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Carla Bertelli – 5° Período Laboratório de Farmacologia N2 (Laboratório de FarmacologiaN2) Antiparkinsonianos Levodopa Percursor da Síntese de Dopamina. Atravessa a barreira hematoencefálica, é convertido em dopamina na fenda sináptica. • Pode cursar com discinesias e demências em idosos, como efeitos adversos Inibidor da MAO-B – Selegilina e Rasegilina Inibe irreversivelmente a enzima MAO-B que destrói a dopamina, ou seja, inibe a degradação da dopamina no SNC, aumentando a sua concentração • É metabolizada em metanfetamina e anfetamina, que talvez seja responsável por seu efeito no SNC Amantidina – Aumenta a liberação de dopamina nos sítios, bloqueia a recaptação de dopamina. Pode ser usado como adjuvante da Levodopa Antiviral que aumenta a liberação de dopamina nos terminais nervosos, bloqueando a sua recaptação. Também estimula os receptores dopaminérgicos e apresenta efeito anticolinérgico periférico. Tem efeito anti -glutamatérgico, causando bloqueio dos receptores N - metil - D - aspartato (NMDA), o que facilita a transmissão dopaminérgica no struatum, mecanismo que diminui as discinesias induzidas pela levodopa Anticolinérgicos – Trihexifenidil e Benzatropina, Atuam bloqueando os receptores colinérgicos no striatum, levando a um desequilíbrio entre a estimulação dopaminérgica e a colinérgica nessa estrutura Agonista da Dopamina – Bromocriptina, Pramipexol e Ropinirol. Diferentemente das opções anteriores, os agonistas são drogas dopaminérgicas por atuarem diretamente sobre os receptores dopaminérgicos estriatais, dispensando a síntese pré-sináptica da dopamina. Esses fármacos não dependem da conversão enzimática para obter um metabólito ativo e atravessam rapidamente a barreira hematoencefálica Inibidor da COMT Inibidor da COMT, que diminui o metabolismo da levodopa, aumentando sua oferta para o SNC. É uma droga inibidora reversível da COMT e tem ação somente no sangue periférico, não passando a BHE. É administrada simultaneamente a cada dose de levodopa Os fármacos de preservação da Levodopa são medicamentos que têm o intuito de realizar uma neuroproteção e retardar o uso da Levodopa, como, por exemplo, a Amantadina, os anticolinérgicos e os agonistas de dopamina Manejo Terapêutico da Meningite • Neisseria meningitis (mingococo) – Diplococo gram negativo • Streptococcus pneumoniae (pneumococo) – Cocos gram positivos • Haemophilus influenzae – Bactéria gram negativa Meningite Bacteriana – Ceftriaxona + Vancomicina Meningite Fúngica – Anfotericina B + Fluconazol Viral – Controle sintomático, porém administra-se Aciclovir (inibe a replicação viral), utilizado em casos por infecção por Herpes Quimioprofilaxia (pessoas que tiveram contato com infectados) Crianças: Rifampicina (inibe a transcrição bacteriana) Adultos: Ceftriaxona e Ciprofloxacino Carla Bertelli – 5° Período Caso Clínico 1 – 16 anos, masculino História clínica: Doze horas antes da admissão hospitalar, o paciente referia indisposição geral e dores no corpo. Fizera uso de um analgésico e deitara-se. Acordou horas após, queixando- se de intensa cefaleia, forte indisposição e sudorese profusa. A temperatura axilar era de 39,6°C. Foi, então, levado a um serviço de emergência, sendo internado imediatamente. Exame físico e exames subsidiários: TAx: 39,2°C; PA: 60/40 mmHg; FC: 110 bpm; FR: 32 mpm. Evidenciaram-se sinais de irritação meníngea (rigidez de nuca, sinal de Kernig). A punção lombar foi francamente purulenta, estabelecendo o diagnóstico de meningite, provavelmente por meningococo (bacterioscopia com cocos Gram- negativos) Para esse paciente é indicado o uso de Penicilina (1° linha de tratamento, contanto com ausência de resistência), Ampicilina, Ceftriaxona (IV, inibe a síntese de parede celular) Uso de corticoide neste caso é indicado, pois ele está em choque (sinais de alarme), administrar dexametasona de 6/6h Caso Clínico 2 – Estudante universitário de 20 anos é seu próximo paciente na emergência. Quando você entra na sala, ele está deitado de lado na mesa de exame, cobrindo os olhos com o braço. A luz da sala está apagada. Você olha a ficha de atendimento e nota que a enfermeira registrou temperatura de 39°C, pulso de 110 bpm e pressão arterial de 120/80 mmHg. Quando você pergunta como ele se sente, ele diz que nos últimos três dias tem febre, dor pelo corpo e cefaleia com piora progressiva. A luz fere seus olhos; ele está nauseado, mas não vomitou. Tem alguma rinorreia, mas não tem diarreia, tosse ou congestão nasal. Não teve contato com pessoas sabidamente doentes. Verifica-se no exame que há exantema, suas pupilas são difíceis de ser avaliadas por causa da fotofobia. As orelhas e a orofaringe estão normais. Coração, pulmões e abdome estão normais. O exame neurológico não mostra sinais focais, mas a flexão do pescoço piora a cefaleia, e ele é incapaz de tocar o queixo no próprio tórax. Na bacterioscopia de líquor, foi encontrado cocos gram-negativos dois a dois. Agente Etiológico: Cocos gram-negativos, corresponde à neisseria meningitidis Tratamento Antibacteriano Indicado – Antibioticoterapia com Ceftriaxona IV Há necessidade da administração de corticoides (dexametasona)? Pode ser usada para reduzir a resposta inflamatória causando alivio dos sintomas, reduz complicações e mortalidade. • Utilizado quando se avalia sinal de gravidade Se o agente etiológico fosse um dipocloco gram +, qual bactéria e qual tratamento recomendado? Trataria de um Streptococcus pneumoniae, o tratamento seria com Ceftriaxona (só mudando o esquema terapêutico) Tratamento do Alzheimer São drogas antidemências – controle de déficits progressivos das disfunções cognitivas • Ativam em 2 sistemas: Colinérgicos e Glutamatérgicos Objetivo do Tratamento – Atrasa a progressão da doença e melhora a sintomatologia Terapias Não Farmacológicas – Atividades físicas e mentais, alongamentos e exercícios de memória, terapia cognitivo-comportamental Efeitos Colaterais Comuns: ✓ Colinérgicos (Donezepil, Exalan, Razadyne) – TGI, náuseas, vômitos. ✓ Glutamatérgicos (Memantina) – Diarreias, vertigens, inquietação, excitação e cansaço, hepatotoxicidade Memantina Bloqueia apenas o canal iônio do receptor de NMDA quando está aberto. Ação neuroprotetora quando a ativação excitatória de receptores MNDA. Tem propriedades antagonistas e antagonistas fracas de 5HT3. Possui efeito sobre a neurotransmissão glutamatérgica como antagonista não competitivo ✓ Atua no sistema glutamatérgico ✓ Antagonista não competitivo ✓ Ação Neuroprotetora ✓ Antagonista das ações do glutamato nos receptores MNDA Carla Bertelli – 5° Período Inibidores das Colinesterases – Tacrina, Galantamina, Donezepil, Rivastigma. Inibem as principais enzimas catalíticas da acetilcolina, a acetil e a butiricolinesterase. Visa o aumento da disponibilidade sináptica de acetilcolina. Classificadas com base na reversibilidade e na duração da Inibição das Colinesterases. ✓ Anti colesterases ✓ Atua no sistema colinégico ✓ Atuam amplificando a resposta da acetilcolina remanescente por meio da inibição da enzima que promove a sua clivagem na fenda sináptica, a acetilcolinesterase ✓ Mantém + acetilcolina na fenda Qualidade do Sono Caso Clínico – Uma mulher de 22 anos de idade é trazida para o serviço de emergência por ambulância devido a uma tentativa de suicídio. Logo depois de um passeio, ela chamou o namorado dizendo que havia tomado muitas pílulas para dormir. Durante o exame, ela está letárgica, mas geme e move todas as extremidades sob estímulos dolorosos. Sua pressão arterial é de 110/70 mmHg, a frequência cardíaca é de 80 bpm e a saturação de oxigênio é de 99%. Suas pupilas têm tamanho normal e são reativas à luz. Seus reflexos tendíneosprofundos estão normais bilateralmente. No local, ela recebeu um bólus intravenoso de dextrose e uma ampola de naloxona sem resposta. Seu namorado, com quem teve uma discussão, trouxe o vidro do medicamento usado, em que se lê “lorazepam. Benzodiazepínicos – Aumento da transcrição de GABA, que é o principal neurotransmissor inibitório do SNC, facilitando a abertura de canais de cloreto que provoca a hiperpolarização da membrana neuronal, reduzindo sua excitabilidade Quais outras ações terapêuticas utilizadas para transtornos do sono? Sedativos, ansiolíticos, hipnóticos, anticonvulsivos, anestésicos, relaxantes musculares Benzodiazepínicos são classificados em classes: Ação Longa – Diazepam, Alprazolam, Flurozepam – Indicados em casos de distúrbios do sono, distúrbios convulsivos, insônia Ação Curta – Clonazepam, Lorazeam – Epilépticos, insônia, transtornos de ansiedade, alteração do humor e psicoses Ultra Curta – Anestesia geral, como Midazolam, para procedimentos Flumazenil É indicado para promover a reversão completa ou parcial dos efeitos sedativos centrais dos benzodiazepínicos – é um ‘’antidoto’’, capaz de sustentar as funções vitais do paciente, porém de efeito curto Quais as classes que podem ser utilizados para transtornos do sono? • Drogas Z – Hipnóticos de 2° geração • Hipnóticos de 3° geração • Melatoninérgicos • Agonista Gabaérgicos • Antidepressivos Sedativos Carla Bertelli – 5° Período Higiene do Sono: • Evitar telas • Ter um intervalo de tempo entre refeições e atividades físicas • Luz adequada Diagnóstico de Neuropatias Enfermidades sistêmicas ou do SNP que podem associar- se à disfunção do SNC. Para avaliação deve-se levar em consideração o padrão de acometimento clínico, anatômico, direcionando a investigação necessária Não faz o diagnóstico – Traz informações complementares Exames Gerais – Hemograma, VHS, glicemia em jejum, TTG, Hormônios tireoidianos, vitamina B12, ácido fólico, marcadores de doenças reumatológicas, Sd. paraneoplásicas, função hepática, renal, hematológica Específicos – Diretamente relacionados a enfermidades do SN: líquor, biópsia do nervo, RM, marcadores imunológicos, análise de DNA, dosagem de atividades enzimáticas A avaliação do LCR pode ser útil para avaliar etiologia do SNC Os exames complementares podem fornecer diagnóstico etiológico e os acometimentos sistêmicos e do SNC Anticorpos: Anti GM1 – Neuropatia Motora Multifocal Anti MAG – Polirradiculoneurite Inflamatória Crônica Anti Hu – Sd. Paraneoplásicas Anti Gd1b – Sd. de Miller-Fisher Etapas Sequenciais na Caracterização da Doença Neuromuscular 1 – Analisar o tipo de envolvimento (fibras nervosas) • Motora – Atrofia • Sensitiva – Diminui sensibilidade • Autonômica – Hipotensão 2 – Padrão anatômico de acometimento – Sítios específicos ou em todas as estruturas -> Neuropatia, Radiculopatia, Mononeuropatia, Polineuropatiam Polirradiculopatias 3 e 4 – Início e forma de evolução • Agudo, subaguda ou crônica • Monofásico, recorrente ou progressivo 5 – Aspectos eletrofisiológicos – ENMG (Eletroneuromielografia) • Lesão na bainha de mielina e axônio, identifica a fibra • Permite o auxílio na classificação das neuropatias • Avaliação neurofisiológica • Axonal ou Desmielinização 6 – História familiar + Traços familiares e genéticos 7 e 8 – Sintomas e Patologias Associadas – Medicações, alcoolismo, resposta terapêutica 9 – Tratamento realizado e respostas obtidas – Tempo de administração, dosagens, resposta terapêutica 10 – Investigação complementar – Gerais e Específicos • É a última etapa O diagnóstico de neuropatia é clínico, só após isso pede- se exames complementares para se confirmar Exame mais eficiente – Eletromiografia Tratamento da Dor Crônica Opioides – Estimulam os receptores de dopamina e inibem os receptores GABA Carla Bertelli – 5° Período Os opioides geralmente são divididos em dois grupos: • Opioides fracos – codeína e di-hidrocodeína; • Opioides fortes – tramadol, metadona, fentanil, morfina e oxicodona. Os opioides atuam promovendo a abertura dos canais de potássio e a inibição da abertura de canais de cálcio controlados por voltagem. Causando assim, hiperpolarização e redução da excitabilidade neuronal. Além disso, ocorre redução da liberação de transmissores (pela inibição da entrada de Ca2+). Como a tolerância pode ser desenvolvida em uso de opioides e no que resulta? A tolerância e a dependência física se estabelecem após a administração prolongada de opioides. A tolerância ao efeito do analgésico é definida como a necessidade de serem aumentadas as doses gradualmente de modo a serem observados os mesmos efeitos analgésicos. Geralmente se manifestam com redução progressiva na duração da analgesia para uma cerca dose. Isso é explicado pela dessensibilização dos receptores opioides e pela perda dos receptores funcionais da superfície celular. Efeitos Adversos – Obstipação, náuseas, vômito, sedação, alterações cognitivas, depressão respiratória, intoxicação aguda, perturbação sexual, retenção urinária, prurido, mioclonia e miose. • Agonistas Puros – Morfina, Fentalina, Petidina • Agonistas Parciais – Pentazocina, Buprenofeina • Antagonistas – Naloxano, Naltrexona • Forte – Morfina, Petidina, Sulfentanila, Fentalina • Intermediária – Pentazocina, Oxidacano • Fraco – Codeína, Tramadol • Natural – Morfina, Codeína • Semissintético – Heroína, Oxicadona • Sintético – Metadona, Petidina, Fentanila Dor Nociceptiva Ocorre por ativação fisiológica de receptores ou da via dolorosa e está relacionada à lesão de tecidos ósseos, musculares ou ligamentares • Opioides como codeína, morfina, metadona • AINES: Iboprufeno, paracetamol Dor Neuropática É definida como uma dor que ocorre em áreas ou órgãos envolvidos em lesões ou doenças neurológicas Duloxetina, Pré-Gabalina, Lidocaína Carla Bertelli – 5° Período Medicamentos Adjuvantes: Antidepressivos e Anticonvulsivos Escala de Analgesia da Dor Tratamento da Vertigem • Mecclizina -> Bloqueia H1 (anti-histamínico) • Dimenidato -> H1 (histamin) • Hotolopramida e Domperidona -> Dopa (motilium) • Ondansetrona -> 5HT3 (vonau) • Bromoprida -> D2 (digesan) • Difenidol -> Colinérgico (Vontral) Causas Periféricas – Vertigem Posicional Paroxística Benigna, Vertigem Postural Fóbica, Doença de Ménieré, Vertigem Medicamentosa, labirinte bacteriana, falência vestibular súbita. Causas Centrais – Enxaqueca basilar, Isquemia vertebrobasilas, AV do Cerebelo ou tronco, Neoplasias, EM, Crises Epilépticas. Flunarizina – Bloqueadores do canal de cálcio do lado interno da membrana. Reduz a frequência da abertura em relação à constância • Homeostasia do Cálcio nos Osteólitos + Vasodilatação • Menor frequência dos canais desprendidos e menor pressão Efeitos Adversos: Parkinsonismo em adultos, depressão cardíaca, bradicardia, bloqueio átrio ventricular, PCR, rubor, tontura, náuseas, constipação, edema periférico Outros fármacos usados na vertigem: Benzodiazepínicos, Droga Vasoativa (betaistina) Controle de náuseas e vômitos – Domperidona, difenidol, ondansertrona, dimenidrato Não Farmacológico – Repouso, alimentação leve, reabilitação vestibular, Manobra de Epley para VPPB (faz o reposicionamento vestibular) Caso 2 – Sintomas Relacionados à radiodoterapia Meclizina: Propriedade anticolinérgica fraca, contribui para menor estímulo para a indução de náusea e vômito É um fármaco anti-histamínico H3 com propriedades anticolinérgicas mínimas, que também produzem Carla Bertelli – 5° Período sedação. É utilizada na prevenção da cinetose e no tratamento da vertigem causada por disfunção do labirinto EfeitosAdversos – Excitação e convulsão em crianças, hipotensão, respostas alérgicas, cefaleias, boca seca, retenção urinária. Objetivos – Alívio dos sintomas, reabilitação vestibular, específico para doenças subjacentes do sistema vestibular Corticoides e Imunossupressores Utilizados no tratamento de Doenças Reumatoides Mecanismo da Imunossupressão da imunidade por GC? Os glicocorticoides (GCs) apresentam efeitos biológicos em muitos órgãos e sistemas, participando de mecanismos fisiológicos e de adaptação a situações de estresse e modulando respostas de defesa. Tanto o cortisol como os vários análogos sintéticos dos GCs interferem no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, além do seu papel na regulação de funções imunes, metabólicas, ósseas e cardiovasculares. Os GCs podem se ligar a dois receptores distintos: receptores de mineralocorticoide (tipo I) e de glicocorticoide (tipo II). Os receptores tipo I induzem à ativação dos canais de sódio, levando à retenção de sódio e hipertensão arterial. Os receptores tipo II estão presentes em todas as células, incluindo as do sistema imune. Com a ligação esteroide-receptor, há modulação da expressão de proteínas importantes para o equilíbrio energético-metabólico, resposta inflamatória, ciclo celular e regulação da taxa de sobrevida das células (apoptose celular). Mecanismo do Metotrexato e Efeitos Adversos Análogo do Ác. Fólico que interfere na síntese de DNA por inibição da enzima di-hidrofolato redutase. seu efeito imunossupressor ocorre através da sua inibição da replicação e função dos linfócitos T e provavelmente B • Hepatotoxicidade • Supressão da medula óssea - Anemia Anaplástic • Gastrointestinais Suplementar com Ácido Fólico - suplementar com ácido fólico, diariamente, e realizar o monitoramento clínico- laboratorial, para que se verifique a atividade da doença, objetivando-se sua remissão sustentada. Diminui efeitos colaterais do metotrexato Lúpus – Indicação de GC: Risco do emprego continuado: Potencializa surgimento de infecções pois possui efeitos inibidores do SI que afetam as respostas para células Te B. Alterações metabólicos, Alteração do metabolismo ósseo, alterações na glicose, Diabetes Fazer suspensão gradativa e desmame Classificação dos Imunossupressores • Inibidores Seletivos da produção e função das citocinas • Antimetabólitos Imunossupressores • Anticorpos • Corticosteroides • Inibidores de Calcimielina Análise Laboratorial de Infecções Virais Quais os principais vírus associados com infecções em SNC? Enterovírus, Arboviroses, Herpes viroses, outros... Patogênese: Entrada dos vírus por mucosas. Alguns permanecem confinados no local de entrada e outros se disseminam. Disseminação hematogênica ou neural. A doença surge a partir da propagação viral no SNC com agressão, penetração e lesão na célula. O neurotropismo viral se manifesta pela infecção de neurônios, neuroglio, micróglia Carla Bertelli – 5° Período Características do LCR: • Pressão normal ou aumentada • Contagem de leucócitos - 10 e 500 umentado) • Pleocitose leve • Celularidade normal • Proteinorraquia levemente aumentada • glicose e lactato normal • 7-10 dias ausência de resposta imune intratecal • Isolamento Viral • Detecção direta de antígenos e partículas virais • Células mononucleares - linfócitos, Pode ser atípico Quais outros exames de rotina? Alterações no EEG, RM maior sensibilidade é o exame de imagem de escolha. O diagnóstico definitivo baseia-se na demonstração de antígenos virais no tecido cerebral, isolamento viral ou amplificação do DNA do HSV no LCR. Sorologias e PCR Análise Laboratorial da Artrite Reumatoide Diagnóstico feito com base em achados clínicos e exames complementares. Considerar o tempo de evolução da artrite, a presença de autoanticorpos (quando disponível a sua determinação), a elevação de provas de atividade inflamatória e as alterações compatíveis em exames de imagem. Nenhum exame isolado, seja laboratorial, de imagem ou histopatológico, confirma o diagnóstico. Critérios de 1987: Rigidez matinal; Artrite de três ou mais áreas articulares; Artrite de mãos; Artrites simétricas; Nódulos reumatoides; Fator reumatoide positivo Alterações radiográficas. A presença de quatro ou mais critérios por um período maior ou igual a 6 semanas é sugestivo de AR Critérios de 2010 – sistema de pontuação com base em um escore de soma direta. As manifestações são divididas em quatro grupos: Acometimento articular; Sorologia; Provas de atividade inflamatória; duração dos sintomas • Uma pontuação maior ou igual a 6 classifica um Paciente como tendo AR Sintomas: Poliartrite simétrica e aditiva, artralgia, rigidez matinal e exames Laboratoriais de atividade inflamatória aumentados (velocidade de hemossedimentação e Proteína C reativa). Em fases tardias, surgem deformidades, como desvio ulnar dos dedos ou “dedos em ventania”, deformidades em “pescoço de cisne” [hiperextensão das articulações] Interfalangianas proximais (IFP) Marcadores Laboratoriais: Na avaliação complementar dos pacientes com AR, a titulação de autoanticorpos como fator Reumatoide (FR) (sensibilidade de 75% e especificidade de 85%) e anticorpos contra peptídeos Citrulinados cíclicos (anti-CCP) (sensibilidade de 75% e especificidade de 95%) têm importância Diagnóstica e prognóstica. A dosagem de anti-CCP não é um exame obrigatório, mas pode Auxiliar em casos de Carla Bertelli – 5° Período dúvida diagnóstica, geralmente sendo reservada para casos em que o FR é Negativo Lúpus Sintomas: Alopécia e úlceras orais, artralgia, lesões cutâneas discoides e placas eritrmatosas Quais exames laboratoriais devem ser solicitados para confirmação neste caso de Lúpus? Quais os exames úteis para acompanhamento? • Autoanticorpos e Redução do complemento • >98% dos pacientes tem FAN positivo (mas não é específico de LES) • Anti-dsDNA • Anti-SM • Anti P 2012 – Sensibilidade 94%, especificidade 92% 2019 – Sensibilidade 96,1%, especificidade 93,4% Tratamento da Gota • Gota – Cristalização do ácido úrico • Hiperuricemia = Cristais de Urato de Sódio • Gota= Associado à temperatura das extremidades Diagnóstico: Padrão ouro: Observação de cristais de urato monossódico na microscopia óptica na sinóvia Medicamentos Utilizados na Fase Aguda – AINE, Corticosteroides, colchicina Colchicina: Inibição da divisão celular, ao ligar às tubulinas dos microtúbulos e impedir que formem o Fuso. Isso afeta diretamente na atividade de neutrófilos, pois impede Carla Bertelli – 5° Período a diapedese, a mobilização e a de granulação lisossomal, além de substâncias pró- inflamatórias, agentes miotóxicos de leucócitos. Medicamentos Utilizados na Fase Crônica – Alopurinol, Febuxostat, Agentes uricosúricos, Uricases recombinantes. Alopurinol - Primeira linha para redução de uratos. São inibidores competitivo não específico na hipoxantina oxidase e da Xantina oxidase. Isso diminui a produção de ácido úrico, aumentam as concentrações de xantina e hipoxiantina. Febuxostat – Pode reduzir o ácido úrico e melhorar a função renal efetivamente em pacientes com nefropatia diabética estágio com DRC. diminuição do ácido úrico sérico pela inibição seletiva da XO. O febuxostate é um inibidor potente da XO não seletivo para as purinas Agentes Uricosúricos - Excreção direita do Ácido Úrico. Inibem competitivamente os transportadores responsáveis pela reabsorção do ácido úrico. Uricases - Faz a conversão do Ácido Úrico, ai excreta metabolizam o ácido úrico em alantoína, que é: Mais solúvel que o ácido úrico. Improvável que precipite. Líquido Sinovial Normal: Aspecto límpido/cor amarelada, Viscosidade normal, Leucócitos < 1000, Glicose normal Séptica: Aspecto Límpido,cor amarelada, ou leitoso esverdeado. Viscosidade variável, leucócitos 50.000 a 100.000, Neutrófilos> 75%, glicose reduzida, bacteriascopia e cultura positiva. Inflamatório por cristais: Aspecto límpido, cor amarelada ou leitosa, viscosidade baixa, leucócitos até 100.000. Neutrófilos <75%, glicose reduzida, ácido úrico aumentado, cristais Inflamatória imunológica : Aspecto turvo, Cor amarelada, Viscosidade baixa, leucócitos 700-1500, Neutrófilos> 50%, Glicose reduzida Hemorrágica: Aspecto límpido, cor vermelha, viscosidade baixa, leucócitos <1000, glicose normal ou variável, eritrócitos Carla Bertelli – 5° Período Marcadores do Metabolismo Ósseo Marcadores de Síntese Óssea – Fosfatase Alcalina, osteocalcina, PINP E PICP. São produtos que vão set sintetizados a partir de células que atuam na síntese óssea Marcadores de Reabsorção Óssea – Hidroxiprolina, Interligadores de Colágeno – Piridinolinas, Piridinolina e/ou deoxipiridinolina, N-Telopeptídeo, C-Telopeptídeo – Fosfatase Alcalina Fosfatase Alcalina – São elevadas em crianças, sendo mais alto durante a infância, por conta da Formação óssea, onde a produção de matriz colágeno coincide com maior produção de fosfatase alcalina, enquanto a mineralização coincide com maior produção de osteocalcina • Fosfatase = Produção de matriz colágena Durante a formação óssea, a produção de matriz colagenosa precede a mineralização Para que servem os marcadores C e N telopeptídeos? Sua presença indica digestão de colágeno maduro. É um sinalizador precoce do sucesso ou insucesso de uma terapia, e se alteram mais rápido que a densitometria Produtos de degradação do colágeno maduro, está tendo uma alta taxa de Reabsorção, não acompanhada pela síntese • Não substitui a densitometria Cálcio Plasmático – Diagnóstico de Hipo e Hipercalcemia Vitamina D – Quando baixa significa alteração na diferenciação dos osteoclastos PTH – Alto grau de sensibilidade, útil no diagnóstico diferencial das hipercalcemias Ostecalcina – Não é influenciada pela dieta, é mais fidedigna. Maior meia vida, fenômenos agudos Fosfatase Alcalina – Quando elevada remete ao aumento da formação óssea, formação da matriz colagenosa, níveis com prazo mais Longo Tratamento da Osteoporose Teriparatida – Fator recombinante do PTH, Promove a formação óssea estimulando a atividade osteoblástica. único que é estimulador de Síntese Óssea, não é antirreabsortivo Bifosfornatos – Ação antirreaboaativa decorrente de efeitos inibitórios diretos sobre os osteoclastos, Diminui a reabsorção osteoclastica do osso, principalmente pelo aumento da apoptose osteolástica e pela inibição da biossíntese do colesterol Moduladores Seletivos dos receptores de Estrogênio – Interage seletivamente com os receptores de estrogênio, Inibe a reabsorção óssea Sem estimular a hiperplasia endometrial ou da mama Denosumabe – Liga-se ao RANK-L e impede que ele estimule a diferenciação e função dos osteoclastos, Anticorpo monoclonal que atua no receptor ativador do fator nuclear ligante Kappa B e bloqueia a reabsorção óssea Calcitonina – Diminui a concentração plasmática de Ca 2+ e de fosfato em pacientes com hipercalcemia, Suprime a reabsorção óssea Recomendações do uso de Cálcio e Vitamina D na Osteoporose - Pessoas internadas, idosos e sedentários. mulheres> 50 anos, preferencialmente pela dieta. Vitamina D em pacientes pós menopausa caso necessário Efeitos Adversos de uso de Bifosfonatos - Fratura típica do fêmur, osteonecrose mandibular, efeitos adversos comuns no TGI Risco da terapia de Reposição Hormonal - Câncer de mama, TVP, TEP. Riscos quando feita a interrupção aguda. Indicado em mulheres com sintomas de menopausa, climatéricos, antes dos 60 anos ou com menos de 10 anos de menopausa, homens com osteoporose por Hipogonadismo. Terapia não Farmacológica - Exercício físico, fortalecimento