AP1 - CONTABILIDADE AVANÇADA

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ANALI CRESPO DA SILVA MARINS 
Matrícula: 2112745 
 
ANGELA VICENTE BEZERRA 
Matrícula: 2110707 
 
 
 
 
 
 
 CONTABILIDADE AVANÇADA- AP1 
 Professor: Hugo Cardozo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O CPC 29 trata de ativos biológicos, como a soja ou o rebanho de uma 
propriedade. Seja animal ou vegetal e que possam ser alvo de uma mudança 
biológica. Simplificando: são organismos que nascem, crescem e morrem. 
 Um exemplo vegetal é o milho e no animal, o leite. 
 Nesse trabalho, procuramos explicar o funcionamento e como fazer as 
avaliações dos ativos biológicos e como são classificados e mensurados na 
contabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – CPC 29 – ATIVO BIOLÓGICO E PRODUTO AGRÍCOLA 
 
1.1 - O que é CPC 29 
O CPC 29 é o Pronunciamento Técnico relativo ao tratamento contábil e 
às divulgações dos ativos biológicos e produtos agrícolas e deve ser utilizado 
para os seguintes casos: ativos biológicos, exceto plantas portadoras (arvores 
frutíferas, por exemplo), produção agrícola no ponto de colheita e certas 
subvenções governamentais. 
O CPC 29 não pode ser aplicado em terras relacionadas com atividades 
agrícolas, plantas portadoras relacionadas com a atividade agrícola) e as 
subvenções e assistência governamentais relacionadas a elas), ativos 
intangíveis relacionados com atividades agrícolas. 
1.2 - Exemplos 
 Todo produto agrícola ou pecuário terá algum tipo de transformação em 
determinado momento do seu ciclo e esse processo necessita de uma 
nomenclatura específica e maneira correta quanto a sua mensuração e 
descrição contábil. 
O CPC 29 não permite registrar plantas portadoras, produção agrícola no 
ponto de colheita e subvenções do governo. 
Por exemplo, uma árvore cultivada para exploração de sua madeira, pode 
ser considerada um ativo biológico, mas, a madeira que foi serrada, que é seu 
subproduto não poderá ser integrado ao CPC 29. 
Os ativos biológicos são classificados como: 
– Consumíveis ou de produção, são todos os produtos que podem ser colhidos 
ou vendidos como ativos biológicos; 
– Maduros, todo ativo biológico que pode ser consumido e está pronto para ser 
colhido; 
– Gado de leite 
- Videira 
– Porcos 
– Plantações de algodão 
– Plantações de grãos, como arroz, feijão, milho, soja, etc. 
– Cultivo de árvores frutíferas 
1.3 - Qual o alcance e objetivo do CPC 29 
O CPC 29 deve registrar as informações contábeis para ativos biológicos 
enquanto seu processo de crescimento, degeneração, produção ou procriação. 
São valores para cada etapa do processo, diminuindo todos os custos 
referentes à sua concepção, seu desenvolvimento, até a sua venda. Ou seja, os 
derivados desses ativos biológicos, como o leite. O objetivo do CPC 29 é dar um 
tratamento contábil dos ativos biológicos e produtos agrícolas, tangíveis e 
intangíveis. 
 Se, por algum motivo, não for possível mensurar com segurança o preço 
de mercado dos ativos biológicos, o CPC 29 estipula que sejam contabilizados 
os custos incluídos na implantação e na transformação biológica do ativo. 
1.4 - Como deve ser reconhecido e mensurado o ativo biológico ou 
produtos agrícolas conforme a CPC 29 
Deve ser considerado ativo biológico ou produto agrícola quando são 
vistos como resultado de eventos anteriores, ou seja, quando for transformado 
em benefícios econômicos e possa ser mensurado com total segurança. 
Para isso deve ser contabilizado seu valor retirando os custos com 
despesas operacionais e de venda. 
Todas as informações de ativos biológicos -animais ou plantas vivas, 
devem ter seu registro contábil, de acordo com as normas do CPC 29, devendo 
ser agrupados de acordo com seus respectivos grupos de ativos. A empresa 
deve ainda registrar os lucros e prejuízos referentes ao valor inicial do ativo 
biológico e do produto agrícola. 
Os ativos biológicos podem ser classificados como: 
Consumíveis, por exemplo cana, café, milho, frutas ou carne; 
Para produção, como rebanhos animais ou árvores frutíferas; 
Maduros, aqueles que atingem o ponto de serem colhidos ou 
Imaturos, que não estão no ponto de serem colhidos ou consumidos. 
1.5 - A importância de realizar a avaliação dos ativos biológicos 
Um dos pontos mais importantes para se avaliar os ativos biológicos está 
ligado diretamente ao valor do produto. 
Além disso, entender melhor os ativos biológicos permitem aos gestores 
uma melhor tomada de decisão ou definição das estratégias e, estarem 
adequados às normas e leis contábeis é essencial. 
Por isso é sempre importante contar com apoio de profissionais 
especializados e confiáveis. 
2 - CPC 31 – ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA E 
OPERAÇÃO DESCONTINUADA 
2.1 – O que é CPC 31 
O CPC 31 é fornece subsídios para o reconhecimento e a evidenciação 
das operações de descontinuidade de operações. 
Operação em descontinuidade é qualquer operação diversa da área em 
que a empresa atua regularmente. 
2.2 - Objetivo do CPC 31 
 O CPC 31 estabelece a contabilização de ativos não circulantes mantidos 
para venda (colocados à venda) e a apresentação e divulgação de operações 
descontinuadas. 
2.3 - Classificação dos ativos não circulantes mantidos para venda 
O CPC 31 estabelece que devemos classificar um ativo não circulante 
como mantido para venda se o seu valor contábil for recuperável, 
principalmente, por meio de transação de venda em vez do uso contínuo. 
Desse modo, o ativo mantido para venda deverá estar disponível em suas 
condições atuais – salvo eventuais termos habituais que precisem ser 
desenvolvidos para conclusão da venda, ou seja, é preciso que sua venda seja 
altamente provável. 
Com intuito de diminuir dúvidas sobre o conceito de venda altamente 
provável, o CPC 31 estabeleceu alguns requisitos para que uma venda seja 
considerada altamente provável: 
1. O preço de venda anunciado seja razoável em relação ao valor do ativo; 
2. A empresa espera que a venda se qualifique como concluída em até um 
ano a partir da data da sua classificação; 
3. Seja improvável que possa haver alterações significativas no plano de 
venda ou que esse possa ser abandonado. 
 Embora a norma tenha definido um limite de até um ano, acontecimentos 
ou circunstâncias podem estender o período de conclusão de venda para um 
período superior, desde que tais circunstâncias ou acontecimentos estejam sob 
controle da entidade e haja evidência suficiente de que a entidade esteja 
comprometida com o plano de venda do ativo. 
Ainda, a norma esclarece que se os requisitos forem realizados após a 
data do balanço, a empresa não deve classificar o ativo não circulante mantido 
para venda como tal nas demonstrações contábeis. 
2.4 - Mensuração 
Relativo a mensuração e apresentação, o pronunciamento dispõe que os 
ativos que satisfaçam os critérios de classificação como não circulantes mantidos 
para venda sejam: 
a) mensurados pelo menor: entre o valor contábil e o valor justo menos as 
despesas de venda, e que a depreciação ou a amortização desses ativos cesse; 
b) apresentados separadamente no balanço patrimonial e que os resultados 
das operações descontinuadas sejam apresentados separadamente na 
demonstração do resultado. 
O CPC 31 esclarece que, caso a entidade espere vender o ativo não 
circulante em período superior a um ano, a empresa deverá mensurar 
as despesas de venda pelo valor presente, de modo que qualquer aumento no 
valor presente das despesas de venda que resulte da passagem do tempo seja 
apresentado nos resultados como despesa financeira. 
A empresa deverá mensurar o ativo mantido para venda pelo menor valor 
entre o valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda. 
A norma estabelece que: 
 a entidade deva reconhecer a perda por redução ao valor recuperável 
relativamente a qualquer redução inicial ou posterior do ativo ou do grupo 
de ativo mantido para venda ao valor justomenos as despesas de venda; 
 a entidade deve reconhecer o ganho para qualquer aumento posterior no 
valor justo menos as despesas de venda de um ativo, limitado à perda por 
redução ao valor recuperável acumulada que tenha sido reconhecida. 
 
2.5 - Ativo não circulante a ser baixado 
O CPC 31 elucida que a entidade não deve classificar como mantido para 
venda o ativo não circulante destinado a ser baixado. Isso se deve ao fato que 
tais ativos têm seu valor contábil recuperado principalmente por meio do uso 
contínuo. 
Os ativos não circulantes a serem baixados incluem: 
1. Ativos a serem usados até o final da sua vida econômica; 
2. Ativos não circulantes a serem fechados em vez de vendidos. 
A norma dispõe que a empresa não deve contabilizar um ativo não 
circulante que tenha sido temporariamente retirado de serviço como se tivesse 
sido baixado. 
2.6 - Apresentação e divulgação de uma operação descontinuada 
A operação descontinuada exige apresentação e divulgação específicas 
em relação às demais operações da entidade. 
O CPC 31 estabelece que a entidade deverá evidenciar quatro principais 
pontos: 
1º ponto: um montante único na Demonstração do Resultado do Exercício, 
compreendendo: 
 o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas; 
e 
 os ganhos ou as perdas após o imposto de renda reconhecidos na 
mensuração pelo valor justo menos as despesas de venda ou na baixa de 
ativos ou de grupo de ativos mantidos para venda que constituam a 
operação descontinuada. 
2º ponto: uma análise do montante único apresentado em Notas Explicativas ou 
na Demonstração do Resultado do Exercício com: 
 receitas, Despesas e Resultado antes dos tributos das operações 
descontinuadas; 
 as despesas com os tributos sobre o lucro; 
 as despesas do Imposto de Renda; 
 os ganhos ou perdas reconhecidas na mensuração pelo valor na 
mensuração pelo valor justo menos as despesas de venda ou na 
alienação de ativos ou de grupo de ativos mantidos para venda que 
constitua a operação descontinuada; e 
 se for realizada na demonstração do resultado, deverá ser apresentada 
em seção identificada e que esteja relacionada com as operações 
descontinuadas, isto é, separadamente das operações em continuidade. 
3º ponto: nas notas explicativas ou nos quadros das demonstrações contábeis: 
 os fluxos de caixa líquidos atribuíveis às atividades operacionais, de 
investimento e de financiamento das operações descontinuadas. Essas 
evidenciações não são exigidas para grupos de ativos mantidos para 
venda que sejam controladas recém-adquiridas que satisfaçam aos 
critérios de classificação como destinadas à venda no momento da 
aquisição. 
4º ponto: o montante do resultado das operações continuadas e o das 
operações descontinuadas atribuível aos acionistas controladores. Essa 
evidenciação pode ser apresentada alternativamente em notas explicativas que 
tratam do resultado. 
Por fim, a empresa deve apresentar separadamente qualquer receita ou 
despesa acumulada reconhecida diretamente no patrimônio líquido relacionada 
a um ativo não circulante ou a um grupo de ativos classificado como mantido 
para venda. 
 
 
 
 
Conclusão 
 
Como procuramos explicar, não basta somente o escolher o local, investir 
e começar a produzir. São inúmeras as responsabilidades contábeis. O 
empresário precisa estar para registrar as informações de seu ativo biológico. 
A correta avaliação destes ativos, em especial sobre o preço justo da 
produção e do mercado, fará toda diferença na sua documentação. 
Ele precisa estar em conformidade com as legislações brasileiras. Assim 
conseguirá se posicionar melhor no mercado. Por isso é tão importante manter 
a contabilidade em dia, com dados reais e concretos. 
O CPC 31 apresenta um tema corriqueiro no meio empresarial, mas a 
norma contábil não é uma simples assimilação ou aplicação devido a sua 
complexidade. Esse fato é importante, pois, uma classificação errônea pode 
ocasionar graves consequências, como distorções relevantes nas 
demonstrações contábeis prejudicando a informação contábil e ainda 
informações errôneas no resultado da empresa, podendo impactar a apuração 
tributária da entidade. 
Desse modo, uma correta aplicação da norma contábil é necessária para 
qualquer entidade empresarial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
BLB BRASIL. CPC 31 – Ativo não circulante mantido para venda e operação 
descontinuada. Disponível no site: https://www.blbbrasil.com.br/blog/cpc-31/. Em 
03 de abril de 2022. 
CPC 29. Ativo Biológico e Produto Agrícola. 
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=60. Em 03 de abril de 2022. 
 
CPC 31. Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada. 
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=62. Em 03 de abriel de 2022. 
INVESTOR. CPC 29: Entenda como avaliar os ativos biológicos. 
Disponível no site: https://investorcp.com/gestao-ativo-imobilizado/o-que-e-cpc-
29/#:~:text=O%20CPC%2029%20%C3%A9%20o,colheita%20e%20certas%20
subven%C3%A7%C3%B5es%20governamentais. Em 03 de abril de 2022.