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CONTROLE MOTOR E NEUROCIENCIAS UNIDADE 2

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Profa. Ma. Thais Bandouk
UNIDADE II
Controle Motor
e Neurociências
 O SN precisa ter acesso às informações do 
meio ambiente para que nossos movimentos 
sejam elaborados, planejados e executados de 
forma correta. 
 5 sentidos clássicos + sentido do equilíbrio são 
mediados por receptores em olhos, nariz, boca, 
pele e orelha. 
 Modalidades somatossensoriais: tato, pressão, 
temperatura, dor e propriocepção são mediadas 
por receptores distribuídos em todo o corpo.
Mecanismos neurais da percepção sensorial e da integração sensório-motora
Sensibilidade Somatossensorial:
Sensibilidade Superficial: tato protopático, pressão, 
dor e temperatura.
Sensibilidade Profunda: tato epicrítico, 
propriocepção e vibração.
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/vestido-gengibre-feminino-cabelo-2542263/, KANDEL, 
S. et al. Princípios de neurociências. 5. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2014. p. 394.
1. O contato inicial ocorre através de células 
especializadas denominadas receptores sensoriais, 
situados nas extremidades dos nervos periféricos.
2. Após os receptores na periferia codificarem os 
estímulos, um PA é gerado em um axônio periférico. 
3. Esse PA é conduzido por um neurônio periférico até o 
corpo celular, em um gânglio da raiz dorsal, e então 
dirige-se até a ME por um axônio proximal. 
4. Da ME, sobe para TE e áreas sensoriais corticais. 
Sistema Somatossensorial
Fonte: KANDEL, S. et al. Princípios de neurociências. 5. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2014. p. 416 e 430.
 Permite que objetos sejam identificados no espaço, bem como seus movimentos possam ser 
determinados ou até previstos pelo SN. 
 Propriocepção visual, caracterizada por fornecer informações sobre o corpo no espaço, a 
relação entre uma parte do corpo e outra, e movimento dos segmentos corporais.
 O SN recebe informações de cores, tamanhos, distâncias, orientações, organizando um 
mapa da imagem.
 Os receptores sensoriais da visão, denominados células fotorreceptoras, estão situados 
posteriormente aos olhos. A luz penetra no globo ocular pela córnea e posteriormente na 
retina por detrás dos olhos. 
Sistema Visual
Fonte: KANDEL, S. et al. Princípios de neurociências. 5. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2014. p. 489.
Núcleos talâmicos:
Pulvinar
Córtex parietal
Núcleo geniculado 
lateral
Córtex inferotemporal
CS
O sistema vestibular é responsável por fornecer ao SN informações: 
 a posição da cabeça no espaço; 
 alterações súbitas na direção do movimento da cabeça. 
 Essas informações são importantes para a coordenação de respostas motoras, na 
estabilização dos olhos especialmente durante movimentos da cabeça e também na 
estabilização postural. 
 Sintomas de alterações vestibulares: tonturas, vertigens, alterações de equilíbrio 
manifestados por instabilidade postural e alterações no foco visual.
Sistema Vestibular
Fonte: PURVES, D. et al. Neurociências. 4. ed. São Paulo: Artmed, 2010. p. 344 e 350.
Mecanismos neurais da percepção sensorial e da integração sensório-motora
Fonte: adaptado de: TAKAKUSAKI, K. Functional Neuroanatomy for Posture 
and Gait Control. J Mov Disord. 2017 Jan; 10(1): 1–17.
A
Córtex
vestibular
Tálamo
Tronco
encefálico
 Percepção: capacidade de organizar, selecionar, integrar, 
interpretar as informações sensoriais.
 Ou seja, dar significado às informações sensoriais!
Esquema corporal:
 Corpo X corpo.
 Corpo X gravidade.
 Corpo X ambiente.
Sensação ≠ Percepção
A
Córtex Vestibular
Tálamo
TE
B
Hipocampo
NB
Fonte: adaptado de: TAKAKUSAKI, K. Functional 
Neuroanatomy for Posture and Gait Control. J Mov 
Disord. 2017 Jan; 10(1): 1–17.
 Lesões no lobo temporo-parietal podem causar alterações do 
esquema corporal e percepção de relações espaciais.
 Alterações perceptuais: agnosias, negligência unilateral, 
desorientação topográfica.
 Lesões, por exemplo, no giro angular direito do hemisfério não 
dominante podem causar no paciente negligência do lado 
contralateral do corpo, relacionada a objetos e desenhos. 
Alterações perceptuais
Fonte: LI, K, et al. Pract Neurol 2015;15:333–339. doi:10.1136/practneurol-2015-001115
Fontes: 
https://pixabay.com/pt/photos/orelha-
aur%C3%ADcula-ouvir-
audi%C3%A7%C3%A3o-2372090/, 
https://pixabay.com/pt/photos/olho-
%C3%ADris-vista-sobrancelhas-
2681783/
https://pixabay.com/pt/photos/movim
entar-se-executar-desporto-jog-
2343558/, 
https://pixabay.com/pt/photos/beb%C
3%AA-m%C3%A3o-infante-
crian%C3%A7a-pai-pais-2416718/, 
https://pixabay.com/pt/photos/c%C3
%A9rebro-ponto-de-
interroga%C3%A7%C3%A3o-
2546101/
https://pixabay.com/pt/photos/vestido
-gengibre-feminino-cabelo-2542263/
Mecanismos neurais da percepção sensorial e da integração sensório-motora
As grandes vias aferentes podem ser consideradas como cadeias neuronais unindo os 
receptores ao córtex. Em relação às vias de sensibilidade, analise as afirmações abaixo e 
assinale a alternativa correta: 
I. O trato espinotalâmico lateral conduz a sensibilidade de dor e temperatura do hemicorpo
contralateral.
II. O trato espinotalâmico anterior conduz a sensibilidade de tato protopático e pressão do 
hemicorpo ipsilateral.
III. A via do fascículo grácil e cuneiforme conduz a sensibilidade de tato epicrítico, 
propriocepção e vibração.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas III está correta.
c) I e II estão corretas.
d) I e III estão corretas.
e) II e III estão corretas.
Interatividade
As grandes vias aferentes podem ser consideradas como cadeias neuronais unindo os 
receptores ao córtex. Em relação às vias de sensibilidade, analise as afirmações abaixo e 
assinale a alternativa correta: 
I. O trato espinotalâmico lateral conduz a sensibilidade de dor e temperatura do hemicorpo
contralateral.
II. O trato espinotalâmico anterior conduz a sensibilidade de tato protopático e pressão do 
hemicorpo ipsilateral.
III. A via do fascículo grácil e cuneiforme conduz a sensibilidade de tato epicrítico, 
propriocepção e vibração.
a) Apenas I está correta.
b) Apenas III está correta.
c) I e II estão corretas.
d) I e III estão corretas.
e) II e III estão corretas.
Resposta
 Controle cognitivo: funções de ordem superior cruciais para cognição, emoção e 
comportamento: as chamadas funções executivas.
 tomadas de decisão;
 determinação de estratégias para se atingir objetivos direcionados; 
 ajustes de planejamento; 
 controle de processos de atenção; 
 gerenciamento de tarefas; 
 flexibilidade de pensamento. 
Controle cognitivo do movimento voluntário
Em suma, podemos associar essas funções executivas
à habilidade em lidar adequadamente com a novidade e
em gerenciar objetivos pessoais.
Os processamentos 
cognitivos influenciam os 
nossos movimentos?
Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/perguntas-respostas-1014060/
 Sabe aqueles movimentos que são 
considerados “automáticos”? Não é 
bem assim. 
 Movimentos que são considerados 
“automáticos”, como a marcha e o 
controle postural, sem a necessidade 
constante da consciência ou atenção 
voltada para tal ato, dependem do 
gerenciamento cognitivo.
Sim, mais do que imaginamos!
É necessário concentração, memória, alerta e atenção 
dividida para que se tenha o máximo desempenho.... ou 
seja, o movimento não ocorre de forma “automática”.
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/loja-supermercado-produto-caminh%C3%A3o-4527402/
 Volicional-cognitivo: por meio de comandos oriundos do córtex cerebral e com intensa 
participação da memória operacional para guiar os comportamentos futuros.
 Emocional: sinais oriundos do sistema límbico/hipotálamo.
 Automático: ativações sequenciais de neurônios no tronco encefálico e medula espinhal. 
Estão envolvidos na geração de movimentos rítmicos dos membros e regulação do tônus 
muscular postural.
Controle cognitivo da marcha
Fonte: adaptado de: TAKAKUSAKI, K. Neurophysiology 
of gait: from the spinal cord to the frontal lobe. Mov.Disord., v. 28, n. 11, p. 1.483-1.491, 2013.
Córtex
Tálamo
Cerebelo
ME
Sist.
Límbico
NB
Dopamina
TE
Medula
Controle cognitivo postural
Fonte: adaptado de: SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Motor control: translating 
research into clinical practice. 5. ed. Holanda: Wolters Kluwer, 2017. p. 253.
Indivíduos saudáveis
Indivíduos pós-AVC
Sentado Em pé Um pé na 
frente do outro
R
T
 (
m
s
e
c
)
500
400
300
 O fisioterapeuta deve estar comprometido e 
engajado em avaliar de forma geral as alterações 
cognitivas em diversas condições motoras e 
posturais, para que possa elaborar estratégias 
fisioterapêuticas de tratamento.
 Estudos mostram que treinos cognitivo-motores 
que envolvam a estimulação de funções 
executivas juntamente com a marcha podem 
promover melhora dos aspectos cognitivos e 
motores.
Papel da Fisioterapia
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/torta-de-ma%C3%A7%C3%A3-mulher-cozinha-3723444/
Movimentos que são considerados “automáticos”, como a marcha e o controle postural, 
geralmente são realizados sem estarmos conscientes dele ou sem prestar atenção que esse 
movimento está acontecendo. Entretanto, diversos estudos apontam que esses movimentos 
dependem do gerenciamento cognitivo. É necessário concentração, alerta e atenção para que 
se tenha o máximo desempenho nessas atividades. Analise as afirmações abaixo sobre o 
controle cognitivo na regulação da marcha e do controle postural e selecione a alternativa 
correta: 
I. O controle locomotor da marcha é constituído por três 
processamentos: volicional-cognitivo, emocional 
e automático.
II. No controle automático, ativações sequenciais de neurônios 
no tronco encefálico e na medula espinhal estão envolvidas 
na geração de movimentos rítmicos dos membros e 
regulação do tônus muscular postural.
III. Em condições familiares, o sujeito sempre necessitará de 
grande controle cognitivo na regulação da marcha e do 
controle postural.
Interatividade
a) Apenas a I está correta.
b) Apenas a II está correta.
c) I e II estão corretas.
d) I e III estão corretas.
e) II e III estão corretas.
Interatividade
a) Apenas a I está correta.
b) Apenas a II está correta.
c) I e II estão corretas.
d) I e III estão corretas.
e) II e III estão corretas.
Resposta
 Capacidade que o SN possui em alterar algumas das suas propriedades estruturais 
(morfológicas) e funcionais em resposta dos padrões de experiência.
 Pode ser concebida e avaliada a partir de uma perspectiva estrutural (configuração sináptica) 
ou funcional (modificação do comportamento).
 É o mecanismo pelo qual o SN desenvolve experiências e aprende novos comportamentos, 
tanto no SN intacto, como no SN acometido.
Mecanismos da plasticidade neural
Fonte: https://image.freepik.com/free-photo/inside-brain-concept-neurons-nervous-system3d-rendering_152359-111.jpg. 
Mudanças morfológicas e químicas:
 Alteração do perfil molecular e químico: quantidade e tipos de 
neurotransmissores produzidos.
 Alterações eletrofisiológicas.
 Alteração no nível das sinapses (novas conexões ou refazer conexões perdidas).
Alteração da estrutura dos neurônios e das células da glia: 
 Plasticidade dendrítica.
 Plasticidade axonal.
 Plasticidade somática (corpo celular-neurogênese).
 Plasticidade das células da glia.
Mecanismos envolvidos na Neuroplasticidade
 Desenvolvimento.
 Aprendizagem e memória.
 Após processos lesionais.
Estágios da plasticidade
Fontes: https://pixabay.com/pt/photos/babe-sorriso-rec%C3%A9m-nascido-2972221/
https://pixabay.com/pt/photos/pessoa-humano-crian%C3%A7a-menina-loiro-822850
https://pixabay.com/pt/photos/esporte-tr%C3%A1fego-maratona-jogos-3436358/
 Aprendizagem: aquisição do conhecimento ou capacidade.
 Memória: é a retenção e o armazenamento desse conhecimento ou capacidade (produto do 
aprendizado).
 Ocorrem modificações nas estruturas, no funcionamento das células neurais e de suas 
conexões, bem como o crescimento de novas terminações sinápticas, aumento das áreas 
sinápticas funcionais e incremento de neurotransmissores.
 Alterações persistentes e duradoras na potência das 
conexões sinápticas.
Aprendizagem e memória
APRENDIZADO
NÃO 
ASSOCIATIVO
HABITUAÇÃO
SENSIBILIZAÇÃO
ASSOCIATIVO
CONDICIONAMENTO 
CLÁSSICO
CONDICIONAMENTO
OPERANTE 
 É uma das formas mais simples de neuroplasticidade; está associada a uma redução na 
atividade sináptica entre neurônios sensoriais e suas conexões com interneurônios
e motoneurônios.
 Quando um estímulo é dado de forma repetida ocorrerá uma menor liberação de 
neurotransmissores excitatórios pela terminação pré-sináptica.
 Habituação = diminuição da resposta ao estímulo repetitivo. 
Ex.: relógio no pulso (estímulo tátil repetido).
 Aplicação clínica da habituação: estimulação sensorial: visa em algumas situações diminuir a 
resposta neural a um determinado estímulo.
Ex.:
 Presença de defesa tátil.
 Vestibulopatias.
Habituação
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/menina-balan%C3%A7o-balan%C3%A7ar-outono-996635
 Capacidade que um indivíduo tem de 
responder de forma aumentada ao
estímulo repetitivo.
 Exemplo: etiqueta da roupa ou pedra 
no sapato.
 TEA.
Sensibilização
Fontes: https://pixabay.com/pt/photos/sapatos-casamento-elegante-noiva-2724635/
https://pixabay.com/pt/images/download/meltdown-1312488_1920.jpg?attachment&modal
https://pixabay.com/pt/photos/sapatos-casamento-elegante-noiva-2724635/
Analise as afirmações abaixo e assinale a correta: 
I. O termo neuroplasticidade se refere à capacidade de adaptação do sistema nervoso, 
especialmente a dos neurônios, que ocorre apenas após uma lesão.
II. A plasticidade neural tem maior magnitude durante a infância, especialmente durante 
o período crítico do desenvolvimento, mas sem se extinguir na vida adulta.
III. Em todas as doenças neurológicas, um programa de tratamento que incorpore 
principalmente o treino de atividades funcionais é essencial para o favorecimento 
da neuroplasticidade.
a) I, II e III estão corretas.
b) I e II estão corretas.
c) I e III estão corretas.
d) II e III estão corretas.
e) Apenas II está correta.
Interatividade
Analise as afirmações abaixo e assinale a correta: 
I. O termo neuroplasticidade se refere à capacidade de adaptação do sistema nervoso, 
especialmente a dos neurônios, que ocorre apenas após uma lesão.
II. A plasticidade neural tem maior magnitude durante a infância, especialmente durante 
o período crítico do desenvolvimento, mas sem se extinguir na vida adulta.
III. Em todas as doenças neurológicas, um programa de tratamento que incorpore 
principalmente o treino de atividades funcionais é essencial para o favorecimento 
da neuroplasticidade.
a) I, II e III estão corretas.
b) I e II estão corretas.
c) I e III estão corretas.
d) II e III estão corretas.
e) Apenas II está correta.
Resposta
A lesão promove, então, três situações distintas: 
 uma em que o corpo celular do neurônio foi atingido e ocorre a morte do neurônio, sendo, 
nesse caso, o processo irreversível (para aquela célula); 
 o corpo celular está íntegro e seu axônio está lesado;
 o neurônio se encontra em um estágio de excitação diminuído. 
Recuperação após lesão
Existem diferenças na recuperação do SNC e do SNP?
SNP SNC
Axônios percorrem uma longa distância e 
não são protegidos pelo crânio e pela coluna
Protegido pelo crânio e pelas vértebras
Presença de fatores de crescimento neural < presença de fatores de crescimento neural
Processo de degeneração walleriana Alterações no nível das sinapses
Brotamento é um dos principais mecanismos Atividade das células da glia
Existem diferenças na recuperação do SNC e do SNP?
Fonte: adaptado de: KANDEL, S. et al. Princípios de neurociências. 5. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2014, p. 1.123.
Sistema nervoso periférico
Mielina
OligodenodrócitoMielina
Célula de 
Schwann
Bainha 
perineural
Sistema nervoso central
A bainha sereforma
Célula de Schwann 
promove crescimento
Cicatriz 
glial
Infiltração de 
macrófagos
Infiltração de 
astrócitos reativos
 Brotamento ou sprouting: formação de novos brotos de 
axônio, oriundos de neurônios lesados ou não lesados. 
 Brotamento colateral: quando um alvo é desnervado, ele
volta a ser reinervado por ramificações de axônios intactos. 
 Brotamento regenerativo: ocorre em axônios lesados e 
constitui a formação de novos brotos provenientes do 
segmento proximal, pois o coto distal, geralmente, é 
rapidamente degenerado. 
Mecanismos envolvidos na Neuroplasticidade
Fonte: adaptado de: SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Motor control: translating 
research into clinical practice. 5. ed. Holanda: Wolters Kluwer, 2017, p. 94.
Brotamento 
regenerativo
Brotamento colateral
 Hipersensibilidade de denervação: quando são destruídos terminais axônicos pré-sinápticos, 
novos receptores se formam na membrana pós-sináptica em resposta a transmissores 
liberados por axônios vizinhos. 
 Hipereficácia sináptica: quando são destruídos alguns ramos de um axônio pré-sináptico, os 
ramos axônicos remanescentes recebem todos os neurotransmissores que seriam 
compartilhados entre os terminais, gerando uma liberação nos receptores pós-sinápticos de 
maior quantidade do neurotransmissor. 
Mecanismos envolvidos na Neuroplasticidade
 Recuperação da eficácia sináptica: após lesões, edema pode comprimir o corpo celular ou 
axônio de um neurônio, gerando inativação de algumas sinapses. Quando esse efeito 
secundário é diminuído, ocorre um retorno da ativação sináptica. 
 Desmascaramento de sinapses silenciosas: no SNC, muitas sinapses parecem não ser 
usadas, sendo ativadas somente após lesões. 
 Neurogênese.
Mecanismos envolvidos na neuroplasticidade
 Todo o processo de reabilitação se baseia na convicção de que o cérebro humano é um 
órgão dinâmico e adaptativo, capaz de se reestruturar em função de novas exigências 
ambientais ou das limitações funcionais impostas por lesões cerebrais.
 A unidade funcional do SN não é mais centrada no neurônio, mas concebida como uma 
imensa rede de conexões sinápticas entre unidades neuronais, além de células gliais, as 
quais são modificáveis em função da experiência individual, ou seja, do nível de atividade e 
do tipo de estimulação recebida.
Fisioterapia e neuroplasticidade
Fonte: https://pixabay.com/pt/images/download/electrostimulation-1230004_1920.jpg?attachment&modal
Fatores que influenciam o potencial de recuperação relacionados à lesão:
 Tempo de lesão;
 Mecanismo da lesão (lesões em progressão ou abruptas); ex.: tumor x AVE;
 Natureza da lesão;
 Extensão da lesão;
 Local da lesão.
Fatores que influenciam o potencial de recuperação relacionados ao indivíduo:
 Idade; 
 Sexo;
 Experiências pessoais anteriores ou posteriores à lesão;
 Intervenções farmacológicas;
 Estado emocional (motivação).
Neuroplasticidade inserida na prática clínica da Fisioterapia
 Início e duração da terapia;
 Quanto mais precoce melhor: maior plasticidade 
nos primeiros anos, mas pode durar anos;
 Duração dependerá das condições clínicas
e da idade (bebês e idosos);
 Frequência e intensidade das terapias;
 Grande repetição (memória e automatização);
 Repetir sem repetir;
 Orientação domiciliar.
Como a Fisioterapia pode influenciar essa recuperação?
Fonte: adaptado de: WU, et al. Brain reorganization after bilateral arm training and distributed 
constraintinduced therapy in stroke patients: a preliminary functional magnetic resonance 
imaging study. Chang Gung Medical Journal, v. 33, n. 6, p. 628-636, 2010.
A
Movimento da 
mão afetada
B
Movimento da 
mão não 
acometida
C
Movimento 
bilateral do 
cotovelo
Pré-tratamento Pós-tratamento
L R
1. Use ou perca
2. Use e melhore
3. Especificidade
4. Repetição
5. Intensidade
6. Tempo
7. Relevância
8. Idade 
9. Transferência
10. Interferência
Princípios da plasticidade
Fonte: Kleim e Jones (2008).
A plasticidade neural não ocorre apenas em processos neuropatológicos, mas também no 
funcionamento normal do organismo, durante o desenvolvimento embriológico e durante o 
processo de aprendizagem. Assim, a plasticidade do SN não se traduz em cura, mas na 
tentativa de formar novas conexões e/ou recuperar conexões perdidas. Considerando os 
mecanismos pelos quais se estabelece a neuroplasticidade, analise as afirmações abaixo 
e escolha a alternativa correta. 
I. A potencialização sináptica consiste na formação de novos brotos de axônio, 
oriundos de neurônios lesados ou não lesados.
II. Recuperação da eficácia sináptica consiste em fornecer ao tecido nervoso 
um ambiente mais favorável à recuperação.
III. A hipersensibilidade de denervação ocorre quando a célula 
pós-sináptica deixa de receber o controle químico da célula 
pré-sináptica. Dessa forma, para manter seu adequado 
funcionamento, a célula promove o surgimento de novos 
receptores de membrana pós-sináptica.
Interatividade
a) Apenas a I está correta.
b) Apenas a II está correta.
c) I e II estão corretas.
d) I e III estão corretas.
e) II e III estão corretas.
Interatividade
A plasticidade neural não ocorre apenas em processos neuropatológicos, mas também no 
funcionamento normal do organismo, durante o desenvolvimento embriológico e durante o 
processo de aprendizagem. Assim, a plasticidade do SN não se traduz em cura, mas na 
tentativa de formar novas conexões e/ou recuperar conexões perdidas. Considerando os 
mecanismos pelos quais se estabelece a neuroplasticidade, analise as afirmações abaixo 
e escolha a alternativa correta. 
II. Recuperação da eficácia sináptica consiste em fornecer ao tecido nervoso 
um ambiente mais favorável à recuperação.
III. A hipersensibilidade de denervação ocorre quando a célula 
pós-sináptica deixa de receber o controle químico da célula 
pré-sináptica. Dessa forma, para manter seu adequado 
funcionamento, a célula promove o surgimento de novos 
receptores de membrana pós-sináptica.
Alternativa correta:
e) II e III estão corretas.
Resposta
 KANDEL, S. et al. Princípios de neurociências. 5. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2014.
 KLEIM, J.; JONES, T. Principles of experience-dependente neural plasticity: implications for 
rehabilitation after brain damage. 2008.
 LI, K., et al. Spatial neglect. Pract Neurol. 2015;15:333–339. doi:10.1136/practneurol-2015-
001115.
 SHUMWAY-COOK; WOOLLACOTT. Controle Motor: Teoria e aplicações prática. 
São Paulo: Manole 2017.
 TAKAKUSAKI, K. Functional Neuroanatomy for Posture and Gait Control. J Mov Disord. 2017 
Jan; 10(1): 1–17
 TAKAKUSAKI, K. Neurophysiology of gait: from the spinal cord 
to the frontal lobe. Mov. Disord., v. 28, n. 11, p. 1483-1491, 
2013.
 WU, C. et al. Brain reorganization after bilateral arm training 
and distributed constraintinduced therapy in stroke patients: a 
preliminary functional magnetic resonance imaging study. 
Chang Gung Medical Journal, v. 33, n. 6, p. 628-636, 2010.
Referências 
ATÉ A PRÓXIMA!

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