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RESENHA V Caracterize o diagnóstico parasitológico através dos diferentes meios de Cultura. Meio de Kupferberg, Roiron e/ou Diamond - Empregado na cultura e isolamento de Trichomonas vaginalis. O padrão-ouro tradicional para o diagnóstico de tricomoníase é a cultura, um método altamente específico para a identificação do Trichomonas vaginalis, com sensibilidades e especificidades acima de 95% na maioria dos estudos. As desvantagens associadas ao exame incluem a necessidade de equipamento especializado, incluindo transporte e meios de cultura, e um tempo de atraso para os resultados. As culturas podem ser inoculadas a partir de uma variedade de tipos de amostra de homens ou mulheres, incluindo secreções genitais, sêmen ou urina. Os pacientes devem estar 2 horas sem urinar e as mulheres não devem fazer o uso de medicamentos ou lavagem vaginal nas últimas 12 horas antes da coleta do material. A coleta da amostra consiste em abrir a embalagem expondo a tampa; Segurar a tampa do swab e coletar a amostra com a parte estéril dele; Remover a tampa pré-montada do tubo de transporte; inserir o swab com a amostra dentro do tubo, fechando bem a tampa. Os tubos devem ser mantidos em refrigeração (4° a 5°C). Meio de Stuart – Empregado no transporte ou conservação temporária de tricomonadídeos (Trichomonas vaginalis). É utilizado também para transportar amostras para análise de Haemophilus influenzae, Streptococcus pyogenes, P. aeruginosa entre outros patógenos, sendo recomendado para coleta de amostras da garganta, secreções vaginais, pele e feridas. A amostra coletada no swab deve ser colocada no tubo contendo o meio, transportada para o laboratório e cultivada em meios de cultura. Meio de NNN (Novy, McNeal e Nicolle) – Utilizado para isolamento e manutenção de Leishmania ou Trypanosoma cruzi. A escassez de protozoários dificulta a sua busca ao microscópio assim, o material suspeito como raspado de lesão, sangue ou aspirado de punção (nos casos de Leishmaniose Tegumentar e Visceral) devem ser semeados no meio NNN, sendo este um meio difásico, compreendendo uma base nutritiva sólida e inclinada de ágar-sangue de coelho e uma porção líquida, resultante da água de condensação que se acumula durante o resfriamento do meio, onde crescem os flagelados. Coprocultura – Também conhecida como cultura microbiológica das fezes, é um exame utilizado na pesquisa de larvas de helmintos. Método de Loos - Utilizado na pesquisa de larvas de helmintos (Ancilostomídeos e Strongyloides stercoralis). Neste método, utiliza-se carvão vegetal, sendo este um constituinte importante para a sobrevida de larvas de helmintos. 1. Misturar partes iguais de fezes e carvão vegetal. 2. Transferir a amostra para uma placa de Petri (repouso em 25°C). 3. Umedecer diariamente. 4. Colher a amostra fecal 3-5 dias após, e aplicar o método de Rugai (para aumentar a quantidade de larvas). Método de Brumpt – Largamente empregado ainda nos dias atuais no diagnóstico da doença de Chagas. 1. Espalhar as amostras fecais sobre papel filtro no fundo da placa de Petri. 2. Umedecer diariamente. 3. Colher a amostra fecal 3-5 dias após e aplicar o método de Rugai. Esta técnica é semelhante ao método de Loos, no entanto, não se utiliza o carvão vegetal em seu procedimento. Método de Harada e Mori – Baseia-se no cultivo de larvas em papel de filtro. O procedimento é especialmente útil no diagnóstico de infecções humanas pelo Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Strongyloides stercoralis e Trichostrongylus orientalis. 1. Espalhar as amostras fecais sobre uma tira de papel filtro, deixando livre o terço inferior da tira. 2. Introduzir a tira de papel filtro em um tubo de ensaio contendo 7mL de água destilada. 3. Fechar o tubo de ensaio com gaze cirúrgica e manter em posição vertical em temperatura ambiente por 14 dias. 4. Pipetar a água do fundo do tubo e preparar uma lâmina.