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Autoria Alice Póvoas (@dradentinhos_) Sumario - Diabetes mellitus - Cardiopatias - Hipertensão arterial - Gravidas e lactantes - Paralisia cerebral - Acidente vascular encefálico - Autismo - Anemia - Hemofilia - Epilepsia - Usuários de drogas - Lúpus eritematoso - Transplantados - Esquizofrenia - Ansiedade e depressão - SIDA - Transtorno obsessivo compulsivo - Deficiência visual - Deficiência auditiva - Síndrome de Down Guia de interações medicamentosas Leia antes de acessar: - Essa apostila foi escrita por Alice Póvoas (dradentinhos_) baseado na bibliografia descrita nas últimas páginas. - Esta apostila representa uma propriedade intelectual da autora, sendo assim, respaldado em direito sob garantias de PLÁGIO (Crime de Violação aos Direitos Autorias no Art. 184 – Código Penal). - Todo o conteúdo foi escrito retirado do livro, os desenhos foram feitos pela autora e os que não (incluindo imagens) estão linkados no final da apostila. - É PROIBIDA a venda ou distribuição gratuita deste conteúdo por outra pessoa que não seja a autora, também se enquadrando em crime contra a propriedade intelectual. Diabetes mellitus Definição - Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia) Diabetes tipo i - Resultado da destruição das células beta do pâncreas por um processo autoimune - As células beta são responsáveis pela produção da insulina. A insulina é um hormônio que guia a glicose do sangue para dentro das células - Com a falta da insulina, a glicose não entra nas células e permanece no sangue, causando então a hiperglicemia - Em geral costuma acometer crianças e adultos jovens, mas pode ser desencadeado em qualquer faixa etária - Inicio relativamente rápido, de dias a poucos meses, com os sintomas de: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento importante, cansaço e fraqueza - O tratamento é feito com doses de insulina Diabetes tipo ii - A insulina é produzida pelas células beta, porém, o corpo criou resistência ao hormônio - A instalação do quadro é mais lenta, com os mesmos sintomas - Associado com aumento de peso, sedentarismo e obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos - Tratado com hipoglicemiantes Critério diagnostico Glicemia em jejum Glicemia após 2h Glicemia Normal 70-99 < 140 < 200 Intolerância a glicose 100- 125 > 140 e <200 - Diabetes > 126 >200 > 200 com sintomas Sintomas - Poliúria: necessidade de urinar muitas vezes durante o dia ou à noite - Polidipsia: sede anormal ou excessiva - Polifagia: vontade excessiva de comer - Glicosúria: glicose na urina - Perda de peso sem explicação Relação com saúde bucal - Pacientes com DM apresentam uma maior suscetibilidade ao desenvolvimento da doença periodontal e xerostomia - O controle de placa efetivo é essencial para não exacerbar o risco dessas enfermidades bucais - Pode-se indicar, como adjunto para prevenção dessas patologias, bochechos com clorexidina 0,12% e fluoreto de sódio - No caso de xerostomia, pode-se prescrever chiclete sem açúcar ou xilitol - As infecções por Cândida albicans são frequentes em pacientes diabéticos, devido à xerostomia - A presença de infecções leva à estimulação da resposta inflamatória resultando em situação de estresse, que aumenta a resistência dos tecidos à insulina, piorando o controle do diabetes - A pouca salivação do paciente diabético e o potencial infeccioso são fatores fundamentais para a presença da queilite angular Anamnese - Você está sendo acompanhado pelo médico regularmente? - Quando foi feito o último exame de glicemia e da hemoglobina glicada? - De quais medicamentos você faz uso? - Diariamente, qual é a sua dieta alimentar? - Recentemente, você teve alguma complicação decorrente da doença? Pré atendimento - Instruir para alimentar-se e ingerir a medicação antes da consulta odontológica - Recomenda-se avaliar a taxa de glicose no sangue através de aparelhos denominados glicosímeros Metas de glicemia DM1 Quando Crianças Adultos Em jejum 70 a 145 70 a 130 2h após refeição 90 a 180 > 180 Ao deitar 120 a 180 - Madrugada 80 a 162 -- Metas de glicemia DM2 Em jejum 70 a 130 2h após refeição Até 160 - Realizar o atendimento desses pacientes no período matutino, momento em que os níveis de glicose se encontram, geralmente, mais elevados - Evitar consultas prologadas que mantenham o indivíduo em longos períodos de jejum Anestesia local - Adiar o tratamento odontológico eletivo de pacientes com níveis de glicose inferiores a 70 mg/dl e superiores a 200 mg/dl por conferirem risco ao sucesso do procedimento - A epinefrina possui efeito contrário à insulina, por isso evitar a sua injeção diretamente na corrente sanguínea - Um anestésico local com epinefrina 1:100.000 poderá ser utilizado na mínima dose compatível com uma anestesia profunda e de duração suficiente. OU - Bupivacaina 0,5% com epinefrina 1:200.000 - Lidocaina 2% com noreprinefina 1:50.000 - Prilocaína com felipressina Medicamentos Anti-inflamatórios e analgésicos - AINEs e AAS podem interagir com os hipoglicemiantes, então evitar - Paracetamol 500mg de 6 em 6 horas em caso de dores leves - Para procedimentos invasivos, dexametasona ou betametasona 4mg (dose única) Antibióticos - Para pacientes descompensados é necessário profilaxia antibiótica previa ao procedimento - Dose única de dexametasona amoxicilina 1 g (claritromicina 500 mg ou clindamicina 600mg aos alérgicos às penicilinas), 1 h antes do início da intervenção - As infecções bacterianas bucais previamente existentes, em diabéticos, devem ser tratadas de forma agressiva, pois a relação entre DM e infecção é bidirecional. - A antibioticoterapia não difere daquela preconizada para os pacientes ASA I, sendo empregados os mesmos grupos de antibióticos, dosagens, posologia e duração do tratamento Sedação mínima - O uso de um benzodiazepínico deve ser considerado como medicação pré-operatória, para se evitar o aumento da glicemia por condições emocionais. - Pode ser usado midazolam, alprazolam, Diazepam ou lorazepam (idosos) nas mesmas dosagens para pacientes normais atendimento - Atentar-se aos sinais vitais do paciente durante todo o procedimento, pois o indivíduo diabético apresenta risco de crises hipoglicêmicas e hiperglicêmicas - HIPOGLICEMIA: náuseas, diminuição da função cerebral (lerdeza), sudorese, taquicardia, aumento da ansiedade - Em caso de hipoglicemia, finalizar o atendimento, posicionar o paciente confortavelmente na cadeira e administrar carboidratos via oral - HIPERGLICEMIA: pele seca e quente, hálito cetônico, respiração profunda e hipotensão - Colocar o paciente em posição supina, monitorar os sinais vitais, administrar oxigênio e solicitar socorro do serviço de emergência Pós procedimento - É fundamental o contato com o médico quando o paciente for submetido a um procedimento que alterará sua capacidade de alimentação Cardiopatias definição - Congênitas: comunicação interatrial e interventricular, defeitos do septo atrioventricular, anomalia das artérias coronárias - Adquirida: hipertensão arterial, coronariopatas, arteriosclerose, arritmias, cardiomiopatias, insuficiência cardíaca congestiva Relação com saúde bucal - Betabloqueadores (propranolol) podem causar hiperplasia gengival medicamentosa e dores articulares (ATM) - Inibidores de enzima conversora de angiotensina (captopril) podem causar angioedema da face, lábios, língua e mucosa bucal Anamnese - Quando relatada uma cardiopatia, a história médica pregressa deve ser detalhada, incluindo dados sobre cirurgias cardíacas, uso de medicamentos, uso de próteses cardíacas, episódios de angina do peito e infarto do miocárdio Pré-atendimento - Sempre avaliar todos os sinais vitais antes do atendimento,principalmente frequência cardíaca e pressão arterial - Assim, consultas curtas e adoção de protocolos de redução do estresse previnem possíveis situações emergenciais - Adiar, em pacientes recentemente infartados, as consultas eletivas até que se completem seis meses após o incidente anestesia local - Anestésicos locais contendo a epinefrina e seus derivados como vasoconstritor devem ser utilizados em quantidade mínima (0,04mg por sessão) Concentração e quantidade de epinefrina por tubete Numero de tubetes por sessão de atendimento 1:50.000 (0,036mg) 1 1:100.000 (0,018mg) 2 1:200:000 (0,009mg) 4 - Evitar, em pacientes com arritmias cardíacas ou histórico de infarto no miocárdio, a epinefrina, norepinefrina e levonordefrina. Utilizar prilocaina 3% com felipressina ou mepivacaína 3% sem vasoconstritor em procedimentos de curta duração - Os fios de retração gengival impregnados com epinefrina não devem ser empregados em pacientes com risco cardiovascular. medicamentos Sedação mínima - A sedação consciente pode ser realizada pela inalação de óxido nitroso e oxigênio, ou através do uso de tranqüilizantes, como Diazepam Antibióticos - Indicar antibioticoterapia profilática para endocardite bacteriana em “procedimentos odontológicos que envolvam manipulação dos tecidos gengivais ou a região periapical dos dentes ou perfuração da mucosa oral” para pacientes nas seguintes condições: Válvulas cardíacas protéticas ou material protético usado para o reparo de válvula cardíaca; Endocardite bacteriana prévia; Doença cardíaca congênita: Doença cardíaca congênita cianótica não reparada, incluindo desvios e condutos paliativos; Defeito cardíaco congênito reparado completamente com material ou dispositivo protético, quer posicionado por cirurgia ou por intervenção de cateter, durante os seis primeiros meses depois do procedimento; Doença cardíaca congênita reparada com defeitos residuais no local ou adjacente ao local de uma placa ou dispositivo protético (o que inibe endotelialização); Transplantados cardíacos que desenvolveram valvulopatias cardíacas. Regime padrão Amoxicilina 2g Alérgicos a penicilinas Cefalexina 2g Clindamicina 600mg Azitromicina 500mg Claritromicina 500mg Incapazes de fazer uso via oral Ampicilina 2g IM ou IV Cefazolina 1g IM ou IV Alérgicos a penicilina incapazes de fazer uso via oral Clindamicina 600mg IM ou IV - As cefalosporinas (cefalexina e cefazolina) não devem ser empregadas em pacientes com história de anafilaxia, angioedema ou urticária decorrente do uso das penicilinas. Anti-inflamatórios e analgésicos - Evitar a prescrição de anti- inflamatórios não-esteroides em pacientes que fazem uso de betabloqueadores (propranolol), hidroclorotiazida e inibidores de enzima conversora de angiotensina (captopril), pois pode elevar a pressão arterial sistêmica Atendimento - O kit de emergências no consultório odontológico deve conter vasodilatadores como nitroglicerina, anti-agregantes plaquetários como ácido acetilsalicílico 100 mg, e oxigênio. PORÉM, a administração equivocada de fármacos anti- hipertensivos pode agravar o quadro clínico do paciente - Para crises hipertensivas arteriais: parar imediatamente a consulta, posicionar o paciente confortavelmente. Em casos leves, acalmar o paciente. Em casos graves, o socorro médico deve ser acionado - Em casos de taquicardia, se os sinais vitais estiverem irregulares, o paciente deve ser encaminhado ao médico. Caso este sinal vital esteja regular, o CD deve tentar estimular o tônus vagal do paciente, oferecendo- lhe água gelada, realizando manobra de Vassala (forçar a saída de ar com nariz e boca tampados), ou provocando o vômito. Após recuperação, encaminhar para o médico. - Em casos de angina do peito ou pectoris, com sintomas de dor na região do osso esterno, repentina, acompanhada de sudorese excessiva, apreensão, aumento da frequência cardíaca e pressão arterial, o atendimento deve ser interrompido e o paciente colocado em posição confortável. O CD precisa administrar um vasodilatador coronariano, como nitroglicerina, via sublingual, além do oxigênio - Em caso de infarto agudo do miocárdio, com dor repentina semelhante à da angina do peito, no entanto de maior intensidade e duração, o atendimento deve ser encerrado e precisa solicitar serviços médicos emergenciais, enquanto administra oxigênio, dois a três comprimidos de ácido acetilsalicílico 100 mg e monitora os sinais vitais Hipertensão arterial Definição - A hipertensão arterial sistêmica é a elevação persistente dos níveis da pressão arterial sanguínea com valores ≥ 140/90 mmHg. Sistólica Diastólica Normal Até 120 Até 80 Pré- hipertensão 121-139 81-89 Pressão alta (estagio I) 140-159 90-99 Pressão alto (estágio II) > 160 > 100 Crise de hipertensão > 180 > 110 sintomas - Dores no peito - Dor de cabeça - Tonturas - Zumbido no ouvido - Fraqueza - Visão embaçada - Sangramento nasal Hipertensão no estágio i - Pressão arterial controlada ou situada nos limites de até 160/100 mmHg - Pode ser submetido a procedimentos odontológicos de caráter eletivo ou de urgência - Planeje sessões curtas de atendimento, preferencialmente na segunda parte do período da manhã (entre as 10-12 h). - Midazolam 7,5mg para sedação mínima, com objetivo de evitar aumento da pressão arterial por condições emocionais - Usar Prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/ml ou anestésicos contendo epinefrina 1:100.000 (máximo 2 tubetes) - Para o controle da dor pós- operatória, dipirona ou paracetamol. Hipertensão estagio ii - Pressão arterial atingindo níveis > 160/100 mmHg, mas ainda sem ultrapassar 180/110 mmHg - Os procedimentos odontológicos eletivos estão contraindicados - Nas urgências odontológicas (p. ex., pulpites, pericementites e abscessos), cuja intervenção não pode ser postergada, a conduta mais importante é o pronto alívio da dor - Prilocaína 3% com felipressina (máximo de 2-3 tubetes) - Atendimento de forma rápida, no máximo de 30 minutos e com sedação mínima Gravidas e lactantes Definição - A gravidez é um evento resultante da fecundação do ovulo (ovócito) pelo espermatozoide. Habitualmente, ocorre dentro do útero e é responsável pela geração de um novo ser Relação com saúde bucal - Orientar a paciente quanto à dieta alimentar, e orientar e motivar a gestante a realizar adequadamente a higiene oral, para evitar gengivites, doença periodontal, cáries e até granuloma gravídico - O granuloma piogênico (GP) é uma lesão bucal benigna de natureza não neoplásica. Em gravidas, é denominado granuloma gravídico, o qual hormônios como progesterona e estrógeno podem influenciar no crescimento rápido da lesão - A gengivite gravídica é causada pelo aumento do hormônio progesterona, que pode contribuir com o aumento do fluxo sanguíneo nos tecidos da gengiva, tornando-os sensíveis, inchados e com maior predisposição ao inchaço durante a escovação e o uso do fio dental Anamnese - Investigar se a paciente está indo às consultas do pré-natal, e caso não esteja, indicar que ela o faça Pré-atendimento - Marcar consultas curtas pela manhã, quando os enjoos são menos frequentes - Orientar a gestante a fazer uma alimentação leve antes das consultas - Marcar consultas para as gestantes em horários diferentes dos das crianças que frequentam o consultório, prevenindo dessa forma o possível contágio das doenças viróticas da infância anestesia local - Todos os anestésicos locais, por serem lipossolúveis, atravessam facilmente a placenta por meio de difusão passiva. Gestação normal Lidocaina 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 Grávidas com história de anemia Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 Grávidas diabéticas ou com hipertensão arterial controlada Lidocaína 2% com epinefrina1:100.000 ou 1:200.000 Grávidas com hipertensão arterial não controlada Prilocaína 3% com felipressina ou Mepivacaína 3% sem vasoconstritor Grávidas com hipertensão não controlada e história de anemia Mepivacaína 3% sem vasoconstritor medicamentos Categoria Definição A Estudos em mulheres não demonstram riscos para o feto B Estudos em animais não demonstram riscos para o feto C Estudos em animais revelaram efeitos adversos no feto (teratogênicos, embriológicos ou outros). O benefício potencial do fármaco pode justificar o risco potencial ao feto. D Risco fetal em humanos, e o beneficio para a mulher pode ser aceitável em casos de vida ou morte ou doenças muito graves X Resultados de estudos em animais ou humanos demonstraram anormalidades fetais ou evidências de risco fetal. Sedação mínima - Os benzodiazepínicos se enquadram na categoria D de risco fetal. - A sedação mínima por via inalatória pela mistura de óxido nitroso e oxigênio é um método seguro para uso na gravidez. - Para maior segurança da gestante, deve-se limitar o tempo de administração para 30 min, administrar pelo menos 50% de oxigênio na mistura Anti-inflamatórios e analgésicos - O paracetamol (risco B) é o fármaco de escolha para qualquer período da gestação. - As doses recomendadas são de 500- 750 mg, a cada 6 h, respeitando o limite máximo de três doses diárias, por tempo restrito - Quando houver necessidade do uso de um anti-inflamatório, empregar a dexametasona ou betametasona, em dose única de 2-4 mg Antibióticos - As penicilinas (penicilina V ou amoxicilina) são os antibióticos de primeira escolha, nas dosagens e posologias habituais. - Nas grávidas que apresentam história de alergia às penicilinas, deve-se optar pela eritromicina, preferencialmente sob a forma de estearato, ao invés de estolato - No tratamento de infecções em fases mais avançadas, pode-se associar o metronidazol (risco fetal B) à amoxicilina, nas dosagens habituais. Para alérgicas à amoxicilina, clindamicina (risco B). atendimento - Prevenir hipotensão postural a partir do sexto mês, posicionando a paciente em decúbito lateral esquerdo ou elevando seu quadril direito com uma almofada de 10 centímetros - No primeiro trimestre, realizar profilaxia, eliminar focos infecciosos e realizar tratamentos restauradores básicos - No segundo trimestre, realizar procedimentos profiláticos, cirúrgicos, restauradores básicos e reabilitadores, além de raspagem e alisamento radicular, endodônticas e exodontias, se necessário, este é o momento mais estável da gestação - No terceiro trimestre, realizar profilaxia, procedimentos restauradores básicos e fluorterapia - As tomadas radiográficas podem ser realizadas em gestantes, desde que se proteja a gestante com avental de chumbo até a região das gônadas e com colar de tireoide pós atendimento - Posicionar a paciente sentada por alguns minutos antes de ficar de pé, para prevenir tonturas Uso de medicamentos durante lactação - O Diazepam, um benzodiazepínico bastante empregado para a sedação mínima, pode se acumular no leite materno se empregado de forma contínua, causando letargia e perda de peso nos lactentes, o que geralmente não acontece quando administrado em dose única e de forma eventual, como medicação pré-operatória em odontologia - A dipirona sódica é um analgésico seguro para o controle da dor leve a moderada durante a lactação, da mesma forma que o paracetamol - O ibuprofeno, o diclofenaco e o cetorolaco podem ser empregados em lactantes para o controle da dor e de edemas de maior intensidade, da mesma forma que os corticosteroides - Para antibióticos, o uso de doses baixas (500 mg/dia, em doses fracionadas), por tempo restrito (3 dias), parece ser compatível com o aleitamento materno. Paralisia cerebral Definição - Paralisia Cerebral (PC), a deficiência mais comum na infância, é caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo, envolvendo o movimento e a postura do corpo. - Essa desordem é resultante de uma injúria irreversível que atinge o cérebro em formação (congênita) ou infantil (adquirida), antes da completa maturação do Sistema Nervoso Central, podendo estar associada a fatores pré, peri ou pós- natais Sintomas - As alterações da parte motora incluem, problemas na marcha (como paralisia das pernas), hemiplegia (fraqueza em um dos lados do corpo), alterações do tônus muscular (espasticidade caracterizada por rigidez dos músculos) e distonia (contração involuntária dos membros). Relação com saúde bucal - Pode-se adotar o uso de escovas elétricas para otimizar o controle de placa, considerando a falta de destreza desses indivíduos ao utilizar escovas manuais - Ensinar os pais/responsáveis a fazer abridores de boca - Utilizar, se necessário, o controle químico de placa através de clorexidina 0,12% quando somente o controle mecânico for insuficiente - Pacientes podem fazer uso de medicamentos com manifestações orais, como fenitoína e fenobarbital, geralmente associados à hiperplasia gengival e incidência de infecções aumentada; ácido valpróico e carbamazepina, que podem causar sangramento gengival; e clonazepam, que pode causar xerostomia. Anamnese - Anotar observações complementares sobre o estado de saúde do indivíduo, como, por exemplo, sobre a presença de distúrbios secundários associados à PC, como: epilepsia – convulsões, retardo mental, atraso na aquisição da fala, alterações visuais, auditivas e sensoriais, distúrbios do comportamento Pré-atendimento - Planejar consultas rápidas, evitando, assim, fadiga muscular do paciente medicamentos Sedação mínima - Em pacientes que fazem uso de anticonvulsivantes deve-se ter cautela ao prescrever benzodiazepínicos, os quais podem potencializar o efeito depressor do sistema nervoso central Antifúngicos - A fenitoina usada por pacientes com PC deve ser evitada concomitante com cetoconazol e miconazol - Em pacientes que fazem uso de carbamazepina, não prescrever cetoconazol/miconazol pois aumentam os efeitos tóxicos da carbamazepina Anti-inflamatórios e analgésicos - Em pacientes que fazem uso de fenitoina, o paracetamol pode aumentar risco de dano hepático - Em pacientes que fazem uso de fenobarbital, o uso de paracetamol pode aumentar risco de dano hepático - Em pacientes que fazem uso de carbamazepina, o uso de paracetamol pode aumentar risco de dano hepático atendimento - Utilizar um dispositivo de posicionamento da cabeça, em nível occipital e dos joelhos (como rolos de espuma), para manutenção dos membros inferiores inclinados - Manter o paciente em posição inclinada, evitando deixá-lo completamente deitado, para reduzir a dificuldade de deglutição - Usar contenção física, sob consentimento dos pais, a fim de controlar os movimentos involuntários do paciente - Usar isolamento absoluto e um sistema de sucção eficaz pois portadores de PC podem apresentar sialorreia Acidente vascular encefálico Definição - O AVC acontece quando: - O suprimento de sangue que vai para o cérebro é interrompido ou drasticamente reduzido, privando as cédulas de oxigênio e de nutrientes OU - Quando um vaso sanguíneo se rompe, causando uma hemorragia cerebral. - Entre as causas dessas ocorrências, estão a malformação arterial cerebral (aneurisma), hipertensão arterial, cardiopatia, tromboembólica (bloqueio da artéria pulmonar) Relação com saúde bucal - É necessário suspender o uso de anticoagulantes como warfarin (por dois dias), e de antiplaquetários como aspirina (por sete dias) antes de procedimentos cirúrgicos invasivos que necessitem de uma hemostasia normal. Anamnese - Perguntar e anotar quando foi o acidente - Pacientes com história de acidente vascular encefálico, no período dosúltimos 6 meses, com pressão arterial > 200/100mmHg são considerados ASA IV Pré-atendimento - Consultas curtas e, quando necessário, adotar a sedação consciente preferencialmente com óxido nitroso e oxigênio - Orientar os pacientes e cuidadores quanto à importância da higienização oral - Recomenda-se a adaptação dos instrumentos para limpeza bucal (por exemplo, escovas dentais com cabos mais calibrosos), buscando adequá- los às limitações do paciente atendimento - Prevenir o risco de aspiração através de isolamento absoluto, sistema de sucção eficaz e posicionamento adequado da cabeça do paciente Autismo Definição - O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância características - Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos - Dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e bloqueios para começar e manter um diálogo - Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas, dificuldade de imaginação e sensibilidade sensorial (hiper ou hipo) Relação com saúde bucal - O metilfenidato utilizado por pacientes autistas pode gerar redução do fluxo salivar, resultando em risco de caries e infecção por cândida albicans - O uso de antipsicóticos (Haloperidol) pode causar redução do fluxo salivar, aumento do sangramento gengival, plaquetopenia e neutropenia - Antidepressivos (fluxocetina e setralina) podem causar redução do fluxo salivar - Anticonvulsivantes (fenitoina, carbamazepina e acido valproico) podem causar hiperplasia gengival, ulcerações na boca, xerostomia, sangramento gengival. Anamnese - Registrar aplicações anteriores de métodos de condicionamento e averiguar experiências prévias de sedação e a presença ou não de intercorrências durante este procedimento https://autismoerealidade.org.br/2019/09/12/o-que-sao-as-estereotipias/ Pré-atendimento - Criar uma rotina de atendimento para o paciente autista, realizando várias visitas ao consultório antes de iniciar o tratamento - Deve-se manter sempre o mesmo dia, horário e equipe profissional, uma vez que o paciente autista necessita de uma continuidade - Reduzir a estimulação sensorial como luz forte, sons e odores, devido à grande sensibilidade do autista a estes estímulos atendimento - Utilizar comandos claros, curtos e simples, evitando palavras que provoquem medo - Evitar a técnica “mão sobre a boca” durante o atendimento do autista - Ignorar comportamentos inadequados do paciente, como a automutilação, a qual é geralmente realizada para atrair a atenção do CD e responsáveis e evitar procedimentos indesejáveis Anemia Definição - A anemia é uma condição caracterizada pela queda no conteúdo de hemoglobina, o pigmento que dá cor aos glóbulos vermelhos no sangue - Isso pode ocorrer pela carência de um ou mais nutrientes essenciais, como ferro (de longe o mais comum), zinco, vitamina B12 e proteínas. Também pode ser consequência da perda de sangue ou de diferentes doenças ou condições adquiridas ou hereditárias Sintomas - Palidez da pele e mucosas - Cansaço - Falta de apetite - Dor de cabeça - Tontura - Falta de ar - Dor no peito Anamnese - Sempre pedir exame complementar (hemograma completo) para certificar-se do estado de saúde do indivíduo - São considerados de alto risco os pacientes com: hematócrito inferior a 30 %; quadros de sangramento; necessidade de transfusões sanguíneas frequentes; ou anemias associadas à coagulopatias e doenças coronarianas Pré-atendimento - Realizar consultas de curta duração ao tratar portadores de anemia clinicamente estáveis anestesia local - Evitar o uso de anestésicos a base de prilocaína em pacientes anêmicos, principalmente no caso da anemia falciforme medicamentos Sedação mínima - Para a anemia perniciosa está contraindicada a sedação consciente com óxido nitroso e oxigênio - Para caso de anemia falciforme, recomenda-se utilizar técnicas de sedação pois o estresse durante a consulta pode desencadear uma crise falcêmica Antibióticos - Nos casos de anemia falciforme e anemia aplástica, utilizar profilaxia antibiótica, adotando-se amoxicilina, clindamicina ou azitromicina, em procedimentos odontológicos cruentos para reduzir o risco de infecção secundária Anti-inflamatórios e analgésicos - Não utilizar, nos casos de anemia, a dipirona como analgésico Atendimento - Nos indivíduos portadores de anemia falciforme está contraindicado o uso de implantes, pois há possibilidade de complicações ósseas - Ter cautela ao manipular os tecidos moles e duros, os quais podem gerar ulcerações traumáticas persistentes devido ao retardo na cicatrização desses indivíduos Hemofilia Definição - A hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária ligada ao cromossomo X, caracterizada pela deficiência ou anormalidade da atividade coagulante do fator VIII (hemofilia A) ou do fator IX (hemofilia B). Sintomas - A apresentação clínica das hemofilias A e B é semelhante, caracterizada por sangramentos intra-articulares (hemartroses), hemorragias musculares ou em outros tecidos ou cavidades. Pré-atendimento - Pedir os exames complementares: tempo de sangramento, tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial, contagem de plaquetas e testes específicos de fatores anestesia local - Para bloqueio do nervo alveolar inferior e lingual, necessita-se de cobertura com fator de coagulação - As anestesias tronculares e bloqueios podem gerar hematomas20 e devem, sempre que possível, serem evitadas - Para as terminais infiltrativas, como infiltração bucal, injeção intrapapilar e intraligamentar, não é requerida terapia prévia com reposição de fator Medicamentos Anti-inflamatórios e analgésicos - Preferir sempre paracetamol ou dipirona - Não se deve prescrever AINEs ou AAs Atendimento - No tratamento endodôntico, evitar sobre instrumentação e sobre obturação - Em cirurgias, é preciso, ainda, adotar algumas medidas de precaução como: remoção de fragmentos ósseos, reposição de tábuas alveolares linguais e vestibulares após exodontias, manejo cuidadoso de tecidos moles Epilepsia Definição - A epilepsia é uma doença neurológica do sistema nervoso central em que a atividade do cérebro, os impulsos elétricos dos neurônios e os sinais químicos cerebrais se tornam anormais, deixando sua atividade desordenada, causando sintomas como convulsões, movimentos descontrolados do corpo ou alterando o comportamento e as sensações, podendo levar até a perda de consciência Relação com saúde bucal - Por consequência do uso de anticonvulsivantes, os pacientes são susceptíveis a alterações gengivais - Eliminar os fatores irritantes ao tecido periodontal, os quais podem agravar a hiperplasia gengival medicamentosa - Evitar próteses parciais removíveis e restaurações provisórias, e priorizar próteses fixas, restaurações permanentemente cimentadas, implantes e aparelhos ortodônticos fixos. Estas medidas minimizam a possibilidade de aspiração e/ou fraturas dos elementos Anamnese - Anotar a época inicial da desordem, tipo, causas e frequências das crises convulsivas, uso de medicamentos e controle da doença, data do ultimo episodio Pré-atendimento - Adiar as consultas eletivas de indivíduos com controle inadequado dos sintomas da doença ou em fase de adequação da terapêutica anticonvulsivante medicamentos - Em pacientes que fazem uso de fenobarbital, o uso de paracetamol pode aumentar risco de dano hepático atendimento - Ressecções cirúrgicas devem ocorrer somente em casos com prognóstico favorável - Recomenda-se a realização de raspagem, alisamento dental e profilaxia emretornos periódicos - Proteger o paciente da luz proveniente do foco da cadeira odontológica, a qual pode induzir uma convulsão Usuarios de drogas Definição - Dentre as inúmeras substâncias psicotrópicas temos álcool, maconha, cocaína, crack, heroína, solventes, anfetaminas e os esteroides anabolizantes Sintomas - Álcool: fala mole e arrastada - Maconha: fala mole e arrastada, tonto e com olhos vermelhos - Cocaína: fala acelerada, agitado, tenso, músculos travados, fungando - Anfetaminas: fala acelerada Relação com saúde bucal - Pacientes que fazem uso de drogas apresentam frequentemente xerostomia, que pode ser tratado com chiclete sem açúcar ou saliva artificial - É normal a presença de carie, perdas dentais, doença periodontal e gengivite, principalmente em fumantes - Também é comum presença de candidíase. Pode-se utilizar nistatina ou cetoconazol para tratar Anamnese - Usa droga ou já usou? - Que droga usa ou usava? - Qual a frequência? - Há quanto tempo usa? - Compartilha o uso? - Há quanto tempo parou de usar? - Quando foi a última vez que usou? - O que usou nas últimas 24h? Pré-atendimento - Para pacientes que fazem uso de maconha, orientar que evitem o uso pelo menos uma semana antes do tratamento odontológico, pois intervenções cruentas podem ser preocupantes, devido à diminuição transitória dos glóbulos brancos causada pelo 50 uso da droga. Mantendo-os em níveis normais, ocorre melhor o processo de reparação tecidual - Adiar tratamentos eletivos caso o paciente esteja sob o efeito de cocaína. Recomenda-se um período mínimo de 24 horas, pois esta droga pode causar morte súbita - Adiar tratamento eletivo caso o paciente apresente sinas de uso recente de anfetaminas (principalmente MDMA) - Para pacientes que fazem uso de anabolizantes, solicitar coagulograma antes de procedimentos cruentos, pois esta droga altera os fatores de coagulação, podendo provocar sangramento pós-operatório anestesia local - Não utilizar anestésicos locais com adrenalina, substituindo-os por anestésicos contendo mepivacaína a 3% sem vasoconstritor ou prilocaína a 3% com felipressina - Para usuários de cocaína, deve-se utilizar anestésicos sem vasoconstritores ou prilocaína com felipressina Medicamentos Anti-inflamatórios e analgésicos - Não prescrever AAs para alcoólatras, pois pode gerar hemorragia Sedação mínima - Benzodiazepínicos podem potencializar efeitos de drogas e vice- versa Antimicrobianos - Para alcoólatras, cuidado ao prescrever cetoconazol, metronidazol e algumas cefalosporinas, pois quando utilizados concomitantemente com o dissulfiram (medicamento usado para tratar alcoolismo), podem provocar uma hiperventilação e sensação de pânico no paciente atendimento - Para pacientes alcoólatras e fumantes, orientar o exame de prevenção ao câncer bucal - Não prescrever enxaguantes bucais para pacientes alcoólatras, pois eles podem ingeri-los pós atendimento - Para pacientes que fazem uso de maconha, orientar que evitem o uso pelo menos uma semana após o tratamento odontológico, pois intervenções cruentas podem ser preocupantes, devido à diminuição transitória dos glóbulos brancos causada pelo 50 uso da droga. Mantendo-os em níveis normais, ocorre melhor o processo de reparação tecidual - Para usuários de heroína, atentar-se para a ocorrência de sangramento pós-operatório, e a menor tolerância a dor Lúpus eritematoso Definição - O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão Sintomas - Os sintomas variam, mas podem incluir fadiga, dores nas articulações, manchas na pele e febre. Podem se agravar (crise) por alguns períodos e, posteriormente, melhorar. Relação com saúde bucal - Achados comuns: ulcerações e xerostomia Anamnese - Solicitar exames para pesquisa de autoanticorpos para diagnóstico diferencial com líquen plano e, se forem positivos, solicitar avaliação reumatológica para avaliar a presença de doença reumática Pré-atendimento - Os pacientes com lúpus eritematosos fazem uso de corticosteroides, então é preciso seguir um protocolo para atendimento Procedimentos rotineiros - Se o uso prévio foi > 2 semanas e cessou há menos de 14-30 dias, administre a dose de manutenção antes da consulta - Se o uso prévio cessou há mais de 14-30 dias: a suplementação não é necessária - Agende a consulta no dia da tomada do corticosteroide - Anestesia local profunda e adequada analgesia pós-operatória Cirurgias ou procedimentos extensivos - Se o uso prévio foi > 2 semanas e cessou há menos de 14-30 dias: administre a dose de manutenção antes da consulta - Se o uso prévio cessou há mais de 14-30 dias: a suplementação não é necessária - Dobre a dose diária no dia do procedimento - Dobre a dose no 1º dia pós- operatório, quando é previsto quadro de dor - Anestesia local profunda e adequada analgesia pós-operatória - Agende a consulta no dia da tomada do corticosteroide e dobre a dose diária no dia do procedimento anestesia local - Na anestesia local, o bloqueio regional dos nervos alveolar inferior e lingual deve ser evitado, quando a contagem de plaquetas estiver abaixo de 20.000/mL atendimento - Avaliar áreas avermelhadas, lisas e circunscritas, com ausência de papilas ou com placas brancas semelhantes à leucoplasia - Avaliar se os lábios estão cobertos por escamas ou crostas localizadas e se há sensibilidade dolorosa. Se as escamas são removidas, ocorre sangramento na superfície - Evitar o dentifrício nas úlceras. Utilizar bicarbonato de sódio com uma escova extra macia Transplantados Definição - O transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto Relação com saúde bucal - Devido à imunossupressão, infecções oportunistas podem acometer a cavidade bucal, sendo a candidíase a mais comum, principalmente nos pacientes transplantados renais, que fazem uso de terapia imunossupressora. - Os pacientes que serão submetidos ao transplante renal devem ter os processos infecciosos tratados previamente, pois qualquer infecção severa pode contribuir para a rejeição do enxerto - Os medicamentos utilizados podem causar manifestações orais importantes. - Apesar de seu grande sucesso no tratamento de transplantados, estas drogas possuem muitos efeitos colaterais, como: nefrotoxicidade, aumento da predisposição as infecções bacterianas, fúngicas e virais - A Azatioprina é um imunossupressor que pode causar infecções e neoplasias bucais - Pacientes que fazem uso continuo de azatioprina e ciclosporina geralmente não podem tomar vacinas, pois o medicamento aumenta os efeitos tóxicos e podem ocorrer infecções vacinais. Tomar cuidado com infecção cruzada de doenças transmitidas por aerossóis - A ciclofosfamida (antineoplásico) usada por pacientes transplantados pode causar mucosite oral - A ciclosporina utilizada para evitar rejeição dos órgãos transplantados podem causar hiperplasia gengival medicamentosa - Os medicamentos também podem causar alterações metabólicas (hiperglicemia, hipercolesterolemia), que causam xerostomia e hiperplasia gengival - Pacientes que fazem uso de Varfarina (anticoagulante) deverão ser avaliados antes de qualquer procedimento que cause sangramento Anamnese - Perguntar todos os medicamentos que o paciente já tomou ou estão tomando Pré-atendimento - Realizado o transplante, os procedimentos eletivos deverão ser agendados seis meses após a intervenção. - Deve-se consultar o médico,e exames laboratoriais recentes, como hemograma e coagulograma também são necessários medicamentos Antibióticos - Para pacientes que receberam transplante renal, considerar a profilaxia antibiótica previamente aos procedimentos cirúrgicos, pois as bacteremias transitórias decorrentes podem resultar em glomerulonefrite no rim transplantado, com risco de perda do órgão transplantado. - Pacientes que fazem uso de varfarina não podem usar claritromicina/azitromicina, por conta do risco de hemorragia - O uso simultâneo de eritromicina e ciclosporina é contraindicado, pois a primeira aumenta a toxicidade da segunda, provavelmente pelo aumento da sua absorção - Para os tratamentos odontológicos que possam causar bacteremia, recomenda-se 2g de amoxicilina, 30 minutos antes do procedimento Anti-inflamatórios e analgésicos - Pacientes que fazem uso de varfarina não podem utilizar dipirona sódica, por conta do aumento de risco hemorrágico - Para pacientes que fazem uso de varfarina, a dose de paracetamol não deve ultrapassar 1,3g ao dia, por conta do aumento do efeito anticoagulante da varfarina - Pacientes que fazem uso de varfarina não podem usar AINEs, por conta do aumento de risco hemorrágico - A interação entre ciclosporina e dipirona sódica pode fazer com que sejam diminuídos os níveis plasmáticos de ciclosporina. Alertar ao médico antes - Pacientes que fazem uso de ciclosporina não podem utilizar dexametasona/betametasona por conta do aumento dos efeitos tóxicos dos corticosteroides Antimicrobianos - Pacientes que fazem uso de varfarina não podem usar miconazol/cetoconazol por conta do aumento de risco de sangramento - É contraindicado o uso concomitante de metronidazol e ciclosporina, pois o metronidazol reduz o metabolismo da ciclosporina, podendo resultar em nefrotoxicidade Atendimento - A raspagem radicular e polimento coronoradicular dos dentes pode evitar o tratamento cirúrgico das hiperplasias gengivais causada pela ciclosporina - Recomenda-se o uso de fluoretos em pacientes dentados nos casos de xerostomia, para evitar cáries relacionadas a hipossalivação pós atendimento - Após procedimentos cirúrgicos o paciente deve ser atentamente acompanhado pelo risco que estes têm às infecções e é aconselhado a consultas frequentes para profilaxia dentária Esquizofrenia Definição - A esquizofrenia, ou distúrbio da mente dividida, é marcada por surtos em que o mundo real acaba substituído por delírios e alucinações. Sintomas - Dificuldades no aprendizado desde a infância - Apatia - Pouca vontade de trabalhar, estudar ou interagir - Não reagir diante de situações felizes ou tristes - Vozes que surgem na cabeça - Mania de perseguição inexplicável Relação com saude bucal - Medicações usualmente indicadas aos pacientes com esquizofrenia, e que têm como efeito colateral a xerostomia, a qual pode estar associada às suas principais manifestações bucais: cáries, gengivites, glossites, estomatites, candidoses e parotidites agudas - Indicar o uso de saliva artificial, agentes antimicrobianos e dentifrícios fluoretados Anamnese Pré-atendimento - Entrar em contato com o psiquiatra do paciente, quando necessário, em busca de informações sobre o estado psicológico e o regime de medicação anestesia local - Usar com cautela, devido ao risco de interação com a medicação antipsicótica, a qual é depresssora do sistema nervoso centra atendimento - Dar preferência para próteses fixas mesmo se a higiene oral do paciente estiver comprometida Ansiedade e depressão Definição - A ansiedade e os transtornos de ansiedade são um conjunto de doenças psiquiátricas marcadas pela preocupação excessiva ou constante de que algo negativo vai acontecer - Em especial durante as crises de ansiedade, as pessoas não conseguem se ater ao presente e sentem uma grande tensão, às vezes sem um motivo aparente. Esse problema pode manifestar sintomas físicos também, como sudorese e arritmia cardíaca. - Depressão ou transtorno depressivo maior é uma doença comum e séria que afeta negativamente como você se sente, como pensa e como age. - A depressão provoca sentimentos de tristeza e/ou perda de interesse em atividades que em momentos anteriores traziam prazer. Pode levar a uma variedade de problemas emocionais e físicos e pode diminuir a capacidade de uma pessoa manter suas atividades normais no trabalho e em casa. Sintomas - A ansiedade pode provocar vários sintomas físicos como arritmia/taquicardia (alteração no ritmo cardíaco ou do coração), vertigens ou tonturas, boca seca, dificuldade respiratória (falta de ar), entre outros - Os sintomas de depressão podem variar de leves a graves e podem incluir: - Tristeza ou com um humor deprimido - Perda de interesse ou prazer em atividades antes apreciadas - Alterações no apetite: perda de peso ou ganho não relacionado à dieta - Problemas para dormir (insônia) ou dormir demais - Perda de energia ou aumento da fadiga - Baixa autoestima e presença de sentimento de culpa - Dificuldade para pensar, concentrar ou tomar decisões - Pensamentos de morte ou suicídio Relação com saúde bucal Ansiedade - Pacientes frequentemente apresentam lesões cervicais pois podem descarregar a ansiedade no momento da escovação Depressão - Motivar o cuidado desse paciente com a própria higiene oral e corporal, que é geralmente insatisfatória - Pacientes que fazem uso de benzodiazepínicos podem apresentar hipotensão arterial momentânea (raramente), diminuição da frequência respiratória, confusão mental, visão dupla, dores de cabeça e dependência química em casos de uso prolongado Pré-atendimento Ansiedade - Pode-se indicar para o paciente a prática de exercícios de relaxamento antes das consultas https://www.vittude.com/blog/12-formas-de-combater-a-tristeza-antes-de-se-tornar-doenca/ https://www.vittude.com/blog/insonia-quando-procurar-tratamento/ https://www.vittude.com/blog/atitudes-para-aumentar-autoestima/ https://www.vittude.com/blog/setembro-amarelo-importancia/ anestesia local - Tomar cuidado com uso excessivo de anestésicos por conta da interação com benzodiazepínicos, pois ambos deprimem o SNC medicamentos Antimicrobianos - Pacientes que usam benzodiazepínicos não devem utilizar cetoconazol/miconazol, por conta do aumento da toxicidade dos benzo (sedação excessiva e efeitos hipnóticos prolongados) Sedação mínima - Em casos de insucesso e/ou contraindicação da sedação medicamentosa, se habilitado, o CD pode indicar a sedação inalatória com óxido nitroso Atendimento - Conversar com o paciente sobre diversos assuntos, tentando tranquilizá-lo e alterando o foco da consulta odontológica - Quando observado pelo CD o descontrole da ansiedade, pode-se proceder com a sedação medicamentosa, que se caracteriza pelo o uso de benzodiazepínicos, geralmente uma hora antes das consultas, como Diazepam 5mg para adultos Sida Definição - SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença causada por um vírus, o vírus da imunodeficiência humana (VIH, ou HIV na língua inglesa) que ataca o sistema imunitário do nosso organismo, destruindo a nossa capacidade de defesa em relação a muitas doenças - O doente infectado pelo VIH fica progressivamente débil, frágil e pode contrair várias doenças que o podem levar à morte. Estas doenças normalmente não atacam as pessoas com um sistema imunitário que funcione bem, pelo que são designadas por “doenças oportunistas” Sintomas - Febre persistente - Tosse seca prolongada e garganta arranhada - Suores noturnos - Inchaço dos gânglios linfáticos durante mais de 3 meses - Dor de cabeça e dificuldade de concentração - Dor nos músculos e nas articulações; - Cansaço, fadiga e perda de energia; - Rápida perda de peso - Candidíase oral ou genital que não passa - Diarreia por mais de 1 mês,náusea e vômitos - Manchas avermelhadas e pequenas bolinhas vermelhas ou feridas na pele Relação com saúde bucal - Devido a imunossupressão, grande maioria dos pacientes apresentam candidoses difíceis de tratar - Pacientes frequentemente apresentam lesões de herpes simples (HSV) ou herpes-zoster (VZV) - Há presença de língua pilosa (lesão sob língua), mas não requer tratamento - Também por conta da imunossupressão, os pacientes desenvolvem gengivites e periodontites ulcerativas necrosantes, que precisam de rigorosos tratamentos periodontais com antibióticos - Nos casos mais graves, há progressão da neoplasia maligna Sarcoma de Kaposi, o qual o tratamento é paliativo (radiação/quimioterapia sistêmica) - O linfoma não-Hodgkin pode ser tratado com quimioterapia juntamente com radioterapia para controle local da doença Anamnese - Dar informações necessárias relacionadas à doença, como evitar hábitos e vícios que podem diminuir a imunidade, quanto a dormir bem, se alimentar adequadamente, procurar evitar situações de stress e as formas de contágio da doença - Pedir exames complementares para determinação do estado imunológico, da carga viral, da contagem de plaquetas (nos procedimentos que causam sangramentos) e da cuidadosa história médica Os procedimentos cirúrgicos odontológicos são contra indicados se a contagem de plaquetas for inferior a 20.000 células/mm medicamentos Antibióticos - Alguns procedimentos odontológicos mais extensos no paciente infectado pelo vírus HIV requerem a profilaxia antibiótica (2g amoxicilina, 30 minutos ou uma hora antes da intervenção), porem devem ser indicados com cuidado pois pode resultar em superinfecções, pelo crescimento de fungos como a Cândida albicans - Em casos de gengivite/periodontite ulcerativa necrosante em que há presença de dor intensa, acompanhada de linfadenite, febre e mal-estar geral, o protocolo descrito em atendimento + uso de analgésicos em conjunto com metronidazol parece ser efetivo para a melhora dos sintomas e para a promoção do reparo tecidual mais rápido. A dose é de 250mg a cada 8 h ou 400 mg a cada 12 h, pelo período de 3-5 dias Anti-inflamatórios e analgésicos - Para o alívio da dor, prescrever dipirona 500mg a 1 g, com intervalos de 4 h, pelo período de 24 h. - O ibuprofeno 200 mg ou o paracetamol 750 mg são analgésicos alternativos no caso de intolerância à dipirona (intervalos de 6 h para ambos). Atendimento - O eritema gengival linear pode responder bem a remoção da placa pelo CD, melhor higiene bucal e uso de bochecho de clorexidina 0,12% - O tratamento da gengivite ulcerativa necrosante e da periodontite ulcerativa necrosante se baseia na anestesia local infiltrativa com articaina 4% com epinefrina 1:100.000, no debridamento mecânico local, uso de solução antimicrobiana (clorexidina 0,12%), irrigação com iodo-povidona a 10%, acompanhamento de manutenção rígido e prolongado, boa higiene bucal e terapia com metronidazol 500mg (um comprimido duas vezes ao dia, durante sete ou dez dias), clindamicina e amoxicilina - O tratamento da candidíase no indivíduo com AIDS pode ser feito com clotrimazol tópico. Os azóis sistêmicos (fluconazol, cetoconazol, itraconazol) também são indicados, principalmente para casos de comprometimento esofagiano e pacientes que estão em terapêutica antirretroviral efetiva - Em pacientes com eritema gengival linear que não respondem com tratamento periodontal, pode-se utilizar antifúngicos sistêmicos (fluconazol ou cetoconazol) - Para combater infecções por vírus herpes simples (HSV), pode-se prescrever o uso de pomada aciclovir e para a infecção por herpes-zoster (VZV) o aciclovir intravenoso é recomendado - A terapia das ulcerações aftosas deve ser feita com corticosteroides tópicos potentes (elixir de dexametasona) Acidentes perfurocortantes Materiais biológicos e risco de transmissão do HIV - Sangue, outros materiais contendo sangue, sêmen e secreções vaginais são considerados materiais biológicos envolvidos na transmissão do HIV - Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico), líquido amniótico, líquor e líquido articular são fluidos e secreções corporais potencialmente infectantes - Suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva (exceto em ambientes odontológicos) são líquidos biológicos sem risco de transmissão ocupacional - Qualquer contato sem barreira de proteção com material concentrado de vírus (laboratórios de pesquisa, com cultura de vírus e vírus em grandes quantidades) deve ser considerado uma exposição ocupacional que requer avaliação e acompanhamento Cuidados imediatos - Lavagem exaustiva do local exposto com água e sabão nos casos de exposições percutâneas ou cutânea - Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou com solução salina fisiológica - Mesmo se o paciente tiver dito na anamnese que o mesmo não é portador de HIV, perguntar novamente - Ir, junto com o paciente, ao posto de saúde mais próximo para realizar a quimioprofilaxia para HIV - O paciente não é obrigado à ir junto, e o mesmo pode se recusar Quimioprofilaxia Transtorno obsessivo compulsivo Definição - O transtorno obsessivo-compulsivo é caracterizado por obsessões, compulsões ou ambas. - As obsessões são ideias, imagens ou impulsos recorrentes, persistentes, indesejados, que provocam ansiedade e são intrusivos - As compulsões (também conhecidas como rituais) são determinadas ações ou atos mentais que a pessoa se sente impelida a praticar para tentar diminuir ou evitar a ansiedade causada pelas obsessões Sintomas Obsessões: - Preocupação com contaminação (por exemplo, supor que tocar em maçanetas provocará alguma doença) - Dúvidas (por exemplo, supor que a porta da frente não foi trancada) - Preocupação com objetos que não estão perfeitamente alinhados ou uniformes Compulsões - Lavar ou limpar algo para evitar contaminação - Verificar algo para eliminar dúvidas (por exemplo, verificar muitas vezes que uma porta está trancada) - Contar (por exemplo, repetir uma ação um determinado número de vezes). - Ordenar (por exemplo, arrumar talheres ou objetos da mesa de trabalho em um padrão específico) Relação com saúde bucal - A preocupação excessiva do paciente com limpeza pode resultar em lesões cervicais e descamação gengival - Medicações utilizadas (inibidores seletivos da recaptação da serotonina) podem causar xerostomia, inquietação, sonolência em alguns, insônia e alto senso de energia, em outros - Usuários de Imipramina (antidepressivo tricíclico) se queixam mais frequentemente de xerostomia Pré-atendimento - Há uma ansiedade excessiva mesmo num simples exame clínico rotineiro, sem que ainda haja qualquer intervenção invasiva anestesia local - Alguns cuidados devem tomados em pacientes sob a vigência de antidepressivos quando da escolha da base anestésica e do vasoconstrictor. Pode-se haver uma potencialização do efeito vasoconstrictor e o desencadeamento de uma crise hipertensiva. O ideal seria utilizar anestésicos sem vasoconstrictores nos pacientes que fazem uso dessas medicações durante o atendimento odontológico. Atendimento - Controle verbal, dizer-mostrar-fazer, motivação positiva, distração, comunicação não-verbal, técnica da mão sobre a boca, contenção física, sedação consciente, óxido nitroso e anestesia geral. No caso do adolescente, a técnica do diálogo é considerada como a mais adequada. - Manter poucos instrumentais à vista do paciente, sempre organizados e limpos - Não deixar gazes ou algodoes usados e sujos de sangue em cima da bancada - Manter o ambiente organizado Deficiencia visual Definição - A expressão ‘deficiência visual’ se refere ao espectro que vai da cegueira até a visão subnormal Relaçãocom saúde bucal - Na maioria das vezes, o paciente nunca foi ensinado a escovar os dentes e passar fio dental, por isso, poderá haver presença de caries e gengivite Anamnese - Realizar anamnese com perguntas sobre saúde geral e bucal, uso de medicamentos, origem da deficiência Pré-atendimento - Primeira consulta: apresentação do profissional e da equipe, do ambiente e de alguns instrumentos - Descrever os instrumentos e a localização de equipamentos como foco de luz e cuspideira - Deixar o paciente tocar os materiais e avisá-lo de possíveis ruídos, odores e gostos desagradáveis atendimento - Não segurar o braço do paciente para conduzi-lo. Oferecer a mão é suficiente - Orientar a higiene oral utilizando dedeiras de borracha e, em seguida, com a escova dental, ou com modelo de gesso e escova, com as mãos do paciente sobre as mãos do profissional, que realizará os movimentos Deficiencia auditiva Definição - Deficiência auditiva é considerada como a diferença existente entre a desempenho do indivíduo e a habilidade normal para a detecção sonora de acordo com padrões estabelecidos pela American National Standards Institute Pré-atendimento - Avisar a equipe da presença da condição do paciente para evitar constrangimentos - Comunicar-se com o paciente através de intérprete de sinais, comunicação não- verbal (figuras, modelos, gestos, expressões faciais) ou leitura labial - NUNCA inventar sinais. Deficientes auditivos sabem leitura labial. No meio do atendimento, quando precisar falar algo, se afastar do paciente, retirar a máscara e falar - Pedir ao paciente para remover aparelhos auditivos, pois podem amplificar os sons - Avisar dos odores, sabores, textura e temperatura diferentes dos materiais atendimento - Tranquilizar os pacientes por meio de contatos físicos, como mão no ombro e aperto de mão Sindrome de down Definição - A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. - As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. Características - Rosto arredondado - Olhos em formato de amêndoa, puxadinhos para cima - Manchas brancas na parte colorida dos olhos - Nariz pequeno e ligeiramente achatado - Boca pequena, mas com língua maior que o normal - Orelhas mais baixas que o normal; - Pescoço curto - Apenas uma linha na palma da mão; - Mãos largas com dedos curtos - Aumento do espaço entre o dedão e os outros dedos do pé - Fraqueza dos músculos, fazendo com que bebê fique mais mole Relação com saúde bucal - Nesses pacientes, há atraso da erupção de dentes, pode haver ausência de alguns dentes congenitamente - Uma das características ósseas é a presença de micrognatia, o que prejudica a oclusão - Os pacientes apresentam macroglossia (além de língua fissurada), o que pode dificultar tratamentos odontológicos e isolamento relativo - Os portadores de síndrome de down podem apresentar cardiopatias congênitas - Os pacientes frequentemente são respiradores bucais devido a falta de espaço na boca para acomodar a língua com macroglossia - Os dentes podem se apresentar com microdontia, hipoplasia de esmalte, hipodontia e oligodontia - Há tendencia ao desenvolvimento de gengivite e periodontite, assim como susceptibilidade à halitose e infecção por cândida albicans - Devido a hipersalivação, os pacientes podem apresentar lesões de queilite angular Anamnese - Perguntar sobre hospitalizações e cirurgias anteriores do paciente, verificando traumas e experiências anteriores desagradáveis - Encaminhar o paciente ao médico mediante a suspeita de alguma alteração sistêmica notada - Atentar-se ao exame físico para evidências de maus tratos, abandono ou negligência - Observar também variações de temperatura, sudorese, atentando-se para apnéias e paradas respiratórias medicamentos Antibióticos - Em caso de necessidade de realizar- se profilaxia antibiótica antes de intervenções cruentas (raspagem subgengival, endodontia, exodontia e 100 restaurações utilizando matriz), administrar antibiótico uma hora antes do procedimento odontológico segundo recomendações da AHA, 2008 atendimento - Usar técnicas no atendimento dos pacientes com SD semelhantes às utilizadas em Odontopediatria, como: moldagem ou modelagem do comportamento, reforço positivo, técnica do dizer-mostrar-fazer, dessensibilização verbalização contínua, imitação, competição e controle de voz - Ter cautela ao manipulá-los devido à instabilidade da articulação atlantoaxial na coluna cervical, evitando hiperextensão afim de não traumatizar a medula e/ou nervos periféricos Referencias ANDRADE, E. D. de. TERAPEUTICA MEDICAMENTOSA EM ODONTOLOGIA. 2014 PRADO, B. N. ALTERAÇÕES BUCAIS EM PACIENTES DIABÉTICOS. Rev. Odontol. Univ. Cid. São Paulo 2013; 25(2): 147-53, maio-ago Manejo odontológico do paciente clinicamente comprometido / James W. Little... [et al.]; [tradução Izabella de Jesus Pasolini]. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2008 MARINHO, E. V. S. Transtorno obsessivo compulsivo em crianças e adolescentes: revisão de literatura e abordagem odontológica. Arq. Odontol. vol.47 no.4 Belo Horizonte Out./Dez. 2011 GIL, Marta. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA C A D E R N O S D A Deficiência Visual. [s.l.]: , [s.d.]. CAMPOS, C. C. et al. MANUAL PRÁTICO PARA O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS. UFG, 2009. JESUS JOÃO MBATNA; NICÁSIO URINQUE MENDES; DAVIDE CARLOS JOAQUIM; et al. 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Disponível em: < http://www.gpuim.ufc.br/manuais/M ANUAL%20UTI%20materna.pdf > Guia de interações medicamentosas Medicamento de uso odontologico Interage com Efeito clinico Grau de interação Aciclovir Tenofovir Tontura, diarreia, vomito, neuropatia Moderado Aciclovir Zidovudina Letargia e fadiga grave Moderada Lidocáina Amiodarona Crises convulsivas Moderada Claritromicina Amiodarona Arritmias ventriculares Grave Ampicilina Doxiciclina ↓ efeitos terapêuticos da Ampicilina Grave Cetoconazol/ Itraconazol Anlodipino/ Nifedipino/ Nimodipino/ Diltiazem/ VerapamiL ↑ efeitos terapêuticos e tóxicos dos bloqueadores de canal de cálcio Moderada AINES Anlodipino/ Nifedipino/ Nimodipino/ Diltiazem/ Verapamil ↓ efeito anti-hipertensivo dos bloqueadores de canal de cálcio Leve Fluconazol Anlodipino/ Nifedipino/ Nimodipino/ Diltiazem/ Verapamil ↑ efeitos terapêuticos e tóxicos dos bloqueadores de canal de cálcio Moderada Claritromicina Anlodipino/ Nifedipino/ Nimodipino/ Diltiazem/ Verapamil ↑ efeitos terapêuticos e tóxicos dos bloqueadores de canal de cálcio Moderada Ampicilina Atenolol ↓ efeito anti-hipertensivo do betabloqueador (atenolol) Moderada AAS Captopril/ Enalapril ↓ efeito anti-hipertensivo do betabloqueador (atenolol) Moderada AINEs Captopril/ Enalapril ↓ resposta anti-hipertensiva; ↑ risco de disfunção renal Moderada Cetoconazol/ Miconazol Carbamazepina ↑ efeitos adversos/tóxicos da Carbamazepina Moderada Medicamento de uso odontologico Interage com Efeito clinico Grau de interaçãoDoxiciclina Carbamazepina ↓ efeito terapêutico da doxiciclina Moderada Paracetamol Carbamazepina ↓ efeito terapêutico do paracetamol e aumenta risco de dano hepático Moderada AAS Cilostozol ↑ do risco de sangramento Moderada AINEs Cilostozol ↑ do risco de sangramento Moderada Dexametasona/ Betametasona/ Ciprofloxacino ↑ risco de tendinite e ruptura do tendão Grave Cetoconazol/ Itraconazol Claritromicina ↑ efeitos terapêuticos e tóxicos dos antifúngicos Moderada Claritromicina Ácido valpróico ↑ problemas de deambulação, fala e concentração Moderada Azitromicina Varfarina ↓ efeito terapêutico da eritromicina Grave Claritromicina/ Azitromicina Digoxina Bradicardia excessiva; Arritimias Moderada Cetoconazol/ Itraconazol Digoxina Bradicardia; Distúrbios do SNC; náusea e vômito Moderada Diazepam/ Midazolam/ Diltiazem/ Verapamil ↑ das concentrações e toxicidade dos benzodiazepínicos (sedação excessiva e efeitos hipnóticos prolongados) Moderada Dipirona sódica Ciclosporina ↓ níveis plasmáticos de ciclosporina - Dipirona sódica Propranolol/ Carvedilol ↓ efeito anti-hipertensiva - Dipirona sódica Varfarina ↑ risco hemorrágico - Dipirona sódica Losartana Hipotensão e aumento do risco de problemas renais - Diazepam/ Midazolam Fentanil Depressão respiratória e SNC Moderada Diazepam/ Midazolam/ Clonazepam Fluconazol ↑ das concentrações e toxicidade dos benzodiazepínicos (sedação excessiva e efeitos hipnóticos prolongados) Moderada Medicamento de uso odontologico Interage com Efeito clinico Grau de interação AINEs Furosemida ↓ da diurese Moderada Eritromicina/ Azitromicina Haloperidol ↑ risco de arritmias ventriculares Grave Penicilinas IV: Ampicilina/ Oxacilina/ Piperacilina + Tazobactan Heparina ↑ risco de hemorragias Leve AINEs Heparina ↑ risco de hemorragias Moderada AINEs Hidroclorotiazida Aumenta o risco de nefropatia aguda (insuficiência renal aguda; proteinúria minima) Grave Dexametasona/ Betametasona Hidroclorotiazida Risco de hipocalemia (fraqueza, letargia e dores musculares ou cãibras). Moderada Dexametasona/ Betametasona Fluconazol ↑ efeitos terapêuticos e tóxicos dos corticosteróides Moderada Dexametasona/ Betametasona Claritromicina ↑ efeitos terapêuticos e tóxicos dos corticosteróides Moderada Dexametasona/ Betametasona Diltiazem/ Verapamil ↑ efeitos terapêuticos e tóxicos dos corticosteróides Moderada Dexametasona/ Betametasona Ciclosporina ↑ efeitos terapêuticos e tóxicos dos corticosteróides Moderada Dexametasona/ Betametasona AAS ↑ ulcerações e sangramentos gastrintestinais. ↓ filtração glomerular ↑metabolismo do AAS Moderada Dexametasona/ Betametasona Fenobarbital ↓ efeito terapêutico dos corticosteróides Moderada Paracetamol Insulina ↑ efeito hipoglicimiante (pode ocorrer cefaléia, tontura, sonolência, náuseas, fome, tremores, fraqueza, sudorese) Moderada Lidocaína Octreotida ↓ freqüência cardíaca e ↑ risco de bradicárdias Moderada Lidocaína Saquinavir ↑ concentração da lidocaína. Pode ocorrer sonolência, alterações do estado mental, bradicardia e hipotensão. Grave Medicamento de uso odontologico Interage com Efeito clinico Grau de interação Lidocaína Saquinavir ↑ concentração da lidocaína. Pode ocorrer sonolência, alterações do estado mental, bradicardia e hipotensão Grave Lidocaína Tramadol Aumenta risco de convulsões Grave Lidocaína Atenolol/ Metoprolol/ Propranolol Pode ocorrer sonolência, alterações do estado mental, bradicardia e hipotensão Moderada Norepinefrina/ Epinefrina Linezolida ↑ efeito vasopressórico da noradrenalina/adrenalina Grave Metronidazol Varfarina ↑ risco hemorrágico Grave Metronidazol Dissulfiram ↑Risco de reações psicóticas agudas Moderada Metronidazol Ciclosporina ↑ efeito terapêutico da ciclosporina (imunossupressão) Moderada Cetoconazol Dexametasona ↑ efeitos terapêuticos e tóxicos dos corticosteróides Moderada Paracetamol Isoniazida ↑ toxicidade do Paracetamol Moderada Paracetamol Varfarina ↑ efeito anticoagulante da Varfarina e ↑ RNI Moderada AINE Propranolo ↓ efeito anti-hipertensivo dos betabloqueadores Moderada Diclofenaco Sinvastatina ↑ risco de rabdomiólise Grave