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Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da __Vara Cível da Comarca de xxx ITO KAKITO, nacionalidade xxx, estado civil xxx, profissão xxx, portador da cédula de identidade n˚xxx – SSP/xx, inscrito no CPF sob o n˚ 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua xxx, xx, no bairro xxx, Município xxx, Estado xxx, por sua advogada infra-assinado, conforme instrumento procuratório em anexo, com endereço profissional sito na Rua xxx, xx, no bairro xxx, Município xxx, Estado xxx, local onde receberá a intimações que se fizerem necessárias, vem, pela presente, com fundamento nos arts. 19 ss do Código Processual Civil, e demais dispositivos legais aplicáveis à matéria, propor: AÇÃO DE CONSIGNAÇAO EM PAGAMENTO C/C ADJUDICAÇAO COMPULSÓRIA Contra GERMOSITO, nacionalidade xxx, estado civil xxx, profissão xxx, portador da cédula de identidade n˚xxx – SSP/xx, inscrito no CPF sob o n˚ 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua xxx, xx, no bairro xxx, Município xxx, Estado xxx, LUCAS SKAYALKER, nacionalidade xxx, estado civil xxx, profissão xxx, portador da cédula de identidade n˚xxx – SSP/xx, inscrito no CPF sob o n˚ 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua xxx, xx, no bairro xxx, Município xxx, Estado xxx, de acordo com os motivos fáticos e jurídicos abaixo aduzidos: DOS FATOS O autor, aqui identificado como CONCEDENTE,é proprietário e legítimo possuidor do imóvel urbano medindo 1.500 m² e devidamente registrado no cartório de registro local. O CONCEDENTE, por um ato de amizade, generosidade e boa-fé, cedeu a superfície da área acima mencionada a GERMOSITO, que a partir daí vamos identificá-lo como SUPERFICIÁRIO o mesmo poderia construir e lá residir por 20 anos. De fato, a residência foi construída e a concessão de superfície foi formalizada através de escritura pública devidamente registrada em cartório no dia 01/03/2015, todavia o SUPERFICIÁRIO, de forma arbitrária, decidiu VENDER sua concessão à LUCAS SKAYALKER pelo valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), inclusive realizando escritura pública que foi registrada em 29/05/2021. O CONCEDENTE só tomou conhecimento do ocorrido porque percebeu uma movimentação no sobredito imóvel e desconfiado foi até o cartório solicitar uma certidão de inteiro teor do imóvel, que se comprovou com na matrícula do seu imóvel a transferência daquela superfície para LUCAS SKAYALKER, pessoa esta totalmente estranha ao CONCEDENTE. É importante salientar que a venda da área foi realizada de forma irregular pois não obedeceu ao processo estabelecido no ENUNCIADO 510 JDC que é premissa básica para este tipo de negócio jurídico: 1) Notificar o CONCEDENTE; 2) Não assegurar o direito de o CONCEDENTE adjudicar para si o Bem; 3) E para fazer jus ao seu direito de preferência no negócio jurídico, segue em anexo o comprovante de depósito judicial do valor de R$80.000,00 (Oitenta mil reais) que corresponde ao valor negociado entre o SUPERFICIÁRIO e LUCAS SKAYALKER. DA NULIDADE DOS ATOS ESCRITURAIS Objetivando a solução adequada à proteção do seu patrimônio, resguardando-se de demoras e de outros percalços que possam lhe causar dificuldades processuais, com amparo no art. 204 da Lei n˚ 216, de 30 de junho de 1975 (Lei de Registros Públicos), o CONCEDENTE decidiu propor a presente ação, perseguindo o reconhecimento da nulidade do negócio jurídico, diante do desfalque do seu elemento subjetivo (efetiva participação do verdadeiro e único proprietário dos bens imóveis). AÇAO CABIVEL: AÇÃO DE “nulidade é o que mais consulta os interesses gerais e dos figurantes, porque, não vedando a entrada do suporte fático no mundo jurídico, evita que se faça depender de verificação in casu a resposta à questão da existência ou inexistência, e, negando-lhe efeitos desde logo e concebendo como nulo, e não só anulável, o negócio jurídico, permite a alegabilidade pelos interessados, quaisquer, e de ofício. Constitui, portanto, a aquisição técnica de primeira ordem à classificação do ilícito como causa de nulidade (...) a infração é a regra jurídica que proíbe o negócio jurídico em si mesmo” (destacamos). Nessa mesma toada, o art. 214 da Lei de Registros Públicos é taxativo ao estabelecer que: “As nulidades de pleno direito do registro, uma vez provadas, invalidam-no, independentemente de ação direta”. No caso concreto, a má-fé contra o CONCEDENTE é indiscutível, evidenciando a necessidade do reconhecimento da nulidade de atos jurídicos, para plena preservação do direito de propriedade, elevado à condição de direito fundamental pela CF de 1988 (inciso XX do seu art. 5º). Para embasar o pedido, reproduzimos julgado proferido sobre a matéria: “Constatado que a compra e venda do imóvel foi realizada à revelia da verdadeira proprietária, deve ser declarado nulo o negócio jurídico, retornando as partes ao status quo ante” (Apelação Cível no 229839, 4ª Turma Cível do TJDF). DO PEDIDO Pelo exposto, demonstrado o preenchimento dos requisitos legais aplicáveis à matéria, o peticionário requer se digne Vossa Excelência a: 1. Designar dia e hora para a realização da audiência de conciliação, com fundamento no art. 334 da lei processual, determinando o aperfeiçoamento da citação dos réus, nos endereços anteriormente fornecidos, para que, querendo, contestem a ação no prazo legal, sob pena de revelia. 2. Ao final, JULGAR PROCEDENTE a ação, declarando e reconhecendo a nulidade do negócio do negócio jurídico, além de condenar os réus ao pagamento das custas, das despesas processuais e dos honorários advocatícios. 3. Condenar os réus, de forma solidária, a efetuar o pagamento da indenização por danos morais, no valor de R$80.000,00 (Oitenta mil reais). Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, tais como a juntada de novos documentos, a tomada do depoimento pessoal dos réus, sob pena de confesso, e a oitiva de testemunhas. Dá à causa o valor de R$ xxxx,xx (por extenso reais). Nestes termos. Pede deferimento. Balsas, 25 de junho de 2021. _____________________________________ CLEANE MACIEL/OAB Nº XXX _________________________________________ ELINE NASCIMENTO/OAB Nº XXX _________________________________________ FÁBIO JÚNIOR/oab nº xxx _____________________________________ WELLINGTON OLIVEIRA/oab nº xxx
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