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Farmacobotânica: Estudo das Plantas Medicinais

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Farmacobotânica
Apresentação
A Farmacobotânica é o estudo científico das plantas. Essa área da Farmácia busca entender o 
funcionamento vegetal do ponto de vista tanto morfológico quanto estrutural. Ela permite o estudo 
de características macroscópicas e microscópicas (anatômicas) das plantas. O conhecimento acerca 
dessa disciplina é de grande interesse, uma vez que boa parte dos medicamentos é derivada de 
compostos naturais. O esclarecimento de conceitos importantes auxilia no entendimento 
relacionado à descoberta de novos fármacos e suas propriedades terapêuticas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender sobre o processo de identificação botânica, 
conhecer as especificações químicas e físicas e elucidar as estruturas morfofisiológicas das plantas.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Organizar chaves de identificação botânica de acordo com as espécies de interesse e 
nomenclatura científica.
•
Selecionar plantas de acordo com a sistemática e as especificações físicas e químicas ligadas 
às famílias botânicas.
•
Identificar as estruturas morfofisiológicas presentes em plantas.•
Desafio
A Farmacobotânica contribui para a construção de conhecimentos morfológicos e anatômicos dos 
vegetais e para o desenvolvimento do controle de qualidade da matéria-prima vegetal. 
Em um laboratório de pesquisas envolvendo plantas medicinais, foi solicitado que o pesquisador 
fizesse todos os levantamentos bibliográficos relativos à espécie Euphorbia attastoma, uma planta 
da família das Euphorbiaceae. Após dias de pesquisa, o cientista, com certa frustração, alega não ter 
encontrado pesquisas muito substanciais sobre a composição química e a estrutura física da 
espécie. Poucas foram as informações encontradas, como, por exemplo, o uso ornamental por ser 
uma das plantas mais bonitas e exuberantes de sua família. Conversando com os outros membros 
do grupo de pesquisa, algumas sugestões de triagem na busca por informações foram discutidas. 
Como membro do grupo de pesquisa, o que você recomendaria ao pesquisador, considerando os 
aspectos farmacobotânicos da espécie em questão? 
Infográfico
Os herbários são definidos como o conjunto que armazena espécies vegetais e estão organizados 
de acordo com um sistema de classificação. O herbário pode abrigar pequenas porções da 
biodiversidade e, por meio dele, podem-se conhecer as plantas de uma região, tornando-se um 
importante banco de dados. Além de auxiliar em pesquisas botânicas, apresenta documentos com 
uma série de informações. As exsicatas são uma forma de documentar e armazenar vegetais; elas 
são feitas a partir de plantas previamente prensadas e secas em estufas e, depois, fixadas em papel 
e devidamente classificadas. 
Veja, neste Infográfico, como ocorre a produção da exsicata.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/c7bc42eb-f97c-4747-b815-73c33ba56433/79ce869f-c508-44a3-a2f4-2fad3d1da7f5.jpg
 
Conteúdo do livro
Em qualquer trabalho de biodiversidade, seja de ecologia, taxonomia ou bioprospecção, de plantas 
ou de animais, um dos aspectos fundamentais é o reconhecimento das espécies. Portanto, a 
importância da identificação correta é indiscutível. A identificação rápida e prática de plantas em 
campo é uma necessidade para estudos de ecologia e conservação, bem como para muitas outras 
áreas. Chaves dicotômicas de identificação de espécies parecem ser a maneira mais eficiente para a 
determinação de espécies em pequenas áreas.
No capítulo Farmacobotânica, da obra Farmacognosia aplicada, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você vai estudar a identificação botânica, conhecer as especificações químicas e 
físicas ligadas à botânica e identificar as estruturas morfofisiológicas das plantas.
Boa leitura. 
FARMACOGNOSIA 
APLICADA 
Carlos Ananias Aparecido Resende
Farmacobotânica
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Organizar chaves de identificação botânica de acordo com as espécies 
de interesse e a nomenclatura científica.
 � Selecionar plantas de acordo com a sistemática e as especificações 
físicas e químicas ligadas às famílias botânicas.
 � Identificar as estruturas morfofisiológicas presentes em plantas.
Introdução
Desde os tempos antigos, a humanidade tem usado a natureza como 
recurso para o alívio dos males do corpo e da alma. As plantas foram 
as formas exploradas para a produção de chás, banhos ou unguentos, 
utilizando-se partes das plantas como folhas, cascas e raízes. Hoje sabe-
-se que as plantas são responsáveis por diversos efeitos farmacológicos.
Com as descobertas de substâncias químicas presentes nos produtos 
naturais, surgiu a necessidade de desenvolver técnicas e métodos para a 
extração dessas substâncias. A farmacobotânica contribui para a constru-
ção de conhecimentos morfológicos e anatômicos dos vegetais e para 
o desenvolvimento do controle de qualidade da matéria-prima vegetal. 
Neste capítulo você vai estudar a organização e a identificação botâ-
nica. Vai ver também quais são as especificações físicas e químicas ligadas 
às famílias botânicas, bem como as estruturas morfológicas de plantas.
1 Organização e identificação botânica
Ao longo da história foram empregadas diversas formas de classificação 
por estudiosos na área de botânica, que aplicaram diferentes critérios para 
a classificação e desenvolveram formatos distintos para essa classificação 
(CHASE, 2016; RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014). O sistema de classifi-
cação utilizado hoje na botânica apresenta categorias taxonômicas que seguem 
uma padronização, que reconhece os grupos característicos. Acompanhe na 
Figura 1 uma ilustração dessa classificação.
Figura 1. Sistema de classificação: esquema taxonômico.
Fonte: Adaptada de VectorMine/Shutterstock.com.
Espécie
Gênero
Família
Ordem
Classe
Filo
Reino
Especí�co
Geral
O sistema de classificação propõe relações parentais e ancestrais entre os 
grupos vegetais, possibilitando delinear sua história evolutiva. De acordo com 
Raven, Evert e Eichhorn (2014), esse processo é denominado de sistemática 
filogenética.
Sistemática filogenética é o estudo científico da diversidade de organismos que 
vivem na terra, que analisa suas relações parentais e história evolutiva (CIANCIARUSO; 
SILVA; BATALHA, 2009).
Farmacobotânica2
Segundo Cianciaruso, Silva e Batalha (2009), a construção da sistemática 
filogenética é feita a partir de características das plantas: morfologia, anatomia, 
fitoquímica e biologia molecular. Nenhuma característica pode apresentar 
maior valor do que a outra, todas apresentam pesos iguais. 
Taxonomia é o estudo que determina o táxon que descreve a planta, atri-
buindo o nome, a identificação e a classificação a ela. 
De acordo com Fernandes (2019), a taxonomia trabalha com identificação morfológica 
dos vegetais, analisando as características externas visíveis para uma identificação 
vegetal, podendo adicionar a caracterização anatômica e química.
Existem quatro grupos de vegetais: briófitas, plantas vasculares sem se-
mentes, gimnospermas e angiospermas. As briófitas estão presentes em meio 
aquático e entre os vasculares terrestres. Esse grupo de vegetais não apresenta 
rigidez na parede celular, tendo um corpo bastante pequeno. De acordo com 
Raven, Evert e Eichhorn (2014), as plantas vasculares são aquelas que não 
apresentam organização de tecidos, e seus órgãos não estão bem definidos.
Gimnospermas são plantas presentes no ambiente terrestre e não dependem 
de água para a reprodução sexuada. Encontramos, nessa estrutura, o grão de 
pólen, que carrega a estrutura de reprodução feminina (óvulos que originam 
as sementes) e os gametas masculinos. As gimnospermas são encontradas 
em vegetais de característica alta, que apresentam um sistema condutor bem 
desenvolvido. Os caulessão bem ramificados e as folhas apresentam diferentes 
tamanhos (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014).
As angiospermas são divididas em dois grupos, de acordo com as carac-
terísticas relacionadas à ancestralidade. Os grupos são os seguintes (CHASE 
et al., 2016): 
 � Angiospermas basais: apresentam o maior número de características 
ancestrais. 
 � Angiospermas centrais: são subdivididas em dois grupos: 
 ■ Monocotiledôneas (Monocotyledone): apresentam uma abertura 
(monoaperturado ou derivada), peças florais cíclicas e um cotilédone 
nas sementes.
3Farmacobotânica
 ■ Eudicotiledôneas (Eudicotyledone): apresentam três aberturas (tria-
perturado ou derivada), peças florais cíclicas e sementes com dois 
cotilédones. 
Veja mais características das Monocotiledôneas e das Eudicotiledôneas 
no Quadro 1.
Fonte: Adaptado de Chase et al. (2016) e Raven, Evert e Eichhorn (2014).
Características Monocotiledôneas Eudicotiledôneas
Nº de cotilédones 1 2
Flores quanto aos 
verticilos florais
Trímeras Tetrâmeras ou 
pentâmeras
Abertura do grão 
de pólen
Monoaperturado Triaperturado
Disposição das 
nervuras foliares
Paralelinérveas Reticuladas
Sistema radicular Adventício, fasciculado Pivotante, axial
Distribuição dos feixes 
vasculares no caule
Desorganizados, 
dispersos na matriz 
fundamental
Organizados, formado 
um cilindro com 
aspecto de um anel
Quadro 1. Características das Monocotiledôneas e Eudicotiledôneas
Regras de nomenclatura botânica
As definições dos nomes das plantas são estabelecidas pelo Código de No-
menclatura Botânica (CNB), atualizado a cada seis anos por uma comissão 
que se reúne dias antes do Congresso Internacional de Botânica (PRADO; 
HIRAI; GIULIETTI, 2011). 
Farmacobotânica4
O CNB traz uma série de regras para a descrição e atribuição de nomes a 
todos os táxons, que você pode ver no Quadro 2. 
Fonte: Adaptado de International Association for Plant Taxonomy (2012).
Ordem Nomes que terminam em “ales”
Família Nomes que terminam em “aceae”
Gênero Nomes simples que não apresentam terminação definida; 
devem ser destacados com itálico ou sublinhado
Espécie Nome formado pelo nome do gênero que a espécie 
pertence e pela característica marcante da espécie 
(lugar de onde ela é ou nome do botânico)
Quadro 2. Regras para descrição do táxon
Os nomes científicos devem apresentar o seu autor, quando forem escritos 
pela primeira vez em um texto. Quando se desconhece a espécie, deve-se indicar 
somente o nome do gênero. A grafia dos nomes científicos deve ser sempre 
feita de forma correta, para que sejam reconhecidos em qualquer parte do 
mundo. Prado et al. (2017) afirmam que o uso de nomes populares ou vulgares 
deve ser evitado, pois pode ocasionar o entendimento de uma espécie não 
desejada, uma vez que as espécies, apesar de diferentes, apresentam o mesmo 
nome vulgar. As mudanças oficiais de nomes podem ocorrer entre as espécies.
2 Especificações químicas e físicas botânicas
Nos vegetais encontramos uma grande quantidade de água — 90% do peso total 
das plantas são representados por água. Os íons K+, Mg2
+ e Ca2
+ apresentam 
uma baixa concentração, e o restante da constituição química é composto por 
moléculas orgânicas (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014).
5Farmacobotânica
Carboidratos
Uma das moléculas mais encontrada no meio vegetal, os carboidratos apre-
sentam reserva energética para os organismos vivos, sendo um componente 
estrutural da parede celular. A forma de transporte do açúcar nas plantas é 
por meio da sacarose. Esse transporte ocorre por meio do órgão fotossinteti-
zante, passando para o corpo da planta e para o órgão armazenador. Quando 
a sacarose chega ao órgão armazenador, os açúcares sofrem a polimerização, 
gerando os grãos de amido (BELTRÃO; OLIVEIRA, 2007; RAVEN; EVERT; 
EICHHORN, 2014). A Figura 2 apresenta a estrutura química da sacarose.
Figura 2. Estrutura química da sacarose. 
Fonte: Adaptada de grebeshkovmaxim/Shutterstock.com.
Os polissacarídeos apresentam cadeias longas com a presença de muitos 
açúcares. O amido e a celulose são os principais polissacarídeos encontrados 
nas plantas, e a reserva energética acontece no amido, produzido pela própria 
planta (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014). A reserva ocorre em órgãos em 
forma de grãos, e pode ser no caule, nas raízes e nas sementes. 
Farmacobotânica6
Lipídeos
Os lipídeos apresentam características hidrofóbicas e são formados pela união 
de moléculas de ácido graxo e uma molécula de glicerol. As gorduras e óleos 
se encontram armazenados nas sementes. Óleos representam uma grande 
reserva energética. Os óleos essenciais são secretados e armazenados em 
estruturas secretoras que se encontram na epiderme; as gorduras estruturais 
(curina e siberina) promovem, nos tecidos, a impermeabilização da parede 
celular (BELTRÃO; OLIVEIRA, 2007; RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014).
Proteínas
A formação das proteínas ocorre com a junção de centenas de aminoácidos, que 
são chamados de monômeros. Esses aminoácidos estão organizados de forma 
linear. As proteínas são polímeros e constituem a estrutura de membranas; 
essas proteínas podem agir como catalizadores nas reações químicas que 
ocorrem dentro da célula (enzimas). Encontra-se uma quantidade satisfatória 
de proteínas em sementes, em que representam 40% do seu peso seco (BEL-
TRÃO; OLIVEIRA, 2007; RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014). 
Ácidos nucleicos 
Os ácidos nucleicos são formados por longas cadeias construídas de unidades 
denominadas nucleotídeos. Hoje são conhecidos alguns metabólitos secundá-
rios que são de grande importância para a indústria farmacêutica e alimentícia. 
Os metabólitos secundários são responsáveis pelos efeitos terapêuticos. São 
conhecidas três classes de metabólitos secundários: alcaloides, terpenoides 
e compostos fenólicos. 
Alcaloides
É uma classe que apresenta grande potencial medicinal, encontrada em di-
ferentes espécies, sendo associada a ações terapêuticas, efeitos psicoativos e 
intoxicação. É um composto nitrogenado e apresenta sabor amargo (SIMÕES 
et al., 2017).
7Farmacobotânica
Em suas obras, Simões et al. (2017) e Raven, Evert e Eichhorn (2014) apresentam alguns 
exemplos de alcaloides: morfina (analgésico), cocaína (alucinógeno), cafeína (estimu-
lante), nicotina (ação estimulante) e atropina (estimulante cardíaco).
Terpenoides
Os terpenoides são encontrados em todas as plantas. São formados pelo en-
cadeamento de unidades chamadas isoprenos. A mesma planta apresenta a 
capacidade de sintetizar diferentes terpenoides em seus diferentes órgãos, 
apresentando ações diferenciadas com sazonalidades diferentes (RAVEN; 
EVERT; EICHHORN, 2014).
Os óleos essenciais, em sua constituição, apresentam terpenoides, que 
proporcionam a esses óleos odores característicos para diferentes plantas. 
Existem alguns terpenoides de grande importância farmacológica, como o 
taxol (ação antitumoral para câncer de ovário e mama) e os glicosídeos car-
dioativos (efeito regulador cardíaco), como, por exemplo, a digoxina extraída 
da deladeira (Digitalis purpurea) (SIMÕES et al., 2017; RAVEN; EVERT; 
EICHHORN, 2014). 
Compostos fenólicos
Essa classe se caracteriza por apresentar em sua estrutura química um grupo 
hidroxila (−OH) ligado ao anel aromático. Os compostos fenólicos são encontra-
dos em todos vegetais, esses metabolitos desempenham funções diferenciadas 
(SIMÕES et al., 2017). 
Os flavonoides e as antocianinas proporcionam uma coloração nas par-
tes das plantas onde estão armazenados, que vai do vermelho ao púrpura. 
As flavonas e os flavonóis apresentam uma pigmentação amarela ou incolor, 
e as antocianinas, junto com os íons metálicos, desenvolvem uma coloração 
azul intensa em flores.
Taninos são compostos fenólicos que configuram proteção aos vegetais 
contra insetos, aves, mamíferos e répteis, muito utilizados na indústria têxtil 
para a tanagem do couro. Encontra-se uma grande concentração de taninos 
em folhas de diversas plantas (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014).
Farmacobotânica8
Estruturacelular vegetal
As células vegetais são eucariontes e apresentam material genético indivi-
dualizado, que se encontra dentro do núcleo delimitado por uma membrana 
(RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014).
Parede celular
O que define as características celulares é a parede celular, pois ela apresenta 
as diferenciações celulares de animal e vegetal. Ela delimita o tamanho e o 
formato da célula, e é a estrutura que protege a célula contra a entrada de 
bactérias e fungos (PAIVA; LIMA, 2009). 
A parede celular é uma estrutura rígida que pode apresentar diversas es-
pessuras. Ela previne o rompimento da membrana quando está cheia d’água. 
A água penetra na parede celular e contribui para a elasticidade primária 
(BUCKERIDGE et al., 2000; RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014).
Na constituição química da parede celular são encontradas enzimas que 
são sinalizadoras contra o ataque de microrganismos e que trabalham na 
produção de fitoalexinas (FARINAS, 2011). A pectina é um polissacarídeo 
altamente hidrofílico que forma um gel, compondo uma rede de microfibrilas 
de celulose e hemiceluloses (BUCKERIDGE et al., 2000).
Protoplasto
Estrutura delimitada pela membrana plasmática, constituída de uma ma-
triz fluida chamada de citoplasma. Nessa matriz estão organelas, núcleo e 
substâncias como lipídios, carboidratos de proteínas, acompanhe (RAVEN; 
EVERT; EICHHORN, 2014):
 � Núcleo: apresenta delimitação por duas membranas lipoproteicas e 
armazena a maior parte do material genético celular. Os ribossomos e o 
retículo endoplasmático estão ligados à membrana. O núcleo apresenta a 
função de controle metabólico da célula, comando da síntese ribossomal.
 � Vacúolo: organela presente nas células vegetais, delimitada por uma 
camada lipoproteica (tonoplasto). Seu interior é constituído pelo suco 
vacuolar, e sua constituição química apresenta água, íons, ácidos or-
gânicos, açúcares e aminoácidos. Esses componentes são sintetizados 
em outras partes do citoplasma e acumulados dentro do vacúolo. Ele 
9Farmacobotânica
apresenta diferentes funções metabólicas celulares, que vão depender 
do tecido onde se encontram. Essas funções são controle osmótico, 
armazenamento de ácidos orgânicos, digestão de organelas presentes 
no citoplasma e armazenamento de substâncias (açúcares, metabólitos 
secundários, pigmentos e proteínas). 
 � Plastos: têm a função de realizar a fotossíntese. Apresentam envoltório 
de dupla membrana e um sistema interno de membranas denominadas 
tilacoide, presente na matriz estroma.
 � Cloroplastos: local de armazenamento da clorofila, dos carotenoides 
e dos pigmentos e o principal acessório no processo da fotossíntese. 
São encontrados em todas as partes verdes das plantas, mas as folhas 
apresentam a maior concentração, podendo acumular amido de assi-
milação, aminoácidos e lipídios.
 � Ribossomos: não apresentam membrana em sua estrutura, e são for-
mados por uma porção proteica e outra porção de RNA ribossômico. 
Estão dispersos no citoplasma, podendo estar associados à membrana 
do retículo endoplasmático. Quando se agrupam, formam os polissomos, 
que têm a função da síntese proteica. 
 � Mitocôndrias: organelas de estrutura ovalada, apresentam uma deli-
mitação por dupla membrana lipoproteica. As mitocôndrias apresentam 
seu próprio genoma e se autoduplicam. Nelas ocorre a respiração.
 � Retículo endoplasmático: uma rede interna de dupla membrana lipopro-
teica ligada à membrana nuclear. Não apresenta ribossomos e apresenta 
regiões tubulares. O retículo endoplasmático liso é responsável pela 
síntese de lipídeos de membrana e dos corpos oleaginosos. O retículo 
endoplasmático rugoso apresenta regiões em formato de cisternas, 
sendo responsável pela síntese de proteínas de membranas e das que 
serão armazenadas ou secretadas fora da célula. 
 � Complexo de Golgi: estrutura formada por uma pilha ou mais pilhas 
denominadas corpo de Golgi. Cada pilha é constituída por cisternas, 
que são redes irregulares de tubos e vesículas. O complexo de Golgi 
tem como função a síntese de polissacarídeos (não celulósicos) na 
parede celular.
Acompanhe na Figura 3 uma ilustração de todas essas estruturas que 
acabamos de ler.
Farmacobotânica10
Figura 3. Estrutura da célula vegetal. 
Fonte: Adaptada de snapgalleria/iStock.com.
Retículo
endoplasmático
rugoso
Retículo
endoplasmático
liso
Complexo
golgiense
Cloroplasto
Vacúolo
Membrana
plasmática
MitocôndriaParede celular
Glioxissomo
Ribossomo
Núcleo
3 Caracterização morfofisiológica 
As angiospermas são classificadas como vegetais complexos, pois apresentam 
uma organização do seu corpo, trazendo em sua estrutura órgãos reprodutivos 
e vegetativos. Vejamos mais sobre eles (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014).
 � Órgãos vegetativos
 ■ Raiz: absorção e fixação.
 ■ Caule: sustentação e via de transporte.
 ■ Folhas: fotossíntese, trocas gasosas e transpiração.
 � Órgãos reprodutivos
 ■ Flor: reprodução sexuada.
 ■ Fruto: dispersão das espécies.
 ■ Semente: proteção e nutrição do embrião.
11Farmacobotânica
De acordo com Chase et al. (2016), é necessário conhecer toda a estrutura 
das plantas e suas diferentes funções, para que se possa realizar um trabalho 
seguro de identificação das plantas.
Morfologia da raiz
A raiz, que você pode ver na Figura 4, é o órgão responsável pela absorção 
de água e minerais presentes no solo. Ela tem a função de fixação das plantas 
no substrato, reserva de água e armazenamento de alimentos. Elas são reco-
nhecidas como um órgão subterrâneo, além de apresentarem raízes aéreas 
(RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014).
Figura 4. Estrutura da raiz.
Fonte: Adaptada de Designua/Shutterstock.com.
Colo
Zona de
rami�cação
Zona lisa
Coifa
Zona pilífera
Farmacobotânica12
O colo é a região entre o caule e a raiz. Abaixo dessa região se encontra 
a zona de ramificação das raízes. A zona pilífera é a região onde ocorre 
maior absorção, sendo o prolongamento das células epidérmicas da raiz. Com 
isso há uma maior área de contato com o solo, proporcionando maior eficácia 
na absorção. Zona lisa é a região de divisão e crescimento celular (na zona 
pilífera as células não são mais capazes de se dividirem, apenas crescem). 
A coifa tem a função de proteger contra atritos com o meristema apical de raiz 
(APPEZZATO-DA-GLÓRIA; CARMELLO-GUERREIRO, 2006).
O conhecimento anatômico da raiz permite reconhecer com clareza a classe 
taxonômica da planta; por meio de análise pode-se concluir como é o tipo de 
crescimento de cada região. 
Características anatômicas da raiz primária
A região primária do corpo da raiz apresenta três sistemas de tecidos: dérmico, 
fundamental e vascular.
Epiderme 
Pode-se observar o córtex constituído de parênquima, região mais ampla do 
corpo primário da raiz. As células são aclorifadas, o córtex apresenta células 
que se conectam por plasmodermos, apresentando espaços intercelulares, por 
onde minerais e água atravessam com facilidade para o cilindro vascular, pelas 
vias simplástica e apoplástica (APPEZZATO-DA-GLÓRIA; CARMELLO-
-GUERREIRO, 2006; RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014).
Cilindro Vascular 
Apresenta delimitação pelo periciclo, formado de uma ou duas camadas de 
células parenquimáticas, sendo originárias do procâmbio. A principal função 
do periciclo é originar o câmbio vascular nas regiões opostas aos raios do 
protoxilema, podendo originar em raízes o felogênio. O periciclo também 
é responsável pela origem das ramificações em raízes que acontece na zona 
tuberosa. O xilema e o floema são considerados tecidos vasculares e apresen-
tam características organizativas parecidas com o cilindro vascular das raízes 
(APPEZZATO-DA-GLÓRIA; CARMELLO-GUERREIRO, 2006; RAVEN; 
EVERT; EICHHORN, 2014).
13Farmacobotânica
Morfologia do caule
O caule apresenta um crescimento indeterminado e, em sua estrutura básica, 
existem nós e entrenós. Os nós são regiões onde as folhas se inserem, dando 
origem as gemas axilares. O espaço que se forma entre os nós sucessivos se 
denomina entrenó. No ápice caulinarencontra-se a gema apical, responsável 
pela produção de novas folhas e pelo crescimento primário contínuo (RAVEN; 
EVERT; EICHHORN, 2014). A Figura 5 mostra a estrutura do caule com nós. 
Figura 5. Caule que apresenta nós em sua estrutura. 
Fonte: Adaptada de Raven, Evert e Eichhorn (2014).
Folha
jovem
Ápi
ce d
o si
stem
a ca
ulin
ar
Gema
Nó
Nó
Entrenó
Entrenó
Nó
Farmacobotânica14
A classificação do caule pode ocorrer de diferentes maneiras: observando-se 
a estrutura de acordo com a lenhosidade, a ramificação e o ambiente, quando 
ligado ao seu desenvolvimento, e avaliando-se o porte do caule. 
Caracterização anatômica do caule primário
Epiderme
A epiderme apresenta característica uniestratificada, com raros estômatos ou 
ausentes. Pode haver presença variável de tricomas. A epiderme caulinar é 
coberta por uma cutícula, e uma hipoderme pode estar presente (APPEZZATO-
-DA-GLÓRIA; CARMELLO-GUERREIRO, 2006).
Tecidos fundamentais
A região cortical nos caules primários está localizada abaixo da epiderme. 
O córtex é constituído, principalmente, por células parenquimáticas pequenas, 
mas também podem estar presentes a colênquima e a esclerênquima, para 
melhorar a sustentação do órgão (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014). 
O cilindro vascular é composto por feixes vasculares, e é uma medula paren-
quimática (APPEZZATO-DA-GLÓRIA; CARMELLO-GUERREIRO, 2006).
Tecidos vasculares 
Os tecidos vasculares primários estão organizados em feixes vasculares, 
podendo ser colaterais e biocolaterais. O tipo bicolateral anfivasal é encon-
trado nas Monocotiledôneas (APPEZZATO-DA-GLÓRIA; CARMELLO-
-GUERREIRO, 2006).
O floema está voltado para a região periférica do órgão, o xilema está 
voltado para dentro, exceto nas Monocotiledôneas, cujos feixes vasculares 
estão dispersos em todo o tecido (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014). 
O xilema apresenta uma região protoxilema, onde está voltado para a medula 
parenquimática. O metaxilema está abaixo de procâmbio, região não condu-
tora do xilema primário de caules primários. O metaxilema tem a função de 
condução (APPEZZATO-DA-GLÓRIA; CARMELLO-GUERREIRO, 2006).
15Farmacobotânica
Caracterização anatômica do caule secundário
A periderme é responsável pela construção da casca, sendo constituída por 
tecidos externos ao câmbio vascular das Eudicotiledôneas (RAVEN; EVERT; 
EICHHORN, 2014). O xilema secundário é denominado de lenho, sendo 
originário do câmbio vascular. Conforme a planta envelhece e seu espessa-
mento aumenta, o lenho é preenchido por todo o cilindro vascular. É possível 
observar o crescimento de anéis nos xilemas secundários (RAVEN; EVERT; 
EICHHORN, 2014).
Morfologia e anatomia das folhas
As folhas apresentam um crescimento variável, de acordo com o tempo de 
vida. Apresentam uma morfologia variável e, por isso, sua classificação e 
caracterização é mais complexa do que do caule e da raiz. A folha está divi-
dida em três partes: bainha, pecíolo e limbo (APPEZZATO-DA-GLÓRIA; 
CARMELLO-GUERREIRO, 2006).
A classificação das folhas é feita de acordo com as partes que ela apresenta, 
da seguinte maneira:
 � Completa: limbo + pecíolo + bainha.
 � Peciolada: limbo + pecíolo presente.
 � Invaginante: limbo + bainha presente.
 � Séssil: apenas o limbo presente.
As folhas podem apresentar tricomas e sua distribuição é bastante variável 
nos táxons. Quando a folha apresenta tricomas é designada pilosa; quando 
não apresenta, é denominada glabra. A superfície do limbo pode ser lisa. 
A enervação das folhas ajuda a distinguir as Monocotiledôneas e as Eudico-
tiledôneas, ajudando na identificação de alguns táxons (APPEZZATO-DA-
-GLÓRIA; CARMELLO-GUERREIRO, 2006; RAVEN; EVERT; EICH-
HORN, 2014).
Essas características apresentadas até aqui ajudam na análise entre as 
diferentes espécies, atestando a autenticidade da espécie. 
Farmacobotânica16
Anatomia foliar
O conhecimento da anatomia foliar é de suma importância para o controle de 
qualidade de plantas medicinas e drogas vegetais. Todas as folhas apresentam 
o mesmo padrão e são compostas dos mesmos tecidos.
As folhas são órgãos primários formados por tecidos primários. Podem 
apresentar crescimento secundário nos tecidos vasculares foliares das gimnos-
permas e no pecíolo e na nervura mediana de algumas Eudicotiledôneas; a base 
foliar das monocotiledôneas apresenta um espaçamento secundário também 
no caule (APPEZZATO-DA-GLÓRIA; CARMELLO-GUERREIRO, 2006).
Epiderme
É o primeiro tecido a receber energia luminosa, transformada pelo processo 
da fotossíntese. Segundo Segatto et al. (2004), a epiderme apresenta uma 
série de características conforme a disponibilidade hídrica, como posição dos 
estômatos, cutícula, cera, tricomas e espessamento de parede. A distribuição 
de tricomas e estômatos e a deposição de cutícula e ceras são caracteres 
para a identificação de táxons (APPEZZATO-DA-GLÓRIA; CARMELLO-
-GUERREIRO, 2006).
Mesofilo
Esse tecido indica o ambiente em que a planta vive, pois apresenta estruturas 
que ajudam na identificação celular. Essas células são geneticamente deter-
minadas, mas há uma variação celular, e isso ocorre devido ao ambiente em 
que a planta se encontra (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014).
O mesofilo é utilizado para realizar o diagnóstico na distinção de folhas 
das Eudicotiledôneas (mesófilo diferenciado em parênquima paliçádico e 
parênquima lacunoso) e Monocotiledôneas (parênquima paliçádico ausente) 
(APPEZZATO-DA-GLÓRIA; CARMELLO-GUERREIRO, 2006). Ele é 
classificado de acordo com os tipos celulares fotossintetizantes, acompanhe:
 � Homogêneo: mesófilo formado só por um tipo celular.
 � Bifacial: mesófilo formado por uma região do parênquima paliçádico 
voltada para a face adaxial; apresenta uma região esponjosa, sendo 
voltada para a base abaxial. 
 � Isolateral: parênquima paliçádico localizado abaixo da epiderme nas 
duas faces da folha. 
17Farmacobotânica
Tecidos vasculares
O xilema está voltado para a face adaxial e o floema está voltado para a face 
abaxial. Os feixes vasculares são envolvidos por uma bainha, que os separa 
dos espaços preenchidos por ar (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2014). 
Variações na anatomia foliar com o ambiente
A variação de água e de luz pode influenciar nas características da anatomia 
foliar. Para Appezzato-da-Glória; Carmello-Guerreiro (2006), as adaptações 
das plantas ocorrem de acordo com as necessidades de água e são classificadas 
em xerófitas, plantas adaptadas a períodos de estiagem e ambiente seco e árido; 
mesófitas, plantas adaptadas para ambiente úmido (solo e ar); e hidrófitas, 
plantas presentes em ambiente aquático ou rico em água.
O conhecimento da estrutura corporal dos vegetais às vezes é complexo, 
mais segue um padrão de definição para cada um. Esse padrão estabelecido 
ajuda no controle microscópico e no desenvolvimento de estudos voltados para 
o corpo vegetal, e ajuda compreender por que as plantas têm um crescimento 
indeterminado e quais os padrões encontrados para sistema de tecidos e como 
é sua distribuição em cada órgão da planta.
APPEZZATO-DA-GLORIA, B.; CARMELLO-GUERREIRO, S. M. Anatomia vegetal. 2. ed. 
Viçosa: Editora UFV, 2006. 
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BUCKERIDGE, M. S. et al. Polissacarídeos de reserva de parede celular emsementes. 
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Farmacobotânica18
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FARINAS, C. S. A parede celular vegetal e as enzimas envolvidas na sua degradação. São 
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Disponível em: https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/pge/dissertacao%20
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19Farmacobotânica
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Farmacobotânica20
Dica do professor
Os frutos surgem do desenvolvimento dos ovários, geralmente após a fecundação dos óvulos. Em 
geral, a transformação do ovário em fruta é induzida por hormônios liberados pelos embriões em 
desenvolvimento. Existem casos, porém, em que ocorre a formação de frutos sem que tenha havido 
polinização. Diversas características são consideradas para a classificação dos frutos, entre elas o 
tipo de pericarpo, se o fruto abre-se ou não espontaneamente para liberar as sementes, etc. A flor 
nada mais é do que o órgão reprodutivo das plantas superiores (angiospermas). Uma flor é, 
geralmente, constituída por quatro conjuntos de folhas modificadas, denominadas verticilos florais. 
Na Dica do Professor, você verá as características morfológicas da flor, das flores e das sementes. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) Duas crianças, com o auxílio de um canivete, fazem a inscrição de seus nomes ao redor do 
tronco de uma árvore. Passados 6 meses, elas vão até a árvore e retiram um anel da casca, 
circundando o tronco na região que continha a inscrição. Após algum tempo, voltam ao local, 
mas, para a surpresa delas, encontram-na morta, pois o anel de casca que foi retirado 
continha:
A) periderme e xilema.
B) floema.
C) xilema e floema.
D) xilema.
E) floema e periderme.
No corte histológico, podemos ver alguns tecidos. Eles desempenham várias funções nas plantas.
Relacione as funções ( ) com as partes do corte (números romanos), assinalando a alternativa que 
contém a ordem correta:
 
2) 
A) Transporte de água e minerais absorvidos no solo
B) Reserva de amido
C) Revestimento e proteção
D) Condução dos produtos fotoassimilados pelo caule até à raiz
 
I - Xilema
II - Epiderme
III - Córtex
IV – Floema
A) I – A; II – C; III – B; IV - D
B) I – A; II – B; III – C; IV - D
C) I – B; II – A; III – C; IV - D
D) I – D; II – C; III – B; IV - A
E) I – C; II – A; III – B; IV - D
3) As monocotiledôneas são um grupo de seres angiospérmicos que se caracterizam 
taxonomicamente na botânica como categoria de plantas cujo embrião tem:
Observe a tabela e assinale o número da coluna que corresponde às características do embrião.
A) I.
B) II.
C) IV.
D) III.
E) V.
4) Flor é a estrutura reprodutora característica das plantas angiospérmicas. Sua função é 
produzir sementes por meio da reprodução sexuada. Para as plantas, as sementes representam o 
embrião, que irá germinar quando entrar em contato com um substrato propício; as sementes são o 
principal meio pelo qual as espécies de espermatófitas se perpetuam e se propagam.
Identifique as estruturas apresentadas e assinale a resposta correta:
A) 1 – Estigma, 2 – Pétalas, 3 – Sépalas, 4 – Filamento.
B) 1 – Filamento, 2 – Pétalas, 3 – Sépalas, 4 – Estigma.
C) 1 – Sépalas, 2 – Pétalas, 3 – Sépalas, 4 – Filamento.
D) 1 – Filamento, 2 – Pétalas, 3 – Sépalas, 4 – Filamento.
E) 1 – Sépalas, 2 – Pétalas, 3 – Estigma, 4 – Filamento.
5) Os vegetais têm uma diversidade de conjuntos celulares, nos quais formam vários tecidos com 
muitas funções fisiológicas, tendo um papel fundamental.
Indique a sequência correta:
A) 4, 5, 1.
B) 5, 4, 1.
C) 1, 4, 5.
D) 4, 1, 5.
E) 5, 1, 4.
Na prática
A família Asteraceae compreende, aproximadamente, 1.500 gêneros e 23.000 espécies, estando 
incluído o gênero Mikania, o qual abrange cerca de 430 espécies distribuídas principalmente em 
regiões neotropicais. Nos países andinos, foram constatadas 150 espécies. No Brasil, o gênero, com 
171 espécies, tem sua principal área de dispersão nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e 
São Paulo. No Brasil, M. laevigata e M. glomerata são amplamente utilizadas, com evidências pré-
clínicas, para o tratamento de diversos tipos de doenças em que sejam benéficas as ações 
broncodilatadora, anti-inflamatória, antiespasmódica, no tratamento de úlceras gástricas, entre 
outros.
Conheça o caso de Dona Maria, que acredita estar utilizando determinado tipo de guaco, mas que, 
na verdade, se tratava de outro tipo. Observe o caso e fique atento às possíveis interações 
medicamentosas das plantas. 
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Plantas secas para decorar sua casa
Neste vídeo, você verá a técnica botânica para produzir exsicatas, as amostras de folhas e flores 
secas que são usadas pela ciência para estudar e catalogar as espécies vegetais. Com a ajuda de um 
livro pesado, você pode criar esses arranjos de um jeito caseiro e até colocá-los em molduras para 
decoração.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Perda dos cotilédones em diferentes épocas no crescimento 
inicial do feijoeiro
Leia este artigo, o qual teve como objetivo analisar o efeito da perda dos cotilédones em diferentes 
épocas do crescimento inicial do feijoeiro.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/-q0qKwkXYWA
https://isb.emnuvens.com.br/iheringia/article/view/545/358

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