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Exame físico da Lombalgia · Inspeção = observar paciente caminhando, descalço e desnudo, observar desvios posturais, contraturas, tipo de marcha, cicatrizes, hipotrofias · Palpação = sensibilidade, contratura muscular, tônus muscular · Exame neurológico · Testes especiais Força motora · L2 – flexão de quadril · L3 – extensão de joelho · L4 – flexão dorsal do tornozelo · L5 – extensão do halux · S1 – flexão plantar do halux Reflexos · L2 – L4 = reflexo patelar · L5 – S1 = reflexo aquileo Testes especiais Lasegue · Paciente em decúbito supino · Elevação do membro em extensão até 70° · Positiva = quando tem irradiação da dor no trajeto dos dermátomos de L5 ou S1, em angulação 30 a 70° (paciente vai queixar de dor principalmente na região posterior da coxa) Sinal das pontas · Não anda com um dos calcanhares = compressão da raiz L5 · Não anda com uma das pontas dos pés = compressão da raiz S1 Manobra de valsava · Provoca exacerbação da dor ou irradiação até o pé (dor que não irradiava antes) Manobra de Romberg · Paciente de pé, com os pés e mãos encostadas no corpo, durante 30 segundos com olhos abertos e mais 30 segundos com olhos fechados · Positiva = paciente perde equilíbrio significativo com os olhos fechados (estenose do canal) Teste de Patrik Fabere · Flexão, abdução, rotação external · Positivo – dor na região posterior do quadril homoleteral Sinal do arco de corda · Levanta a perna até a dor aparecer, nesse momento, faz a flexão do joelho · Positivo = redução ou desaparecimento da dor quando flexionar o joelho (hérnia discal) Sinais não-organicos de lombalgias psicossomáticas · Simulação de dor lombar quando faz compressão axial no topo do crânio ou fazendo rotação da pelve e ombros Diagnostico Não é solicitado raio-x para todo paciente com dor lombar · Solicitar exame de imagem na presença de fatores de alarme e suspeição ao exame físico Raio-x = avalia alinhamento de coluna, deformidades, sinais de instabilidade, processos patológicos Cintilografia = tumores, fraturas, processos inflamatórios, infecção Ressonância magnética = fraturas, alterações degenerativas, infecciosas, inflamatória e metabólicas Eletroneuromiografia = sensível para radiculopatias Diagnostico etiológico Lombalgia mecânica comum · Dor se limita a região lombar e/ou nadegas · Raramente se irradia para as coxas. Pode aparecer subitamente pela manhã ou final do dia e apresenta junto de escoliose antálgica · Duração de 3 – 4 dias Espondilose lombar · Degeneração da porção anterior e posterior do disco intervertebral – esclerose subcondral ou osteofitose · Osteoartrite · Aumento com a idade · Radiografias – degeneração discal, nódulos de schmorl, espondilolistese, escoliose Hérnia de disco · Degeneração do núcleo pulposo que prolapsa para fora do anel · Coluna lombossacra é suceptivel a herniação devido a mobilidade · Pico de acometimento das hérnias em L5-S1 e L4-L5 · Ocorre dos 44 – 50 anos Síndrome da cauda equina · Compressão em L4 – L5 · Lombalgia bilateral, déficits motores bilaterais, perda de força, paciente assimétrico, perda sensorial em períneo, retenção urinaria e incontinência · Causas: neoplasias, abcessos epidural, hematomas · É emergência cirúrgica Espondilolistese · Deslocamento anterior de uma vertebra sob a outra (é degenerativo) · Subluxação anterior e posterior · Idosos, mulheres, acomete L4 – L5 Estenose do canal vertebral · Estreitamento do canal central da vertebra, pode resulta em compressão de raízes nervosas · Maioria é de etiologia degenerativa · Marcha com passos largos · Diagnostico confirmado por ressonância magnética Hiperostose esquelética idiopática difusa (dish) · Calcificação e ossificação dos ligamentos paraespinhais e enteses · Etiologia desconhecida · Associada a obesidade, diabetes, acromegalia · Prevalência aumenta com a idade e é mais comum em homens Infecções Osteomielite · Dor bem localizada, persiste ao repouso, piora com a movimentação, tem febre em alguns casos, leucocitose, apresentam VHS e PCR aumentados · Ressonância é padrão ouro Inflamatória Espondiloartrites (EPA) · Manifestações axiais = dor lombar inflamatória / manifestações periféricas = artrite periférica, entesites, dactilites e uveítes Doenças viscerais · Doença em órgãos que possui segmento suprido por feixes nervosos que passam pela coluna podem referir dor lombar Tratamento Pacientes de baixo risco · Dor localizada, faixa etária sem risco, sem sinais de alarme, sem alteração neurológica · Medicação com anti-inflamatório (pode associar analgésico) e alta para casa · Diclofenaco 75mg IM, Cetoprofeno 100mg IM, Ibuprofeno 600mg 8/8 VO, Nimesulida 100mg 12/12 VO · VO faz uso por 5 a 7 dias · Não é muito recomendado uso de opiodes, por conta de alivio em repouso Paciente de risco intermediário · Apresenta sinais de alarme · Faz medicação e solicita hemograma e provas inflamatórias Pacientes de grave risco Paciente com alteração neurológica, alteração urinaria, retenção fecal, perda de forca nos dois membros, tratamento oncológico Conduta = avaliando a dor, sinais de alarme, estratificando o risco e conduzindo Solicita = 1° a ressonância magnética, 2° tomografia e 3° raio-x Paciente não recebe alta, necessárias investigações Medicamentos · Paracetamol / dipirona · Opiodes fracos · AINEs (principalmente inibidores de COX2) · Corticoesteroides
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