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- É o processo biológico preferencial que restaura a continuidade do tecido (óssea, visceral, pele) após uma lesão. Trata-se de uma combinação de eventos físicos, químicos e celulares, que restaura um tecido ferido ou substitui por colágeno. - Quando se fala em cicatrização, se fala de um processo dinâmico. Existem fases, mas não necessariamente a fase B depende da fase A para acontecer, elas podem acontecer simultaneamente. Se tem uma célula pronta da fase A, a fase B entende que já pode começar, da mesma forma como a fase C entende que pode começar quando há uma célula da fase B. - A cicatrização é uma tarefa comum na rotina do médico veterinário. - O conhecimento dos mecanismos normais da cicatrização das feridas e dos fatores que possam incrementar ou retardar estes processos. - Quando falamos de pele, temos que lembrar que toda circulação está na derme. - Além disso, a pele é irrigada pelos vasos musculocutâneos, que irão virar alças capilares. - O homem possui uma circulação melhor do que no cão e gato. Devido a isso as cirurgias reconstrutivas são feitas com pele, mais do que com enxertos e isso se dá justamente devido a má circulação da pele do cão e do gato. Nos enxertos necessitamos mais de circulação e a circulação deles é ruim. Mesmo fazendo os retalhos cutâneos, se não fizermos de forma correta, pegando os vasos sanguíneos, a gente perde o retalho, ele necrosa, devido a má vascularização. - Um exemplo que podemos dar é o fato dos animais quando se queimam não formarem bolha que nós humanos. A pele do cão e gato quando queimada irá necrosar, enquanto no humano irá formar a bolha, que é um processo inflamatório. Apenas o porco faz uma lesão parecida com a do homem, que é a bolha. (Nesse esquema a gente vê a diferença de circulação. No homem vemos várias veias e artérias que emitem uma grande quantidade de alças cutâneas, enquanto no cão tem uma menor quantidade de vasos, emitindo poucas alças capilares). Devido a má circulação dos cães e gatos, não devemos apertar os nós cirúrgicos - Na teoria teremos 4 fases da cicatrização. 1°) Inflamatória 2°) Debridamento (pode ocorrer ou não) o Alguns autores colocam essa fase dentro da fase inflamatória, pois nessa fase tem uma CICATRIZAÇÃO inflamação, só que mais exacerbada, só que juntamente tem um processo infeccioso. 3°) Reparação 4°) Maturação INFLAMAÇÃO - A fase inflamatória é uma resposta celular tecidual protetora iniciada por uma lesão. - Se não há fase inflamatória não há inicio do processo de cicatrização. Devemos ter um bom senso na hora de prescrever anti-inflamatório, pois como dito, o processo de inflamação é necessário para que a cicatrização ocorra. Em uma mastectomia, por exemplo, temos uma inflamação exacerbada quando comparada a um OSH, se utilizamos um anti-inflamatório na mastectomia, nós diminuímos esse tempo de inflamação, mas não impedimos a cicatrização, enquanto se prescrevermos um anti-inflamatório em casos de OSH podemos estar prejudicando a cicatrização. - Tem como característica a permeabilidade vascular. A permeabilidade seria o fato de toda vez que há uma lesão, sangra. - O sangue tem uma função, que é ocupar o espaço vazio que foi criado. Logo em seguida do sangramento, há a formação de coágulos. - No início temos uma vasodilatação, uma hemorragia, teremos um feedback com ação de serotoninas e citoninas que irão fazer a isquemia, deixando o sangue parado, se temos sangue parado ele irá se formar em coágulo devido a uma nova vasodilatação nas bordas dessa ferida, que irá trazer células inflamatórias, plaquetas e fibrinogênio, que irá contribuir para a formação do coágulo. - O coágulo é muito importante, pois ele é a base da cicatriz. Devido a isso na cirurgia ao secar ferida devemos comprimir e não esfregar, pois se não arrancaremos o coágulo do local e ao invés de ajudar no processo de cicatrização, estamos atrapalhando. - Nesta fase ocorre o que chamamos de quimiotaxia, que consiste na chegada de células de defesa (neutrófilos e monócitos) através dos vasos sanguíneos até o local da lesão. - Quando temos um processo inflamatório, podemos ou não ter microrganismos. - Se tivermos uma ferida limpa, os monócitos irão crescer mais. Os monócitos se transformam em macrófagos em uma ferida limpa. Os neutrófilos irão desaparecer nessa ferida. - Se tivermos uma ferida suja, teremos mais neutrófilos. Os neutrófilos se transformam em leucócitos e os leucócitos estão presentes em processos infecciosos. Monócito não fica em tecido sujo. - Se temos uma ferida suja, a fase de debridamento irá surgir O macrófago é a célula mais importante para a cicatrização, pois ele é capaz de formar novos vasos sanguíneos, ele é capaz de sintetizar fatores de crescimento (proteínas que auxiliam na cicatrização), ele auxilia na liberação de colagenase (célula que tira tecido necrosado), mas a sua presença só ocorre em ferida limpa. - Existe uma fase do coágulo, onde ele é muito fino e quando seca forma uma ÂcasquinhaÁÁ, devido a isso não devemos arranca-lá, pois é uma fase de cicatrização. - A casquinha é uma ferida que coça. - TODA ferida seca coça. - Ferida seca não é ruim, mas ela coça, demorando mais para cicatrizar. - Uma ferida úmida (controlada) cicatriza mais rapidamente. Isso se dá, pois o tecido úmido permite que as células andem mais facilmente. - A fase inflamatória se resolvendo, passamos para fase de reparação. DEBRIDAMENTO - Nesta fase temos uma ferida contaminada, com pus, tecido morto e isso é uma parte da cicatrização. Não cicatriz ferida suja, apenas limpa. - Se temos uma ferida suja, o organismo para nessa fase numa tentativa de limpar a ferida com as células de defesa para que o processo de cicatrização continue. - Na fase de debridamento a célula de defesa que irá atuar são os leucócitos. - Nesta fase forma-se um exsudato comporto por leucócitos, tecido morto e líquido da ferida. - Nesta fase, talvez, teremos que intervir. O organismo pode solucionar o problema, mas as vezes pode ser que demore muito tempo, sendo assim, precisamos agir para acelerar a cicatrização. Para isso, podemos debridar, usar antibiótico, lavar várias vezes a ferida até que se torne ela limpa. REPARAÇÃO - A fase de reparação inicia 3 a 5 dias após a ocorrência da lesão. - Esta fase só ocorre quando a fase da inflamação/debridamento termina. Se não acabar essa fase, não segue o processo de cicatrização e fase de reparação não prossegue. - É nesta fase que teremos a formação de um novo tecido - Nesta fase teremos algumas etapas. - Uma dessas etapas são os fibroblastos. Os fibroblastos só estarão presentes em uma ferida limpa. - Os macrófagos irão estimular a proliferação de fribroblastos. - Os fibroblastos tem como função depositar colágeno, elastina e proteoglicanos que amadurecem no tecido fibroso. - Nesta fase a organização celular é, no início, desordenada. Queremos quantidade de célula e não organização. - Nesta fase ocorrerá a angiogênese, onde os capilares irão invadir as feridas atrás dos fibroblastos em migração. - Existem fatores específicos que irão estimular a angiogênese, que são: fator de crescimento dos fibroblastos, fator de crescimento endotelial vascular. - Os macrófagos entram dentro da ferida e começam a produzir colágeno, esse colágeno vai dar sustentação a ferida. - Quanto mais fibroblastos, melhor. Ele chega na ferida pelas fibrinas. - Quando fizemos a ferida, cortamos os vasos sanguíneos de forma transversal, com isso, novos vasos sanguíneos irão crescer a partir das células endoteliais desses vasos que foram cortados anteriormente. - A primeira parte a ser vascularizada é a borda da ferida. - Os vasos sanguíneos são estimulados a crescer também devido a presença dos macrófagos. - Esses vasos sanguíneose os vasos linfáticos, nós iremos chamar de brotos capilares. Todos crescem da mesma forma, a partir dos vasos que foram seccionados, a diferença é que os vasos sanguíneos crescem muito mais rápido que os linfáticos. - Além dos nossos capilares trazerem sangue, esse sangue vai carrear oxigênio e esse oxigênio faz com que os fibroblastos dentro da ferida, se multipliquem. Então dentro da ferida aumenta a fibroplasia, aumentando a presença de colágeno. Devido a essas informações acima, não devemos garrotear os curativos, pois assim iremos dificultar a passagem de sangue e oxigênio, dificultando a cicatrização. - Nesta fase então teremos: Novos capilares + Fibroblastos + tec. Fibroso/coágulo = Tecido de Granulação - Teremos a formação da borda da lesão (cicatriza de fora para dentro). - O tecido de granulação tem como função preencher o defeito, proteger a ferida, fazer uma barreira para infeção, é uma superfície para migração epitelial e fonte de MIOFIBROBLASTOS. EPITELIZAÇÃO E CONTRAÇÃO DA FERIDA - Quando o organismo entende que precisa fechar a ferida, acontece um aumento da mitose celular do epitélio ao redor, mas quando a célula de epitélio vai para cima do coágulo ela caba ÂcaindoÁÁ naquele espaço, pois o coágulo não sustenta a célula. Sendo assim, a célula epitelial precisa de um tecido para que ela possa se ancorar e ficar, esse tecido é o tecido de granulação. - Enquanto não tem o tecido de granulação, não se tem o epitelização da forma adequada. - Quando tem tecido de granulação começa a crescer epitélio. - Ao mesmo tempo que o tecido de granulação está empurrando as bordas, devido aos miofibroblastos, o tecido epitelial está cobrindo. - A contração é mais forte que a epitelização, ela acontece muito mais rápido que a epitelização. - Quando a extensão da ferida é muito extensa, como nas queimaduras, muitas das vezes só a contração não segura, ai o epitélio cobre, ficando mais rosado. - O epitélio é uma importante barreira contra infecções externas e perda de líquido. - A reparação epitelial envolve várias etapas. - Feridas que são suturadas irão ter uma epitelização mais rápida quando comparada a feridas abertas. - O epitélio pode ter origem de folículos pilosos e glândulas quando é necessário que a epitelização ocorra de maneira rápida. - A migração epitelial é aleatória e as células epiteliais aumentam de tamanho, ficam planas e se movem. - Existe um termo chamado de migração da sutura.. Esse termo está relacionado ao material de sutura que utilizamos, pois quando passamos uma agulha grossa, iremos ter uma ferida ali, com isso pode cicatrizar por cima daquele fio. - As células vão passando por cima das primeiras, até entrar em contato com a superfície da ferida. - A epitelização ocorre mais rápido em ambiente úmido. - Quando uma borda encostam uma na outra, ocorre um feedback para que elas parem de se multiplicar. - Quando temos uma casca, temos um tecido morto, logo ele precisa sair. O macrófago vai retirar esse tecido para que ocorra a epitelização. O macrófago libera enzimas (colagenase) que solta essas cascas pelas bordas. A pomada Kolagenase é bom em tecidos mortos. - A contração tecidual ocorre melhor em regiões com mais elasticidade (abdomen, dorso), ela vai trabalhar menos nas extremidades. - Sabemos que tem uma contração acontecendo quando temos uma ferida em Âformato estrelarà FATORES QUE PODE INIBIR A CONTRAÇÃO DA FERIDA - Corticoides - Benzodiazepínicos - Relaxantes musculares MATURAÇÃO - É a fase final da cicatrização. - Ocorre 17 a 20 dias após a lesão ± por anos. - A maturação é a organização do tecido. - Inicia quando colágeno é depositado corretamente. - Nesta fase termina a produção de fibroblasto e colágeno (menor celularidade do tecido de granulação e colágeno) - Fibras colágenas se remodelam com alteração da sua orientação, melhorando a força da ferida. No início temos colágeno tipo 1, eles se reorganizam e formam colágeno tipo 4, formando uma malha. A intenção dessa malha é dá resistência. - Resistencia tecidual jamais é recuperada. - Cicatriz clara = menos capilares no tecido fibroso. - A restrição da cicatrização está relacionado ao local da ferida. Cicatrizes podem doer, porque por conta da contração da ferida pode comprimir ou estirar terminações nervosas CICATRIZAÇÃO ÚMIDA DAS FERIDAS - Ambiente úmido = cicatrização ótima VANTAGES - Em ambientes úmidos se tem uma vasodilatação muito melhor e as citocinas e os fatores de crescimento (proteínas) conseguem chegar muito mais rápido nesses tecidos. Nos exames pré-operatórios temos que ver a albumina (fator de crescimento) se a albumina estiver baixa teremos uma péssima cicatrização. - O tecido de granulação se forma muito mais rápido em ambientes úmidos. - Feridas úmidas estimulam a epitelização, pois passa muito mais rápido uma célula por cima da outra. - Ambientes úmidos fazem debridamento acelerado e seletivo, ou seja, chega macrófago e neutrófilo mais rápido. - Medicamento tópico penetra mais facilmente. - Velocidade de reepitelização é 2 vezes maior - Antibiótico sistêmico chega mais facilmente na região devido a umidade - Menos dolorida e pruriginosa. DESVANTAGENS - Maceração da borda da ferida - Foliculite (causada pelo crescimento bacteriano pelo abafamento da ferida). - Osso: osso não sangra, logo não granula. - Animais idoso o Pode ter doenças que podem atrapalhar, como a circulação - Desnutrição/ hipoproteinemia o Devido aos fatores de crescimento - Doenças hepáticas o No fígado há a síntese de fatores de coagulação (fibrinogênio/plaqueta) - Diabetes o Tem dificuldade de circulação em extremidades, podendo ter dificuldade de cicatrizar. - Cicatrização em cão vs gato o A cicatrização do gato é pior do que em cão. o Os gatos formam pseudocicatrização. o A pseudocicatrização é definido pela pouca quantidade de tecido de granulação, se tem pouco tecido de granulação, tem pouco colágeno, se tem pouco colágeno tem uma maior dificuldade de cicatrizar. Isso pode acontecer em espaços morto devido a isso, é necessário fazer bastante pontos de ancoragem em cirurgias grandes em gatos. - Superfícies intactas o Osso, tendão: eles não granulam - Antisséptico (ter cuidado com a concentração. Fazer em concentrações de 0,2% - 0,5%) - Material cirúrgico. o Backhausx Allis ± a backhausfura, a allis esmaga, logo tem uma área maior de dano. - Oxigênio o O oxigênio é necessário para fazer a fibroplasia. Curativos muito apertados irão impedir a chegada de oxigênio - Irrigação o Cuidado com a força do nó cirúrgico e com o tipo de sutura. - Infecção da ferida o Se tiver em fase de debridamento a cicatrização fica estagnada - Seroma o Líquido morto o Não permite passagem celular e nem aproximação o Quanto mais espaço morto, maior a probabilidade da formação do seroma o Formas de evitar: dar muito pontos, evitar espaço morto, colocar dreno - Corpo estranho o Fio, compressa, placa, tela, miíase - Umidade o A umidade deve ser controlada. Excesso de umidade pode prejudicar. - Medicamentos (corticoides ± estabiliza as etapas celulares, benzodiazepínico, relaxante muscular). Corticoide não se utiliza em processos cicatriciais, mas se utiliza em cirurgias em regiões de cabeça devido aos edemas em locais perigosos. - Quimioterapia o A quimioterapia mata células novas e em um meio de cicatrização tem muito - Radioterapia o Faz a mesma coisa que a quimio, mas depende muito da concentração. Segundo Ayello (2003) o sucesso do tratamento depende mais da competência e do conhecimento dos profissionais envolvidos, de sua capacidade de avaliar e selecionar adequadamente técnicas e recursos. - Uma ferida é uma interrupção na continuidadede um tecido corpóreo (qualquer tecido). Tal interrupção pode ser provocada por algum trauma (mordedura, atropelamento), ou ainda ser desencadeada por uma afecção (esporotricose, fístula do 4° pré-molar, comer corpo estranho e fazer ferida) que acione as defesas do organismo - Colisões, mordeduras, objetos penetrantes... - Quanto a natureza o Cutânea o Mucosa (ex: cálculo, corpo estranho causando ferida na mucosa do estomago) - Quanto a extensão o Superficial: quando pega apenas derme e epiderme o Profunda: quando pega pele, músculo e osso. o Penetrante: quando atinge cavidade torácica, abdominal. - Quanto a produção o Traumática o Cirúrgica - Quanto ao grau de contaminação o Contaminada: quando tem até 10 5 mo/g de tecido (na teoria). Na prática utilizamos tempo, se a ferida foi ocasionada em até 6 horas, temos uma ferida contaminada. o Infeccionada: se a ferida foi feita em mais de 6 horas. Saber se é contaminada ou infeccionada determina o que se fazer, pois feridas contaminadas são muito mais propensas a se fechar naquele momento, enquanto as infeccionadas não INCISÃO - Ferida mais clássica - Bordas regulares - Quanto mais profunda maior a probabilidade de hemorragia, mais a secção de nervos e maior a dor. Ex: incisão cirúrgica LACERAÇÃO - Bordas irregulares - Quanto mais profunda maior a probabilidade de hemorragia, mais a secção de nervos e maior a dor. EX: mordeduras FERIDAS AVULSÃO - Tirar um fragmento do seu ponto de inserção Ex: atropelamento ABRASÃO - Raladura - Ferida superficial, que sangra menos Ex: atropelamento - Lesão de cisalhamento (lesão causada pela abrasão, é um arranhado). PERFURANTE - Feridas que perfuram o animal - Se houve uma abertura de espaço, muitas vezes é necessário abrir mais para poder lavar e só assim fechar ESMAGAMENTO - Quando se tem ruptura de tensão e fratura óssea. FERIDAS MULTIPLAS AVULSÃO E ESMAGAMENTO QUEIMADURA - A maior caracteristica de uma ferida por queimadura é que nas primeiras 48-72 horas é uma das feridas mais limpas que existe no mundo, porque mata todos os microrganismo, porém também mata pele, causando necrose, que muita das vezes vai aumentando ao passar dos dias. - Quando os vasos sanguíneos da sofrem calor, eles fecham, com isso não chega as células de defesa naquele local, dificultando a cicatrização. - O tecido necrosado tem que ser tirado o mais rapido possível, porque debaixo dele se tem uma infecção muito ráipida e as vezes profunda. Esse tecido tem que ser debridados o mais rápido possível - Ferida que causa muita dor - Pacientes queimados não pode tomar sol, pois a possibilidade de fazer carcinoma é muito alta. OBJETIVO - Cuidar de um ferimento aberto é converter o ferimento contaminado, aberto, em um cirurgicamente limpo que possa ser fechado. - Acesso de ventilação - Acesso intravenoso - Hemostasia temporária/ definitiva - Reposição do volume sanguíneo. - Controlar a dor - Prevenis contaminação adicional. TRICOTOMIA - A tricotomia é muito feita com maquina de tosa, só que ela joga muito pelo em cima da ferida e isso prejudica. - Tampar a ferida - Lubrificante hidrossolúvel estéril (KYgel) o Solúvel em água, depois é fácil de tirar o pelo. - Tesoura besuntada de óleo o Faz com que o pelo grude um no outro - Pontos provisórios o Para fechar a ferida. x O importante é não deixar cair pelo para não ter trabalho de limpar. LAVAGEM DA FERIDA - Solução salina estéril o O Ringer com lactato é preferível devido ao seu pH mais neutro. - Antissépticos: o Diacetato de clorexidine a 0,05% o Iodo povidona 0,1 a 1% o Solução para irrigação/limpeza e decontaminação de feridas, composta de 0,1% de polihexanida (PHMB), 0,1% de betaina e 99,8% de água purificada por sistemas de osmose reversa ou por destilação - Peróxido de hidrogênio o Nunca usar? o Tem função em feridas profundas, pois o fervilhamento traz os microrganismos e mata essas bactérias que ficam ali mais profundas. o Não usar em tecido de granulação - Sempre devemos ter cuidado com a concentração das soluções. Quanto mais concentrado, pode se tornar tóxico ao tecido, principalmente ao tecido de granulação quando ele está viático. COMO A FERIDA DEVE SER LEVADA? - Existe uma pressão que a gente pode exercer sobre o tecido que está cicatrizando. Essa pressão a gente usa uma agulha 25 x 7 (cinza) e uma seringa de 10 ml. Essa pressão exercida é uma pressão que não machuca o tecido, pois se faz uma pressão muito forte, ele vai abaixar o tecido que está ali e toda a sujeira que tiver na ferida vai penetrar - Lavagem dentro do globo ocular - Pode lavar com soro fisiológico, ringer com lactato (mais indicado por ter um pH mais neutro, enquanto o fisiológico tem um pH mais ácido) - Pode fazer dentro de um centro cirúrgico essa lavagem com um circuito fechado - Tem uma seringa, válvula de 3 vias, agulha 25 x 7 - Tem um frasco de soro, equipo, facilmente se enche a seringa e vai lavando, não precisa ficar tirando e voltando o tempo todo DEBRIDAMENTOS - Retirada de tecido morto, tecido desvitalizado - Pode ser feito através de excisão cirúrgica, enzimas ou ataduras - Esse cão velho, caquético, chegou com uma ferida de laceração no pescoço, cheia de sujeira, capim, terra, miíase, tecido necrosado, precisavalimpar. Não foi anestesiado pois não se sabia a origem dele, ele estava extremamente anémico e poderia perder ele na mesa - O que foi feito? Limpeza. Usou-se uma compressa cirúrgica limpa, enfaixou e deixou 24 horas na ferida. Por ser uma compressa seca, ela sugou toda a secreção. Essa compressa foi colocada seca, ou seja, ela vai ficando cada vez mais seca, então ela gruda aquela sujeira, só que quando tira, ela vem sangrando, limpando, mas ela está debridando. Não é a melhor coisa, porque é dolorido no momento de tirar, mas funciona muito bem em um caso de animal que não se tem condição de anestesia (Debridamednto de uma ferida aberta, tinha um tecido necrosado. Limpou-se as bordas para fechar). - Normalmente usa-se lâmina de bisturi e não tesoura (pode estar cega, algumas tesouras estão frouxas então quando ela corta, ela ÂGDQ§DÃ��HQW£R�HOD�Q£R�ID]�DTXHOH�FRUWH�SHUIHLWR�� e com isso pode esmagar ± a gente não quer esmagar, e sim tirar o tecido) - Tira até sangrar, quando sangrar para - A colagenase é ótima, só que ela tem um tratamento um pouco mais lento, ela não vai ter um resultado tão rápido. Ela é extremamente seletiva, só vai debridar o que está morto - Esse animal tinha uma necrosa em ponta de orelha. Foi usado a colagenase, ela vai delimitando o que está morto e vai soltando 1° INTENÇÃO - É a ferida cirúrgica - Chegou, abriu, fechou - A ferida está limpa, animal anestesiado, é só fechar - Ela fecha muito mais rápido - Quanto melhor o posicionamento da pele, melhor a cicatrização, ela vai ser muito mais rápida1° intenção com retardo 1° INTENÇÃO COM RETARDO - Paciente levou uma mordida e além da ferida aberta, as vezes ao redor existe muito hematoma, pela força. Muitas vezes a força da mandíbula causa lesões como hematomas. Esse hematoma daqui a 24-48 horas pode estar tudo bem, mas ele também pode evoluir para necrose, e aí se fez sutura, vai acontecer deiscência de sutura - Muitas vezes quando criado uma dúvida, nunca fechar 2° INTENÇÃO - É aquela que vai cicatrizar auxiliado por todas as fases da cicatrização: vai granular, vai contrair, vai epitelizar e ela fecha - Ela fecha sozinha, a gente não manipula em nada - Então a 2ª intenção fecha por granulação, contração e epitelização, os 3 trabalhando - É mais barato, mas o problema é que pode pegar uma ferida de 2ª intenção e levar meses para fechar, então é o barato que sai caro- Outro problema é que, se ela contrai, ela pode contrair de qualquer jeito e muitas vezes com muita força, isso pode causar deformação - A cicatrização por 2ª intenção, muitas vezes, dependendo da região, pode deformar - O que pode atrapalhar a cicatrização: tecido necrosado, corpo estranho, osso exposto, área de contaminação fácil. O que tem que fazer é lavar, retirar todo o tecido necrosado, retirar corpo estranho, o animal tem que tomar antibiótico sistêmico 3° INTENÇÃO - É quando tem uma ferida, por exemplo, aquelas queimaduras extensas, que estão cicatrizando já há muito tempo, mas tem um tecido de granulação perfeito - A cachorra está saudável, apta a ser, por exemplo, anestesiada, então vai anestesiar esse animal e vai transformar essa ferida que está cicatrizando, em 1ª intenção - Então tem o leito, um tecido de granulação viável, vai debridar a borda dessa ferida, faz ela sangrar, vai trazer por cima e fechar ela - Então 3ª intenção é quando tem uma ferida já com tecido de granulação viável, bonito, mas está demorando a cicatrizar - Pode acontecer do tecido de granulação ficar um pouco acima da borda da pele. Se ele tiver um pouco mais alto, puxa muito mais pele para fechar. Nesse momento, a gente dá uma rebatida no tecido de granulação, o máximo que vai acontecer é sangrar - A 3ª intenção nada mais é do que uma 2ª intenção perfeita, sendo transformada em 1ª intenção. - Cachorra atropelada, o carro passou por cima e fez uma avulsão (arrancou a pele sobre o ponto de inserção). Era uma fêmea, uma cachorra saudável. Fecha ou não fecha a ferida e deixa por 2ª intenção? - Anestesia, lava várias vezes até estar bem limpo. Há uma grande quantidade de tecido exposto, isso vai ressecar, pode começar a necrosar,muita perda de líquido (proteína, sangue) pela ferida. Se deixar exposto, ela vai continuar fazendo essa perda - A opção foi fechar, depois lavar bastante, sabendo que existe a possibilidade de necrose, principalmente porque ela é fêmea, as mamas foram rompidas no atropelamento, então a probabilidade dela ter necrose nessa região é grande - Além disso, tem uma quantidade muito grande de espaço morto, então há probabilidade de ter seroma por baixo da ferida. Para inibir a formação de seroma ou drenar ele, tem que colocar dreno. Coloca os drenos na parte mais baixa do corpo (o líquido por gravidade tende a descer) - Pode ter necrose, principalmente nas regiões de extremidade, onde tem a pele muito cortada, com pontos finos - Teve a formação de tecido de granulação, então adiantou, mesmo que a ferida tenha necrosado e tenha saído parte da pele - Após isso, começa a fechar por 2ª intenção - Sempre curativo fechado, esse curativo por ser grande e ter uma umidade maior, 2-3x por dia - $�FRQWUD§£R�ID]�D�SHOH�IRUPDU�ÂUDLRV�GH�VROÃ�� nesse momento é uma região boa de contrair, a pele começa a diminuir. É nesse momento que pode anestesiar, colocar ela na mesa e fechar isso rapidamente - Então essa ferida que está por 2ª intenção pode ser transformada em 1ª intenção. Toda a borda tem que ser rebatida, para voltar a sangrar. Pode sangrar no meio, só debridar um pouco e depois fecha Se tiver alguma dúvida sobre o fechamento da ferida, será melhor deixar aberto!! - Usado com frequência - Mordeduras, animais que vem de rua com feridas com áreas de necrose e corpo estranho - Controle da infecção Æ redução da inflamação, microtrombos, etc. - Usar medicamento tópico sabendo a real necessidade de cada medicamento no seu determinado momento - No início pode precisar usar uma colagenase porque tem tecido necrosado. Depois que o tecido necrosado acaba, não precisa mais de colagenase, basta usar um antisséptico, pode usar, por exemplo, uma clorexidina 1) ANTIMICROBIANOS - Clorexidina (methiolate/ furanil) - Sulfadiazina de prata (silvadene) o Age em gram positiva, gram negativa e em fungo. Ela tem a propriedade para transpassar tecido necrosado (tem indicação grande nas queimaduras) - Pomada atb tripla (bacitracina, neomicina e polimixina). o Nebacetin - Nitrofurazona (Furacin). o Hoje em dia foi contraindicado na veterinária. - Calêndula (antimicrobiana) o Medicamento natural que tem alguma propriedade para cicatrizar. x É IMPORTANTE ENTENDER QUANDO USAR CADA UM DEBRIDANTES QUÍMICOS - Colagenase (Iruxol) - Desoxirribonuclease (Fibrase) - Esse é o dreno mais utilizado: PENROSE - Feito com material parecido com o da luva. Se não tiver esse dreno, pode cortar o dedo da luva e usar - Tem que funcionar como um caminho para o líquido, saber a localização (sempre na parte mais baixa) - O dreno penrose é considerado um dreno passivo, ou seja, a gente coloca e o líquido sai pela gravidade - No caso dos drenos ativos, pode colocar um dreno, uma sonda, dentro do tórax, válvula de 3 vias, uma seringa de 20 ml, puxa o êmbolo, quando fixa o êmbolo, fechou ele, fez um vácuo dentro da seringa, pressão negativa. Depois que fechou e fez pressão negativa, abre a válvula de 3 vias e ela vai ficar drenando aquilo ali - Com o dreno passivo manda o animal para casa, com o ativo não - Camada primária (contato com a ferida) - Camada secundária - Camada terciária CAMADA PRIMÁRIA x ADERENTE SECA - Tecido necrosado - Extremamente dolorida no retirar - Ela funciona muito bem, coloca seco e tem que tirar seco, então ela vem machucando, mas faz o serviço dela (limpeza e debridamento) - Usada principalmente em animais que não tem condições de anestesia x ADERENTE ÚMIDA - Mais confortáveis - Não é muito diferente da seca - Usada quando tem muito exsudato, muito pus - Pode ter um pouco de umidade, e essa umidade pode ser, por exemplo, um antisséptico (clorexidine degermante) - Umidece ela, coloca ela na ferida, o clorexidine degermante em contato com essa secreção vai fluidicar essa secreção e ela absorve melhor e tira da ferida - Para lavar e tirar pode jogar um soro e ir tirando x NÃO ADERENTE - Sem tecido necrosado, em fase de reparação - Tem um tecido de granulação perfeito, bonito, saudável, não pode ser machucado de jeito nenhum - Normalmente coloca creme, pomada, para não deixar a camada secundária ou primária aderir e não machucar - Conforme a umidade da ferida vai diminuindo, a frequência do curativo também pode ser diminuída - Tratamento de ferida nunca é igual 2-3 dias seguidos. Se ela vai evoluindo, os curativos, tratamento, tipo de pomada, também vai modificando CAMADA INTERMEDIÁRIA OU SECUNDÁRIA - Pode ser absorvente ou não - Pode usar o algodão ortopédico, mas para isso não pode ter umidade na ferida, ele não puxa. Se tem uma certa umidade e quer tirar, pode usar o algodão comum - O algodão comum serve também para acolchoar. Se precisa fazer um curativo em que precisa ter uma certa contenção, apertar um pouco mais, usa um algodão por baixo, para que na hora de apertar, não machuque, o algodão vai acolchoar aquilo ali e não deixa marcar o tecido CAMADA EXTERNA OU TERCIÁRIA - É aquela que fecha total, não deixa as que estão abaixo se movimentarem (mantém as outras no lugar) - Esparadrapo, atadura simples - O curativo pode ser semi-oclusivo ou total oclusivo x SEMI-OCLUSIVO - Quando tem muita umidade - Quando tem um semi-oclusivo, colocaram pomada, gaze, passaram uma atadura e botaram um esparadrapo para fixar - Esse esparadrapo no semi-oclusivo está apenas em algumas partes, ou seja, todo o excesso de umidade que existir tem por onde sair entre os esparadrapos x OCLUSIVO - Quando tem uma ferida sem umidade, apenas aquela umidade que está sendo controlada com creme, pode fechar ela totalmente com o esparadrapo, e aí fica toda fechada - Proporcionam limpeza ao ferimento - Reduzem o edema e a hemorragia o Se a cinta cirúrgica é do tamanho 6, pede o tamanho 5 eacinta a cadela, deixa ela bem justa. Aquilo faz uma compressão sobre a ferida, em que a pele vai de encontro com a musculatura, isso diminui edema, hemorragia. Sempre vai ter um pouco de sangramento, pois foram rompidos vários vasos sanguíneos, é normal - Elimina espaço morto - Devem ser confortáveis. - Cuidado com raças braquicefálicas ao fazer curativo de cabeça. Já não respiram normalmente, se apertar muito, não conseguem respirar de jeito nenhum - Não adianta fazer curativos muito apertados, além de incomodar, doer, vai dificultar a circulação CASO 1: FERIDA POR MORDEDURA DE GATO - Mordedura de gato não é igual mordedura de cachorro, nem na forma de fazer e nem na forma clínica de se apresentar - Normalmente gato morde sempre no mesmo lugar - Tem pequenos furos que vão causar pequenas lesões externas, porém por dentro é pior - A pele por fora cicatriza, tem cicatrização externa, mas tem população de bactéria no tecido que foi machucado, com sangue, criando um meio muito fácil para infecção. Normalmente isso gera abscessos - Então em gatos, normalmente, quando eles brigam, quando eles mordem, a probabilidade de formar abscesso é muito fácil - Dificilmente a gente vai pegar gatos que foram mordidos por outros gatos com lacerações - Também vemos alguns gatos, principalmente em membros, dorso, cabeça, com uma massa flutuante, onde a gente palpa e está mole, cheio de líquido. Aquilo é pus, necrosa porque a pele do gato não é boa para vascularização. O abscesso começa a crescer, a pele vai distendendo, a circulação começa a se tornar mais difícil e começa a necrosar - Normalmente o que a gente vê com mais frequência em gatos são os abscessos por feridas de mordedura CASO 2: MORDIDA NA ORELHA - Animal (cão) levou uma mordida na orelha, recente, sangue na cabeça - Animal sem problema nenhum, passível de ser anestesiado - Tem na ferida uma laceração, cartilagem da orelha exposta - A cartilagem é chata para cicatrizar, atrapalha bastante, porque a cartilagem é dura, ela deforma no momento de cicatrizar O que fazer? Deixa aberto ou fecha? - Se acabou de acontecer a ferida, ela é contaminada, não tem infecção - Ela tem a presença da cartilagem, essa cartilagem tem que sair de qualquer jeito - É uma ferida de cabeça, se for fazer um curativo nesse animal com ela aberta, com 2ª intenção, vai ter que fazer esse curativo diariamente. Toda vez que tirar, ele vai sacudir a cabeça, na hora que bater a orelha, essa ferida vai sangrar, atrasando - Foi feito anestesia, uma plástica, fechou com ponto contínuo, em 10 dias os pontos foram retirados CASO 2: FERIDA POR MORDEDURA DE CÃO - Mordedura de pitbull, pegou na cabeça - A força do impacto da mordedura foi tão grande que o olho fez oclusão - Tem que limpar, faz tricotomia ampla, mas na borda passa gilete, com ele já anestesiado - Por conta da mordedura, a pele toda do teto da cabeça estava solta - Devido aos hematomas da mordedura, o tecido pode necrosar, porque além da ferida propriamente dita em que houve a laceração, também tem lesão vascular por conta do impacto do dente sobre o animal - O olho não foi jogado fora, foi chamado um oftalmologista, não deu para dizer se era viável ou não por conta do hematoma, mas estava íntegro, se ele vai voltar a enxergar, é outra conversa - Para proteger esse olho, é feita uma incisão lateral (cantotomia), solta a pele e puxa ela toda, vai cobrir o globo ocular e fecha as pálpebras, protegendo essa córnea para que ela não tenha nenhum tipo de lesão - A princípio, ele não teve lesão nervosa, está tudo íntegro, ele só teve uma protusão, provavelmente pela força de impacto que houve ali, mas está no lugar. Então mantém ele protegido até o oftalmo voltar a olhar e ver se vai manter ou não - Além do hematoma, tinha muito espaço morto, então tem que colocar dreno - A pele da cabeça normalmente tem pressão para trás, não adianta fazer só ponto de pele, a pele vai ficar sendo tracionada o tempo todo. É feito walking suture, vai trazendo essa pele, suturando, fixando a pele sobre o músculo da cabeça, para não deixar ela voltar - Fez o debridamento, colocou dreno, o dreno veio para trás da orelha. Um cachorro de cabeça em pé, o líquido vai descer para trás - Colocou o dreno, vai começar a fazer o walking. É uma técnica de avanço, vai puxar a pele para frente e fixa ela. Ao ser feito isso, fecha - O tecido provavelmente vai necrosar CASO 4: FERIDA PERFURANTE - Gata que pulou a cerca, errou a mira e o vergalhão entrou - O vergalhão entrou pelo abdômen e saiu na região femoral, próximo ao trocânter - É uma ferida perfurante. O problema dessas feridas é a sujeira. Quando esse vergalhão entrou, ele saiu deixando sujeira de ponta a ponta - A primeira coisa que tem que fazer é aumentar essas incisões para poder lavar abundantemente. Não vai fechar totalmente, tem que deixar dreno - Existe um caminho, um espaço morto causado pelo vergalhão. Além disso, vai ter que abrir e lavar mais, então sempre deixar dreno O dreno NUNCA fica na incisão cirúrgica principal. Sempre fazer uma incisão lateral para ele - Depois que limpar e colocar o dreno, fecha - Quando tem dreno, pode usar fralda ou absorvente. Não usar somente gaze, porque as vezes a gaze não é capaz de absorver toda a umidade, e umidade em excesso causa foliculite, esse sangue que está saindo, esse seroma, vai dar foliculite em volta da cirurgia - Tanto a fralda quanto o absorvente acolchoam a região da cirurgia, então não dói - Depois que cicatriza, tira o dreno normalmente 48 horas depois e está resolvido o problema CASO 5: MORDIDA COM FERIDAS INTERNAS E HEMATOMAS - Cachorro mordido por dois pitbulls - Além das feridas, existem feridas internas, hematomas - Cachorro, diferente de gato, segura e sacode. Esse sacodir dele, você combate, você começa a ter laceração da musculatura, e essas lacerações podem ser tão profundas que podem chegar em cavidade torácica ou abdominal - A primeira coisa que tem que fazer ao pegar um animal como esse e ele está anestesiado, é investigar ferida por ferida, e inclusive aumentar a ferida, se for preciso, para ver qual é a profundidade, o que ela realmente está causando, não é simplesmente fechar a pele - Existia uma quantidade grande de ferida - É importante conferir qual é a real extensão da ferida, porque as vezes a pele é 1 cm e a musculatura é 10 cm, totalmente esgarçada. Vai ter que lavar, fechar, botar dreno, não simplesmente fechar a pele - Aumento de volume meio flutuante, tinha uma ferida - $R�DEULU�D�IHULGD�SDUD�ÂFXWXFDUÃ��D�SLQ§D�HQWUDYD� músculo adentro. Quando começou a mexer e a limpar, apareceu pela ferida uma alça intestinal - Essa investigação é muito importante. Se simplesmente fechar a pele e mandar para casa, esse intestino ia necrosar, isso ia romper e ele ia morrer - Apenas uma limpeza de ferida se tornou uma enteroanastomose - Provavelmente ele levou uma mordida, houve uma ruptura da musculatura, a alça intestinal saiu, mas nesse momento pode-se dizer que existe uma hérnia traumática - Pode dizer que existe uma hérnia traumática porque rompeu a musculatura através de um trauma e abriu uma comunicação entre a cavidade e o subcutâneo, então a víscera saiu. Provavelmente quando ela saiu, ele veio de novo e mordeu, causando uma lesão grande intestinal CASO 7: FERIDA EM CAUDA - Cauda retirada (para ao perceber um pouco de sangramento) - Ferida perto do ânus sempre é um problema - A contração trabalha ali - Tinha tecido necrosado, o tecido de granulação vai subindo - Passado um tempo, o tecido de granulação começou a cobrir quase tudo, até finalizar - O grande problema nesse caso, é que isso sangrava com facilidade, fazer curativo era uma coisa difícil e ele batia isso toda hora, então sangrava, ressecavademais, manter esse curativo úmido era difícil. Chegou uma hora que essa pele estacionou e não saía disso, toda hora sangrava um pouco, ressecava, ele não deixava mexer, então se optou em transformar 2ª intenção em 1ª - A cauda foi retirada e fechou, cicatrizou e acabou - Definição: Acúmulo de material purulento dentro do útero - Doença reprodutiva mais frequente e fatal - Diagnóstico precoce e eficiente - Além de ser uma doença infecciosa, por conta dessa infecção, tem lesões fora do útero que podem ser ocasionadas por essas bactérias - A principal coisa que pode acontecer é lesão renal. Há muita discussão se a lesão renal realmente é ocasionada por essas bactérias, ou por se tratar de uma doença que acomete cadelas mais idosas, se ela já teria alguma lesão e simplesmente a bactéria só deu aquele ÂHPSXUU£R]LQKRÃ� - As cadelas normalmente sempre após o cio, normalmente 2 meses depois, fazem uma hiperplasia endometrial cística - A hiperplasia endometrial cística é a ação da progesterona sobre o corpo do útero, sobre o endométrio - Esse endométrio aumenta de tamanho, as glândulas endometriais ficam muito maiores e produzem muito muco - Se pegar o útero de uma cadela pós-cio, normalmente 2 meses depois, e fizer uma ultra, o que vai receber de laudo é: útero aumentado com líquido no seu conteúdo. Muitas vezes pequeno, mas tem líquido. Não quer dizerque é piometra, as vezes é hiperplasia endometrial, que é uma coisa fisiológico das cadelas. Isso vai acontecer sempre após o cio dela, o problema é que cadela cicla a cada 6 meses, e nem sempre todo esse líquido diminui, pode ficar ali - Então nessa fase tem ação da progesterona, normalmente vai ter isso na fase do diestro (2 meses depois) - Dentro do útero tem um líquido inflamatório que é produzido pelas glândulas (a progesterona que faz isso) - Normalmente nessa fase a cérvix dilata. Se tem cérvix dilatada, tem comunicação de útero com vagina. Vagina é uma região contaminada, então pode ter incidência de bactéria, a principal dela sendo E. coli - Além disso, a progesterona causa no útero baixa de resposta imunológica e também diminui a contração uterina, então ele não consegue eliminar o líquido que está ali, que muitas vezes já vai estar com bactéria - Isso numa cachorra jovem tem um efeito, em uma cachorra velha pode ter piometra - Essa baixa de imunidade, essa presença de um líquido inflamatório com bactéria, uma cachorra jovem consegue debelar. Uma cachorra velha não consegue, e vai ter a formação da piometra PIOMETRA - Isso é a piometra, tem uma hiperplasia no endométrio, já com secreção purulenta - Raro em gatas ĺ gata não ovula em todo cio. Se ela não ovula, ela não forma corpo lúteo, não tem progesterona. Só vai fazer isso de forma mecânica, através do coito - Mais frequente em fêmeas de meia idade e mais velhas ĺ pelo sistema imunológico não conseguir debelar - Pode ocorrer em animais mais novos por tratamento hormonal prévio ĺ são aqueles hormônios para tirar cio, inibir gestação, tratamento comportamental, tratamento de pele. O problema desses hormônios exógenos é que eles são 6x mais potentes e ficam um tempo muito mais longo na circulação, então existe a probabilidade de aplicar hoje e ter um problema daqui a 6 meses, pois a progesterona fica circulando durante um tempo muito longo - Tratamento prévio com hormônio ĺ sempre perguntar se houve tratamento - Estro há 2 meses ĺ importante saber quando foi o estro - Secreção vaginal ± anorexia ĺ secreção vaginal pode existir ou não. Existe piometra aberta e piometra fechada. Na piometra aberta o diagnóstico é mais rápido porque tem secreção vaginal, de cor variada, o tutor vê e leva para a gente. A partir do momento que tem um processo infeccioso, vai ter sinais clínicos relacionados com infecção (pode ter anorexia) - Dor abdominal ± letargia ĺ a dor abdominal nessas cadelas é muito grande. Se tem um útero cheio de pus, tem um abscesso dentro da cavidade abdominal, então são cadelas que tem dificuldade em sentar, em levantar, em andar, o abdômen fica extremamente dilatado - Poliúria / polidipsia ± desidratação ĺ desidratação chama a atenção para lesão renal. Por conta da infecção, faz a desidratação e pode ter a lesão renal - Hipertermia ĺ se tiver em hipotermia vai ser pior - Vômito - Choque e sepse - A secreção é variada. Pode ser sangramento, esverdeada, se misturar o sangue com verde = cor chocolate - Cães grandes, peludos, muitas vezes a secreção não é visual, porque ela se gruda nos pelos - Tem cachorra que tem um cheiro muito ruim e quando levanta a cauda tem bicheira na região da vulva. O que ocasionou a bicheira ali foi a presença de secreção - No exame tem que levantar, olhar tudo � EXAME F ÍSICO E ANAMNESE - Saber se teve cio e quando foi o cio � EXAMES LABORATORIAIS - Anemia ĺ além de estar com baixa de produção de hemácia por conta da infecção, está perdendo sangue para dentro do útero, então tem anemia - Azotemia ĺ pode ter azotemia, tem lesão renal muitas vezes por desidratação e muitas vezes por uma presença de imunocomplexos no rim (bactérias). Esses imunocomplexos podem fazer uma lesão renal que pode ser agora ou daqui a 6 meses - Hiperproteinemia ĺ muitas vezes associada a desidratação - Leucocitose / leucopenia ĺ leucocitose é melhor (está fazendo defesa) - ALT, AST e FA ĺ pode ter alterações de enzimas hepáticas, toxemia e bactéria - Hipoglicemia ĺ todo processo infeccioso origina uma baixa na formação de glicose � IMAGEM - Exame radiográfico ĺ não se usa hoje, é uma imagem um pouco difícil de acertar. Se o útero está imenso, normalmente ele faz voltas dentro do abdômen, então quando olha um útero cheio de líquido no raio x, é uma imagem branca - Ultrassonografia ĺ fecha, mas quem dá o diagnóstico é o clínico ao avaliar o paciente, exame físico, laboratorial e de imagem Ç�',$*1�67,&2�',)(5(1&,$/� - Afecções do aparelho reprodutor feminino ĺ toda doença do aparelho reprodutor feminino que causa secreção, pode ser diagnóstico diferencial vaginite, tumor de vagina, tumor de útero, colapso de vagina - Na ultra pode ter 1 corno, 2 cornos, 3 cornos, 4 cornos... na verdade está vendo o corno uterino várias vezes, ele está dando voltas no abdômen devido ao seu tamanho - Raro, mas pode acontecer - Pode ter conteúdo sanguinolento, a anemia que esse animal tem é grave - Se pega essa cadela e faz um exame de sangue dela, um hemograma imediato quando ela chega na clínica e ela está com infecção, desidratada, esse hemograma não é real, justamente porque ela está desidratada - Além dela estar perdendo sangue aqui, quando tira o útero, também perde sangue para dentro dele mesmo, então a anemia pode aumentar mais ainda - Existe tratamento hormonal, mas existem regras para tratar com hormônio - Existem vários hormônios que podem ser usados, um deles é a prostaglandina. Nunca são usados sozinhos, são sempre em conjunto, pois tem vários efeitos colaterais. Muitas vezes associados com antibióticos - Não são todas as cadelas que podem ser tratadas com hormônio - Normalmente quando se usa mais de um hormônio no tratamento, associado, a gente abaixa a dose e tem menos efeitos colaterais O efeito maior da prostaglandina é que ela aumenta a contração do útero. Se tem uma piometra fechada, vai romper esse útero. Normalmente faz algum tipo de outro hormônio que faça dilatação de cérvix, depois usa ela em associação. Além disso, ela usada em altas doses durante muito tempo, pode fazer aplasia de medula. Então sozinha não tem um bom efeito, mas talvez associada a outro hormônio, ela melhore - Prostaglandinas (PGF2) - Hidratar (ringer lactato) ĺ a hidratação é extremamente importante nessas cadelas, tem que hidratar sempre - Antibiótico de amplo espectro ± Cefalosporina- Avaliar a glicose e a produção de urina - AINE (Carprofeno / Meloxicam) ĺ pode usar anti-inflamatório, mas pode ter lesão renal. Tomar cuidado com a dose, não usar a dose máxima - Aglepristone (Alizin) ĺ hormônio que ocupa os mesmos receptores da progesterona. Quando passa o efeito do remédio, libera os receptores e se tiver progesterona circulante, ela volta a agir. Por isso que quando os animais tomam hormônio exógeno, a gente acaba tendo que replicar várias vezes o medicamento, porque ela fica muito mais tempo na circulação - Corticosteroide no pré-operatório ĺ tem depósito de imunocomplexos nos glomérulos por conta de bactéria, então existe uma tendência de usar corticoide em uma dose no pré-operatório, a gente inibe esses imunocomplexos, diminuindo a probabilidade de lesão renal. É só uma dose no pré-operatório, depois não precisa mais - Opioides (Tramadol / Morfina) ĺ fica a critério de cada um - Ovário-histerectomia - Não é uma cirurgia tranquila, mas é uma cirurgia de rotina - Para tirar um útero grande, não adianta fazer um corte de 2 dedos - Possui vasos sanguíneos ingurgitados, cheios de sangue, cuidado para não romper as ligaduras e causar hemorragia, é uma hemorragia de gordura que é chata. Essa serosa é úmida, se tentar pegar com a mão, ela escorrega e pode rasgar, então uma dica é pegar uma compressa cirúrgica seca, segurar e ir tracionando - Um útero desse tamanho tem que ser retirado de forma devagar. O peso dele faz compressão, por exemplo, em uma veia cava, então tem uma diminuição de fluxo sanguíneo para o coração. Então quando se tira muito rápido, vai sangue muito rápido também - Muito cuidado nas ligaduras - Pode ser que na ultra que foi feita, venha aquele detalhe de líquido livre, significa que já tem peritonite formada (ligamento fica muito mais vascularizado) - É quando a infecção está mais exacerbada - Deve-se operar o quanto antes - Piometra de coto uterino: cadela que foi castrada, mas deixaram os ovários. A pequena quantidade de útero que fica ali, vira uma piometra, porque ela continua tendo progesterona. Ovário remanescente é um erro de técnica - Peritonite é a maior complicação que a gente tem - Normalmente esses animais ficam 24-48 horas internados - Esperar pelo menos 48-72 horas para realizar um hemograma - Depende do quadro clínico cirúrgico - Tumores mais comuns nas cadelas (7 a 12 anos) - Ocorrência em machos é de 1% ou menos - Tumores mais comuns em fêmeas: carcinomas, adenocarcinomas e sarcomas ĺ 65-70% são malignos - Causa desconhecida / hormonal (receptores de estrogênio/progesterona) ĺ nas fêmeas existe uma resposta hormonal muito grande. O que se tem hoje para tentar prevenir é a castração (após o primeiro cio, pois várias doenças em algumas fêmeas estão sendo associadas a castração precoce) - Vasos linfáticos e sanguíneos ĺ as células tumorais costumam passar pelos vasos linfáticos e sanguíneos. Os primeiros pontos que tem de metástase são os linfonodos (os 2 linfonodos que temos que mexer é axilar e inguinal) e o pulmão (fazer raio x ou tomografia no pré-operatório) - OSH em cadelas antes do 1º cio = 0,05%, 2º cio = 8%, 3º cio = 26% - Para gata não existe determinação de quando castrar - Raças grandes mais predispostas ĺ segundo a literatura. Hoje, a maioria das vezes a gente HQFRQWUD�PDLRU� SUREOHPD�QDV� ÂUD§DV� GD�PRGDÃ� (bulldog, shih-tzu, maltês) - Progestágenos (acetato de medroxiprogesterona) ĺ o uso de hormônio exógeno é um causador. Cadelas ou gatas que usam hormônio podem ter tumor de mama mesmo castradas, porque o hormônio fica muito tempo na circulação, podendo gerar esse tipo de lesão - Cicloxigenase 2 (COX-2) ĺ alguns tumores são estimulados pela COX-2. Ela aumenta a angiogênese, então ela estimula a vascularização tumoral, ela diminui a apoptose (morte celular), neela aumenta a aderência ao tecido adjacente. Em alguns tumores, a gente encontra receptores para a COX-2 e ela estimula o crescimento tumoral. Em alguns tumores de mama, os antiinflamatórios seletivos para COX-2 ajudam no tratamento ± - Terceiro tumor em incidência ĺ perde para os linfomas (muito mais comum) - 90% dos casos em felinos são malignos ĺ aumento da morbidade e da mortalidade em gatas muito maior do que nas cadelas. Se apareceu um tumor na gata, pode ter certeza que é maligno, se desenvolve muito rápido, e causa metástase muito rápido. Quanto maior, pior - Alto potencial metastático nos felinos - Alta taxa de mortalidade - Não castradas e uso de fármacos - Adenocarcinomas ĺ nas gatas a frequência são os adenocarcinomas. Além de malignos, fazem frequente metástase e não respondem nada a imunoterapia. Normalmente cadelas e gatas com adenocarcinomas dificilmente fazem quimio, porque não tem um bom efeito - OSH antes dos 6 meses ± 91% - Glândula mamária e pele, endurecido, espessa, calor, edema e dor NEOPLASIA MAMÁRIA - Tumor mamário diferenciado - É o único tumor de mama que não pode ser operado, ele não tem resposta terapêutica à cirurgia. Então se é feito o diagnóstico, não opera - Ele é um tumor que, além de atingir a glândula mamária, atinge o tecido epitelial (derme e epiderme). Além disso, ele se espalha pela pele e a gente perde definição de margem cirúrgica, não sabendo aonde ele começa e aonde ele acaba. Se tentar tirar, muitas vezes vai deixar tumor, ele vai voltar, e normalmente os pontos se abrem (deiscência de sutura) - Se você ver um tumor de mama que tenha uma reação inflamatória muito grande, ou seja, pele extremamente acometida, você vai ver úlcera na pele, não só na região da mama, mas lateral à mama - Normalmente ele se estica pela pele, ulcera com muita facilidade e necrosa - Ele é quente, extremamente dolorido, não é operável - Normalmente 3 semanas pós-diagnóstico ocorre óbito por metástase - O que a gente pode fazer: analgesia (opioide, COX-2), curativo e esperar - É comum a gente ver animais que fizeram mastectomia de um lado, e quando voltou o tumor, já voltou como carcinoma inflamatório aonde ele acaba. Se tentar tirar, muitas vezes vai deixar tumor, ele vai voltar, e normalmente os pontos se abrem (deiscência de sutura) - Se você ver um tumor de mama que tenha uma reação inflamatória muito grande, ou seja, pele extremamente acometida, você vai ver úlcera na pele, não só na região da mama, mas lateral à mama - Normalmente ele se estica pela pele, ulcera com muita facilidade e necrosa - Ele é quente, extremamente dolorido, não é operável - Normalmente 3 semanas pós-diagnóstico ocorre óbito por metástase - O que a gente pode fazer: analgesia (opioide, COX-2), curativo e esperar - É comum a gente ver animais que fizeram mastectomia de um lado, e quando voltou o tumor, já voltou como carcinoma inflamatório SINAIS CLÍNICOS - Cadelas e gatas de meia idade ou idosas - Nódulos firmes, único ou múltiplo - Dispnéia em casos graves (efusão pleural/ felinos) o Pode-se ter dispneia porque o pulmão é o principal órgão de metástase. Os nódulos pulmonares muita das vezes fazem um certo atrito, cria um processo inflamatório e causa a presença de líquido na cavidade toráxica, tendo efusão pleural o Muito comum em gatos. - Claudicação e edema de membros o Normalmente por comprometimento linfático. As vezes os linfonodos ficam tão aumentados que se tem dificuldade de circulação linfático, isso incomoda, causa dor e o animal pode claudicar - As glândulas mamárias abdominais (de M3 a M5) e inguinais são mais atingidas, pois elas possuem uma maior quantidade de tecido mamário, devido a isso, elas costumam ser mais frequentes. - Os linfonodos mais atingidos são: axilar e inguinal o Palpar um linfonodo inguinal aumentado, nem sempre é tão fácil. Contudo, quando se faz a incisão para retirar aquela glândula mamária, o linfonodo inguinal é facilmentevisto. Quando ele está pequeno, ele vai para o meio da gordura e dificilmente se encontra, mas quando vai para histopatologia ele é citado. o O linfonodo inguinal, normalmente, fica embaixo da M5. o O axilar necessita está muito alterado para que encontrássemos facilmente. Normalmente está envolto por gordura, sendo necessário limpar para poder retirar. - Os tumores em gatos não são tão grandes quanto em cadelas, mas eles são pequenos, normalmente ulcerados e extremamente fétidos. Eles são de grande malignidade. - Se tem tumores, muitas vezes ulcerados, com tecido exposto e que infecciona facilmente. - Pode-se pegar tumores com diversos tamanhos em glândulas mamárias diferentes. - Quando não se consegue fazer uma cirurgia de imediato, não se pode ficar exposto, tem que ser feito um curativo - Pode-se ter secreções em glândulas. Se vier leite pode ser por gravidez ou pseudociese, se vier mais esverdeado pode ser mastite, mas se vier mais amarronzado, isso pode indicar que está havendo displasia mamária, ou seja, que já pode ter célula maligna, mesmo não tendo nódulo - Fazendo exame físico (palpação) - Anamnese (se é castrada, se já tomou hormônio, quando foi o ultimo cio). - Fazer exame de sangue o Pode ter lesões paraneoplasicas, ou seja, a lesão está na mama, mas pode causar alterações em medula. Sendo assim, esses animais podem ter uma anemia crônica, leucopenia, linfopenia de forma crônica tendo como motivo o tumor. - Raio-x (para investigar metástase). - Para cadelas: mastite, hiperplasia mamária por conta de leite, mastocitomas - Para gatas: hiperplasia mamária felina o Aumento de mamas por conta da ação de progesterona o Benigno o Acontece em gatas jovens, quando entram no cio por ação da progesterona ocorre o aumento das mamas. As vezes é um crescimento pequeno, mas pode ocorrer um crescimento abrupto. Esse crescimento abrupto pode causar fissura e necrosar. o As vezes o crescimento pode ser tão grande que elas ficam em decúbito lateral. o Pode ter leite, mas só se ela cruzar o Nesses casos, devemos entrar com hormônio anti-progestático (aglepristone ± Alizin), castrar e vê se diminui. Nesses casos a mastectomia não é indicado, apenas em casos de necrose. - Analgésico (animal sente muita dor) - Secar o leite (pseudociese) o Faz a castração, espera para ver se vai resolver, se não resolver, tem que colocar na mesa e retirar as mamas. - Curativo local - AINE (inibidores de COX2 ± esses tumores tem receptores para cox2, quando faz inibidores libera a apoptose, diminui a angiogênese, diminui o crescimento tumoral. Porém é um tratamento adjuvante, ele sozinho não adianta de nada). o Piroxicam (inflamene) ± o,3 mg/kg/VO/SID ou 0,5 mg/kg a cada 48 horas o Firocoxibe (previcox/merial) ± 5 mg/kg/SID ± cão - Tratamento de escolha (definitivo), exceto para carcinoma inflamatório. o Se não tem certeza se é carcinoma inflamatório, faz biópsia antes de operar. - Sempre mastectomia unilateral em cães???? Essa é a ideia, mas vai depender sempre do tipo de tumor e da sua localização. - O ideal é não fazer bilateral, porque é muito traumático, sendo assim o ideal é fazer a unilateral com intervalo de 3 a 4 semanas tira a outra cadeia mamária. Unilateral em duas etapas não é bilateral. - OSH o Sempre fazer junto? Qual a vantagem? o Depois que já se tem um crescimento de tumor de mama, fazer a OSH não vai adiantar de mais nada, inclusive se tiver que ter outro tumor na mama que ficou vai ter, porque já possui o estimulo, a célula tumoral já está instada. o Se castra para não ter piometra, não ter tumor de vagina.... o Sempre pode fazer OSH junto com mastectomia? Depende, porque uma coisa é fazer essas duas cirurgias em um Pincher e outra é fazer em um Golden de 45 kg, onde vai requer mais tempo de cirurgia, de anestesia, fazendo com que o animal tenha muito tempo de perfusão renal diminuída., o que pode causar problemas depois. Nesses casos, tira o tumor ulcerado, depois faz o resto. - Pré-operatório: raio-x de tórax o O raio-x vai dizer se tem metástase no momento e esse é o respaldo que você vai ter para realizar a cirurgia, mas depois pode ser que tenha. o Nódulo em pulmão só vai aparecer se ele tiver mais de 0,5cm, se tiver menos não vai aparecer em raio-x. Se quiser uma especificidade maior, fazer uma tomografia ou uma ressonância. - Em cadelas se observa imagens iguais a acima, imagens em Âbala de canhãoà - Em gatas se observas imagens iguais a acima, imagens ÂlinearÃ, que são pequenos pontos. - O que temos que entender e o que vai nos levar a decidir o tipo de cirurgia que vamos fazer é o local do tumor, em qual mama está localizado. - Temos 5 pares de mama: M1, M2, M3, M4 e M5 (T1, T2, A1, A2, I1, I2) - M1 e M2 são drenadas no linfonodo axilar. - M4 e M5 são drenadas no linfonodo inguinal. - A M3 drena tanto para o linfonodo axilar quanto para o linfonodo inguinal. Sendo assim, se tivermos tumores nesse linfonodo, devemos fazer a mastectomia de todas as glândulas mamárias dessa cadeia. - Se tivermos em M1 e/ou M2 podemos tirar só no quadrante, assim como em M4 e/ou M5. Existe um trabalho que se avalia as ligações linfáticas à glândulas mamárias. Nele foi observado que cadelas normais tem X número de ligações e uma cadela com câncer de mama pode ter 3x ligações. MÉTODOS - Lumpectomia (retira apenas o nódulo) - Mastectomia simples (retira o nódulo e a mama acometida) - Mastectomia regional (retira o nódulo, uma mama antes e outra depois) - Mastectomia unilateral (retira o nódulo e toda cadeia acometida) - Mastectomia bilateral (retira as duas cadeias mamárias) Æ Dois lados ao mesmo tempo OBSERVAÇÕES - Tricotomia ampla e decúbito dorsal (da cadeia mamária até quase a linha da coluna lombar, pois vai ser retirado um fragmento de pele das mamas grande, podendo ser maior ou menor de acordo com a margem que tem que dar pra o tumor) - Evitar incidir na glândula mamaria (quando se faz unilateral, porque assim só se faz incisão em pele e tecido subcutâneo. Se faz incisão em músculo quando o tumor tiver aderido, tendo que tirar até a fáscia do músculo) - Glândulas torácicas são mais aderidas (quando elas estão um pouco aumentadas elas tendem a irem em região axilar). - Ligadura de epigástrica superficial caudal o Único vaso sanguíneo que devemos fazer LIGADURA o Sempre embaixo da M5 o Ter cuidado porque fica entremeada na gordura. o Fazer 3 pontos de ligadura para que o animal não tenha hemorragia. - Dreno de penrose o Pode ser feito, mas hoje em dia é pouco usado. O ideal é fazer vários pontos de sutura, fazendo vários pontos de aderência entre o músculo e a pele. o Esses pontos de aderência são os Âwalking sutureà - Retirada do linfonodo inguinal superficial e o axilar - O ideal é que a gente sempre tire o linfonodo axilar, porém ele é muito difícil de achar. Um método que se pode usar é o uso de corante. - Os carentes que são utilizados são: o Azul de metileno 1% injetável. ± uso intradérmico o Não pode ser usado em gatos o 0,5 ml até 15kg o 1 ml para maior de 15kg o Azul patente 2mg/kg o Pode ser usado em gatos Cuidado com a dose e também para não pegar no subcutâneo, se não vai deixar tudo azul. - Se o profissional fez tudo certo e não corou pode ser que tenha obstrução por formação tumoral. Não corar, não é um sinal bom. - A técnica, normalmente, se faz uma incisão em elipse, ou seja, faz um corte em bloco. Não precisa ser feito de uma vez só, pode fazer uma parte e fechar, depois fazer outra e fechar. Pode tirar tudo de uma vez, mas ao retirar tudo, a pele vai sair toda do lugar, vai relaxar e vai ser mais difícil de devolver pro lugar. - Normalmente, o mais difícil é retirar a cadeia mamária e fechar novamente, pela falta de pele.Devido a isso é mais difícil de fechar quando se faz bilateral. - Quando trabalhamos com essa questão, devemos trabalhar com técnica de cirurgia plástica. Vamos soltar toda a pele, soltar todo tecido subcutâneo para que possamos avançar com ela e facilitar na hora de fechar. Essa técnica se chama Âtécnica de avançoÃ. - Para que não fique muito espaço morto, iremos fazer nesse espaço entre pele/subcutâneo e musculo os pontos walking suture, que deve ser feito com fio absorvível, de preferência multifilamentoso. Iremos pegar de ponta a ponta, várias linhas, até chegar borda com borda. - Em gato, a pele é muito mais elástica, tem muito mais pele., não precisando fazer essa técnica de soltar e avançar, pois consegue fechar facilmente. - As partes perto da axila e perto da coxa são mais difíceis de fechar. Para isso existe uma técnica, onde pegamos a prega axilar e inguinal e puxamos, vemos o quanto fecha por baixo, se fechar podemos fazer incisão que teremos pele para fechar. Porém não pode passar do joelho, pois o joelho tem movimento, podendo arrebentar os pontos. Æ Sempre avisar ao tutor, pois leva muitos pontos - Nos gatos existe uma alteração em que conseguimos ver quando fazemos a tricotomia, que é uma diferença de coloração entre uma mama e outra, que se dá devido a presença de troncos linfáticos entre uma mama e outra (passagem de células tumoral entre uma mama e outra). Na literatura é chamada de colar de pele, fica um tumor embaixo do outro. - A técnica da bilateral é diferente, sendo nas gatas mais fácil devido a sobra de pele. A técnica da bilateral, consiste em fazer um V perto da região axilar e/ou na região inguinal. Sobra um ponto de ancoragem para diminuir a tensão. - Curativo compressivos (para não ter movimento, não mexer nos pontos para não causar hematoma a seroma). o Evitar colocar esparadrapo, pois pode causar alergia e também o ato de tirar o esparadrapo pode machucar ainda mais o tecido. - Cinta cirúrgica - Analgésico (tramal /morfina) - Ficar pelo menos 48 horas internado. - Antibiótico - AINE (cox2 por 3 a 6 meses) - Observar ferida quanto a necrose, seroma e edema - Encaminhar material para histopatologia - Avaliação de metástase a cada 3 a 4 semanas. - Tratamento oncológico. - Necrose isquêmica (principalmente na borda, onde se dá pontos de pele) - Seroma - Infecção - Dor - Edema Æ principalmente em membros pela retirada dos linfonodos e também porque quando há a formação de seroma, pode descer para os membros. - Recorrência tumoral local (2 anos) Toda peça deve ser mandada para histopatologia. . - Depende do tipo histológico o Grau de invasão o Tamanho tumoral o Envolvimento dos linfonodos o Presença de metástase o Fixação (tem que tirar músculo) - Sabemos que carcinomas e adenocarcinomas respondem muito mal a quimioterapia, tendo um pior prognóstico - Após a mastectomia tem que ser avaliado 3 ± 4 meses depois pelo oncologista. - Deve ser feito um exame clínico muito bem feito. - Castrar após o primeiro cio nas cadelas - Em gatas podem castrar antes, só deve esperar o ciclo vacinal. - A próstata, devido a sua localização, dificulta o diagnóstico. - Ela fica dentro do osso da pelve, o acesso a ela é muito difícil. - Ela fica caudal a bexiga e pós uretra. - Muitas vezes os sinais clínicos de próstata vão estar relacionados a bexiga, uretra e cólon. Não porque as vezes existe invasão de tecido e sim porque vai se ter compressão. - Em ordem de malignidade: 1- Hiperplasia (fisiológica)Æ HPB 2- Cisto (processo inflamatório ± benigno, mas pode virar abscesso) Æ CP 3- Abscesso (infecção associada). Æ AP 4- Neoplasia de próstata (não tem ligação hormonal, logo pode pegar em cão inteiro como em cão castrado). Æ NP - Ocorre por alteração hormonal - Há o aumento de próstata por ação da testosterona, aumenta os receptores, causando uma hiperplasia. - Quando se tem hiperplasia, se tem aumento no número de células. - Muitas vezes não tem sinais clínicos - Acima de 6/7 anos é necessário prestar atenção dessa possível alteração - Porção anormal de andrógenos (Diidrotestosterona) com relação a estrógeno - Não se sabe bem as causas - Acredita-se muito que pode ser devido a obstrução dos ductos, por onde se tem o líquido seminal saindo. - Ocorre dentro do parênquima prostático ou possuem comunicação física com o mesmo - Se tem 2 tipos de cisto: o Cistos na parede, dentro do parênquima o Cistos do lado de fora (cisto paraprostático) - Pode ser congênito - Associa-se ele a tumores de testículo. (sertolioma) - O cisto nada mais é que um envolto com liquido inflamatório, mas ele pode se tornar um abcesso. Sendo assim, qualquer bactéria que esteja na circulação sanguínea, ou até mesmo em região de uretra por conta de uma infecção urinária, a bactéria vai ter tropismo para região inflamada, formando um abcesso. - Indolores NEOPLASIA DE PROSTATA - Sem sinais clínicos - A origem da bactéria ou é via sanguínea ou via uretra. - Animais que fazem infecção urinária com frequência podem estar propensos a desenvolverem abcessos prostáticos. - O animal sente dor - Tem infecção, tendo sinais clínicos. - Não tem influencia hormonal - São invasivos - Fazem metástase facilmente, inclusive em coluna vertebral. - Extremamente maligno - Tecido epitelial ± carcinoma/ adenocarcinoma - Tecido muscular liso ± leiomiossarcoma - Estrutura vasculares ± Hemangiosarcoma - A neoplasia é a prostatopatia mais comum em cães castrados. Tem influe^ncia homonal hipofisária e adrenal. - Geralmente, são invasivos e fazem metástase com facilidade na uretra e na bexiga - Tem propensão a metástase óssea (ossos da colina vertebral e pelve) - Está ligada diretamente ao aumento de próstata. Isso se dá porque acima da próstata está o cólon, quando ela aumenta, ela pressiona o cólon e o animal ao defecar, sente apertado, não conseguindo passar com o bolo fecal, ou então dói ao passar. Sendo assim, ele faz força e quando ele faz força, ele rompe a musculatura pélvica, quando essa musculatura se afasta, o conteúdo abdominal passa por ali. Então muitas vezes quando se faz a abertura dessa hérnia, dentro se tem bexiga, próstata.... - Sendo assim, todo animal que faz hérnia, tem que castrar, justamente para a próstata diminuir de tamanho. - Ao fazer a abertura para correção da hernia, se tiver a próstata em evidencia, sempre biopsiar. - Sempre que for inteiro com 6/7 anos de idade, pedir ultra. - A ultra ajuda a ter um respaldo para castrar. - Cães machos intactos de qualquer raça com idade de 8 ± 9 anos, ter cuidado com neoplasia prostática. - Nas 4 doenças citadas, teremos alterações laboratoriais nos abcessos (leucocitose com desvio, anemia, hipoglicemia) e nas neoplasias (devido as síndromes paraneoplasicas. Podemos ter anemia crônica, leucopenia, linfopenia, sem um motivo aparente, mas devido a síndrome paraneoplasica). - Sempre fazer citologia guiada - Tenesmo - Hematúria - Sangramento uretral - Dor - Ataxia e dispnéia - Através de palpação retal - Hiperplasia e cistos podem ser assintomáticos, mas podem cursar com aumento do tamanho prostático, indolor e simétrico a palpação. - Em caso de abcessos pode-se encontrar a próstata aumentada de tamanho, dolorida a palpação retal e assimétrica com áreas flutuantes. - Abcessos podem cursar com sepse e choque - Neoplasias prostáticas cursam com a próstata de tamanho diversos, aumentada e assimétrica. - Raio X e ULTRA ĺ raio x não é o que a gente faz com mais frequência hoje em dia. A ultra é o melhor exame, ela define para a gente as 4 doenças, ela diz se é uma hiperplasia, cisto, abscesso ou sugere uma neoplasia (não afirma ± mostra irregularidades, aderências, um tecido heterogêneo)- Exames laboratoriais ĺ maiores alterações em abscessos (leucometria aumentada, pode ter anemia, pode ter desvio, leucopenia, linfopenias crônicas) - Citologia e histopatologia ĺ a cito pode ser feita, mas SEMPRE acompanhada por ultra, nunca sozinha, porque se puncionar um cisto, pode transformar ele em um abscesso, se perfurar um abscesso pode causar uma peritonite - A histopatologia é obrigatória sempre. Se faz uma cirurgia e tem uma próstata aumentada, deve-se fazer uma biópsia ĺ tira um fragmento HP�ÂFXQKDÃ��SRGH�XVDU�D�O¢PLQD�����H�PDQda RAIO-X - Neoplasia ĺ invasão da próstata e a uretra. Tem contraste indo para dentro da próstata, existe invasão, provavelmente tumoral - A maioria das doenças de próstata causam compressão pelo aumento de volume, a única que vai ser invasiva é a neoplasia BIÓPSIA PROSTÁTICA - Citologia - Histopatologia - Pode fazer biópsia, com o animal anestesiado. Faz a punção lateral ao prepúcio - Faz assepsia da pele, faz a punção e coleta o material. Com o material coletado, faz cito e pode fazer a histo também no mesmo momento - Pode usar a agulha tru-cut, ela vai entrar, belisca, corta um pedaço do fragmento de tecido e volta ĺ SEMPRE acompanhado com ultra - Ela não tem uma agulha muito cortante, então para não perder o fio, faz incisão de pele nessa mesma região que está fazendo a ultra e a citologia, para que quando ultrapassar ela não cortar a pele, ela só pega subcutâneo e músculo, e ela entra com muito mais facilidade. Ela entra, faz o corte e tem o fragmento para fazer a biópsia ULTRASSONOGRAFIA - A ultrassonografia define para a gente o que a gente quer ver - Dentro da próstata, vemos cavidades - Se for um cisto ĺ líquido inflamatório - Abscesso ĺ líquido parece mais um exsudato, ele tem mais celularidade, é mais esbranquiçado - Quando a próstata está muito aumentada, a gente tem que acessar via abdômen. Quanto maior o tamanho, a tendência é ela vir cranial, ela vai subir, então ela vem para dentro do abdômen, ela sai da cavidade pélvica, então fica mais fácil da gente acessar, a gente consegue cuidar dela muito mais facilmente - Animais com a próstata muito aumentada, a gente teria que acessar a próstata, abrir o parênquima, lavar, limpar tudo como se fosse um abscesso comum de pele (dependendo do tipo de bactéria pode ter necrose, então todo esse tecido necrosado deve ser retirado). Quando isso ficar vazio, limpinho, fica um espaço vazio, obrigatoriamente o omento vai ter que entrar, ocupar todo esse espaço e sair. Para ele não sair do lugar, faz uma outra saída (ele entra por um lugar, sai por outro e sutura ele nele mesmo, então ele fica preso dentro da próstata) - Isso pode ser feito tanto para o cisto quanto para o abscesso. O cisto é mais fácil, mesmo grande ele não tem secreção, exsudato, não tem que fazer tanta limpeza. O abscesso tem de ter mais cuidado porque é um processo infeccioso, não pode cair dentro da cavidade abdominal senão vai dar peritonite, tem que lavar, debridar muitas vezes essa cavidade porque pode ter tecido necrosado, depois que ela está toda limpa, a gente bota omento. Coloca omento até encher aquele espaço, para não ficar espaço vazio - Além da omentalização, tem que castrar o animal para resolução total - Os pequenos abscessos que existem ali vão reduzir naturalmente com a castração e com o antibiótico, os grandes a gente vai ter que intervir. Sem a castração a gente não consegue uma resolução total - Como tratamento: omentalização + castração - Em uma próstata imensa cheia de cistos, não precisa abrir para tirar, não precisa mexer, basta fazer castração + anti-inflamatório + repetir ultra em 3-4 meses. Se tiver abscessos assim, pode fazer a mesma coisa, antibiótico + anti- inflamatório + castração, e vai avaliando - Só vai abrir quando tiver cistos e abscessos grandes, só a castração não vai resolver, vai diminuir, mas uma hora para - Hiperplasia prostática - Cisto prostático - Abscesso prostático - Neoplasia prostática - A gente pega com muita frequência a hiperplasia - A hiperplasia muitas vezes já vem associada com cistos, o que para a gente clinicamente não faz muita diferença e o tratamento ainda é simples, é castrar - O problema é quando começa a chegar em abscessos. Se for pequeno ok, mas abscessos grandes a gente vai ter que intervir cirurgicamente - As neoplasias, se conseguir fazer diagnóstico com ela ainda pequena, sem invasão, sem aderências, pode conseguir resolver, mas se ela já está cheia de metástase, tem aderência e invasão, dificilmente - Se tem uma próstata com um tumor, pensando que ela está bem encostada na bexiga, a primeira porção da bexiga que vai ser contaminada com a metástase é o trígono, quem está no trígono é o ureter, ou seja, pega uretra, ureter e a bexiga, não tem muito mais o que fazer TODOS - Constipação sempre tem que ser tratada - Pode tratar de forma clínica com medicamentos para fazer com que essas fezes fiquem líquidas, ou alimentar (mudar a alimentação ± se ele come só ração, muda para comida caseira batida no liquidificador) ĺ quando as fezes saem mais úmidas e macias, quando passa na região da próstata que está aumentada e dolorida, ele não sente tanta dor ao defecar, então ele não fica retendo fezes HIPERPLASIA - Existe tratamento hormonal, mas a maioria desses tratamentos tem contraindicações e problemas pós-feitos - Acetato de medroxiprogesterona (Depoprovera) ĺ pode fazer aplasia de medula se for feito durante muito tempo. Normalmente ele resolve bem, a próstata diminui, mas quando para de usar volta a aumentar, e aí a gente acaba fazendo isso o tempo todo, e por conta disso pode ter lesão, se fez aplasia de medula não tem mais volta - Cetoconazol ĺ faz ação na síntese da testosterona. Ou o cachorro morre de problema de próstata ou no fígado, porque tem que ser por uso contínuo, o animal não vai aguentar - Quando tem só hiperplasia é muito mais fácil, as vezes precisa apenas mexer na alimentação, entrar com anti-inflamatório e, assim que possível, castrar CISTOS E ABSCESSOS - Drenar ± de forma paliativa - Só a drenagem sozinha serve apenas como diagnóstico, não vai servir como tratamento definitivo - Não dá para drenar um abscesso grande e dizer que conseguiu tirar toda a bactéria, vai ter que abrir, lavar e limpar. Só a drenagem não funciona, pode ser que ainda piore a situação, transformar o cisto em um abscesso e o abscesso causar uma peritonite ABSCESSOS - Choque séptico - Cultura e antibiograma ± troca de antibiótico - Não pensar apenas no processo cirúrgico, tem que fazer também tratamento clínico ĺ entra com antibiótico (sulfa, enrofloxacina, metronidazol) - Se houver possibilidade de fazer cultura e antibiograma, faz. Se não conseguir fazer a punção da próstata para coletar material para cultura, pode fazer cultura da urina (de preferência não passar sonda) NEOPLASIAS - Cetoconazol - Finasterida - AINE (COX2) - É extremamente paliativo. Se a gente faz um diagnóstico precoce de próstata, a primeira coisa a tentar fazer é a retirada - O grande problema da retirada de próstata é que se faz a retirada dela total, tem que lembrar que a uretra passa por dentro dela, no momento que faz isso perde esfíncter. São animais que no pós-operatório vão ter incontinência - Orquiectomia!!! ĺ frente a principalmente hiperplasia, cisto e abscesso, a primeira coisa que a gente tem que pensar é orquiectomia, e vai associar outros tratamentos dependendo de como está essa lesão (tamanho do abscesso, tamanho do cisto, tamanho do tumor) - Celiotomia ĺ a técnica que a gente vai fazer para acessar a próstata é uma celiotomia infra umbilical - Normalmente a gente vai ter que chegar até a região próxima ao prepúcio. Quando for fazer isso pela linha média, vai ter que lateralizar - Tomar cuidado com a
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