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Estrongiloidíase por: Strongyloides stercoralis palavras chave: nematóide, geohelminto, vida-livre, ciclo de Loss, pele, lesão cutânea ● são nematóides de vida livre que parasitam homens e animais ● possui ciclo vital no solo ● gênero Strongyloides apresentam 38 espécies biologia ● machos participam do ciclo reprodutivo parcialmente, fazem a cópula e a penetração de espermatozóides, mas não ocorre fusão do núcleo masculino com o do oócito, reprodução da fêmea é por partenogênese meiótica ● são os únicos nematóides capazes de realizar duplo ciclo morfologia ➔ fêmea partenogenética parasita: corpo cilíndrico, filiforme longo, boca com três lábios ● extremidade anterior arredondada e posterior afilada, maior que a de vida livre ➔ fêmea de vida livre: fusiforme, com extremidade anterior arredondada e posterior afilada, boca com três lábios ● macho de vida livre: fusiforme, com extremidade anterior arredondada e posterior recurvada ventralmente, boca com três lábios ovo ● elípticos com parede fina e transparente (praticamente idênticos aos de ancilostomídeos) ● eclodem assim que são eliminados na fezes→ larva ● podem ser encontrados nas fezes de indivíduos com diarréia graves ou após utilização de laxantes ciclo ● larvas rabditóides são eliminadas nas fezes e podem seguir o ciclo direto (partenogenético) ou indireto (sexuado ou de vida livre) ● ciclo direto: larvas passam pelo solo sofrem transformações e tornam-se filarióides infectantes ● ciclo indireto: larvas sofrem quatro transformações no solo e produzem fêmeas e machos de vida livre, os ovos darão origem a larvas rabditóides que evoluem para filarióides infectantes ● ciclo direto e indireto se completam pela penetração da larva L3 na pele ou mucosa oral, esofágica ou gástrica ● larva filarióide entra na circulação podendo chegar aos pulmões (ciclo de Loss), passa pela traquéia, faringe e pode ser deglutida para o desenvolvimento do verme adulto no intestino ● verme adulto invade intestino, põe os ovos na luz intestinal ● ovos desenvolvem larvas rabditóides que se transformam em filarióides e podem invadir a mucosa e região perianal podendo causar autoinfecção ou iniciar novo ciclo infectividade ● larvas filarióides (estágio L3) são infectantes vias de penetração ● cutânea: normalmente pelos pés, após 24h alcançam a circulação e são levadas aos pulmões (onde pode completar a evolução) e prosseguem para o intestino ● digestiva (raro), sem ciclo pulmonar: ingestão de água contaminada, completando seu ciclo no intestino e invasão da mucosa modos de infecção ● autoinfecção ou reinfecção externa: transformação de larvas rabditóides em filarióides na região anal e perianal, contaminada com as fezes, onde se faz a penetração na pele ou mucosa da região anal ● autoinfecção interna: infecção na luz do intestino delgado e grosso, invasão direta na mucosa ● heteroinfecção ou primoinfecção: através da penetração da pele patologia ● lesões ocorrem devido a penetração, migração, permanência e multiplicação no hospedeiro ➔ lesões cutâneas: podem ser discretas ou com aparecimento de pontos eritematosos ou placas na região de penetração ● pessoas sensíveis podem apresentar edema local, pápulas hemorrágicas e urticária ● em casos de autoinfecção externa, ao redor do ânus pode surgir lesões urticariformes ● agravação: repetição da invasão dos helmintos, causando hipersensibilidade ➔ lesões pulmonares: hemorragias petequiais nos capilares pela transição das larvas ● lesões inflamatórias de pneumonia difusa e podem chegar a produzir síndrome de Loeffler ● sintomas frequentes: tosse (produtiva ou não), expectoração, febre, mal-estar, dispnéia, crise asmatiforme, sangramento (hemoptise) ➔ lesões intestinais: duodeno e jejuno, presença de atividade das fêmeas produzem lesões mecânicas e irritativa, que levam a inflamação catarral, infiltrados eosinofílicos ● dependendo da carga parasitária, pode ocorrer aparecimento de pontos hemorrágicos e ulcerações ● aumento do peristaltismo: produção de fezes diarreicas e em alguns casos, mucosanguinolentas ● casos graves: lesões necróticas extensas ● indivíduo pode apresentar também: enterite catarral, epigastralgia, náuseas, vômito, febre, palpitações, tonteira e astenia diagnóstico ● clínico: difícil estabelecer etiologia, diagnóstico ● laboratorial: pesquisa de larvas nas fezes, escarro, material de biópsia profilaxia ● uso de calçados, tratamento de doentes, higiene de mãos e alimentos, saneamento básico e educação sanitária tratamento ● tiabendazol, albendazol, ivermectina e cambendazol referência REY, L. Parasitologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 (ebook) Neves, DP. Parasitologia Humana, 11a ed, São Paulo, Atheneu, 2005
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