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Autoria 
Alice Póvoas (@dradentinhos_) 
Sumario 
- Diabetes mellitus 
- Cardiopatias 
- Hipertensão arterial 
- Gravidas e lactantes 
- Paralisia cerebral 
- Acidente vascular encefálico 
- Autismo 
- Anemia 
- Hemofilia 
- Epilepsia 
- Usuários de drogas 
- Lúpus eritematoso 
- Transplantados 
- Esquizofrenia 
- Ansiedade e depressão 
- SIDA 
- Transtorno obsessivo compulsivo 
- Deficiência visual 
- Deficiência auditiva 
- Síndrome de Down 
Guia de interações medicamentosas 
 
Leia antes de acessar: 
- Essa apostila foi escrita por Alice 
Póvoas (dradentinhos_) baseado na 
bibliografia descrita nas últimas 
páginas. 
- Esta apostila representa uma 
propriedade intelectual da autora, 
sendo assim, respaldado em direito 
sob garantias de PLÁGIO (Crime de 
Violação aos Direitos Autorias no Art. 
184 – Código Penal). 
- Todo o conteúdo foi escrito retirado 
do livro, os desenhos foram feitos 
pela autora e os que não (incluindo 
imagens) estão linkados no final da 
apostila. 
- É PROIBIDA a venda ou distribuição 
gratuita deste conteúdo por outra 
pessoa que não seja a autora, 
também se enquadrando em crime 
contra a propriedade intelectual. 
 
Diabetes mellitus 
Definição 
- Diabetes Mellitus é uma doença 
caracterizada pela elevação da 
glicose no sangue (hiperglicemia) 
Diabetes tipo i 
- Resultado da destruição das células 
beta do pâncreas por um processo 
autoimune 
- As células beta são responsáveis 
pela produção da insulina. A insulina 
é um hormônio que guia a glicose do 
sangue para dentro das células 
- Com a falta da insulina, a glicose não 
entra nas células e permanece no 
sangue, causando então a 
hiperglicemia 
- Em geral costuma acometer 
crianças e adultos jovens, mas pode 
ser desencadeado em qualquer faixa 
etária 
- Inicio relativamente rápido, de dias 
a poucos meses, com os sintomas de: 
sede, diurese e fome excessivas, 
emagrecimento importante, cansaço 
e fraqueza 
- O tratamento é feito com doses de 
insulina 
 
 
Diabetes tipo ii 
- A insulina é produzida pelas células 
beta, porém, o corpo criou 
resistência ao hormônio 
- A instalação do quadro é mais lenta, 
com os mesmos sintomas 
- Associado com aumento de peso, 
sedentarismo e obesidade, 
acometendo principalmente adultos 
a partir dos 50 anos 
- Tratado com hipoglicemiantes 
Critério 
diagnostico 
Glicemia 
em jejum 
Glicemia 
após 2h 
Glicemia 
Normal 70-99 < 140 < 200 
Intolerância 
a glicose 
100-
125 
> 140 e 
<200 
- 
Diabetes > 126 >200 
> 200 
com 
sintomas 
Sintomas 
- Poliúria: necessidade de urinar 
muitas vezes durante o dia ou à noite 
- Polidipsia: sede anormal ou 
excessiva 
- Polifagia: vontade excessiva de 
comer 
- Glicosúria: glicose na urina 
- Perda de peso sem explicação 
Relação com saúde bucal 
- Pacientes com DM apresentam uma 
maior suscetibilidade ao 
desenvolvimento da doença 
periodontal e xerostomia 
- O controle de placa efetivo é 
essencial para não exacerbar o risco 
dessas enfermidades bucais 
- Pode-se indicar, como adjunto para 
prevenção dessas patologias, 
bochechos com clorexidina 0,12% e 
fluoreto de sódio 
- No caso de xerostomia, pode-se 
prescrever chiclete sem açúcar ou 
xilitol 
- As infecções por Cândida albicans 
são frequentes em pacientes 
diabéticos, devido à xerostomia 
- A presença de infecções leva à 
estimulação da resposta inflamatória 
resultando em situação de estresse, 
que aumenta a resistência dos 
tecidos à insulina, piorando o 
controle do diabetes 
- A pouca salivação do paciente 
diabético e o potencial infeccioso são 
fatores fundamentais para a 
presença da queilite angular 
Anamnese 
- Você está sendo acompanhado pelo 
médico regularmente? 
- Quando foi feito o último exame de 
glicemia e da hemoglobina glicada? 
- De quais medicamentos você faz 
uso? 
- Diariamente, qual é a sua dieta 
alimentar? 
- Recentemente, você teve alguma 
complicação decorrente da doença? 
Pré atendimento 
- Instruir para alimentar-se e ingerir a 
medicação antes da consulta 
odontológica 
- Recomenda-se avaliar a taxa de 
glicose no sangue através de 
aparelhos denominados glicosímeros 
 
Metas de glicemia DM1 
Quando Crianças Adultos 
Em jejum 70 a 145 70 a 130 
2h após 
refeição 
90 a 180 > 180 
Ao deitar 120 a 180 - 
Madrugada 80 a 162 -- 
 
Metas de glicemia DM2 
Em jejum 70 a 130 
2h após 
refeição 
Até 160 
 
- Realizar o atendimento desses 
pacientes no período matutino, 
momento em que os níveis de glicose 
se encontram, geralmente, mais 
elevados 
- Evitar consultas prologadas que 
mantenham o indivíduo em longos 
períodos de jejum 
Anestesia local 
- Adiar o tratamento odontológico 
eletivo de pacientes com níveis de 
glicose inferiores a 70 mg/dl e 
superiores a 200 mg/dl por 
conferirem risco ao sucesso do 
procedimento 
- A epinefrina possui efeito contrário 
à insulina, por isso evitar a sua injeção 
diretamente na corrente sanguínea 
- Um anestésico local com epinefrina 
1:100.000 poderá ser utilizado na 
mínima dose compatível com uma 
anestesia profunda e de duração 
suficiente. 
OU 
- Bupivacaina 0,5% com epinefrina 
1:200.000 
- Lidocaina 2% com noreprinefina 
1:50.000 
- Prilocaína com felipressina 
Medicamentos 
Anti-inflamatórios e analgésicos 
- AINEs e AAS podem interagir com 
os hipoglicemiantes, então evitar 
- Paracetamol 500mg de 6 em 6 horas 
em caso de dores leves 
- Para procedimentos invasivos, 
dexametasona ou betametasona 
4mg (dose única) 
Antibióticos 
- Para pacientes descompensados é 
necessário profilaxia antibiótica 
previa ao procedimento 
- Dose única de dexametasona 
amoxicilina 1 g (claritromicina 500 mg 
ou clindamicina 600mg aos alérgicos 
às penicilinas), 1 h antes do início da 
intervenção 
- As infecções bacterianas bucais 
previamente existentes, em 
diabéticos, devem ser tratadas de 
forma agressiva, pois a relação entre 
DM e infecção é bidirecional. 
- A antibioticoterapia não difere 
daquela preconizada para os 
pacientes ASA I, sendo empregados 
os mesmos grupos de antibióticos, 
dosagens, posologia e duração do 
tratamento 
Sedação mínima 
- O uso de um benzodiazepínico deve 
ser considerado como medicação 
pré-operatória, para se evitar o 
aumento da glicemia por condições 
emocionais. 
- Pode ser usado midazolam, 
alprazolam, Diazepam ou lorazepam 
(idosos) nas mesmas dosagens para 
pacientes normais 
atendimento 
- Atentar-se aos sinais vitais do 
paciente durante todo o 
procedimento, pois o indivíduo 
diabético apresenta risco de crises 
hipoglicêmicas e hiperglicêmicas 
- HIPOGLICEMIA: náuseas, diminuição 
da função cerebral (lerdeza), 
sudorese, taquicardia, aumento da 
ansiedade 
- Em caso de hipoglicemia, finalizar o 
atendimento, posicionar o paciente 
confortavelmente na cadeira e 
administrar carboidratos via oral 
- HIPERGLICEMIA: pele seca e quente, 
hálito cetônico, respiração profunda 
e hipotensão 
- Colocar o paciente em posição 
supina, monitorar os sinais vitais, 
administrar oxigênio e solicitar 
socorro do serviço de emergência 
Pós procedimento 
- É fundamental o contato com o 
médico quando o paciente for 
submetido a um procedimento que 
alterará sua capacidade de 
alimentação 
 
Cardiopatias 
definição 
- Congênitas: comunicação interatrial 
e interventricular, defeitos do septo 
atrioventricular, anomalia das 
artérias coronárias 
- Adquirida: hipertensão arterial, 
coronariopatas, arteriosclerose, 
arritmias, cardiomiopatias, 
insuficiência cardíaca congestiva 
Relação com saúde bucal 
- Betabloqueadores (propranolol) 
podem causar hiperplasia gengival 
medicamentosa e dores articulares 
(ATM) 
- Inibidores de enzima conversora de 
angiotensina (captopril) podem 
causar angioedema da face, lábios, 
língua e mucosa bucal 
Anamnese 
- Quando relatada uma cardiopatia, a 
história médica pregressa deve ser 
detalhada, incluindo dados sobre 
cirurgias cardíacas, uso de 
medicamentos, uso de próteses 
cardíacas, episódios de angina do 
peito e infarto do miocárdio 
Pré-atendimento 
- Sempre avaliar todos os sinais vitais 
antes do atendimento,principalmente frequência cardíaca e 
pressão arterial 
- Assim, consultas curtas e adoção de 
protocolos de redução do estresse 
previnem possíveis situações 
emergenciais 
- Adiar, em pacientes recentemente 
infartados, as consultas eletivas até 
que se completem seis meses após o 
incidente 
anestesia local 
- Anestésicos locais contendo a 
epinefrina e seus derivados como 
vasoconstritor devem ser utilizados 
em quantidade mínima (0,04mg por 
sessão) 
 
Concentração e quantidade 
de epinefrina por tubete 
Numero de tubetes por 
sessão de atendimento 
1:50.000 (0,036mg) 1 
1:100.000 (0,018mg) 2 
1:200:000 (0,009mg) 4 
 
- Evitar, em pacientes com arritmias 
cardíacas ou histórico de infarto no 
miocárdio, a epinefrina, norepinefrina 
e levonordefrina. Utilizar prilocaina 
3% com felipressina ou mepivacaína 
3% sem vasoconstritor em 
procedimentos de curta duração 
- Os fios de retração gengival 
impregnados com epinefrina não 
devem ser empregados em pacientes 
com risco cardiovascular. 
medicamentos 
Sedação mínima 
- A sedação consciente pode ser 
realizada pela inalação de óxido 
nitroso e oxigênio, ou através do uso 
de tranqüilizantes, como Diazepam 
Antibióticos 
- Indicar antibioticoterapia profilática 
para endocardite bacteriana em 
“procedimentos odontológicos que 
envolvam manipulação dos tecidos 
gengivais ou a região periapical dos 
dentes ou perfuração da mucosa 
oral” para pacientes nas seguintes 
condições: 
Válvulas cardíacas protéticas ou material protético 
usado para o reparo de válvula cardíaca; Endocardite 
bacteriana prévia; Doença cardíaca congênita: Doença 
cardíaca congênita cianótica não reparada, incluindo 
desvios e condutos paliativos; Defeito cardíaco 
congênito reparado completamente com material ou 
dispositivo protético, quer posicionado por cirurgia ou 
por intervenção de cateter, durante os seis primeiros 
meses depois do procedimento; Doença cardíaca 
congênita reparada com defeitos residuais no local ou 
adjacente ao local de uma placa ou dispositivo 
protético (o que inibe endotelialização); 
Transplantados cardíacos que desenvolveram 
valvulopatias cardíacas. 
 
Regime 
padrão 
Amoxicilina 2g 
Alérgicos a 
penicilinas 
Cefalexina 2g 
Clindamicina 600mg 
Azitromicina 500mg 
Claritromicina 500mg 
Incapazes de 
fazer uso via 
oral 
Ampicilina 2g IM ou IV 
Cefazolina 1g IM ou IV 
Alérgicos a 
penicilina 
incapazes de 
fazer uso via 
oral 
Clindamicina 
600mg IM 
ou IV 
- As cefalosporinas (cefalexina e 
cefazolina) não devem ser 
empregadas em pacientes com 
história de anafilaxia, angioedema ou 
urticária decorrente do uso das 
penicilinas. 
Anti-inflamatórios e analgésicos 
- Evitar a prescrição de anti-
inflamatórios não-esteroides em 
pacientes que fazem uso de 
betabloqueadores (propranolol), 
hidroclorotiazida e inibidores de 
enzima conversora de angiotensina 
(captopril), pois pode elevar a 
pressão arterial sistêmica 
Atendimento 
- O kit de emergências no consultório 
odontológico deve conter 
vasodilatadores como nitroglicerina, 
anti-agregantes plaquetários como 
ácido acetilsalicílico 100 mg, e 
oxigênio. PORÉM, a administração 
equivocada de fármacos anti-
hipertensivos pode agravar o quadro 
clínico do paciente 
- Para crises hipertensivas arteriais: 
parar imediatamente a consulta, 
posicionar o paciente 
confortavelmente. Em casos leves, 
acalmar o paciente. Em casos graves, 
o socorro médico deve ser acionado 
- Em casos de taquicardia, se os sinais 
vitais estiverem irregulares, o 
paciente deve ser encaminhado ao 
médico. Caso este sinal vital esteja 
regular, o CD deve tentar estimular o 
tônus vagal do paciente, oferecendo-
lhe água gelada, realizando manobra 
de Vassala (forçar a saída de ar com 
nariz e boca tampados), ou 
provocando o vômito. Após 
recuperação, encaminhar para o 
médico. 
- Em casos de angina do peito ou 
pectoris, com sintomas de dor na 
região do osso esterno, repentina, 
acompanhada de sudorese excessiva, 
apreensão, aumento da frequência 
cardíaca e pressão arterial, o 
atendimento deve ser interrompido e 
o paciente colocado em posição 
confortável. O CD precisa administrar 
um vasodilatador coronariano, como 
nitroglicerina, via sublingual, além do 
oxigênio 
- Em caso de infarto agudo do 
miocárdio, com dor repentina 
semelhante à da angina do peito, no 
entanto de maior intensidade e 
duração, o atendimento deve ser 
encerrado e precisa solicitar serviços 
médicos emergenciais, enquanto 
administra oxigênio, dois a três 
comprimidos de ácido acetilsalicílico 
100 mg e monitora os sinais vitais 
Hipertensão arterial 
Definição 
- A hipertensão arterial sistêmica é a 
elevação persistente dos níveis da 
pressão arterial sanguínea com 
valores ≥ 140/90 mmHg. 
 
 Sistólica Diastólica 
Normal Até 120 Até 80 
Pré-
hipertensão 
121-139 81-89 
Pressão alta 
(estagio I) 
140-159 90-99 
Pressão alto 
(estágio II) 
> 160 > 100 
Crise de 
hipertensão 
> 180 > 110 
sintomas 
- Dores no peito 
- Dor de cabeça 
- Tonturas 
- Zumbido no ouvido 
- Fraqueza 
- Visão embaçada 
- Sangramento nasal 
Hipertensão no estágio i 
- Pressão arterial controlada ou 
situada nos limites de até 160/100 
mmHg 
- Pode ser submetido a 
procedimentos odontológicos de 
caráter eletivo ou de urgência 
- Planeje sessões curtas de 
atendimento, preferencialmente na 
segunda parte do período da manhã 
(entre as 10-12 h). 
- Midazolam 7,5mg para sedação 
mínima, com objetivo de evitar 
aumento da pressão arterial por 
condições emocionais 
- Usar Prilocaína 3% com felipressina 
0,03 UI/ml ou anestésicos contendo 
epinefrina 1:100.000 (máximo 2 
tubetes) 
- Para o controle da dor pós-
operatória, dipirona ou paracetamol. 
Hipertensão estagio ii 
- Pressão arterial atingindo níveis > 
160/100 mmHg, mas ainda sem 
ultrapassar 180/110 mmHg 
- Os procedimentos odontológicos 
eletivos estão contraindicados 
- Nas urgências odontológicas (p. ex., 
pulpites, pericementites e 
abscessos), cuja intervenção não 
pode ser postergada, a conduta mais 
importante é o pronto alívio da dor 
- Prilocaína 3% com felipressina 
(máximo de 2-3 tubetes) 
- Atendimento de forma rápida, no 
máximo de 30 minutos e com 
sedação mínima 
Gravidas e lactantes 
Definição 
- A gravidez é um evento resultante 
da fecundação do ovulo (ovócito) 
pelo espermatozoide. 
Habitualmente, ocorre dentro do 
útero e é responsável pela geração 
de um novo ser 
Relação com saúde bucal 
- Orientar a paciente quanto à dieta 
alimentar, e orientar e motivar a 
gestante a realizar adequadamente a 
higiene oral, para evitar gengivites, 
doença periodontal, cáries e até 
granuloma gravídico 
- O granuloma piogênico (GP) é uma 
lesão bucal benigna de natureza não 
neoplásica. Em gravidas, é 
denominado granuloma gravídico, o 
qual hormônios como progesterona e 
estrógeno podem influenciar no 
crescimento rápido da lesão 
- A gengivite gravídica é causada pelo 
aumento do hormônio progesterona, 
que pode contribuir com o aumento 
do fluxo sanguíneo nos tecidos da 
gengiva, tornando-os sensíveis, 
inchados e com maior predisposição 
ao inchaço durante a escovação e o 
uso do fio dental 
Anamnese 
- Investigar se a paciente está indo às 
consultas do pré-natal, e caso não 
esteja, indicar que ela o faça 
Pré-atendimento 
- Marcar consultas curtas pela manhã, 
quando os enjoos são menos 
frequentes 
- Orientar a gestante a fazer uma 
alimentação leve antes das consultas 
- Marcar consultas para as gestantes 
em horários diferentes dos das 
crianças que frequentam o 
consultório, prevenindo dessa forma 
o possível contágio das doenças 
viróticas da infância 
anestesia local 
- Todos os anestésicos locais, por 
serem lipossolúveis, atravessam 
facilmente a placenta por meio de 
difusão passiva. 
Gestação normal 
Lidocaina 2% com 
epinefrina 1:100.000 
ou 1:200.000 
Grávidas com 
história de anemia 
Lidocaína 2% com 
epinefrina 1:100.000 
ou 1:200.000 
Grávidas diabéticas 
ou com hipertensão 
arterial controlada 
Lidocaína 2% com 
epinefrina1:100.000 
ou 1:200.000 
Grávidas com 
hipertensão arterial 
não controlada 
Prilocaína 3% com 
felipressina ou 
Mepivacaína 3% sem 
vasoconstritor 
Grávidas com 
hipertensão não 
controlada e 
história de anemia 
Mepivacaína 3% sem 
vasoconstritor 
medicamentos 
Categoria Definição 
A 
Estudos em mulheres não 
demonstram riscos para o feto 
B 
Estudos em animais não 
demonstram riscos para o feto 
C 
Estudos em animais revelaram 
efeitos adversos no feto 
(teratogênicos, embriológicos 
ou outros). O benefício 
potencial do fármaco pode 
justificar o risco potencial ao 
feto. 
D 
Risco fetal em humanos, e o 
beneficio para a mulher pode 
ser aceitável em casos de vida 
ou morte ou doenças muito 
graves 
X 
Resultados de estudos em 
animais ou humanos 
demonstraram anormalidades 
fetais ou 
evidências de risco fetal. 
 
Sedação mínima 
- Os benzodiazepínicos se enquadram 
na categoria D de risco fetal. 
- A sedação mínima por via inalatória 
pela mistura de óxido nitroso e 
oxigênio é um método seguro para 
uso na gravidez. 
- Para maior segurança da gestante, 
deve-se limitar o tempo de 
administração para 30 min, 
administrar pelo menos 50% de 
oxigênio na mistura 
Anti-inflamatórios e analgésicos 
- O paracetamol (risco B) é o fármaco 
de escolha para qualquer período da 
gestação. 
- As doses recomendadas são de 500-
750 mg, a cada 6 h, respeitando o 
limite máximo de três doses diárias, 
por tempo restrito 
- Quando houver necessidade do uso 
de um anti-inflamatório, empregar a 
dexametasona ou betametasona, em 
dose única de 2-4 mg 
Antibióticos 
- As penicilinas (penicilina V ou 
amoxicilina) são os antibióticos de 
primeira escolha, nas dosagens e 
posologias habituais. 
- Nas grávidas que apresentam 
história de alergia às penicilinas, 
deve-se optar pela eritromicina, 
preferencialmente sob a forma de 
estearato, ao invés de estolato 
- No tratamento de infecções em 
fases mais avançadas, pode-se 
associar o metronidazol (risco fetal 
B) à amoxicilina, nas dosagens 
habituais. Para alérgicas à 
amoxicilina, clindamicina 
(risco B). 
atendimento 
- Prevenir hipotensão postural a 
partir do sexto mês, posicionando a 
paciente em decúbito lateral 
esquerdo ou elevando seu quadril 
direito com uma almofada de 10 
centímetros 
- No primeiro trimestre, realizar 
profilaxia, eliminar focos infecciosos 
e realizar tratamentos restauradores 
básicos 
- No segundo trimestre, realizar 
procedimentos profiláticos, 
cirúrgicos, restauradores básicos e 
reabilitadores, além de raspagem e 
alisamento radicular, endodônticas e 
exodontias, se necessário, este é o 
momento mais estável da gestação 
- No terceiro trimestre, realizar 
profilaxia, procedimentos 
restauradores básicos e fluorterapia 
- As tomadas radiográficas podem ser 
realizadas em gestantes, desde que 
se proteja a gestante com avental de 
chumbo até a região das gônadas e 
com colar de tireoide 
pós atendimento 
- Posicionar a paciente sentada por 
alguns minutos antes de ficar de pé, 
para prevenir tonturas 
 
Uso de medicamentos 
durante lactação 
- O Diazepam, um benzodiazepínico 
bastante empregado para a sedação 
mínima, pode se acumular no leite 
materno se empregado de forma 
contínua, causando letargia e perda 
de peso nos lactentes, o que 
geralmente não acontece quando 
administrado em dose única e de 
forma eventual, como medicação 
pré-operatória em odontologia 
- A dipirona sódica é um analgésico 
seguro para o controle da dor leve a 
moderada durante a lactação, da 
mesma forma que o paracetamol 
- O ibuprofeno, o diclofenaco e o 
cetorolaco podem ser empregados 
em lactantes para o controle da dor e 
de edemas de maior intensidade, da 
mesma forma que os 
corticosteroides 
- Para antibióticos, o uso de doses 
baixas (500 mg/dia, em doses 
fracionadas), por tempo restrito (3 
dias), parece ser compatível com o 
aleitamento materno. 
 
 
 
 
 
 
Paralisia cerebral 
Definição 
- Paralisia Cerebral (PC), a deficiência 
mais comum na infância, é 
caracterizada por alterações 
neurológicas permanentes que 
afetam o desenvolvimento motor e 
cognitivo, envolvendo o movimento 
e a postura do corpo. 
- Essa desordem é resultante de uma 
injúria irreversível que atinge o 
cérebro em formação (congênita) ou 
infantil (adquirida), antes da 
completa maturação do Sistema 
Nervoso Central, podendo estar 
associada a fatores pré, peri ou pós-
natais 
Sintomas 
- As alterações da parte motora 
incluem, problemas na marcha (como 
paralisia das pernas), hemiplegia 
(fraqueza em um dos lados do 
corpo), alterações do tônus muscular 
(espasticidade caracterizada por 
rigidez dos músculos) e distonia 
(contração involuntária dos 
membros). 
Relação com saúde bucal 
- Pode-se adotar o uso de escovas 
elétricas para otimizar o controle de 
placa, considerando a falta de 
destreza desses indivíduos ao utilizar 
escovas manuais 
- Ensinar os pais/responsáveis a fazer 
abridores de boca 
 
- Utilizar, se necessário, o controle 
químico de placa através de 
clorexidina 0,12% quando somente o 
controle mecânico for insuficiente 
- Pacientes podem fazer uso de 
medicamentos com manifestações 
orais, como fenitoína e fenobarbital, 
geralmente associados à hiperplasia 
gengival e incidência de infecções 
aumentada; ácido valpróico e 
carbamazepina, que podem causar 
sangramento gengival; e 
clonazepam, que pode causar 
xerostomia. 
Anamnese 
- Anotar observações 
complementares sobre o estado de 
saúde do indivíduo, como, por 
exemplo, sobre a presença de 
distúrbios secundários associados à 
PC, como: epilepsia – convulsões, 
retardo mental, atraso na aquisição 
da fala, alterações visuais, auditivas e 
sensoriais, distúrbios do 
comportamento 
Pré-atendimento 
- Planejar consultas rápidas, evitando, 
assim, fadiga muscular do paciente 
medicamentos 
Sedação mínima 
- Em pacientes que fazem uso de 
anticonvulsivantes deve-se ter 
cautela ao prescrever 
benzodiazepínicos, os quais podem 
potencializar o efeito depressor do 
sistema nervoso central 
Antifúngicos 
- A fenitoina usada por pacientes com 
PC deve ser evitada concomitante 
com cetoconazol e miconazol 
- Em pacientes que fazem uso de 
carbamazepina, não prescrever 
cetoconazol/miconazol pois 
aumentam os efeitos tóxicos da 
carbamazepina 
Anti-inflamatórios e analgésicos 
- Em pacientes que fazem uso de 
fenitoina, o paracetamol pode 
aumentar risco de dano hepático 
- Em pacientes que fazem uso de 
fenobarbital, o uso de paracetamol 
pode aumentar risco de dano 
hepático 
- Em pacientes que fazem uso de 
carbamazepina, o uso de 
paracetamol pode aumentar risco de 
dano hepático 
atendimento 
- Utilizar um dispositivo de 
posicionamento da cabeça, em nível 
occipital e dos joelhos (como rolos de 
espuma), para manutenção dos 
membros inferiores inclinados 
- Manter o paciente em posição 
inclinada, evitando deixá-lo 
completamente deitado, para reduzir 
a dificuldade de deglutição 
- Usar contenção física, sob 
consentimento dos pais, a fim de 
controlar os movimentos 
involuntários do paciente 
- Usar isolamento absoluto e um 
sistema de sucção eficaz pois 
portadores de PC podem apresentar 
sialorreia 
Acidente vascular 
encefálico 
Definição 
- O AVC acontece quando: 
- O suprimento de sangue que vai 
para o cérebro é interrompido ou 
drasticamente reduzido, privando as 
cédulas de oxigênio e de nutrientes 
OU 
- Quando um vaso sanguíneo se 
rompe, causando uma hemorragia 
cerebral. 
- Entre as causas dessas ocorrências, 
estão a malformação arterial cerebral 
(aneurisma), hipertensão arterial, 
cardiopatia, tromboembólica 
(bloqueio da artéria pulmonar) 
Relação com saúde bucal 
- É necessário suspender o uso de 
anticoagulantes como warfarin (por 
dois dias), e de antiplaquetários 
como aspirina (por sete dias) antes 
de procedimentos cirúrgicos 
invasivos que necessitem de uma 
hemostasia normal. 
Anamnese 
- Perguntar e anotar quando foi o 
acidente 
- Pacientes com história de acidente 
vascular encefálico, no período dosúltimos 6 meses, com pressão arterial 
> 200/100mmHg são considerados 
ASA IV 
Pré-atendimento 
- Consultas curtas e, quando 
necessário, adotar a sedação 
consciente preferencialmente com 
óxido nitroso e oxigênio 
- Orientar os pacientes e cuidadores 
quanto à importância da higienização 
oral 
- Recomenda-se a adaptação dos 
instrumentos para limpeza bucal (por 
exemplo, escovas dentais com cabos 
mais calibrosos), buscando adequá-
los às limitações do paciente 
atendimento 
- Prevenir o risco de aspiração através 
de isolamento absoluto, sistema de 
sucção eficaz e posicionamento 
adequado da cabeça do paciente 
 
Autismo 
Definição 
- O Transtorno do Espectro do 
Autismo (TEA) reúne desordens do 
desenvolvimento neurológico 
presentes desde o nascimento ou 
começo da infância 
características 
- Dificuldade para interagir 
socialmente, como manter o contato 
visual, expressão facial, gestos, 
expressar as próprias emoções e 
fazer amigos 
- Dificuldade na comunicação, 
optando pelo uso repetitivo da 
linguagem e bloqueios para começar 
e manter um diálogo 
- Alterações comportamentais, como 
manias, apego excessivo a 
rotinas, ações repetitivas, interesse 
intenso em coisas específicas, 
dificuldade de imaginação e 
sensibilidade sensorial (hiper ou hipo) 
Relação com saúde bucal 
- O metilfenidato utilizado por 
pacientes autistas pode gerar 
redução do fluxo salivar, resultando 
em risco de caries e infecção por 
cândida albicans 
- O uso de antipsicóticos 
(Haloperidol) pode causar redução 
do fluxo salivar, aumento do 
sangramento gengival, 
plaquetopenia e neutropenia 
- Antidepressivos (fluxocetina e 
setralina) podem causar redução do 
fluxo salivar 
- Anticonvulsivantes (fenitoina, 
carbamazepina e acido valproico) 
podem causar hiperplasia gengival, 
ulcerações na boca, xerostomia, 
sangramento gengival. 
Anamnese 
- Registrar aplicações anteriores de 
métodos de condicionamento e 
averiguar experiências prévias de 
sedação e a presença ou não de 
intercorrências durante este 
procedimento 
 
 
https://autismoerealidade.org.br/2019/09/12/o-que-sao-as-estereotipias/
Pré-atendimento 
- Criar uma rotina de atendimento 
para o paciente autista, realizando 
várias visitas ao consultório antes de 
iniciar o tratamento 
- Deve-se manter sempre o mesmo 
dia, horário e equipe profissional, 
uma vez que o paciente autista 
necessita de uma continuidade 
- Reduzir a estimulação sensorial 
como luz forte, sons e odores, devido 
à grande sensibilidade do autista a 
estes estímulos 
atendimento 
- Utilizar comandos claros, curtos e 
simples, evitando palavras que 
provoquem medo 
- Evitar a técnica “mão sobre a boca” 
durante o atendimento do autista 
- Ignorar comportamentos 
inadequados do paciente, como a 
automutilação, a qual é geralmente 
realizada para atrair a atenção do CD 
e responsáveis e evitar 
procedimentos indesejáveis 
 
Anemia 
Definição 
- A anemia é uma condição 
caracterizada pela queda no 
conteúdo de hemoglobina, o 
pigmento que dá cor aos glóbulos 
vermelhos no sangue 
- Isso pode ocorrer pela carência de 
um ou mais nutrientes essenciais, 
como ferro (de longe o mais comum), 
zinco, vitamina B12 e proteínas. 
Também pode ser consequência da 
perda de sangue ou de diferentes 
doenças ou condições adquiridas ou 
hereditárias 
Sintomas 
- Palidez da pele e mucosas 
- Cansaço 
- Falta de apetite 
- Dor de cabeça 
- Tontura 
- Falta de ar 
- Dor no peito 
Anamnese 
- Sempre pedir exame complementar 
(hemograma completo) para 
certificar-se do estado de saúde do 
indivíduo 
- São considerados de alto risco os 
pacientes com: hematócrito inferior a 
30 %; quadros de sangramento; 
necessidade de transfusões 
sanguíneas frequentes; ou anemias 
associadas à coagulopatias e doenças 
coronarianas 
Pré-atendimento 
- Realizar consultas de curta duração 
ao tratar portadores de anemia 
clinicamente estáveis 
anestesia local 
- Evitar o uso de anestésicos a base 
de prilocaína em pacientes anêmicos, 
principalmente no caso da anemia 
falciforme 
medicamentos 
Sedação mínima 
- Para a anemia perniciosa está 
contraindicada a sedação consciente 
com óxido nitroso e oxigênio 
- Para caso de anemia falciforme, 
recomenda-se utilizar técnicas de 
sedação pois o estresse durante a 
consulta pode desencadear uma crise 
falcêmica 
Antibióticos 
- Nos casos de anemia falciforme e 
anemia aplástica, utilizar profilaxia 
antibiótica, adotando-se amoxicilina, 
clindamicina ou azitromicina, em 
procedimentos odontológicos 
cruentos para reduzir o risco de 
infecção secundária 
Anti-inflamatórios e analgésicos 
- Não utilizar, nos casos de anemia, a 
dipirona como analgésico 
Atendimento 
- Nos indivíduos portadores de 
anemia falciforme está 
contraindicado o uso de implantes, 
pois há possibilidade de 
complicações ósseas 
- Ter cautela ao manipular os tecidos 
moles e duros, os quais podem gerar 
ulcerações traumáticas persistentes 
devido ao retardo na cicatrização 
desses indivíduos 
Hemofilia 
Definição 
- A hemofilia é uma doença 
hemorrágica hereditária ligada ao 
cromossomo X, caracterizada pela 
deficiência ou anormalidade da 
atividade coagulante do fator VIII 
(hemofilia A) ou do fator IX 
(hemofilia B). 
Sintomas 
- A apresentação clínica das 
hemofilias A e B é semelhante, 
caracterizada por sangramentos 
intra-articulares (hemartroses), 
hemorragias musculares ou em 
outros tecidos ou cavidades. 
Pré-atendimento 
- Pedir os exames complementares: 
tempo de sangramento, tempo de 
protrombina, tempo de 
tromboplastina parcial, contagem de 
plaquetas e testes específicos de 
fatores 
anestesia local 
- Para bloqueio do nervo alveolar 
inferior e lingual, necessita-se de 
cobertura com fator de coagulação 
- As anestesias tronculares e 
bloqueios podem gerar 
hematomas20 e devem, sempre que 
possível, serem evitadas 
- Para as terminais infiltrativas, como 
infiltração bucal, injeção intrapapilar 
e intraligamentar, não é requerida 
terapia prévia com reposição de fator 
Medicamentos 
Anti-inflamatórios e analgésicos 
- Preferir sempre paracetamol ou 
dipirona 
- Não se deve prescrever AINEs ou 
AAs 
Atendimento 
- No tratamento endodôntico, evitar 
sobre instrumentação e sobre 
obturação 
- Em cirurgias, é preciso, ainda, 
adotar algumas medidas de 
precaução como: remoção de 
fragmentos ósseos, reposição de 
tábuas alveolares linguais e 
vestibulares após exodontias, manejo 
cuidadoso de tecidos moles 
 
Epilepsia 
Definição 
- A epilepsia é uma doença 
neurológica do sistema nervoso 
central em que a atividade do 
cérebro, os impulsos elétricos dos 
neurônios e os sinais químicos 
cerebrais se tornam anormais, 
deixando sua atividade desordenada, 
causando sintomas como convulsões, 
movimentos descontrolados do 
corpo ou alterando o 
comportamento e as sensações, 
podendo levar até a perda de 
consciência 
Relação com saúde bucal 
- Por consequência do uso de 
anticonvulsivantes, os pacientes são 
susceptíveis a alterações gengivais 
- Eliminar os fatores irritantes ao 
tecido periodontal, os quais podem 
agravar a hiperplasia gengival 
medicamentosa 
- Evitar próteses parciais removíveis e 
restaurações provisórias, e priorizar 
próteses fixas, restaurações 
permanentemente cimentadas, 
implantes e aparelhos ortodônticos 
fixos. Estas medidas minimizam a 
possibilidade de aspiração e/ou 
fraturas dos elementos 
Anamnese 
- Anotar a época inicial da desordem, 
tipo, causas e frequências das crises 
convulsivas, uso de medicamentos e 
controle da doença, data do ultimo 
episodio 
Pré-atendimento 
- Adiar as consultas eletivas de 
indivíduos com controle inadequado 
dos sintomas da doença ou em fase 
de adequação da terapêutica 
anticonvulsivante 
medicamentos 
- Em pacientes que fazem uso de 
fenobarbital, o uso de paracetamol 
pode aumentar risco de dano 
hepático 
atendimento 
- Ressecções cirúrgicas devem 
ocorrer somente em casos com 
prognóstico favorável 
- Recomenda-se a realização de 
raspagem, alisamento dental e 
profilaxia emretornos periódicos 
- Proteger o paciente da luz 
proveniente do foco da cadeira 
odontológica, a qual pode induzir 
uma convulsão 
 
Usuarios de drogas 
Definição 
- Dentre as inúmeras substâncias 
psicotrópicas temos álcool, maconha, 
cocaína, crack, heroína, solventes, 
anfetaminas e os esteroides 
anabolizantes 
Sintomas 
- Álcool: fala mole e arrastada 
- Maconha: fala mole e arrastada, 
tonto e com olhos vermelhos 
- Cocaína: fala acelerada, agitado, 
tenso, músculos travados, fungando 
- Anfetaminas: fala acelerada 
Relação com saúde bucal 
- Pacientes que fazem uso de drogas 
apresentam frequentemente 
xerostomia, que pode ser tratado 
com chiclete sem açúcar ou saliva 
artificial 
- É normal a presença de carie, perdas 
dentais, doença periodontal e 
gengivite, principalmente em 
fumantes 
- Também é comum presença de 
candidíase. Pode-se utilizar nistatina 
ou cetoconazol para tratar 
Anamnese 
- Usa droga ou já usou? 
- Que droga usa ou usava? 
- Qual a frequência? 
- Há quanto tempo usa? 
- Compartilha o uso? 
- Há quanto tempo parou de usar? 
- Quando foi a última vez que usou? 
- O que usou nas últimas 24h? 
Pré-atendimento 
- Para pacientes que fazem uso de 
maconha, orientar que evitem o uso 
pelo menos uma semana antes do 
tratamento odontológico, pois 
intervenções cruentas podem ser 
preocupantes, devido à diminuição 
transitória dos glóbulos brancos 
causada pelo 50 uso da droga. 
Mantendo-os em níveis normais, 
ocorre melhor o processo de 
reparação tecidual 
- Adiar tratamentos eletivos caso o 
paciente esteja sob o efeito de 
cocaína. Recomenda-se um período 
mínimo de 24 horas, pois esta droga 
pode causar morte súbita 
- Adiar tratamento eletivo caso o 
paciente apresente sinas de uso 
recente de anfetaminas 
(principalmente MDMA) 
- Para pacientes que fazem uso de 
anabolizantes, solicitar coagulograma 
antes de procedimentos cruentos, 
pois esta droga altera os fatores de 
coagulação, podendo provocar 
sangramento pós-operatório 
anestesia local 
- Não utilizar anestésicos locais com 
adrenalina, substituindo-os por 
anestésicos contendo mepivacaína a 
3% sem vasoconstritor ou prilocaína a 
3% com felipressina 
- Para usuários de cocaína, deve-se 
utilizar anestésicos sem 
vasoconstritores ou prilocaína com 
felipressina 
Medicamentos 
Anti-inflamatórios e analgésicos 
- Não prescrever AAs para 
alcoólatras, pois pode gerar 
hemorragia 
Sedação mínima 
- Benzodiazepínicos podem 
potencializar efeitos de drogas e vice-
versa 
Antimicrobianos 
- Para alcoólatras, cuidado ao 
prescrever cetoconazol, 
metronidazol e algumas 
cefalosporinas, pois quando 
utilizados concomitantemente com o 
dissulfiram (medicamento usado para 
tratar alcoolismo), podem provocar 
uma hiperventilação e sensação de 
pânico no paciente 
 
 
 
atendimento 
- Para pacientes alcoólatras e 
fumantes, orientar o exame de 
prevenção ao câncer bucal 
- Não prescrever enxaguantes bucais 
para pacientes alcoólatras, pois eles 
podem ingeri-los 
pós atendimento 
- Para pacientes que fazem uso de 
maconha, orientar que evitem o uso 
pelo menos uma semana após o 
tratamento odontológico, pois 
intervenções cruentas podem ser 
preocupantes, devido à diminuição 
transitória dos glóbulos brancos 
causada pelo 50 uso da droga. 
Mantendo-os em níveis normais, 
ocorre melhor o processo de 
reparação tecidual 
- Para usuários de heroína, atentar-se 
para a ocorrência de sangramento 
pós-operatório, e a menor tolerância 
a dor 
Lúpus eritematoso 
Definição 
- O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES 
ou apenas lúpus) é uma doença 
inflamatória crônica de origem 
autoimune, cujos sintomas podem 
surgir em diversos órgãos de forma 
lenta e progressiva (em meses) ou 
mais rapidamente (em semanas) e 
variam com fases de atividade e de 
remissão 
Sintomas 
- Os sintomas variam, mas podem 
incluir fadiga, dores nas articulações, 
manchas na pele e febre. Podem se 
agravar (crise) por alguns períodos e, 
posteriormente, melhorar. 
Relação com saúde bucal 
- Achados comuns: ulcerações e 
xerostomia 
Anamnese 
- Solicitar exames para pesquisa de 
autoanticorpos para diagnóstico 
diferencial com líquen plano e, se 
forem positivos, solicitar avaliação 
reumatológica para avaliar a 
presença de doença reumática 
Pré-atendimento 
- Os pacientes com lúpus 
eritematosos fazem uso de 
corticosteroides, então é preciso 
seguir um protocolo para 
atendimento 
Procedimentos rotineiros 
- Se o uso prévio foi > 2 semanas e 
cessou há menos de 14-30 dias, 
administre a dose de manutenção 
antes da consulta 
- Se o uso prévio cessou há mais de 
14-30 dias: a suplementação não é 
necessária 
- Agende a consulta no dia da tomada 
do corticosteroide 
- Anestesia local profunda e 
adequada analgesia pós-operatória 
Cirurgias ou procedimentos 
extensivos 
- Se o uso prévio foi > 2 semanas e 
cessou há menos de 14-30 dias: 
administre a dose de manutenção 
antes da consulta 
- Se o uso prévio cessou há mais de 
14-30 dias: a suplementação não é 
necessária 
- Dobre a dose diária no dia do 
procedimento 
- Dobre a dose no 1º dia pós-
operatório, quando é previsto quadro 
de dor 
- Anestesia local profunda e 
adequada analgesia pós-operatória 
- Agende a consulta no dia da tomada 
do corticosteroide e dobre a dose 
diária no dia do procedimento 
anestesia local 
- Na anestesia local, o bloqueio 
regional dos nervos alveolar inferior e 
lingual deve ser evitado, quando a 
contagem de plaquetas estiver 
abaixo de 20.000/mL 
 
 
atendimento 
- Avaliar áreas avermelhadas, lisas e 
circunscritas, com ausência de papilas 
ou com placas brancas semelhantes à 
leucoplasia 
- Avaliar se os lábios estão cobertos 
por escamas ou crostas localizadas e 
se há sensibilidade dolorosa. Se as 
escamas são removidas, ocorre 
sangramento na superfície 
- Evitar o dentifrício nas úlceras. 
Utilizar bicarbonato de sódio com 
uma escova extra macia 
 
Transplantados 
Definição 
- O transplante é um procedimento 
cirúrgico que consiste na reposição 
de um órgão (coração, pulmão, rim, 
pâncreas, fígado) ou tecido (medula 
óssea, ossos, córneas) de uma 
pessoa doente (receptor), por outro 
órgão ou tecido normal de um 
doador vivo ou morto 
Relação com saúde bucal 
- Devido à imunossupressão, 
infecções oportunistas podem 
acometer a cavidade bucal, sendo a 
candidíase a mais comum, 
principalmente nos pacientes 
transplantados renais, que fazem uso 
de terapia imunossupressora. 
- Os pacientes que serão submetidos 
ao transplante renal devem ter os 
processos infecciosos tratados 
previamente, pois qualquer infecção 
severa pode contribuir para a rejeição 
do enxerto 
- Os medicamentos utilizados podem 
causar manifestações orais 
importantes. 
- Apesar de seu grande sucesso no 
tratamento de transplantados, estas 
drogas possuem muitos efeitos 
colaterais, como: nefrotoxicidade, 
aumento da predisposição as 
infecções bacterianas, fúngicas e 
virais 
- A Azatioprina é um imunossupressor 
que pode causar infecções e 
neoplasias bucais 
- Pacientes que fazem uso continuo 
de azatioprina e ciclosporina 
geralmente não podem tomar 
vacinas, pois o medicamento 
aumenta os efeitos tóxicos e podem 
ocorrer infecções vacinais. Tomar 
cuidado com infecção cruzada de 
doenças transmitidas por aerossóis 
- A ciclofosfamida (antineoplásico) 
usada por pacientes transplantados 
pode causar mucosite oral 
- A ciclosporina utilizada para evitar 
rejeição dos órgãos transplantados 
podem causar hiperplasia gengival 
medicamentosa 
- Os medicamentos também podem 
causar alterações metabólicas 
(hiperglicemia, hipercolesterolemia), 
que causam xerostomia e hiperplasia 
gengival 
- Pacientes que fazem uso de 
Varfarina (anticoagulante) deverão 
ser avaliados antes de qualquer 
procedimento que cause 
sangramento 
Anamnese 
- Perguntar todos os medicamentos 
que o paciente já tomou ou estão 
tomando 
Pré-atendimento 
- Realizado o transplante, os 
procedimentos eletivos deverão ser 
agendados seis meses após a 
intervenção. 
- Deve-se consultar o médico,e 
exames laboratoriais recentes, como 
hemograma e coagulograma também 
são necessários 
medicamentos 
Antibióticos 
- Para pacientes que receberam 
transplante renal, considerar a 
profilaxia antibiótica previamente aos 
procedimentos cirúrgicos, pois as 
bacteremias transitórias decorrentes 
podem resultar em glomerulonefrite 
no rim transplantado, com risco de 
perda do órgão transplantado. 
- Pacientes que fazem uso de 
varfarina não podem usar 
claritromicina/azitromicina, por conta 
do risco de hemorragia 
- O uso simultâneo de eritromicina e 
ciclosporina é contraindicado, pois a 
primeira aumenta a toxicidade da 
segunda, provavelmente pelo 
aumento da sua absorção 
- Para os tratamentos odontológicos 
que possam causar bacteremia, 
recomenda-se 2g de amoxicilina, 30 
minutos antes do procedimento 
Anti-inflamatórios e analgésicos 
- Pacientes que fazem uso de 
varfarina não podem utilizar dipirona 
sódica, por conta do aumento de 
risco hemorrágico 
- Para pacientes que fazem uso de 
varfarina, a dose de paracetamol não 
deve ultrapassar 1,3g ao dia, por 
conta do aumento do efeito 
anticoagulante da varfarina 
- Pacientes que fazem uso de 
varfarina não podem usar AINEs, por 
conta do aumento de risco 
hemorrágico 
- A interação entre ciclosporina e 
dipirona sódica pode fazer com que 
sejam diminuídos os níveis 
plasmáticos de ciclosporina. Alertar 
ao médico antes 
- Pacientes que fazem uso de 
ciclosporina não podem utilizar 
dexametasona/betametasona por 
conta do aumento dos efeitos 
tóxicos dos corticosteroides 
Antimicrobianos 
- Pacientes que fazem uso de 
varfarina não podem usar 
miconazol/cetoconazol por conta do 
aumento de risco de sangramento 
- É contraindicado o uso 
concomitante de metronidazol e 
ciclosporina, pois o metronidazol 
reduz o metabolismo da ciclosporina, 
podendo resultar em nefrotoxicidade 
Atendimento 
- A raspagem radicular e polimento 
coronoradicular dos dentes pode 
evitar o tratamento cirúrgico das 
hiperplasias gengivais causada pela 
ciclosporina 
- Recomenda-se o uso de fluoretos 
em pacientes dentados nos casos de 
xerostomia, para evitar cáries 
relacionadas a hipossalivação 
pós atendimento 
- Após procedimentos cirúrgicos o 
paciente deve ser atentamente 
acompanhado pelo risco que estes 
têm às infecções e é aconselhado a 
consultas frequentes para profilaxia 
dentária 
 
 
 
 
 
Esquizofrenia 
Definição 
- A esquizofrenia, ou distúrbio da 
mente dividida, é marcada por surtos 
em que o mundo real acaba 
substituído por delírios e alucinações. 
Sintomas 
- Dificuldades no aprendizado desde 
a infância 
- Apatia 
- Pouca vontade de trabalhar, estudar 
ou interagir 
- Não reagir diante de situações 
felizes ou tristes 
- Vozes que surgem na cabeça 
- Mania de perseguição inexplicável 
Relação com saude bucal 
- Medicações usualmente indicadas 
aos pacientes com esquizofrenia, e 
que têm como efeito colateral a 
xerostomia, a qual pode estar 
associada às suas principais 
manifestações bucais: cáries, 
gengivites, glossites, estomatites, 
candidoses e parotidites agudas 
- Indicar o uso de saliva artificial, 
agentes antimicrobianos e 
dentifrícios fluoretados 
 
Anamnese 
Pré-atendimento 
- Entrar em contato com o psiquiatra 
do paciente, quando necessário, em 
busca de informações sobre o estado 
psicológico e o regime de medicação 
anestesia local 
- Usar com cautela, devido ao risco de 
interação com a medicação 
antipsicótica, a qual é depresssora do 
sistema nervoso centra 
atendimento 
- Dar preferência para próteses fixas 
mesmo se a higiene oral do paciente 
estiver comprometida 
 
Ansiedade e depressão 
Definição 
- A ansiedade e os transtornos de 
ansiedade são um conjunto de 
doenças psiquiátricas marcadas pela 
preocupação excessiva ou constante 
de que algo negativo vai acontecer 
- Em especial durante as crises de 
ansiedade, as pessoas não 
conseguem se ater ao presente e 
sentem uma grande tensão, às vezes 
sem um motivo aparente. Esse 
problema pode manifestar sintomas 
físicos também, como sudorese e 
arritmia cardíaca. 
- Depressão ou transtorno depressivo 
maior é uma doença comum e séria 
que afeta negativamente como você 
se sente, como pensa e como age. 
- A depressão provoca sentimentos 
de tristeza e/ou perda de interesse 
em atividades que em momentos 
anteriores traziam prazer. Pode levar 
a uma variedade de problemas 
emocionais e físicos e pode diminuir a 
capacidade de uma pessoa manter 
suas atividades normais no trabalho e 
em casa. 
Sintomas 
- A ansiedade pode provocar 
vários sintomas físicos como 
arritmia/taquicardia (alteração no 
ritmo cardíaco ou do coração), 
vertigens ou tonturas, boca seca, 
dificuldade respiratória (falta de ar), 
entre outros 
- Os sintomas de depressão podem 
variar de leves a graves e podem 
incluir: 
- Tristeza ou com um humor 
deprimido 
- Perda de interesse ou prazer em 
atividades antes apreciadas 
- Alterações no apetite: perda de 
peso ou ganho não relacionado à 
dieta 
- Problemas para dormir (insônia) ou 
dormir demais 
- Perda de energia ou aumento da 
fadiga 
- Baixa autoestima e presença de 
sentimento de culpa 
- Dificuldade para pensar, concentrar 
ou tomar decisões 
- Pensamentos de morte ou suicídio 
Relação com saúde bucal 
Ansiedade 
- Pacientes frequentemente 
apresentam lesões cervicais pois 
podem descarregar a ansiedade no 
momento da escovação 
Depressão 
- Motivar o cuidado desse paciente 
com a própria higiene oral e corporal, 
que é geralmente insatisfatória 
- Pacientes que fazem uso de 
benzodiazepínicos podem apresentar 
hipotensão arterial momentânea 
(raramente), diminuição da 
frequência respiratória, confusão 
mental, visão dupla, dores de cabeça 
e dependência química em casos de 
uso prolongado 
Pré-atendimento 
Ansiedade 
- Pode-se indicar para o paciente a 
prática de exercícios de relaxamento 
antes das consultas 
https://www.vittude.com/blog/12-formas-de-combater-a-tristeza-antes-de-se-tornar-doenca/
https://www.vittude.com/blog/insonia-quando-procurar-tratamento/
https://www.vittude.com/blog/atitudes-para-aumentar-autoestima/
https://www.vittude.com/blog/setembro-amarelo-importancia/
anestesia local 
- Tomar cuidado com uso excessivo 
de anestésicos por conta da 
interação com benzodiazepínicos, 
pois ambos deprimem o SNC 
medicamentos 
Antimicrobianos 
- Pacientes que usam 
benzodiazepínicos não devem utilizar 
cetoconazol/miconazol, por conta do 
aumento da toxicidade dos benzo
(sedação excessiva e efeitos 
hipnóticos prolongados) 
Sedação mínima 
- Em casos de insucesso e/ou 
contraindicação da sedação 
medicamentosa, se habilitado, o CD 
pode indicar a sedação inalatória com 
óxido nitroso 
Atendimento 
- Conversar com o paciente sobre 
diversos assuntos, tentando 
tranquilizá-lo e alterando o foco da 
consulta odontológica 
- Quando observado pelo CD o 
descontrole da ansiedade, pode-se 
proceder com a sedação 
medicamentosa, que se caracteriza 
pelo o uso de benzodiazepínicos, 
geralmente uma hora antes das 
consultas, como Diazepam 5mg para 
adultos 
 
Sida 
Definição 
- SIDA (Síndrome da Imunodeficiência 
Adquirida) é uma doença causada por 
um vírus, o vírus da imunodeficiência 
humana (VIH, ou HIV na língua 
inglesa) que ataca o sistema 
imunitário do nosso organismo, 
destruindo a nossa capacidade de 
defesa em relação a muitas doenças 
- O doente infectado pelo VIH fica 
progressivamente débil, frágil e pode 
contrair várias doenças que o podem 
levar à morte. Estas doenças 
normalmente não atacam as pessoas 
com um sistema imunitário que 
funcione bem, pelo que são 
designadas por “doenças 
oportunistas” 
Sintomas 
- Febre persistente 
- Tosse seca prolongada e garganta 
arranhada 
- Suores noturnos 
- Inchaço dos gânglios linfáticos 
durante mais de 3 meses 
- Dor de cabeça e dificuldade de 
concentração 
- Dor nos músculos e nas articulações; 
- Cansaço, fadiga e perda de energia; 
- Rápida perda de peso 
- Candidíase oral ou genital que não 
passa 
- Diarreia por mais de 1 mês,náusea e 
vômitos 
- Manchas avermelhadas e pequenas 
bolinhas vermelhas ou feridas na pele 
Relação com saúde bucal 
- Devido a imunossupressão, grande 
maioria dos pacientes apresentam 
candidoses difíceis de tratar 
- Pacientes frequentemente 
apresentam lesões de herpes simples 
(HSV) ou herpes-zoster (VZV) 
- Há presença de língua pilosa (lesão 
sob língua), mas não requer 
tratamento 
- Também por conta da 
imunossupressão, os pacientes 
desenvolvem gengivites e 
periodontites ulcerativas 
necrosantes, que precisam de 
rigorosos tratamentos periodontais 
com antibióticos 
- Nos casos mais graves, há 
progressão da neoplasia maligna 
Sarcoma de Kaposi, o qual o 
tratamento é paliativo 
(radiação/quimioterapia sistêmica) 
- O linfoma não-Hodgkin pode ser 
tratado com quimioterapia 
juntamente com radioterapia para 
controle local da doença 
 
Anamnese 
- Dar informações necessárias 
relacionadas à doença, como evitar 
hábitos e vícios que podem diminuir a 
imunidade, quanto a dormir bem, se 
alimentar adequadamente, procurar 
evitar situações de stress e as formas 
de contágio da doença 
- Pedir exames complementares para 
determinação do estado 
imunológico, da carga viral, da 
contagem de plaquetas (nos 
procedimentos que causam 
sangramentos) e da cuidadosa 
história médica 
Os procedimentos cirúrgicos 
odontológicos são contra indicados 
se a contagem de plaquetas for 
inferior a 20.000 células/mm 
medicamentos 
Antibióticos 
- Alguns procedimentos 
odontológicos mais extensos no 
paciente infectado pelo vírus HIV 
requerem a profilaxia antibiótica (2g 
amoxicilina, 30 minutos ou uma hora 
antes da intervenção), porem devem 
ser indicados com cuidado pois pode 
resultar em superinfecções, pelo 
 
crescimento de fungos como a 
Cândida albicans 
- Em casos de gengivite/periodontite 
ulcerativa necrosante em que há 
presença de dor intensa, 
acompanhada de linfadenite, febre e 
mal-estar geral, o protocolo descrito 
em atendimento + uso de analgésicos 
em conjunto com metronidazol 
parece ser efetivo para a melhora dos 
sintomas e para a promoção do 
reparo tecidual mais rápido. A dose é 
de 250mg a cada 8 h ou 400 mg a 
cada 12 h, pelo período de 3-5 dias 
Anti-inflamatórios e analgésicos 
- Para o alívio da dor, prescrever 
dipirona 500mg a 1 g, com intervalos 
de 4 h, pelo período de 24 h. 
- O ibuprofeno 200 mg ou o 
paracetamol 750 mg são analgésicos 
alternativos no caso de intolerância à 
dipirona (intervalos de 6 h para 
ambos). 
Atendimento 
- O eritema gengival linear pode 
responder bem a remoção da placa 
pelo CD, melhor higiene bucal e uso 
de bochecho de clorexidina 0,12% 
- O tratamento da gengivite 
ulcerativa necrosante e da 
periodontite ulcerativa necrosante 
se baseia na anestesia local 
infiltrativa com articaina 4% com 
epinefrina 1:100.000, no 
debridamento mecânico local, uso de 
solução antimicrobiana (clorexidina 
0,12%), irrigação com iodo-povidona a 
10%, acompanhamento de 
manutenção rígido e prolongado, 
boa higiene bucal e terapia com 
metronidazol 500mg (um 
comprimido duas vezes ao dia, 
durante sete ou dez dias), 
clindamicina e amoxicilina 
- O tratamento da candidíase no 
indivíduo com AIDS pode ser feito 
com clotrimazol tópico. Os azóis 
sistêmicos (fluconazol, cetoconazol, 
itraconazol) também são indicados, 
principalmente para casos de 
comprometimento esofagiano e 
pacientes que estão em terapêutica 
antirretroviral efetiva 
- Em pacientes com eritema gengival 
linear que não respondem com 
tratamento periodontal, pode-se 
utilizar antifúngicos sistêmicos 
(fluconazol ou cetoconazol) 
- Para combater infecções por vírus 
herpes simples (HSV), pode-se 
prescrever o uso de pomada aciclovir 
e para a infecção por herpes-zoster 
(VZV) o aciclovir intravenoso é 
recomendado 
- A terapia das ulcerações aftosas 
deve ser feita com corticosteroides 
tópicos potentes (elixir de 
dexametasona) 
Acidentes 
perfurocortantes 
Materiais biológicos e risco de 
transmissão do HIV 
- Sangue, outros materiais contendo 
sangue, sêmen e secreções vaginais 
são considerados materiais 
biológicos envolvidos na transmissão 
do HIV 
- Líquidos de serosas (peritoneal, 
pleural, pericárdico), líquido 
amniótico, líquor e líquido articular 
são fluidos e secreções corporais 
potencialmente infectantes 
- Suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, 
secreções nasais e saliva (exceto em 
ambientes odontológicos) são 
líquidos biológicos sem risco de 
transmissão ocupacional 
- Qualquer contato sem barreira de 
proteção com material concentrado 
de vírus (laboratórios de pesquisa, 
com cultura de vírus e vírus em 
grandes quantidades) deve ser 
considerado uma exposição 
ocupacional que requer avaliação e 
acompanhamento 
Cuidados imediatos 
- Lavagem exaustiva do local exposto 
com água e sabão nos casos de 
exposições percutâneas ou cutânea 
- Nas exposições de mucosas, deve-se 
lavar exaustivamente com água ou 
com solução salina fisiológica 
- Mesmo se o paciente tiver dito na 
anamnese que o mesmo não é 
portador de HIV, perguntar 
novamente 
- Ir, junto com o paciente, ao posto 
de saúde mais próximo para realizar a 
quimioprofilaxia para HIV 
- O paciente não é obrigado à ir junto, 
e o mesmo pode se recusar 
Quimioprofilaxia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transtorno 
obsessivo compulsivo 
Definição 
- O transtorno obsessivo-compulsivo 
é caracterizado por obsessões, 
compulsões ou ambas. 
- As obsessões são ideias, imagens ou 
impulsos recorrentes, persistentes, 
indesejados, que provocam 
ansiedade e são intrusivos 
- As compulsões (também conhecidas 
como rituais) são determinadas 
ações ou atos mentais que a pessoa 
se sente impelida a praticar para 
tentar diminuir ou evitar a ansiedade 
causada pelas obsessões 
Sintomas 
Obsessões: 
- Preocupação com contaminação 
(por exemplo, supor que tocar em 
maçanetas provocará alguma 
doença) 
- Dúvidas (por exemplo, supor que a 
porta da frente não foi trancada) 
- Preocupação com objetos que não 
estão perfeitamente alinhados ou 
uniformes 
Compulsões 
- Lavar ou limpar algo para evitar 
contaminação 
- Verificar algo para eliminar dúvidas 
(por exemplo, verificar muitas vezes 
que uma porta está trancada) 
- Contar (por exemplo, repetir uma 
ação um determinado número de 
vezes). 
- Ordenar (por exemplo, arrumar 
talheres ou objetos da mesa de 
trabalho em um padrão específico) 
Relação com saúde bucal 
- A preocupação excessiva do 
paciente com limpeza pode resultar 
em lesões cervicais e descamação 
gengival 
- Medicações utilizadas (inibidores 
seletivos da recaptação da 
serotonina) podem causar 
xerostomia, inquietação, sonolência 
em alguns, insônia e alto senso de 
energia, em outros 
- Usuários de Imipramina 
(antidepressivo tricíclico) se queixam 
mais frequentemente de xerostomia 
Pré-atendimento 
- Há uma ansiedade excessiva mesmo 
num simples exame clínico rotineiro, 
sem que ainda haja qualquer 
intervenção invasiva 
anestesia local 
- Alguns cuidados devem tomados 
em pacientes sob a vigência de 
antidepressivos quando da escolha 
da base anestésica e do 
vasoconstrictor. Pode-se haver uma 
potencialização do efeito 
vasoconstrictor e o 
desencadeamento de uma crise 
hipertensiva. O ideal seria utilizar 
anestésicos sem vasoconstrictores 
nos pacientes que fazem uso dessas 
medicações durante o atendimento 
odontológico. 
Atendimento 
- Controle verbal, dizer-mostrar-fazer, 
motivação positiva, distração, 
comunicação não-verbal, técnica da 
mão sobre a boca, contenção física, 
sedação consciente, óxido nitroso e 
anestesia geral. No caso do 
adolescente, a técnica do diálogo é 
considerada como a mais adequada. 
- Manter poucos instrumentais à vista 
do paciente, sempre organizados e 
limpos 
- Não deixar gazes ou algodoes 
usados e sujos de sangue em cima da 
bancada 
- Manter o ambiente organizado 
 
 
 
 
Deficiencia visual 
Definição 
- A expressão ‘deficiência visual’ se 
refere ao espectro que vai da 
cegueira até a visão subnormal 
Relaçãocom saúde bucal 
- Na maioria das vezes, o paciente 
nunca foi ensinado a escovar os 
dentes e passar fio dental, por isso, 
poderá haver presença de caries e 
gengivite 
Anamnese 
- Realizar anamnese com perguntas 
sobre saúde geral e bucal, uso de 
medicamentos, origem da deficiência 
Pré-atendimento 
- Primeira consulta: apresentação do 
profissional e da equipe, do ambiente 
e de alguns instrumentos 
- Descrever os instrumentos e a 
localização de equipamentos como 
foco de luz e cuspideira 
- Deixar o paciente tocar os materiais 
e avisá-lo de possíveis ruídos, odores 
e gostos desagradáveis 
 
 
atendimento 
- Não segurar o braço do paciente 
para conduzi-lo. Oferecer a mão é 
suficiente 
- Orientar a higiene oral utilizando 
dedeiras de borracha e, em seguida, 
com a escova dental, ou com modelo 
de gesso e escova, com as mãos do 
paciente sobre as mãos do 
profissional, que realizará os 
movimentos 
 
Deficiencia auditiva 
Definição 
- Deficiência auditiva é considerada 
como a diferença existente entre a 
desempenho do indivíduo e a 
habilidade normal para a detecção 
sonora de acordo com padrões 
estabelecidos pela American National 
Standards Institute 
Pré-atendimento 
- Avisar a equipe da presença da 
condição do paciente para evitar 
constrangimentos 
- Comunicar-se com o paciente 
através de intérprete de sinais, 
comunicação não- verbal (figuras, 
modelos, gestos, expressões faciais) 
ou leitura labial 
- NUNCA inventar sinais. Deficientes 
auditivos sabem leitura labial. No 
meio do atendimento, quando 
precisar falar algo, se afastar do 
paciente, retirar a máscara e falar 
- Pedir ao paciente para remover 
aparelhos auditivos, pois podem 
amplificar os sons 
- Avisar dos odores, sabores, textura 
e temperatura diferentes dos 
materiais 
atendimento 
- Tranquilizar os pacientes por meio 
de contatos físicos, como mão no 
ombro e aperto de mão 
 
 
 
 
 
Sindrome de down 
Definição 
- A síndrome de Down é causada pela 
presença de três cromossomos 21 em 
todas ou na maior parte das células 
de um indivíduo. Isso ocorre na hora 
da concepção de uma criança. 
- As pessoas com síndrome de Down, 
ou trissomia do cromossomo 21, têm 
47 cromossomos em suas células em 
vez de 46, como a maior parte da 
população. 
Características 
- Rosto arredondado 
- Olhos em formato de amêndoa, 
puxadinhos para cima 
- Manchas brancas na parte colorida 
dos olhos 
- Nariz pequeno e ligeiramente 
achatado 
- Boca pequena, mas com língua 
maior que o normal 
- Orelhas mais baixas que o normal; 
- Pescoço curto 
- Apenas uma linha na palma da mão; 
- Mãos largas com dedos curtos 
- Aumento do espaço entre o dedão e 
os outros dedos do pé 
- Fraqueza dos músculos, fazendo 
com que bebê fique mais mole 
 
Relação com saúde bucal 
- Nesses pacientes, há atraso da 
erupção de dentes, pode haver 
ausência de alguns dentes 
congenitamente 
- Uma das características ósseas é a 
presença de micrognatia, o que 
prejudica a oclusão 
- Os pacientes apresentam 
macroglossia (além de língua 
fissurada), o que pode dificultar 
tratamentos odontológicos e 
isolamento relativo 
- Os portadores de síndrome de down 
podem apresentar cardiopatias 
congênitas 
- Os pacientes frequentemente são 
respiradores bucais devido a falta de 
espaço na boca para acomodar a 
língua com macroglossia 
- Os dentes podem se apresentar 
com microdontia, hipoplasia de 
esmalte, hipodontia e oligodontia 
- Há tendencia ao desenvolvimento 
de gengivite e periodontite, assim 
como susceptibilidade à halitose e 
infecção por cândida albicans 
- Devido a hipersalivação, os 
pacientes podem apresentar lesões 
de queilite angular 
Anamnese 
- Perguntar sobre hospitalizações e 
cirurgias anteriores do paciente, 
verificando traumas e experiências 
anteriores desagradáveis 
- Encaminhar o paciente ao médico 
mediante a suspeita de alguma 
alteração sistêmica notada 
- Atentar-se ao exame físico para 
evidências de maus tratos, abandono 
ou negligência 
- Observar também variações de 
temperatura, sudorese, atentando-se 
para apnéias e paradas respiratórias 
medicamentos 
Antibióticos 
- Em caso de necessidade de realizar-
se profilaxia antibiótica antes de 
intervenções cruentas (raspagem 
subgengival, endodontia, exodontia e 
100 restaurações utilizando matriz), 
administrar antibiótico uma hora 
antes do procedimento odontológico 
segundo recomendações da AHA, 
2008 
atendimento 
- Usar técnicas no atendimento dos 
pacientes com SD semelhantes às 
utilizadas em Odontopediatria, como: 
moldagem ou modelagem do 
comportamento, reforço positivo, 
técnica do dizer-mostrar-fazer, 
dessensibilização verbalização 
contínua, imitação, competição e 
controle de voz 
- Ter cautela ao manipulá-los devido à 
instabilidade da articulação 
atlantoaxial na coluna cervical, 
evitando hiperextensão afim de não 
traumatizar a medula e/ou nervos 
periféricos 
 
Referencias 
 
ANDRADE, E. D. de. TERAPEUTICA 
MEDICAMENTOSA EM 
ODONTOLOGIA. 2014 
 
PRADO, B. N. ALTERAÇÕES BUCAIS 
EM PACIENTES DIABÉTICOS. Rev. 
Odontol. Univ. Cid. São Paulo 2013; 
25(2): 147-53, maio-ago 
 
Manejo odontológico do paciente 
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de Jesus Pasolini]. - Rio de Janeiro: 
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MARINHO, E. V. S. Transtorno 
obsessivo compulsivo em crianças e 
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GIL, Marta. MINISTÉRIO DA 
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. BACHMANN, K. A. et al. Interações 
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Guia de interações medicamentosas 
 
Medicamento de 
uso odontologico 
Interage com Efeito clinico Grau de interação 
Aciclovir Tenofovir 
Tontura, diarreia, vomito, 
neuropatia 
Moderado 
Aciclovir Zidovudina Letargia e fadiga grave Moderada 
Lidocáina Amiodarona Crises convulsivas Moderada 
Claritromicina Amiodarona Arritmias ventriculares Grave 
Ampicilina Doxiciclina 
↓ efeitos terapêuticos da 
Ampicilina 
Grave 
Cetoconazol/ 
Itraconazol 
Anlodipino/ 
Nifedipino/ 
Nimodipino/ 
Diltiazem/ 
VerapamiL 
↑ efeitos terapêuticos e tóxicos 
dos bloqueadores de canal de 
cálcio 
Moderada 
AINES 
Anlodipino/ 
Nifedipino/ 
Nimodipino/ 
Diltiazem/ 
Verapamil 
↓ efeito anti-hipertensivo dos 
bloqueadores de canal de cálcio 
Leve 
Fluconazol 
Anlodipino/ 
Nifedipino/ 
Nimodipino/ 
Diltiazem/ 
Verapamil 
↑ efeitos terapêuticos e tóxicos 
dos bloqueadores de canal de 
cálcio 
Moderada 
Claritromicina 
Anlodipino/ 
Nifedipino/ 
Nimodipino/ 
Diltiazem/ 
Verapamil 
↑ efeitos terapêuticos e tóxicos 
dos bloqueadores de canal de 
cálcio 
Moderada 
Ampicilina Atenolol 
↓ efeito anti-hipertensivo do 
betabloqueador (atenolol) 
Moderada 
AAS 
Captopril/ 
Enalapril 
↓ efeito anti-hipertensivo do 
betabloqueador (atenolol) 
Moderada 
AINEs 
Captopril/ 
Enalapril 
↓ resposta anti-hipertensiva; 
↑ risco de disfunção renal 
Moderada 
Cetoconazol/ 
Miconazol 
Carbamazepina 
↑ efeitos adversos/tóxicos da 
Carbamazepina 
Moderada 
 
Medicamento de 
uso odontologico 
Interage com Efeito clinico Grau de interaçãoDoxiciclina Carbamazepina ↓ efeito terapêutico da doxiciclina Moderada 
Paracetamol Carbamazepina ↓ efeito terapêutico do 
paracetamol e aumenta risco de 
dano hepático 
Moderada 
AAS Cilostozol ↑ do risco de sangramento Moderada 
AINEs Cilostozol ↑ do risco de sangramento Moderada 
Dexametasona/ 
Betametasona/ 
Ciprofloxacino ↑ risco de tendinite e ruptura do 
tendão 
Grave 
Cetoconazol/ 
Itraconazol 
Claritromicina ↑ efeitos terapêuticos e tóxicos 
dos antifúngicos 
Moderada 
Claritromicina Ácido valpróico ↑ problemas de deambulação, fala 
e concentração 
Moderada 
Azitromicina Varfarina ↓ efeito terapêutico da 
eritromicina 
Grave 
Claritromicina/ 
Azitromicina 
Digoxina Bradicardia excessiva; Arritimias Moderada 
Cetoconazol/ 
Itraconazol 
Digoxina Bradicardia; Distúrbios do SNC; 
náusea e vômito 
Moderada 
Diazepam/ 
Midazolam/ 
Diltiazem/ 
Verapamil 
↑ das concentrações e toxicidade 
dos benzodiazepínicos (sedação 
excessiva e efeitos hipnóticos 
prolongados) 
Moderada 
Dipirona sódica Ciclosporina ↓ níveis plasmáticos de 
ciclosporina 
- 
Dipirona sódica Propranolol/ 
Carvedilol 
↓ efeito anti-hipertensiva - 
Dipirona sódica Varfarina ↑ risco hemorrágico - 
Dipirona sódica Losartana Hipotensão e aumento do risco de 
problemas renais 
- 
Diazepam/ 
Midazolam 
Fentanil Depressão respiratória e SNC Moderada 
Diazepam/ 
Midazolam/ 
Clonazepam 
Fluconazol ↑ das concentrações e toxicidade 
dos benzodiazepínicos (sedação 
excessiva e efeitos hipnóticos 
prolongados) 
Moderada 
 
Medicamento de 
uso odontologico 
Interage com Efeito clinico Grau de interação 
AINEs Furosemida ↓ da diurese Moderada 
Eritromicina/ 
Azitromicina 
Haloperidol ↑ risco de arritmias ventriculares Grave 
Penicilinas IV: 
Ampicilina/ 
Oxacilina/ 
Piperacilina + 
Tazobactan 
Heparina ↑ risco de hemorragias Leve 
AINEs Heparina ↑ risco de hemorragias Moderada 
AINEs Hidroclorotiazida 
Aumenta o risco de nefropatia 
aguda (insuficiência renal aguda; 
proteinúria minima) 
Grave 
Dexametasona/ 
Betametasona 
Hidroclorotiazida 
Risco de hipocalemia (fraqueza, 
letargia e dores musculares ou 
cãibras). 
Moderada 
Dexametasona/ 
Betametasona 
Fluconazol 
↑ efeitos terapêuticos e tóxicos 
dos corticosteróides 
Moderada 
Dexametasona/ 
Betametasona 
Claritromicina 
↑ efeitos terapêuticos e tóxicos 
dos corticosteróides 
Moderada 
Dexametasona/ 
Betametasona 
Diltiazem/ 
Verapamil 
↑ efeitos terapêuticos e tóxicos 
dos corticosteróides 
Moderada 
Dexametasona/ 
Betametasona 
Ciclosporina 
↑ efeitos terapêuticos e tóxicos 
dos corticosteróides 
Moderada 
Dexametasona/ 
Betametasona 
 
AAS 
↑ ulcerações e sangramentos 
gastrintestinais. ↓ filtração 
glomerular ↑metabolismo do AAS 
Moderada 
Dexametasona/ 
Betametasona 
Fenobarbital 
↓ efeito terapêutico dos 
corticosteróides 
Moderada 
Paracetamol Insulina 
↑ efeito hipoglicimiante (pode 
ocorrer cefaléia, tontura, 
sonolência, náuseas, fome, 
tremores, fraqueza, sudorese) 
Moderada 
Lidocaína Octreotida 
↓ freqüência cardíaca e ↑ risco de 
bradicárdias 
Moderada 
Lidocaína Saquinavir 
↑ concentração da lidocaína. Pode 
ocorrer sonolência, alterações do 
estado mental, bradicardia e 
hipotensão. 
Grave 
Medicamento de 
uso odontologico 
Interage com Efeito clinico Grau de interação 
Lidocaína Saquinavir 
↑ concentração da lidocaína. Pode 
ocorrer sonolência, alterações do 
estado mental, bradicardia e 
hipotensão 
Grave 
Lidocaína Tramadol Aumenta risco de convulsões Grave 
Lidocaína 
Atenolol/ 
Metoprolol/ 
Propranolol 
Pode ocorrer sonolência, 
alterações do estado mental, 
bradicardia e hipotensão 
Moderada 
Norepinefrina/ 
Epinefrina 
Linezolida 
↑ efeito vasopressórico da 
noradrenalina/adrenalina 
Grave 
Metronidazol Varfarina ↑ risco hemorrágico Grave 
Metronidazol Dissulfiram 
↑Risco de reações psicóticas 
agudas 
Moderada 
Metronidazol Ciclosporina 
↑ efeito terapêutico da 
ciclosporina (imunossupressão) 
Moderada 
Cetoconazol Dexametasona 
↑ efeitos terapêuticos e tóxicos 
dos corticosteróides 
Moderada 
Paracetamol Isoniazida ↑ toxicidade do Paracetamol Moderada 
Paracetamol Varfarina 
↑ efeito anticoagulante da 
Varfarina e ↑ RNI 
Moderada 
AINE Propranolo 
↓ efeito anti-hipertensivo dos 
betabloqueadores 
Moderada 
Diclofenaco Sinvastatina ↑ risco de rabdomiólise Grave