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ENTENDENDO O PROCESSO DE MUDANÇA DO LIXO DE ACORDO COM O MARCO LEGAL DE SANEAMENTO BÁSICO David Salomão Pinto Castanho Bizarro Matrícula 01532745 Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental RESPOSTAS À ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA: Questão 1: Como está a situação dos lixões no Brasil? Atualmente os lixões ainda não foram extintos no Brasil, mesmo diante de problemas danosos à saúde pública e ao meio ambiente, desafiando a lei e os compromissos feitos com a Agenda 21 da ECO-92, em causa importante esclarecer o descumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) instituído pela Lei nº 12.305/2010, marco regulatório para a gestão integrada e o gerenciamento de resíduos sólidos, estabelecendo originalmente a responsabilidade dos resíduos gerados para disposição final ambientalmente adequada aos municípios em prazo de quatro anos, noutras palavras, determinava aos municípios a erradicação dos lixões a céu aberto e dos aterros controlados até 2014 devido aos problemas com poluição em solos, atmosfera e cursos d’água. Outrossim, embora as tecnologias necessárias para o cumprimento da PNRS estejam disponíveis no Brasil para direito de ambiente urbano mais saudável como garantia constitucional no Art. 225 da CF/88, um grande movimento de executivos municipais interviu no Congresso Nacional com o intuito de postergar as medidas e descumprir o prazo previsto na legislação. Cabendo esclarecer, entre outras formas de tratamento de resíduos sólidos, a técnica mais usual e viável no Brasil tem envolvido a disposição em aterros sanitários, uma deposição controlada de resíduos sólidos no solo com posterior cobertura para promoção de degradação natural através da via biológica até à mineração da matéria biogradável (condição fundamentalmente anaeróbia). Em 2014, segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Brasil tinha 2.906 lixões distribuídos por 2.810 municípios que precisavam ser erradicados, isto é, embora expirado o prazo inicial para que os municípios se adequassem à legislação os dados mostraram que algo em torno de 53% ainda não cumpriram a determinação legal. Outra circunstância em estudo corresponde à inalteração da destinação final adequada de RSU entre 2012 e 2013, que praticamente segue a mesma estatistica de descumprimento por parte dos municipios na data limite de apresentação do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (Art. 55 da Lei 12.305), e ainda na data limite de encerramento dos Lixões (Art. 54 da Lei 12.305). Outrossim, de acordo com esses estudos, a quantidade de RSU destinados inadequadamente para Aterros Controlados cresceu nesse período, no entanto, esta solução não possui o conjunto de sistemas necessários para proteção do meio ambiente e da saúde pública, mantendo os mesmos problemas de Lixões. Os últimos estudos desenvolvidos por entidades da sociadade civil apontam avanços lentos pela Administração Pública, mesmo quando desde longa data a legislação determina destinação para tratamento, nomeadamente: a) os dados estatísticos apresentados em 2018 pela Associação de Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) registraram a existência de 2.577 municípios com depósitos ambientalmente incorretos, destacando que a coleta de RSU atingiu 92%, e dessa percentagem total de RSU coletados apenas 59,5% teve disposição em aterros sanitários, isto é, expressa milhões de toneladas geradas anualmente continuam sem coleta, depositadas sem controle, ou inadequadamente em lixões e aterros controlados; b) os registros de 2020 pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (SELURB) indicam que a disposição de resíduos em aterros controlados e lixões tem aumentado, acompanhando a população e a urbanização, e com contribuição em torno de 4% nas emissões nacionais de gases de efeito de estufa; c) o levantamento de dados em 2020 pela Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (ABETRE) apontou uma redução para cerca de 2.700 lixões entre cidades que ainda destinam incorrentemente os resíduos sólidos. Em cenário mais favorável de acordo com os estudos estatisticos oficiais de 2020 fornecidos pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), apesar de pouca redução nos lixões nos últimos anos existem cerca 1546 lixões reconhecidos ativos, igualmente reconhece aumento para cerca de 75% a quantidade de resíduos coletados e destinados para aterros sanitários, e somente 14,6% de RSU coletados estavam dispostos em lixões, relativamente à cobertura de coleta domiciliar de resíduos estaria atendida em 98,7% da população urbana, e uma estimativa em cerca de 36,3% para municípios que possuem coleta seletiva na recuperação ou reciclagem. Em todo o caso, esforços estão sendo feitos para reduzir os lixões e substituí-los por aterros sanitários, mas a quantidade de áreas inadequadas ainda é elevada, agravado pelo problema do amontoado de resíduos envolver um misturado de materiais recicláveis, orgânicos e rejeitos, tudo sem tratamento, planeamento ou medida de proteção ao meio ambiente e à saúde pública. Por esse motivo, o novo marco do saneamento básico (Lei nº14.026/2020) articulou arcabouço legal, administrativo e regulatório para que as esferas do governo (federal, estadual e municipal), os órgãos da administração pública e a sociedade civil somassem esforços para universalizar o acesso e a efetiva prestação do serviço público de saneamento básico, inclusive uma das metas que ganhou destaque com a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi justamente a erradicação dos lixões no Brasil. No entanto, apesar de todo esse histórico e do novo marco de saneamento ter estabelecido um cronograma escalonado bastante exequível para a extinção dos lixões, ainda assim se torna preocupante constatar que os prazos expiram definitivamente em 2024 seguindo descumpridos por quase metade dos municípos, inclusive em regiões metropolitanas capitais de estado como Boa Vista, Porto Velho e Cuiabá que ainda descartam lixo em aterros desse tipo. Em outro sentido de análise, segundo as opiniões esclarecidas pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) e pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), as chances de cumprimento desta nova meta são mínimas por não existir interesse sério por parte do governo para ajudar os municípios, reiterando que as esferas estadual e federal precisariam assumir parcela de responsabilidade pela gestão de resíduos sólidos, ou seja, a prorrogação do prazo para erradicação dos lixões é vazia, porque foi vetado o apoio técnico e financeiro da União e dos estados para os municípios. Um passo fundamental seria garantir política efetiva de apoio e direcionamento de ações, mas a continuidade de desinteresse permite apenas avanços pontuais, e encontrar áreas que atendam às normas ambientais para fazer aterros é outro grande desafio. Uma outra questão também levantada pelo Sindicato Nacional de Empresas de Limpeza Urbana (SELURB) por meio de dados disponibilizados pelo SNIS envolve a preocupação do baixíssimo índice de reciclagem com apenas 3,5% do lixo produzido no brasil, segundo o relatório de Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana, o melhor cenário corresponde à região Sul com 8% do lixo destinado para reciclagem, e o pior cenário na região Nordeste com apenas de 0,8% do total coletado, expressando grande deficiência na cadeia de aproveitamento da reciclagem no Brasil e demonstrando mais um desafio para se atingirem metas de erradicação de 100% dos lixões nos próximos anos, e ao julgar pela ausência de estratégias apenas em 2030 seria uma possibilidade. Finalizando, em opinião diferente seguem os titulares da Administração Pública e a Associação Brasileiras de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (ABETRE), sugerindo que nem mesmo a alegação da falta de dinheiro tem mais sentido, porque o novo Marco de Saneamento facilitou todas as condições para a realização dos investimentos necessários à substituição dos lixões ainda existentes, nomeadamente:a lei conferiu às prefeituras a possibilidade de garantirem a sustentabilidade econômico-financeira da coleta, tratamento e destinação dos resíduos sólidos, com a instituição de tarifa específica para esses serviços, bem como estabeleceu licitações livres para esses serviços de resíduos sólidos como estímulo aos investimentos privados e a criação de empregos, substituindo assim um oneroso passivo ambiental por valor econômico sustentável. Questão 2: Analise os impactos que a utilização dos lixões a céu aberto traz ao meio ambiente e a saúde humana. Os locais escolhidos para lixão adotando o critério da distância dos centros urbanos não garante preparação do terreno com estudos de impacto ou impermeabilização do solo, tornando-se assim depósitos a céu aberto de resíduos sólidos, sem tratamento algum e transgressores de princípios e normas ambientais, além de situação danosa à saúde pública e à qualidade do meio urbano. A disposição dos resíduos sólidos urbanos e dos serviços de saúde de forma indiscriminada en lixões a céu aberto afetam a atmofera com gases poluentes prejudiciais à saúde de forma direta como gás sulfidrico, e indireta pela depleção da camada de ozônio e aumento do efeito de estufa, em decorrência da decomposição e da queimada dos resíduos ao ar livre e/ou diretamente sobre o solo. Exemplificando, no processo chamado aeróbico existe decomposição da matéria orgânica presente no lixo com formação do chorume, após esse período com a redução do oxigênio vem a decomposição anaeróbica, decorrendo uma liberação de gases nocivos, tóxicos e explosivos que são lançados na atmosfera aumentando a poluição do ar, outrossim a ocorrência de queimadas de lixo ao ar livre sem controle ou técnica adequada também agrava o problema pelo aumento de gases poluentes, e entre os gases presentes, o dióxido de carbono e o metano são aqueles que corroboram para o efeito de estuda, provocando de forma indireta alterações climáticas. Relativamente ao chorume, substância com baixa biodegradabilidade e alta carga de compostos tóxicos por decomposição da matéria orgânica do lixo, e cuja importância de tratamento pela gravidade de efeitos prejudiciais está expressa na NBR 8419/1992 que exige sistema de coleta, drenagem e tratamento desse liquído viscoso, tendo em vista que pode contaminar o solo por anos e pela proximidade com cursos hídricos causar eutrofização e mortandade de organismos aquáticos devido ao aumento de substâncias químicas no ambiente (como nitritos e nitratos), igualmente proporciona a contaminação dos lençóis freáticos ou mananciais de água potável ocasionada por infiltrações quando em contato com água da chuva, porque ao atingir águas subterrâneas o contaminante tem potencial de prejudicar áreas muito extensas comprometendo a qualidade das atividades na região como consumo humano, agricultura e agropecuária. Os impactos ambientais envolvem ainda outros riscos de contaminação direta dependendo da substância que atingir o solo e as águas, cuja degradação ambiental pode levar anos para ser eliminada, por exemplo, os hidrocarbonetos como produtos derivados de petróleo que podem estar impregnados em simples embalagens como aquelas de lubrificantes automotivos. No entanto, os problemas de um lixão a céu aberto não são somente o risco de propagação de contaminantes químicos no meio ambiente, problemas estésticos e de dor devido ao acúmulo de resíduos sem qualquer cuidado ou tratamento, mas porque representa também foco perigoso de disseminação de doenças de veiculacao hidrica, bem como proliferação de vetores (pragas de baratas, moscas, pulgas, ratos, mosquitos e outros insetos) transmissores de várias enfermidades ou doenças por intermédio dos resíduos existentes nos lixões como fonte de alimento que facilita rápida multiplicação. Exemplificando, as moscas domésticas são responsáveis pela transmissão de doenças veiculadas por bactérias, vírus, protozoários e helmintos, ultrapassando a centena de espécies patogênicas; os ratos são responsáveis na disseminação de doenças como leptospirose, salmonelose e peste bubônica; os helmintos hospedeiros intermediários das baratas transmitem ao humano o vírus da poliomielite e as doenças amebíase e giardíase, provenientes de bactérias intestinais; os mosquistos infetados que se desenvolvem nas águas existentes em recipientes dos lixões e acúmulos de água parada transmitem ao humano várias doenças, tais como: a filariose bancroftina, a febre amarela, a dengue, a leishmaniose, entre outras. Concluindo, os lixões a céu aberto apesar de proporcionarem poluição e contaminação de solos, cursos d’àgua e reservatórios de água destinada para atividades humanas, e possibilitarem a proliferação de doenças veiculadas por vetores, infelizmente persiste como método utilizado pelos municípios para disposição dos resíduos sólidos urbanos, agravada também pela circunstância de resíduos hospitares e outros possíveis de reciclagem serem dispostos junto com o lixo comum. Em todo caso, importante destacar a eficácia de modelos de acordo setorial de logística inversa que funcionaram e contribuem para redução dos problemas ambientais, a saber: a) a partir da Resolução 258/1999 do CONAMA que determinou a responsabilidade aos importadores de pneus a destinação final após a vida útil (exemplo: produto descartado para reciclagem na formulação de novos produtos como asfalto e tijolos), razão para praticamente não existirem nos dias atuais pneus abandonados em rios e ruas; b) através da Lei nº 7.892/1989 e do regulamento pelo Decreto nº 4.074/2002 ficou previsto entre outros aspectos a destinação final dos resíduos e embalagem de agrotóxicos, sendo outro modelo de acordo setorial com 80% das embalagens comercializadas destinadas corretamente; além desses, existem outros acordos implantados, como o de óleos lubrificantes usados (até 2019, foram coletados 38,45% dos litros utilizados) e de pilhas e baterias (até 2019, 172 toneladas coletadas) e outros em implementação pelo CONAMA. 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