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INTRODUÇÃO A PUBLICIDADE E PROPAGAN CAPÍTULO 2 - PUBLICIDADE E MIX DE MARKET Naiara Back Introdução Ao longo deste capítulo, vamos aprender mais sobre conceitos importantes que envolvem a publicidade e Para iniciarmos, de acordo com os seus conhecimentos, reflita: publicidade e marketing são a mesma coisa da publicidade e promoção, elas têm alguma diferença? Aqui, iremos trabalhar, aos poucos, essas questões que são muito importantes para que você siga seu apre a área. Trataremos sobre a forma como a comunicação pode ser usada como uma estratégia de publicid promocionais e as principais diferenças entre publicidade e promoção. Vamos, ainda, entrar no mundo do m Aliás, você saberia dizer qual é a principal função dessa área no campo de atuação do publicitário? Temos bastante conteúdo pela frente, muitos conceitos para estudar, mas você vai ver que, quando chega unidade, cada minuto vai ter valido muito a pena e que você estará com as respostas das perguntas acim língua. Vamos começar nossos estudos? Acompanhe! 2.1 Marketing Antes de seguir em frente, é preciso definir algo que parece muito simples, mas que pode levar a uma série se não for bem compreendido. Afinal, o que é marketing? A American Marketing Association (AMA) ou Associação Americana de Marketing define o marketing como de instituições e processos para criar, comunicar, distribuir e efetuar troca de ofertas que tenham valor para c clientes e sociedade como um todo. Dessa forma, o marketing é uma função organizacional e um enc processos que tem como finalidade a criação, comunicação e entrega de valor a clientes e agências de relac forma a beneficiar uma organização e seus stakeholders. A definição trazida pela AMA é muito importante, mas não é a única. Kotler (1998) afirma que marketing é social e gerencial, por meio do qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam, a partir da criação, o produtos de valor com outros. Ainda, no campo das definições pode-se dizer que marketing está relacionad de bens e serviços do produtor ao consumidor. É normalmente ligado ao setor de distribuição e venda de Marketing abrange as atividades de todos que se dedicam à transferência de mercadorias, o que inclui des até ao consumidor. Outro autor, Las Casas (2008), esclarece que o marketing é uma atividade de comercialização que teve a conceito de troca. Com o desenvolvimento da sociedade, cresceu a necessidade de produtos e serv concorrência, a especialização, a qualidade dos produtos, enfim, a facilidade de comercialização geraram pelo marketing. Se você lembrar um pouco o que tratamos na unidade anterior sobre comunicação e p começar a perceber como se dá essa evolução. Por enquanto, o mais importante é que você compreenda que “[…] o marketing envolve estímulo e geração que duas ou mais partes, agindo de modo deliberado e espontâneo, dão e recebem algo de valor, buscand satisfazer necessidades” (URDAN; URDAN, 2009, p. 5). Como dito anteriormente, são muitos conceitos, por isso, é preciso estar atento. Mas com um pouco d disciplina logo você vai entender tudo o que precisa saber sobre o marketing. E vamos começar pelo mix de 2.1.1 Mix de marketing Quando falamos em “mix” de alguma coisa, geralmente nos referimos a uma mistura, com o mix de composto de marketing, não é diferente, pois envolve a combinação de elementos variáveis que compõem de marketing. É importante saber que ele é considerado a base fundamental para o marketing tático/operaci Como você já deve imaginar, existe uma forma de estruturação desse mix, que é conhecida internacionalme Ps do marketing. Diversos países traduziram o “P” para o seu idioma. No Brasil, as atividades passaram a preço, promoção e praça — ou, quando o assunto é varejo, ponto de venda. Figura 1 - Mix de Marketing Fonte: marchmeena29, iStock, 2020. VOCÊ SABIA? Philip Kotler é conhecido como o “Papa do marketing”, mas, na verdade, quem criou os 4 Ps do marketing foi o professor da Universidade de Michigan, Jerome McCarthy, em 1960. No seu entendimento, os 4 Ps são estratégias desenvolvidas e direcionadas para atingir os objetivos de determinada empresa. Foi a partir das suas iniciativas que, a expressão mix de marketing começou a ser difundida mundialmente e utilizada para resumir as atividades do marketing. Dessa forma, o composto de marketing é um conjunto de variáveis que podem ser controladas por você o pelo departamento de marketing da sua empresa. Essas variáveis são aquelas que você usa da melhor f para despertar o desejo de compra no público-alvo. Ou, em outras palavras, é tudo aquilo que está ao seu influenciar a demanda pelo seu produto e, ainda, planejar e executar as ações de marketing referentes a ele. Então, os 4 Ps e suas principais características, de acordo com Kotler (1998), são: produto: sob o “P” de produto, encontram-se diversas decisões sobr produtos e serviços que a empresa produz. Nenhuma empresa pode vislumbrar um futuro brilhante concentrando todas as suas atividade só produto. Todas trabalham com uma diversidade maior ou menor d produtos, que acabam organizados em linhas, de forma a administrá- eficazmente; preço: a questão do preço nem sempre é tão simples quanto parece. pensarmos em um supermercado, por exemplo, a competição pelo pr baixo, entre alguns produtos, pode ser determinante na compra, pois pessoas estão em busca da melhor oferta de feijão, arroz, e assim por Porém, nem tudo funciona dessa forma. Algumas marcas de calçados exemplo, fixam o chamado “preço sugerido do produto”, dessa forma fazer com que esse calçado se destaque já não é mais o baixo valor em à concorrência, mas questões como qualidade e valor de marca. Ness não adianta a empresa apenas vender mais barato o produto, ela prec considerar uma série de fatores que envolvem o seu negócio; promoção: o “P” de promoção, na verdade, concentra todas as ativid promocionais e de comunicação da empresa. Os diversos instrumento composto promocional — venda pessoal, propaganda, promoção de v merchandising, relações públicas, publicidade, propaganda em ponto venda — devem ser administrados de forma integrada. Cada instrume suas características e sua função, a tarefa da empresa é usá-los de for racional e eficaz; praça: dois grandes grupos de decisões estão localizados aqui: as de distribuição física e as de seleção de ponto de venda. O primeiro grup decisões se ocupa da logística de marketing e da estratégia a ser usad projetar e administrar o sistema de distribuição. O segundo grupo se c em decisões relativas ao ponto de venda em si. As escolhas referentes estrutura de canais para a distribuição de produtos ou serviços são extremamente importantes, visto que afetam preços e promoções. Alé • • • • as decisões sobre os canais de distribuição envolvem o desenvolvime parcerias com os elementos do canal de distribuição. Os 4 Ps representam os quatro pilares básicos de qualquer estratégia de marketing, e o sucesso de uma m do seu equilíbrio, pois é pensando nesse “mix” que se definem as estratégias de posicionamento para uma atrativa. 2.1.2 Comunicação como estratégia de marketing A comunicação é um fator decisivo para a imagem que as empresas têm ou querem alcançar no mercado empresa faz o seu planejamento estratégico, ela estabelece tanto seus objetivos de marketing quanto os seu comunicação. Vamos a um exemplo mais prático para deixar isso bem claro. Digamos que uma emp Quadro 1 - 4 Ps e suas respectivas atividades Fonte: Elaborado pela autora, baseado em KOTLER, 1998. calçadista traçou como objetivo aumentar em 50% as suas vendas e em 10% os lucros. Com isso, seu comunicação devem ir ao encontro dessas metas. Mas como? De forma que possa auxiliar na busca clientes e manter os clientes atuais. Além disso, é preciso criar motivações para a equipe de ven comercialização de produtos. Em tempos em que se vive uma competição acirrada em quase todos os mercados e segmentos, estratégicos para o crescimento da marca é essencial. Lançamento de novosprodutos, oferta de serviç novas lojas, canais de distribuição alternativos, campanhas de comunicação on-line e off-line, ações p eventos são algumas estratégias das quais se pode lançar mão em um mundo onde a palavra chave se tra relacionamento. Todo esse aparato do qual estamos falando, no final das contas, tem como objetivo central proporcionar um positiva e única, atendendo às necessidades e desejos de clientes. Em síntese, a ideia é criar identificaçã entende essa questão de proporcionar experiência e identificação, fica mais fácil compreender como a co transformou nos últimos anos. Há menos de três décadas, a principal função da comunicação de uma informar o consumidor. Informar o preço, os lançamentos, onde encontrar uma determinada marca. H comunicação influencia todos os processos de uma organização, além de ser responsável pela sua imagem. A comunicação não é mais de mão única, podemos dizer que ela é de 360°. Para Sobral (2015), a comunica a possibilidade de trabalhar a totalidade das áreas da comunicação e de aprofundar a comunicação po entendimento prático das funções e responsabilidades inerentes a cada área. Qualquer empresa, indepen porte, precisa ser ativa nas redes sociais, o que faz com que ela esteja sujeita à críticas públicas, sejam ela negativas. Além disso, os canais de comunicação se tornaram catalisadores de demandas dos clientes. Figura 2 - Comunicação estratégica Fonte: pixelliebe, iStock, 2020. Conforme destacam Kotler e Keller (2006, p. 556), “[…] é preciso adotar uma visão 360 graus do con compreender plenamente todas as diferentes formas pelas quais a comunicação pode influenciar seu co cotidiano”. Desta forma, entendemos que não basta cada departamento estar preocupado somente demandas — o financeiro com o dinheiro disponível em caixa, o marketing com as campanhas, a produção c em si — é preciso que todos os setores estejam integrados e falem a mesma linguagem de maneira clar focada em seu público, interno e externo (OGDEN, 2002). Bons exemplos nos ajudam a entender melhor os conceitos, e o case do Arroz Prato Fino é um deles. A i simples por sinal, envolve a questão 360, além de ser econômica e estratégica. A marca desenvolveu uma f seu site que ensina a fazer arroz soltinho. Talvez, para você seja uma bobagem, mas a empresa percebe pessoas buscavam diariamente no Google “como fazer arroz”. Por meio da ferramenta que desenvo proporciona interação em seu site. Outro exemplo de sucesso vem do Reino Unido, a loja de departamentos John Lewis planejou uma campan justamente em uma época em que todas as marcas bombardeiam seus clientes: o Natal. Foi lançado juntamente com uma ação no Facebook, no qual crianças descreviam as características de presentes que dar para seus pais. Quem descobrisse os presentes, teria a chance de ganhá-los. A ação aumentou as ven em pesquisa feita naquele período, 67% das pessoas declararam que, depois do contato com a campanha, propensas a compra na John Lewis, outros 61% afirmaram que haviam conversado com amigos sobre o com a ação fez com que o conteúdo, além de visualizado pelo cliente, gerasse engajamento social e memória de Figura 3 - Comunicação 360 ° Fonte: metamorworks, iStock, 2020. 2.2 Comunicação Até aqui apontamos como a comunicação é importante e deve ser uma aliada não apenas do marketing, empresa para a conquista do cliente. Também mostramos que essa comunicação deve acontecer de forma 360 graus, ou seja, envolvendo todos os setores, as diferentes mídias e fazendo com que o consumidor seja ativo do processo. A partir de agora, vamos começar a discutir algumas questões que se relacionam mais amplamente com comunicacionais e entender de que forma a publicidade se constitui em uma das mais poderosas fe comunicação. 2.2.1 Estratégias de comunicação O avanço da tecnologia mudou o perfil das mídias, mas também o dos consumidores e, com isso, a comunic se reinventar e acompanhar as constantes transformações. O mercado está cada vez mais fragmentado consumidores, por sua vez, estão bem informados, comparam preços, produtos e têm preferências variad não é mais apenas pela relação de compra e venda, mas também pela experiência de compra. Tudo isso profissionais de marketing estejam atentos às características dos consumidores e deem mais atenção aos s sua mente, coração e espírito (KOTLER, 2010). A New Balance, empresa norte-americana que produz roupas e calçados esportivos, é um case de sucesso Ela precisava promover sua nova loja na cidade de Nova York. Se pensasse com uma visão tradicional, po outdoors pela cidade, investir em publicidade na TV e nos jornais ou mesmo impulsionar anúncios nas rede ao invés de criar um comercial padrão, que faz com que a informação seja gravada por meio da repetição, a apostar em algo inusitado. Ela criou um aplicativo de realidade aumentada que estimulava os usuários a encontrar bastões p recompensa era um tênis. Resultado: a loja vendeu 40% a mais que o esperado e a ação rapidamente virou os nova-iorquinos. O caso da New Balance nos mostra como a internet potencializa a participação e a i usuários e empresas, também revela que é necessário definir novas estratégias para o gerenc relacionamentos. Chegamos ao que se pode chamar de Marketing 3.0, que leva em conta uma série de estratégias comun quais investem na vontade dos consumidores de transformar o mundo e torná-lo um lugar melhor. Para isso atentam para questões de justiça ambiental, econômica e social. Desse modo, o Marketing 3.0 está inserid da economia afetiva, não cuida somente do bom funcionamento do produto, como também, da satisfaçã consumidor. VOCÊ QUER LER? O livro “Marketing 3.0”, de Philip Kotler, provoca as empresas a desenvolverem novas abordagens de marketing, com foco nos novos comportamentos do consumidor. Segundo o autor, hoje, os consumidores estão mais conscientes, ativos e mais poderosos do que nunca. Como uma empresa pode se diferenciar de seus concorrentes? O que faz com que um consumidor escolha o produto da empresa X ou Y? Esses são alguns questionamentos presentes no livro. No Brasil, a empresa Natura é um dos maiores exemplos do uso dessa estratégia. A marca mostra a preocupação com toda a trajetória do produto, desde a matéria prima até o descarte final. Dessa sustentabilidade como uma forte estratégia frente aos desafios de atender a um consumidor que exige res social. A própria empresa em seu site afirma que realiza seu trabalho com o mínimo de impacto possível a pessoas. A criação de um instituto próprio, as redes sociais que estimulam a sustentabilidade e o uso de in biodiversidade brasileira fazem parte do mix que envolve a marca e que conquista o consumidor. Mas o que é, de fato, essa economia afetiva, relacionada aos dois casos de empresas que citamos acima co de sucesso? Bem, em primeiro lugar, é preciso compreender que essas estratégias levam em conta os meios tradiciona na comunicação com o público consumidor e, por isso, o conteúdo deve ser integrado. A Economia Afetiva, de acordo com Jenkins (2009) está revolucionando o marketing, pois busca compre modelo de comportamento do consumidor, o qual não quer mais “só” comprar, quer participar do cotidiano procura explicar o fator emocional no envolvimento dos consumidores com a marca, e a motivação sentimen na tomada de decisão na hora da compra. Agora, quando se fala em estratégias de comunicação, é preciso que se leve em conta a necessidade de experiência ao público consumidor. Os profissionais de comunicação começam a planejar, além da tradicional, a multimídia e multissensorial, usando, muitas vezes, como base as próprias histórias in consumidores e relacionando-as à marca. CASO Com o objetivo de conscientizar sobre as diferentes formas de elogiar meninos e meninas e, como isso, impactar no seu desenvolvimento futuro, a Avon lançou, em 2017, a campanha chamada “Repense o Elogio”. Além de um manifesto nas redes sociais da marca, foi lançado um documentáriocom o mesmo nome, dirigido por Estela Renner, que convida para uma reflexão profunda sobre e tema, passando por recortes de machismo, racismo e bullying. O esforço da marca foi reconhecido não só pelos seus consumidores, mas também por uma de suas principais concorrentes, a Natura. Assim, entra em campo um conceito sobre o qual ainda não falamos, as “Lovemarks”. Elas estão ligadas a capital emocional porque conquistam não só o amor, mas também o respeito dos seus consumidores. O emocional é forte o suficiente para suscitar o “[...] investimento além da razão [...]” (JENKINS, 2009, p. 383 assunto é esse, há uma empresa que dá lições sobre o assunto: a Melissa. O case da Melissa, por sinal, nos ajuda a pensar em várias questões sobre estratégias comunicacionais. Em a Melissa foi criada, a primeira estratégia de comunicação da Grendene foi uma ação de merchandising n uma novela da Rede Globo. Isso revela a estratégia daquele período, que era usar o intervalo de uma grand popularizar o seu produto. Foi naquele momento que a Melissa deixou de ser comercializada apenas no Ri São Paulo e ganhou o Brasil. A partir de 1981, começou uma forte queda nas vendas. Um dos principais motivos foi a baixa durabilidade de plástico. A empresa precisou lidar com uma crise, as consumidoras estavam doando os calçados por associados à baixa qualidade. Então, era necessária uma mudança na imagem que as consumidoras tinham de plástico. Aqui podemos dizer que a Grendene foi exemplo tanto de gerenciamento de crise quanto de repo da marca, objetivo alcançado por meio de uma nova estratégia de comunicação. Mas como resolver o problema da durabilidade? Bem, na verdade a estratégia foi outra. A Grendene prom Melissa entre famosas, para que a marca fosse vista como produto da moda. Ou seja, seu valor n durabilidade, mas na moda e estilo. Além disso, estilistas de renome mundial criaram novos modelos de ca marca, que passou a investir em desfiles em São Paulo e Paris. Caso esteja se perguntando se deu cert Melissa foi considerada uma marca de grife (RIBEIRO, 1995). Mas o case da Melissa não para por aí. Como dissemos anteriormente, estamos em época de renovação de Grendene apostou em canais de comunicação que dialogam diretamente com suas consumidoras. E, quem falar nas “melisseiras”? Foi outro gerenciamento incrível da marca. A partir de comunidades em que eram venda do calçado, o que para a marca poderia ser ruim por significar menos venda nas lojas, foi criado relacionamento direto com as fãs da marca. Em 2001, a Melissa deixou de anunciar na televisão e de trajetória na utilização da Internet como canal de comunicação. VOCÊ O CONHECE? David Aaker é uma das maiores autoridades da atualidade quando o assunto é marketing com foco em estratégias de branding. Ao longo de sua carreira, Aaker escreveu mais de 100 artigos e 14 livros, nos quais fala sobre a sua experiência no mundo corporativo. Tornou-se um dos mais citados autores sobre marketing. Em seu livro intitulado “Relevância de marca”, o autor menciona que ter sucesso é vencer uma grande guerra pela relevância de sua marca. Você lembra quando falamos sobre os 4 Ps? Perceba como eles são aplicados aqui. E, agora, uma curiosid mudanças feitas pela marca foi o aumento do preço do produto e a distribuição somente para boutiqu shoppings, alcançando o público que a empresa queria atingir com sua comunicação. Mais recentemente, uma série de outras estratégias foram criadas, como a TV Melissa que disponibi campanhas, coberturas de eventos. Nas redes sociais, a marca não só aproveita de seus canais, mas tam criados espontaneamente pelas consumidoras. Você lembra de quando falamos sobre comunicação 360 g ela na prática. Como você pode perceber as estratégias são inúmeras e nem sempre aquela que dá certo para uma sucesso em outra. Para encerrarmos essa seção sobre as estratégias, precisamos falar de outro case Netflix, que interage com os internautas demonstrando espontaneidade, uma vez que, se utiliza de diferenciada e inovadora. Quem nunca viu a Netflix viralizar com suas respostas divertidas e cheias de espon seus diferentes canais? Isso resulta em algo que para a comunicação atual é fundamental: engajamento. Os usuários da página Facebook se enquadram em dois comportamentos: compartilham e comentam, tornando-se assim, e conteúdos produzidos pela empresa. 2.2.2 Publicidade como ferramenta de comunicação Certamente, você já ouviu aquele ditado que diz: “quem não é visto não é lembrado”. Apesar de antigo, ele t com a publicidade como uma das estratégias de comunicação mais eficazes. Quando bem planejada, possi resultados para a divulgação de uma marca, afinal, a marca é o maior patrimônio de uma empresa. A publ ferramenta de comunicação que auxilia no aumento das vendas, negócios e lucros para os clientes. A publicidade não deve ser vista como algo milagroso, capaz de trazer resultados imediatos ou que atu precisa ser pensada em conjunto com as demais áreas, como assessoria de imprensa e de relações conquistar a preferência dos clientes. Ela precisa ser planejada em conjunto e faz parte do mix de marketing VOCÊ QUER VER? Steven Jobs foi o responsável por inventar o Mac, investir na ideia do computador pessoal. Conhecer a sua trajetória profissional é interessante, sob qualquer perspectiva, principalmente para quem atua no mercado publicitário. No filme “Steve Jobs: O Homem e a Máquina”, disponível na Netflix, vemos os três momentos mais importantes da carreira de Steve Jobs, com ênfase nos pontos fracos e a audácia visionária de ir além do óbvio. No entanto, você pode estar se perguntando por que dizer que ela é uma ferramenta e o que, exatamente, Ferramentas de comunicação são técnicas e formas de linguagem que foram evoluindo com o passar da meio dela que se desenvolvem várias formas de gestão e comunicação entre os grupos, empresas e comuni Assim como as diferentes profissões contam com seus instrumentos de trabalho, como o machado para panela para o cozinheiro, a tesoura para o jardineiro, os comunicadores contam com suas ferramentas. recursos em diversos campos da atividade humana que auxiliam a atingir os objetivos propostos. 2.3 Publicidade e promoção Bem, agora que chegamos até aqui e você já sabe que a publicidade é uma ferramenta muito poderosa de podemos começar a responder aquela pergunta lá do início da unidade: publicidade e promoção são a mesm tudo o que estudamos até agora, você arriscaria uma resposta? Se você ainda não consegue responder e sempre ouviu as duas palavras como sinônimas, não se pre começar a delimitar as principais diferenças e você não terá mais dúvidas. Apesar de terem objetivos sem são atingir os consumidores e criar expectativa com relação a produtos ou serviços, publicidade e promoção si em muitos aspectos. Vamos começar a conhecê-los! 2.3.1 Principais diferenças sobre publicidade e promoção Sempre que estamos em dúvida sobre dois conceitos, é importante conhecer as suas origens. A publicid latim “publicus”, que significa público. Ela está relacionada, em sua essência, ao ato de tornar público um fat um serviço. Já a origem do termo propaganda vem da sua utilização pela Igreja Católica, para propagar a f prática, alguns pesquisadores preferem dizer que a propaganda é o anúncio que tem veiculação paga e a pu uma derivação da comunicação não paga, ou seja, espontânea. Em síntese, podemos dizer que enquanto oferece uma razão para a compra, a promoção de vendas oferece um incentivo à compra. Para o Conselho Normas Padrão, um dos órgãos reguladores da atividade de comunicação, não há diferença entre propaganda. Kotler e Armstrong (2003) definem a propaganda como qualquer forma paga de promover ideias, bens ou se patrocinador identificado. Já a publicidade é definida por Limeira (2003), no livro “Gestão de Marketing” com de informações sobre as atividades de determinada empresa e seus produtos por meio da imprensa, executada por um jornalista. Entretanto,e quanto à promoção? A promoção também é uma ferramenta de marketing. Mas, seu apelo é Quando você opta por levar um produto para casa e não outro, para poder ganhar um brinde, por exemplo seduzido pela promoção. No Brasil, a Parmalat representa um bom exemplo de sucesso em termos de promoção. No início dos anos fez com que muita gente juntasse os códigos de barra do leite para trocar por bichinhos de pelúcia. A mar mais conhecida e há quem cantarole o jingle da campanha até hoje, porém, assim que a promoção deixou de de vendas voltou ao normal. Dessa forma, como você percebe, a promoção é uma ferramenta que tem uma curta e que pode lançar mão de cupons, banners, painéis, descontos, participação em clubes de vendas, en curtiu, marcou um amigo e compartilhou algo no Facebook só para concorrer a um presente? Então, s participou de uma promoção. Ainda que tenha levado adiante o nome da marca sem receber pagamento ajudou também na publicidade daquela empresa. Figura 4 - Promoção Fonte: PeopleImages, iStock, 2020. 2.4 Promoção de vendas e merchandising O merchandising e a promoção de vendas não são temas novos, mas merecem atenção. São diferentes f estratégias de marketing e comunicação, utilizadas no processo de persuasão e de estímulo à venda e produtos ou serviços. Antigamente, elas eram vistas unicamente como instrumentos mercadológicos a induzir o consumidor a adquirir um produto. Mas, como já foi falado, o cliente e o mercado se transformara funções vão muito além disso. Diferentes autores nos trazem definições distintas sobre o que é, afinal de contas, a promoção de vendas. F p. 9) destaca pelo menos 20 significados diferentes e conclui que “[…] a promoção de vendas define-se po uma técnica de promover vendas. Promover implica fomentar, ser a causa, dar impulso, fazer avançar, provo desenvolver, originar, favorecer […]”. Kotler (2002) explica que o merchandising procura acompanhar todo o ciclo de lançamento de um produ adequação para os PDVs (imagem, embalagem, compra, preço, volume, materiais promocionais) até o co desempenho mercadológico diante dos consumidores. O merchandising também ganhou destaque como fator essencial de decisão de compra. De acordo com além de ajudar no posicionamento e na exposição de produtos, os materiais de PDV são a principal campanha de propaganda para complementar o desejo e a intenção de compra. Para o referido autor, analisar que a promoção de vendas é feita por um período curto, enquanto o merchandising é constante. Para a American Marketing Association, pode ser considerada como promoção de vendas as atividades de não sejam de venda pessoal, propaganda e publicidade, tais como espetáculos, shows e exibições, dem vários esforços que saem fora da rotina ordinária de determinada empresa ou marca. Pode-se ofere adicionais para que se compre, vá ao ponto de venda, participe de uma ação, experimente um novo produt consumo. Antes de criar uma promoção de vendas, você deve analisar o ciclo de vida do seu produto. Fora isso, é nece a média de vendas dos últimos seis meses. A promoção de vendas tem funções diferentes em cada fase d do produto. De forma geral, pode ser usada quando a qualidade for menor do produto ou da empresa mercado de grandes players, quando a propaganda for inferior ou com pouca verba, quando houver la reposicionamento e em período promocional. 2.4.1 Campanhas promocionais Chegamos ao último tópico desta unidade para falar de algo fundamental dentro da comunicação estratégi campanhas promocionais. Utilizar as estratégias corretas pode fazer com que o seu negócio prospere mercado amplamente concorrido. Por conta disso, garantir que a sua marca esteja próxima ao consumidor é e é esse o papel principal desse tipo de campanha. Existe também a promoção de venda, que deve servir para construir relacionamentos com os consumidor (2008, p. 35) define que […] enquanto a Campanha Promocional divulga o produto, torna a marca conhecida, interage c solicitando-lhe algo e dando-lhe alguma coisa em troca, a Campanha de Promoção de Vendas volt do preço de formas diversas: liquidação, dúzia de treze, leve 3 pague 2, compre agora, últimos dias, e Esse tipo de campanha faz parte de um processo mercadológico em que a agência de publicidade não p consulta, pois ela não tem autoridade para reduzir custos de produtos do cliente. Reduzir o preço é uma dec do anunciante, e não da agência de publicidade. O marketing promocional pode servir também para ajudar a tirar aquele produto encalhado do estoque, por temos um exemplo de sucesso com o Carrefour, que criou o “Programa Únicos”, oferecendo frutas e legume diferentes do que estamos acostumados com 30% de desconto. O cliente fica satisfeito com a oferta e a e ao comercializar produtos que não tinham tanta saída. Conclusão Chegamos ao fim da terceira unidade da disciplina de Introdução à Publicidade e Propaganda. Aqui, apro conhecimentos sobre a publicidade e o mix de marketing, com ênfase nas estratégias de comunicação marketing. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: compreender o que é o mix de marketing e como podemos aplicá-lo prática; entender o que é comunicação estratégica; identificar as diferenças entre publicidade e promoção; conhecer os tipos de campanhas promocionais que podem impleme prática. • • • • Bibliografia AAKER, David A. Measuring brand equity across products and markets. California management review, v. 38, BLESSA, R. Merchandising no ponto de venda. 4. ed. São Paulo, Atlas, 2001. FERRACIU, J. D. S. S. Promoção de vendas: 40 anos de teoria e prática promovendo e vendendo. São Paulo: M 1997. JENKINS, H. Cultura da convergência. São Paulo: Editora Aleph, 2009. KOTLER, P. 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