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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Sp2 e Sp3- micro Distúrbios do início da gravidez Aborto espontâneo O aborto espontâneo ou aborto ocorre a interrupção da gestação, é definido como a perda gravidez antes de 20 semana de gestação. • 1 0 a 1 5 % d a s g e s t a ç õ e s c l i n i c a m e n t e c o m p r o v a d a s terminam em aborto espontâneo. • 80% dos abortos espontâneos ocorrem antes das 12a semana de gestação. • 66,7% das mulheres que sofrem aborto possui gestação a termo em 5 anos. As causas do aborto espontâneo pode ser devido anormalidades genéticas; infecções maternas; distúrbios endócr inos mate rnos ; f a to res uterinos; fatores tóxicos e traumas. As causas do aborto espontâneo são tanto fetais quanto maternas. Anomalias cromossômicas como aneuploidia, poliploidia e translocações estão presentes em aproximadamente 50% dos abortos precoces. Defeitos genéticos mais sutis, para os quais testes genéticos de rotina não es tão p ron tamen te d i spon íve i s , respondem por uma fração adicional de abortos. Fatores maternos incluem defeito da fase lútea, diabetes inadequadamente controlado e outros distúrbios endócrinos não corrigidos. Defeitos físicos do útero, como leiomiomas submucosos, pólipos uterinos ou malformações uterinas podem impedir uma implantação a d e q u a d a p a r a s u p o r t a r o desenvolvimento fetal. Distúrbios sistêmicos que afetem a vasculatura materna, como a síndrome do an t i co rpo an t i fos fo l ip íd io , 1 Distúrbios gestacionais CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA coagulopatias e hipertensão, podem predispor ao aborto. Finalmente, infecções por bactérias como Toxoplasma, Mycoplasma e Listeria, assim como infecções virais, também foram implicadas como causas de aborto. A infecção ascendente é particularmente comum em perdas do segundo trimestre. C o n t u d o , e m m u i t o s c a s o s o s mecanismos que levam à perda inicial da gravidez ainda são desconhecidos. A aneuploidia (número cromossômico anormal) é a anormalidade genética mais comum sendo responsável por até 50% dos abortamentos clínicos. As trissomias corresponde a 56% dos abortos, sendo a mais comum a trissomia do 16. T r i s s o m i a s e n c o n t r a d a s n o cromossomo 21 (síndrome de down), 18 (síndrome de Edward) e 13 (síndrome de patau). Possuem taxas de sobrevivências de 22,5 e 3% ao nascimento. Pode ocorrer Poliploidias sendo muito cromossomos formados como 69, o normal seria 46 cromossomos. As poliploidias tem 20% de frequência, tendo relação com as triploidias ocorrendo fertilizações por um gameta diploide. Pode ocorrer uma gestação anembrionária. A triploidia pode ocorrer por uma de três possibilidades: Quando dois espermatozoides fertilizam ao mesmo tempo um óvulo haploide normal ( d i s p e r m i a ) . Q u a n d o u m espermatozoide normal (haploide) fertiliza um óvulo que já possui um conjunto diploide anormal de cromossomos , por um erro na divisão celular materna. A gravidez anembrionária ou gravidez anembrionada trata-se de uma condição que ocorre quando um óvulo fertilizado se implanta no útero da mulher, mas não se desenvolve como embrião, gerando um saco gestacional vazio. 2 Patogênese do aborto espontâneo CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA • A monossomia do X tem frequência de 18% como a síndrome de Turner. Na patogênese as infecções maternas estão relacionadas como: • Protozoários: Toxoplasma gondii • Vírus: Vírus do herpes simples, citomegalovírus • Bactérias: Listeria monocytogenes Defeitos endócrinos relacionadas a fase materna como: • Defeitos da fase lutea • Hipotireoidismo • Hipertireoidismo (sendo a principal) • Diabetes mellitus insatisfatoriamente controlada Fatores uterinos também estão relacionados aos abortos expontâneos como: Anomalias congênitas que distorcem ou reduzem o tamanho da cavidade uterina. Podendo a mulher ter úteros com formatos diferentes sendo: útero unicorne (tendo menos ancoragem na placenta); útero bicorne e útero septado. • Os leiomiomas submucosos e p ó l i p o s e n d o m e t r i a i s e s t ã o relacionados aos fatores uterinos. 3 Redução da superfície de ancoragem, aumento do risco de descolamento da placenta e diminuição do crescimento intrauterino. CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Fatores tóxicos também estão r e l a c i o n a d o s a o s a b o r t o s expontâneos: Como os fármacos antineoplásicos, gases anestésicos, álcool, nicotina ou cocaína todos são Teratogênicos e comprometem a gravidez. Fatores como traumas também estão relacionados divido entre diretos e indiretos: Direto: Ocorre em traumas intensos, ocasionando uma lesão penetrante no útero. Indireto: Ocorre em casos como tumores ovarianos, tendo remoção cirúrgica de um ovário contendo o corpo. Sinais de ameaça de aborto Sangramento: discreto podendo ser leve ou persistencia. Dor: Leve Colo: Fechado (colo pervio) Batimento: > 100 Bpm. USG: saco gestacional, vesícula vitelínica e embrião. Deslocamento ovular: < 40% do diametro do saco gestacional. Dor: • Cólica baixa na linha média (cérvice fechado) • Dor lombar baixa + sensação de pressão pélvica • Desconforto lento na linha média suprapúbica USTV: • Saco gestacional (5,5 semana mede >10 mm e apresenta crescimento de 1 mm/dia) • Vesícula vitelínica + Embrião (5 e 6 semana) • Batimentos cardíacos (6 – 6,5 semana) Ocorre sangramento aumentado (cérvice aberto), cólica, colo aberto, ausência da 4 Classificação do aborto espontâneo Aborto inevitável CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA passagem dos produtos da concepção pelo canal vaginal. BCF<100 bpm. Passagem de alguns, porém não todos, produtos da concepção da cavidade uterina. Hipovilemia vista turva ocorre desmaio. • Sangramento e as cólicas geralmente prosseguem até todos os produtos da concepção terem sido expelidos. • Pode ocorrer forte dor e sangramento intenso. • Requer avaliação médica (cérvice aberto). Todos os produtos da concepção, passaram a partir da cavidade uterina. • Cérvice está fechada • Útero pequeno para IG • Espessura do endométrio <15mm Um leve sangramento e cólicas leves podem continuar durante algumas semanas. Produtos da concepção ficam retidos dentro do útero após a morte embrionária ou fetal. Frequentemente não existem sintomas. 3 semanas se não sair o aborto retido, precisa ser retirado realiza aspiração. 5 Aborto incompleto Aborto completo Aborto retido CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA A cérvice está fechada e os produtos da concepção permanecem in situ. Gravidez ectópica é o termo aplicado à implantação do feto em qualquer outro local diferente de uma localização intrauterina normal. Ocorre 1 em cada 150 gestação. Locais onde a implantação pode ocorrer: • Tuba uterina (~90%) mais comum • Porção intrauterina da tuba uterina • Ovário • Cavidade abdominal (ligamentos) • Cervical Condição predisponente: Doença inflamatória pélvica prévia (35% a 50% das pacientes). Doença inflamatória pélvica (DIP): Perder epitélio ciliado, ascenção de microrganismos do trato genital inferior para o útero, tubas uterinas e ovários. 6 Fisiopatologia Salpingite (inflamação na trompa) Pode resultar em dano aos cílios da tuba uterina e em bloqueio da tuba. Gravidez ectópica CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA 1. Implantação do blastocisto na tuba uterino 2. Trofoblasto invade a parede tubária (hematossalpinge) 3. D i s t e n s ã o d a t u b a u t e r i n a , a d e l g a ç a m e n t o e r u p t u r a (hemorragia intraperitoneal) Na doença inflamatória pélvica (DIP), os microrganismos ascendem do trato genital inferior, infectando e causando inflamação do útero, tubas uterinas e ovários. A salpingite pode resultar em dano aos cílios da tuba uterinae em bloqueio ou fechamento da tuba. A DIP também pode levar à formação de aderências entre os órgãos pélvicos. Outros fatores que levam à cicatrização e aderências peritubárias são apendicite, endometriose e cirurgia prévia. Em alguns casos, porém, as tubas uterinas são aparentemente normais. Dispositivos contraceptivos intrauterinos também aumentam o risco de gravidez ectópica em aproximadamente 2,5 vezes. 7 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Implantação no istmo: entre a 6a a 8a semana de desenvolvimento. Implantação na ampola: entre a 8a e 12a semana de desenvolvimento. Implantação no infundíbulo: entre a 12a e 16a semana de desenvolvimento. Curso clínico da gravidez ectópica (DIU pode causar também) O curso clínico da gravidez ectópica é marcado pelo início de dor abdominal grave, mais comumente cerca de 6 semanas após um período menstrual normal prévio, quando a ruptura da tuba uterina provoca hemorragia pélvica (emergência médica). A ruptura de uma gravidez tubária constitui uma emergência médica. Nestes casos, a paciente pode desenvolver rapidamente um choque hemorrágico com sinais de abdômen agudo, e o diagnóstico precoce é crítico. Testes de gonadotrofina coriônica, e s t u d o s d e u l t r a s s o m e laparoscopia podem ser úteis. Amostras de biópsia do endométrio podem ou não revelar alterações deciduais, mas – exceto no caso extremamente raro de gravidez dupla – não exibem vilos coriônicos ou evidência de um local de implantação. Em casos raros pode ocorrer regressão espontânea da gravidez e reabsorção de todo o concepto e extrusão do concepto pela extremidade fimbriada para a cavidade abdominal (aborto tubário). Distúrbios do final da gravidez Pré - eclâmpsia O agente causal a placenta falha no processo de implementação. A síndrome sistêmica caracterizada por disfunção endotelial materna difusa, m a n i f e s t a d a c l i n i c a m e n t e p o r 8 Rompimento da tuba uterina CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA hipertensão, edema e proteinúria durante a gravidez. A camada endotelial recobre os vasos sanguíneos levando a uma hipertensão, edema e proteinúria. A pré - eclâmpsia pode correr na 1 gestação. • A incidência da pré - eclâmpsia ocorre 3% a 5% nas gestastes. • Geralmente ocorre pré - eclâmpsia geralmente no último trimestre. • Muito comum em primíparas, grávidas pela primeira vez. A placenta desempenha um papel central na patogenia da síndrome. Os mecanismos exatos que levam ao desenvolvimento da pré-eclâmpsia ainda estão sendo investigados; contudo, está claro que a placenta desempenha um papel central na patogenia da síndrome, uma vez que os sintomas desaparecem rapidamente após a eliminação da placenta. Fatores derivados da placenta e liberados na circulação materna medeiam os seguintes efeitos: • Disfunção endotelial difusa • Va s o c o n s t r i ç ã o ( l e v a n d o à hipertensão) • Aumento da permeabilidade vascular (resultando em proteinúria e edema) Implantação trofoblástica anormal e falta de desenvolvimento das alterações fisiológicas nos vasos maternos. Placenta pouco equipada para satisfazer as maiores demandas circulatórias do final da gestação levando a isquemia placentária. Mais que 6 meses ocorre muita proliferação celular, bebê cresce 500g por semana. Maior resistência não muda para menor resistência atrapalhando no último trimestre ocorrendo hipoxia na placenta. 9 Fisiopatologia 1 evento da patogenia da pré-eclâmpsia: CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Em resposta à hipóxia, a placenta isquêmica libera fatores na circulação maternal. Ocorre um desequilíbrio nos fatores angiogênicos e antiangiogênicos circulantes que induzem a disfunção endotelial materna sistêmica e os sintomas clínicos da doença. Possui um aumento na concentração sanguínea de sFltl (receptor tirosina quinase semelhante a fms solúvel) e endoglina antiangiogênicos. Antagonista do endotelio vascular TGF - β; oxido nitrico NO diminui a consequência; Prostaglandina PEIg diminui vasoconstrição e aumenta a PA. 10 2 evento da patogenia da pré-eclâmpsia: (hipótese) CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Na pré - eclâmpsia não pode ter proteinúria na gestação, pode ser encontrado glomérulo que realiza manutenção. O VEGF não tem proliferação ele participa da manutenção endotelial de órgãos como rins, fígado e cérebro. No rim estimula a manutenção das fenestras endoteliais. Quando ocorre um lesão no endotélio renal tem proteinúria. O TGF - β não tem renovação, ocorre turbinamento. Fator de crescimento beta. Placenta em complicações obstétricas ( p r é - e c l â m p s i a ) . N a c a m a d a subendotelial (colágeno), endotélio e tecido conjuntivo. O Fator de von Willebrand (FVW) é uma proteína que participa em etapas da coagulação do sangue. Ele é responsável por funções importantes, como permitir a agregação das plaquetas onde há rompimentos de vasos sanguíneos, participando assim no início da coagulação. 11 Placenta em complicações obstétricas (pré-eclâmpsia). ↑ sFltl e endoglina ↓ VEGF e TFG-β ↓ Angiogênese ↓ NO e PGI2 Disfunção endotelial Hipercoagulabilidade CENTRO UNIVERSITÁRIO INTEGRADO MEDICINA Microangiopatia: • HB baixo (hemoglobina). • HT baixo (hematocrito). Anoxia - necrose - AST (severo distúrbio grave que eleva o AST e ALT); ALT (distúrbio leve). • Trombose de a r te r ío las e capilares pode ocorrer em todo o organismo, particularmente no fígado, rins, cérebro e hipófise. P o d e o c o r r e r inchaço nas pernas; proteína da urina ( p r o t e i n ú r i a ) e hipertensão. Pode ter em casos mais graves a síndrome de HELLP: ocorre uma elevação de enzima hepática, baixos números de plaquetas. Pode ter hipercoagulabilidade formando trombo. Hemólise (fragmentação das células do sangue) E l e v a ç ã o d a s e n z i m a s hepáticas Baixa contagem de plaquetas • Hemorragias subcapsulares e intraparenquimatosas. Formação de trombos de fibrina nos capilares portais e necrose hemorrágica. • A n e m i a h e m o l í t i c a microngiopática. • P a c i e n t e c o n v u l s i o n a n t e obstrução ou ruptura dos vasos. 12 34a semana de gestação H EL LP
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