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Doenças do Estômago - CA gástrico

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Beatriz Machado de Almeida - Internato 
 
ADENOCARCINOMA 
De maneira geral, quando se fala de CA gástrico é 
sobre o adenocarcinoma. Porém, existem outros 
tipos, como por exemplo, linfoma gástrico. 
FATORES DE RISCO 
• Dieta: rica em defumados, condimentos, baixa 
ingesta de frutas e verduras. 
• H.pylori: gastrite crônica atrófica quando 
disseminada → hipocloridria → metaplasia 
gástrica (lesão precursora do CA). 
• Anemia perniciosa: gastrite crônica 
autoimune → hipocloridria. grande causa de 
carência de vitamina B12. Doença autoimune 
que produz anticorpo contra fator intrínseco. 
• História familiar positiva. 
• Tabagismo. 
• Gastrectomia parcial. 
• Grupo sanguíneo A. 
• Pólipos adenomatosos/gástricos. 
CLASSIFICAÇÃO 
LAUREN: 
• Microscópica (histológica). 
• Subtipos: 
❖ Intestinal: 
 Estruturas glandulares (semelhantes às 
encontradas no intestino). 
 Bem diferenciado: melhor prognóstico. 
 Mais comum no Brasil, no sexo masculino 
(2:1), idade média de 55-60 anos. 
 ESTÔMAGO DISTAL. 
 Disseminação hematogênica. 
❖ Difuso: 
 Células em anéis de sinete. 
 Pouco diferenciado: pior prognóstico. 
 Acometimento igual entre os sexos, mais 
jovens (40 anos). 
 ESTÔMAGO PROXIMAL. 
 Disseminação por contiguidade 
(transcelômica) e linfática. 
 Relação com grupo sanguíneo A. 
BORRMANN: 
• Macroscópica (EDA). 
❖ I – Polipoide: melhor prognóstico. 
❖ II – Ulcerado com bordos nítidos. 
❖ III – Ulcerado com bordos não 
nítidos: mais comum. 
❖ IV – infiltrante ¨linite plástica¨. 
❖ V – nenhum dos demais. 
CLÍNICA 
• Assintomático. 
• Dispepsia + sinais de alarme (perda 
ponderal, dor epigástrica, náuseas). 
• Metástases: fígado, pulmão, peritônio. 
• Doença avançada: massa abdominal palpável, 
ascite neoplásica, linfonodos à distância: 
❖ Supraclavicular esquerda – Virchow. 
❖ Periumbilical – Irmã maria José. 
❖ Axilar esquerda – Irish. 
❖ Prateleira retal – Blumer. 
❖ Ovário – Krukemberg: não é lesão primária do 
ovário, e sim metástase do CA de estômago. 
DIAGNÓSTICO 
• EDA + biópsia. 
• Seriografia (SEED): estudo contrastado do 
estômago. Triagem – rastreio. 
ESTADIAMENTO – TNM / EXAMES UTILIZADOS 
• T – Tumor. 
Avaliado por USG 
endoscópica (padrão ouro). 
• N – Número de linfonodos. Avaliado por USG 
endoscópica (ecoendoscopia): no pré-
CA gástrico 
Beatriz Machado de Almeida - Internato 
 
operatório. O N de fato é o pós-operatório 
(ressecção >=16 linfonodos - linfadectomia). 
• M – Metástase à distância. Avaliada por TC 
(abdome, pelve e tórax) e videolaparoscopia 
(peritoneal, lesões e ascite; ressecabilidade). 
Se a metástase for identificada por TC, não é 
necessário a realização da videolaparoscopia. 
TRATAMENTO 
• Ressecção com margem de segurança (6cm 
para cima e 6cm para baixo; se difuso, 8cm) 
+ Linfadenectomia A D2 (Brasil). 
❖ Tumor distal: Gastrectomia 
SUBTOTAL + reconstrução (BII – 
Gastrojejunostomia ou Y de Roux). 
❖ Tumor proximal: 
Gastrectomia TOTAL + Y de Roux 
(Esofagojejunostomia). 
CA GÁSTRICO PRECOCE 
CA gástrico precoce é diferente de Ca gástrico 
descoberto inicialmente. 
DEFINIÇÃO 
• Invade mucosa e/ou submucosa (não 
obrigatório) com ou sem linfonodos 
acometidos (independe). 
• O ¨precoce¨ se refere ao T (invasão tumoral). 
TRATAMENTO 
• Tratamento padrão: Igual ao 
ADENOCARCINOMA: gastrectomia com 
margem de segurança + linfadenectomia. 
• Tratamento endoscópico: situações 
específicas – preencher todos os requisitos a 
seguir: limitado a mucosa, não ulcerado, sem 
invasão linfovascular, <2cm. 
Resumo baseado no material do Medcurso

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