informações essenciais sobre o tráfego nos sites e o comportamento de seus visitantes. TEMA 3 Campanha: objetivos, metas e mensuração ______________________________________________________________ Autoria: Kátia Raquel Bonilha Keller Leitura crítica: Patrícia Natividade Baptista 27 DIRETO AO PONTO A era do marketing na qual você vive está centrada nas pessoas. Kotler, Kartajaya e Setiawan observam que, em um mundo imerso em tecnologias e inteligência artificial, haverá uma ansiedade crescente em relação às próprias identidades, com o questionamento: “O que significa ser humano em um mundo digital?” (2017, p. 134). Logicamente, as pessoas desta era só serão persuadidas por marcas que as atraiam de uma forma muito mais profunda. Por isso, os autores acreditam em uma nova identificação, baseada exatamente na humanização de tais marcas. Eles mencionam a “escuta empática” e as pesquisas “imersivas”, com suas metodologias próprias, para que o viés humano dos consumidores seja revelado (2017) e, assim, as marcas possam se adequar cada vez mais. Enfim, a conexão entre os polos precisa ser estabelecida de forma genuína e tais respostas estariam no universo da antropologia digital que, segundo os autores, ainda é uma especialidade bastante nova. Pela complexidade do cenário contemporâneo, o marketing digital não pode trabalhar simplesmente com a ideia de público-alvo, que traz somente dados mais genéricos como: “executivos, com idade entre 35 e 50 anos, que trabalham em grandes empresas no território brasileiro”. Vago, não é? Assim, torna-se necessário ir além e esmiuçar, tanto quanto possível, quem compõe realmente esse grupo de pessoas, criando um personagem que retrate quem são elas, para que as ações e os conteúdos tentem falar com cada uma, de modo a cativá- las efetivamente. Surgiu, então, o conceito de persona ou buyer persona, desenvolvido por Alan Cooper, o qual pode ser resumido 28 como o “cliente ideal”. Como destinatário de todas as ações de marketing digital, tudo gira em torno desse ente quase fictício. É com ele que se vai falar para torná-lo leal e um defensor da marca. Os consumidores atuais buscam educação, informação e conteúdos que possam ajudá-los na vida. Faz-se mister, então, que as marcas ofereçam aquilo que seus clientes potenciais precisam e querem. É impossível entregar a oferta correta sem se conhecer o destinatário dela e, aqui, falamos das tais personas, com seus perfis ficcionais, capazes de espelhar o tal cliente ideal que cada marca quer alcançar. Para ilustrar, suponha que você venda sapatos artesanais. Com base em uma análise profunda de informações (pesquisas), você poderia criar umarepresentação assim: “Rodrigo Santiago (a persona), tem 45 anos e é um executivo de grande empresa. Casado, possui um filho pré-adolescente e reside em condomínio fechado, numa região elitizada. É adepto da vida saudável e seu gosto é sofisticado. Sempre muito exigente, valoriza conforto e exclusividade, e está disposto a pagar preços premium (altos) para se sentir bem. Rodrigo tem grande dificuldade em encontrar sapatos elegantes e realmente confortáveis, o que o deixa bastante mal-humorado todas as vezes que sai para comprar pares novos. Suas experiências foram sempre muito negativas nesse quesito”. E a pergunta é: o que a sua marca pode ofertar a Rodrigo para ajudá-lo? A representação do cliente ideal baseia-se em dados coletados em atividade empresarial, pesquisas reais, observação de clientes e alguma especulação orientada por dados psicodemográficos. E por que ela é importante? Traçar uma persona pode ajudar a compreender o comportamento de potenciais clientes, o que 29 ajudará na criação de conteúdos direcionados e desejados por eles. Será possível entender, em suma, o que impulsiona a persona e, assim, orientar as estratégias de negócios como um todo. Quantas personas uma empresa pode ter? Não há um limite. Cada produto ou serviço poderá requerer a estruturação de personas únicas. No exemplo, qual conteúdo seria interessante para Rodrigo? Talvez um guia para escolha de sapatos ideais para cada tipo de pisada? É possível ajudar Rodrigo em sua jornada de comprador? Figura 1 – Diferenças entre público-alvo e persona Fonte: elaborada pela autora. Lembre-se de que o modelo de marketing digital de Torres, visto anteriormente, tem as atividades do consumidor (ou seja, seu comportamento) como ponto de partida. Ele deseja informação, relacionamento, comunicação e entretenimento, e desse comportamento brotam as estratégias refletidas nos verbos falar, interagir, contar, impulsar, espalhar, buscar e 30 rastrear (esta, entendida como a leitura desse comportamento por meio de métricas). A partir desse modelo, as ações táticas são experimentadas e mostrarão o quanto são (ou não) efetivas caso a caso. PARA SABER MAIS Talvez você tenha ficado curioso para saber mais sobre as tais marcas centradas no ser humano. Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017) mencionam seis atributos para a sua construção. Lembre- se de que, segundo os autores, os consumidores contemporâneos tendem a ansiar por elas, que devem apresentar seis qualidades humanas, a saber: • Fisicalidade: as marcas devem apresentar atrativos físicos e únicos. Esse quesito passa pela identidade delas, ou seja, logotipos, slogans, design de produtos e, se for o caso, das lojas físicas, como a Apple Store. Em resumo, a beleza é fundamental, mas a perfeição não é uma exigência (já que o ser humano também não é perfeito). • Intelectualidade: para marcas, isso corresponde à capacidade de inovar e surpreender com lançamentos de produtos ou serviços, como a Natura, especialmente com a SOU, que se propôs a ser uma linha acessível a todos, sem perda da qualidade e com o habitual engajamento da marca com o meio ambiente. E por que esse atributo é importante? Porque está relacionado à solução de problemas da vida das pessoas. Consumidores apreciam marcas inteligentes. • Sociabilidade: tem a ver com a horizontalidade dos relacionamentos entre pessoas e marcas. Lembra-se do exemplo da Netflix? Ela escuta seus clientes e conversa 31 com eles, está atenta às conversas entre clientes, responde perguntas e resolve reclamações com rapidez. Se você consultar o Reclame Aqui, poderá confirmar o alto grau de satisfação de seus clientes. • Emocionalidade: as pessoas apreciam marcas que evocam emoções. Sua conexão com seus clientes passa por esse atributo. A campanha da real beleza da Dove é um bom exemplo aqui. Focada na questão da autoestima das mulheres, a marca bateu na questão dos estereótipos, para mostrar que todas são bonitas, cada uma do seu jeito. • Personalidade: marcas com personalidade forte “sabem exatamente o que representam – sua razão de ser. Mas essas marcas tampouco têm medo de mostrar suas falhas e assumir plena responsabilidade por suas ações” (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017, p. 142). O Spoleto, depois de um vídeo viral do Porta dos Fundos, de 2012, o qual satirizava seu atendimento, fez parceria com o canal e, em outro vídeo, assumiu que deslizes podem acontecer, mas que estariam totalmente abertos para receber críticas e sugestões via SAC. • Moralidade: no caso das marcas, isso significa atuar com base em valores. Tendo a ética como alicerce, cumprem promessas e apresentam real engajamento com questões socioambientais. A Natura volta a ser exemplo também nesse quesito. Os autores-base deste tópico resumem como devem ser as marcas humanas:fisicamente atraentes, intelectualmente interessantes, socialmente envolventes e emocionalmente fascinantes, expressando personalidade forte e moralidade sólida (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017,). 32 Para aprofundar seus estudos sobre o marketing contemporâneo, recomenda-se a leitura da obra na íntegra: KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0: do tradicional ao digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. TEORIA EM PRÁTICA Ser profissional de marketing significa manter-se conectado com o comportamento humano, no que diz respeito às preferências, às atitudes, às tendências. É preciso saber analisar o mercado, as pessoas, as ferramentas digitais disponíveis, o mundo e suas constantes mudanças para saber estabelecer e manter o melhor relacionamento entre marcas e os consumidores de seu interesse. Já há algum tempo, é possível perceber que os discursos meramente corporativos não surtem mais os efeitos desejados. As marcas constroem autoridade, atualmente, percorrendo caminhos diferenciados, com o uso das novas tecnologias e mídias sociais. Vídeos publicados, por exemplo, costumam ser marcados pela informalidade, com direito a doses equilibradas de simpatia e bom humor. As pessoas estão mais midiáticas, portanto, seus interesses também estão mais “multimídia”. Isso quer dizer: elas preferem assistir a ler. A leitura de posts, portanto, precisa ser rápida e preferencialmente útil (além de gratuita). Também parece que há a percepção de que aparência não garante competência. E o “cinza” do mundo corporativo cedeu à cor púrpura... Nessa miscelânea de mudanças e novas experiências, chama a atenção a proposta de uma empresa de serviços financeiros 100% digital, fundada em 2013, chamada Nubank. Dentro das 33 recomendações do marketing contemporâneo, a marca tem procurado fazer bem a “lição de casa”, orientada pelo “ser diferente e fazer a diferença”, tão enfatizada por Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010). Quando há um problema, os colaboradores do Nubank enviam cartas escritas à mão, poemas, fotos, dicas de viagem e outros mimos, de preferência, roxos. Aliás, o cartão deles é roxo. O Nubank aposta em um atendimento surpreendente e altamente humanizado, que vai ao encontro de suas personas, em sua maioria, clientes com menos de 35 anos. Assim, seguem construindo suas próprias histórias, como a do ossinho roxo, enviado ao cãozinho que roeu o cartão Nubank Mastercard de sua dona; a do kit arruda, sal grosso e cartinha com votos de melhoras ao azarado cliente, assaltado duas vezes em um mesmo mês; a da sanduicheira roxa, acompanhada de receitas de lanches escritas à mão, enviada a um cliente que teve seu lanche cobrado duas vezes no cartão. Logicamente, a empresa conta com uma equipe de colaboradores diferenciada – qualificada, jovem e “antenada”. Todos os pontos de contato com a marca refletem o seu DNA. As pessoas ficam sabendo de seus diferenciais, que agregam valor à marca, e costumam sentir vontade de ter o tal cartão roxo. E é isso que precisa acontecer para o sucesso de qualquer organização. Para isso ocorrer, as marcas precisam ser altamente sedutoras,atraentes e apaixonantes. As pessoas precisam querer estar com ela, por admirar a sua personalidade. Diante disso, imagine-se fazendo parte do time de colaboradores do Nubank. Seu desafio? Propor uma ação com potencial de viralização para o aniversário da marca, fundada em 6 de maio de 2013. 34 Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 O livro fala dos principais fatores relacionados ao comportamento do consumidor, analisando questionamentos pertinentes ao tema e comentando os aspectos psicológicos, sociais, culturais e situacionais, que levam as pessoas a comprar ou não um produto ou serviço. Fala também de como a revolução digital e os novos modelos de consumo, com foco na sustentabilidade e na economia compartilhada, transformaram esse campo do conhecimento. Passando pela antropologia do consumo, a obra aborda como aprofundar o entendimento do consumidor, para desenvolver e promover produtos e serviços. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual 3.0/Senac, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. HALAT, A. Comportamento do consumidor. São Paulo: Senac São Paulo, 2018. (Série Universitária.) Indicação 2 O livro parte do entendimento da pesquisa de marketing como ferramenta para a tomada de decisão nas empresas. A obra fala sobre as técnicas e ferramentas utilizadas, trazendo exemplos Indicações de leitura 35 práticos e atuais de aplicação de diferentes metodologias de pesquisa de marketing, que deve alicerçar as decisões estratégicas, como o desenvolvimento de um novo produto, por exemplo. A obra também coloca a pesquisa como fonte de informação fundamental para a identificação da percepção da imagem das marcas pelos consumidores, bem como seu posicionamento no mercado. O livro abrange as ferramentas tecnológicas, que apoiam a execução de análises estatísticas dos dados coletados por pesquisas. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual 3.0/Senac, disponível na Biblioteca Virtual da Kroton. RIBEIRO, J. Pesquisa de marketing. São Paulo: Senac São Paulo, 2017. (Série Universitária.) QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Em seu relacionamento com as marcas, os consumidores atuais buscam: 36 a. Lazer, arte e diversão. b. Influencers, lazer e informação. c. Educação, informação e conteúdos. d. Educação, lazer e conteúdos. e. Conteúdos, influencers e informação. 2. De acordo com Kotler, Kartajaya e Setiawan, as marcas de sucesso precisam apresentar alguns atributos humanos, entre eles, a sociabilidade, que se relaciona com: a. A simpatia dos colaboradores no atendimento ao cliente. b. O bom relacionamento entre os colaboradores da empresa. c. A promoção de eventos que proporcionem a sociabilidade entre consumidores. d. A própria rede de consumidores que curtem seus posts nas mídias sociais. e. A horizontalidade dos relacionamentos entre pessoas e marcas. GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: Os consumidores contemporâneos buscam, cada vez mais, componentes humanos nas marcas, o que implica ajudá-los na solução de seus problemas. Assim, empresas que ofereçam educação, informação e conteúdos aos internautas vão ao encontro daquilo que eles desejam encontrar. 37 Questão 2 - Resposta E Resolução: A sociabilidade está relacionada com a horizontalidade dos relacionamentos entre pessoas e marcas, ou seja, o falar de igual para igual entre as empresas e os consumidores que interagem com ela. O atributo requer que as marcas escutem seus clientes, conversem com eles, estejam atentas às conversas entre clientes, respondam a perguntas e resolvam reclamações com a máxima agilidade. TEMA 4 Campanhas para mídias sociais e tendências de peças ______________________________________________________________ Autoria: Kátia Raquel Bonilha Keller Leitura crítica: Patrícia Natividade Baptista 39 DIRETO AO PONTO Neste tópico, tenciona-se apresentar os 8 Ps do marketing digital, desenvolvido por Adolpho (2011), com breves comentários pertinentes, a título de expandir o que se falou sobre marketing digital até aqui. Também serão abordadas as etapas da tomada de decisão do consumidor, segundo Solomon (2016). O modelo cíclico de Adolpho (2011) poderá ser desenvolvido por você sem qualquer problema, mas é bom lembrar que ele não é o único caminho que você pode percorrer. Com maturidade, poderá encontrar outros modelos para o seu trabalho como profissional da área. Dito isso, conheça os 8 Ps de marketing do autor: 1. Pesquisa: já é sabido que o ponto de partida de qualquer ação de marketing é o destinatário, isto é, o consumidor. Enquanto o marketing off-line trata tais destinatários de “público-alvo” de uma marca, o digital precisou ir além para ser assertivo em um mundo quase infinito de informação, que é a internet. Assim, desenvolveu-se o conceito de personas. Para cada produto ou serviço de uma empresa, uma persona diferente. Para a construção de uma persona, a pesquisa sobre o consumidor é bastante profunda. A persona, compreendida como o cliente ideal de uma marca, precisa ser entendida e, depois, traçada, com um nome, uma atividade, o local onde mora, sua idade, seus problemas, dores e medos, suas preferências de lazer, as mídias sociais em que se encontra. 2. Planejamento: aqui, o autor fala sobre seu conceito de jornada do consumidor, destacando que a compra é um processo. Isso significa que os consumidores, geralmente, detectam um problema em suas vidas e desejam uma solução. Para uma marca se colocar como “a solução”, o 40 interessado irá pesquisá-la, compará-la com a concorrência, fazer uma escolha e comprar. Muitas objeções são enfrentadas pelas marcas nessa jornada: as questões do preço e da confiança, a segurança com relação ao funcionamento do bem para a resolução do problema do consumidor, etc. Depois da transação, vem a avaliação do comprador. Tudo isso precisa ser considerado para a efetividade da comunicação. É fundamental, para o sucesso na jornada do consumidor, que sua marca mostre diferenciais realmente relevantes para o consumidor desejado. Quando este os percebe e reconhece, agrega-se tal valor à marca. Valor, oportuno destacar, difere-se de preço. Quando uma marca consegue demonstrar o valor de um bem, perfeito para a solução do problema da pessoa, a percepção do consumidor muda. Isso equivale dizer que o valor percebido precisa mostrar-se maior do que o preço praticado. Enfim, o consumidor precisa conhecer sua marca, gostar dela, passar a confiar para comprar. Praticamente, um namoro. Adolpho (2011) também comenta a importância da página de captura de um site. As ações devem direcionar os internautas para tal local, em que se oferece o call-to- action, que é mesmo uma chamada para ação. No caso, esta consiste, por exemplo, em pedir ao internauta interessado no conteúdo gratuito e relevante oferecido pela marca que deixe seu e-mail e receba sua “recompensa” (um e-book por exemplo). A produção de conteúdos de relevância deve ser constante, mas com vistas a vender durante o processo. É conduzir o consumidor a comprar, ou, conforme fala o autor, é “vender sem vender”, uma forma sutil e mais elegante de abordagem, em que somente cerca de 20% de tais conteúdos estão mesmo focados em vendas. 3. Produção: aqui, trata-se do componente relacionado à criação de plataformas para a geração de conteúdo (blog, 41 fanpage, e-mail, canal no YouTube,página de captura, etc.) para uma marca. 4. Publicação: esse “P” diz respeito à divulgação de conteúdos relevantes e de qualidade. Estes variam em função de como se encontra a persona em relação à marca ou a ela mesma: ela pode não ter se dado conta de que está diante de um problema; pode já tê-lo percebido; pode estar diante de um leque de soluções; pode ter decidido pela compra da marca X. As empresas podem desenvolver conteúdos específicos para cada estado das coisas, como mostrar que a pessoa tem um problema, com temas que possam mostrá-lo. Tais conteúdos apresentam três objetivos: devem eliminar objeções a respeito da compra, valorizar o produto e/ou serviço e promover a venda. Tudo dependerá, como foi dito, do estágio da jornada em que o consumidor se encontra. 5. Promoção: o autor afirma que anúncios não são feitos para vender, pois primeiro importa conhecer a marca. Independentemente de você concordar ou não com essa afirmação, é importante levar a pessoa à “zona de engajamento”, etapa confortável para as marcas gerarem suas vendas, pois já contam com a proximidade do consumidor. 6. Propagação: é a situação sonhada por todas as marcas, pois se trata do próprio cliente ou consumidor fazer a propaganda boca a boca favorável de uma marca. Aqui, é o território dos fãs, mas também dos haters infelizmente. O empoderamento do consumidor de falar sem fronteiras pela internet traz o risco da propagação de duras reclamações, boatos, fake news. Uma forma de se evitar o lado obscuro desse empoderamento é trabalhar bem a relação entre expectativa e realidade. Prometer menos e entregar mais gera satisfação. Se a marca ofertar uma boa surpresa ou uma experiência memorável, pode ter boas chances de conquistar um boca a boca muito benéfico. No entanto, 42 um incentivo para que isso aconteça pode ajudar. Pedir depoimentos para usar em peças nas redes sociais, por exemplo, não tem nada de condenável. 7. Personalização: é o “P” referente às pessoas que realmente vão entrar em contato direto com as marcas para, por exemplo, esclarecer dúvidas, que nada mais são do que objeções. A oferta de chats on-line, no caso, é bem vista pelos consumidores, porque se sentem ouvidos e amparados. 8. Precisão: aqui é o lugar da mensuração. Em digital, tudo deve ser medido, pois só dessa forma o profissional da área poderá identificar mais precisamente o problema na jornada do consumidor. Podem ser aplicados testes e verificadas conversões; pode-se direcionar melhor a verba de marketing e avaliar qual campanha está oferecendo mais retorno, quando há mais de uma em andamento. Só com a mensuração é possível realizar a análise de dados e rever o planejamento. Figura 1 – Para Solomon (2016), as etapas da tomada de decisão do consumidor são cinco Fonte: TarikVision/iStock.com; VectorKIF/iStock.com. 43 PARA SABER MAIS Todas as ações de marketing precisam ser monitoradas, pois têm, como função, gerar os melhores resultados às marcas. Qualquer sinal de ineficiência sinalizará imediatos ajustes e correções de rota. Nesse sentido, a plataforma Scup tem se destacado. Por seu intermédio, é possível acompanhar o que os internautas têm falado sobre uma empresa nas mídias sociais, seus produtos e serviços. Mas não só isso: essa ferramenta também informa sobre o mercado, de acordo com a estratégia da empresa. Como a Scup faz isso? Por meio de palavras-chave, o que abrange termos específicos ou genéricos. Sabendo o que as pessoas têm publicado, inicia-se o monitoramento. A Scup promete não entregar dados, mas sim informações, ou seja, aqueles são “lidos” e repassados de forma a ser útil para o planejamento estratégico das empresas. Isso significa dizer que, dessas informações, é possível: • Ter uma ação proativa diante de uma crise iniciada. • Sugerir contato com um consumidor insatisfeito para correção imediata e, preferencialmente, aplacando a má experiência com uma compensação marcante. • Acenar para algum desejo latente dos consumidores, o qual poderá culminar no desenvolvimento de um novo produto e/ou serviço. • Agregar um diferencial que traga vantagem competitiva. • Inspirar inovações, etc. 44 A plataforma cobre Facebook, Instagram, Twitter, Tumblr, LinkedIn, YouTube e blogs. É possível monitorar marcas, produtos, concorrentes, influenciadores, opiniões e temas de interesse (de uma empresa e/ou de sua concorrência). Para aprofundar seus estudos, recomenda-se a consulta ao site da plataforma. Basta digitar “Scup” na busca do Google. TEORIA EM PRÁTICA Você acaba de ser contratado pelo Spotify para integrar o time de marketing, mais especificamente, dos colaboradores responsáveis pela área de marketing digital, os quais encabeçam o contato com as agências para o desenvolvimento de campanhas. As reuniões são produtivas e a troca de insights é bem-vinda. O sueco Spotify é conhecido pelas suas campanhas publicitárias marcantes, que ajudam o aplicativo a ser referência em streaming musical, e chegou ao Brasil em 2014, seis anos depois de ser lançado. Em 2019, o aplicativo contava com 100 milhões de usuários pagos e mais de 217 milhões, quando acrescido o número de pessoas que fazem uso gratuito do streaming. Para se orientar em relação à sua empregadora, você encontra vídeos no YouTube sobre as suas ações: “Singalong” e “Livre para ouvir, livre para amar” – este, uma perseguição policial ao estilo estadunidense (já que tal campanha foi internacional), mas com versão para brasileiros ao som de Sandy e Júnior no Spotify. Você também percebe que os pontos de contato com a marca refletem seu DNA, seu “jeito de ser”, a começar pela fanpage do Facebook. Em sua pesquisa, nota que as campanhas não dispensam os anúncios on-line e as peças impressas (outdoors 45 e painéis em metrôs, por exemplo), com linguagem inspirada nos memes. No Brasil, o Spotify vem trabalhando com a ideia de esclarecer tudo o que pode oferecer, de fazer alguém descobrir um novo artista preferido ou de contar com uma sugestão de playlist montada pelo próprio streaming. Suas campanhas costumam viralizar nas mídias sociais. Você retira, da pesquisa, três dicas importantes: o Spotify trabalha com uma linguagem descontraída, que espelha seu público, com a personalização da comunicação e com a publicidade de ocasião (Dia dos Namorados, estações e finais de ano, por exemplo). Seu desafio é levar sugestões à sua primeira reunião para desenvolvimento de uma nova campanha, cujo objetivo continua sendo esclarecer, aos brasileiros, tudo o que o serviço pode oferecer. Pense em ideias de peças para mídias sociais e também off-line. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 O livro aborda as relações entre ser humano, consumo e mercado, a partir de algumas teorias psicológicas e socioculturais, com o intuito de revelar o significado de consumo na sociedade. A obra fala sobre comportamento humano e comportamento de compra, de forma a levar o leitor a identificar oportunidades de mercado, Indicações de leitura 46 entender o processo que faz uma pessoa preferir uma marca em detrimento de tantas outras, e a poder propor ações eficazes, focadas na geração de lucro para um negócio. Para realizar a leitura, acesse a Biblioteca Virtual da Kroton. FREGNI, C. P. Comportamento do consumidor. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. Indicação 2 O livro aborda o marketing e o marketing digital, este com estratégias e ações voltadas ao mundo virtual, mas sem descartar o universo off-line. Amparado por seus recursos tecnológicos e sociais, o marketing digital tem, na internet e nas mídias sociais, um canal para suas estratégias e ações táticas. A obra abarca, assim, com viés prático, assuntos como envio de e-mail, ferramentas de busca, métricas e monitoramento, entre outras, bem como Inbound Marketing,branded content, e-commerce, mobile marketing e mídias sociais. Para realizar a leitura, acesse a Biblioteca Virtual da Kroton. ROCHA, I. A. S. Comunicação de marketing em meios digitais. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. 47 Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. De acordo com Adolpho (2018), a mensuração refere-se a qual “P” de Marketing Digital? a. Pesquisa. b. Planejamento. c. Produção. d. Precisão. e. Propagação. 2. A plataforma Scup promete entregar: a. Resultados. b. Códigos. c. Informações. d. Lucro. e. Banco de e-mails. GABARITO Questão 1 - Resposta D Resolução: A Precisão refere-se à mensuração. Medir resultados é fundamental para que o profissional da área identifique o problema na jornada do consumidor, faça 48 correções de rota e redirecione os investimentos de uma campanha. Questão 2 - Resposta C Resolução: A Scup promete entregar informações que são “lidas” e repassadas aos clientes, de forma a ser útil para o planejamento estratégico das empresas. BONS ESTUDOS! Apresentação da disciplina Introdução TEMA 1 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 2 Direto ao ponto TEMA 3 Direto ao ponto TEMA 4 Direto ao ponto Botão TEMA 5: TEMA 2: Botão 158: Botão TEMA4: Inicio 2: Botão TEMA 6: TEMA 3: Botão 159: Botão TEMA5: Inicio 3: Botão TEMA 7: TEMA 4: Botão 160: Botão TEMA6: Inicio 4: Botão TEMA 8: TEMA 5: Botão 161: Botão TEMA7: Inicio 5:
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