Buscar

aula equilibrio acido base LMedi

Prévia do material em texto

Equilíbrio ácido-base 
Objetivos da aula de hoje 
1. Entender o que são distúrbios ácido-básicos e saber 
interpretar esses tipos de distúrbios na prática clínica; 
 
 
Equilíbrio ácido-base (sangue) 
Para que componentes do sangue funcionem 
adequadamente, a concentração de uma série de 
produtos deve estar finamente regulada, um exemplo é a 
concentração de íons H+. Essa concentração é 
determinada pelo pH, de uma maneira inversamente 
proporcional. 
pH = potencial hidrogeniônico 
pH do sangue = 7,4 em média 
Faixa aceitável: 7,35 - 7,45 (levemente alcalino) 
↑ pH ↓ H+ → alcalose 
↓ pH ↑ H+ → acidose 
Equilíbrio ácido-base 
IMPORTÂNCIA CLÍNICA 
pH do sangue = 7,4 em média 
Faixa aceitável: 7,35 - 7,45 (levemente alcalino) 
↑ pH ↓ H+ → alcalose 
↓ pH ↑ H+ → acidose 
 
Incompatibilidade com a vida: 
Mínimo aceitável: até 6,85 
Máximo aceitável: até 7,95 
Equilíbrio ácido-base 
Controle respiratório 
Controle metabólico 
Distúrbios ácido-base 
ALCALOSE pH > 7,45 
• Respiratória: maior eliminação de CO2, redução 
de CO2 no sangue; 
• Metabólica: maior absorção e maior 
concentração de bicarbonato; 
ACIDOSE pH < 7,35 
• Respiratória: menor eliminação do CO2, 
aumento de CO2 no sangue; 
• Metabólica: menor absorção e menor 
concentração de bicarbonato. 
Equilíbrio ácido-base 
Controle respiratório 
Controle metabólico 
Alcalose Respiratória 
Características: 
• Alcalose: Condição em que o pH está mais elevado; 
• Respiratória: maior excreção de CO2, menor 
concentração de CO2 no sangue. 
Causas: 
 Hiperventilação (respiração rápida e profunda); 
 Ansiedade, dor. 
Alcalose Respiratória 
Diagnóstico 
 
Clínico: 
 Observação e diálogo com o paciente; 
GASOMETRIA: 
 Sangue arterial: 
 pCO2 reduzido; 
 pH aumentado. 
Alcalose Respiratória 
Sinais e sintomas: 
• Sensação de formigueiro em volta dos lábios e do 
rosto; 
• O paciente pode se sentir a parte da realidade. 
Tratamento: 
• Reduzir a velocidade da respiração; 
• Respirar dentro de um saco de papel. 
Alcalose Metabólica 
Características: 
• Alcalose: Condição em que o pH está mais elevado; 
• Metabólica: menor concentração de ácidos, maior 
concentração de bicarbonato. 
Causas: 
• Ingestão em excesso de substâncias alcalinas 
(bicarbonato de sódio); 
• Vômito em excesso (perda de ácido do estômago). 
Alcalose Metabólica 
Diagnóstico 
GASOMETRIA: 
 Sangue arterial: 
 aumento do pH; 
 Sangue venoso: 
 aumento de bicarbonato. 
Alcalose Metabólica 
Sinais e sintomas: 
• Pode ser assintomático; 
• Irritabilidade; 
• Contrações musculares / espasmos. 
Tratamento: 
• Reposição de água e eletrólitos (sódio e potássio); 
• Tratamento da causa base; 
• Forma grave: ácido diluído (cloreto de amônio) i.v. 
Acidose Respiratória 
Características: 
• Acidose: Condição em que o pH está mais reduzido; 
• Respiratória: menor excreção de CO2, maior 
concentração de CO2 no sangue. 
Causas: 
 Hipoventilação (respiração fraca e lenta); 
 Doenças pulmonares: 
• Asma. 
Acidose Respiratória 
DIAGNÓSTICO 
GASOMETRIA 
 Sangue arterial: 
 pCO2 elevado; 
 pH reduzido. 
Acidose Respiratória 
Sinais e sintomas: 
• Dor de cabeça e sonolência; 
• Pode levar ao coma. 
Tratamento: 
• Inalação; 
• Medicamentos que melhoram a respiração; 
• Respiração artificial – Ventilação mecânica. 
Acidose Metabólica 
Características: 
• Acidose: Condição em que o pH está mais reduzido; 
• Metabólica: maior concentração de ácidos, menor 
concentração de bicarbonato. 
Causas: 
 Ingestão de ácido (substâncias venenosas); 
 Produção de ácidos pelo corpo → Cetoacidose → 
Diabetes Mellitus. 
Acidose Metabólica 
Diagnóstico 
GASOMETRIA: 
 Sangue arterial: 
 redução do pH; 
 Sangue venoso: 
 redução de bicarbonato. 
Acidose Metabólica 
Sinais e sintomas: 
• Pode ser assintomático; 
• Respiração mais profunda e mais rápida; 
• Pode levar ao coma. 
Tratamento: 
• Diálise / administração de bicarbonato; 
• Tratamento da causa base. 
Distúrbios do equilíbrio ácido-base 
Equilíbrio ácido-base 
Controle respiratório 
Controle metabólico 
Gasometria 
Aferição química da quantidade de gases presentes 
em uma mistura. Pode ser venosa ou arterial. 
Aplicações: 
 Avaliação da oxigenação / trocas gasosas; 
 Avaliação do equilíbrio ácido-base. 
Solicitado nas seguintes situações: 
 Sintomas ou problemas respiratórios e/ou 
metabólicos (renais). 
Exames complementares: 
 Eletrólitos (equilíbrio eletrolítico), glicose (diabetes), 
ureia e creatinina (função renal). 
GASOMETRIA 
Coleta de Sangue Venoso x Sangue Arterial 
Anticoagulante = heparina 
• Sangue venoso é rico em CO2, logo é mais ácido; 
• Sangue arterial reflete melhor o valor de pH; 
• Sangue venoso é mais simples de ser coletado; 
• Sangue arterial exige um cuidado maior na hora da 
coleta. Locais de coleta: Artéria radial (próxima ao 
punho), artéria braquial ou femoral. 
• Sangue venoso pode ser coletado para análise dos 
sais (bicarbonato, entre outros); 
• Sangue arterial é importante para avaliar a 
concentração de oxigênio e ventilação (oxigenação) 
do indivíduo e o estado ácido-básico também. 
GASOMETRIA 
Coleta de Sangue Venoso x Sangue Arterial 
Coleta de Sangue Venoso x Sangue Arterial 
Interferências 
Jejum: 
• Sangue venoso: não é necessário jejum nem 
preparativos especiais. 
• Sangue arterial: não é necessário jejum nem 
preparativos especiais. 
Interferentes: 
• Sangue venoso: atividade física. 
• Sangue arterial: atividade física. 
Perguntas para Reflexão 
1. Como um paciente diabético entra em cetoacidose? 
Que tipo de distúrbio ácido-básico é esse? 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
MOTTA, Valter T.. Bioquímica Clínica para o Laboratório. 5. ed. Rio de Janeiro: 
Medbook, 2009. 
 
McPHERSON, Richard A. PINCUS, Mathew R.. Diagnósticos Clínicos e tratamento por 
métodos laboratoriais de Henry. 21. ed. São Paulo: Manole, 2013. 
STRASINGER, S., URINÁLISE E FLUÍDOS CORPORAIS, 5ª EDIÇÃO, São Paulo, LMP, 
2009 
 
 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
COMPRI-NARDY, Mariane; STELLA, Mércia Breda; OLIVEIRA, Carolina de. Práticas de 
laboratório de Bioquímica e Biofísica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 
ANDRIOLO, Adagmar. Medicina laboratorial. 2. ed. São Paulo: Manole, 2008. 321 p. 
(Guia de Medicina ambulatorial e hospitalar da Unifesp-EPM). 
 
ESTRIDGE, Barbara H.;REYNOLDS, Anna P. Técnicas Básicas de laboratório clínico 5. 
Ed, Porto Alegre, Artmed, 2008. 
 
Referências Bibliográficas

Continue navegando