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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR 6 SEMESTRE- CLASSE HOSPITALAR

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2
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
	POLO ABAÍRA
CURSO: LICENCIATURA PEDAGOGIA
AS PRÁTICAS DE LEITURA EM UMA CLASSE HOSPITALAR
 ANDRÉA SILVA ALVES 
 RA: 2362377405
Disciplinas norteadoras: Produção Textual Interdisciplinar Individual apresentada como exigência para avaliação parcial das disciplinas: Didática da História e Geografia, Didática do Ensino de Ciências, Educação em Ambientes não Escolares, Fundamentos da Gestão em Educação, Prática pedagógica: Infância e suas Linguagens, do 6º semestre do Curso de Pedagogia.
Tutora a Distância: Janilce Meire Gomes Muniz.
 
 
 
 ABAÍRA/BA
 2020
 Produção Textual Interdisciplinar Individual
AS PRÁTICAS DE LEITURA EM UMA CLASSE HOSPITALAR
 ANDRÉA SILVA ALVES 
 RA: 2362377405
 
 ABAÍRA
 2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO...............................................................................5
 2.1 PROJETO DE LEITURA .............................................................................11
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................14
4. REFERÊNCIAS...........................................................................................15
1. INTRODUÇÃO
Laura é professora-pedagoga dos anos iniciais do Ensino Fundamental há alguns anos. Ela atua na parte da manhã em uma escola municipal no interior de Minas Gerais e já trabalhou desde o 1º até o 5º ano. A professora recebeu um convite para lecionar para crianças hospitalizadas. Inicialmente, sentiu-se bastante insegura, já que nunca havia trabalhado em espaços não escolares, entretanto, resolveu vencer mais esse desafio e aceitou o convite. 
O presente trabalho objetiva demonstrar a relevância da prática pedagógica em ambientes não-escolares, pois ela possibilita o desenvolvimento educacional dessas crianças que tiveram seus estudos interrompidos por motivos de doenças. A ideia para esse projeto de educação não-formal é a “contação de histórias” em um ambiente hospitalar, possibilitando que cada indivíduo envolvido conte sua própria história, estimulando o imaginário, bem como a leitura, a interação e integração de todos, criando laços afetivos e aprendizados mútuos com as vivências de cada um, pois visa explorar as diferenças como parte integradora gerando respeito coletivo, socialização, compartilhamento e momentos de trocas, desenvolvendo o interesse pela leitura. É um trabalho conjunto que envolve além dos alunos-pacientes, a família, os profissionais da saúde e o pedagogo promovendo a humanização e, possivelmente auxiliando na recuperação destes.
2. DESENVOLVIMENTO
A professora Laura, fez pesquisas sobre a educação não formal e mais especificamente sobre classes hospitalares para desenvolver um projeto de leitura para crianças de 6- 10 anos.
As possibilidades de atuação do pedagogo em ambientes não escolares têm sido cada dia mais evidentes. Hospitais, empresas, ONGs, igrejas e associações buscam, com frequência, por esse tipo de profissional. Logo após a sua contratação, a professora Laura foi comunicada pela direção do hospital que ela deveria desenvolver um projeto de leitura no hospital, pois eles acreditavam que a leitura poderia ser um importante aliado no acompanhamento pedagógico a ser desenvolvido com as crianças.
A educação possui um campo de atuação vasto, ele não ocorre somente na escola. De acordo com a história, os espaços não escolares foram potencializados pelos movimentos educacionais, reconhecendo esses espaços como educativos, um desses espaços são os hospitais. Segundo Brandão:
 Uma das ideias mais fortes nos tempos de criação do que foi mais tarde chamado de educação popular, é a de que podendo ser uma prática social de competência especializada, a educação é também múltipla. Ela é plural, tem muitos rostos e serve a vários gostos. [...] Educa-se dentro e fora da sala de aulas, dentro e fora da escola (2002, p. 327)
É comum nos ambientes hospitalares, pessoas de várias idades, desde crianças até adultos que nunca frequentaram uma sala de aula e por conta disso muitas destas não são alfabetizadas, isso é mais recorrente em se tratando das classes mais populares. Por conta do tipo de trauma vivido, alguns são privados não só do convívio com a comunidade, mas também com a família. De acordo com Teixeira (2006, p.01):
Nos hospitais públicos brasileiros é possível encontrar quadros de extrema miséria da população e conhecer a realidade de muitas crianças e adolescentes enfermos que nunca frequentaram as escolas regulares [...] as escolas nos hospitais têm representado uma outra ordenação no sistema escolar para estes cidadãos.
Essa privação do convívio, desencadeia um processo psicológico negativo como: se sentir incapaz, sem expectativas de uma mudança, baixa auto estima e depressão, o medo e até vergonha do retorno ao convívio comunitário corroboram para um quadro de piora ou demora na recuperação. Para Paula (2007, p. 322):
As doenças não escolhem classe social, pois atingem crianças e adolescentes, indistintamente. Nos casos das doenças crônicas, as internações por longos períodos levam as crianças e adolescentes a permanecerem afastados de seus amigos, familiares, escola e objetos. Muitas vezes, a rudeza no tratamento, os procedimentos evasivos e as situações encontradas no hospital favorecem um afastamento do universo infanto-juvenil. Os pacientes ficam presos as suas patologias, a um ambiente que não é o seu, e a um destino incerto. (PAULA, 2007, p. 322)
A pedagogia hospitalar possibilita aos pacientes, a esperança para um possível recomeço de suas rotinas, ela auxilia instigando a inclusão e o saber lidar e aceitar as diferenças. É um trabalho humanitário. A explicação de Fonseca (2003, p.28) diz:
“para o aluno hospitalizado as relações de aprendizagem numa escola hospitalar são injeções de ânimo, remédio contra os sentimentos de abandono e isolamento, infusão de coragem, instilação de confiança no seu progresso e em suas capacidades”. Sendo assim as atividades educativas realizadas nos ambientes hospitalares acabam se transformando em motivadoras de esperanças e sonhos que haviam sido perdidos.
É extremamente relevante a atuação do pedagogo em ambientes escolares e não escolares, principalmente em hospitais. A pedagogia hospitalar surgiu há alguns anos inovando a área educativa. O pedagogo, atua nessa área, colocando em prática seu conhecimento acadêmico através de sua formação, permitindo às crianças experienciar uma educação humanizada.
É um direito de toda criança o acesso à educação. A Constituição Brasileira de 1988 lhes garante: 
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988, Artigo 205, p 134).
 No Brasil, as leis específicas para a Classe Hospitalar foram criadas na década de 90. Até então, essas classes eram regidas somente pela Constituição Federal de 1988 e, com base nela, a LDB- Lei de Diretrizes e Bases- 9.394/96 assegurava somente que a educação era direito de todos.
TÍTULO II Dos Princípios e Fins da Educação Nacional Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º.O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
 Uma das leis especificas criadas à partir da década de 90 foi o ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente-, que diz, no artigo 9 sobre o direito à educação: “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programa de educação para a saúde.” E também a Lei dos Direitos das Crianças e Adolescentes Hospitalizadas, com a Resolução nº 41 de 13 de outubro de 1995. A classe hospitalar, prevista na LDB 9.394/96, sugere uma educação inclusiva, para alunos com vários tipos de comorbidades, síndromes, deficiências várias e também àqueles alunos que estão impedidos de frequentar a escola por motivos de doenças ou longos tratamentos e precisem ficar internados.
 O MEC- Ministério da Educação- disponibilizou uma publicação em 2002, no Brasil, enfatizando que:
Tem direito ao atendimento escolar os alunos do ensino básico internados em hospital, em sérvios ambulatoriais de atenção integral à saúde ou em domicilio; alunos que estão impossibilitados de freqüentar a escola por razões de proteção à saúde ou segurança
 abrigados em casas de apoio, casas de passagem, casas-lar e residências terapêuticas.
 
Houve mudanças significativas no processo educativo que, por muitos anos se limitou somente ao espaço escolar. Com as transformações e evolução tecnológica ocorridas ao longo da história houve a necessidade de aperfeiçoamento dos saberes na sociedade capitalista para, posteriormente se transformar em lucros para os grandes empresários. Com esse avanço, houve também a necessidade de uma visão socialista e preocupação com o desenvolvimento educativo e, assim, aconteceu o envolvimento do profissional pedagogo nesses projetos e atividades, pois além de conhecedor das práticas de ensino ele sempre carregou um senso humanista e sociológico. Esse assunto, discutido por Carneiro e Maciel (s.d), diz:
[...] à medida que a sociedade se tornou tão complexa, há que se expandir a intencionalidade educativa para diversos contextos, abrangendo diferentes tipos de formação necessários ao exercício pleno da cidadania. Nessa perspectiva, as referências e reflexões sobre as diversas formas e meios de ação educativa deverão também constar do rol de atribuições de um pedagogo, e, mais que isto, referendar seu papel social transformador. (CARNEIRO E MACIEL, p. 2, s.d.)
A formação do pedagogo o possibilita atuar em vários ambientes, pois foi formado para interagir com a diversidade, para lidar de forma humanizada, comunicativa, dando ênfase aos processos de aprendizagem, métodos de ensino, entre outras características. Há certas coisas que só o pedagogo pode fazer por ter uma formação que abrange o crescimento humano em sua totalidade.
o grande desafio a que se submete o pedagogo atualmente é, utilizando-se de fundamentos de diversas áreas do conhecimento, elaborar categorias de análise para a apreensão e compreensão de variadas práticas pedagógicas que se desenvolvem em diversos contextos conforme as relações sociais de nossa época. (CARNEIRO E MACIEL, p. 3, s.d.).
Quando se trata de ser humano, o esforço do pedagogo torna-se cada vez mais desafiador. Resta a ele aprimorar seus conhecimentos, embasados numa visão de mundo ampla, atentando para o contexto político e econômico e sociocultural.
 
 A hospitalização causa distanciamento da rotina da criança como: brincar, ir à escola, conviver com os amigos e familiares. Essa situação é geradora de medos, incertezas, angustias e sem falar nas dores constantes que apresentam, desencadeadas pela doença e também pelos tratamentos que muitas vezes são agressivos, causando desconfortos.
 A leitura e a arte de contar histórias são recursos importantíssimos para se trabalhar em classes hospitalares. Por conter ludicidade, trabalhar o imaginário, elas propiciam uma melhora significativa nos tratamentos. SANTOS (2009, p. 8), declara que:
[...] literatura direcionada à criança hospitalizada pode atuar também como elemento desencadeador do processo catártico e terapêutico, isto é, pode minimizar os sentimentos de angústia, medo, isolamento, ansiedade, fragilidade física e emocional decorrentes da doença e internação. (SANTOS, 2009, p.8).
 
 A literatura infantil permite à criança o sonhar, possibilita uma viagem estando no mesmo lugar. Através da leitura, a criança se apropria de um mundo só seu, encontra no imaginário possibilidades de realizações em vários níveis. Ela sonha, através de uma boa história e vivencia, pois está presente na história, sonha com a superação das dificuldades, com dias melhores e isso permite ao leitor uma dose de ânimo, permite a esperança de recuperação e à volta a sua rotina. As histórias tem o poder de confortar, de fazer sonhar, transmitem afeto e acolhimento. FONTES E VASCONCELOS (2007, P.287) diz:
É por meio do brinquedo e do faz-de-conta que a criança ultrapassa os limites de sua própria compreensão, criando um mundo de desejos realizáveis. (FONTES e VASCONCELOS, 2007 p.287)
 A leitura permite a descoberta de lugares diferentes, jeitos de ser distintos, proporciona reconhecer a existência de outras culturas, nações, proporciona conhecer o mundo e suas maravilhosas diferenças. A contação de história abre um leque para a exteriorização de sensações e sentimentos, inspirando o ouvinte/leitor a ser um criador autônomo de sua realidade. ABRAMOVICH (1989, p.17) enfatiza que:
[…] é ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranquilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em que as ouve- com toda amplitude, significância e verdade que cada uma delas fez (ou não) brotar. Pois é ouvir, sentir e enxergar com os olhos imaginários.
 Mesmo sabendo que a literatura infantil nesse contexto é de extrema importância, são necessários alguns cuidados para o desenvolvimento desse trabalho, pois as crianças já se encontram tão fragilizadas emocionalmente que a escolha do material a ser usado não deva piorar suas condições. A escolha de um simples livro que contenha uma história triste, com morte da personagem no final ou que remetam ao medo e angústia podem agravar profundamente o quadro emocional do paciente. É necessário um anamnese dos alunos/pacientes para conhecer seus pontos mais sensíveis e mais fortes, assim é possível escolher um livro que auxilie no processo terapêutico e seja como uma injeção de ânimo nas crianças.
 A classe hospitalar deve ter um aspecto lúdico, aconchegante, com brinquedos e jogos e estimulantes visuais. As propostas educativas precisam ser lúdicas e recreativas, despertando o interesse ao aprendizado com entusiasmo e alegria.
A Lei Federal nº 11.104, de 21 de março de 2005, determina a obrigatoriedade de instalação de “Brinquedotecas” nos hospitais brasileiros. Esta Lei nasceu a partir da mobilização social pela humanização das unidades hospitalares e demonstra que a inclusão dos brinquedos e brincadeiras é fundamental para se alcançar plena assistência e eficiente tratamento terapêutico dado às crianças e adolescentes hospitalizados.
A “Brinquedoteca” é um espaço adaptado dentro da unidade hospitalar para oferecer às crianças a oportunidade de brincar, jogar, falar, rir e conviver com outras crianças de forma prazerosa, contribuindo para sua plena recuperação de saúde.
As brincadeiras e atividades lúdicas são extremamente importantes para o desenvolvimento intelectual e psicomotor das crianças. Assim, a “Brinquedoteca” servirá como um ambiente propício para o desenvolvimento de novas competências e aprendizado sobre o mundo, sobre as pessoas, e sobre si mesma. Uma gama enorme de atividades lúdicas e recreativas pode ser desenvolvida por profissionais que atuam na PedagogiaHospitalar (pedagogos, psicopedagogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais etc.) como a arte de contar histórias, brincadeiras tradicionais, jogos, dramatização, desenhos e pinturas, a continuação dos estudos no hospital.
 Segundo Cunha (2001), p. 13), o desafio contido nas situações lúdicas provoca o pensamento e leva a criança a alcançar níveis de desempenho que só as ações por motivação intrínseca conseguem.
 Assim, o pedagogo direcionando as atividades que despertam o interesse dos alunos/pacientes, de forma lúdica encontrará com certeza maneiras para um promissor ensino/aprendizagem.
2.1. Tema: Minha Própria História.
Justificativa: A principal motivação para a escolha desse projeto reside na importância que o tema possui para a sociedade, pois trata-se de um cenário frágil que requer projetos que desenvolvam a capacidade de educação de forma humanizada. Buscou-se, tratar desse assunto complexo a que o tema se refere baseado na legislação vigente e em pesquisas bibliográficas, buscando, com isso uma melhoria nas classes hospitalares tornando-as ambientes mais favoráveis ao aprendizado de forma lúdica e afetuosa.
· Objetivo geral: Despertar nos alunos o interesse pela leitura e contação de história propiciando um conhecimento de si e do outro; desenvolver atividades lúdicas e alegres para esquecer o cenário que está vivendo a fim de favorecer sua recuperação, colocando em prática o projeto “Leitura de Si Mesmo” como uma estratégia para melhorar o atendimento das crianças hospitalizadas, dentro de uma visão humanista em que se olha o paciente como um ser integral, que vai além do corpo físico, buscando atender suas necessidades físicas, psíquicas e sociais. 
Objetivos específicos: 
· Promover as relações interpessoais;
· Contar a própria história;
· Proporcionar o trabalho coletivo;
· Reconhecer-se diante da diversidade;
· Descobrir-se autor crítico de sua vida.
Metodologia: 
O projeto será desenvolvido através de uma abordagem prática sobre a importância da afetividade no desenvolvimento educacional na esfera de classe hospitalar e do conhecer-se diante de todas as diferenças existentes, aprimorando o gosto pela leitura, pela arte, pela contação de história.
No planejamento, a professora Laura, para colocar em prática seu projeto de leitura, está primeiramente a sugestão de apresentação de si e do outro, para uma possível interação e integração de todos de forma dinâmica e divertida. Obedecendo os limites e necessidade de cada paciente.
O primeiro passo será ouvir a história de vida de cada aluno, o que gosta de fazer, comer, qual brincadeira mais gosta, qual matéria escolar é a preferida, etc, e a professora anotando algumas particularidades.
A professora preocupada com o aprendizado dos alunos procura estimulá-los, direcionando o seu aprendizado e sempre acreditando na capacidade de cada indivíduo. Saltini (2008, p.102) fala também que: 
Seria ótimo manter um diálogo com a criança, em que se possa perceber o que está acontecendo, usando tanto o silêncio quanto o corpo, abraçando-a quando ela assim o permitir, compartilhar com os demais da classe os sentimentos que estão sendo evidenciados nesse instante é um trabalho quase terapêutico. {...}Dar oportunidade para a criança colocar seus sentimentos na escola, não apenas sua inteligência ou sua capacidade de aprender.
Após ouvir as crianças no primeiro momento, ela preparou para a aula seguinte uma proposta de produção textual com o tema “Minha própria história” e, aos que não são alfabetizados pediu para que falassem e ela escreveria.
A proposta da professora seria levar para cada aluno/paciente uma história de vida parecidas ou diferentes, mas que todas eram reais e, que as diferenças existem para se completarem. Assim, ela poderia começar seu trabalho. Com alguns dados de cada aluno, suas preferências, medos, e sonhos, a professora pode fazer escolhas dos livros a serem trabalhados, separando por idade e interesse.
Para os alunos de faixa etária:
6 anos- fase mágica: Histórias de repetição e acumulativas; Histórias de fadas.
7 anos: Histórias de crianças, animais e encantamento; Aventuras no ambiente próximo: família, comunidade; Histórias de fadas.
8 anos: Histórias de fadas com enredo mais elaborado; Histórias humorísticas.
9 anos: Histórias de fadas; Histórias vinculadas à realidade.
10 anos: Aventuras, narrativas de viagens, explorações, invenções; Fábulas, mitos, lendas.
Com aulas semanais, cumprindo o horário da 14:00hs às 17:00hs, a professora Laura separa a literatura a ser usda de acordo com a faixa etária, deu continuidade em seu projeto com alunos de 6-10 anos de idade. Preparando histórias que incentivassem as crianças a liberar o imaginário e também os fizessem acreditar em um futuro melhor.
Recursos didáticos: 
· caneta, literatura infantil, gêneros textuais, fábulas, histórias clássicas, poemas, atividades impressas, folhas A 4, piloto, vídeos educativos, fantoches, lápis de cor, tesoura, cola, EVA, cartolina, papel colorido, revista, jornais, jogos educativos, caderno, equipamentos eletrônicos audiovisuais, aventais, Cds, Dvds.
Avaliação: 
Através da avaliação diagnóstica para conhecer o perfil dos alunos, através de levantamento de necessidades e expectativas, possibilidades e limitações, se dará por meio da interação dos envolvidos de forma contínua e processual, levando em conta todas as etapas do processo. 
Referências: 
SALTINI, Cláudio J.P. Afetividade e Inteligência. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
Canal Tv Blumenau- Pedagogia Hospitalar: https://youtu.be/_2S5R6jGboM
Canal Multicultura- Classes Hospitalares: https://youtu.be/6AgP3sF_7Rw
Canal Complexo Pequeno Príncipe- Educação e Cultura no Hospital Pequeno Príncipe: https://youtu.be/SU9KK2Q-2es
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho objetivou mostrar como a literatura infantil, através de livros que abordam a temática da criança hospitalizada, pode ajudar no processo de tratamento. O processo de hospitalização provoca várias mudanças na vida da criança: a modificação do ambiente onde vivia como a saída de casa para um quarto de hospital, o afastamento da família, dos amigos e do ambiente escolar. Essa pesquisa foi muito importante e me permitiu conhecer um pouco do que é e como funciona uma classe hospitalar. Também possibilitou compreender como as histórias infantis podem ser usadas como um grande recurso pedagógico no processo de ensino e aprendizagem utilizado pelos pedagogos com as crianças e adolescentes. É notório que o trabalho executado pelos pedagogos em classes hospitalares é um trabalho de excelência, totalmente humanitário e social. As histórias são capazes de despertar o imaginário infantil, a criatividade e o gosto pela leitura e até mesmo, discussão, possibilitando um maior ânimo no enfrentamento de suas enfermidades. Nos momentos de contação da história a criança esquece o problema que está passando e isso, de certa forma auxilia em sua recuperação, pois são momentos prazerosos, divertidos. 
Fica claro que, o trabalho pedagógico em classes hospitalares é de suma importância não só para o aprendizado educacional, mas também um propulsor de esperança àqueles que sofrem com enfermidades, com o distanciamento familiar e comunitário e com a solidão e frieza do ambiente hospitalar. A pedagogia hospitalar tem o poder de despertar sonhos e, assim propiciar a reabilitação dos alunos/pacientes permitindo que esse processo de tratamento e retorno à sua rotina seja mais rápida.
4. REFERÊNCIAS
ABROMOVICH, Fany. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 2004
Brasil, Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Resolução 41/95.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A Educação Popular na Escola Cidadã. Petrópolis-RJ: Vozes, 2002.
BRASIL. Constituição da República da Brasil. 1988. Texto Constitucional de 05/10/1988 e ementas (versão atualizada).
CARNEIRO, Isabel Magda Said Pierre; MACIEL, Maria José Camelo. Pedagogia e Pedagogos em diferentes espaços: interdisciplinaridade pedagógica. (s.a.)CUNHA, Nylse Helena Silva.Brinquedoteca: um mergulho no brincar. 3. ed. São Paulo:Vetor,2001.
Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal 8.069 de 13 de julho de 1990. São Paulo, 1995.
FONSECA, Eneida. Atendimento escolar no ambiente hospitalar. São Paulo: Memnon, 2003.
FONTES, R.S. e VASCONCELLOS, V.M.R. O Papel da educação no Hospital: Uma reflexão com base nos estudos de Wallon e Vigotski. In: Educação da criança hospitalizada: As várias faces da pedagogia no contexto hospitalar. Cadernos Cedes, Campinas, vol.27, set/dez/ 2007, no.73 , p. 279-304.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://www.mec.gov.br
Ministério da Educação. Parecer sobre Diretrizes Curriculares para a Educação Especial. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: http://www.mec.gov.br
SALTINI, Cláudio J.P. Afetividade e Inteligência. Rio de Janeiro: Wak, 2008.
SANTOS, T. C. Literatura na Hospitalização Infantil: “Um Remédio Para Alma”. Monografia de Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Federal da Bahia. 
Orientação: Profa. Alessandra Barros, 2009. Disponível em: . Acesso em: 14 de mai. 2020.

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