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1.3.3. Comunicação do acidente Toda empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1.º (primeiro) dia útil seguinte da ocorrência e, de imediato em caso de morte à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o mínimo e máximo do salário de contribuição, sucessivamente nas reincidências. O acidentado deverá receber cópia fiel da comunicação de acidente, também seus dependentes e o Sindicato a que corresponda sua categoria. Acidente pessoal de acordo com a Norma ABNT NBR 14280, é aquele cuja caracterização depende de existir acidentado. Acidente de trajeto Norma ABNT NBR 14280 define que é o acidente de trabalho sofrido pelo empregado no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela. define que é o acidente de trabalho sofrido pelo em- pregado no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela. Acidente impessoal para a Norma ABNT NBR 14280, é aquele cuja caracterização independe de exis- tir acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal. Lesão imediata é a que se verifica imediatamente no momento da ocorrência do acidente, e lesão me- diata tardia é aquela lesão que não se verifica imediata- mente após a exposição à fonte da lesão. Caso seja ca- racterizado o nexo causal, isto é, a relação da doença com o trabalho, evidenciará uma doença ocupacional. Assim, admite-se a preexistência de uma “ocorrência ou exposição contínua ou intermitente”, de natureza acidental, sendo registrada como acidente do traba- lho, nas estatísticas de acidente. Incapacidade permanente total é a perda total de capacidade de trabalho, em caráter permanente, excluindo a morte. Esta incapacidade corresponde à lesão que, não provocando a morte, impossibilita o acidentado, permanentemente, de exercer o trabalho ou da qual decorre a perda ou a perda total do uso dos seguintes elementos: ambos os olhos, um olho e uma das mãos, um olho e um pé, ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé. Incapacidade permanente parcial é a redução par- cial da capacidade de trabalho, em caráter permanente. Incapacidade temporária total é a perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade perma- nente parcial e a incapacidade permanente total. Também chamada acidente com lesão com afastamento, é o acidente que resulta em lesão com perda de tempo ou lesão incapacitante, é a lesão pes- soal que impede o trabalhador de retornar ao tra- balho no dia útil imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente. Existe também a lesão sem afastamento, que é o acidente que resulta em lesão sem perda de tem- po ou lesão incapacitante, é a lesão pessoal que não impede o trabalhador de retornar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja incapa- cidade permanente. Dias perdidos (Dp), são os dias de afastamento de cada acidentado, contados a partir do primeiro dia de afastamento até o dia anterior ao do dia de retorno ao trabalho, segundo à orientação médica. Dias debitados (Dd), são os dias que devem ser debitados devido à morte ou incapacidade permanen- te, total ou parcial. No caso de morte ou incapacidade permanente total, devem ser debitados 6.000 (seis mil) dias. Por incapacidade permanente parcial, os dias a serem debitados devem ser retirados da norma bra- sileira ABNT NBR 14280 (Cadastro de Acidentes). Temos que considerar que existe em norma a Taxa de Frequência de Acidentados (FL) e Taxa de Gravidade (G). 1.4. Serviço especializado em genharia de segu- rança e medicina do trabalho - SESMT O dimensionamento dos SESMT vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros anexos à NR 4 e no artigo 162 da CLT. São denominados Serviços Especializados em Segurança e Saúde do Trabalho Portuário (SESS- TP), cujo dimensionamento possui regras próprias estabelecidas pela Portaria MTb/SSST n.º 53/97, no item 29.2.1.1 e seus subitens. Os SESMT para o trabalho na agricultura, pe- cuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura são denominados Serviços Especializados em Segu- rança e Saúde no Trabalho Rural (SESTR), que pos- sui regras próprias estabelecidas pela Portaria MTE/ GM n.º 86/05. Com a criação da OIT (Organização Interna- cional do Trabalho) em 1919 a prevenção de aciden- tes no Brasil ganha um novo impulso, é criado então, a Lei n.º 3724/19, essa foi à primeira de acidente de trabalho no Brasil. Serviço Especializado em Engenharia de Segu- rança e em Medicina do Trabalho-(SESMT), é utili- zado por uma empresa, que deve manter uma equipe de profissionais da saúde, que ficam dentro da mesma para proteger a integridade física dos trabalhadores. Em 1967, foi criado o SESMT a partir do De- creto-Lei n.º 229, de 28/02/67. E posteriormente foi regulamentado, em 1972 pela Portaria n.º 3237. O artigo 4.1 da (NR04), destaca que todas as em- presas públicas ou privadas, todos os órgãos públicos da administração direta ou indireta e dos poderes Le- gislativo e Judiciário se faz necessário o SESMT. Em 1990, o quadro do SESMT foi alterado, sendo introduzidos todos os profissionais que parti- cipam dele atualmente, pontos importantes deverão ser observados, pois dependendo da quantidade de empregados e da natureza das atividades, o serviço pode incluir os seguintes profissionais: Médico do trabalho; Enfermeiro do trabalho; Técnico de enfermagem do trabalho; Engenheiro de segurança do trabalho; Técnico de segurança do trabalho. O setor do – SESMT - foi criado para funcio- nar dentro de uma empresa, visto que com o alto ín- dice de ocorrências de aumento de acidentes que os funcionários, em geral, estavam sofrendo no local de trabalho. No entanto, não foi criado apenas para isso, o SESMT também tem a função de alertar e dar ins- truções para os funcionários sobre o aparecimento de novas doenças, esclarecimentos sobre qualquer tipo de doença e também evitar que pequenos acidentes de trabalho possam acontecer e prejudicar a empresa. O direito à saúde e à segurança não deve estar substanciado apenas no meio ambiente do trabalho, mas também, no meio ambiente como um todo e para que seja alcançado o sucesso na prevenção dos infortúnios do trabalho, é necessário que o Estado e as empresas se direcionem na busca da valorização do homem, tanto no aspecto social como profissio- nal, pois é o homem o tema central da prevenção dos infortúnios do trabalho, seja ele operário, técni- co, administrador, empresário ou servidor público. Embora, a regra geral aplicável ao dimensio- namento do SESMT, leve em conta apenas o grau de risco da atividade principal e o número total de empregados da empresa, há algumas exceções, como passaremos a elencar: “Art. 162 da CLT.: A empresa, de acordo com as normas a serem expedidas pelo Ministério do Tra- balho e Emprego, estarão obrigadas a manter servi- ços especializados em segurança e em medicina do trabalho. Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo estabelecerão: a) Classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de suas atividades; b) O número mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o grupo em que se classifique na forma da alínea anterior; c) A qualificação exigida para profissionais em ques- tão e seu regime de trabalho; d) As demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em medicina do traba- lho, nas empresas. De acordo com Marco Antônio de Sousa: “O SESMT é um setor que faz parte do organograma interno das empresas, sendo que o mesmo está sub- metido às ordens da empresa contratante, bem como à constante fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pois a sua estrutura, os seus profis- sionais e as suas respectivas finalidades estão subme- tidos à legislação de segurança do trabalho.“Assim, não é possível ter um SESMT constituído e estrutura- do fora das normas estabelecidas pelo MTE.” Compete aos profissionais integrantes dos Ser- viços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho: a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eli- minar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador; b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e este persis- tir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual - EPI; c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecno- lógicas da empresa; d) responsabilizar-se tecnicamente pela orien- tação quanto ao cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ ou seus estabelecimentos; e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la; f) promover a realização de atividades de cons- cientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração permanente; g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção; h) analisar e registrar em documento (s) espe- cífico (s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença ocu- pacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do (s) indivíduo (s) portador (es) de doença ocupacional ou acidentado (s); i) registrar, mensalmente, os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade. (disponível em www.cmt. com.br/nr4.htm) As ações de segurança e saú- de no trabalho no âmbito da empresa podem ser sis- tematizadas em um tripé formado pela NR5, CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, pela NR9, PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e pela NR7, PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. 1.4.1. Riscos no Ambiente de Trabalho Meio ambiente de trabalho é o local onde o ho- mem realiza a prestação de serviço, desenvolvendo ativi- dade profissional em favor de uma atividade econômica. Consideram-se riscos ambientais, tudo que tem potencial para gerar acidentes ou doenças no traba- lho, em função de sua natureza, concentração, intensi- dade e tempo de exposição. Os riscos dividem-se em: • Riscos biológicos: são microrganismos pre- sentes no ambiente de trabalho, tais como: as bactérias, os fungos, os vírus, entre outros. • Riscos ergonômicos: são conhecimentos fundamentais ao planejamento de tarefas, postos e ambiente de trabalho, ferramentas, máquinas e sistema de produção, a fim de que sejam utilizados com o máximo de con- forto, segurança e eficiência. • Riscos físicos: são representados pelas condições físicas, tais como: vibrações, ra- diações, ruído, calor e frio, que podem cau- sar danos à saúde. • Riscos mecânicos: relacionados a máqui- nas inadequadas, máquinas e equipamentos mal dispostos, móveis sem boa localização, a ordem e a limpeza, entre outros. • Riscos químicos: os agentes químicos são produtos que podem penetrar no orga- nismo. Quando absorvidos, produzem na grande maioria dos casos, reações diversas, dependendo da natureza, da quantidade e da forma da exposição à substância. Apesar dessas classificações, o risco mais danoso atualmente é o comportamental, onde o in- divíduo deixa de cumprir com as normas de segurança impostas pela empresa, alterando seu ambiente de trabalho de forma prejudi- cial, ou deixa de usar os equipamentos e sis- temas implantados para sua proteção. 1.4.1.1. Ergonomia Ergonomia é a disciplina científica que diz res- peito ao entendimento das interações entre os ho- mens e os outros elementos de um sistema e a pro- fissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos para projetar de modo a otimizar o bem-estar dos homens e a eficiência total do sistema. A avaliação ergonômica dos postos e métodos de trabalho é um dos documentos obrigatórios que po- dem ser exigidos pelos Auditores Fiscais do Trabalho. A análise ergonômica do trabalho, também co- nhecida pela sigla AET, deve conter as seguintes etapas: 1.4.1.1. Ergonomia Ergonomia é a disciplina científica que diz res- peito ao entendimento das interações entre os ho- mens e os outros elementos de um sistema e a pro- fissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos para projetar de modo a otimizar o bem-estar dos homens e a eficiência total do sistema. A avaliação ergonômica dos postos e métodos de trabalho é um dos documentos obrigatórios que po- dem ser exigidos pelos Auditores Fiscais do Trabalho. A análise ergonômica do trabalho, também co- nhecida pela sigla AET, deve conter as seguintes etapas: • Análise da demanda e do contexto; • Análise global da empresa no seu contexto das condições técnicas, econômicas e sociais; • Análise da população de trabalho; • Definição das situações de trabalho a se- rem estudadas; • Descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades; • Análise das atividades - elemento central do estudo; • Diagnóstico e Validação do diagnóstico; • Recomendações; • Simulação do trabalho com as modifica- ções propostas; • Avaliação do trabalho na nova situação. 1.4.1.2. EPI’S X EPC’S Os EPI’s são - Equipamentos de Proteção Indi- vidual, que tem a finalidade de proteger a integridade física do trabalhador durante a atividade de trabalho. Sua função é neutralizar ou atenuar um possível agen- te agressivo, contra o corpo do trabalhador que o usa. A NR 6, com redação dada pela Portaria MTE/ SIT n.º 25 de 2001, estabelece as disposições rela- tivas aos EPIs. Evitam lesões ou minimizam a sua gravidade, nos casos de acidentes ou exposições à riscos, podem também nos proteger contra efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas e/ou agressivas, que podem causar as chamadas doenças ocupacionais. “A empresa é obrigada a fornecer ao em- pregado, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstân- cias: sempre que as medidas de ordem geral não forneçam completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais, enquanto as medidas de pro- teção coletiva estiverem sendo implanta- das para atender situações de emergência.” (www.fundacentro.gov.br) Os EPI's podem ser classificados em 4 grupos: Proteção para a cabeça; Proteção do tronco; Proteção das vias respiratórias e cintos de segurança; Proteção para os membros superiores e mem- bros inferiores; Proteção contra quedas com diferença de nível; Proteção auditiva; EPCs são – Equipamentos de uso Coletivo. Todos dispositivos de uso coletivo, destinados a proteger a integridade física dos trabalhadores. O EPC serve para neutralizar a ação dos agen- tes ambientais, evitando acidentes, protegendo contra danos à saúde e a integridade física dos trabalhadores, uma vez que o ambiente de trabalho não deve ofere- cer riscos à saúde ou à segurança do trabalhador. Deve-se usá-los apenas para a finalidade que se destina; responsabiliza-se por sua guarda e conser- vação; comunicar qualquer alteração que o torne im- próprio para o uso. Adquirir o tipo adequado a ativi- dade do empregado; treinar o trabalhador sobre seu uso adequado e tornar obrigatório seu uso; substituí- -lo quando danificado ou extraviado. São exemplos de EPCs: extintores de incêndio, lava-olhos, capelas. Obriga-se o empregador, quanto ao EPI: Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado; Fornecer, gratuitamente, aos empregados,so- mente os aprovados pelo MTb; Treinar o trabalhador para seu uso adequado; Tornar obrigatório o seu uso; Substituí-lo, imediatamente, quando danificado; Responsabilizar-se pela higienização e manu- tenção periódica; Comunicar ao MTb qualquer irregularidade ob- servada no EPI adquirido. Obriga-se o empregado, quanto ao EPI: Utilizá-lo apenas para a finalidade a que se destina; Responsabilizar-se por sua guarda e conservação; Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso. 1.4.1.3. Eficácia do SESMT Em relação à eficiência da (NR-4), no seu modelo atual, e sua contribuição de maneira signi- ficativa, o principal ponto levado em consideração é referente à vontade que as empresas devem ter para que o SESMT realmente cumpra ao seu papel dentro delas, uma vez observado que para um bom funcionamento do mesmo devem partir ordens em nível de diretoria. Não há muito interesse por parte de algumas empresas para que se tenha uma atuação eficaz nesta área. Quando há vontade política e a empresa leva a sério, o SESMT funciona de maneira correta, pois profissionais qualificados serão contratados e farão parte do quadro funcional, o que irá contribuir de uma forma muito valiosa com aquilo que a norma propõe. Ocorre que em alguns casos não há eficiên- cia nenhuma, pois a empresa constitui o SESMT so- mente no papel, o que acaba fazendo com que este serviço fique totalmente sem valor. Com a Segurança no Trabalho, soma-se o co- nhecimento necessário para fazer a empresa mais eficiente, segura, organizada e produtiva. 1.4.1.4. OHSAS - (Occupational He- alth and Safety Assessment Services) As siglas em inglês OHSAS, traduzindo, temos o: Serviços de Avaliação de Saúde e Segurança Ocupacional. Entrou em vigor em 1999, após estudos de um grupo de organismos certificadores e de entidades de normalização da Irlanda, Austrália, África do Sul, Espanha e Malásia. Consiste num Sistema de Gestão, assim como a ISO 9000 e ISO 14000, porém com o foco voltado para a saúde e segurança ocupacional. Em outras palavras, a OHSAS 18001 é uma fer- ramenta que permite uma empresa atingir e sistema- ticamente controlar e melhorar o nível do desempe- nho da Saúde e Segurança do Trabalho por ela mesma estabelecido. A norma é voltada à saúde e segurança ocupacional. É passível de auditoria e certificação. Assim, como os Sistemas de Gerenciamento Ambiental e de Qualidade, o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional também possui ob- jetivos, indicadores, metas e planos de ação. Visa au- xiliar a empresa a controlar os riscos de acidentes no local de trabalho. É uma norma para sistemas de gestão da Segu- rança e da Saúde no Trabalho (SST). A certificação por essa norma garante o compromisso da empresa com a redução dos riscos ambientais e com a melho- ria contínua de seu desempenho em saúde ocupacio- nal e segurança de seus colaboradores. A norma baseia-se no conceito de que a com- panhia deve periodicamente analisar e avaliar seu sistema de gestão da SST, de maneira sempre a iden- tificar melhoras e implementar as ações necessárias. Por isso, ela não estabelece requisitos absolutos para o desempenho da Segurança e Saúde no Trabalho — mas exige que a empresa atenda integralmente à legislação e regulamentos aplicáveis e se comprome- ta com o aperfeiçoamento contínuo dos processos. Por não estabelecer padrões rígidos, duas orga- nizações que desenvolvam atividades similares, mas que apresentem níveis diferentes de desempenho da SST podem, simultaneamente, atender aos requisi- tos da norma. A norma OHSAS 18000 integra-se no mesmo modelo das normas ISO 9000 e ISO 14000, apresen- tando uma abordagem por processo. Estas normas são baseadas na utilização do “ciclo de Deming”, que permitem uma melhoria contínua dos desempenhos. A OHSAS 18000 compõe-se de um sistema de gestão que integra: - O compromisso de seguir uma política de ges- tão dos riscos; - A identificação e a avaliação dos fatores e áreas de riscos; - A identificação de objetivos e programas; - A formação do pessoal; - A implantação de processos de controle; - A preparação a situações de emergência; - O estabelecimento de procedimentos de medi- da de vigilância; - A implantação de medidas de prevenção dos acidentes; - A instauração de um procedimento regular de verificação. O procedimento de certificação desenvolve-se em três etapas: - A pré-avaliação efetuada pelo organismo res- ponsável pela auditoria de certificação; - O estudo dos documentos fornecidos pela empresa; - A auditoria de certificação a fim de examinar e verificar a implantação efetiva dos procedimentos por parte da empresa. (Fonte: OHSAS 2007 17) 1.4.1.5. ACGIH - (American Conferen- ce of Governmental Industrial Hygienists) A ACGIH é a Conferência Norte-Americana de Higienistas Industriais Governamentais (Ameri- can Conference of Governmental Industrial Hygie- nists), uma organização de profissionais de higiene ocupacional patrocinados por instituições governa- mentais ou educacionais dos Estados Unidos. A ACGIH desenvolve e publica, anualmente, limites recomendados de exposição ocupacional de- nominado de Threshold Limit Values (TLV) para centenas de substâncias químicas, agentes físicos, e inclui Índices de Exposição a Agentes Biológicos: Biological Exposure Indices (BEI). O TLV é marca registrada da ACGIH cujos valores são atualizados e divulgados constantemente por meio de publicações. Os TLV da ACGIH são referências a serem utilizadas para fins de implementação de medidas de controle no campo da higiene ocupacional. Os TLV não devem ser usados para fins de caracteri- zação de atividade ou operação insalubre, para isso devem ser utilizados apenas os Limites de Tolerância (LT) da NR 15 - Atividades e Operações Insalubres. Uma sugestão, para a redução dos acidentes de tra- balho, seria contar com a contribuição do governo, para oferecer incentivos fiscais às empresas que atin- gissem metas relacionada à prevenção dos mesmos. Seria necessária fiscalização contínua para assegurar um SESMT atuante. Assim, possivelmente, as em- presas menos conscientes iriam, de alguma forma, aderir ao SESMT. A segurança dentro de uma organização não é prioridade, mas é necessário cuidar do seu maior bem, que é o recurso humano, que por sua vez, tem o SESMT que regulamenta os procedimentos den- tro da empresa, visando à segurança na mesma e atu- alizando dados de acontecimentos para que novas medidas de precaução sejam tomadas, ajudando que todos os acontecimentos sejam respeitados, e apura- dos de fato, para o bem-estar de todos. QUESTÕES – UNIDADE 1 1. Qual a definição de empregado para fins de aplicação das NRs? 2. Qual a definição de empresa para fins de apli- cação das NRs? 3. Qual a definição de local de trabalho para fins de aplicação das NRs? 4. São atribuições das Delegacias Regionais de Trabalho (DRTs)? 5. O que é o Certificado de Aprovação de Ins- talações (CAI)?
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