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Marcella Carvalho e Tauany Dalicio TRATO GASTROINTESTINAL – 20 ➔ Anormalidades congênitas: • Atresias, fístulas e duplicações: → Podem ocorrer em qualquer parte do TGI; → Atresias e fistulas são anormalidades do desenvolvimento que interrompem o trânsito GI normal e, geralmente, apresentam-se no começo da vida; → Dentro do esôfago – são descobertas rapidamente após o nascimento, geralmente devido à regurgitação durante a alimentação; → Caso não seja feita cirurgia essas lesões se tornam incompatíveis com a vida; → Ausencia/agenesia do esôfago é extremamente rara; → Atresia, quando o desenvolvimento é incompleto, é mais comum; ▪ Na atresia esofágica um cordão fino e não canalizado substitui o segmento do esôfago, o que causa uma obstrução mecânica; ▪ Ocorre maus comumente próxima ou na própria bifurcação traqueal; ▪ Geralmente associada a uma fistula conectando as bolsas esofágicas, superior ou inferior, a um brônquio ou à traqueia; → A fistula pode se apresentar sem atresia; ▪ Qualquer forma de fistula pode resultar em aspiração, sufocamento, pneumonia e desiquilíbrios de eletrólitos e fluidos com gravidade; ▪ Esôfago é local mais comum de fistulização; → Anormalidades do desenvolvimento do esôfago estão associadas a defeitos cardíacos congênitos, malformações geniturinárias e doenças neurológicas; → Atresia intestinal é menos comum do que a esofágica, mas frequentemente envolve o duodeno; → O ânus imperfurado, a forma mais comum de atresia intestinal congênita, é decorrente da não involução do diafragma cloacal; → A estenose é uma forma incompleta de atresia na qual a luz está marcantemente reduzida no seu calibre como resultado de um espessamento fibroso da parede; ▪ Resulta em obstrução parcial ou completa; ▪ Pode ser adquirida como consequência da cicatrização inflamatória, como as causadas por refluxo gastresofágico crônico, irradiação, esclerose sistêmica ou lesões causticas; ▪ Pode envolver qualquer parte do TGI, mas esôfago e intestino delgado são mais frequentemente afetados; • Hérnia diafragmática, onfalocele e gastroquise: → Hernia diafragmática ocorre quando a formação incompleta do diafragma permite que as vísceras abdominais se projetem para dentro da cavidade torácica; → Caracterizada pelo desenvolvimento incompleto do diafragma e herniação dos órgãos abdominais no tórax; ▪ Se grave – o efeito da ocupação do espaço pelas vísceras pode causar hipoplasia pulmonar, que pé incompatível com a vida; → Onfalocele (herniação ventral) ocorre quando o fechamento da musculatura abdominal é incompleto e as vísceras abdominais projetam-se para dentre de um saco membranoso ventral; ▪ Pode ser reparado cirurgicamente; ▪ Cerca de 40% das crianças com onfalocele apresentam outros defeitos ao nascimento; → Gastroquise (herniação ventral) é similar à onfalocele, exceto pelo fato de que ela envolve todas as camadas Marcella Carvalho e Tauany Dalicio da parede abdominal, desde o peritônio até a pele; • Ectopia: → Tecidos ectópicos (restos de desenvolvimento) são comuns no TGI; → O local mais frequente da mucosa gástrica ectópica é o terço superior do esôfago, onde ela é referida como um patch de entrada; → Embora geralmente seja assintomática, o acido liberado pela mucosa gástrica dentro do esôfago pode resultar em disfagia, esofagite, esôfago de Barret, ou, raramente, adenocarcinoma; → Tecido pancreático ectópico ocorre com menos frequência e pode ser encontrado no esôfago ou estômago; → Como os patches de entrada, esses nódulos são quase sempre assintomáticos, mas podem gerar danos e inflamações locais, em alguns casos; → Tecido pancreático ectópico presente no piloro – inflamação e a cicatrização podem levar a obstrução; → Os restos podem estar presentes em qualquer camada da parede gástrica, sendo assim, eles podem mimetizar um câncer invasivo; → Heteropatia gástrica, pequenas placas de mucosa gástrica ectópica no intestino delgado ou cólon, pode se apresentar com perda de sangue oculta decorrente da ulceração péptica da mucosa adjacente; • Divertículo de Meckel: → Um divertículo verdadeiro pé uma evaginação cega do trato alimentício que se comunica com a luz e inclui todas as três camadas da parede intestinal; → Tipo verdadeiro mais comum é o divertículo de Meckel, que ocorre no íleo; → Além disso, ocorre como resultado de uma involução fracassada do ducto vitelínico, o qual conecta a luz do intestino em desenvolvimento ao saco vitelínico; → Esse divertículo solitário estende-se a partir do lado antissimétrico do intestino; → “Regra dos 2” ajuda lembrar caracteristicas dos divertículos de Meckel: ▪ Ocorre em 2% da população; ▪ Geralmente apresentam-se a 60cm da válvula ileocecal; ▪ Possuem 5 cm de comprimento; ▪ 2x mais comum em homens; ▪ Mais sintomáticos até os 2 anos de idade (apenas 4% são sempre sintomáticos). → Tecidos pancreáticos ou gástricos ectópicos podem estar presentes; → Tecidos gástricos ectópicos podem secretar ácido, causar ulceração péptica da mucosa do intestino delgado adjacente e se apresentar com sangramento oculto ou dor abdominal, assemelhando-se à apendicite aguda/obstrução intestinal; → Os divertículos congênitos ocorrem em outras partes do intestino delgado ou do cólon ascendente; → Praticamente todos os outros divertículos são adquiridos, e ou não possuem a muscular inteira ou possuem muscular própria acentuada; → Local mais comum dos divertículos adquiridos é o cólon sigmoide; • Estenose pilórica: → Estenose pilórica hipertrófica congênita é de 3-5 vezes mais comum em homens; → Ocorre em 1 de 300-900 nascidos vivos; → Gêmeos monozigóticos = alta taxa de concordância; → Sindrome de Turner e trissomia 18 = maior risco; → Geralmente apresenta-se entre a 3ª-6ª semana de vida, como regurgitação recente, em forma de vomito não bilioso e projetável após amamentação; → Exame físico – revela massa abdominal firme e ovoide de 1-2cm; → Em alguns casos, hiperperistalse anormal da esquerda para a direita Marcella Carvalho e Tauany Dalicio é evidente durante alimentação e imediatamente antes do vomito. Essa descoberta decorre da hiperplasia da muscular própria pilórica, a qual obstrui o trato de saída gástrico; → Edema e alterações inflamatórias na mucosa e submucosa podem agravar o estreitamento; → Separação cirúrgica da muscular (miotomia) é curativa; → Em adultos, a estenose pilórica ocorre como consequência da gastrite antral/úlceras pépticas próximas ao piloro; ➔ Doença de Hirschsprung: • Ocorre em ≅ 1 de 5000 nascidos vivos; • Pode ser isolada ou ocorrer em combinação com outras anormalidades do desenvolvimento; • 10% ocorrem em crianças com Síndrome de Down; → Patogenia: o Plexo neuronal entérico se desenvolve a partir de células da crista neural que migram para dentro da parede intestinal durante a embriogênese; o Tambem é conhecida como megacólon agangliônico congênito, que ocorre quando a migração normal das células da crista neural do ceco para o reto é interrompida prematuramente ou quando as células ganglionares sofrem morte prematura; o Isso produz segmento distal que não apresenta os plexos submucosos de Meissner e o mioentérico de Auerbach (“aganglionose”); o As contrações peristálticas coordenadas estão ausentes e ocorre obstrução funcional, resultando em dilatação ao segmento afetado; o Um componente genético está presente em quase todos os casos, e 4% dos irmãos dos pacientes são afetados; o Mutações no receptor de tirosina-cinase RET estão relacionadas à maioria dos casos familiares e 15% dos casos esporádicos; o Mutações em pelo menos 7 outras proteínas codificadoras de genesenvolvidas no neurodesenvolvimento entérico, incluindo o fator derivado das gliais ligantes de RET, endotelina e o receptor de endotelina; o Penetrância é incompleta, a modificação de genes/fatores ambientais tambem é importante; → Morfologia: o Diagnostico requer documentação da ausencia de células ganglionares dentro do segmento afetado; o Além de suas morfologias caracteristicas nos cortes corados por hematoxilina e eosina, as células ganglionares podem ser identificadas usando a coloração imuno- histoquímica para acetilcolinesterase; o O reto é sempre afetado, mas os segmentos adicionais envolvidos variam bastante, do reto até o cólon sigmoide, ou até o cólon inteiro, em casos mais graves; o O cólon proximal normalmente inervado pode se tornar progressivamente dilatado, e com o tempo, pode se tornar maciçamente distendido (megacólon) até 20cm de diâmetro; ✓ essa dilatação pode estirar e afinar a parede do cólon a ponto de ela se romper; ✓ isso ocorre mais frequentemente próximo ao ceco; o Inflamação da mucosa/úlceras superficiais tambem podem estar presentes em segmentos inervados; ✓ Torna difícil a identificação macroscópica da extensão da aganglionose. o Análise intraoperatória, por congelação, é comumente utilizada para confirma presença dessas células na margem anastomótica; Marcella Carvalho e Tauany Dalicio → Aspectos clínicos: o Apresenta-se como uma falha em passar o mecônio no período pós-natal imediato; o Obstrução/constipação vem em seguida, frequentemente com peristaltismo visível e ineficaz, e pode progredir para distensão abdominal ou vômitos biliosos; o Principais ameaças a vida – enterocolite, desequilíbrios de fluidos e eletrólitos, perfuração e peritonite; o Modo primário de tratamento – ressecção cirúrgica do segmento aganglionar, seguida por anastomose do cólon normal proximal ao reto; o Após cirurgia bem-sucedida, pode levar anos para que a função e continência intestinais normais possam ser reestabelecidas; o Megacólon adquirido – diferente do megacólon congênito da doença de Hirschsprung, pode ocorrem em qualquer idade, como resultado da doença de chagas, obstrução por neoplasia, ou estreitamento inflamatório. Esôfago ➔ Obstrução esofágica: • O esôfago é um tubo que transporta alimento sólidos e fluidos ingeridos para o estômago; • As obstruções estruturais (mecânicas) ou funcionais podem impedir isto; • Obstruções funcionais – resultam da interrupção das ondas coordenadas das contrações peristáltico que ocorre após a deglutição; • A manometria esofágica permite a separação da dismotilidade esofágica em 3 formas principais: 1. Esôfago em quebra-nozes – descreve pacientes com contrações de alta amplitude do esôfago distal que são, em parte, devido à perda de coordenação normal das contrações do músculo liso das camadas circular interna e longitudinal externa; 2. Espasmo esofagianas difuso – caracterizado por contrações simultâneas e repetitivas do músculo liso esofágico distal; 3. Esfíncter esofágico inferior hipertenso – presente em muitos pacientes com esôfago em quebra-nozes ou espasmo esofagianas difuso. Se distingue da acalasia pelo fato de que esta inclui contrações peristálticas esofágicas reduzidas; ➢ Como a tensão da parede aumenta, a dismotilidade esofágica pode resultar no desenvolvimento de pequenos divertículo, primeiramente os epifrenicos localizadas logo acima do esfíncter esofágico inferior; ➢ A interrupção do relaxamento e espasmos do músculo cricofaríngeo, após deglutição, pode resultar no aumento da pressão dentro da faringe distal e no desenvolvimento do divertículo de Zenker (divertículo faringoesofágico), localizado logo acima do esfíncter esofágico superior; ➢ Divertículo de Zenker são raros, mas geralmente surgem após os 50 anos. Se pequenos podem ser assintomáticos. No entanto, quando grandes podem acumular quantidades significativas de alimentos, produzindo massa e sintomas que incluem regurgitação e halitose; • Obstrução mecânica – pode ser causada por estenose ou câncer, apresenta-se como uma disfagia progressiva, a qual começa com uma dificuldade de engolir alimentos sólidos e, com a progressão, a ingestão de líquidos também é afetada; • Como a obstrução se desenvolve de forma lenta, os pacientes podem modificar subconscientemente a sua dieta, dando preferência a alimentos moles e líquidos, sem perceber sua condição até que a obstrução esteja completa; • Estenose esofágica benigna – ou estreitamento da luz, geralmente é causada pelo espessamento fibroso da submucosa e está associada à atrofia da muscular própria, assim como a danos epiteliais secundários; • Embora ocasionalmente congênita, a estenose é, muitas vezes, decorrente de Marcella Carvalho e Tauany Dalicio inflamação e cicatrização, as quais podem ser causadas por refluxo gastroesofágico crônico, irradiação ou lesões cáusticas; • Pacientes com obstrução funcional ou estenose benigna mantem seu apetite e peso, enquanto as estenoses malignas estão associadas à perda de peso; • Membranas da mucosa esofágica são protrusões idiopáticas de mucosa que podem causar obstrução – são lesões raras que ocorrem em mulheres >40 anos e podem estar associada a refluxo gastroesofágico, doenças que formam bolhas a pele etc.; • No esôfago superior, as membranas podem vir acompanhadas pela anemia por deficiência de ferro, glossite e queilose; • Em geral, membranas esofágicas são lesões semicircunferenciais que procurem <5mm possuem uma espessura de 2-4mm e são compostas de tecido conjuntivo fibrovascular e recoberto por epitélio; • Principal sintoma das membranas = disfagia não progressiva, associada a alimentos mastigados incompletamente; ➔ Acalásia: • Tônus aumentado do EEI, como resultado do relaxamento prejudicado do músculo liso, é uma causa importante da obstrução esofágica; • O que permite que o EEI relaxe durante deglutição? Liberação de oxido nítrico e polipeptídios intestinais vasoativos dos neurônios inibitórios + interrupção da sinalização colinérgica normal; • Acalásia é caracterizada pela tríade do relaxamento incompleto do EEI, tônus aumentado do EEI e aperistalse do esôfago; • Sintomas: disfagia para sólidos e líquidos, dificuldade para eructar e dor torácica; • Acalásia primária – é resultado da degeneração dos neurônios inibidores esofágicos distais, ou seja, da célula ganglionar. Isso acarreta aumento do tônus muscular, falta de capacidade de relaxamento do EEI e aperistalse esofágica. Alterações degenerativas do nervo vago extraesofágico ou núcleo moto dorsal do vago também pode ocorrer; • Acalásia secundária – pode surgir da doença de Chagas, na qual a infecção por T. Cruzi causa a destruição do plexo mioentérico, falha no peristaltismo e dilatação esofágica. Plexos duodenais, colônicos e uretéricos também podem ser afetados da DC; • Doenças do tipo Acalásia podem ser causadas por: neuropatia autonômica diabética, distúrbios infiltrativos como tumor maligno, amiloidose ou sarcoidose, lesões dos núcleos motores dorsais, como poliomielite ou ablação cirúrgica, em associação com Síndrome de Doença; • Existe associação de alguns casos de acalasia com HSV-1, ligação dos polimorfismos do gene imunorregulador da Acalásia, e coexistência ocasional da síndrome de Sjorgen ou doenca tireoidiana autoimune sugere que a acalasia também é impulsionada pela destruição imunomediada dos neurônios esofágicos inibidores; • Tratamento para ambos os tipos = tem como objetivo vencer a obstrução mecânica e, incluem a miotomia laparoscópica e a dilatação com balão pneumático. Além disso, a injeção com neurotoxina botulínica (botox), para inibir os neurônios colinérgicosdo EEI, também pode ser efetiva; ➔ Esofagite: • Lacerações: o Lacerações longitudinais da mucosa, próximas à junção gastroesofágico, são denominadas lacerações de Mallory- Weiss; o Associadas a ânsias e vômitos graves, secundários à intoxicação aguda por álcool; o O relaxamento reflexo da musculatura gastroesofágico precede a onda contrátil antiperistáltica associada ao vomito; o Especula-se que esse relaxamento fracasse durante o vomito prolongado, fazendo com que conteúdo do refluxo Marcella Carvalho e Tauany Dalicio gástrico forcem a abertura gástrica e levem a parede esofágica a se distender e romper; o Essas lacerações geralmente cruzam a junção gastroesofágico e podem estar localizadas na mucosa gástrica proximal; o Mais de 10% dos sangramentos GI superiores (hematêmese) não requerem intervenção cirúrgica e a cura tende a ser rápida e completa; o A síndrome de Boerhaave é um distúrbio bem menos comum, mas muito mais sério. Caracterizado pela laceração transmutas e ruptura do esôfago distal. Isto produz mediastinite grave e geralmente precisa de intervenção cirúrgica. Os pacientes podem ter severa dor no peito, taquipneia e choque, o diagnóstico inicial diferencial pode incluir IAM; • Esofagite química e infecciosa: o Mucosa escamosa estratificada do esôfago pode ser levada por uma variedade de irritantes, incluído álcool, ácidos e álcalis corrosivos, fluidos excessivamente quentes e fumo intensivo; o Sintomas variam de dor autolimitada, especialmente ao engolir (odinofagia), até a hemorragia, estenose ou perfuração, em casos graves; o Em crianças → lesão química esofágica geralmente é secundária a uma ingestão acidental de produtos de limpeza; o Danos graves → podem ocorrer após tentativa de suicídio em adultos; o Esofagite induzida por pílula → ocorre quando pílulas medicinais se alojam e dissolvem no esôfago em vez de chegarem até o estomago intactas; o Lesao esofágica iatrogênica → causada por quimioterapia citotóxica, terapia radioativa ou doença do enxerto-versus-hospedeiro; o Esôfago tambem está envolvido em doenças descamativas da pele → penfigoide bolhoso, epidermólise bolhosa e doença de Crohn; o Infecções em pacientes debilitados/imunossuprimidos → são mais comuns e podem ocorrer devido ao vírus do herpes simples, citomegalovírus (CMV) ou organismos fúngicos; ♯ Morfologia: ▫ Infiltrados densos de neutrófilos presentes na maioria dos casos, podendo estar ausentes nas lesões induzidas por químicos (lixívia, ácidos ou detergentes), o que pode resultar em necrose total da parede esofágica; ▫ A esofagite induzida por pílula ocorre frequentemente no local dos estrangulamentos que impedem a passagem dos conteúdos luminais; ▫ Ulceração é acompanhada pela necrose superficial com tecido de granulação e fibrose eventual; ▫ Irradiação esofágica causa lesões similares àquelas observadas em outros tecidos e inclui proliferação da intima e estreitamento da luz de vasos sanguineos submucosos e murais. O dano da mucosa é, em parte, secundário à lesao vascular; ▫ Os vírus do herpes causam úlceras em saca-bocados. Amostras de biopsias demonstram inclusões virais nucleares dentro de um halo de células epiteliais em degeneração na borda da úlcera; ▫ O CMV causa ulcerações superficiais e inclusões citoplasmáticas e nucleares caracteristicas, as colorações imuno- histoquímicas para antígenos vírus- específicos são ferramentas diagnosticas sensíveis e especificas; • Esofagite de refluxo: o O epitélio pavimentoso estratificado do esôfago é resistente à abrasão dos alimentos, mas é sensível ao ácido; o O tônus do EEI previne o refluxo de conteúdos gástricos acídicos, os quais Marcella Carvalho e Tauany Dalicio estão sob pressão positiva e que entrariam no esôfago; o O refluxo de conteúdos gástricos no esôfago inferior é a causa mais frequente de esofagite; o Condição clínica associada → doença do refluxo gastroesofágico (DRGE); ♯ Patogenia: ▫ Causa mais comum → relaxamento transitório do EEI; ▫ Mediado por vias vagais e desencadeado pela distensão gástrica, por gás ou alimentos, estimulação faríngea moderada que não induz a deglutição, e estresse; ▫ Pode ocorre também após relaxamento do EEI induzido pela deglutição ou devido à abertura forçada do EEI hipotensivo, a partir de um aumento repentino na pressão intra-abdominal (ex. ao tossir/curvar-se); ▫ Condições que diminuem tônus EEI/ aumentam pressão abdominal e contribuem para a DRGE: I. Uso de álcool/tabaco; II. Obesidade; III. Depressivos do SNC; IV. Gravidez; V. Hérnia do hiato; VI. Atraso no esvaziamento gástrico e volume gástrico aumentado. ♯ Morfologia: ▫ Hiperemia pode ser a única alteração; ▫ DRGE leve → histologia da mucosa é quase sempre, aparentemente, normal; ▫ DRGE mais acentuada → eosinófilos são recrutados para mucosa escamosa, seguidos pelos neutrófilos, os quais estão geralmente associados a uma lesao mais grave; ▫ Hiperplasia da zona basal, excedendo 20% da espessura total do epitélio + alongamento das papilas da lâmina própria, de modo que se estendam para o terço superior, também pode estar presente; ♯ Aspectos clínicos: ▫ Mais comum em indivíduos > 40 anos, no entanto, tambem ocorre em bebes/crianças; ▫ Sintomas clínicos: azia, disfagia e regurgitação de conteúdos gástricos com sabor ácido; ▫ Tratamento: inibidores de bomba de prótons, para reduzir acidez gástrica; ▫ Complicações = ulceração, hematêmese, melena, desenvolvimento de estreitamento e esôfago de Barret; Obs.: hernia de hiato pode desencadear sintomas como azias e regurgitação de sucos gástricos. Ela é caracterizada pela separação da crura (pilares) diafragmática e protrusão do estomago para dentro do tórax através da fenda resultante. Sintomática em menos de 10% dos adultos. • Esofagite eosinofílica: o Sintomas incluem impactação dos alimentos e disfagia em adultos e intolerância à alimentação ou sintomas semelhante à DRGE em crianças; o Característica histológica cardinal → grande número de eosinófilos intraepiteliais. Sua abundância pode ajudar a diferenciar a esofagite eosinofílica da DRGE, da doenca de Crohn e outras; o Diferentemente de pacientes com DRGE, o refluxo ácido não é proeminente e altas doses de inibidores de bomba de próton geralmente não trazem alívio; o Maioria dos pacientes com esofagite eosinofílica é atópica e muitos tem dermatite atópica, rinite alérgica, asma ou eosinofilia periférica moderada; o Tratamento: restrições na dieta, para evitar exposição a alérgenos dos alimentos, como em produtos do leite da vaca, e corticosteroides tópicos ou sistêmicos; • Varizes esofágicas: o Doença que impede o sangue venoso do TGI passe pelo fígado através da veia porta, antes de voltar para o coração; o Esse impedimento causa hipertensão portal e podem levar ao surgimento de varizes esofágicas, causa importante de sangramento esofágico; Marcella Carvalho e Tauany Dalicio ♯ Patogenia: ▫ Hipertensão portal resulta no desenvolvimento de canais colaterais nos locais onde os sistemas porta e cava se comunicam; ▫ Essas veias colaterais permitem que alguma drenagem ocorra, mas, ao mesmo tempo, levam ao desenvolvimento de plexos venosos subepiteliais e submucosos congestos dentro do esôfago distal e estomago proximal; ▫ As varizes (veias), se desenvolvem mais comumente em pacientes com cirrose, associadas a doença hepática alcóolica; ▫ Esquistossomose hepática = segunda maior causa de varizes; ♯ Morfologia: ▫ Varizes são veias dilatadas, tortuosas, que ficam primariamente dentro da submucosa do esôfago distal e estômago proximal; ▫ As varizes podem não ser claramente obvias em amostras cirúrgicas/post mortem,pois elas colapsam na ausencia de fluxo sanguíneo e são obscurecidas pela mucosa sobrejacente; ▫ Ruptura das varizes resulta em hemorragia na luz ou parede esofágica, caso em que a mucosa fica ulcerada e necrótica ♯ Aspectos clínicos: ▫ Varizes gastroesofágicas estão presentes em quase metade dos pacientes com cirrose; ▫ 25%-40% deles desenvolvem hemorragia das varizes; ▫ Hemorragia de varizes é uma emergência que pode ser tratada por medicamentos através da indução da vasoconstrição esplâncnica, ou endoscopicamente através da escleroterapia (injeção de agentes trombóticos), tamponamento por balão ou ligação de varizes; ▫ 30% de pacientes com hemorragia de varizes morrem como consequência direta da hemorragia → choque hipovolêmico/coma hepático... ▫ Paciente com fatores de risco para hemorragia das varizes (gradiente de pressão venosa hepática elevado, doença hepática avançada...) podem ser tratados profilaticamente com β- bloqueadores, para reduzir o fluxo de sangue portal, e com ligação endoscópica de varizes; • Esôfago de Barret: o É uma complicação da DRGE crônica, caracterizada por metaplasia intestinal dentro da mucosa escamosa esofágica; o Mais comum em homens brancos e se apresenta entre 40-60 anos de idade; o Maior preocupação → é que ele confere um grande risco de adenocarcinoma esofágico; o Sequenciamento genômico das biopsias revelam → presença de mutações compartilhadas com o adenocarcinoma esofágico, mantendo a ideia de que o esôfago de Barret é uma lesão precursora do câncer; o A presença de displasia, uma alteração pré-invasiva, está associada a sintomas prolongados, comprimento alongado do segmento, idade avançada do paciente e pessoas caucasianas; o Obs.: a maioria das pessoas com esôfago de Barret não desenvolve tumores esofágicos; Marcella Carvalho e Tauany Dalicio ♯ Morfologia: ▫ Uma ou várias línguas ou placas vermelhas de mucosa aveludada, se estendendo para cima, a partir da junção gastroesofágica; ▫ Essa mucosa metaplásica se alterna com mucosa escamosa (esofágica) lisa, pálida e se conecta com mucosa colunar (gástrica) marrom-clara, distalmente; ▫ Subclassificação → segmento longo, o qual envolve 3cm ou mais, ou segmento curto, no qual menos de 3cm estão envolvidos; ▫ Microscopicamente, a metaplasia do tipo intestinal é vista como substituição do epitélio esofágico escamoso, com células caliciformes. Estas são diagnosticas do esôfago de Barret e possuem distintos vacúolos de muco, com coloração azul-claro devido à hematoxilina e eosina, em formato de cálice de vinho no citoplasma restantes; ▫ Quando displasia está presente ela é classificada por de baixo/alto grau. Mitoses atípicas, hipercromasia nuclear, cromatina agrupada irregularmente, razão núcleo- citoplasma aumentada e a não maturação das células epiteliais ao longo de sua migração para superficie esofágica estão presentes em ambos os graus de displasia; ▫ Com a progressão, células epiteliais podem invadir a lâmina própria, uma característica que define o carcinoma intramucoso; ♯ Diagnóstico: ▫ Requer evidencia endoscópica da mucosa colunar metaplásica acima da junção gastroesofágica ♯ Aspectos clínicos: ▫ Só pode ser identificado por meio de endoscopia e biópsia, as quais são geralmente realizadas pelos sintomas da DRGE; ▫ Muitos apoiam a endoscopia periódica com biopsia, para monitoramento da displasia, mas há incertezas sobre eficácia; ▫ Para carcinoma intramucoso/invasivo: realiza-se intervenção terapêutica, ressecção cirúrgica, esofagectomia, ablação por laser etc.; ▫ Displasia multifocal de alto grau é tratada como carcinoma intramucoso; ➔ Tumores Esofágicos • Adenocarcinoma: o A maioria surge do esôfago de Barret; o O aumento das taxas de adenocarcinoma pode ter como causa aumento da incidência do RGE relacionado à obesidade e esôfago de Barret; o Fatores de risco adicionais = tabagismo + exposição à radiação; o O risco é reduzido em dietas ricas em frutas frescas e vegetais; o Alguns sorotipos de H. pylori diminuem risco de adenocarcinoma esofágico, pois causam atrofia gástrica que resulta na redução da secreção acida e refluxo, e incidência reduzida do esôfago de Barret; o Ocorre mais frequentemente em caucasianos e é 7x mais comum em homens; ♯ Patogenia: ▫ Estudos moleculares sugerem que a progressão do esôfago de Barret para adenocarcinoma ocorre durante um longo período, com aquisição gradual de alterações genéticas epigenéticas; ▫ Anormalidades cromossômicas, mutação no TP53 e regulação negativa do inibidor de cinase dependente da Marcella Carvalho e Tauany Dalicio ciclina CDKN2A, são detectadas nos estágios iniciais; ▫ Em fase mais avançada, há amplificação dos genes EGFR, ERBB2, MET, ciclina D1 e ciclina E; ♯ Morfologia: ▫ Adenocarcinoma esofágico ocorre no terço distal do esôfago e pode invadir a cárdia adjacente; ▫ Inicialmente surge como placas planas/elevadas, na mucosa anteriormente intacta, grandes massas de 5cm ou mais de diâmetro podem se desenvolver; ▫ Alternativamente, os tumores podem se infiltrar difusamente ou ulcerar e invadir profundamente; ▫ Os tumores produzem mais comumente mucina e formam glândulas com morfologia semelhante ao tipo intestinal; ▫ Menos frequentemente, os tumores são compostos de células em anel de sinete, infiltrantes, difusas (similares àquelas vistas nos canceres gástricos difusos) ou, em casos raros, células pequenas, pouco diferenciadas (similares ao carcinoma de pequenas células do pulmão); ♯ Aspectos clínicos: ▫ Embora adenocarcinomas esofágicos sejam ocasionalmente descobertos na avaliação da DRGE, ou na vigilância do esôfago de Barrett, eles se apresentam mais comumente com dor ou dificuldade de deglutição, perda de peso progressiva, hematêmese, dor torácica ou vômitos; ▫ Quando sintomas aparecem, o tumor já se disseminou para vasos linfáticos submucosos; • Carcinoma de células escamosas: o Ocorre em adultos acima dos 45 anos e é 4x mais frequentemente em homens do que em mulheres; o Fatores de riscos = uso de álcool, tabagismo, pobreza, lesões esofágicas causticas, acalásia, tilose, sindrome de Plummer-Vinson, dietas deficientes em frutas e vegetais e consumo frequente de bebidas muito quentes; o 8x mais comum em afro-americanos do que em caucasianos; o Incidência varia até 180 vezes entre e dentro dos países, sendo mais comum em áreas rurais e subdesenvolvidas; ♯ Patogenia: ▫ Maioria dos carcinomas de células escamosas do esôfago está relacionada ao uso de álcool e tabaco, os quais aumentam o risco de modo sinérgico; ▫ Deficiências nutricionais, assim como hidrocarbonetos policíclicos, nitrosaminas, e outros compostos mutagênicos, tais como aqueles encontrados em alimentos contaminados por fungos, tambem são considerados; ▫ Infecção por HPV tambem está associada; ♯ Morfologia: ▫ Ocorre no terço médio do esôfago; ▫ Se inicia com lesao in situ chamada de displasia escamosa, conhecida como carcinoma in situ; ▪ Lesões iniciais aparecem como espessamentos pequenos, acizentados, semelhantes a placas; ▪ Ao longo dos anos, se tornam massam tumorais polipoides ou exofíticas e se projetam para dentro da luz, obstruindo-a; ▫ Os outros tumores ou são lesões ulceradas ou difusamente infiltrativas, que se espalham dentro da parede esofágica e causam espessamento, enrijecimento e estreitamento da luz; ▫ Eles podem invadir as estruturas circundantes, incluindo a árvores respiratória, causando pneumonia, a aorta, causando exsanguinação catastrófica, ou o mediastino e pericárdio; ♯ Aspectos clínicos: ▫ O inicio é insidioso e apresenta-se com disfagia, odinofagia (dor à deglutição)ou obstrução; ▫ Obstrução aumenta, alterando dieta de alimentos sólidos para líquidos; ▫ Hemorragia e sepse podem acompanhar a ulceração do tumor e Marcella Carvalho e Tauany Dalicio sintomas de deficiência de ferro são frequentemente presentes; ▫ Primeiros sintomas são causados por aspiração da comida via fistula traqueoesofágica; Estômago ➔ Anatomia: • Dividido em 4 regiões principais: a cárdia, o fundo, o corpo e o antro; • A cárdia e o antro são revestidos principalmente por células foveolares secretoras de mucina que forma as pequenas glândulas; • Glândulas antrais são similares, mas contém células endócrinas, como as células G, as quais liberam gastrina para estimular secreção luminal de ácido pelas células parietais dentro do fundo e do corpo gástrico; • As glândulas bem desenvolvidas do corpo e do fundo também contém células principais que produzem e secretam enzimas, como a pepsina; ➔ Gastropatia e Gastrite Aguda: • Gastrite – processo inflamatório da mucosa; • Gastrite aguda – quando há a presença de neutrófilos na lesao; • Gastropatia – quando células inflamatórias são raras ou estão ausentes; ➢ Inclui conjunto diverso de distúrbios, marcado por lesao/disfunção gástrica; ➢ Agentes causadores = AINEs, álcool, bile e lesões por estresse; ➢ Hemorragia mucosa aguda (úlceras de Curling) ou lesões após interrompimento do fluxo sanguíneo gástrico (p.ex. na hipertensão portal), tambem causam gastropatia, que pode progredir para a gastrite; • Gastropatia hipertrófica – aplicado para um grupo específico de doenças exemplificado pelas doenças de Ménétrier e síndrome de Zollinger- Ellison; • Gastropatia e gastrite aguda podem ser assintomáticas ou causar graus variáveis de dor epigástrica, náusea e vomito; • Em casos mais graves pode ter erosão da mucosa, ulceração, hemorragia, hematêmese, melena e perda sanguínea maciça (raro); ♯ Patogenia: ▫ A luz gástrica possui um pH próximo de 1. Esse ambiente hostil contribui para a digestão, mas tambem tem o potencial de danificar a mucosa gástrica; ▫ A mucina, secretada pelas células foveolares da superficie, forma uma camada fina de muco e fosfolipídios que evita que particular grandes de alimento toquem diretamente o epitélio; ▫ A camada de muco tambem promove a formação de uma camada inerte de fluido sobre o epitélio que protege a mucosa e tem pH neutro, devido a secreção de íon bicabornato pelas células epiteliais da superficie; ▫ Sob o muco, uma camada contínua de células epiteliais gástricas forma uma barreira fisica que limita a retrodifusão de acido e vazamento de outros materiais luminais, incluindo pepsina na lâmina própria; ▫ A substituição completa das células foveolares das superfícies, a cada 3-7 dias, é essencial para a manutenção da camada epitelial e para secreção do muco e bicarbonato dessas células; ▫ Nas áreas do estomago em que há secreção de ácido, uma “onda alcalina” capilar é gerada conforme as células parietais secretam o HCl na luz gástrica e bicarbonato nos vasos sanguíneos; ▫ Além de fornecer bicarbonato, o rico suprimento vascular da mucosa libera oxigênio e nutrientes enquanto remove o ácido que foi retrofundido na lâmina própria; Marcella Carvalho e Tauany Dalicio • a gastropatia, gastrite aguda e crônica podem ocorrer como consequência da perda de um desses mecanismos protetores: ✓ AINEs inibem a síntese de PG E2 e I2 dependente da COX, as quais estimulam quase todos os mecanismos de defesa relatados, incluindo o muco, bicarbonato e secreção de fosfolipídios, fluxo sanguíneo da mucosa e restituição epitelial, enquanto reduz a secreção de ácido. ✓ Lesão gástrica que ocorre nos pacientes urêmicos e naqueles infectados com H. pylori secretor de urease pode ser decorrente da inibição dos transportadores gástricos de bicarbonato pelos íons amônio; ✓ A redução da secreção de mucina e bicarbonato tem sido sugerida como fator que explica aumento da susceptibilidade de adultos mais velhos em relação a gastrite; ✓ A queda na liberação de O2 pode concorrer para incidência aumentada de gastrite aguda em altas atitudes ♯ Morfologia: ▫ Histologicamente, a gastropatia e gastrite aguda leve podem ser difíceis de reconhecer, já que a lâmina própria apresenta apenas edema moderado e congestão vascular leve; ▪ o epitélio superficial fica intacto, mas a hiperplasia de células foveolares, com perfis de saca-rolhas e proliferação epitelial, está presente; ▪ neutrófilos não são abundantes, mas alguns podem ser encontrados entre as células epiteliais ou dentro das glândulas da mucosa no caso da gastrite; ▪ há poucos linfócitos e plasmócitos; ▫ presença de neutrófilos acima da membrana basal, em contato direto com células epiteliais, é anormal em todas as partes do TGI e significa inflamação ativa, ou, nesse caso, gastrite, ao invés de gastropatia; ▫ a erosão da mucosa é acompanhada de um infiltrado neutrofílico pronunciado na mucosa e um exsudato purulento contendo fibrina na luz; ▫ erosão e hemorragia simultâneas = gastrite hemorrágica erosiva aguda; ♯ aspectos clínicos: ▫ varia de acordo com a etiologia, e as duas não podem ser distinguidas com base na clínica; ▫ pacientes com gastropatia induzida por AINEs podem ser assintomáticos ou apresentar dor epigástrica persistente, a qual responde a antiácidos ou inibidores da bomba de próton; ▫ dor associada ao refluxo da bile é refrataria em tais terapias, e pode ser acompanhada de vômito bilioso ocasional; ➔ Doença da Mucosa Relacionada ao Estresse • Ocorre em pacientes com traumas graves, queimaduras extensas, doenças intracranianas, que realizaram cirurgias grande porte, que apresentam serias doenças clínicas e outras formas de estresse fisiológico grave; • Mais de 75% dos pacientes em situação crítica desenvolvem lesões gástricas visíveis por endoscopia durantes os primeiros 3 dias de suas doenças; • Em alguns casos, as úlceras associadas recebem nomes específicos com base na localização e nas associações clínicas. Por exemplo: ✓ As úlceras de estresse são mais comuns em indivíduos com choque, sepse ou trauma grave; Marcella Carvalho e Tauany Dalicio ✓ As úlceras que ocorrem no duodeno proximal e estão associadas a queimaduras graves ou traumas são chamadas de úlceras de Curling; ✓ Úlceras gástricas, duodenais e esofágicas que surgem em pessoas com doença intracraniana são chamadas de úlceras de Cushing e apresentam alta incidência de perfuração; ♯ Patogenia: ▫ A patogenia da lesão da mucosa gástrica relacionada ao estresse é mais comumente relacionada à isquemia local; ▫ Isto pode ocorrer devido à hipotensão sistêmica ou fluxo sanguíneo reduzido, causado pela vasoconstrição esplâncnica induzida por estresse; ▫ A regulação do óxido-nítrico sintase induzível e o aumento da liberação da endotelina-1 vasoconstritora também contribuem para lesões isquêmicas da mucosa gástrica, enquanto o aumento da expressão COX-2 aparenta protegê- la; ▫ Lesões associadas a lesões intracranianas são causadas pela estimulação direta dos núcleos vagais, o que causa uma hipersecreção de ácido gástrico; ▫ A acidose sistêmica, achado frequente em tais condições, pode contribuir para lesão na mucosa pela diminuição do pH intracelular das células mucosas; ♯ Morfologia: ▫ As lesões da mucosa gástrica relacionadas ao estresse variam desde erosões superficiais causadas por danos epiteliais superficiais até lesões profundas que penetram a profundidade da mucosa; ▫ Úlceras agudas são redondas e com menos de 1cm de diâmetro; ▫ A base da úlcera é frequentemente corada de marrom a negro pela digestão ácida do sangue extravasado e pode estar associadaa inflamação transmural e serosite local; ▫ Diferentemente das úlceras pépticas, as quais surgem na condição de lesao crônica, as úlceras de estresse agudas são encontradas em qualquer parte do estomago e são mais comumente múltiplas; ▫ Microscopicamente, úlceras de estresse aguda são nitidamente demarcadas, com uma mucosa adjacente normal; ♯ Aspectos clínicos: ▫ Os pacientes mais criticamente doentes admitidos nas UTIs apresentam evidências histológicas de danos à mucosa gástrica; ▫ Sangramento de erosões gástricas superficiais ou de úlceras que podem requerer transfusões desenvolve-se em 1% a 4% desses pacientes; ▫ Inibidores de bombas de prótons profiláticos podem aliviar o impacto da ulceração por estresse, mas o determinante mais importante do resultado clínico é a habilidade de corrigir a condição subjacente; ▫ Outras causas não relacionas ao estresse por hemorragia gástrica incluem a lesão de Dieulafoy e a ectasia vascular antral gástrica (EVAG); ➢ A lesão de Dieulafoy é causada por uma artéria submucosa que não se ramificou adequadamente dentro da parede do estômago. Isto resulta em uma artéria, na mucosa, com um diâmetro de até 3 mm, ou 10 vezes o tamanho dos capilares das mucosas; ➢ A EVAG é responsável por 4% das hemorragias gastrointestinais superiores não varicosas. Ela pode ser reconhecida através de endoscopia como listras longitudinais de mucosa eritematosa e edematosa que se alternam com mucosa menos gravemente afetada e mais clara, o que geralmente é conhecido como estômago em melancia. As listras eritematosas são criadas por vasos ectásicos na mucosa. Histologicamente, a mucosa antral mostra uma gastropatia reativa com capilares dilatados contendo trombos de fibrina; ➔ Gastrite Crônica • Causa mais comum = infeccao pelo bacilo H.pylori; Marcella Carvalho e Tauany Dalicio • Gastrite autoimune – é a causa mais comum de gastrite atrófica difusa e representa menos de 10% dos casos de gastrite crônica. No entanto, é a causa mais comum de gastrite crônica em pacientes sem infecção por H.pylori; • Infecções duradoura por H.pylori também pode resultar em gastrite atrófica; • Causas menos comuns = lesão por radiação, refluxo biliar crônico, lesão mecânica (p.ex. Tubo nasogástrico) e envolvimento por doenças sistêmicas, tais como doença de Crohn, amiloidose ou doença do enxerto- versus-hospedeiro; • Os sintomas associados à gastrite crônica são menos graves do que os relacionada à gastrite aguda, porem são mais persistentes; • Náuseas e dores abdominais são típicas, algumas vezes com vomito, mas a hematemese é incomum; ➔ Gastrite por Helicobacter pylori • H.pylori são bacilos presentes em amostras de biópsia gástrica de quase todos os pacientes com úlceras duodenais, com úlceras gástricas ou gastrite crônica; • Não produz sintomas suficientes para que haja um alerta para cuidados médicos, na maioria dos casos; • Organismos H.pylori estão presentes em 90% dos indivíduos com gastrite crônica que afeta o antro; ➢ Epidemiologia: • Nos EUA está relacionada com a pobreza, superpopulação doméstica, educação limitada, etnia afro- americana ou México-americana, residência em áreas rurais; • Humanos são transportadores primários, o que sugere que a transmissão é primeiramente feita através da via fecal-oral; • Infecção é tipicamente adquirido na infância, e persiste por toda vida, caso não haja tratamento; ➢ Patogenia: • Apresenta-se, frequentemente, como uma gastrite predominantemente astral, com produção de ácido normal/elevada; • Produção de gastrina local pode ser aumentada, mas a hipergastrinemia é rara; • Quando a inflamação fica limitada ao antro, o aumento de ácido resulta em maior risco de úlcera péptica duodenal; • A gastrite pode progredir e evolver o corpo gástrico e o fundo; • A gastrite atrófica multifocal está associada a placas de atrofia da mucosa, redução da massa de células parietais e secreção de ácido, metaplasia intestinal e risco aumentado de adenocarcinoma gástrico; • A virulência está relacionada aos seguintes fatores: ✓ Flagelos – permitem que a bactéria seja móvel no muco viscoso; ✓ Urease – gera amônia da ureia endógena e eleva pH gástrico local e aumenta taxa de sobrevivência bacteriana; ✓ Adesinas – acentuam a aderência bacteriana à superfície das células foveolares; ✓ Toxinas – com gene A associado à citotoxina (CagA), que pode estar envolvido na progressão da doença; Obs.: o gene CagA e as ilhas de patogenicidade de 20 genes estão presentes em 50% de todos os isolados de H.pylori, mas 90% dos isolados de H.pylori são encontrados em populações com risco de câncer gástrico elevado. • Fatores do hospedeiro tambem tem um papel importante na infecção por H.pylori: ✓ Polimorfismos genéticos, que resultam no aumento da expressão do fator de necrose tumoral (TNF), de citocinas pró-inflamatórias e IL-1B, ou queda da IL-10 etc; ➢ Morfologia: • O organismo está concentrado no muco superficial que recobre as células epiteliais, nas regiões da superfície e do colo; • Os organismos formam um tapete nas superfícies luminárias das células foveolares e mucosas do colo, e podem até mesmo se estender para dentro das criptas gástricas; Marcella Carvalho e Tauany Dalicio • O H.pylori exibe um tropismo pelo epitélio gástrico e geralmente não é encontrado em associação com a metaplasia intestinal ou com epitélio duodenal; • Dentro do estômago, os H.pylori são geralmente encontrados no antro. É menos comum na mucosa oxíntica (produtora de ácido) do fundo e do corpo; • Infiltrado inflamatório geralmente inclui números variáveis de neutrofilos dentro da lamina própria, incluindo alguns que se cruzam a membrana basal para assumir localização intraepitelial; • Quando intensos, os infiltrado podem criar pregas rugosas espessadas; • Uma gastrite por H.pylori com longa duração pode se estender e envolver o corpo e o fundo, e a mucosa pode se tornar atrófica, com perda das células parietais, fazendo com que a mucosa oxíntica tenha aparência da mucosa antral; ➢ Aspectos clínicos: • As amostras de biópsia gástrica também podem ser analisadas pelo teste rápido da urease, cultura bacteriana ou detecção de DNA bacteriano por PCR; • Tratamentos – combinações de ATB e inibidores de bombas de prótons; ➔ Gastrite autoimune • É responsável por menos de 10% dos casos de gastrite crônica; • A gastrite autoimune tipicamente poupa o antro e está associada à hipergastrinemia; • É caracterizada por: 1. Anticorpos para células parietais e fatores intrínseco que podem ser detectados no soro e nas secreções gástricas; 2. Concentração sérica de pepsionogenio I reduzida; 3. Hiperplasia de células endócrinas; 4. Deficiência de vitamina B12; 5. Secreção alterada de ácido gástrico (acloridria); ➢ Patogenia: • Está associada à perda de células parietais, as quais são responsáveis pela secreção de ácido gástrico e fator intrínseco; • Ausência da produção de ácido estimula liberação da gastrina, o que causa hipergastrinemia e hiperplasia das células G antrais, produtoras de gastrina; • A falta do fator intrínseco impede a absorção ileal de vitamina B12, o que leva à deficiência dessa vitamina e à anemia megaloblástica de inicio lento (anemia perniciosa); • Reduzida concentração sérica de pepsinogenio I resulta da destruição das células principais; • Apesar da infeccao por H.pylori poder causar atrofia gástrica e hipocloridria, ela não está associada à acloridria ou anemia perniciosa. Isso ocorre porque, diferentemente da atrofia difusa da gastrite autoimune, os danos da gastrite por H.pylori são multifocais e deixam áreas de células principais e parietais residuais; • As células T CD4+ direcionadascontra os componentes da cédula parietal, incluindo H+, K+ - ATPase, são consideradas as principais agentes de lesões na gastrite autoimune; • Os anticorpos aos componentes das células parietais, mais proeminentemente a H+, K+-ATPase ou a bomba de próton, alem do fator intrínseco, estão presentes em até 80% dos pacientes com gastrite autoimune; ➢ Morfologia: • A gastrite autoimune é caracterizada por lesão difusa à mucosa oxíntica (produtora de ácido) dentro do corpo e do fundo; • A lesão ao antro ou à cárdia é tipicamente ausente/leve; • Com atrofia difusa, a mucosa oxíntica do corpo e do fundo se apresenta notavelmente reduzida, e as pregas rugosas são perdidas; Marcella Carvalho e Tauany Dalicio • Se a deficiência de vitamina B12 for grave, ocorre hipertrofia nuclear (mudança megaloblastica) nas células epiteliais; • Neutrofilos podem estar presentes, mas o infiltrado inflamatório é tipicamente composto de linfócitos, macrófagos e plasmócitos, frequentemente em associação com agregados linfoides e folículos; • Quando a atrofia é incompleta, ilhas residuais da mucosa oxíntica podem dar aparência de múltiplos pequenos pólipos ou nódulos; • Pequenas elevações da superfície podem representar áreas de metaplasia intestinal, caracterizada pela presença de células caliciformes e células absortivas colunares; • A hiperplasia de células endócrinas pode ser difícil de ser identificado em secções coradas com hematoxilina e eosina. Essa hiperplasia pode ser demonstrada com imunocoloração para proteínas como a cromogranina A, faz um paralelo com o grau de atrofia da mucosa e é uma resposta fisiológica à queda de produção de ácido; ➢ Aspectos clínicos: • Anticorpos para células parietais e fator intrínseco estão presentes no inicio do curso da doença; • Progressão para atrofia gástrica ocorre ao longo de 2-3 décadas, e a anemia é vista somente em alguns poucos pacientes; • Devido ao inicio lento e progressão variável, os pacientes são geralmente diagnosticado somente após terem sido afetados por muitos anos; • Idade media no diagnostico = 60 anos; • Mulheres são levemente mais afetadas que os homens; • Apresentação clínica pode estar ligada aos sintomas da anemia; • Deficiência de vitamina B12 pode causar glossite atrófica, no qual a língua fica lisa, robusta e vermelha, megaloblastose epitelial, diarreia por má absorção, neuropatia periférica, lesões da coluna vertebral e disfunção cerebral; ➔ Formas raras de gastrite ➢ Gastrite eosinofílica: • Caracterizada por lesão tecidual associada a densos infiltrado de eosinófilo na mucosa e na muscular (região antral e pilórica); • A lesão também pode se apresentar em outras áreas do TGI e está associada a eosinofilia periférica e níveis séricos de IgE elevados; • Pode ocorrer em associação com diversos distúrbios, como a esclerose sistêmica e polimiosite, infecções por parasitas e até infecção por H. pylori; ➢ Gastrite linfocítica: • Afeta principalmente mulheres; • Produz sintomas abdominais não específicos; • É idiopática, mas 40% dos casos são associados a doença celíaca; • Tipicamente afeta todo o estômago e é frequentemente conhecida como gastrite varioliforme; • Histologicamente, há aumento do número de linfócitos T intraepiteliais; ➢ Gastrite granulomatosa: • Aplicado a qualquer gastrite que tenha granulosas bem formados, ou agregados de macrófagos epitelioides; • Em populações do ocidente, o envolvimento gástrico devido à doença de Crohn é a causa específica mais comum de gastrite granulomatosa, seguida por sarcoidose e infecções; • Estreitamento e rigidez do antro gástrico podem ocorrer secundariamente às inflamações granulomatosas transmurais; ➔ Complicações da Gastrite Crônica ➢ Doença ulcerosa péptica (DUP): • Refere-se à ulceração crônica da mucosa, que afeta o duodeno ou o estômago; • Quase todas as úlceras peptizas estão associadas à infeccao por H.pylori, AINEs ou ao consumo de cigarros; • Forma mais comum da DUP ocorre dentro do antro gástrico ou duodeno, como resultado de uma gastrite antral induzida por H.pylori, a qual é associada com aumento da secreção gástrica, e coma queda da secreção de bicarbonato duodenal; Marcella Carvalho e Tauany Dalicio • Epidemiologia: o Incidência está caindo em países desenvolvidos, juntamente com a redução da prevalência de infecções por H.pylori; o Como resultado do aumento do uso de AINEs, um novo grupo de pacientes com DUP duodenal, cama de 60 anos, tem surgido; o A DUP tem sido associada ao uso de cigarros e doenças cardiovasculares, provavelmente devido à diminuição do fluxo sanguíneo, da oxigenação e da cicatrização da mucosa; o Outros fatores de risco: • Patogenia: o A DUP resulta de desequilíbrios entre os mecanismos de defesa da mucosa e fatores lesivos que causam a gastrite crônica; • Morfologia: o Úlceras pepticas ocorrem no contexto da gastrite crônica, mas a maioria é mais comum no duodeno proximal, onde pode ocorrer a poucos centímetros da válvula pilórica e envolver a parede duodenal anterior; o Úlceras peptizas gástricas são predominantemente localizadas junto à curvatura menor, próxima à interface do corpo e do antro; o As ulceras pepticas são solitárias em 80% dos casos; o Lesões <0,3cm tendem a ser superficiais, enquanto aquelas >0,6cm tendem a ser mais profundas; o A úlcera péptica clássica é um defeito em saca-bocado, arredondado a oval; o A margem da mucosa pode projetar levemente a base, mas geralmente está nivelada com a mucosa circundante; o Margens proeminentes são mais sugestivas de cânceres; o Profundidade da úlcera pode ser limitada pela espessa muscular própria gástrica ou pelo pâncreas aderente, pela gordura omental ou pelo fígado; o A base das úlceras pépticas é lisa e limpa, como resultado da digestão péptica do exsudato; o Úlceras ativas – revestidas por fina camada de restos fibrinoides, acima do infiltrado inflamatório neutrofílico, principalmente. Abaixo desta, há um tecido de granulação infiltrado com leucócitos mononucleares e uma cicatriz fibrosa ou colagenosa formam a base da úlcera; o Sangramento de vasos danificado dentro da base da úlcera, pode causar hemorragia com risco de morte; o Transformação maligna das úlceras pépticas ocorre raramente; • Aspectos clínicos: o Podem ser lesões crônicas, recorrentes, com morbidade significativa; o Maioria das úlceras pépticas chama atenção clinica por causa da queimação epigastrica ou dor forte; o A dor tende a ocorrer 1-3 hrs após as refeições durante o dia, sendo pior à noite e é aliviada por álcalis ou alimentos; o Úlceras penetrantes a dor é ocasionalmente referida às costas, QES, ou ao tórax; o Terapias atuais para DUP tem objetivo eliminar o H.pylori e neutralizar ácido gástrico, com inibidores da bomba de prótons; ➔ Atrofia da mucosa e metaplasia intestinal • ➔ Displasia Marcella Carvalho e Tauany Dalicio ➔ Gastrite cística GASTROPATIAS HIPERTRÓFICAS ➔ Doença de Ménetrier ➔ Síndrome de Zollinger-Ellison PÓLIPOS E TUMORES GÁSTRICOS ➔ Pólipos inflamatórios e hiperplásicos ➔ Pólipos de glândula fúndica ➔ Adenoma gástrico ➔ Adenocarcinoma gástrico ➔ Linfoma ➔ Tumor carcinoide ➔ Tumor estromal GI INTESTINO DELGADO E CÓLON ➔ Obstrucao intestinal • Hérnias: • Aderências: • Vólvulo: • Intussuscepção: ➔ Doença intestinal isquêmica ➔ Angiodisplasia ➔ Má absorção e diarreia • Enteropatia ambiental: • Enteropatia autoimune: • Deficiência de Lactase (dissacaridase): • Abetalipoproteinemia: ➔ Enterocolite infecciosa • Cólera: • Enterocolite por Campylobacter: • Shigelose: • Salmonela: • Febre tifoide: • Yersinia: •Escherichia coli: ➢ E.coli enterotoxigênicas ➢ E.coli enteropatogênicas ➢ E.coli entero-hemorrágicas ➢ E.coli enteroagregativas • Colite pseudomembranosa • Doença de Whipple • Gastroenterite Viral ➢ Neovirus ➢ Rotavírus ➢ Adenovírus • Enterocolite parasitária ➢ Ascaris lumbricoides ➢ . ➢ . ➢ . ➢ . ➢ . • Esquistossomose • Cestódeos intestinais ➢ . ➢ . ➢ . ➔ Síndrome do intestino irritável ➔ Doenca intestinal inflamatória • Doenca de Crohn • Colite ulcerativa • Colite indeterminada • Neoplasia associada à colite ➔ Outras causas de colite crônica • Colite por desvio • Colite microscópica ➔ Doenca do enxerto versus hospedeiro ➔ Doenca diverticular sigmoide Marcella Carvalho e Tauany Dalicio ➔ Pólipos • Pólipos hiperplasicos • Pólipos hamartomatosos • Pólipos juvenis • Síndrome de Peutz-Jeghers • Pólipos neoplásico ➔ Polipose adenomatosa ➔ Câncer colorretal hereditário não polipose ➔ Adenocarcinoma ➔ Tumores do canal anal ➔ Hemorroidas ➔ Tumores do apêndice CAVIDADE PERITONEAL ➔ Doença inflamatória ➔ Infecção peritoneal ➔ Retroperitonite esclerosante ➔ Tumores o
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