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27/02/2023, 14:16 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SAÚ… 1/5 FOCO NO MERCADO DE TRABALHO CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO: A VIA CENTRAL DO METABOLISMO DE BIOMOLÉCULAS Christian Grassl Imprimir SEM MEDO DE ERRAR A situação-problema se refere aos conhecimentos de bioquímica que podem ser aplicados na Fisiologia do Exercício. Para compreender melhor os aspectos bioquímicos envolvidos nos exercícios físicos, é preciso conhecer o metabolismo energético e a bioenergética. Fonte: Shutterstock. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:16 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SAÚ… 2/5 O dé�cit de oxigênio corresponde ao retardo do consumo de oxigênio no início do exercício físico, sendo mais pronunciado nos indivíduos não treinados. Nesse intervalo de tempo, a energia utilizada pelas �bras musculares esqueléticas é proveniente, principalmente, da respiração anaeróbica, com o aumento da glicólise e o uso da creatina-fosfato (reservatório de energia nas �bras musculares). Para suprir o aumento da glicólise, ocorre o aumento da glicogenólise, em que é liberada a glicose-6-fosfato para a produção de energia. Em poucos minutos, o consumo de oxigênio aumenta, permitindo a produção aeróbica de energia. Nos exercícios físicos mais intensos e prolongados, principalmente em indivíduos não treinados, os sistemas cardiovascular e respiratório não conseguem manter a oferta adequada de oxigênio às elevadas necessidades metabólicas dos músculos esqueléticos; nesse caso, a produção aeróbica de energia é reduzida, ou seja, as vias metabólicas que ocorrem nas mitocôndrias, como oxidação do piruvato, beta oxidação e ciclo do ácido cítrico, �cam prejudicadas, e isso ocorre porque essas vias metabólicas são oxidativas e geram grande quantidade de NADH e FADH2. Esses carreadores precisam transferir os seus elétrons para a cadeia respiratória, o que possibilita a sua regeneração para que possam ser utilizados novamente nas reações oxidativas das vias metabólicas. Porém, para que haja regeneração de NAD e FAD na cadeia respiratória, os elétrons, uma vez utilizados pelos complexos proteicos para a geração de um gradiente de prótons por meio da membrana interna mitocondrial, precisam ser neutralizados. A única possibilidade de neutralizar os elétrons da cadeia respiratória é transferi-los para o oxigênio que é reduzido à água, por isso, o oxigênio é considerado o aceptor �nal de elétrons. Na insu�ciência de oxigênio, os elétrons da cadeia respiratória não são neutralizados, o que impede o Complexo I de receber elétrons de NADH e o Complexo II de receber elétrons de FADH2; dessa maneira, ocorre acúmulo de NADH e FADH2, simultaneamente à redução das concentrações de NAD+ e FAD, e com menor disponibilidade de NAD+ e FAD para as reações oxidativas, as vias metabólicas são inibidas, prejudicando a produção aeróbica de energia. 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:16 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SAÚ… 3/5 Diante desse prejuízo, a única via produtora de energia é a glicólise, que faz parte da respiração anaeróbica, porém, na insu�ciência de oxigênio, não há regeneração de NAD na cadeia respiratória, o que reduz a disponibilidade de NAD+ para a reação oxidativa da via glicolítica. Para impedir que haja interrupção da glicólise, é ativada uma via metabólica de emergência, a fermentação, e nessa via metabólica, o piruvato é convertido em lactato, permitindo a regeneração de NADH a NAD+ e, consequentemente, o funcionamento da glicólise. Com maior liberação de adrenalina e de glucagon e menor secreção de insulina, há um aumento da lipólise nos adipócitos, aumentando-se a oferta de ácidos graxos, especialmente para os músculos esqueléticos. Além disso, com o aumento da quantidade, do tamanho e da atividade das mitocôndrias, ocorre o aumento da capacidade oxidativa dessas organelas, incluindo a beta oxidação e o ciclo do ácido cítrico. Dessa maneira, há o aumento da taxa de oxidação dos ácidos graxos, o que gera uma grande quantidade de FADH2 e NADH, além das moléculas de acetil-CoA, e com o aumento do conteúdo de enzimas do ciclo do ácido cítrico, além de maior disponibilidade de acetil-CoA, a atividade do ciclo do ácido cítrico se torna maior, fornecendo grandes quantidades de elétrons para a cadeia respiratória, que também tem a sua capacidade aumentada. Com isso, a produção de energia se torna bem maior para atender às necessidades metabólicas dos músculos esqueléticos em exercício físico. O que foi apresentado é uma forma de responder à situação-problema. A partir do que foi discutido nesta seção, você tem condições de propor e discutir novas respostas com o seu professor e seus colegas. AVANÇANDO NA PRÁTICA FÍGADO: UM ÓRGÃO CENTRAL PARA A BIOQUÍMICA O fígado é um órgão fundamental para a Bioquímica, pois é local de muitas vias metabólicas, sendo algumas exclusivas. O conhecimento das funções hepáticas é importante para os pro�ssionais da saúde, pois o fígado está relacionado à manutenção da glicemia, à conversão da amônia em ureia, à síntese de lipídeos, à 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:16 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SAÚ… 4/5 produção de sais biliares, à conjugação da bilirrubina, à biotransformação de xenobióticos e a outras tantas funções. Então, vamos aproveitar os conhecimentos a respeito das vias metabólicas abordadas até o momento para compreendermos melhor a importância do fígado. Pacientes com lesões hepáticas graves apresentam uma série de manifestações clínicas, como icterícia, hiperamonemia, encefalopatia hepática, hipoglicemia e acidose metabólica; frente a isso, com base nos conhecimentos adquiridos até o momento, você poderia explicar as seguintes questões: • Como você relaciona a hipoglicemia com a lesão hepática? Qual é o papel do fígado na manutenção da glicemia? • Por que há hiperamonemia com a lesão hepática? Qual é a relação disso com a encefalopatia hepática? • Por que a insu�ciência hepática é uma das causas de acidose metabólica? RESOLUÇÃO O fígado é um órgão importante no controle da glicemia. Após as refeições, o GLUT-2 hepático, ativado pela hiperglicemia, permite a entrada de grande quantidade de glicose nos hepatócitos, onde será armazenada na forma de glicogênio. Durante o jejum ou no período entre refeições, quando a glicemia abaixa, as células alfa-pancreáticas liberam o hormônio glucagon, que atua no fígado, estimulando a glicogenólise e a gliconeogênese. Com isso, o fígado libera o seu estoque de glicose para o sangue, além de produzir novas moléculas de glicose a partir de aminoácidos, lactato e glicerol. Com a insu�ciência hepática, a capacidade de armazenar a glicose após as refeições e de produzir novas moléculas de glicose �ca seriamente prejudicada, assim, no período entre as refeições, o fígado não consegue liberar glicose su�ciente para manter a glicemia normal, levando a um quadro de hipoglicemia. O fígado é o único órgão capaz de converter a amônia — produto do metabolismo dos aminoácidos e do metabolismo da microbiota intestinal — em ureia, e essa conversão é realizada pelo ciclo da ureia, um conjunto de 0 V e r a n o ta çõ e s 27/02/2023, 14:16 lddkls212_bio_apl_sau https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=cidalacerdac%40gmail.com&usuarioNome=APARECIDA+DE+CASTRO+LACERDA&disciplinaDescricao=BIOQUÍMICA+APLICADA+À+SAÚ…5/5 reações químicas presente nos hepatócitos. Na insu�ciência hepática, o ciclo da ureia �ca prejudicado, o que acarreta em menor capacidade de conversão da amônia — um composto muito tóxico — em ureia — um composto menos tóxico que pode ser excretado na urina. Com isso, a amônia se acumula no plasma, o que leva à hiperamonemia. A amônia atravessa facilmente a barreira hematoencefálica, induzindo lesões neurológicas, formando um quadro chamado de encefalopatia hepática. Com a hipoglicemia provocada pela insu�ciência hepática, as células compensam a menor disponibilidade de glicose com o aumento da oxidação de ácidos graxos. Além disso, a glicose é precursora da síntese de oxaloacetato, molécula necessária para reagir com acetil-CoA para iniciar o ciclo do ácido cítrico. Com mais moléculas de acetil-CoA disponíveis, devido ao aumento da oxidação de ácidos graxos, e com menos moléculas de oxaloacetato disponíveis para iniciar o ciclo do ácido cítrico, grande parte das moléculas de acetil-CoA é desviada para a cetogênese. Com maior produção de corpos cetônicos, instala-se um quadro de acidose metabólica, chamada de cetoacidose. 0 V e r a n o ta çõ e s
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