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11 - Isonomia, Vedação ao Confisco

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Isonomia, Vedação ao Confisco
DIREITO TRIBUTÁRIO
ISONOMIA, VEDAÇÃO AO CONFISCO
Vamos dar continuidade à regravação da matriz teórica de Direito Tributário. Já estuda-
mos legalidade, anterioridade anual e nonagesimal, princípio da irretroatividade e, agora, 
vamos estudar o princípio da isonomia.
4. PRINCÍPIO DA ISONOMIA (IGUALDADE)
Tratar os iguais na medida de suas desigualdades. O art. 155, inciso II, da Constituição 
traz a isonomia em Direito Tributário:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
[...]
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, 
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, inde-
pendentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
Observe o seguinte exemplo trazido em uma prova:
João: americano e sócio do Walmart;
Maria: alemã e gerente do Extra;
José: brasileiro e caixa do Carrefour.
As opções são:
a) João, Maria e José pagarão quantidades diferentes de imposto de renda porque pos-
suem nacionalidades diferentes.
b) João, Maria e José pagarão quantidades diferentes de imposto de renda porque pos-
suem denominações jurídicas diferentes.
c) João, Maria e José pagarão quantidades diferentes de imposto de renda porque exer-
cem ocupações profissionais diferentes.
d) João, Maria e José pagarão a mesma quantidade de imposto de renda. 
a) O imposto de renda não pode ser diferenciado pela nacionalidade.
b) O imposto de renda não pode ser diferenciado pela denominação jurídica.
c) Art. 150, II, da Constituição Federal.
A única coisa que pode diferenciar, em tributário, é a ocorrência do fato gerador. É o que 
dispõe o art. 4º do CTN:
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DIREITO TRIBUTÁRIO
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador [...] 
4.2 Princípio da Uniformidade Geográfica
De acordo com a Constituição Federal:
Art. 151. É vedado à União:
I instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional [...], salvo a concessão de in-
centivos fiscais (inclusive para a Zona Franca de Manaus, arts. 40,92 e 92-A do ADCT).
4.3 Art. 152, CF
Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributá-
ria entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. 
5. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO
5.1 De acordo com a Constituição Federal:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV – utilizar tributo com efeito de confisco;
Apesar de o artigo mencionar que os tributos não podem ter caráter de confisco, sob 
pena de violação do princípio da dignidade da pessoa humana, é preciso acrescentar que 
nem os tributos nem as multas podem ter caráter confiscatório.
O Fisco já estipulou patamares de multas:
• Multas punitivas: não podem ultrapassar 100%;
• Multas moratórias: não podem ultrapassar 20%.
5.2 Princípio que veda a limitação do tráfego de bens e direitos dos particulares
Conforme a Constituição Federal: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
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DIREITO TRIBUTÁRIO
V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Po-
der Público;
5.3 É vedado apreender mercadoria e interditar estabelecimento comercial como 
forma de obrigar ao pagamento de tributo, sob pena de confisco
Súmula n. 323 do STF: É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo 
para pagamento de tributos.
Súmula n. 70 do STF: É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coerci-
tivo para cobrança de tributo.
Mas, por que isso acontece na prática? Porque os Códigos Tributários Fiscais Municipais 
e Estaduais, em 99% das vezes, sempre trazem a possibilidade de penalidade de apreensão 
da mercadoria e interdição do estabelecimento. Até que se prove ao contrário, a lei é presu-
midamente constitucional. 
É preciso destacar que, na importação, só é possível liberar a mercadoria mediante a 
apresentação da guia de pagamento do tributo. Ou seja, a súmula n. 323 do STF não se 
aplica à importação.
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��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Maria Christina Barreiros D’ Oliveira. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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