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Revisão
Módulo 3
LMF
1° semana
•Anatomia do pâncreas
•Fisiologia do pâncreas 
•Pâncreas exócrino e suas funções 
•Características das ilhotas de langehans
•Funções das ilhotas de langehans 
•Composição da molécula de insulina 
•Processo de síntese de insulina 
•Como a insulina encontra a célula-alvo (Descreva o processo)
•Estimulação da insulina 
•Estimulação do glucagon
•Histologia do pâncreas 
2° semana
•Anatomia da Tireoide
•Fisiologia da Tireoide 
•Células da Tireoide 
•Funções endocrinas da tireoide
•Processo de formação dos hormônios tireoidianos
•Histologia da tireoide
•Composição da tiroxina
•Liberação da tiroxina
•Composição da triodontironina
•Liberação da triodontironina
•Ação dos hormônios tireoidianos
•Mecanismo de regulação da produção dos hormônios tireoidianos em relação ao TSH
•Efeitos específicos sobre a tireoide 
3° semana
•Anatomia das Glândulas Adrenais 
•Morfofisiologia das Glândulas Adrenais 
•Características histologicas das Glândulas Adrenais
•Sintese/Armazenamento/Secreção dos hormônios do Cortex Adrenal
•Histologia da Medula Adrenal
•Sintese/Armazenamento/Secreção da Medula Adrenal
•Ação da Aldosterona
•Ação do Cortisol
•Histologia das Glândulas Adrenais 
4° semana
•Características do tecido adiposo 
•Diferentes tipos de tecido adiposo 
•Deposição e Mobilização dos lipídios 
 -De onde são provenientes 
 -Como são transportados 
 -Como é realizado o armazenamento 
•Mecanismo de controle da mobilização 
1° semana
•Anatomia do pâncreas
•Fisiologia do pâncreas 
•Pâncreas exócrino e suas funções 
•Características das ilhotas de langehans
•Funções das ilhotas de langehans 
•Composição da molécula de insulina 
•Processo de síntese de insulina 
•Como a insulina encontra a célula-alvo (Descreva o processo)
•Estimulação da insulina 
•Estimulação do glucagon
•Histologia do pâncreas 
Anatomia do pâncreas 
Fisiologia do pâncreas 
•O pâncreas exócrino corresponde à maior parte da massa pancreática, constituída basicamente por células 
acinares, organizadas na forma de ácinos. As células acinares sintetizam enzimas digestivas, em sua forma inativa, tais 
como amilases, proteases, lipases e nucleares. Essas enzimas são secretadas nos ductos pancreáticos e 
transportadas até o duodeno, onde são ativadas. As células dos ductos produzem mucina e fluidos ricos em 
bicarbonato, úteis na neutralização do conteúdo ácido estomacal. Amilase pancreática (para carboidratos), lipase 
pancreática (para gordura), tripsinogênio e quimiotripsinogênio (para proteínas). 
•A função endócrina do pâncreas é desempenhada por aglomerados de células, dispersas no tecido acinar 
pancreático, denominados Ilhotas de Langerhans.
Existem pelo menos 6 tipos de células pancreáticas descritas:
Alfa;
Beta;
Delta;
Delta1;
PP;
G;
Épsilon.
Glucagon;
Insulina e amilina;
Somatostatina;
Polipeptídeo intestinal vasoativo;
Polipeptídeo pancreático;
Gastrina;
Grelina.
Devido aos capilares fenestrados que são responsáveis por essa vascularização e possibilitam que os hormônios 
secretados rapidamente atinjam a circulação, essas células ficam expostas a altas concentrações de insuli- na, 
provocando uma inibição na síntese de glucagon. As ilhotas são ricamente inervadas por fibras provenientes do sistema 
nervoso autônomo, simpáticas e parassimpáticas, as quais desempenham um papel fundamental na modulação da 
secreção hormonal através de neurotransmissores e neuropeptídios.
Ele é um órgão retroperitoneal, formado por 
cinco partes e por um sistema interno de 
ductos. O pâncreas é vascularizado pelas 
artérias pancreáticas, e é inervado pelo nervo 
vago, plexo celíaco e plexo mesentérico 
superior.
As células das ilhotas pancreáticas interagem entre si, permitindo regular e sincronizar a liberação hormonal. O mecanismo 
ainda não está totalmente escla- recido, porém existem algumas possibilidades, sendo elas:
a) “célula-a-célula”, via comunicações juncionais, permitindo a passagem de moléculas e íons, despolarização da membrana e 
propagação de estímulos.
b) O padrão de microvasculatura da ilhota pancreática. O fluxo sanguíneo arterial do centro à periferia permite melhor ação da 
insulina nas células α e Ƴ.
c) Interação parácrina, por difusão facilitada pelo interstício.
Composição da molécula de insulina 
A insulina é um hormônio produzido pelas células beta do pâncreas que se relaciona com o controle de glicose no 
sangue. A insulina é um hormônio proteico produzido no pâncreas, mais precisamente em grupos celulares chamados de 
ilhotas pancreáticas. Nas ilhotas, há células alfa e células beta, sendo essas últimas responsáveis pela secreção da 
insulina. A insulina está relacionada com o controle de glicose no sangue. Esse hormônio, que atua praticamente em 
todas as células do corpo, estimula a absorção de glicose pela célula. A insulina liga-se a um receptor presente na 
membrana plasmática das células. A ligação gera um sinal que garante um aumento da captação da glicose
Síntese de insulina
A insulina é sintetizada no REG das células beta a partir de uma cadeia polipeptídica, a pré-pró-insulina, uma molécula 
de alta densidade e pouca compactação, que sofre clivagem enzimática de um fragmento de polipeptídeo e se 
transforma em pró-insulina.
Esse novo produto segue para o Complexo de Golgi das células B, é clivado/auto-excisão e tem a separação do 
peptídeo C(conector) e da insulina de fato. Todavia, eles são armazenados juntos em grânulos secretórios, revestidos por 
clatrinas e aguardam a sinalização da glicose extracelular. 
Então, a partir da efetivação da sinalização, a glicose é transportada para dentro das células B pelo transportador 
GLUT2, que tem baixa afinidade por glicose, mas alta capacidade de transportá-la. Agora dentro da célula, a glicose é 
fosforilada a glicose-6-fosfato, pela enzima  glicoquinase, depois ela é oxidada e forma ATP, que é um fator importante 
para secreção de insulina. 
O ATP fecha os canais de (K+) na membrana celular sensíveis a essa moeda energética, causando uma despolarização 
da mesma. Isso propicia a entrada de (Ca+) sensíveis à voltagem, seguindo seu gradiente  eletroquímico. 
Esse aumento da concentração de (Ca+) causa a secreção, de fato, da insulina, que vai se deslocando do Comp. de 
Golgi para a membrana celular, perdendo as clatrinas no seu revestimento. Então, ocorre sua exocitose, com ajuda das 
fibras do citoesqueleto, por meio de seus grânulos, os quais entram na circulação êntero-hepática e já sofrem uma 
degradação de 50% por insulinases específicas, depois entram na circulação sistêmica. 
Como a insulina encontra a célula-alvo (Descreva o processo)
A insulina guia a glicose para local específico e se liga aos receptores de membrana, como o ENPP-1, o qual 
transfere a insulina para dentro da célula e permite a ligação dela com uma outra proteína, a IRS, que irá fosforilar a 
insulina e permitir sua utilização pelo GLUT4, para, finalmente, a entrada da glicose dentro da célula.  As 
concentrações dos hormônios peptídicos dentro dos grânulos de secreção são tão altas que os conteúdos das 
vesículas são virtualmente cristalinos. Quando o conteúdo desses grânulos é liberado por exocitose, uma grande 
quantidade desses hormônios é disponibilizada repentinamente. Os capilares são fenestrados, pemitindo assim que 
as moléculas secretadas do hormônio entrem facilmente na corrente circulatória, sendo transportadas até as 
células-alvo, ou seja, as células responsáveis pela regulação dos estoques de nutrientes no organismo (células 
hepáticas, musculares e tecido adiposo).
Estimulação da insulina 
A insulina estimula a captação da glicose 
pelas células. No fígado, estimula a 
captação da glicose e sua conversão em 
glicogênio, diminuindo a concentração de 
glicose no sangue. Quando a glicemia está 
elevada, ocorre aumento da secreção de 
insulina. Insulina atua no metabolismo de 
lipídios e proteínas
Estimulação do glucagon
O glucagon ativa a enzima que 
fraciona o glicogênio do fígado e 
libera glicose para o sangue, 
elevando a glicemia. Sua produçãoaumenta quando há diminuição da 
concentralização sanguínea de 
glicose: durante períodos de jejum
Os hormônios insulina e glucagon agem de modo antagônico no controle da glicemia. A insulina controla a hiperglicemia 
e o glucagon controla a hipoglicemia.
Histologia do pâncreas 
O pâncreas é uma glândula mista, com parte exócrina e endócrina. A porção exócrina, onde são produzidas enzimas 
digestivas. A unidade morfofuncional do pâncreas exócrino é o ácino seroso, formado por células piramidais com núcleos 
arredondados localizados na base da célula. A parte endócrina, onde são secretados hormônios, é formada pelas ilhotas 
pancreáticas (Ilhotas de Langerhans). Estas são grupos arredondados de células, dispostas em cordões, em volta dos 
quais existe uma abundante rede de capilares sanguíneos com células endoteliais fenestradas, situados entre os ácinos 
secretores.
Extra: Produção de bicarbonato nos ductos pancreáticos
2° semana
•Anatomia da Tireoide
•Fisiologia da Tireoide 
•Células da Tireoide 
•Funções endocrinas da tireoide
•Processo de formação dos hormônios tireoidianos
•Histologia da tireoide
•Composição da tiroxina
•Liberação da tiroxina
•Composição da triodontironina
•Liberação da triodontironina
•Ação dos hormônios tireoidianos
•Mecanismo de regulação da produção dos hormônios tireoidianos em relação ao TSH
•Efeitos específicos sobre a tireoide 
•Anatomia da Tireoide
A glândula tireoide é uma glândula única, que se situa 
anteriormente à traqueia, entre a cartilagem cricóidea 
e a incisura supraesternal, entre a 5ª vértebra cervical 
e a 1ª torácica. Possui dois lobos conectados por um 
istmo, e quatro glândulas paratireoides na região 
posterior, produtoras do paratormônio.
A glândula tireoide é revestida por uma cápsula de 
tecido conjuntivo. A tireoide é um órgão ricamente 
vascularizado, cuja irrigação é feita pelas artérias 
tireoideas superiores e inferiores. A inervação da 
tireoide é derivada dos gânglios simpáticos cervicais 
superiores, médios e inferiores
•Fisiologia da Tireoide 
A tireoide é responsável pela produção e secreção de dois hormônios principais, a tiroxina também chamada de T4 
e a Triiodotironina ou T3 que basicamente aumentam, de forma intensa, o metabolismo do organismo. OT3 é o 
hormônio mais biologicamente ativo, e portanto, o maior responsável pelas ações fisiológicas.
•Células da Tireoide 
As células deste tipo de glândula endócrina formam a parede de pequenas esferas denominadas folículos, onde no seu 
interior se acumula a secreção. No menor aumento, pode-se observar a cápsula de tecido conjuntivo denso e os 
delicados septos conjuntivos derivados da cápsula, dividindo a glândula em lóbulos. Ao maior aumento, observa-se o 
parênquima da tireóide constituído de folículos tireoidianos e células C ou células parafoliculares. Os folículos 
tireoidianos são revestidos por células epiteliais cuboides dispostas em uma única camada caracterizando o epitélio 
simples cúbico, cujas células foliculares secretam para o interior dos folículos uma substância denominada colóide, que 
contém os precursores do hormônio tiroidiano.
•Funções endocrinas da tireoide
Os hormônios tireoidianos ficam armazenados e apresentam um sistema de regulação, que é controlado pelo eixo 
hipotalâmico-hipofisário. Basicamente, o que acontece é o seguinte: o hipotálamo inicia a cadeia através da 
produção do hormônio liberador de tireotrofina (TRH) e esse, por sua vez, atua sobre a hipófise induzindo à produção 
de um outro hormônio que é o hormônio estimulador da tireoide ou tireotrópico (TSH).
A partir daí, o que acontece é que esse hormônio cai na circulação sanguínea e segue até os folículos tireoidianos, 
onde ele vai estimular a produção e a secreção de T3 e T4. A tireoide é uma glândula bilobada que se situa na porção 
anterior do pescoço e cuja principal função é produzir os hormônios tireoidianos T3 e T4, sendo que para tal, ela 
conta com uma unidade funcional que é o folículo tireoidiano.
Esse folículo é uma estrutura mais ou menos esférica e que tem uma pare de composta pelas chamadas “células 
foliculares” ou “tirócitos”, as grandes responsáveis por produzir os hormônios tireoidianos. Já no interior desses 
folículos se encontra uma substância gelatinosa que é o coloide, onde todos esses hormônios ficam armazenados 
até o momento em que a glândula decide liberá-los na circulação.
T3 e T4 atuam como inibidores de TRH e TSH. Assim, toda vez que eles estiverem altos, o hipotálamo e a hipófise 
vão ser inibidos e não vai haver estímulos para produção de hormônios tireoidianos.
Por outro lado, quando os níveis de T3 e T4 estiverem baixos, é como se essa inibição cessasse e aí vai haver mais 
produção de TRH e TSH para regular a liberação de T3 e T4.
As células foliculares produzem dois hormônios: tiroxina, que também é chamada de tetraiodotiro-
nina, ou T, porque contém quatro átomos de iodo, e tri-iodotironina, ou Ts, que contém três átomos de iodo. T, e
T, também são conhecidos como hormônios tireoidianos.
Os hormônios tireoidianos regulam (1) o uso de oxigênio e a taxa metabólica basal, (2) o metabolismo celular e (3) 
o crescimento e o desenvolvimento. Algumas células, chamadas células parafoliculares, ou células C, podem 
estar engastadas no folículo ou situadas entre os folículos. Produzem o hormônio calcitonina, que ajuda a regular 
a homeostasia do cálcio.
•Processo de formação dos hormônios tireoidianos
O primeiro estágio na formação dos hormônios tireoidianos, é o transporte de iodeto do sangue para as células e 
folículos glandulares da tireoide. A membrana basal das células tireoidianas tem a capacidade específica de 
bombear, ativamente, iodeto para o interior da célula. Isso é realizado pela ação de simporte de sódio-iodeto (NIS), 
que cotransporta um íon iodeto junto com dois íons sódio, através da membrana baso- lateral (plasma) para a 
célula. A energia para transportar iodeto contra o gradiente de concentração vem da bomba de sódio-potássio-
ATPase, que bombeia sódio para fora da célula, instituindo desse modo baixa concentração de sódio intracelular e 
gradiente de difusão facilitada para dentro da célula.
Esse processo de concentração do iodeto na célula é chamado de captação de iodeto. Na glândula normal, a 
concentração de iodeto gerada pela bomba é cerca de 30 vezes maior que a do sangue. Quando a atividade da 
tireoide atinge seu máximo, essa concentração pode se elevar para até 250 vezes. A captação de iodeto pela 
tireoide é influenciada por diversos fatores, dos quais o mais importante é o TSH; esse hormônio estimula a 
atividade da bomba de iodeto nas células tireoidianas, enquanto a hipofisectomia a reduz de forma considerável.
O iodeto é transportado para fora das células da tireoide pela membrana apical para o folículo, por meio de 
molécula contratransportadora de íons cloreto-iodeto chamada de pendrina. As células epiteliais da tireoide podem 
também secretar tiroglobulina para o folículo que contém aminoácidos de tirosina a que o iodeto vai se ligar.
•Composição da tiroxina e tri-iodontironina
A tiroxina (T4) e a tri-iodotironina (T3) são hormônios sintetizados pela glândula endócrina tireoidea, localizada na 
região anterior do pescoço lateralmente à laringe e à traqueia, tendo secreção regulada por estímulos 
tireoideoprópico (tireotrofina), produzida pela hipófise.
Liberação de Tiroxina e Tri-iodotironina pela Tireoide
A própria tireoglobulina não é liberada para a circulação em quantidades mensuráveis; ela é primeiro clivada formando
tiroxina e tri-iodotironina e esses hormônios livres são liberados. Esse processo ocorre da seguinte forma: a
superfície apical das células da tireoide emite pseudópodos que cercam pequenas porções do coloide, formando
vesículas pinocíticas que penetram pelo ápice da célula. Então, lisossomos no citoplasma celular imediatamente se
fundem com as vesículas, formando vesículas digestivas que contêm as enzimas digestivas dos lisossomos
misturadas com o coloide. Múltiplas proteases entre as enzimasdigerem as moléculas de tireoglobulina e liberam 
tiroxina e tri-iodotironina, em sua forma livre. Então, estas se difundem pela base da célula tireoidiana, para os capilares 
adjacentes. Assim, os hormônios tireoidianos são liberados no sangue.
Cerca de três quartos da tirosina iodada na tireoglobulina jamais se tornam hormônios, permanecendo como 
monoiodotirosina e di-iodotirosina. Durante a digestão da molécula de tireoglobulina, causando a liberação de tiroxina e 
tri-iodotironina, essas tirosinas iodadas também são liberadas das moléculas de tireoglobulina. Entretanto, não são 
secretadas para o sangue. Ao contrário, seu iodo é clivado pela enzima deiodinase, que disponibiliza praticamente todo 
o iodo para a reciclagem na glândula e a formação de novas moléculas de hormônios tireoidianos. Na ausência 
congênita da deiodinase, muitas pessoas podem apresentar deficiência de iodo devido à falha desse processo de 
reciclagem.
Efeitos Fisiológicos dos Hormônios Tireoidianos
•Aumentam a Transcrição de um Grande Número de Genes
O efeito geral dos hormônios tireoidianos consiste em ativar a transcrição nuclear de grande número de genes. 
Portanto, em praticamente todas as células do organismo é sintetizado grande número de enzimas, proteínas 
estruturais, transporte de proteínas e outras substâncias. O resultado final é o aumento generalizado da atividade 
funcional de todo o organismo.
•Ativam Receptores Nucleares
Os receptores de hormônio tireoidiano estão ligados às fitas genéticas de DNA ou se localizam próximos a elas. O 
receptor do hormônio tireoidiano, em geral, forma heterodímero com o receptor de retinoide X (RXR) nos
elementos específicos de resposta hormonal tireoidiana no DNA. Ao se ligarem ao hormônio tireoidiano, os receptores 
são ativados e iniciam o processo de transcrição.
•Aumentam a Atividade Metabólica Celular
Os hormônios tireoidianos aumentam a atividade metabólica de quase todos os tecidos corporais. O metabolismo 
basal pode aumentar por 60% a 100% acima do normal quando é secretada grande quantidade de hormônios. A 
velocidade de utilização dos alimentos para a produção de energia é muito acelerada. Embora a velocidade da síntese 
proteica seja aumentada, a velocidade do seu catabolismo também se eleva, simultaneamente. A velocidade do 
crescimento de pessoas jovens também tem grande aumento. Os processos mentais são estimulados, bem como a 
atividade da maior parte das demais glândulas endócrinas.
•Crescimento
O efeito do hormônio tireoidiano sobre o crescimento se manifesta principalmente em crianças. Nas que apresentam 
hipotireoidismo, o crescimento fica muito retardado. Já, nas com hipertireoidismo, frequentemente ocorre crescimento 
esquelético excessivo, tornando a crianca consideravelmente alta em idade precoce. Entretanto, os ossos também 
maturam com mais velocidade e as epífises se fecham precocemente, de modo que a duração do crescimento e a 
altura final do adulto podem ser reduzidas. Importante efeito do hormônio tireoidiano é a promoção do crescimento e 
desenvolvimento do cérebro durante a vida fetal e nos primeiros anos de vida pós-natal.
•Estímulo do Metabolismo de Carboidratos. 
O hormônio tireoidiano estimula quase todos os aspectos do metabolismo de carboidratos, incluindo a captação 
rápida de glicose pelas células, o aumento da glicólise, da glico-neogênese, da absorção pelo trato gastrointestinal e, 
até mesmo, da secreção de insulina, com seus efeitos secundários resultantes sobre o metabolismo de carboidratos. 
Todos esses efeitos, provavelmente, resultam do aumento geral das enzimas metabólicas celulares causado pelo 
hormônio tireoidiano.
•Estímulo do Metabolismo de Lipídios. 
Praticamente, todos os aspectos do metabolismo de lipídios são estimulados sob influência do hormônio tireoidiano. 
De forma particular, os lipídios são rapidamente mobilizados do tecido adiposo, o que reduz os acúmulos de gordura 
do organismo, de modo mais acentuado que os de qualquer outro elemento tecidual. Isso também aumenta a 
concentração de ácidos graxos livres no plasma e acelera, de modo acentuado, sua oxidação pelas células.
•Efeito sobre os Lipídios Plasmáticos e Hepáticos.
O aumento do hormônio tireoidiano reduz as concentrações de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos no plasma,
embora aumente a de ácidos graxos livres. Ao contrário, a redução da secreção tireoidiana aumenta 
consideravelmente as concentrações plasmáticas de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos e, quase sempre, também 
provoca o depósito excessivo de lipídios no fígado.
•Redução do Peso Corporal. 
Quantidade muito elevada de hormônio tireoidiano quase sempre reduz o peso corporal e quantidade muito reduzida, 
quase sempre, o aumenta; esses efeitos não ocorrem sempre porque o hormônio tireoidiano também aumenta o 
apetite, o que pode compensar a variação do metabolismo.
•Aumento do fluxo sanguíneo e débito cardíaco 
•Aumento da frequência cardíaca 
•Aumento da motilidade gástrica
•Mecanismo de regulação da produção dos hormônios tireoidianos em relação ao 
TSH e Efeitos específicos sobre a tireoide 
Além dos HTs que inibem a síntese e secreção de TSH, o mais importante regulador vem a ser um hormônio 
hipotalâmico, o hormônio liberador de TSH, que estimula a síntese e secreção de TSH, sendo também inibido 
pelos HTs.
Outros hormônios, peptídeos e neurotransmissores produzidos no hipotálamo ou outras regiões do sistema 
nervoso central desempenham um papel mo- dulador na regulação do TSH, como a somatostatina, a adrenalina 
e noradrenalina, a dopamina, a substância P. Outros peptídeos, produzidos na própria hipófise têm um papel 
parácrino ou autócrino sobre a secreção de TSH, tais como a neuromedina B e o peptídeo liberador de gastrina 
(GRP). Substâncias que são liberadas em situações de infecção e estresse, tais como as interleuci- nas, o 
cortisol, substância P, também influenciam a secreção de TSH. Moduladores da regulação da fome e saciedade, 
tais como a leptina, a galanina, a orexina, o hormônio liberador de corticotrofina (CRH), o hormônio estimulador 
dos melanócitos (MSH), também modulam a secreção desse hormônio.
Todas estas substâncias têm uma razão em mo- dular a secreção de TSH, já que este é o principal re- gulador 
dos HTs e estes desempenham importante papel em basicamente todas as funções do organismo, tais como o 
crescimento e desenvolvimento somático e neural, a termogênese, o metabolismo intermediário e a função 
sexual. Com tal abrangência de funções não é surpreendente que o principal determinante de sua pro- dução, o 
TSH, possua uma multiplicidade de mecanismos regulatórios que permitam que a secreção dos HTs seja 
ajustada adequadamente em diferentes situações nas quais é exigida a sua atuação. Além disso, recentemente 
se tem demonstrado que a regulação hormonal pode ser programada em períodos críticos da vida de um 
organismo, especialmente na gestação, lactação e infância, predispondo o organismo a melhor se adaptar 
durante a vida, a situações nutricionais, emocionais ou físicas, encontradas no período neonatal.
Seus efeitos específicos sobre a tireoide são:
•Aumento da proteólise da tireoglobulina já armazenada nos folículos, com o resultante aumento da liberação 
dos hormônios tireoidianos para o sangue circulante e diminuição da própria substância folicular.
•Aumento da atividade da bomba de iodeto que aumenta a "captação de iodeto" pelas células glandulares, às 
vezes, elevando a proporção entre as concentrações intra- e extracelular de iodeto na substância glandular, para 
até oito vezes o normal.
•Aumento da iodização da tirosina, formando os hormônios tireoidianos
•Aumento do tamanho e atividade secretória das células tireoidianas
•Aumento do número de células tireoidianas, além da transformação de células cuboides em colunares e 
grande pregueamento do epitélio tireoidiano nos folículos.
Em resumo, o TSH aumenta todas as atividades secre-tórias conhecidas das células glandulares tireoidianas.
O efeito precoce mais importanteapós a administração de TSH é o início da proteólise da tireoglobulina que 
provoca a liberação de tiroxina e tri-iodotironina no sangue, após 30 minutos. Os demais efeitos levam horas, ou 
até mesmo dias e semanas para se desenvolver plenamente.
3° semana
•Anatomia das Glândulas Adrenais 
•Morfofisiologia das Glândulas Adrenais 
•Características histologicas das Glândulas Adrenais
•Sintese/Armazenamento/Secreção dos hormônios do Cortex Adrenal
•Histologia da Medula Adrenal
•Sintese/Armazenamento/Secreção da Medula Adrenal
•Ação da Aldosterona
•Ação do Cortisol
•Histologia das Glândulas Adrenais 
•Anatomia das Glândulas Adrenais 
•As glândulas adrenais ou suprarrenais são duas glândulas endócrinas situadas crânio-medialmente aos rins. Elas 
respondem ao stress por meio da síntese e liberação de corticosteróides, como o cortisol, e de catecolaminas, como a 
adrenalina, a noradrenalina e a dopamina. 
•As adrenais são duas glândulas pequenas, localizadas acima dos rins (esquerdo e direito) que medem apenas 5 cm 
cada uma delas. São constituídas pelo córtex, originadas do tecido mesodérmico, e medula, originada de uma 
subpopulação de células da crista neural.
•O suprimento sanguíneo para essas glândulas provem das artérias suprarrenais superior, média e inferior.
•A medula da adrenal pode ser considerada um gânglio do sistema nervoso simpático, que, em resposta à 
estimulação dos neurônios simpáticos pré-ganglionares e à liberação de acetilcolina, estimula a produção e a 
liberação de catecolaminas.
Os hormônios das adrenais     
•Catecolaminas: 
As catecolaminas são hormônios derivados de um aminoácido, sendo sintetizadas a partir do aminoácido tirosina. A 
liberação representa uma resposta direta à estimulação nervosa simpática da medula suprarrenal, estas são 
fundamentais na resposta de estresse a uma agressão física ou psicológica.
Efeitos fisiológicos: consistem em alerta, dilatação das pupilas, piloereção, sudorese, dilatação brônquica, taquicardia, 
inibição da atividade do músculo liso e constrição dos esfincteres no trato gastrintestinal.
•Glicocorticóides: 
O principal glicocorticóide é o cortisol. A síntese dos glicocorticóides é estimulada pelo ACTH ( hormônio 
adrenocorticotrópico) hipofisário, regulado pelo CRH hipotalâmico. 
O cortisol tem efeito antiinflamatório e antialérgico, causando a redução da hiperemia, da resposta celular, da formação 
de fibroblastos e da liberação de histamina. Possuem importante resposta às situações de estresse. 
Os glicocorticóides têm efeito metabólico sobre os glicídios, lipídios e proteínas.
-O efeito primário sobre os glicídios é o aumento da gliconeogênese e da síntese de glicogênio. 
-Em relação às proteínas, há aumento do catabolismo protéico, levando a um aumento no nitrogênio urinário. 
-No metabolismo dos lipídeos o cortisol estimula a lipólise, facilitando a ação dos hormônios ativadores da lipase, 
como o glucagon, a adrenalina e o GH.
•Androgênios:
 São produzidos na zona reticular e é controlada pelo ACTH atrvés do eixo hipófise-hipotálamo. São representados 
pela dehidroepiandrosterona (DHEA) e a androstenediona, os estrógenos e a progesterona. 
•Mineralocorticóides: 
A aldosterona age na regulação da homeostase dos eletrólitos no líquido extracelular, principalmente sódio (Na) e 
potássio (K). São reguladas predominantemente pela angiotensina II e pelo K+ extracelular, bem como em menor grau, 
pelo ACTH. O principal estímulo fisiológico para a liberação de aldosterona consiste em uma redução do volume 
sanguíneo intravascular.
A medula da adrenal pode ser considerada um gânglio do sistema nervoso simpático, que, em resposta à estimulação 
dos neurônios simpáticos pré-ganglionares e à liberação de acetilcolina, estimula a produção e a liberação de 
catecolaminas.
Histologia das adrenais 
As células do córtex adrenal têm a ultraestrutura típica de células secretoras de esteroides em que a organela 
predominante é o retículo endoplasmático liso. As células do córtex não armazenam os seus produtos de secreção 
em grânulos, pois a maior parte de seus hormônios esteroides é sintetizada após estímulo e secretada logo em 
seguida. Os esteroides, sendo moléculas de baixo peso molecular e solúveis em lipídios, podem difundir-se pela 
membrana celular e não são excretados por exocitose.
Em virtude de diferenças na disposição e na aparência de suas células, o córtex adrenal pode ser subdividido em 
três camadas concêntricas cujos limites nem sempre são perfeitamente definidos em humanos: a zona 
glomerulosa, a zona fasciculada e a zona reticulada. Essas camadas ocupam, respectivamente, em torno de 15%, 
65% e 7% do volume total das glândulas adrenais.
A zona glomerulosa se situa imediatamente abaixo da cápsula de tecido conjuntivo e é composta de células 
piramidais ou colunares, organizadas em cordões que têm forma de arcos envolvidos por capilares sanguíneos.
A zona fasciculada por causa do arranjo das células em cordões de uma ou duas células de espessura, retos e 
regulares, semelhantes a feixes, entremeados por capilares e dispostos perpendicularmente à superfície do órgão. 
As células da zona fasciculada são poliédricas, contêm um grande número de gotículas de lipídios no citoplasma e 
aparecem vacuoladas em preparações histológicas rotineiras devido à dissolução de lipídios durante a preparação 
do
tecido. Por causa dessa vacuolização, essas células são também chamadas espongiócitos.
A zona reticulada, a região mais interna do córtex situada entre a zona fasciculada e a medula, contém células 
dispostas em cordões irregulares que formam uma rede anastomosada. Essas células são menores que as das 
outras duas camadas e contêm menos gotas de lipídios que as da zona fasciculada. Grânulos de pigmento de 
lipofuscina são grandes e bastante numerosos nessas células em adultos.
•Sintese/Armazenamento/Secreção dos hormônios do Cortex Adrenal
Os hormônios secretados pelo córtex, em sua maioria, são esteroides, hormónios lipídicos formados pelas células a 
partir do colesterol. A síntese de colesterol é feita principalmente a partir de acetilcoenzima A e ocorre no retículo 
endoplasmático liso em vários locais do corpo, especialmente no fígado.
A maior parte do colesterol utilizado pelas células do córtex adrenal é originada do plasma e convertida em uma 
molécula mais complexa, a pregnenolona. As enzimas associadas à síntese de progesterona e de desoxicorticosterona 
a partir de pregnenolona estão no retículo endoplasmático liso; as enzimas que, por sua vez, convertem 
desoxicorticosterona em aldosterona situam-se nas mitocôndrias um claro exemplo de colaboração entre duas 
organelas celulares.
Os esteroides secretados pelo córtex podem ser divididos em três grupos, de acordo com suas ações fisiológicas 
principais: glicocorticoides, mineralocorticoides e andrógenos. A zona glomerulosa secreta o principal 
mineralocorticoide, a aldosterona, importante hormônio que contribui para manter o equilíbrio de sódio e potássio e de 
água no organismo, e consequentemente dos níveis de pressão arterial. A aldosterona age principalmente nos túbulos 
contorcidos distais dos rins e também na mucosa gástrica, nas glândulas salivares e sudoríparas, estimulando a 
absorção de sódio pelas células desses locais.
Os glicocorticoides, dentre os quais um dos mais importantes é o cortisol, são secretados principalmente pelas células 
da zona fasciculada e em menor grau por células da zona reticulada. Os glicocorticoides regulam o metabolismo de 
carboidratos, proteínas e lipídios, exercendo, portanto, ações no organismo inteiro. Os glicocorticoides também 
suprimem a resposta imune. O sistema de defesa do organismo e o córtex adrenal estão, portanto, associados, porque 
o cortisol tem propriedades antiinflamatórias por inibição de atividade dos leucócitos, por supressão de citocinas e 
também por ação imunossupressora. Alguns glicocorticoides também apresentam atividade mineralocorticoide, porém 
de maneira mais fraca que a aldosterona. A zona reticulada produzandrógenos (principalmente deidroepiandrosterona) 
e, em menor grau, mineralocorticoides.
O controle inicial da secreção pelo córtex adrenal ocorre pela liberação de hormônio liberador de corticotropina (CRH) 
na eminência mediana da hipófise. Esse é transportado para a pars distalis da hipófise, onde estimula as células 
corticotróficas a secretarem hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), também chamado de corticotropina, que estimula a 
síntese e a secreção de hormônios no córtex adrenal. Glicocorticoides circulantes podem inibir a secreção de ACTH 
tanto no nível do hipotálamo como da hipófise. A secreção de aldosterona depende principalmente de outros fatores, 
primariamente da angiotensina II do sistema renina-angiotensina.
Histologia da Medula Adrenal e Sintese/Armazenamento/Secreção da Medula Adrenal
A medula adrenal é composta de células poliédricas organizadas em cordões ou aglomerados arredondados, 
sustentados por uma rede de fibras reticulares. Além das células do parênquima, há células ganglionares 
parassimpáticas.
Todas essas células são envolvidas por uma abundante rede de vasos sanguíneos.
As células do parênquima se originam de células da crista neural, as quais aparecem durante a formação do tubo 
neural na vida embrionária, e que migraram para o interior da adrenal, constituindo lá a camada medular.
O citoplasma das células da medular têm grânulos de secreção que contêm epinefrina ou norepinefrina, 
pertencentes a uma classe de substâncias denominadas catecolaminas. Os grânulos também contêm trifosfato de 
adenosina (ATP), proteínas chamadas cromograninas (que podem servir como proteína de ligação para 
catecolaminas), dopamina beta-hidroxilase (que converte dopamina em norepinefrina) e peptídios semelhantes a 
opiáceos (encefalinas). Há evidências que indicam que a epinefrina e a norepinefrina são secretadas por diferentes 
células da medula. Todas as células da medula adrenal são inervadas por terminações colinérgicas de neurônios 
simpáticos pré-ganglionares.
Controle de secreção e ações dos hormônios da adrenal
Ao contrário das células do córtex, que não armazenam esteroides, as células da medula armazenam os seus 
hormônios em grânulos. Epinefrina e norepinefrina podem ser secretadas em grandes quantidades em resposta a 
intensas reações emocionais (p. ex., susto, pânico). A secreção dessas substâncias é mediada pelas fibras pré-
ganglionares que inervam as células da medula.
Vasoconstrição, hipertensão, alterações da frequência cardíaca e efeitos metabólicos, como elevação da taxa de 
glicose no sangue, resultam da secreção de catecolaminas na circulação sanguínea.
Esses efeitos são parte da reação de defesa do organismo frente a situações de emergência. Durante atividade 
normal da medula, pode haver secreção contínua de pequenas quantidades desses hormonios.
O córtex suprarrenal é responsável pela produção dos hormônios cortisol e aldosterona.
Cortisol: estimula a formação de carboidratos a partir de proteínas e outras substâncias, processo chamado de 
gliconeogênese. Esse hormônio também diminui a utilização de glicose pelas células, aumenta o armazenamento 
de glicogênio pelo fígado, mobiliza ácidos graxos que serão úteis na produção de glicose e impede o 
desenvolvimento de inflamações.
Aldosterona: auxilia na retenção de sódio, agindo no equilíbrio dos líquidos. Glândulas salivares e sudoríparas 
sofrem a influência desse hormônio na retenção de sódio, enquanto que ele também interfere na absorção de 
sódio pelo intestino. Aumenta a reabsorção de potássio.
Ação da Aldosterona e Cortisol
4° semana
•Características do tecido adiposo 
•Diferentes tipos de tecido adiposo 
•Deposição e Mobilização dos lipídios 
 -De onde são provenientes 
 -Como são transportados 
 -Como é realizado o armazenamento 
•Mecanismo de controle da mobilização 
•Características do tecido adiposo 
O tecido adiposo é um tipo especial de conjuntivo no qual predominam células adiposas (adipócitos). Essas células 
podem ser encontradas isoladas ou em pequenos grupos no tecido conjuntivo frouxo; porém, a maioria forma grandes 
agregados, constituindo o tecido adiposo distribuído pelo corpo. A porcentagem de tecido adiposo no corpo depende 
muito da faixa etária individual, mesmo em pessoas em seu peso ideal.
No tecido adiposo estão depositadas moléculas de triglicerídios, ou triacilgliceróis (TAG), que são constituídas pela 
ligação de uma molécula de glicerol e três moléculas de ácidos graxos. São substâncias apolares, hidrofóbicas e 
insolúveis em água, também chamadas de gordura neutra. Essas moléculas podem ser metabolizadas para extrair a 
energia contida nas ligações entre seus átomos. As células hepáticas e o músculo esquelético também acumulam 
reservas energéticas, mas sob a forma de glicogênio. Como os depósitos de glicogênio são menores, os grandes 
depósitos de TAG do tecido adiposo são as principais reservas de energia do organismo.
Os triglicerídios são mais eficientes como reserva energética, pois fornecem mais energia por grama de suas moléculas 
do que o glicogênio. Os triglicerídios do tecido adiposo não são depósitos estáveis, mas se renovam continuamente, e o 
tecido é muito influenciado por estímulos nervosos e hormonais
Há duas variedades de tecido adiposo, que apresentam distribuição, estrutura, fisiologia e patologia diferentes. Uma 
delas é o tecido adiposo comum, amarelo ou unilocular, cujas células, quando completamente desenvolvidas, 
contêm apenas uma grande gotícula de gordura que ocupa quase todo o citoplasma. A outra variedade é o tecido 
adiposo pardo ou multilocular, formado por células que contêm numerosas pequenas gotículas lipídicas e muitas 
mitocôndrias.
•Diferentes tipos de tecido adiposo 
Funções do tecido adiposo
O tecido adiposo apresenta as funções de isolante térmico, de proteção dos órgãos contra choques mecânicos e 
de reserva energética. A gordura constitui uma forma eficiente de armazenamento de calorias porque apresenta 
cerca do dobro da densidade calórica dos carboidratos e das proteínas.
Tecido adiposo unilocular
O nome unilocular é pelo fato de que cada adipócito encontra-se repleto de uma única e grande gotícula 
lipídica de gordura neutra. A cor do tecido unilocular varia entre o branco e o amarelo-escuro, dependendo da 
dieta. Essa coloração deve-se principalmente ao acúmulo de caroteno dissolvidos nas gotículas de gordura. 
Praticamente todo o tecido adiposo presente em humanos adultos é do tipo unilocular. Seu acúmulo em certos 
locais é influenciado pelo sexo e pela idade da pessoa.
As funções são de reserva energética, de isolante térmico e de proteção contra choques dos órgãos vitais. Ele 
forma o panículo adiposo, que é uma camada isolante que se localiza abaixo da derme da pele. É mais 
espesso em indivíduos que vivem em climas árticos. O tecido adiposo unilocular se localiza em maior 
quantidade sob a pele do abdome (em maior quantidade no omento, mesentério e no espaço retroperitonial), 
nádegas, axilas, coxas e nas mamas. O tecido adiposo unilocular é também um órgão secretor. Sintetiza 
várias moléculas como a leptina, que é um hormônio protéico constituído por 164 aminoácidos. Diversas 
células no cérebro e em outros órgãos tem receptores para a leptina. Esta molécula participa da regulação da 
quantidade de tecido adiposo no corpo e da ingestão de alimentos. A leptina atua principalmente no 
hipotálamo, diminuindo a ingestão de alimentos e aumentando o gasto de energia.
O tecido adiposo multilocular é chamado também de tecido adiposo pardo, por sua cor característica. Essa cor é 
devida à vascularização abundante e às numerosas mitocôndrias presentes em suas células. Por serem ricas em 
citocromos, as mitocôndrias têm a cor avermelhada. Ao contrário do tecido unilocular, que é encontrado por quase 
todo o corpo, o tecido pardo é de distribuição limitada, localizando-se em áreas determinadas. Esse tecido é 
abundante nos animais que hibernam, onde foi chamado glândula hibernante (designação inapropriada). As célulasdo 
tecido adiposo multilocular são menores que as do tecido adiposo comum e tem forma poligonal, o citoplasma é 
carregado de gotículas lipídicas de vários tamanhos e contém numerosas mitocôndrias, cujas cristas são 
particularmente longas, podendo ocupar toda a espessura da mitocôndria, apresentam o núcleo arredondado e 
centralizado. No tecido adiposo multilocular as células tomam um arranjo elipsóide, formando massas compactas em 
associação com capilares sanguíneos, lembrando as glândulas endócrinas. O tecido adiposo multilocular é 
especializado na produção de calor, tendo papel importante nos mamíferos que hibernam. Em humanos, a função 
deste tecido está restrita aos primeiros meses de vida pós-natal. Durante esse tempo, o tecido adiposo multilocular 
produz calor, protegendo o recém nascido contra o frio.
Tecido adiposo multilocular
Deposição e mobilização dos lipídios
Conforme já mencionado, os depósitos de TAG do organismo são dinâmicos, sendo removidos e acrescentados 
constantemente. Em caso de necessidade energética, a retirada dos lipídios não se faz por igual em todos os locais. 
Primeiro, são mobilizados os depósitos subcutâneos, os do mesentério e os retroperitoneais, enquanto o tecido adiposo 
localizado nos coxins das mãos e dos pés, assim como no fundo das órbitas dos olhos, resiste a longos períodos de 
desnutrição.
 De onde são provenientes 
•Absorvidos da alimentação e levados até as células adiposas pela circulação sanguínea na forma de 
triglicerídios, formando as partículas dos quilomícrons
•Oriundos do fígado e transportados pela circulação até o tecido adiposo, sob a forma de triglicerídios 
constituintes das lipoproteínas de pequeno peso molecular 
•Formados pela síntese nas próprias células adiposas a partir da glicose. Esse processo, denominado 
lipogênese, inicia-se pela síntese de ácidos graxos a partir de moléculas de acetilcoenzima A (acetil-CoA) 
(constituídas de dois átomos de carbono) obtidas de várias fontes, principalmente glicose. Ácidos graxos são 
esterificados com uma molécula de glicerol, formando uma molécula de TAG.
Como são transportados 
Os triglicerídios são transportados no sangue principalmente sob a forma de quilomícrons e outras lipoproteínas . Na 
superfície dos capilares do tecido adiposo, essas lipoproteínas são clivadas pela enzima lipase lipoproteica, liberando 
ácidos graxos e glicerol. Essas duas moléculas se difundem do capilar para o citoplasma do adipócito, onde formam 
triglicerídios, que são depositados em gotículas. Norepinefrina liberada nas terminações nervosas estimula o sistema 
intracelular de monofosfato de adenosina cíclico (cAMP), que ativa a enzima lipase sensível a hormônio. Essa enzima 
hidrolisa os triglicerídios, formando ácidos graxos livres e glicerol. Essas duas substâncias difundem-se para o interior do 
capilar, no qual os ácidos graxos se ligam à porção hidrofóbica das moléculas de albumina para serem distribuídos para 
tecidos em que serão utilizados como fonte de energia. O glicerol permanece livre no sangue e é captado principalmente 
pelo fígado.
•Mecanismo de controle da mobilização 
Na época da saída da hibernação, ao ser estimulado pela liberação de norepinefrina nas terminações nervosas abundantes 
em torno das suas células, o tecido adiposo multilocular acelera a lipólise e a oxidação dos ácidos graxos presentes em 
suas células. Neste tecido, ao contrário do que ocorre em outros, a oxidação dos ácidos graxos produz principalmente 
calor e pouco trifosfato de adenosina (ATP). Isso se deve ao fato de suas mitocôndrias terem, nas suas membranas 
internas, uma proteína transmembrana chamada termogenina, ou UCP 1. Ela possibilita que os prótons transportados para 
o espaço intermembranoso voltem para a matriz mitocondrial sem que passem pelo sistema de ATP sintetase existente nos 
corpúsculos elementares das mitocôndrias. Em consequência, a energia gerada pelo fluxo de prótons não é usada para 
sintetizar ATP, sendo dissipada como calor. O calor aquece o sangue contido na extensa rede capilar do tecido multilocular 
e é distribuído por todo o corpo, aquecendo diversos órgãos.

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