Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Jandryce Silveira de Souza - Odontologia Aspectos anatômicos diretamente aplicados à endodontia: Considerações Iniciais e Peculiaridades dos MOLARES PECULIARIDADES DOS MOLARES: o Presença marcante do assoalho da câmara pulpar o Maior número de canais o Variação de localização dos canais ou das suas embocaduras. o Menor amplitude dos canais (constrição ou atresia) o Dupla curvatura dos canais radiculares. o Zonas de perigo ASSOALHO DA CÂMARA PULPAR EM DENTES MULTIRADICULARES: (Molares superiores e inferiores) o Cor mais escura do que as paredes laterais o É possível observar a junção da dentina das paredes laterais com a dentina do assoalho o A embocadura dos canais radiculares está sempre localizada na junção das paredes laterais com o assoalho da câmara pulpar. o As embocaduras dos canais radiculares localizam-se no ângulo diédrico, formado pela parede lateral e assoalho da câmara pulpar. o A linha de união das raízes, quando presentes são mais escuras que a cor do assoalho da câmara pulpar. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia ▪ As linhas de união das raízes são referencias para a localização das embocaduras dos canais radiculares. o A dentina reacional e as calcificações são mais claras que o assoalho da câmara pulpar. ▪ A dentina reacional e as calcificações podem ocultar a embocadura dos canais radiculares. o O assoalho da câmara não deve ser desgastado (conduta geral) MAIOR NÚMERO DE CANAIS VARIAÇÕES DE LOCALIZAÇÃO DOS CANAIS o A localização dos canais radiculares se dá pela localização das embocaduras e deve ser realizada com sonda número 9 e limas endodônticas (lima tipo K n°10 ou n°15). o Brocas e pontas diamantadas devem ser usadas somente nas etapas de abertura coronária, como desgaste do ponto de eleição, trepanação, remoção do teto (forma de contorno) e remoção das interferências e desgastes adicionais ou compensatório (forma de conveniência), EXCETO nos casos de calcificações e obliterações da embocadura ou da região cervical do canal radicular, que então podemos usar brocas (ex: broca LN) ou pontas diamantadas. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia MENOR AMPLITUDE DOS CANAIS o Menor amplitude dos canais radiculares associada a dupla curvatura, o que exige que o operador execute a pré-instrumentação antes do PBM/PQM propriamente com a intenção de prevenir iatrogenias. o Podem ser aplicadas técnicas para a negociação do canal radicular, como: Pré instrumentação progressiva ou ampliação anatômica progressiva (AAP), que eleva a possibilidade de se atingir o CRT ou CRD e se realizar o glide path. ▪ A Pré instrumentação progressiva (da coroa para o ápice radicular), é realizada no começo nos 2/3 coronários do canal (acesso radicular) e em seguida na porção apical do canal radicular, visando promover o “glide path”. ▪ Ela também contribui com a penetração desinfetante (detoxificação ou neutralização do conteúdo séptico e tóxico pela técnica imediata). Isso é muito necessário nas necropulpectomias para se evitar agudização ou agudecimentos pós-operatório. DUPLA CURVATURA o Maior frequência: CANAL MÉSIO-VESTIBULAR do molar superior e nos CANAIS MESIAIS dos molares inferiores. Ocorre com frequência mais discreta no canal l ingual ou palatino do molar superior. o 1º Molar Superior: os canais mesiais apresentam curvatura do terço apical para distal (ápice apontado para a distal). Ocorre curvatura também no terço cervical para distal (embocadura apontando para distal). Jandryce Silveira de Souza - Odontologia o A RAIZ MÉSIO-VESTIBULAR o 1º MS apresenta dupla curvatura. Curvatura da metade coronária do canal radicular denominada de 1º curvatura e a curvatura da metade de apical é a 2º curvatura. o 1º Molar Inferior: A anatomia interna da raiz mésio-vestibular do 1º MI é curvada em toda a sua extensão, gerando a morfologia próxima a um arco ou similar. ZONAS SEGURAS E ZONAS DE PERIGOS DOS MOLARES o Deve-se evitar o desgaste das zonas de perigo no sentido de reduzir as chances de iatrogenia. o Zonas de perigo para limagem e/ou desgaste manual e/ou rotatório: são zonas de dentina delgada, voltada para a furca dos molares superiores e inferiores. o As zonas de dentina volumosa, opostas a furca, são consideradas zonas seguras para a limagem e/ou desgaste anticurvatura dentro dos limites de segurança. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia Jandryce Silveira de Souza - Odontologia MOLARES SUPERIORES PECULIARIDADES DO PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR (1ºMS): 1. CÂMARA PULPAR DO 1º MS o Forma irregularmente cúbica o Achatada no sentido de mesial para distal o Tendência a morfologia triangular nas proximidades do assoalho. o O teto da câmara pulpar apresenta reentrâncias sob as cúspides, em alguns caso pela lingual também sob o Tubérculo de Carabelli. o As paredes da câmara geralmente são convexas. ▪ A acentuada convexidade que ocorre na mesial dificulta a localização e a instrumentação do canal mésio-vestibular. ▪ A remoção cuidadosa dessa convexidade de modo suficiente para promover e melhorar o acesso livre e retilíneo ao canal radicular – deve ser realizado com prudência e atenção. É um desgaste compensário ou adicional, o que ocorre na forma de conveniência o O assoalho da câmara também pode ser convexo e deve ser preservado, reduzindo as chances de iatrogenia, aumentando a possibilidade de encontrar as embocaduras dos canais e facilita a introdução das limas endodônticas nos canais radicular durante o preparo biomecânico. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia o Cortando de modo transversal a câmara pulpar no nível do terço coronário médio vemos paredes laterais convexas, lisas e polidas. o Ao nível da junção entre esmalte e cemento temos uma morfologia triangular, em que a base do triangulo está voltada para a vestibular. Nos ângulos desse triangulo geralmente ocorrem depressões referentes as embocaduras ou entradas dos canais radiculares. o As embocaduras dos canais radiculares podem ser interligadas por sulcos (linhas) no assoalho com a forma da letra “Y”, o que pode ocorrer em metade dos casos e recebe o nome de “Rostrum Canalium” 2. CANAL RADICULAR DO 1ºMS o No geral apresenta três raízes separadas, em cada uma contendo um canal radicular. o A raiz mésio-vestibular pode apresentar com frequência dois canais radiculares. o Então o 1ºMS pode apresentar no total 4 canais. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia 3. ANATOMIA INTERNA DA RAIZ MÉSIO- VESTIBULAR DO 1ºMS o A raiz mésio-vestibular se encontra acima da cúspide mésio-vestibular, bem como a embocadura do canal mésio-vestibular (apresenta morfologia de fenda na direção vestíbulo- lingual). o Podem ocorrer dois canais com trajetória independente, nesse caso, o canal da extremidade vestibular é denominado canal mésio-vestibular e o canal com a embocadura para lingual da fenda se denomina canal mésio-palatino (mésio-lingual) da raiz mésio-vestibular (4º canal do 1MS). o O acesso ao forame apical do canal mésio-palatino da raiz mésio-vestibular é difícil. o Os canais da raiz mésio-vestibular podem se encontrar no terço apical de forma que o canal mésio-palatino possa compartilhar o forame apical com o canal mésio-vestibular. o A raiz mésio-vestibular apresenta curvatura no terço apical para distal (ápice apontando para a distal). Também ocorre a curvatura no terço cervical para distal, isso é, embocadura do canal radicular apontando para distal ou embocadura apontando para disto-lingual. A raiz mésio-vestibular do 1ºMS apresenta dupla curvatura. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia o Pode-se considerar que a anatomia interna da raiz mésio-vestibular do 1ºMS é curvada em toda a sua extensão configurando morfologia próxima a um arco ou a um segmento de circunferência.4. ANATOMIA INTERNA DA RAIZ LINGUAL OU PALATINA DO 1ºMS Características do canal lingual ou palatino: o Geralmente único, com comprimento e diâmetro maiores que os vestibulares; o Leve achatamento no sentido vestíbulo-lingual o Apresenta-se reto (40%) ou com desvio para vestibular em volta de 55% dos casos. o O canal lingual pode apresentar dupla curvatura com o ápice apontando para vestibular e com a embocadura apontando para vestibular o O canal palatino pode terminar em delta apical, o que dificulta a sua completa instrumentação. 5. ANATOMIA INTERNA DA RAIZ DISTO- VESTIBULAR DO 1ºMS O canal disto-vestibular apresenta-se, como: o Único (geralmente) Jandryce Silveira de Souza - Odontologia o Geralmente é o mais atresiado dos canais do 1ºMS o É reto e de secção transversal arredondada em 54% dos casos o Pode apresentar discreta curvatura para mesial em 19% dos casos e discreta curvatura para distal em 17% dos casos Em relação ao longo eixo do dente: o Inclinação M-D de 0 graus o Inclinação V-L (coroa para vestibular e raiz para lingual) de 15 graus. Em relação ao comprimento: o Comprimento médio é de 21,3mm o Variação do comprimento é de 18 a 25,5mm Jandryce Silveira de Souza - Odontologia 6. COMPLICAÇÕES ANATÔMICAS DO 1ºMS o Devido a proximidade dos ápices radiculares do 1ºMS com os seios maxilares, as dores originadas de sinusites nos seios maxilares associadas ao fenômeno dor reflexa, podem ser confundidas com palpite aguda irreversível – é importante o diagnostico diferencial. o A proximidade dos ápices radiculares do 1ºMS com os seios maxilares gera dificuldades e complicações para a cirurgia parendodontica. o A curvatura é frequente no casal mesio-vestibular, mas também pode ocorrer no canal lingual ou palatino do 1ºMS. Em ambas se não houver um tratamento com medidas especificas (considerando a dupla curvatura) podem conduzir a iatrogenias. 7. OUTRAS CONSIDERAÇÕES o A forma da coroa vista pela oclusal do 1ºMS foi relacionada com a incidência de três ou quatro canais. A forma quadrangular relacionou-se a presença de somente três canais e a forma trapezoidal relacionou-se com a ocorrência de quatro canais. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia 8. ENFRENTAMENTO DA DUPLA CURVATURA DOS CANAIS DO 1ºMS o No preparo biomecânico dos canais radiculares com dupla curvatura, deve-se com prudência e atenção proceder: o Desgaste compensatório cuidadoso e prudente da convexidade das paredes laterais da câmara pulpar (principalmente da parede medial) o Realizar a pré-instrumentação o Limarem ou preparo anti-curvatura cuidadoso e prudente o A instrumentação (modelagem) do batente apical com limas endodontias (que não apresentam flexilidade) deve ser realizada somente após o desgaste das interferências coronárias e atenuação da curvatura da metade coronária ou dos dois terços coronários do canal radicular. o Na intrumentacao (modelagem) do batente apical, limitar-se ao uso das limas endodontias com flexibilidade ótima (lima menor ou igual a nº25) e/ou compatível com a curvatura do canal radicular – ou dos canais com dupla curvatura, vestibulares do MS e mesiais do MI, limas nº30 ou nº35. o Atuar somente nas áreas de segurança e evitar as áreas de perigo do canal radicular. 9. AVALIAÇÃO RADIOGRAFIA DO 1ºMS o A observação de uma linha radiolúcida ao lado da imagem da lima endodontica na raiz mesio- vestibular pode indicar a presença do canal mesio-lingual ou médio-palatino da raiz mésio- vestibular (4º canal) Jandryce Silveira de Souza - Odontologia Jandryce Silveira de Souza - Odontologia PECULIARIDADES DO SEGUNDO MOLAR SUPERIOR (2ºMS) o A câmara pulpar do 2ºMS é mais achatada, no sentido mésio-distal (do que a do 1ºMS) 1. CÂMARA PULPAR o A câmara pulpar do 2ºMS é mais achatada, no sentido mésio-distal (do que a do 1ºMS). Em função do maior achatamento mésio-distal da câmara pulpar: o A embocadura do canal disto-vestibular pode se encontrar na mesma depressão do assoalho em que se encontra a embocadura do canal mésio-vestibular, a qual se localiza acima da cúspide mésio-vestibular. o Ou a embocadura do canal disto-vestibular pode se encontrar no centro do assoalho. 2. CANAL RADICULAR o Três raízes separadas na metade dos casos Jandryce Silveira de Souza - Odontologia o Na outra metade dos casos ocorre o fusionamento das raízes que e expressa de maneira variável o Ocorrência de dois canais na raiz mésio-vestibular é RARA, porém pode ocorrer. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia 3. INCLINAÇÕES DO 2ºMS o Inclinação M-D de 5º (coroa para distal e raiz para mesial) o Inclinação V-L de 11º (coroa para vestibular e raiz para lingual) o Nota-se a inversão da inclinação M-D com coroa para distal e raiz para mesial Jandryce Silveira de Souza - Odontologia 4. COMPRIMENTO DO 2ºMS o Comprimento médio de 21,7mm o Variação de comprimento é de 17,5mm a 27mm 5. COMPLICAÇÕES ANATÔMICAS DO 2ºMS o Posicionamento da embocadura do canal disto-vestibular do 2ºMS nas proximidades do canal mésio-vestibular, ou até mesmo no centro da câmara pulpar, devido ao maior achatamento mésio-distal da câmara pulpar. o Embora raro, a raiz mésio-vestibular pode conter dois canais à semelhança do 1ºMS. o Também raro a ocorrência do 2ºMS com quatro raízes e quatro canais. 6. COMPLICAÇÕES RADIOGRÁFICAS DO 2ºMS o Sobreposição de estruturas (ponte zigomática alveolar dos ápices radiculares), pode dificultar a avaliação radiográfica para fins de diagnóstico e odontometria (dificuldade de avaliação dos ápices radiculares). ▪ Leonardo recomenda a tomada radiográfica disto-angulada ou distalizada. A técnica de Le Master também é muito útil para evitar a sobreposição do processo zigomático com os ápices radiculares dos molares superiores. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia TERAPÊUTICA ENDODÔNTICA DO TERCEIRO MOLAR SUPERIOR (3ºMS) o A terapêutica endodontia do 3ºMS é contraindicada em função do que segue: dificuldades técnicas e anormalidades anatômicas (fusionamento radicular). o Os exames por imagem são os meios de se obterem informações clinicamente indispensáveis para o tratamento endodôntico. 1. COMPLICAÇÕES ANATÔMICAS o Uma das complicações anatômicas presentes no 3ºMS é a acentuada inclinação mésio- distal que eleva o risco de iatrogenia (trepanação do assoalho) durante a abertura coronária. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia MOLARES INFERIORES PECULIARIDADES DO PRIMEIRO MOLAR INFERIOR (1ºMI) 1. CÂMARA PULPAR DO 1ºMI o Forma aproximadamente cuboide o Tendência a morfologia triangular nas proximidades do assoalho o O teto da câmara pulpar o 1ºMI apresenta reentrâncias sob as cúspides, ressaltando que são três cúspides vestibulares e duas linguais. o Paredes laterais geralmente convexas. ▪ A acentuada convexidade que ocorre na parede mesial dificulta a localização e a instrumentação dos canais mesiais. ▪ A remoção dessa convexidade é oportuna, mas deve ser realizada com critério, prudência e atenção configurando-se como desgaste adicional ou desgaste compensatório, sendo feito na forma de conveniência. o O assoalho da câmara pulpar pode ser convexo e deve ser preservado, pois, a manutenção de sua integridade reduz a chance de ocorrência de iatrogenias, eleva a possibilidade de se encontrarem as embocaduras dos canais radiculares e facilita a introdução das limas endodônticas nos canais radiculares durante o preparo biomecânico, Jandryce Silveira de Souza - Odontologia o No terço coronário médio, as paredes da câmara pulpar são convexas, lisas e polidas. o Ao nível da junção entre esmalte e cemento, se observa morfologia triangular cuja base do triangulo é voltada para mesial, sendo que nos ângulos desse triangulo, ocorrem depressões referentesas embocaduras, orifícios ou entradas dos canais radiculares. o A embocadura do CANAL MÉDIO-VESTIBULAR (MV) encontra-se em baixo da cúspide (MV). o A abertura do CANAL MÉSIO-LINGAL (ML) encontra-se sobre o sulco central. ▪ A embocadura do canal ML, situa-se pela vestibular do vértice da cúspide ML e não sobre o vértice. 2. CANAIS RADICULARES DO 1ºMI. o O 1ºMI em geral apresenta duas raízes separadas, sendo uma pela mesial e outra pela distal o Embora raro, pode ocorrer uma terceira raiz disto-lingual. o Em 78% dos casos o 1ºMI apresenta três canais, sendo dois deles na raiz mesial e um na raiz distal, contudo a raiz distal pode apresentar dois canais radiculares, denominados de disto- vestibular e disto-lingual. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia 3. ANATOMIA INTERNA DA RAIZ DISTAL DO 1ºMI o Na maioria dos casos (73,54%), o canal distal do 1ºMI apresenta: ▪ Abertura em forma de funil (infundibuliforme) ▪ Geralmente achatado mésio-distalmente ▪ Amplo, longo e reto ▪ Pode apresentar desvio para distal em 10,5% dos casos 4. ANATOMIA INTERNA DA RAIZ MESIAL DO 1ºMI Canais mesiais do 1ºMI: o Únicos, atresiados, longos e de secção transversal circular o Apresentam dupla curvatura o Curvatura para distal em 79% dos casos o Embocadura apontada para distal o Ápice apontando para distal ▪ Os canais mesiais do 1ºMI apresentam curvatura no terço cervical (1ª curvatura) para distal. ▪ Ocorre curvatura no terço apical (2ª curvatura) para distal – ápice apontando para distal. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia ▪ Tais ocorrências concomitantes levam autores a afirmarem que a raiz mésio-vestibular do 1ºMS apresenta dupla curvatura, sendo a metade coronária denominada 1ª curvatura e a curvatura da metade apical 2ª curvatura. o Em menor frequência pode ocorrer o encontro dos dois canais mesiais no terço apical compartilhando o mesmo forame. o Para permitir a modelagem do batente apical dos canais mesiais do 1ºMI e reduzir o risco de iatrogenias, é necessário remover previamente as interferências coronárias: convexidade da parede mesial da câmara pulpar por meio do desgaste compensatório (forma de conveniência) e atenuar a curvatura da metade coronária ou dos dois terços coronários do canal radicular por meio da limagem anti-curvatura (acesso radicular); 5. INCLINAÇÕES DO 1ºMI o Inclinação M-D de 10º (coroa para mesial e raiz para distal) o Inclinação V-L de 13º (coroa para lingual e raiz para vestibular) 6. COMPRIMENTO DO 1ºMI o Comprimento médio é de 21,9mm Jandryce Silveira de Souza - Odontologia o Variação do comprimento é de 19 a 27mm. 7. COMPLICAÇÕES ANATÔMICAS DO 1ºMI o Pode ocorrer o canal cavo-inter-radicular (ou inter-cavo-radicular) que pode ser descrito como uma ramificação do assoalho da câmara pulpar a furca – caso exista deve ser submetido ao preparo biomecânico e obturado. o De incidência extremamente rara pode ocorrer um terceiro canal entre os canais mesiais do 1ºMI denominado canal mésio intermediário, em que sua descoberta é facilitada pelo uso da irrigação com ultrassom. 8. EXAME RADIOGRÁFICO DO 1ºMI o As raízes do 1ºMI apresentam sulcos longitudinais. o Principalmente na raiz mesial, a imagem radiográfica pode confundir o operador quanto a estimativa de canais radiculares. o Indica-se a tomada radiográfica angulada no caso dos molares inferiores – a tomada radiográfica ortorradial pode sobrepor os canais mesiais. 9. ENFRENTAMENTO DA DUPLA CURVATURA DOS CANAIS MESIAIS DO 1ºMI o A dupla curvatura nos canais mesial quando não levadas em consideração pode levar a iatrogenia. o Com finalidade de modelar o batente apical com menor risco de iatrogenias, a dupla curvatura dos canais mesiais deve ser atenuada exigindo ações prudentes, atentas e criteriosas. o Na forma de conveniência executar o desgaste compensatório da convexidade da parede mesial da câmara pulpar. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia o No acesso radicular fazer a limagem anti-curvatura. o Na modelagem do batente apical, limitar-se somente ao uso de limas endodônticas com flexibilidade ótima (da nº 6 a nº 25) ou as compatíveis com a curvatura do canal radicular (nº 30 ou nº 35), somente depois da atenuação da 1ª curvatura (2/3 ou metade coronária do canal radicular). o Na superfície distal do terço cervical da raiz mesial do 1ºMI, há uma concavidade que oferece risco à perfuração quando usada a broca Gates Glidden durante a limagem anti-curvatura. o A indicação da limagem anti-curvatura (acesso radicular) com finalidade de atenuar a curvatura do canal, deve-se a necessidade de prevenir iatrogenias nos 5mm apicais (porção nobre do canal radicular) durante a modelagem do batente apical, mas esta ação clínica apresenta em si um risco inerente à concavidade cervical citada no parágrafo anterior e este fato deve ser considerado pelo profissional. 10. CONSIDERAÇÕES REFERENTES À AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA DO 1ºMI o Durante a odontometria, a observação de uma linha radiolúcida ao lado da imagem da lima endodôntica na raiz distal pode indicar a presença de um segundo canal na raiz distal. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia Jandryce Silveira de Souza - Odontologia PECULIARIDADES DO SEGUNDP MOLAR INFERIOR (2ºMI) 1. CÂMRA PULPAR DO 2ºMI o Apresenta-se semelhante a do 1ºMI. o 2ºMI apresenta apenas quatro cúspides (Uma peculiaridade do 2ºMI que é diferente do seu adjacente mesial, refere-se ao maior número de reentrâncias no teto da câmara pulpar) 2. CANAIS RADICULARES DO 2ºMI Em geral ele tem duas raízes separadas com as seguintes peculiaridades: o Raízes perfeitamente separadas a partir do plano cervical (39,2% dos casos) o Diferenciação das raízes ocorrendo a partir do terço médio (32,8% dos casos) o Raízes fusionadas nos demais casos. ▪ Nas raízes atresiadas os canais oferecem uma dificuldade adicional, pois são mais estreitos (atresiados) o Os canais do 2ºMI apresentam curvaturas menos acentuadas quando comparados aos canais do 1ºMI. 3. INCLINAÇÕES DO 2ºMI o Inclinação M-D de 15 graus (coroa para mesial e raiz para distal) o Inclinação V-L de 12 graus (coroa para lingual e raiz para vestibular) Jandryce Silveira de Souza - Odontologia 4. COMPRIMENTO DO 2ºMI o O comprimento médio é de 22,4mm o A variação do comprimento é de 19 a 26mm 5. COMPLICAÇÕES ANATÔMICAS DO 2ºMI o É um dente potencialmente suscetível a fratura vertical o Os canais mesiais podem compartilhar o forame e isso pode gerar complicações para o profissional. o O 2ºMI pode apresentar apenas dois canais, um por raiz. o O 2ºMI se destaca a ocorrência da câmara pulpar com forma de “C” o Outa achado morfológico anatômico importante é denominado de ISTMO e definido como uma comunicação estreita entre dois canais. Jandryce Silveira de Souza - Odontologia Jandryce Silveira de Souza - Odontologia Jandryce Silveira de Souza - Odontologia Jandryce Silveira de Souza - Odontologia Jandryce Silveira de Souza - Odontologia TERAPÊUTICA ENDODÔNTICA DO TERCEIRO (3º) MOLAR INFERIOR (3ºMI) 1. CONTRAINDICAÇÃO DA TERAPÊUTICA ENDODONTICA o Dificuldades técnicas o Anormalidades anatômicas Exames por imagem são os meios de se obterem informações clinicamente indispensáveis para o tratamento endodôntico. 2. COMPLICAÇÕES ANATÔMICAS DO 3ºMI o É um dente com inclinações acentuadas, então ocorre o risco significativo de iatrogenia.
Compartilhar