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HOME-CARE-CUIDADOS-MULTIDISCIPLINARES

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOME CARE: CUIDADOS 
MULTIDISCIPLINARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPÍRITO SANTO 
 
INTRODUÇÃO 
 
Por mais de um século, o Home Care tem sido considerado uma prática 
muito natural nos EUA, sinônimo de família e associado à noção de conforto, 
compaixão e segurança. Muitas famílias têm aceitado a grande responsabilidade 
de cuidar dos entes queridos que se encontrem enfermos, nos ambientes de 
suas residências. Com isto, os familiares e amigos procuraram cada vez mais os 
serviços de Home Care, para obterem o apoio necessário. 
No Brasil, por mais de uma década, os serviços de Home Care têm tentado 
se estabelecer, mesmo tendo enfrentado muitas das barreiras colocadas por 
colegas profissionais de saúde. 
 
 
http://bootheelhomecare.com/services 
 
O Home Care no Brasil encontra-se em sua “adolescência”. Catalisado por 
profissionais de saúde que se tornaram pioneiros nesta área: Médicos, 
Enfermeiros, Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos, Farmacêuticos, Nutricionistas, 
Assistentes Sociais, se dispuseram a introduzir um atendimento inovador e 
 
revolucionário na área de saúde, contando com boa intenção, porém, muitas 
vezes, com pouco aprofundamento na complexidade que o Home Care significa. 
A apresentação da história do Home Care, em formato simples e breve, 
tem como objetivo dar uma noção clara da cronologia dos eventos que marcaram 
o progresso desta modalidade no Brasil e em outros países. 
Como o Portal Home Care foi idealizado para ser uma fonte pública de 
informações a respeito desta modalidade, tem a flexibilidade de aceitar a 
contribuição de seus leitores, que poderão submetê-las a análise e, após 
validação pela equipe técnica do Portal, poderão fazer parte deste compêndio 
histórico. 
 
 
INÍCIO 
 
Os cuidado de saúde domiciliário teve seu início nos EUA, em um momento 
da história em que o enfermo tinha como seu ambiente de tratamento, o lar. Era 
onde os profissionais de enfermagem procuravam prestar os cuidados 
necessários, muitas vezes, sob condições precárias de trabalho, devido ao nível 
de pobreza da época. Foi um momento dominado por doenças 
infectocontagiosas e por altas taxas de mortalidade, mas em uma época de 
grandes avanços na área da ciência, da medicina e da saúde pública. 
Embora as origens do hospital possam ser traçadas muito antes dessa 
época, a doença sempre foi também um infortúnio para a maioria dos lares. 
Com a chegada da Enfermeira Treinada, facilitou o cotidiano dos familiares 
que possuíam papel de cuidadores informais. Nessa época, o Home Care já 
possuía um papel importante na educação das novas e futuras mães que 
passaram a contar com a ajuda das Enfermeiras Visitantes para ensiná-las a 
gerenciar suas novas situações. 
 
 
 
 
LINHA DO TEMPO DA SAÚDE E DO HOME CARE 
 
Os primeiros documentos sobre a enfermagem datam do século VI a.C. e 
mostram como os hindus eram avançados no desenvolvimento da medicina e da 
enfermagem e o cuidado daquele povo em proporcionar assistência integral aos 
desamparados. 
A enfermagem surgiu nos primórdios do cristianismo, mas só se 
profissionalizou na segunda metade do século XIX, quando foi fundada a Escola 
de Enfermagem Florence Nightingale, na Inglaterra. 
 
1914-1920 – Uma média de 68 programas de Enfermeiras Visitantes da 
Cruz Vermelha foram abertos mensalmente durante esse período. No seu auge, 
a Cruz Vermelha Americana havia desenvolvido cerca de 2100 novos serviços 
pelos EUA. O Plano de Saúde “Metropolitan Life” tornou os serviços de 
enfermeira visitante disponíveis para 90% dos seus 10,5 milhões de 
credenciados, residentes em 2000 cidades nos EUA e Canadá, tornando-se 
assim, o primeiro Plano de Saúde, no mercado americano a adotar o sistema de 
pagamento por cuidados administrados por uma empresa de Home Care. 
 
1922 – (The Visiting Nurse Association (VNA) of Wilmington), A Associação 
das Enfermeiras Visitantes de Wilmington, foi formada quando Edith S. Danforth, 
Mary Wright and Josephine Richey assinaram os primeiros papéis da 
Corporação. O primeiro relatório anual anunciou que o grupo de 12 enfermeiras 
da Saúde Pública fizeram 22,117 visitas domiciliares. 
 
1922 – No Brasil, a enfermagem tornou-se profissão quando foi fundada a 
Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública. A Escola 
de Enfermeiras tinha o mesmo padrão da Escola Florence Nightingale, na 
Inglaterra. A primeira turma tinha apenas catorze alunas e o diretor da escola era 
o sanitarista Carlos Chagas. Em 1926, a escola passou a se chamar Escola Ana 
Nery. 
 
1923 – VNA nos EUA assinam o primeiro contrato com a primeira 
companhia de seguros para receber reembolso pelos serviços prestados em 
domicílio. 
 
1924 – Os trabalhos das enfermeiras visitantes já eram patrocinados por 
3183 agências voluntárias públicas locais. 
 
1925-1929 – Os cuidados médicos baseados em domicílio, começaram a 
declinar nos EUA. A taxa de mortalidade urbana começou a diminuir 
drasticamente e as doenças infecto-contagiosas começaram a ser substituídas 
por doenças crônicas, degenerativas, como as principais causas de mortalidade. 
Cuidados baseados em hospital começaram a ser mais procurados pelos 
pacientes, clínicos, cirurgiões e obstetras de todos os níveis econômicos. 
Enfermeiras particulares acompanhavam seus pacientes no ambiente hospitalar. 
Embora ainda existisse a opção do Home Care, progressivamente, seus serviços 
se tornaram marginais ao tratamento hospitalar, que veio a dominar o sistema 
de saúde norte-americano da época. 
 
1929 – O território da VNA’s é expandido incluindo clientes restritos ao leito 
em Hockessin, Yorklyn e “norte” em direção para Silverside Road. 
 
1930-1954 – O aumento progressivo da centralização de pacientes em 
hospitais, resultou em um número mais escasso de pacientes enfermos em suas 
residências ou que necessitasse de cuidados profissionais de uma enfermeira 
visitante. Muitas líderes enfermeiras lutaram para a permanência de serviços de 
Enfermagem Comunitária, porém, com a ausência de influência política, os 
serviços declinaram. Em 1952, o Plano de Saúde “Metropolitan Life” cancelou o 
seu programa de Enfermeiras Visitantes, devido ao fato de que as visitas aos 
seus usuários diminuíram e o custo desse tipo de serviço aumentou 
concomitantemente. O programa de Enfermeira Visitante da Cruz Vermelha 
Americana também encerrou seus trabalhos nesse período. 
 
1931 – O grupo das 22 enfermeiras da VNA fizeram 45,853 visitas neste 
ano. 
 
1932 – Durante “A Grande Depressão,” as companhias de seguro de saúde 
Americanas colocam limites nas visitas feitas pelas enfermeiras da VNA. 
 
1939 – Após a Depressão, o programa de Enfermagem foi restabelecido 
através da filiação da VNA com a University of Pennsylvania Hospital 
(Universidade do Hospital da Pensilvânia). 
 
1941 – Médicos participam ativamente na ajuda na II Guerra Mundial nos 
EUA, as VNA de Wilmington aumentam o “staff” para controlar o aumento das 
visitas domiciliares. 
 
1945 – Os médicos e enfermeiras voltam da guerra, VNA corta seu “staff” 
50%, diminui para 10 enfermeiras. 
 
1946 – As 40 horas de trabalho semanal foi adotada nos EUA e a VNA 
aumenta seu staff para 16 enfermeiras. Com uma média de 9 visitas de 
enfermagem por dia. 
 
1946 – O Conselho Nacional da mulher da Austrália o qual era composto 
por várias organizações femininas iniciaram e apoiaram o Serviço de 
Enfermagem Domiciliar, Domiciliary Nursing Service the A.C.T. in 1946. 
 
1947 – VNA celebra 25 anos de empresa, e apresenta um novo serviço; o 
de ortopedia, contratando o primeiro fisioterapeuta para o atendimento 
domiciliar. 
 
1950 – A média de custo por visita de enfermagem era de $2 (dois dólares). 
 
1952 – A VNA assina o primeiro contrato com o novo Departamento Publico 
de PrevidênciaSocial dos EUA e concorda de prover serviços para pacientes 
elegíveis para Home Care por $2 por visita. 
 
1956 – O Hospital Delaware é o primeiro hospital dos EUA a contratar a 
VNA para os serviços de Home Care. 
 
1960 - 21 enfermeiras da VNA fazem 30,350 visitas neste ano. E o custo 
por visita sobe para $4 (quatro dólares). 
 
1961- A empresa Tender Loving Care foi fundada nos EUA. 
 
1955-1964 – O renascimento dos serviços de Home Care nos EUA iniciou-
se gradualmente, movido pelo questionamento sobre onde os pacientes 
deveriam receber seus cuidados médicos, considerando que o tratamento 
baseado no hospital havia se tornado muito caro para os Planos de Saúde. 
Paralelamente com a progressão no custo da hospitalização, um aumento na 
taxa de patologias crônicas e uma população rapidamente atingindo a terceira 
idade, o Home Care reassumiu seu papel como uma modalidade de menor custo 
e adequada ao fornecimento de serviços de saúde. Durante este período, o 
Home Care se desenvolveu com três tipos de bases: Home Care baseado no 
hospital, Home Care baseado na comunidade e terceiro; serviços de apoio ao 
lar. Geralmente sob a responsabilidade dos serviços sociais de apoio à família. 
Os recursos financeiros alocados para esses serviços eram de origens variadas, 
dependendo de doações do setor privado, fundos providos pela UNICEF, 
Departamento de Saúde e pagamentos por serviços particulares. Muito antes da 
criação do Medicare (Sistema de Saúde Pública, nos EUA), o crescimento no 
número usuários enfermos crônicos e debilitados elevou também a procura por 
serviços na área de Home Care. 
 
1965 – A legislação do Plano de Saúde Medicare nos EUA, prevê 
benefícios relacionados com o Home Care aos seus usuários, principalmente 
 
cuidados especializados de enfermagem e terapias de natureza curativa ou de 
reabilitação para os cidadãos da terceira idade. No princípio, o credenciamento 
era reservado apenas às instituições sem fins lucrativos e departamentos de 
saúde. Inicialmente, cerca de mil duzentas e setenta e cinco organizações foram 
credenciadas pelo Medicare. Os serviços foram expandidos para oferecer 
terapeutas, auxiliares de enfermagem e pessoas que auxiliavam nos serviços 
diários do lar. Assistentes sociais e nutricionistas começaram a fazer parte da 
equipe de Home Care, como um serviço coberto pelos benefícios do Medicare. 
Medicaid, um serviço de assistência médica para os de baixa renda, 
também foi estabelecido pelo governo americano, com cobertura não-obrigatória 
para os mesmos serviços de Home Care, incluindo enfermagem e auxiliar de 
enfermagem, Home Care, suplementos e equipamentos médicos. A lei do idoso 
nos EUA tem um programa desenhado para prestar assistência e manter os 
americanos da terceira idade em seus lares e comunidades, evitando-se a 
hospitalização desnecessária e de alto custo para o governo. 
 
1966 – A legislação sobre o Medicare passa no congresso americano, e a 
VNA foi certificada como a provedora em Home Care para o Medicare em 
Delaware. O Departamento Público da Previdência Social aprova a VNA como 
provedora de Home Care do Medicaid também. A VNA faz um acordo com o 
Departamento Público para treinar atendentes em Home Care. 
1966 – A “Medical Personnel Pool” (percussora da Interim Health Care) foi 
criada nos Estados Unidos. 
 
1967 – O número de agências de Home Care credenciadas pelo Medicare 
atingiu um mil setecentos e cinqüenta e três unidades. Os investimentos com os 
serviços de Home Care representavam menos de 1% do orçamento total do 
Medicare. 
 
1968 – A seguradora Blue Cross/Blue Shield de Delaware aprova os 
cuidados em home health aide, de atendentes,para cada usuário. 
 
1968 – Nesta época, no Brasil, o serviço ficou restrito à vigilância 
epidemiológica e materno-infantil. Também, o Hospital do Servidor Público 
Estadual de São Paulo iniciou atividades de visitação em domicílio. 
 
1970-1979 – O Home Care, nos EUA, começou a ser visto pelos 
planejadores e gestores de Planos de Saúde como uma ferramenta para a 
redução de custos e uma alternativa ao internamento hospitalar. Em 1973, a 
Medicare ampliou os benefícios relacionados ao Home Care, cobrindo também 
alguns casos especiais envolvendo os jovens com deficiência física. Uma série 
de investigações congressionais revelou as condições precárias e abusivas em 
muitas casas de repouso; institucionalização inapropriada de seus usuários; e 
um sentimento fortíssimo de internos (30% a 50%, de acordo com os estudos) 
de que eles não desejavam permanecer nessas instituições. Muitas 
demonstrações públicas ocorreram, e projetos de apoio ao Home Care foram 
lançados. Estudos de satisfação de seus usuários demonstraram uma tremenda 
satisfação pela modalidade do Home Care. 
 
1980-1985 – Em 1980, nos EUA, o número de agências credenciadas pelo 
Plano de Saúde Medicare quase dobrou, em relação a 1967, atingindo cerca de 
duas mil novecentos e vinte e quatro unidades. Um ano depois, agências 
particulares foram admitidas no Medicare. Em 1982, a Associação Nacional para 
o Home Care (NAHC) foi fundada para defender os interesses de suas agencias 
filiadas perante o Congresso, agências reguladoras, fóruns e da mídia. A missão 
da associação, que ainda existe hoje nos EUA, era a de promover um serviço de 
qualidade para os pacientes e do programa de cuidados paliativos em Home 
Care; preservar os direitos dos cuidadores informais; representar eficientemente 
todos os proprietários de empresas de Home Care e posicionar o Home Care no 
centro do sistema de prestação de serviços médicos de saúde. Logo após a sua 
inauguração, a NAHC contratou o primeiro estudo detalhado do mercado, que 
incluiu uma pesquisa de opinião a respeito do Home Care. Após ter computado 
que apenas 18% dos americanos sabiam o que vinha a ser o Home Care, a 
associação lançou uma campanha nacional para aumentar o conhecimento da 
 
população. Uma pesquisa posterior, em 1985, indicou que a conscientização do 
público a respeito do Home Care havia aumentado para 38%. Conforme os dias 
de internamento hospitalar encurtaram, o percentual de pacientes usuários do 
Medicare foi sendo transferido para a modalidade de Home Care, que aumentou 
de 9,1% em 1981, para 17,9% em 1985. Adicionalmente, os governos nacionais, 
estaduais e municipais investiram um total de US$ 4,5 bilhões em Home Care, 
enquanto que duas a quatro vezes mais foram gastos pelas famílias na aquisição 
de serviços particulares nessa mesma modalidade, em 1985. 
 
1986-1989 – O número de agências de Home Care, credenciadas pelo 
Medicare, atingiu seu teto em cerca de cinco mil e novecentas organizações, por 
conta do aumento indiscriminado da burocracia e de um sistema não confiável 
de pagamento dos prestadores. O Medicare adotou documentação, tabelas 
referenciais e regras de qualificação, que criaram uma incerteza muito grande 
quanto à qualificação de pacientes e autorização de serviços. O resultado foram 
efeitos nos quais, muitas faturas de serviços eram encaminhadas ao sistema, 
deixando seus usuários sem cobertura de serviços. O setor de Home Care, 
juntamente com o restante dos setores em saúde, passou por uma grande 
carência de pessoal treinado. Em 1987, de acordo com o “National Medical 
Expenditures Survey (NMES)”, o gasto com Home Care totalizou US$ 52 bilhões. 
Um número estimado de 5,9 milhões de indivíduos, ou 2,5% da população dos 
EUA naquele período recebiam formalmente os serviços de Home Care. Desses 
assegurados, quase a metade ultrapassava 65 anos, e a quantia de serviços de 
Home Care que usufruíam tendia a aumentar com a idade. Em resposta à crise 
causada pelas recusas de cobertura de benefícios pelo Medicare, o Congresso 
Americano, em 1987, formou uma comissão de parlamentares, liderada pelos 
representantes Harley Staggers e Claude Pepper, além de grupos de proteção 
ao consumidor e a NAHC, abriram umaação judicial conjunta contra o órgão 
administrativo do sistema de financiamento de saúde nos EUA. A conclusão 
vitoriosa desta ação, em 1989, resultou na revisão e retificação das políticas e 
normas utilizadas pelo Medicare. Essa definição das políticas e procedimentos 
de qualificação e pagamento de serviços permitiu que o programa de Home 
 
Care, pela primeira vez, provesse aos usuários do Medicare, o nível de cuidados 
que o Congresso havia originalmente idealizado. 
 
1985 – Marca o centenário dos serviços de Home Care na Austrália , 
historicamente um componente vital do sistema de saúde na Austrália. 
 
1986 – Fundada no Brasil, a Geriatric’s Home Care no Rio de Janeiro. A 
primeira agência de Home Care no Brasil, começou atuando com exclusividade 
para o Plano de Saúde Amil, dirigida pelo Dr. Ricardo Rodrigues. 
 
1990 – Aprovada a Lei número 8.080 de 19 de setembro, que dispõe sobre 
as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização 
e o funcionamento de serviços correspondentes e dá outras providencias, 
regulamentando a assistência domiciliar no Sistema Único de Saúde do Brasil. 
 
 
1992 – “Medical Personnel Pool” muda seu nome para Interim. 
1992 – Fundada a empresa Pronep no Rio de Janeiro. 
1992 – Fundada a empresa Dal Ben em São Paulo. 
 
1994 – ADS Home Care é fundada em São Paulo. 
1994 – Empresa de Home Care Saúde Lar foi fundada, na Grande Porto 
Alegre. 
1994 – Home Doctor foi fundada em São Paulo. 
1994 – Home Istead, maior franqueadora de Home Care do mundo, se 
instala em Portugal, primeiro país europeu a receber a franqueadora. 
 
1995 - A COOPENFINT surgiu através da visão de enfermeiros que 
atuavam nos Prontos Socorros da Secretária de Estado da Saúde do 
Amazonas e vivenciavam o elevado índice de mortalidade em pacientes que 
poderiam ter uma sobrevida se o estado investisse em equipamentos e pessoal 
qualificado. Nesta época, em 1995, 23 (vinte e três) enfermeiros fundaram a 
 
COOPENFINT, e em parceria com a Universidade de Campinas-UNICAMP, 
especializaram-se em Terapia Intensiva (a Escola de Enfermagem da 
Universidade Federal do Amazonas na época não disponibilizava Pós 
Graduação Latu Sensu para o referido curso). 
1995 – Fundada a Associação das Empresas de Medicina Domiciliar-
ABEMID. 
 
1990-1997 – Cuidar do enfermo em casa, mais uma vez, assumia um lugar 
de destaque no sistema de fornecimento de serviços de saúde. Com uma 
expansão dos serviços e aumento da tecnologia disponível pelas empresas de 
Home Care, nos EUA, cada vez mais, pessoas que há um tempo atrás, estariam 
confinadas num hospital ou em outra instituição, a partir de então poderiam 
permanecer na comodidade e segurança de seus lares. Os serviços abrangiam 
desde enfermagem particular, por meio de enfermeiros, auxiliares de 
enfermagem, até terapias ocupacionais, respiratórias, fonoaudiologia, 
assistência social, nutricionista, serviços de laboratório, odontologia, 
oftalmologia, farmácia, exames de raios-X, equipamentos médicos de ponta, 
transporte e suprimentos. Os serviços eram pagos diretamente pelo paciente 
e/ou seu familiar, de forma particular ou por intermédio de outras fontes 
pagadoras formais como, Planos de Saúde e Fundações. 
Em 1992, a NAHC efetuou um estudo por intermédio da empresa “Lou 
Harris and Associates”, que revelou que 89% dos americanos sabiam o que o 
Home Care era e apoiavam sua utilização dentro dos programas de saúde 
pública e privada. Durante esse período, mais de um terço dos gastos do 
Medicare já eram direcionados aos serviços de Home Care. O Ministério do 
Trabalho declarou, após um estudo estatístico, que o Home Care é a modalidade 
que apresenta o crescimento mais veloz na área de saúde e a segunda 
modalidade de maior crescimento nos EUA. O Ministério do Trabalho projetou 
que meio milhão de novos empregos seria criado pelo Home Care, entre 1992 e 
2005 – portanto, um aumento de 128%. 
Enquanto os políticos se envolviam com o debate nacional sobre a reforma 
do sistema de saúde americano em 1994, a NAHC ajudava a estabelecer o 
 
Home Care como um componente central para os cuidados, agudos e crônicos, 
em todos os principais Planos de Saúde e propostas apresentadas ao Congresso 
Americano. No ano seguinte, a NAHC foi associada a um projeto do “Colorado 
Center for Health Policy and Services Research” para prestar assistência às 
empresas na implementação de um sistema de controle de qualidade baseado 
na melhoria dos resultados. Em 1996, o setor de Home Care uniu-se à NAHC, 
no desenvolvimento de um sistema de pagamento conhecido como “prospective 
payment system” (PPS) (Sistema de Pagamento Prospectivo), proposta que iria 
reformar o sistema em que as empresas de Home Care eram reembolsadas pelo 
Medicare, por intermédio da provisão de incentivos de mercado para as 
empresas que prestassem um serviço de saúde eficiente, ético e eficaz. 
Nessa mesma época, foi criada a Fundação do Home Care pela 
Volkswagen no Brasil, dirigida pela Dra. Christina Ribeiro. 
 
1996 – É criado o NADI (Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar) 
do Hospital de Clínicas de São Paulo. 
1996 - Atendendo a portaria 3432 MS (requeria profissionais enfermeiros 
qualificados e especializados em Terapia Intensiva) o Pronto Socorro 28 de 
Agosto inaugurou a primeira UTI adulto do Estado. Em seguida inaugurou-se 
outra UTI agora Pediátrica no Pronto Socorro da Criança da Zona Sul. 
 
1997 – A empresa multinacional Ínterim inicia seus serviços em Recife. 
1997 – Nos EUA, o Home Care passa a ser um serviço diversificado e em 
rápido crescimento. Com um número estimado de vinte mil duzentas e quinze 
agências, o Home Care presta serviços de saúde e apoio para mais de sete 
milhões de americanos com patologias e condições agudas e crônicas. São dez 
mil e vinte e sete empresas credenciadas pelo Medicare, sendo duas mil cento 
e cinquenta e quatro empresas de cuidados paliativos e oito mil e trinta e quatro 
outras agências de Home Care, não credenciadas. Com isso, os gastos anuais 
com o Home Care aumentaram acima de US$ 38 bilhões. Cerca de 82% de 
todas as escolas de medicina creditadas junto ao Ministério da Educação 
 
Americano já possuem treinamento específico na área de Home Care em seus 
currículos acadêmicos. 
 
1998 – Realizado o I Simpósio Brasileiro de Assistência Domiciliar-
SIBRAD. Na ocasião, discutiram-se os aspectos mais relevantes da assistência 
domiciliar à época. O SIBRAD foi o primeiro simpósio a debater os temas 
relacionados com os modelos de assistência domiciliar, nos setores público e 
privado no Brasil. 
 
1999 – A empresa Médika Home Care e Assessoria dos EUA, sobe o 
comando de seu Diretor Executivo Edvaldo de Oliveira Leme,R.N.C. foi 
contratada pela Unimed Federação do Estado do Paraná, para vir ao Brasil 
desenvolver um projeto de adequação de protocolos clínicos, gerenciais e 
operacionais a serem utilizados por suas Singulares que optassem pela 
estruturação de serviço próprio de Home Care. O projeto foi um sucesso. 
 
2000- Pela Portaria número 2874, de 30 de agosto, a Secretaria de Estado 
de Assistência Social prevê a assistência domiciliar a idosos. 
2000 – A Staff Builders, empresa americana, é fundada no Brasil. 
 
2001 – A empresa Médika funda a Médika Home Care em Curitiba e inicia 
seus trabalhos servindo a vários Planos de Saúde da região. 
 
2002 – O Conselho Federal de Enfermagem aprova a resolução número 
270, que define a regulamentação para as empresas que prestam serviços de 
Enfermagem Domiciliar Home Care. Por sua vez, o Conselho Federal de 
Farmácia edita a resolução número 386, em 12 de novembro, onde dispõe sobre 
as atribuições do farmacêutico no âmbito de assistência domiciliar em equipes 
multidisciplinares. 
Interim é nomeada “Top” Franquia de Home Care nos Estados Unidos pela 
revista USA Today. 
 
2002 – A empresa Médika Home Care por intermédiode seu Diretor 
Executivo Edvaldo de O. Leme, R.N.C. em resposta à carência no setor de 
regulamentação existente, disponibilizou sem ônus, via internet, o trabalho 
“Diretrizes para Regulamentação do Setor de Serviços Extra-Institucional de 
Saúde no Brasil”, como uma contribuição a todas as empresas e órgãos oficiais 
com o intuito de atingir um nível maior de qualidade de serviços nesta área. 
 
2003 – O Conselho Federal de Medicina aprova a resolução número 
1.668/2003 que dispõe sobre normas técnicas necessárias à assistência 
domiciliar de paciente, definindo as responsabilidades; e a interface 
multidisciplinar neste tipo de assistência. 
2003 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)- publica a 
Consulta Pública número 81, de 10 de outubro de 2003, relacionada com a 
prática da Assistência Domiciliar no Brasil. 
 
2004 – Em resposta à consulta pública da ANVISA, a empresa Médika 
Home Care por intermédio de seu Diretor executivo Edvaldo de O. Leme,RNC., 
enviou ao Ministério da Saúde em Brasília seu trabalho intitulado “Diretrizes para 
Regulamentação do Setor de Serviços Extra-Institucional de Saúde no Brasil”, 
aos cuidados da sra. Flavia Freitas de Paula Lopes, que registrou recebimento 
em 7 de junho deste ano, pelo sr. Demerval J. A. Machado- UNIAP/ANVISA. 
 
2005 – No dia 13 de Maio, o Portal Home Care, por intermédio de seu 
mantenedor Edvaldo de O. Leme, R.N.C., entrega à Vigilância Sanitária de 
Curitiba, um documento de 60 páginas abordando os aspectos comparativos 
entre as atividades relacionadas com o serviço hospitalar e o serviço de uma 
empresa de Home care. A entrega deste documento visa contribuir para com o 
esclarecimento das diferenças e similaridades entre as duas modalidades, com 
o intuito de influenciar a adoção de uma terminologia que claramente represente 
a atividade comercial de uma empresa de Home Care, conseqüentemente, 
minimizará as dificuldades encontradas pelos empresários no momento do 
pedido de classificação da atividade junto aos órgãos municipais para fins de 
 
alvará de funcionamento. A falta da classificação específica da atividade 
exercida pelo Home Care, tem provocado muitas dificuldades no processo de 
legalização desta modalidade. 
2005 – No dia 16 de Maio, o Portal Home Care, por intermédio de seu 
Diretor Edvaldo O. Leme,R.N.C., entrega à Prefeitura Municipal de Curitiba mais 
uma Carta de Sugestão para a Classificação do Home Care no Estado do Paraná 
ao Sr. Obdias Ramos dos Santos, da divisão de alvarás. Este documento é o 
mesmo documento entregue a Vigilância Sanitária de Curitiba, visando sempre 
o engradecimento desta modalidade com seriedade, ética e profissionalismo. De 
acordo com o Sr Obdias a regulamentação deve ocorrer até 2007. 
2005 – Junho -Cuidar Mais Assistência de Saúde Domiciliar é fundada em 
Balneário Camboriú SC, tendo como responsável Dra. Michele Ambrosini 
Martins. 
2005 – 11 de novembro-Portal Home Care envia uma solicitação de 
posicionamento quanto ao andamento da Consulta Pública da ANVISA sobre o 
número 81, de 10/10/ 2003 ao setor de Gerência Geral de Tecnologia de 
Serviços – SEPN – Brasília, DF. 
2005 – 23 de novembro- Portal Home Care recebe a seguinte resposta do 
Especialista em Regulamentação e Vigilância Sanitária-MDSP: “Em resposta ao 
e-mail enviado informamos que o Regulamento Técnico para o funcionamento 
dos serviços de assistência domiciliar referente à consulta pública 81 de 2003, 
está em fase final de elaboração e será publicado até o final desse ano. 
Colocamo-nos a disposição para maiores informações, MDSP – Especialista em 
Regulamentação e Vigilância Sanitária”. 
2005- 11 de novembro-Portal Home Care envia uma solicitação de 
posicionamento quanto ao andamento da Consulta Pública da ANVISA sobre o 
número 81, de 10/10/ 2003 ao setor de Gerência Geral de Tecnologia de 
Serviços -SEPN-Brasília,DF 
2005- 23 de novembro- Portal Home Care recebe a seguinte resposta do 
Especialista em Regulamentação e Vigilância Sanitária -MDSP: ” Em resposta 
ao e-mail enviado informamos que o Regulamento Técnico para o 
funcionamento dos serviços de assistência domiciliar referente à consulta 
 
pública 81 de 2003, está em fase final de elaboração e será publicado até o final 
desse ano. Colocamo-nos a disposição para maiores informações, MDSP – 
Especialista em Regulamentação e Vigilância Sanitária” 
 
2006- COOPENFINT conta com 103 (cento e três) enfermeiros, todos com 
especialização em Terapia Intensiva e prestamos serviços em UTIs do Estado 
do Amazonas.Ainda em fase de organização está o serviço de SEIS (Home 
Care) que deverá começar a trabalhar neste início de ano e onde o Portal Home 
Care forneceu dados e bases importantes para a organização do serviço. 
2006- Brasília, 30 de janeiro – 10h35 – Manchete nos principais jornais de 
saúde do país: Atenção domiciliar ganha regras -Os pacientes que recebem 
atendimento médico em casa têm agora um regulamento para esses serviços. A 
Anvisa publicou, nesta segunda-feira (30/1), a resolução RDC nº 11 (PDF), com 
as regras para o funcionamento de serviços de saúde que prestam atenção 
domiciliar. 
2006- Brasília, 30 de janeiro – 10h35 -Atenção domiciliar ganha regras -Os 
pacientes que recebem atendimento médico em casa têm agora um regulamento 
para esses serviços. A Anvisa publicou, nesta segunda-feira (30/1), a resolução 
RDC nº. 11 (PDF), com as regras para o funcionamento de serviços de saúde 
que prestam atenção domiciliar. 
2006- Brasília- A ANVISA por intermédio da RDC 11 de 30/01/2006, exige 
que as Empresas de Home Care obtenham o número de CNES, exige, também, 
que as fontes pagadoras somente contrate empresas de Home Care que tenham 
o CNES, porém, a ANS e o Ministério da Saúde não reconhecem a empresa de 
Home Care como uma instituição de saúde e se recusa a emitir o CNS, 
obrigando as empresas de Home Care a obterem o CNS como consultórios de 
medicina ou outras definições. 
2006- Agosto- O Portal Home Care, por intermédio de seu mantenedor 
Edvaldo Leme,R.N.C., estabelece contato com o Ministério da Saúde a respeito 
da obtenção do CNES para empresas de Home Care no Brasil, e é informado de 
que uma comissão formada por consultores da ANVISA,ANS, e Ministério da 
Saúde em Brasília, ainda não chegaram a uma conclusão quanto à classificação 
 
da atividade de Atendimento Domiciliar à Saúde (Home Care), e que, no 
momento, oficialmente, o Home Care não poderia obter o CNES exigido pela 
ANVISA. 
 
2007- Maio -O Portal Home Care, por intermédio de seu mantenedor 
Edvaldo Leme,R.N.C., estabelece contato com o Ministério da Saúde a respeito 
da obtenção do CNES para empresas de Home Care no Brasil, e é informado de 
que uma comissão formada por consultores da ANVISA,ANS, e Ministério da 
Saúde ainda não chegaram a um consenso quanto à classificação do Home Care 
para fins de obtenção do CNES. 
 
2008- Julho – O Portal Home Care, por intermédio de seu mantenedor 
Edvaldo Leme, R.N.C., estabelece contato com o Ministério da Saúde a respeito 
da obtenção do CNES para empresas de Home Care no Brasil, e é informado de 
que os setores envolvidos preveem que até setembro de 2008 haverá uma 
alteração CNES para incluir as empresas de Home Care. A fonte informou ainda, 
que existe uma grande dificuldade na classificação devido à variação de 
estrutura e protocolos apresentados pelas inúmeras empresas que procuram o 
cadastramento. 
 
 
http://www.nelp.org/blog/scotus-declines-to-hear-challenge-to-home-care-reform/ 
 
 
A PRÁTICA DO HOME CARE 
 
O Home Care deve ser compreendido como uma modalidade contínua de 
serviços na área de saúde, cujas atividades são dedicadas aos 
pacientes/clientes e a seus familiares em um ambiente extra-hospitalar. 
O propósito do Home Care é promover, manter e/ou restaurar a saúde, 
maximizando o nível de independência do cliente/paciente, enquanto minimiza 
os efeitos debilitantes dasvárias patologias e condições que gerência. 
Este tipo de serviço é direcionado não somente aos pacientes, como 
também, de forma diferenciada, aos seus familiares em qualquer fase de suas 
vidas; seja para aqueles que aguardam seu restabelecimento e retorno às suas 
atividades normais, ou para os que necessitam de gerenciamento constante de 
suas atividades como também, para pacientes que necessitam de 
acompanhamento em sua fase terminal. 
No gerenciamento desses serviços devem ser usados critérios técnico-
científicos e as decisões devem ser baseadas no melhor nível de evidência 
clínica possível, para cada procedimento. Essa prática é necessária em função 
da complexidade do meio ambiente do paciente, dos tipos de cuidados médicos 
exigidos, dos recursos, das condições psicofísicas do cliente/paciente e das 
patologias à serem gerenciadas. 
 
 
http://providahomecare.com.br/servicos/ 
 
CUIDADOR FORMAL E INFORMAL 
 
Existem dois tipos de cuidadores: o Formal e o Informal. 
 
 
O CUIDADOR FORMAL 
 
Provê cuidados de saúde ou serviços sociais para outros, em função de 
sua profissão, e usa as habilidades, a competência e a introspecção originadas 
em treinamentos específicos. O grau de instrução e treinamento para se obter 
certificados em várias profissões é muito variado. Pessoas que ocupam posições 
administrativas ou acadêmicas, e que têm sido treinadas na profissão de cuidar 
de outras pessoas, são também denominadas cuidadores formais, porque suas 
atividades têm um impacto significativo sobre a saúde dos pacientes. 
Geralmente, os cuidadores formais recebem compensação financeira pelos seus 
serviços, mas, algumas vezes não a recebem quando na condição de voluntários 
de organizações, grupos ou particulares. Os cuidadores formais atendem às 
necessidades de cuidados de saúde pela provisão efetiva de serviços, 
competência e aconselhamento, (bem) como apoio social. 
 
 
O CUIDADOR INFORMAL (LEIGO OU FAMILIAR) 
 
Provê cuidados e assistência para outros, mas sem remuneração. 
Geralmente, este serviço é prestado em um contexto de relacionamento já em 
andamento. É uma expressão de amor e carinho por um membro da família, 
amigo ou simplesmente por um outro ser humano em necessidade. Cuidadores, 
no sistema informal, auxiliam a pessoa que é parte ou totalmente dependente de 
auxílio em seu cotidiano, como: para se vestir, se alimentar, se higienizar, 
dependa de transporte, administração de medicamento, preparação de 
alimentos e gerenciamento de finanças. 
 
 
CARACTERÍSTICAS DO CUIDADOR INFORMAL 
 
Levantamentos e pesquisas efetuados em vários países permitem 
reconhecer a importância dos cuidadores. Nos Estados Unidos, por exemplo, 
mais de dois milhões e duzentos mil membros de famílias e amigos provêm 
cuidados e tratamentos para mais de um milhão e trezentos mil enfermos ou 
debilitados. Cerca de dois terços dos cuidadores são mulheres. 
Aproximadamente, três quartos desses doentes recebem cuidados ou 
tratamentos por intermédio de membros da família e vivem com as próprias 
famílias. Embora a atividade empregatícia dos cuidadores tenha provado não 
reduzir o cuidado dedicado ao paciente, existe um certo impacto na qualidade 
desse cuidado e/ou tratamento. Esse impacto é relativo ao número de horas 
disponíveis para esta atividade. Pesquisas indicam que, em média, o cuidador 
trabalha de 4 a 8 horas/dia. Para muitos, a atividade de prover cuidados estende-
se de um até quatro anos, mas com o aumento da expectativa de vida nos 
Estados Unidos e no Brasil, pode-se esperar um aumento no número de anos 
dedicados a esta atividade. 
 
Impacto das atividades sobre o Cuidado informal: O envolvimento 
prolongado na atividade de prover cuidados parece ter um efeito negativo sobre 
a saúde física e emocional do cuidador, embora, geralmente, ele assuma este 
papel com grande satisfação e carinho. Diferentemente da experiência do 
cuidador parente de uma criança, que normalmente resulta na reabilitação, os 
cuidadores de pessoas debilitadas ou enfermas encaram uma situação 
estressante, em função da deterioração gradual do doente, sua eventual 
transferência para um tratamento institucional ou, lamentavelmente, a sua morte. 
Estudos mostram problemas de sobrecarga do cuidador, altos índices de 
depressão, sintomas de estresse, uso de psicotrópicos, redução no nível de 
imunidade e aumento da susceptibilidade a enfermidades. Homens e mulheres 
parecem ser afetados similarmente, embora as mulheres pareçam desenvolver 
mais estresse. Estes efeitos negativos parecem persistir em alguns cuidadores, 
até mesmo após a internação ou a morte do paciente. 
 
DESENVOLVIMENTO DO 
HOME CARE NO BRASIL 
 
 
http://www.1stfamilyhomehealthcare.com/ 
 
 
O desenvolvimento, na área privada, do atendimento domiciliar no Brasil, 
ocorreu, inicialmente, sem o suporte de um padrão de licenciamento que 
orientasse o crescimento da modalidade Home Care, de uma forma uniforme e 
eficaz. A própria definição deste tipo de serviço sofreu várias interpretações e a 
natureza básica do mesmo foi, muitas vezes, mal representada. Por muito tempo 
haviam poucos profissionais com experiência nesta área no Brasil, e os 
estrangeiros sofriam com a falta de compreensão da cultura e da realidade 
socioeconômica brasileira. Porém, a realidade vem se transformando, em 26 de 
janeiro de 2006, a ANVISA lançou a RDC 11 que fornece as primeiras diretivas 
para a prática da modalidade no Brasil. Hoje em dia, já existem muitos talentos 
nacionais e associações que estão se empenhando no desenvolvimento de uma 
modalidade que promete se impor no futuro no sistema de saúde. 
 
 
 
 
FATORES QUE JUSTIFICAM A ADOÇÃO DO SISTEMA DE HOME CARE 
 
O envelhecimento da População. 
Pesquisas comprovam um aumento da população idosa, e 
consequentemente um aumento no número de doenças relacionadas com 
senilidade. 
 
O aumento da Necessidade de Cuidados Médicos em Doenças 
Crônicas. 
O aumento da incidência de doenças crônicas e a incapacitação funcional 
não podem ser ignoradas, pois os custos de gerenciamento dessas condições 
prometem ter um aumento significativo. 
 
O Aumento do Custo de Tecnologias Diagnósticas e de Tratamento. 
Para o Plano de Saúde, o Home Care oferece um serviço extra e promove 
um aumento na qualidade de vida de seus usuários, além de benefícios 
decorrentes da redução nos seus custos com hospitalização. O Home Care é 
inerente de um controle maior da utilização de recursos em áreas como centro 
médico, terapêutico e diagnóstico. Terapias hospitalares de alto custo 
geralmente podem ser realizadas em uma fração de custo reduzido em Home 
Care. 
 
O Aumento do Interesse pelo autocuidado. 
O grande interesse do cidadão pelo gerenciamento de sua própria saúde e 
pela saúde dos seus amigos e familiares, oferece uma oportunidade singular 
para essa modalidade, por exemplo, a chance da transferência programada e 
responsável de certas tarefas (que tradicionalmente estavam a cargo do médico, 
enfermeiro e do hospital) para o paciente, amigo ou familiar. Estas pessoas 
passam a ter um novo papel no sistema Home Care: o do Cuidador Informal. 
O Cuidador Informal e/ou o paciente, podem ser treinados no 
gerenciamento diário de sinais e sintomas relacionados com a alternância das 
condições de saúde, troca de curativos em lesões simples e de baixo risco, 
 
administração e monitoramento de dietas especializadas, administração de 
certos medicamentos e outros procedimentos seguros. Como resultado, o 
cliente/paciente terá uma vida mais saudável, sem a ameaça de repetidas 
hospitalizações e mais controle dos resultados de seu tratamento, além da 
satisfação de estar em seu lar. 
 
Os Recursos Financeiros Insuficientes Destinados à Saúde Pelo 
Governo. 
Muitos países destinam boa parte de suas verbas para o financiamento e 
tratamento de enfermidades, ao invés de investi-las em prevençãoou 
manutenção da saúde. O sistema de Home Care nos dá a oportunidade de 
intervir beneficamente, na prevenção e tratamento precoces de várias patologias 
e suas sequelas, por intermédio da metodologia de ensino e programas de 
prevenção para clientes e cuidadores. 
 
O aumento do custo vinculado à prestação de serviços de saúde para 
pessoas que são ou não asseguradas. 
 
O inevitável aumento geral do custo da medicina no país. 
 
Dificuldades das instituições hospitalares. 
Para o Hospital que encontra dificuldades em relação aos pacientes de 
permanência prolongada e de alto custo, o Home Care oferece uma alternativa 
de tratamento que mantém ou melhora os padrões de atendimento, reduzindo 
significativamente o seu custo de internação, bem como, possibilita maior 
rotatividade de leitos, dando chance a pacientes mais necessitados de 
hospitalização. Convém frisar que o Home Care não é uma alternativa ao 
internamento hospitalar, quando o paciente tem uma indicação clínica que 
necessite dos recursos físicos e profissionais de um hospital, pois nesses casos, 
o melhor ambiente para ele é sem dúvida, o hospital. 
 
 
Necessidade de Gerenciamento de Custo e Risco Pelos Planos de 
Saúde. 
A busca, já evidente, da eficiência e da metodologia de gerenciamento do 
custo no competitivo mercado hospitalar e de Planos de Saúde no Brasil, tem 
incentivado as fontes pagadoras a monitorarem todos os parâmetros e meios 
empregados no fornecimento de serviços aos seus usuários. 
A desconsideração do Home Care como ferramenta importante no 
gerenciamento de custos, aumento da qualidade e da fidelidade dos usuários, 
mostrará num futuro próximo, ser um erro sério de planejamento. 
 
 
http://www.bewellhomecare.ae/ 
 
 
HOME CARE PELO SUS 
 
 
HOME CARE PELO SUS, UMA QUASE UTOPIA 
 
O fornecimento de serviços de atendimento domiciliar à saúde – home care, 
embora previsto pela Portaria Federal 2.416, de 23 de Março de 1998. Ainda não 
pode ser considerado uma possibilidade viável, e disponível à toda população. 
 
Em outras palavras, o serviço ainda não foi democratizado a ponto de ser 
utilizado em nível de Brasil. Sabe-se que certas prefeituras, como a de Londrina, 
oferecem este serviço, porém, desconhecemos os processos que integram os 
sistemas de utilização, e os sistemas gestores destas unidades. Pesquisas no 
passado revelaram que poucos representantes do SUS têm algo coerente e 
objetivo a informar o interessado a respeito de como obter Home Care pelo SUS. 
Empresários da área de home care, não conseguem obter do SUS, o 
conhecimento necessário para poder conveniar-se nesta modalidade. Em 
resumo, praticar home care pelo SUS, no Brasil, ainda é uma utopia. Os 
pacientes interessados em obter cobertura para este tipo de serviço em nível de 
SUS, deve procurar a sua prefeitura local, ou o PSF de sua região. 
 
 
PORTARIA FEDERAL 2.416, DE 23 DE MARÇO DE 1998 
 
ASSUNTO: Estabelece requisitos para credenciamento de Hospitais e 
critérios para realização de internação domiciliar no SUS. 
O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições, 
Considerando que a internação domiciliar proporciona a humanização do 
atendimento e acompanhamento de pacientes cronicamente dependentes do 
hospital, e 
Considerando que a adequada desospitalização proporciona um maior 
contato do paciente com a família favorecendo a sua recuperação e diminuindo 
o risco de infecções hospitalares, resolve: 
Art. 1º – Incluir na Tabela do SIH-SUS o Grupo de Procedimentos 
Internação Domiciliar: 
 85.100.xx-x. – Internação Domiciliar 
 85.500.xx-x – Internação Domiciliar com equipe hospitalar 
 85.300.xx-x – Internação Domiciliar com equipe hospitalar 
 SH – 6,40 
 SP – 2,70 
 SADT – 3,70 
 
 TOTAL – 12,80 
 ATOMED – 018 
 ANEST – 00 
 PERM – 001 
Art. 2º – Estabelecer os seguintes critérios para a realização da internação 
domiciliar: 
1 – A internação domiciliar somente poderá ser realizada se autorizada pelo 
órgão Emissor de AIH, seguindo-se a uma internação hospitalar. 
2 – A causa da internação domiciliar, definida pela CID 10º Revisão deve 
obrigatoriamente ser relacionada com o procedimento da internação hospitalar 
que a precedeu. 
3 – A internação hospitalar que precedeu a internação domiciliar deve ter 
duração mínima de pelo menos a metade do tempo médio estabelecido para o 
procedimento realizado. 
4 – É vedada a internação domiciliar quando a internação hospitalar que a 
precedeu ocorrer por diagnóstico e/ou primeiro atendimento ou qualquer outro 
procedimento com tempo médio de permanência inferior a quatro dias. 
5 – A internação domiciliar só será realizada após avaliação médica e 
solicitação específica em laudo próprio, sendo precedida de avaliação das 
condições familiares e domiciliares e do cuidado ao paciente, por membro da 
equipe de saúde que expedirá laudo específico que condiciona a autorização da 
internação. 
6 – O paciente sempre que possível e o seu responsável deverão explicitar 
em documento a anuência à internação domiciliar, devendo a documentação 
ficar anexada ao prontuário médico do paciente. 
7 – O hospital onde ocorreu a internação prévia à internação domiciliar será 
considerada a Unidade Hospitalar responsável para os efeitos desta Portaria. 
8 – São condições prioritárias para a internação domiciliar: pacientes com 
idade superior a 65 anos com pelo menos três internações pela mesma 
causa/procedimento em um ano; pacientes portadores de condições crônicas 
tais como: insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença 
vascular cerebral e diabetes; pacientes acometidos por trauma com fratura ou 
 
afecção ósteo-articular em recuperação: pacientes portadores de neoplasias 
malignas. 
Art. 3º – São requisitos para credenciamento de Hospital para a realização 
de internação domiciliar: 
1- Dispor de serviço de urgência/emergência em plantão de 24 horas ou 
referência de serviço hospitalar emergencial equivalente na área de abrangência 
do domicílio do paciente. 
2 – Garantia de remoção em ambulância. 
3 – Prover todos os recursos de diagnóstico, tratamento, cuidados 
especiais, materiais e equipamentos necessários ao paciente em internação 
domiciliar. 
4 – Contar com equipe multidisciplinar, para atendimento máximo de 10 
pacientes/mês por equipe, composta por profissionais de medicina. 
enfermagem, assistência social, nutrição, psicologia, própria do hospital ou de 
Unidade Ambulatorial com a qual o hospital responsável tenha estabelecido 
sistema de referência e contra referência. 
5 – Colocar à disposição da equipe outros profissionais para o cuidado 
especializado de que necessite o paciente em internação domiciliar. 
Parágrafo 1º – A equipe multidisciplinar deverá realizar visita semanal 
programada, para dispensar os cuidados médico-assistenciais e avaliar o estado 
do paciente para fins de continuação ou alta da internação. 
Parágrafo 2º – Em caso de óbito durante a internação domiciliar, o hospital 
responsável deverá adotar todas as providências necessárias à emissão da 
declaração correspondente. 
Art. 4º – Operacionalização da internação domiciliar: 
1 – O hospital público ou privado prestador de serviços ao SUS solicitará à 
Secretaria Estadual de Saúde ou à Secretaria Municipal de Saúde, caso a 
condição de gestão do município assim o possibilite, autorização para a 
realização do procedimento demonstrando estar apta a cumprir todos os 
requisitos. 
 
2 – A SES ou SMS realizará vistoria da Unidade, com posterior 
encaminhamento de ofício ao GTSH/DATASUS autorizando a realização do 
procedimento. 
3 – A SES ou SMS estabelecerá as rotinas de supervisão, 
acompanhamento, avaliação, controle e auditoria pertinentes, providenciando o 
treinamento e o apoio técnico necessário para promover a qualidade da atenção 
à saúde nessa modalidade. 
4 – A cobrança da internação domiciliar será feita através deAutorização 
de Internação Hospital – AIH, com lançamento do procedimento específico, 
preenchimento do CPF do paciente em campo próprio com lançamento 
obrigatório das consultas médicas realizadas. 
5 – Deverá ser lançado no campo serviços profissionais da AIH o 
quantitativo de diárias utilizadas no período de tratamento, não podendo 
ultrapassar os limites previstos para o procedimento. 
6 – A internação domiciliar não poderá exceder a 30 dias e nem ter duração 
inferior a l S dias, exceto em caso de óbito ou transferência para Unidade 
Hospitalar. 
7 – Não será permitida cobrança de permanência à maior no procedimento 
internação domiciliar. 
8 – Quando houver necessidade de continuidade da internação domiciliar 
por mais de 30 dias deverá ser preenchido o campo motivo de cobrança com 2.2 
– permanência por intercorrência e emitida nova AIH, constando em campo 
próprio, obrigatoriamente, o número da AIH posterior. 
Art. 5º – Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação. 
 
 
https://www.abramsoncenter.org/services/in-home-senior-care/ 
 
INTERPRETAÇÕES DO TERMO HOME CARE 
 
A própria tradução do termo Home Care já sofreu inúmeros assaltos, como 
por exemplo, as traduções errôneas para tratamento em casa, internamento 
domiciliar, cuidados em casa, cuidados na residência, tratamento residencial e 
daí por diante. 
A realidade é que a tradução literal do termo home care nos mostra que a 
palavra inglesa home quer dizer lar e a palavra care, cuidados; então se concluiu 
que, as duas palavras combinadas quer dizer cuidados no lar, e não esta miríade 
de terminologia não fidedigna. 
Quando a terminologia em inglês chegou ao Brasil, há mais de três 
décadas, importada pelos pioneiros da implantação dos serviços, encontrou uma 
resistência enorme para a sua utilização. Resistência está atrelada a um senso 
de nacionalismo e protecionismo linguístico comum daqueles períodos. Por 
muitos anos, pronunciar o termo home care era quase proibitivo, um sinal de 
sucumbência ao americanismo, às influências culturais dos colonialistas do 
norte. Porém, com o passar do tempo, face à persistência e frequência com a 
qual a terminologia era utilizada, sua adoção foi inevitável. 
Contudo, mesmo com a utilização da terminologia americana, trégua não 
foi dada ao setor, e as mentes criativas não pouparam esforços para encontrar 
uma tradução considerada viável, mais nacionalista, então surgiram 
terminologias como: Atenção Domiciliar à saúde, atenção domiciliar de saúde, 
assistência domiciliar de saúde, assistência domiciliar à saúde, internação 
domiciliar de saúde, cuidados domiciliares à saúde, cuidados domiciliares de 
saúde, atenção domiciliária à saúde, atenção domiciliária de saúde, cuidados 
domiciliário de saúde, cuidados domiciliários à saúde, e centenas de outras 
denominações que são utilizadas diariamente no território brasileiro para 
comunicar a simples ideia de “cuidados no lar”. 
Em 19 de setembro de 1990, o ministério da saúde publicou a Lei N° 8.080 
e nela se teve o primeiro indício de como o Home care seria oficialmente 
chamado no Brasil em seu Art. 19-I, expõe, “São estabelecidos, no âmbito do 
Sistema Único de Saúde, o atendimento domiciliar e a internação domiciliar. 
 
(Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)”. A partir desta publicação o home care se 
tornaria Atendimento domiciliar e internação domiciliar. Em 1999, a decisão 
COREN-SP-DIR/006/1999 resolveu personalizar o termo e lançou em sua 
decisão, a terminologia “Atendimento de Enfermagem Domiciliar – Home Care”. 
A partir daquele momento, o home care já não era mais tão somente atendimento 
e ou internação domiciliar, porém atendimento de enfermagem domiciliar. Em 
2001, a Resolução COFEN nº 267/2001 “Enfermagem em domicílio-Home Care”. 
Em abril de 2002 a Resolução COFEN Nº 270/2002, refere-se ao home care 
como “Serviços de Enfermagem Domiciliar – Home Care”, Em 12 de novembro 
de 2002, em sua Resolução de nº 386, O Conselho Federal de Farmácia refere-
se ao home care como “assistência domiciliar”., em 26 de janeiro de 2006 a 
ANVISA RDC Nº11,refere-se ao home care como “Atenção Domiciliar”. 
Considerando que a terminologia oficial apresentada, ou seja, atenção, 
internamento, atendimento, internação sequer explicita que tipo de serviço, o 
qual poderia ser atenção odontológica, advocatícia, etc., resta-nos analisar a 
terminologia original (home care) em busca de algum sentido prático: 
Home care é um termo amplo que descreve uma grande variedade de 
serviços relacionados com a saúde e que são executados em um ambiente 
residencial. 
Porém, no Brasil, observam-se o termo home care sendo utilizado por 
advogados, encanadores, dentistas, veterinários, sapateiros e outros. 
O termo home care deveria ser utilizado apenas para referir-se a um serviço 
de saúde que conta com um trabalho multi e inter disciplinar. O home care é 
disponível às pessoas de todas as idades, tenham elas condições agudas ou 
crônicas, sejam elas pessoas com deficiências físicas ou não, e também, aos 
pacientes com condições terminais. 
A equipe de uma empresa de home care trabalha com o paciente e sua 
família na educação a respeito de suas condições e ou patologias, e na 
capacitação dos mesmos a respeito das tarefas necessárias para cuidarem do 
paciente com segurança no ambiente do lar, e até mesmo chegar a um nível 
maior de independência. 
 
O termo home care, no Brasil, como foi exposto anteriormente, muitas 
vezes foi, e continua a ser confundido com o termo Home Health Care, que quer 
dizer cuidados de saúde no lar. A grande diferença é que, os serviços de home 
health care necessitam de uma prescrição médica, e devem ser prescrito pelo 
médico responsável somente se houver a necessidade médica para tal serviço. 
Suponho que, o fato de que os nossos pioneiros tenham deixado a palavra 
“Health” que quer dizer saúde, fora do termo Home Care, tenha contribuído para 
as tentativas de tradução direta do termo, sem a qualificação que se poderia 
obter utilizando o termo saúde, para compor o termo Home Health Care, que 
seria então traduzido como “Cuidados de Saúde no Lar”. Houvesse isso ocorrido, 
não depararíamo-nos com terminologia como Veterinário Home Care, Home 
Care Advocatício e assim por diante. 
 
 
http://www.homecarehowto.com/ 
 
Diante das inúmeras, e conflitantes terminologias apresentadas pelos 
vários órgãos oficiais encarregados da regulação do setor no Brasil, resta-nos a 
opção de escolher entre as várias terminologias, e esperar que em nossa 
utilização dessa terminologia tão flexível, sejamos entendidos, isto é, que o que 
queremos dizer é simplesmente Home Health Care, ou Cuidados de Saúde no 
Lar. 
No Portal Home care, o usuário poderá encontrar um glossário de termos 
que poderia ser utilizado de forma padronizada no Brasil, cooperando assim, 
para uma clareza melhor na comunicação no setor. 
 
O QUE NÃO É O HOME CARE 
 
Um profissional de saúde autônomo que atende por conta própria em 
domicílio, não é uma empresa de home care. Portanto, se você é um Auxiliar de 
Enfermagem, Técnico de Enfermagem, Enfermeiro, Médico, Dentista, Psicólogo, 
Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, ou qualquer outro profissional na área de saúde 
e atende seu paciente em casa, sem ter vinculo contratual com uma legítima 
empresa de home care, você não pratica a modalidade de home care; você 
atende em casa. 
Uma empresa que oferece apenas os serviços de enfermagem ou qualquer 
outra profissão na área de saúde a domicílio, não é uma empresa de home care, 
pois, para ser uma empresa de home care, uma empresa deve adimplir às 
resoluções aplicáveis, e inevitavelmente, terá que ter a estrutura exigida, e uma 
equipe multidisciplinar que pratique de acordo com os protocolos operacionais 
de uma empresa de home care de forma a atender seus pacientes/clientes. 
Portanto, se você é proprietária de uma empresa a qual nãopossui estas 
características de acordo com as RDCs aplicáveis; você não possui uma 
empresa de home care. 
Uma cooperativa de enfermagem, medicina, fisioterapia ou qualquer outra 
profissão, não é uma empresa de home care, a não ser que siga a ANVISA RDC 
11 de 26 de janeiro de 2006, concomitantemente com as RDCs do COREN, 
CREFITO, CFF, CRM. Portanto, se você faz parte de uma Cooperativa 
Profissional ou de serviço, você não é uma empresa de home care, embora, 
possa, dentro de seus protocolos, enviarem profissionais, equipamentos e 
serviços ao domicílio. 
Um setor específico dentro de um plano de saúde, que terceiriza os 
serviços de atendimento domiciliário à saúde não pratica o home care. Portanto, 
se você representa um plano de saúde que, de seu escritório, contrata 
autônomos para prestar serviços, que aluga equipamentos e envia ao paciente, 
que compra medicamentos, dieta, e materiais médicos e os envia aos pacientes, 
seu setor não pratica o home care, e não pode ser considerado home care, a 
não ser que estja dentro de todas as normas que regem o home care no Brasil; 
 
ANVISA RDC 11 de 26 de janeiro de 2006, concomitantemente com as RDCs 
do COREN, CREFITO, CFF, CRM! 
Uma empresa de remoção. Se sua empresa tem alvará e licença sanitária 
para efetuar remoções e atendimentos emergenciais de pacientes em seus 
domicílios, não é uma empresa de home care. Embora, uma empresa de home 
care possa incorporar os serviços de remoção próprios. Portanto, instalar um 
tratamento em domicílio, sem os protocolos específicos utilizados em home care, 
não constitui uma empresa do setor. 
 
 
http://www.homecare4seniors.net/ 
 
Um consultório veterinário que atende em casa não é home care. 
Um atendente de enfermagem que atende em casa não é home care. 
Um cuidador de idosos não pratica home care. 
 
Uma empresa que vende ou aluga equipamentos médicos para o setor de 
home care, não é uma empresa no setor de home care, pois, não possui uma 
equipe multidisciplinar de atendimento em saúde no domicílio. 
Uma empresa de RH que fornece mão de obra na área de saúde, não é 
uma empresa de home care. 
PSF não é home care, embora atenda em domicílio, e utiliza-se de muitos 
protocolos que se assemelham ao home care. 
 
Concluindo, para uma empresa qualificar para ser denominada como uma 
empresa de home care, ela deverá seguir a risca todas as determinações das 
resoluções específicas já existentes. Não se pode estruturar uma empresa de 
home care que trabalhe somente com enfermagem, ou somente com fisioterapia, 
etc.! Embora, as empresas prestadoras de serviços uni – disciplinares ( somente 
enfermagem, fisioterapia, etc.) não deixem de ser empresas importantes no 
ramo da saúde, e uma tendência em desenvolvimento. A distinção deve ser feita, 
pois, existem diferenças fundamentais no protocolo e filosofia de atendimento. 
 
 
OS DESAFIOS DO HOME CARE NO BRASIL 
 
 
http://www.interne.com.br/novidades/index.php?option=com_content&view=article&id=5175 
 
O Internamento Domiciliar de Saúde, portanto, não pode ser visto apenas 
como um serviço de longa permanência, assim como a hospitalização, também 
não o é. Quando o paciente encontra-se estabilizado em sua condição de saúde, 
os cuidados de longa permanência podem ser ministrados por meio de serviços 
especializados, pelos próprios cuidadores informais (familiares, amigos) ou, 
ainda, por atendentes profissionais (área de enfermagem). 
 
Contudo, a meta principal de uma hospitalização ou internamento domiciliar 
é estabilizar e, quando possível, curar o paciente da enfermidade ou condição 
patológica em que se apresenta. Sabemos que, em medicina, nem todas as 
enfermidades ou condições de saúde são passíveis de cura. Muitas condições 
ou enfermidades jamais obterão cura. Quando isso acontece, muda-se então a 
meta da gestão do caso, que passa a ter enfoque nos cuidados de manutenção. 
Esses cuidados visam à sustentação da melhor condição de vida possível. 
Exemplos dessas condições ou enfermidades são as distrofias musculares e as 
doenças degenerativas crônicas, entre outras. 
Temos que considerar, ainda, as condições ou traumas que originam danos 
às estruturas ósseas, musculares e ao sistema nervoso central. Nesses casos a 
hospitalização/internamento domiciliar pode ser utilizada para estabilizar o 
paciente, tirando-o do quadro de risco, proporcionando-lhe, assim, a 
oportunidade de transferência para outras modalidades de serviço em saúde, 
como a fisioterapia e até mesmo o atendimento domiciliar na modalidade 
particular. 
Quando o paciente hospitalizado atinge um quadro estável, deve receber 
alta hospitalar com um plano específico de acompanhamento, que pode incluir 
uma recomendação para serviços de reabilitação, dentre outros. Porém, em 
qualquer caso, quando o paciente hospitalizado atinge um quadro estável e 
recebe alta, ele próprio ou seu cuidador, assume a responsabilidade pelos 
cuidados. No Internamento Domiciliar de Saúde não pode ser diferente, pois a 
proposta e os critérios para alta são os mesmos. 
O Home Care existe no mundo há mais de 120 anos. Nos EUA, desde 
1798, e no Brasil, aproximadamente, há 16 anos. No Brasil, o sistema de 
internamento domiciliar, um dos serviços do Home Care, ainda está na 
adolescência, enfrentando inúmeras barreiras e desafios, muitos dos quais 
originados pela falta de uma melhor compreensão sobre o uso desse serviço. 
A noção errônea de que o Home Care é somente internamento domiciliar, 
leva certos pacientes e cuidadores a pensar que o Plano de Saúde é obrigado a 
custear todos os serviços de Home Care, inclusive após a alta do internamento. 
Muitas dessas incompreensões às vezes são alimentadas pelos próprios 
 
profissionais da área que, pelo emprego indevido da terminologia, geram, não 
intencionalmente, expectativas falsas aos beneficiários. 
Existem ainda aqueles que prestam serviços de “saúde em casa” e, 
enganosamente, se apresentam como empresa de Home Care. Esses serviços 
prejudicam o melhor conhecimento da modalidade, por não ter e não aplicar a 
metodologia correta, inerente à verdadeira prática do Home Care. Trabalham 
sem nenhuma preocupação com o risco que estão transferindo à fonte pagadora 
e sem ter um plano de alta específico, visando apenas explorar indevidamente 
as fontes pagadoras, que, muitas vezes , não possuem profissionais 
encarregados pelos serviços de Home Care devidamente habilitados e que 
possam ter uma noção real de como o paciente deve ser gerenciado em um 
ambiente extra institucional. 
 
 
http://www.fedcap.org/homecare 
 
Essas empresas, conscientes ou inconscientemente, exploram Planos de 
Saúde por intermédio de internamentos meramente sociais, induzindo as fontes 
pagadoras a subsidiar serviços de saúde que deveriam ser custeados de forma 
particular. Ora, este serviço em particular, visa apenas a dar repouso e minimizar 
o custo dos cuidadores. 
 
Entretanto, embora as barreiras criadas pela má interpretação, pelo uso 
indevido da terminologia, pela falta de adoção de um critério rígido de 
credenciamento de empresas de Home Care, e pela invasão de serviços 
ilegítimos sejam prejudiciais, não chegam a ser tão danosas, quanto certas 
interpretações judiciais distorcidas. 
Algumas decisões judiciais estão facilitando a prática de pacientes que, 
após terem sido notificados da alta do internamento domiciliar, recorrem ao 
Poder Judiciário (infelizmente, com êxito na obtenção de liminares), para obrigar 
a fonte pagadora a custear os serviços por tempo indeterminado, mesmo após 
terem legalmente recebido alta do internamento domiciliar. 
Entendemos que, se tais situações não forem urgentemente revistas, e que 
se todos os pacientes resolverem recorrer ao que pensam ser o seu direito, o 
futuro do Home Care no Brasil está ameaçado. Isto porque algumas autoridades 
obrigam liminarmente a fonte pagadora a custear os cuidadosde enfermagem 
particular para pacientes estáveis. Esta prática tem levado os Planos de Saúde 
a uma “fobia justificada” quanto à utilização do Home Care, o que, 
inevitavelmente, reduz a utilização desses serviços. 
 
 
TERMINOLOGIA – ANVISA 
 
O vocabulário abaixo é o vocabulário adotado pela ANVISA em sua RDC 
No 11, de 26 de janeiro de 2006. 
 
Definições: 
Admissão em Atenção domiciliar: processo que se caracteriza pelas 
seguintes etapas: 
 Indicação, elaboração do Plano de Atenção Domiciliar e início da 
prestação da assistência ou 
 Internação domiciliar. 
 
 
Alta da Atenção domiciliar: ato que determina o encerramento da 
prestação de serviços de atenção domiciliar em função de: internação hospitalar, 
alcance da estabilidade clínica, cura, a pedido do paciente e/ou responsável, 
óbito. 
Atenção domiciliar: termo genérico que envolve ações de promoção à 
saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação desenvolvidas em 
domicílio. 
Assistência domiciliar: conjunto de atividades de caráter ambulatorial, 
programadas e continuadas desenvolvidas em domicílio. 
Cuidador: pessoa com ou sem vínculo familiar capacitada para auxiliar o 
paciente em suas necessidades e atividades da vida cotidiana. 
Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar – EMAD: profissionais 
que compõem a equipe técnica da atenção domiciliar, com a função de prestar 
assistência clínico-terapêutica e psicossocial ao paciente em seu domicílio. 
Internação Domiciliar: conjunto de atividades prestadas no domicílio, 
caracterizadas pela atenção em tempo integral ao paciente com quadro clínico 
mais complexo e com necessidade de tecnologia especializada. 
Plano de Atenção Domiciliar – PAD: documento que contempla um 
conjunto de medidas que orienta a atuação de todos os profissionais envolvidos 
de maneira direta e ou indireta na assistência a cada paciente em seu domicílio 
desde sua admissão até a alta. 
Serviço de Atenção Domiciliar – SAD: instituição pública ou privada 
responsável pelo gerenciamento e operacionalização de assistência e/ou 
internação domiciliar. 
Tempo de Permanência: período compreendido entre a data de admissão 
e a data de alta ou óbito do paciente. 
 
 
http://www.masternursing.com.br/diferencas-entre-os-servicos-de-home-care-e-cuidador/ 
 
TERMINOLOGIA – SERVIÇO EXTRA 
INSTITUCIONAL DE SAÚDE 
 
O Serviço Extra Institucional de Saúde – considerando: 
1. Que toda modalidade nova de entrega de serviços apresenta termos 
específicos que precisam ter os seus significados bem explícitos, para 
que todos os interessados possam ter a mesma compreensão: 
2. Que as Diretrizes para a Regulamentação do Setor de Serviços Extra-
Institucionais de Saúde, por ser um trabalho pioneiro no Brasil, contêm 
palavras e expressões com significados próprios que necessitam, 
portanto, dos seus respectivos conceitos ou definições, para que todos 
os que vierem a utilizar o presente trabalho tenham o mesmo 
entendimento do vocabulário universal; 
3. Que cabe, ainda, esclarecer que a expressão “Home Care”, ao invés de 
significar apenas “Atendimento Domiciliar”, é amplamente aceita pelos 
profissionais que fazem deste ramo de saúde, no Brasil, uma de suas 
principais atividades; 
4. A necessidade de utilizar um vocabulário que apóie ações 
esclarecedoras; 
5. A necessidade de redigir um vocabulário na língua materna do país 
onde se opera o sistema; 
6. A necessidade de esclarecimentos de alguns termos em linguagem 
estrangeira agora em pleno uso nesta modalidade; 
 
Define: 
Os principais termos técnicos utilizados em uma EP-SEIS terão os 
conceitos definidos, conforme segue: 
1. Home Care é o termo que, em língua inglesa, significa “cuidados no lar 
ou cuidados domiciliares”, utilizado também, erroneamente, com o significado 
global de atendimento, internamento, assistência, atenção domiciliária de saúde. 
 
Deve ser substituído pelo termo SEIS ou Serviço Extra institucional de Saúde 
por não representar claramente a essência deste serviço. 
2. Empresa de Home Care é o termo utilizado para descrever uma empresa 
prestadora de serviços extra institucionais de saúde. Deve ser substituído pela 
sigla EP-SEIS. 
3. EP-SEIS é uma instituição jurídica que atua na área de serviços 
domiciliares de saúde. Essa empresa deve ser legalizada de acordo com as leis 
Municipais, Estaduais e Federais e, em seu corpo de funcionários e dirigentes, 
conta com, no mínimo, um Diretor/Coordenador Médico, um 
Diretor/Coordenador de Enfermagem devidamente registrados nos seus 
conselhos regionais de classe, e um administrador. 
4. Serviço de SEIS é a provisão de serviços de saúde física e mental, e 
equipamentos especializados para o paciente/paciente em um ambiente extra 
institucional. 
5. Atendimento Domiciliar é o ato de assistência ao paciente em que o 
profissional provê os cuidados, tratamentos ou serviços, segundo um plano de 
tratamento estruturado, que requeira o retorno programado do profissional, para 
cumprir metas terapêuticas, curativas, reabilitatórias ou paliativas, cujas tarefas 
necessárias não precisem de internamento hospitalar para ser desenvolvidas. 
Deve ser substituído pelo termo cuja sigla é SEIS-STA. 
6. Internamento Domiciliar é o ato de assistência ao paciente em que o 
profissional provê os cuidados, tratamentos ou serviços, segundo um plano 
estruturado, cuja demanda requeira a presença contínua ou não do profissional, 
e que venha em substituição ao internamento hospitalar. Este termo deve ser 
substituído pelo termo cuja sigla é SEIS-SIH. 
7. Visita é o ato de assistência ao paciente em que o profissional provê os 
cuidados, tratamentos e/ou serviços dentro de um determinado tempo, que não 
deve exceder a 1h e 30 min ou ser menor que 30 min, para o qual pode ou não 
exigir um plano de tratamento estruturado. 
8. Acompanhamento é a manutenção da vigilância da condição de saúde 
do paciente, via telefone ou por intermédio de visitas periódicas para fins de 
 
educar, orientar e encaminhar o paciente para o nível adequado de atenção ou 
serviços em saúde e cujo objetivo principal é a prevenção. 
9. SEIS é a sigla para Serviço Extra-Institucional em Saúde. Este termo 
substitui o uso do termo inglês “Home Care” ou o termo em português 
“Atendimento Domiciliar” por ser mais abrangente das atividades atuais desta 
modalidade. 
10. EP-SEIS é a sigla para Empresa Prestadora de Serviços Extra 
Institucionais em Saúde. Este termo substitui o uso do termo inglês “Home Health 
Care Agency”, por ser mais abrangente das atividades atuais desta modalidade. 
11. SEIS-STA é a abreviatura para Serviço Extra-Institucional de Saúde -
Substituição do Tratamento Ambulatorial- neste caso, O termo SEIS-STA vem 
em substituição ao serviço de ambulatório, como no caso de tratamentos 
fisioterápicos em que o paciente não tem a necessidade de permanecer 
internado em um hospital, porém o qualifica para os serviços SEIS. 
12. SEIS-SIH é a sigla para Serviço Extra Institucional de Saúde- 
Substituição ao Internamento Hospitalar. Esta sigla identifica que o serviço 
prestado vem em substituição ao internamento Hospitalar, evitando assim as 
dúvidas quanto à cobertura contratual pela fonte pagadora. 
13. SEIS-PAA é a sigla para Serviço Extra Institucional de Saúde- 
Programa de Apoio Assistencial- Neste caso, os serviços prestados são de 
caráter assistencialista de apoio, o paciente não possui qualificação clínica que 
justifique sua permanência em regime de internamento institucional. Este serviço 
é de caráter assistencial, raramente possuindo cobertura contratual pelas 
operadoras de Plano de Saúde. 
14. SEIS-PTO é a sigla para Serviço Extra Institucional de Saúde-Programa 
de Tratamento Odontológico. Este serviço visa a realização de procedimentos 
preventivos, curativos, restauradores e de urgência e emergência, para reduzir 
e ou eliminar o desconforto do paciente. 
15. SEIS-PTCC é asigla para Serviço Extra Institucional de Saúde- 
Programa de Treinamento e Capacitação do Cuidador, este serviço visa treinar 
o “cuidador”, capacitando-o às tarefas necessárias para, de forma segura e 
eficaz, assumir os cuidados necessários para manter o paciente em um ambiente 
 
extra institucional. Este serviço é cada vez mais reconhecido pelos Planos de 
Saúde por proporcionar cuidadores habilitados o que em retorno (,) reduz o 
número de re-hospitalizações, melhora a qualidade de vida do paciente e diminui 
o custo da fonte pagadora. 
16. SEIS-PGC é a sigla para Serviço Extra Institucional de saúde- 
Programa de Gerenciamento de Casos. Esta sigla Identifica o paciente que está 
envolvido com o programa de Gerenciamento de Caso (definido em detalhes 
neste glossário). 
17. SEIS-PGP é a sigla para Serviço Extra Institucional de saúde- 
Programa de Gerenciamento de Patologias. Esta sigla Identifica que o paciente 
está envolvido com o programa de gerenciamento de patologia (definido em 
detalhes neste glossário). 
18. SEIS-PPT é a sigla para Serviço Extra Institucional de Saúde – 
Programa Preventivo Trans-telefônico. Este serviço visa, por intermédio de 
ações preventivas gerenciais multidisciplinares, (sem os cuidados diretos ao 
paciente), gerenciar os fatores de risco em saúde com o objetivo de prevenir a 
doença, ou a piora do quadro clínico, reduzindo assim o custo da entrega de 
serviços em saúde e a manutenção de uma qualidade de vida saudável. O SEIS-
PPT pode utilizar tecnologias conhecidas como telemedicina e ou Telê 
enfermagem. 
19. SEIS-PAC é a sigla para Serviço Extra Institucional de Saúde-Programa 
de Apoio ao Cuidador. Este serviço fornece um substituto temporário do cuidador 
informal, visando proporcionar períodos de descanso ao mesmo, tendo como 
uma de suas metas principais reabilitar o cuidador informal e impedir que o 
mesmo se torne um paciente e deixe de ter as condições de físicas e mentais 
para exercer as tarefas de cuidador informal. 
20. SEIS-PDGM é a sigla para Serviço Extra Institucional de Saúde-
Programa de Distribuição e Gerenciamento de Medicamentos. Serviço que 
gerencia a distribuição de medicamentos a populações de usuários específicos 
e a utilização dos medicamentos, fornecendo também, apoio educativo ao 
paciente, com a meta de otimizar o regime terapêutico e eficácia do tratamento. 
 
21. SEIS-RS é a sigla para o Serviço Extra Institucional de Saúde- 
Remoção Simples. Serviço de transporte de pacientes através de veículo 
equipado para este fim, de acordo com as especificações da ANVISA. 
22. SEIS-RUTI é a sigla para o Serviço Extra Institucional de Saúde- 
Remoção UTI. Serviço de transporte de pacientes através de veículo equipado 
para este fim, de acordo com as especificações da ANVISA. 
23. SEIS-CP é a sigla para o Serviço Extra Institucional de Saúde – 
Cuidados Paliativos. Programa que visa proporcionar ao paciente terminal uma 
transição pacífica, digna e confortável para o óbito. A equipe utiliza-se de 
técnicas especializadas para acompanhar o paciente e a família em todas as 
fases do luto, pré e pós-óbito. 
24. SEIS-PSF é a sigla para Serviço Extra Institucional de Saúde-Programa 
Saúde da Família. Criado pelo Ministério da Saúde em 1994, para priorizar as 
ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das pessoas, de forma 
integral e contínua. Para isso, cada equipe formada por médico, enfermeiro, 
auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde que devem criar 
vínculos e se aprofundarem no conhecimento da realidade onde vive o paciente. 
25. SEIS-ACS é a sigla para Serviço Extra Institucional de Saúde- Agente 
Comunitário de Saúde, Tem como figura principal o Agente Comunitário de 
Saúde (ACS) que é um integrante da equipe de saúde local e atua na 
comunidade onde mora. Seu trabalho é voltado para o núcleo familiar, com 
atenção especial às pessoas com maior risco de adoecer ou morrer. 
26. EM-SEIS – Equipe Multiprofissional de Serviço Extra Institucional de 
Saúde -Grupo de profissionais que compõem a equipe técnica da EP-SEIS, com 
a função de prestar assistência clínico-terapêutica e psicossocial a pacientes em 
regime extra institucional. 
27. Escritório (filial ou Satélite)- Extensão da empresa de atendimento 
domiciliar, que presta serviços num determinado município. Trata-se de um 
escritório ligado à empresa-matriz, com a qual compartilha a administração, a 
supervisão, a licença de operação e de outros serviços. 
28. Área geográfica é a área em que a empresa de Atendimento Domiciliar 
está autorizada a atuar. 
 
29. Terceirização é a atividade provida por outras empresas de serviços de 
Extra Institucionais de Saúde, através de contrato com a empresa da qual o 
paciente é associado, conforme suas necessidades. 
30. Paciente é a pessoa que, em seu domicílio, recebe cuidados, 
tratamentos, serviços ou equipamentos especializados. 
31. Serviço Temporário é a atividade de profissionais da área médica ou de 
outras áreas clínicas, trabalhando como pessoal de apoio, provido por uma 
empresa de serviços de saúde, em caráter temporário. 
32. Inclusão é o processo de admissão do paciente aos serviços de Extra 
institucionais de Saúde. 
 
 
http://www.mncha.org/ 
 
33. Planejamento de Alta é o processo objetivo, que orienta, instrui e 
prepara o paciente (ou seu cuidador) na transição para uma vida independente 
dos serviços da EP-SEIS. Esse planejamento deve começar no dia da inclusão. 
34. Consentimento informado trata-se do ato de consentir a realização de 
um procedimento ou tratamento, baseado em uma decisão bem informada a 
respeito daquilo que se está consentindo, para tanto, o transmissor (pessoa que 
está explicando o que deve ser consentido) deve utilizar-se de linguagem 
compatível com o nível de compreensão do receptor (pessoa que está 
recebendo a informação em ordem de tomar uma decisão e consentimento 
informado). 
 
35. Desligamento é o processo de alta do paciente no que tange aos 
serviços prestados pela EP-SEIS. 
36. Episódio é o número total de minutos necessários para efetuar uma 
visita domiciliar ao paciente. Esse tempo deve ser calculado da seguinte forma: 
número de minutos de viagem até o paciente + número de minutos dispensados 
ao paciente, (deve ser de, no mínimo, 30 minutos, podendo ser mais prolongado, 
de acordo com a necessidade do paciente). Caso o profissional encerre seu 
trabalho com uma única visita, será considerado como parte do episódio, o 
tempo necessário para ele voltar a sua base. 
37. Plano de Terapêutico é o conjunto de instruções que dizem respeito às 
terapias e cuidados a serem executados pelo profissional médico, equipe 
especializada ou pelo paciente depois de receber as devidas e documentadas 
instruções. Essas instruções devem ser escritas em impressos adequados e 
assinadas pelo coordenador de serviços clínicos. 
38. Fonte Pagadora Jurídica Formal é a pessoa jurídica que formalmente 
estabelece um relacionamento de paciente e comprador por intermédio de um 
contrato formal de serviços na área de SEIS. 
39. Fonte Pagadora Física Formal é a pessoa física que formalmente 
estabelece um relacionamento de paciente e comprador por intermédio de um 
contrato formal de serviços na área de SEIS. 
40. Dossiê é o arquivo que contém antecedentes civis e criminais, com 
inscrição no órgão fiscalizador e relatório do departamento de trânsito (todos 
referentes aos candidatos e/ou empregados da empresa de atendimento 
domiciliar), que visa à qualificação dos empregados e à segurança dos pacientes 
da empresa. 
41. Tempo de Permanência: período compreendido entre a data de 
inclusão e a data de desligamento, atendendo aos parâmetros contidos no plano 
de tratamento. 
42. Escola ou Universidade devidamente registrada no MEC é uma 
instituição aprovada pelos governos Estadual e Federal que forma profissionais 
nas mais diversas áreas, tais como: Enfermagem,

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