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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: CPII A 22022
Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTÁRIO 
Sessão: 05 - Dia 27/07/2022 - 08:00 às 09:50
Professor: CAMILO FERNANDES DA GRACA
05 Tema: Extinção do crédito Tributário III 1. Prescrição. Artigo 174 do CTN; 2. Conceito; 3. 
Analogia com o Direito Civil; 4. Questões controvertidas. Jurisprudência. Doutrina.
1ª QUESTÃO:
Em ação declaratória, o juiz proferiu sentença favorável ao sujeito passivo, no sentido de que ele teria 
direito a creditamento de valores relativos ao ICMS.
Transitado em julgado e inconformado com a solução desfavorável e sacramentada por res judicata, o 
Estado ajuizou ação rescisória, requerendo a desconstituição do acórdão prolatado e a prolação de 
novo julgamento, que dê provimento ao referido recurso de apelação interposto pelo Estado.
Concomitantemente à ação rescisória, o ente público apelante ajuizou ação cautelar incidental em que 
busca a suspensão da exigibilidade do crédito tributário até o trânsito em julgado da ação rescisória, o 
que restou acolhido pelo relator, que deferiu a liminar no sentido de determinar que o crédito do 
Estado permaneça com exigibilidade suspensa até o trânsito em julgado da ação rescisória.
Levando em consideração que a rescisória fora julgada procedente e que, nesta, foi reconhecido o 
direito do Fisco, e que, anteriormente, houve o devido lançamento para evitar o curso do prazo 
decadencial, responda, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, qual é o termo a quo 
do prazo prescricional.
20/07/2022 - Página 1 de 15DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
AREsp 1.280.342-RS, Rel. Min. Gurgel de Faria, Primeira Turma, por unanimidade, julgado em 
15/10/2019, DJe 11/11/2019
Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA
Data do Julgamento 15/10/2019
Data da Publicação/Fonte DJe 11/11/2019
Ementa
TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. ART. 174 DO CTN. PRAZO. DECISÃO 
QUE ANULA OU REFORMA O ACÓRDÃO ENTÃO FAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE. 
TRÂNSITO EM JULGADO. INÍCIO.
1. Por falta de previsão legal, a sentença favorável ao sujeito passivo impugnada por recurso da 
Fazenda Pública dotado de efeito suspensivo não suspende a exigibilidade do crédito tributário. 
Precedentes: AgRg nos EDcl no REsp 1.049.203/SC, Rel. Ministra Denise Arruda, Primeira Turma, 
DJe 11/12/2009; AgRg na MC 15.496/PR, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 
21/08/2009.
2. Já o acórdão da apelação que confirma essa sentença, no caso de natureza declaratória, produz 
efeitos desde logo, infirmando a certeza do correspondente crédito inscrito em dívida ativa e, por 
conseguinte, impedindo o ajuizamento da execução fiscal.
3. Somente depois de anulado ou reformado o aludido acórdão é que, não ocorrendo nenhuma causa 
de suspensão de exigibilidade (art. 151 do CTN), o fisco estará autorizado a proceder à cobrança do 
crédito tributário referente ao direito então controvertido, iniciando-se a contagem da prescrição para 
o ajuizamento da execução fiscal do trânsito em julgado desse novo provimento judicial.
4. Hipótese em que: (i) o primeiro acórdão da apelação que mantinha a sentença favorável ao 
contribuinte e impedia a Fazenda Pública de promover a cobrança judicial, proferido em 12/03/1997, 
foi desconstituído, por vício de procedimento, em sede de ação rescisória, cuja decisão transitou em 
julgado em 24/10/2008; (ii) ainda dentro do lustro prescricional, o tribunal local, em 17/06/2009, 
proferiu o segundo julgamento da apelação, em que também manteve a sentença, o que configurou 
novo óbice à cobrança; (iii) esse segundo acórdão da apelação foi novamente cassado em sede de 
reclamação, com trânsito em julgado em 09/11/2010; (iv) ao proceder ao terceiro julgamento da 
apelação, a Corte estadual, em 26/11/2014, inverteu seu julgado, reformando a sentença.
5. Nesse contexto, a prescrição deve ser contada do trânsito em julgado do acórdão da reclamação 
(09/11/2010), pois somente a partir desse provimento foi afastado o segundo acórdão da apelação e, 
por conseguinte, o entrave judicial à promoção da pretensão executória por parte da Fazenda Pública.
6. Ajuizada a execução fiscal em 27/02/2015 e ordenada a citação em 1º/06/2015, é de se afastar a 
prescrição.
7. Conclusão do acórdão recorrido mantida, mas por outros fundamentos.
8. Agravo conhecido para negar provimento ao recurso especial.
2ª QUESTÃO:
Responda, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas:
1) qual é o lapso que o município tem para propor demanda em face do contribuinte inadimplente a 
título de IPTU, e qual é o termo a quo deste prazo.
2) na hipótese na qual o contribuinte dispõe de duas (ou mais) datas diferentes para pagamento em 
parcela única, cada qual contando com um percentual de desconto diferente, qual é o termo a quo para 
a contagem do prazo prescricional.
20/07/2022 - Página 2 de 15DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
REsp 1.658.517-PA, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Primeira Seção, por unanimidade, 
julgado em 14/11/2018, DJe 21/11/2018 (Tema 980)
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA 
CONTROVÉRSIA. IPTU. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL. DIA SEGUINTE AO 
VENCIMENTO DA EXAÇÃO. PARCELAMENTO DE OFÍCIO DA DÍVIDA TRIBUTÁRIA. 
NÃO CONFIGURAÇÃO DE CAUSA SUSPENSIVA DA CONTAGEM DA PRESCRIÇÃO. 
MORATÓRIA OU PARCELAMENTO APTO A SUSPENDER A EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO 
TRIBUTÁRIO. NECESSÁRIA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE DO CONTRIBUINTE. 
PARCELAMENTO DE OFÍCIO. MERO FAVOR FISCAL. APLICAÇÃO DO RITO DO ART. 
1.036 E SEGUINTES DO CPC/2015. ART. 256-I DO RISTJ. RECURSO ESPECIAL DO 
MUNICÍPIO DE BELÉM/PA A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. Tratando-se de lançamento de ofício, o prazo prescricional de cinco anos para que a Fazenda 
Pública realize a cobrança judicial de seu crédito tributário (art. 174, caput do CTN) referente ao 
IPTU, começa a fluir somente após o transcurso do prazo estabelecido pela lei local para o 
vencimento da exação (pagamento voluntário pelo contribuinte), não dispondo o Fisco, até o 
vencimento estipulado, de pretensão executória legítima para ajuizar execução fiscal objetivando a 
cobrança judicial, embora já constituído o crédito desde o momento no qual houve o envio do carnê 
para o endereço do contribuinte (Súmula 397/STJ). Hipótese similar ao julgamento Oficial 
Registrador este STJ do REsp. 1.320.825/RJ (Rel. Min. GURGEL DE FARIA, Dje 17.8.2016), 
submetido ao rito dos recursos repetitivos (Tema 903), no qual restou fixada a tese de que a 
notificação do contribuinte para o recolhimento do IPVA perfectibiliza a constituição definitiva do 
crédito tributário, iniciando-se o prazo prescricional para a execução fiscal no dia seguinte à data 
estipulada para o vencimento da exação.
2. O parcelamento de ofício da dívida tributária não configura causa interruptiva da contagem da 
prescrição, uma vez que o contribuinte não anuiu.
3. A liberalidade do Fisco em conceder ao contribuinte a opção de pagamento à vista (cota única) ou 
parcelado (10 cotas), independente de sua anuência prévia, não configura as hipóteses de suspensão 
da exigibilidade do crédito tributário previstas no art. 151, I e VI do CTN (moratória ou 
parcelamento), tampouco causa de interrupção da prescrição, a qual exige o reconhecimento da dívida 
por parte do contribuinte (art. 174, parág. único, IV do CTN).
4. O contribuinte não pode ser despido da autonomia de sua vontade, em decorrência de uma opção 
unilateral do Estado, que resolve lhe conceder a possibilidade de efetuar o pagamento em cotas 
parceladas. Se a Fazenda Pública Municipal entende que é mais conveniente oferecer opções 
parceladas para pagamento do IPTU, o faz dentro de sua política fiscal, por mera liberalidade, o que 
não induz a conclusão de que houve moratória ou parcelamento do crédito tributário, nos termos do 
art. 151, I e VI do CTN, apto a suspender o prazo prescricional para a cobrançade referido crédito. 
Necessária manifestação de vontade do contribuinte a fim de configurar moratória ou parcelamento 
apto a suspender a exigibilidade do crédito tributário.
5. Acórdão submetido ao regime 
20/07/2022 - Página 3 de 15DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
doart. 1.036 e seguintes do CPC/2015 (art. 256-I do RISTJ, incluído pela Emenda Regimental 24 de 
28.9.2016), cadastrados sob o Tema 980/STJ, fixando-se a seguinte tese: (i) o termo inicial do prazo 
prescricional da cobrança judicial do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU inicia-se no dia 
seguinte à data estipulada para o vencimento da exação; (ii) o parcelamento de ofício da dívida 
tributária não configura causa interruptiva da contagem da prescrição, uma vez que o contribuinte não 
anuiu.
20/07/2022 - Página 4 de 15DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: CPII A 22022
Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTÁRIO 
Sessão: 06 - Dia 27/07/2022 - 10:10 às 12:00
Professor: CAMILO FERNANDES DA GRACA
06 Tema: Extinção do crédito Tributário IV 1. Decadência. Artigos 173 do CTN; 2. Conceito; 3. 
Analogia com o Direito Civil; 4. Questões controvertidas. Jurisprudência. Doutrina.
1ª QUESTÃO:
Em autos de execução fiscal, o executado, em seus embargos, alega que a administração tributária 
decaiu do direito de efetuar o lançamento relativo ao ICMS. Aduz que declarou o débito através de 
Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA, mas que, até o presente momento, não houve o 
referido lançamento e, como o fato gerador do respectivo tributo ocorreu há mais de 5 (cinco) anos, 
ocorreu a decadência.
Levando em consideração que os FATOS narrados são verdadeiros, responda, fundamentadamente, 
como deve ser julgado o pedido na execução fiscal.
20/07/2022 - Página 5 de 15DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
RESP nº 1.090.248/SP, rel. Min. Castro Meira
TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. DÉBITO DE FINSOCIAL DECLARADO 
PELO CONTRIBUINTE E NÃO PAGO NO VENCIMENTO. DCTF. DECADÊNCIA AFASTADA. 
PRAZO PRESCRICIONAL CONSUMADO. ART. 174 DO CTN.
1. A constituição do crédito tributário, na hipótese de tributos sujeitos a lançamento por homologação 
ocorre quando da entrega da Declaração de Contribuições e Tributos Federais (DCTF) ou de Guia de 
Informação e Apuração do ICMS (GIA), ou de outro documento equivalente, determinada por lei, o 
que elide a necessidade de qualquer outro tipo de procedimento a ser executado pelo Fisco, não 
havendo, portanto, que se falar em decadência. A partir desse momento, em que constituído 
definitivamente o crédito, inicia-se o prazo prescricional de cinco anos para a cobrança da exação, 
consoante o disposto no art. 174 do CTN.
2. Recurso especial não provido.
RE 566621
DIREITO TRIBUTÁRIO - LEI INTERPRETATIVA - APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI 
COMPLEMENTAR Nº 118/2005 - DESCABIMENTO - VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA 
- NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS - APLICAÇÃO DO PRAZO 
REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS 
AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE 2005. Quando do advento da LC 118/05, estava 
consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a 
lançamento por homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos 
contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, § 4º, 156, VII, e 
168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado interpretativa, implicou inovação 
normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do 
pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve 
ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, 
porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle 
judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo 
para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de 
imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a 
aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem 
resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus 
conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações 
inconstitucionais e resguardando-se, no mais, a eficácia da norma, permite-se a aplicação do prazo 
reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado 
por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias 
permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que 
ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art. 2.028 do Código 
Civil, pois, não havendo lacunana L
20/07/2022 - Página 6 de 15DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
C 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua 
aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa 
em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, 
considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão-somente às ações ajuizadas após o 
decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. Aplicação do art. 543-B, 
§ 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido.
RE 1228444 AgR
Órgão julgador: Segunda Turma
Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI
Julgamento: 08/06/2020
Publicação: 15/06/2020
Ementa
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEMONSTRAÇÃO DE 
REPERCUSSÃO GERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. INADMISSIBILIDADE DO 
RECURSO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 282 E 
356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CONSONÂNCIA DO ACÓRDÃO RECORRIDO 
COM ENTENDIMENTO FIXADO PELO STF NO JULGAMENTO DO RE 566.621/RS (TEMA 4 
DA REPERCUSSÃO GERAL). AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO 
DE MULTA. I – A mera alegação, nas razões do recurso extraordinário, de existência de repercussão 
geral das questões constitucionais discutidas, desprovida de fundamentação adequada que demonstre 
seu efetivo preenchimento, não satisfaz a exigência prevista no art. 1.035, § 2°, do Código de 
Processo Civil. II – É inviável o recurso extraordinário cujas questões constitucionais nele arguidas 
não tiverem sido prequestionadas. Incidência das Súmulas 282 e 356/STF. III – O STF, ao julgar o 
Tema 4 da Repercussão Geral, cujo paradigma é o RE 566.621/RS, de relatoria da Ministra Ellen 
Gracie, firmou entendimento que é inconstitucional o art. 4º, segunda parte, da Lei Complementar 
118/2005, de modo que, para os tributos sujeitos a homologação, o novo prazo de 5 anos para a 
repetição ou compensação de indébito aplica-se tão somente às ações ajuizadas após o decurso da 
vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005. IV – Agravo regimental a que se 
nega provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4°, do CPC
2ª QUESTÃO:
Levando em consideração as situações abaixo descritas, informe, para cada caso, qual o dies a quo do 
prazo decadencial:
(i) regra da decadência do direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de ofício, ou 
nos casos dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o 
pagamento antecipado;
(ii) regra da decadência do direito de lançar nos casos em que notificado o contribuinte de medida 
preparatória do lançamento, em se tratando de tributos sujeitos a lançamento de ofícioou de tributos 
sujeitos a lançamento por homologação em que inocorre o pagamento antecipado;
(iii) regra da decadência do direito de lançar nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por 
homologação em que há parcial pagamento da exação devida;
(iv) regra da decadência do direito de lançar em que o pagamento antecipado se dá com fraude, dolo 
ou simulação, ocorrendo notificação do contribuinte acerca de medida preparatória; e 
(v) regra da decadência do direito de lançar perante anulação do lançamento anterior.
RESPOSTAS FUNDAMENTADAS, EM NO MÁXIMO 20 (VINTE) LINHAS.
20/07/2022 - Página 7 de 15DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
RESP 766.050/PR, rel. Min. Luiz Fux
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. ISS. ALEGADA NULIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO. 
VALIDADE DA CDA. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISS. 
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. ENQUADRAMENTO DE ATIVIDADE NA LISTA DE 
SERVIÇOS ANEXA AO DECRETO-LEI Nº 406/68. ANALOGIA. IMPOSSIBILIDADE. 
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. POSSIBILIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 
FAZENDA PÚBLICA VENCIDA. FIXAÇÃO. OBSERVAÇÃO AOS LIMITES DO § 3.º DO ART. 
20 DO CPC. IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. 
REDISCUSSÃO DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA 07 DO STJ. DECADÊNCIA 
DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. INOCORRÊNCIA. 
ARTIGO 173, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CTN.
1. O Imposto sobre Serviços é regido pelo DL 406/68, cujo fato gerador é a prestação de serviço 
constante na lista anexa ao referido diploma legal, por empresa ou profissional autônomo, com ou 
sem estabelecimento fixo.
2. A lista de serviços anexa ao Decreto-lei n.º 406/68, para fins de incidência do ISS sobre serviços 
bancários, é taxativa, admitindo-se, contudo, uma leitura extensiva de cada item, no afã de se 
enquadrar serviços idênticos aos expressamente previstos (Precedente do STF: RE 361829/RJ, 
publicado no DJ de 24.02.2006; Precedentes do STJ: AgRg no Ag 770170/SC, publicado no DJ de 
26.10.2006; e AgRg no Ag 577068/GO, publicado no DJ de 28.08.2006).
3. Entrementes, o exame do enquadramento das atividades desempenhadas pela instituição bancária 
na Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei 406/68 demanda o reexame do conteúdo fático probatório 
dos autos, insindicável ante a incidência da Súmula 7/STJ (Precedentes do STJ: AgRg no Ag 
770170/SC, publicado no DJ de 26.10.2006; e REsp 445137/MG, publicado no DJ de 01.09.2006).
4. Deveras, a verificação do preenchimento dos requisitos em Certidão de Dívida Ativa demanda 
exame de matéria fático-probatória, providência inviável em sede de Recurso Especial (Súmula 
07/STJ).
5. Assentando a Corte Estadual que "na Certidão de Dívida Ativa consta o nome do devedor, seu 
endereço, o débito com seu valor originário, termo inicial, maneira de calcular juros de mora, com seu 
fundamento legal (Código Tributário Municipal, Lei n.º 2141/94; 2517/97, 2628/98 e 2807/00) e a 
descrição de todos os acréscimos" e que "os demais requisitos podem ser observados nos autos de 
processo administrativo acostados aos autos de execução em apenso, onde se verificam: a procedência 
do débito (ISSQN), o exercício correspondente (01/12/1993 a 31/10/1998), data e número do Termo 
de Início de Ação Fiscal, bem como do Auto de Infração que originou o débito", não cabe ao Superior 
Tribunal de Justiça o reexame dessa inferência.
6. Vencida a Fazenda Pública, a fixação dos honorários advocatícios não está adstrita aos limites 
percentuais de 10% e 20%, podendo ser adotado como base de cálculo o valor dado à causa ou à 
condenação, nos termos do artigo 20, § 4º, do CPC (Precedentes: AgRg no AG 623.659/RJ, publicado 
no DJ de 06.06.2005; e AgRg no REsp 592.430/MG, publicado no DJ de 29.11.2004).
7. A revisão do critério adotado pela Corte de origem, por eqüidade, para a fixação dos honorários, 
encontra óbice na Súmula 07, do STJ, e no 
20/07/2022 - Página 8 de 15DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 02 - CPII - 2º PERÍODO 2022 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
entendimentosumulado do Pretório Excelso: "Salvo limite legal, a fixação de honorários de advogado, em 
complemento da condenação, depende das circunstâncias da causa, não dando lugar a recurso 
extraordinário" (Súmula 389/STF).
8. O Código Tributário Nacional, ao dispor sobre a decadência, causa extintiva do crédito tributário, 
assim estabelece em seu artigo 173:
"Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, 
contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; 
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento 
anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente 
com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do 
crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao 
lançamento."
9. A decadência ou caducidade, no âmbito do Direito Tributário, importa no perecimento do direito 
potestativo de o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento, e, consoante doutrina abalizada, 
encontra-se regulada por cinco regras jurídicas gerais e abstratas, quais sejam: (i) regra da decadência do 
direito de lançar nos casos de tributos sujeitos ao lançamento de ofício, ou nos casos dos tributos sujeitos 
ao lançamento por homologação em que o contribuinte não efetua o pagamento antecipado; (ii) regra da 
decadência do Direito de lançar nos casos em que notificado o contribuinte de medida preparatória do 
lançamento, em se tratando de tributos sujeitos a lançamento de ofício ou de tributos sujeitos a 
lançamento por homologação em que inocorre o pagamento antecipado;
(iii) regra da decadência do direito de lançar nos casos dos tributos sujeitos a lançamento por 
homologação em que há parcial pagamento da exação devida; (iv) regra da decadência do direito de 
lançar em que o pagamento antecipado se dá com fraude, dolo ou
simulação, ocorrendo notificação do contribuinte acerca de medida preparatória; e (v) regra da decadência 
do direito de lançar perante
anulação do lançamento anterior (In: Decadência e Prescrição no Direito Tributário, Eurico Marcos Diniz 
de Santi, 3ª Ed., Max Limonad, págs. 163/210).
10. Nada obstante, as aludidas regras decadenciais apresentam prazo qüinqüenal com dies a quo diversos.
11. Assim, conta-se do "do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter 
sido efetuado" (artigo 173, I, do
CTN), o prazo qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário (lançamento de ofício), quando não 
prevê a lei o pagamento antecipado da exação ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, 
sem a constatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, bem como inexistindo notificação de 
qualquer medida preparatória por parte do Fisco. No particular, cumpre enfatizar que "o primeiro dia do 
exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado" corresponde, iniludivelmente, 
ao primeiro dia do exercício seguinte à ocorrência do fato imponível, 
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sendoinadmissível a aplicação cumulativa dos prazos previstos nos artigos 150, § 4º, e 173, do CTN, em 
se tratando de tributos sujeitos a lançamento por homologação, a fim de configurar desarrazoado prazo 
decadencial decenal.
12. Por seu turno, nos casos em que inexiste dever de pagamento antecipado (tributos sujeitos a 
lançamento de ofício) ou quando, existindo a aludida obrigação (tributos sujeitos a lançamento por 
homologação), há omissão do contribuinte na antecipação do pagamento, desde que inocorrentes 
quaisquer ilícitos (fraude, dolo ou simulação), tendo sido, contudo, notificado de medida preparatória 
indispensável ao lançamento,fluindo o termo inicial do prazo decadencial da aludida notificação (artigo 
173, parágrafo único, do CTN), independentemente de ter sido a mesma realizada antes ou depois de 
iniciado o prazo do inciso I, do artigo 173, do CTN.
13. Por outro lado, a decadência do direito de lançar do Fisco, em se tratando de tributo sujeito a 
lançamento por homologação, quando
ocorre pagamento antecipado inferior ao efetivamente devido, sem que o contribuinte tenha incorrido em 
fraude, dolo ou simulação, nem sido notificado pelo Fisco de quaisquer medidas preparatórias, obedece a 
regra prevista na primeira parte do § 4º, do artigo 150,
do Codex Tributário, segundo o qual, se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a 
contar da ocorrência do fato gerador: "Neste caso, concorre a contagem do prazo para o Fisco homologar 
expressamente o pagamento antecipado, concomitantemente, com o prazo para o Fisco, no caso de não 
homologação, empreender o correspondente lançamento tributário. Sendo assim, no termo final desse 
período, consolidam-se simultaneamente a homologação tácita, a perda do direito de homologar 
expressamente e, conseqüentemente, a impossibilidade jurídica de lançar de ofício" (In Decadência e 
Prescrição no Direito Tributário, Eurico Marcos Diniz de Santi, 3ª Ed., Max Limonad , pág. 170).
14. A notificação do ilícito tributário, medida indispensável para justificar a realização do ulterior 
lançamento, afigura-se como dies a quo do prazo decadencial qüinqüenal, em havendo pagamento 
antecipado efetuado com fraude, dolo ou simulação, regra que configura ampliação do lapso decadencial, 
in casu, reiniciado. Entrementes, "transcorridos cinco anos sem que a autoridade administrativa se 
pronuncie, produzindo a indigitada notificação formalizadora do ilícito, operar-se-á ao mesmo tempo a 
decadência do direito de lançar de ofício, a decadência do direito de constituir juridicamente o dolo, 
fraude ou simulação para os efeitos do art. 173, parágrafo único, do CTN e a extinção do crédito 
tributário em razão da homologação tácita do pagamento antecipado" (Eurico Marcos Diniz de Santi, in 
obra citada, pág. 171).
15. Por fim, o artigo 173, II, do CTN, cuida da regra de decadência do direito de a Fazenda Pública 
constituir o crédito tributário quando sobrevém decisão definitiva, judicial ou administrativa, que anula o 
lançamento anteriormente efetuado, em virtude da verificação de vício formal. Neste caso, o marco 
decadencial inicia-se da data em que se tornar definitiva a aludida decisão anulatória.
16. In casu: (a) cuida-se de 
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tributo sujeito a lançamento por homologação; (b) a obrigação ex lege de pagamento antecipado do 
ISSQN pelo contribuinte não restou adimplida, no que concerne aos fatos geradores ocorridos no 
período de dezembro de 1993 a outubro de 1998, consoante apurado pela Fazenda Pública Municipal 
em sede de procedimento administrativo fiscal; (c) a notificação do sujeito passivo da lavratura do 
Termo de Início da Ação Fiscal, medida preparatória indispensável ao lançamento direto substitutivo, 
deu-se em 27.11.1998; (d) a instituição financeira não efetuou o recolhimento por considerar 
intributáveis, pelo ISSQN, as atividades apontadas pelo Fisco; e (e) a constituição do crédito 
tributário pertinente ocorreu em 01.09.1999.
17. Desta sorte, a regra decadencial aplicável ao caso concreto é a prevista no artigo 173, parágrafo 
único, do Codex Tributário, contando-se o prazo da data da notificação de medida preparatória 
indispensável ao lançamento, o que sucedeu em 27.11.1998 (antes do transcurso de cinco anos da 
ocorrência dos fatos imponíveis apurados), donde se dessume a higidez dos créditos tributários 
constituídos em 01.09.1999.
18. Recurso especial parcialmente conhecido e desprovido. 
EDcl nos EDcl nos EDcl nos EDcl no AgRg no REsp 1124339 / PA
Relator(a) Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA
Data do Julgamento 23/11/2020; Data da Publicação/Fonte DJe 26/11/2020
Ementa
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO 
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. DISSOLUÇÃO IRREGULAR 
DA EXECUTADA. RESPONSABILIDADE DA EMPRESA SUCESSORA, NOS TERMOS DO 
ART. 133 DO CTN. TEMA PRECLUSO. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR 
HOMOLOGAÇÃO. LANÇAMENTO DE OFÍCIO PELA FAZENDA. DECADÊNCIA. TERMO 
INICIAL. ART. 173, I CTN. RESP 973.733/SC (RECURSO REPRESENTATIVO DA 
CONTROVÉRSIA). EMBARGOS DE DECLARAÇÃO DA SOCIEDADE EMPRESARIAL 
PARCIALMENTE ACOLHIDOS, PARA SUPRIR OMISSÃO, SEM, CONTUDO, CONFERIR-
LHES EFEITOS MODIFICATIVOS.
1. Os Embargos de Declaração são modalidade recursal de integração e objetivam sanar obscuridade, 
contradição, erro material ou omissão, de maneira a permitir o exato conhecimento do teor do 
julgado. Eles não podem ser utilizados com a finalidade de sustentar eventual incorreção do decisum 
hostilizado ou de propiciar novo exame da própria questão de fundo.
2. No caso em apreço, no pertinente à alega ilegitimidade passiva ad causam face à sucessão 
empresarial, observa-se que, ao apreciar os segundos Embargos de Declaração de iniciativa da 
FAZENDA NACIONAL (acórdão de fls. 828/847), o então relator, eminente Ministro LUIZ FUX, 
solveu, fundamentadamente, toda a controvérsia posta, tendo expressamente consignado que o tema 
não poderia ser objeto de análise em sede de Recurso Especial diante do óbice erigido pela Súmula 
7/STJ, haja vista que o Tribunal de origem apreciou o tema à luz do contexto fático-probatório 
engendrado nos autos.
3. Em relação ao prazo decadencial, todavia, verifica-se a existência de vício de omissão, porquanto 
ainda não apreciado por esta Corte Superior.
4. Sobre o tema, a Primeira Seção do STJ, a
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o julgar oREsp. 973.733/SC, de relatoria do eminente Ministro LUIZ FUX, DJe de 18.9.2009, mediante o 
rito dos recursos repetitivos (art. 543-C do
CPC/1973), sedimentou o entendimento de que a decadência do direito de constituir o crédito tributário, 
nos casos em que não houve pagamento antecipado, como é o caso dos autos, será de 5 anos contados do 
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, consoante 
disposto no art. 173, I do CTN.
5. Na espécie, como as exações cobradas dizem respeito ao IRPJ do período do ano de 1995, e não há 
notícia de que houve entrega da declaração, o prazo decadencial começou em 1o. 1.1996 (CTN, art. 173, 
I), exaurindo-se, pois, em 31.12.2001. Como a empresa executada foi notificada do auto de infração em 
outubro de 2000, não há falar em caducidade da pretensão fiscal.
6. Embargos de Declaração da Sociedade Empresarial parcialmente acolhidos, para sanar a omissão 
referente à contagem do prazo decadencial, sem, contudo, conferir-lhes efeitos infringentes.
AgRg no REsp 1695765 / RN, Relator(a) Ministro JOEL ILAN PACIORNIK
Órgão Julgador T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento 27/02/2018; Data da Publicação/Fonte DJe 09/03/2018
Ementa
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CRIME CONTRA A ORDEM 
TRIBUTÁRIA. SÚMULA VINCULANTE N. 24. DECADÊNCIA DO DIREITO DE A FAZENDA 
PÚBLICA CONSTITUIR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA PARA O 
INÍCIO DA PERSECUÇÃO PENAL. INOCORRÊNCIA. CONSUMA-SE O LANÇAMENTO DO 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO MEDIANTE A NOTIFICAÇÃO DA LAVRATURA DO AUTO DE 
INFRAÇÃO. CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. IRRELEVÂNCIA PARA 
EFEITO DE DECADÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que o prazo decadencial 
quinquenal para constituição do crédito tributário inicia-se no primeiro dia do exercício seguinte àquele 
em que o lançamento poderia ter sido realizado,caso não ocorra o pagamento antecipado da exação, 
inexistindo declaração prévia do débito - hipótese dos autos.
2. Ainda de acordo com a jurisprudência desta Corte, considera-se lançado o tributo e, portanto, 
devidamente constituído o crédito tributário, com a notificação do sujeito passivo da lavratura do auto de 
infração, momento a partir do qual não mais há se falar em decadência.
3. No caso concreto, observa-se que não transcorreu o lapso decadencial quinquenal.
4. Ressalte-se, ainda, que o Verbete n. 24 da Súmula Vinculante tem por escopo evitar que as decisões do 
processo penal venham a conflitar com as decisões do processo administrativo fiscal, não tendo, por 
óbvio, o condão de modificar o regramento atinente ao Direito Tributário, transferindo o marco final da 
decadência para a data do lançamento definitivo do crédito tributário.
5. Não obstante toda a discussão trazida nas razões do agravo regimental, o dies a quo do prazo 
decadencial pouco importa na hipótese dos autos, porquanto mesmo que se aplique o
parágrafo único do art. 173 do CTN - como pretendido pelo agravante -, ainda assim não haveria 
decadência, pois, como dito, a contagem do prazo decadencial encerra-se na data 
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danotificação da lavratura do auto de infração.
6. E diga-se, por oportuno, que a lavratura do auto de infração corresponde ao lançamento de ofício 
efetuado pela autoridade fiscal, significa dizer: o crédito tributário já está devidamente constituído, ainda 
que carente de definitividade, pois sujeito à impugnação administrativa. Portanto, o auto de infração não 
se confunde com o início da constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de 
qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.
7. Agravo regimental desprovido.
Processo
AgInt no AgInt no AREsp 1229609 / RJ, Relator(a) Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES
Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA
Data do Julgamento 09/10/2018
Data da Publicação/Fonte DJe 24/10/2018
Ementa
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 
Nº 3 DO STJ. DECADÊNCIA. PAGAMENTO PARCIAL CONSIGNADO PELO ACÓRDÃO 
RECORRIDO. PREMISSA FÁTICA EXPRESSA NO ACÓRDÃO. AFASTAMENTO DA SÚMULA 
Nº 7 DO STJ. AFASTAMENTO DO RESP Nº 973.733/SC. IPI. TRIBUTO SUJEITO A 
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DECADÊNCIA DAS DIFERENÇAS NÃO 
DECLARADAS. TERMO A QUO EM CASO DE PAGAMENTO PARCIAL. FATO GERADOR. 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO EXTINTO PELA DECADÊNCIA.
1. Adotando-se a premissa fática do caso concreto, expressamente ventilada no voto vencedor do acórdão 
recorrido – o que afasta a incidência da Súmula nº 7 do STJ -, é de se reconhecer que, havendo 
pagamento parcial, a decadência para constituir a diferença não declarada e não integrante do pagamento 
parcial tem como termo a quo a data do fato gerador, na forma do art. 150, § 4º, do CTN, não se 
aplicando o entendimento fixado na Súmula nº 555 do STJ e no REsp nº 973.733/SC, Rel. Min. Luiz Fux, 
DJe 18/9/2009, segundo o qual o prazo decadencial segue o disposto no art. 173, I, do CTN quando, a 
despeito da previsão legal, não há pagamento antecipado em caso de tributo sujeito a lançamento por 
homologação.
2. Na hipótese dos autos, os fatos geradores ocorreram no período de fevereiro e março de 2002, de modo 
que o lançamento de ofício realizado em 25 de junho de 2007 extrapolou o prazo de 5 anos contados dos 
fatos geradores, estando o crédito tributário extinto pela decadência.
3. Agravo interno não provido.
AgInt no AREsp 1156183 / SP, Relator(a) Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES
Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA
Data do Julgamento 20/02/2018; Data da Publicação/Fonte DJe 26/02/2018
Ementa
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO Nº 3 DO STJ. 
PRAZO DECADENCIAL. AUSÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO. TERMO A QUO. 
PRIMEIRO DIA DO EXERCÍCIO SEGUINTE. ART. 173, I, DO CTN. PRECEDENTE NA 
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SISTEMÁTICA DO ART. 543-C DO CPC/1973. AFERIÇÃO DA OCORRÊNCIA DE PAGAMENTO 
ANTECIPADO. SÚMULA Nº 7 DO STJ.
1. A Primeira Seção do STJ, nos autos do REsp nº 973.733/SC, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 18/9/2009, em 
sede de recurso especial repetitivo, na sistemática do art. 543-C, do CPC/1973, fixou tese no sentido de 
que o prazo decadencial para lançamento do tributo, nos casos em que a lei não prevê o pagamento 
antecipado ou quando, a despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem 
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aconstatação de dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia, conta-se do 
primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, na forma do 
art. 173, I, do CTN.
2. O acórdão recorrido afirmou que não houve eclaração ou antecipação do pagamento (fls. 329 e-
STJ), de modo que o termo inicial da decadência para o crédito tributário mais antigo (vencido em 
29/1/1999) ocorreu em 1º.1.2000, não estando atingido pela decadência, uma vez que a notificação do 
lançamento teria ocorrido em 2004 (fls. 330). Por outro lado, não é possível a esta Corte, em sede de 
recurso especial, infirmar a premissa fática de inexistência de declaração (DCTF ou documento 
equivalente) e de ausência de pagamento antecipado, eis que tal providência demandaria o reexame 
de matéria fático probatória, o que encontra óbice na Súmula nº 7 do STJ, in verbis: "A pretensão de 
simples reexame de provas não enseja recurso especial".
3. Agravo interno não provido.
TRF 4ª REGIÃO
Acórdão
Classe: AC - APELAÇÃO CIVEL
Processo: 5078485-92.2015.4.04.7100 UF: RS
Data da Decisão: 07/11/2017 Orgão Julgador: SEGUNDA TURMA
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RelatorALCIDES VETTORAZZI
Decisão Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 2ª Turma do 
Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, decidiu negar provimento à apelação, nos 
termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente 
julgado.
Ementa Tributário. execução fiscal. extinção. anulação do lançamento anterior por vício formal. 
decadência. inocorrência.
1. A reabertura do procedimento administrativo, com novo cálculo e prazo para pagamento, em face 
da nulidade do lançamento fiscal que deu origem à execução, está prevista no artigo 173, II, do 
Código Tributário Nacional.
2. A viabilidade de novo lançamento por erro na base de cálculo do imposto de renda é matéria 
reconhecida em reiterados julgados deste Tribunal.
3. Ante a incorreção da base de cálculo utilizada, hipótese dos autos, exige-se um novo lançamento 
tributário no qual se apure a nova base de cálculo do tributo devido, cuja competência é exclusiva do 
Fisco.
4. Não transcorrido o prazo de cinco anos da decisão que anulara o lançamento tributário originário, 
erro mantido na presente execução fiscal, não há falar em decadência.
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