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Corrente TENS na ATM A corrente TENS é modulada para estimular as fibras nervosas que transmitem sinais ao cérebro e são interpretadas pelo tálamo como dor. Os eletrodos são colocados na superfície da pele, e os impulsos transmitidos de forma cutânea estimulam as fibras A beta, mielinizadas, que conduzem informações ascendentes. Assim, se a transmissão de estímulos através das fibras A for predominante, o sinal de dor conduzido pelas fibras C (também responsáveis pela condução da sensibilidade dolorosa) é inibido pelas células T, e não ascende dos tratos espinotalâmicos laterais para o tálamo. Por outro lado, se os impulsos das fibras C superarem os estímulos veiculados pelas fibras A, a dor irá prevalecer. Desse modo, a corrente, enquanto aplicada, promove uma hiper-excitação das A, com a finalidade de bloquear a transmissão das fibras C, o que explica o alívio da dor. Notou-se uma maior eficácia no tratamento com Laserterapia em comparação com a TENS. Cabe destacar ainda que foi citado no artigo de revisão literária que no tratamento com Laserterapia não se deve esperar uma melhora imediata dos sintomas álgicos e que até é possível que haja uma exacerbação desses sintomas. Chegou-se a conclusão de que esse fenômeno pode ocorrer devido ao tempo de latência que o organismo demora em responder favoravelmente ao estímulo – laser – com a liberação de prostaglandinas, de histamina, serotonina e de bradicinina. Já o pós-efeito está relacionado com a liberação de opióides endógenos, que são os fármacos mais importantes no tratamento da dor. São conhecidos como hormônios neuropeptídios que originarão agentes ativos após segmentação enzimática. Pertencem a três famílias de opióides neuropeptídios: as dinorfinas (liberadas na medula espinhal), as encefalinas e as endorfinas (as 2 liberadas no SNC), sendo estas últimas importantes no mecanismo de alívio da dor. A Laserterapia ativa os componentes da cadeia respiratória mitocondrial, resultando na iniciação de uma cascata de eventos celulares. Uma vez absorvida pelos tecidos, a radiação laser leva à liberação de substâncias, como histamina, serotonina, bradicinina e prostaglandinas, relacionadas com a dor, bem como pode modificar as atividades celulares e enzimáticas, inibindo-as ou estimulando-as. O principal efeito bioelétrico da Laserterapia é a manutenção do potencial de membrana celular, o que impede que os estímulos dolorosos se propaguem a centros nervosos além de atuar sobre as fibras nervosas A (grossas) que, quando estimuladas pelo laser, provocam bloqueio das fibras © finas. Tendo essas explicações fisiológicas em mente expõem-se os objetivos desse trabalho, os quais foram: verificar se existe um aporte literário sobre a aplicação dessas duas formas de tratamento no alívio da dor das Disfunções Têmporo-mandibulares e checar se esses tratamentos são de fato efetivos. Em suma pode-se afirmar que o tratamento de dores causadas por DTM com TENS e Laserterapia é efetivo e que só depende do conhecimento do profissional para que possa aplicar essas técnicas de modo seguro e satisfatório.
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