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AFECÇÕES CLÍNICO CIRÚRGICAS DO TRATO GASTROINTESTINAL MSc. Maria Eduarda dos S. L. Fernandes Graduação em Medicina Veterinária Patologia Cirúrgica de Pequenos Animais – 8º Período FONTE: DYCE et al. (2010) ANATOMIA DO TGI • REGIÕES oCárdia, fundo, corpo, antro pilórico, canal pilórico e óstio pilórico • IRRIGAÇÃO oCurvatura menor: artéria gástrica oCurvatura maior: artéria gastroepiplóica FONTE:http://4.bp.blogspot.com/-b_CfuIBFJ0I/T5YXuq B1z_I/AAAAAAAAAXU/rK_uxx7pNx4/s320/stomach.jpg cardia 1ANATOMIA • Abdômen cranial • Entre o esôfago e o duodeno • Caudal ao diafragma e ao fígado • Órgão oco e muscular • Estratificado • Intensamente vascular FO N TE: SLATTER, 2007 ANATOMIA FONTE: KASPER, 2000FONTE: DYCE, 2010 ANATOMIA DIAGNÓSTICOA Leucocitose com/sem DE Neutrofilia Anemia ↓K, Na, Cl ↑ das proteínas totais Azotemia ↑FA, ↑ Bilirrubina total ↑ Ácidos biliares Espessura parede Motilidade Conteúdo Estratificação Líquido livre Peritonite Tamanho das alças Presença de gás Conteúdos radiopacos Lesões ósseas LÍQUIDO CAVITÁRIO Citologia, cultura e antibiograma e bilirrubina ENDOSCOPIA 1º AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO ESTÔMAGO QUAL O SINAL CLÍNICO PRINCIPAL QUANDO HÁ SUSPEITA DE DOENÇA NO ESTÔMAGO? •Vômito • Salivação excessiva • Mímica de vômito • Reflexos espasmódicos • Inapetência • Emagrecimento • Inquietação • Depressão • Pirexia • Dor abdominal • Ascite SINAIS CLÍNICOS Ossos Bolas Barbantes Pedras Madeiras Brinquedos Metálicos pontiagudos 1. Corpos estranhos 2. Dilatação vólvulo- gástrica (DVG) 3. Neoplasias 4. Úlceras e perfurações 5. Hiperplasia benigna 11PRINCIPAIS AFECÇÕESS CORPOS ESTRANHOS 11 Tipos CORPOS ESTRANHOS ENDOSCOPIA 1º ATÉ DUODENO 5 FONTE: KEALY e MCALLISTER, 2005 FONTE: KEALY e MCALLISTER, 2005 Diagnóstico CORPOS ESTRANHOS FONTE: http://ciruvetbrasil.blogspot.com Diagnóstico CORPOS ESTRANHOS FONTE: Cedida por Ágatha Campo, 2020 Diagnóstico CORPOS ESTRANHOS FONTE: Cedida por Ágatha Campo, 2020 Diagnóstico CORPOS ESTRANHOS Diagnóstico FONTE: Cedido por André Masseaux, 2021 FONTE: Cedido por André Masseaux, 2021 CORPOS ESTRANHOS Diagnóstico FONTE: Cedido por André Masseaux, 2021 FONTE: Cedido por André Masseaux, 2021 CORPOS ESTRANHOS • RADIOGRAFIA CONTRASTADA CORPOS ESTRANHOSS Diagnóstico FONTE: SCHERAIBER, 2011 Endoscopia Radiografia Simples x Contrastada Ultrassonografia abdominal >Informações TRATAMENTO Via endoscopia x gastrotomia Diagnóstico CORPOS ESTRANHOS FONTE: Serviço de Clínica Cirúrgica UFRRJ, 2015 Diagnóstico CORPOS ESTRANHOS FONTE: Arquivo pessoal, 2015 Tratamento • Repetir exames de imagem! FONTE: FOSSUM (2014) CORPOS ESTRANHOS FONTE: Arquivo pessoal, 2015 Tratamento CORPOS ESTRANHOS FONTE: Arquivo pessoal, 2015 Tratamento CORPOS ESTRANHOS FONTE: https://farm4.static.flickr.com/3226/2970360734_da3a0370cd.jpg 1 FONTE: FOSSUM (2014) Rafia CORPOS ESTRANHOS Dilatação Vôlvulo-gástrica Fisiopatologia Dilatação Vôlvulo-gástrica Gás da aerofagia, fermentação bacteriana ou de carboidratos O estômago se distende a medida que o gás ou fluido ou ambos se acumulam no lúmen Obstrução do portal esofágico e pilórico Predisposição oRaças grandes, puras e tórax profundo oRelatada em cães de raças pequenas e gatos oCães de meia-idade ou idosos Dilatação Vôlvulo-gástrica Causas • Desconhecida • Exercício? • Predisposição anatômica – peito profundo • Frouxidão dos ligamentos hepatoduodenal e hepatogástrico • Distúrbios primários de motilidade gástrica • Estresse • Parentes de primeiro grau história de DVG • Obstrução ou o esvaziamento gástrico retardado Dilatação Vôlvulo-gástrica Histórico • Distensão progressiva • Prostrado e com abdômen distendido • Dor/ costas arqueadas • Mímica de vômito • Sialorréia • Inquietação Dilatação Vôlvulo-gástrica Exame Clínico • Palpação abdominal • Timpanismo • Aumento de volume • Difícil em cães excessivamente grandes • Sinais de choque • Pulso periférico fraco • Taquicardia • ↑TPC • Mucosas pálidas • Dispneia Dilatação Vôlvulo-gástrica • Estabilizar! • Descompressão estomacal • Lavar o estômago • Se observado sangue, intervir cirurgicamente • Gastrostomia temporária? • Radiografias e ECG Dilatação Vôlvulo-gástrica Conduta médica Radiografias • Dilatação simples ≠ dilatação mais vôlvulo • Após a descompressão • LD e DV pneumoperitônio pneumatose Dilatação Vôlvulo-gástrica Alterações Laboratoriais • Hipocalemia • Aumento ácido lático (estase vascular) • Valores muito alto – prognóstico ruim (ruptura gástrica) Diagnóstico ≠ • Dilatação gástrica simples • Vólvulo intestinal • Torção esplênica primária • Ascite Fonte: Cedido por Pedro Trivisol, 2020 Dilatação Vôlvulo-gástrica FONTE: TOBIAS (2010)FONTE: FOSSUM (2014) ESPLENECTOMIA TOTAL X GASTROPEXIA Dilatação Vôlvulo-gástrica Cirurgia • ±10% dos cães com DVG isquemia ou desvitalização oColoração da serosa oPerfursão da serosa oViabilidade dos vasos serosos oPalpação da parede do estômago FO N TE: O LIVEIR A, 2018 GASTRECTOMIA Considerações Fonte: Cedida por Matheus Bahia, 2020 VIABILIDADE • Cor • Textura da parede • Peristaltismo • Pulsação das artérias • Sangramento Dilatação Vôlvulo-gástrica Cirurgia Fonte: Cedida por Matheus Bahia, 2020 Fonte: Cedida por Matheus Bahia, 2020 Dilatação Vôlvulo-gástrica Fonte: Cedida por Matheus Bahia, 2020 Cirurgia Fonte: Cedida por Matheus Bahia, 2020 Dilatação Vôlvulo-gástrica Cirurgia Fonte: Cedida por Matheus Bahia, 2020 Equilíbrio eletrolítico (hipocalemia) Água e alimento pastoso com baixo teor de gordura Antiemético Analgésico Bloqueadores de receptor H2 Antimicrobiano Pós-operatório Dilatação Vôlvulo-gástrica PROGNÓSTICO??? Recomendações aos tutores • Diversas refeições pequenas – dietas caseiras • Evitar estresse • Restringir exercício antes e após as refeições • Gastropexia profilática? • Cuidados veterinários rapidamente Dilatação Vôlvulo-gástrica AFECÇÕES CIRÚRGICAS INTESTINAIS 1. Corpos estranhos 2. Intussuscepção 3. Aderências, estenoses 4. Vôlvulo/torção intestinal 5. Encarceramento intestinal 6. Megacólon Principais FONTE: Cedido por Larissa Thiengo, 2021 AFECÇÕES INTESTINAIS FONTE: FOSSUM (2014) FONTE: TOBIAS, 2010 • Tipo de corpo estranho X Lesões • Fixados à base da língua ou piloro (corpos estranhos lineares) � avança • Pregueamento intestinal (corpo estranho linear) � obstrução o Completa o Parcial • Lacerações na mucosa e borda mesentérica • Perfurações múltiplas! Considerações CORPO ESTRANHO INTESTINAL FONTE: FOSSUM, 2014 EVENTOS ASSOCIADOS A OBSTRUÇÃO MECÂNICA CORPO ESTRANHO LINEAR • Fixação do CEL • Hiperperistalse intestinal • Inflamação do TGI • Perfurações no TGI • Peritonite séptica • Abdome agudo! DiagnósticoCORPO ESTRANHO INTESTINAL FONTE: LANGLEY-HOBBS; DEMETRIOU & LADLOW (2014) DiagnósticoCORPO ESTRANHO INTESTINAL FO N TE : L AN G LE Y- HO BB S; D EM ET RI O U & L AD LO W (2 01 4) + informações!!! TRATAMENTOCORPO ESTRANHO INTESTINAL NÃO REALIZAR TRAÇÃO ORAL OU ANAL DA EXTREMIDADE DE CEL's FONTE: ELKADER ET AL. (2020) TRATAMENTOCORPO ESTRANHO INTESTINAL FONTE: SERVIÇO DE CIRURGIA HV-UFRRJ) FO N TE : S ER VI ÇO D E CI RU RG IA H V- U FR RJ ) FONTE: LANGLEY-HOBBS; DEMETRIOU & LADLOW (2014) FONTE: JOHSTON & TOBIAS ( (2012)AVALIAR A VIABILIDADE INTESTINAL TRATAMENTOCORPO ESTRANHO INTESTINAL ENTEROTOMIA Enterotomia aboral ao corpo estranho TRATAMENTOCORPO ESTRANHO INTESTINAL FONTE: LANGLEY-HOBBS; DEMETRIOU & LADLOW (2014) FONTE: SERVIÇO DE CIRURGIA HV-UFRRJ)FONTE: FOSSUM (2012)) TRATAMENTOCORPO ESTRANHO LINEAR LIBERAR O CEL DA BASE DA LÍNGUA TRATAMENTOCORPO ESTRANHO LINEAR FO N TE : S ER VI ÇO D E CI RU RG IA H V- U FR RJ ) GASTROTOMIA • Liberar o CEL do piloro Avaliar a viabilidade intestinale preceder enterotomia (s) ou enterectomia (s) conforme necessidade INTUSSUSCEPÇÃO • Enterite • Gastroenterite filhotes • Alterações na dieta • Corpos estranhos • Granulomas/massas • ↑ Peristalse intestinal • > Sentido normógrado • Causa desconhecida • Alça cranial engloba a caudal Considerações INTUSSUSCEPÇÃO FONTE: FOSSUM, 2014 FONTE: FOSSUM, 2014 Diagnóstico SINAIS SUGESTIVOS DE RUPTURA Peritonite Líquido livre Dor abdominal Pirexia Sinal em alvo INTUSSUSCEPÇÃO FONTE: FOSSUML 2014 FONTE: Cedido por Larissa Thiengo, 2021 Manter vascularização e ordenhar FONTE: Serviço de Cirurgia UFRRJ, 2018 Tratamento MEGACÓLON Causas Idiopático 60-70% Congênito Atresia ou estenose anal Adquirido Inércia ou obstrução da saída colônica MEGACÓLON Diagnóstico Comprimento L5/L7 x >Diâmetro cólon FONTE: Cedida por André Masseaux, 2020 MEGACÓLON Tratamento clínico /1 /2 /3 IDENTIFIQUE A CAUSA BASE!! Correção de distúrbios hidroeletríotlicos Enemas, fragmentação e remoção manual fezes Manejo dietético, laxativos e supositórios Fluidoterapia Eletrólitos (Hipocalemia) Distúrbios ácido- base Antibioticoterapia Anestesia e Analgesia Cristalóide isotônico morno (5-10ml/Kg) + Vaselina líquida (1ml/Kg ou 5ml/gato) 2-3 dias Dieta rica em fibra Ingestão hídrica Laxantes osmóticos MEGACÓLON FONTE: Cedido por Pedro Trivisol, 2020 FONTE: Cedido por Pedro Trivisol, 2020 FONTE: FOSSUM, 2014 Tratamento FONTE: NORSWORTHY, 2011 MEGACÓLON FONTE: Serviço de Clínica Cirúrgica do HV da UFRRJ, 2015 Cranial Caudal Cranial Caudal COLECTOMIA TOTAL X COLECTOMIA SUBTOTAL • Endoparasitismo • Enterite (jovens) • Causas de tenesmo Condições Associadas PROLAPSO RETAL Protrusão ou eversão da mucosa retal pelo ânus PROLAPSO RETAL FONTE: Arquivo pessoal, 2021 FONTE: VILLIOTTI et al., 2018 HISTÓRICO E INSPEÇÃO/PALPAÇÃO FONTE: Cedida por Clarice Gonring, 2019 INSERIR DEDO OU SONDA AO REDOR DA MASSA PROLAPSADA PROLAPSO RETAL • Anestesia geral e epidural • Massagem com soro gelado abundantemente • Uso de crioterapia • Uso de gel lubrificante • Redução digital • Bolsa de tabaco (5-7 dias) • Emoliente fecal • Alimentação úmida • AINES, analgesia e antimicrobiano PROLAPSO PEQUENO E VIÁVEL (primeira ocorrência) FONTE: SERVIÇO DE CIRURGIA HV-UFRRJ) PROLAPSO RETAL Conduta clínica TRATAR A CAUSA BASE MODIFICAR ALIMENTAÇÃO BOLSA DE TABACO 3-5 DIAS EMOLIENTES FECAIS POR 2-3 SEMANAS PROLAPSO RETAL • Redução manual (idem ao anterior) • Em casos recidivantes considerar a possibilidade de COLOPEXIA PROLAPSO MÉDIO OU GRANDE, VIÁVEL (primeira ocorrência ou recidiva) FONTE: SERVIÇO DE CIRURGIA HV-UFRRJ) PROLAPSO RETAL Conduta clínico cirúrgica • Amputação do prolapso • Bolsa de tabaco (5-7 dias) • Considerar a colopexia (10-15 dias após amputação) PROLAPSO COM TECIDO DESVITALIZADO E NECROSE (primeira ocorrência ou recidiva) FO N TE : S ER VI ÇO D E CI RU RG IA H V- U FR RJ ) PROLAPSO RETAL Conduta clínica PROGNÓSTICO • Variável • Causa base? • Severidade? • Cronicidade? • Tratamento? • Antibiótico • Alimentação micro ou enteral • Queda de conteúdo na cavidade • Sem vômito " dieta após 12h? • Antiemético • Bloqueadores de receptor H2 CIRURGIAS GASTROINTESTINAIS Pós-operatório COMPLICAÇÕES DA CIRURGIA GASTROINTESTINAL • Deiscência de sutura • Peritonite • Estenose • Recidiva • Vazamento (10-14%) • Incontinência FONTE: Arquivo pessoal, 2016 Dúvidas? mariae.fernandes@faa.edu.br
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