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FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO 5

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FUNDAMENTOS 
FILOSÓFICOS E 
HISTÓRICOS DA 
EDUCAÇÃO
Admilson G. de Almeida
EAD
Editora Universitária Adventista
Presidente da Divisão Sul-Americana: Stanley Arco
Diretor do Departamento de Educação para a Divisão Sul-Americana: Antônio Marcos da Silva Alves
Presidente do Instituto Adventista de Ensino (IAE), mantenedora do Unasp: Maurício Lima
Reitor: Martin Kuhn 
Vice-reitor para a Educação Básica e Diretor do Campus Hortolândia: Henrique Karru Romaneli
Vice-reitor para a Educação Superior e Diretor do Campus São Paulo: Afonso Ligório Cardoso
Vice-reitor administrativo: Telson Bombassaro Vargas 
Pró-reitor de pesquisa e desenvolvimento institucional: Allan Macedo de Novaes 
Pró-reitor de graduação: Edilei Rodrigues de Lames
Pró-reitor de pós-graduação lato sensu e Pró-reitor da educação à distância: Fabiano Leichsenring Silva 
Pró-reitor de desenvolvimento espiritual e comunitário: Wendel Tomas Lima
Pró-reitor de Desenvolvimento Estudantil e Diretor do Campus Engenheiro Coelho: Carlos Alberto Ferri
Pró-reitor de Gestão Integrada: Claudio Valdir Knoener 
Conselho editorial e artístico: Dr. Adolfo Suárez; Dr. Afonso Cardoso; Dr. Allan Novaes; 
Me. Diogo Cavalcanti; Dr. Douglas Menslin; Pr. Eber Liesse; Me. Edilson Valiante;
Dr. Fabiano Leichsenring, Dr. Fabio Alfieri; Pr. Gilberto Damasceno; Dra. Gildene Silva;
Pr. Henrique Gonçalves; Pr. José Prudêncio Júnior; Pr. Luis Strumiello; Dr. Martin Kuhn; 
Dr. Reinaldo Siqueira; Dr. Rodrigo Follis; Me. Telson Vargas
Editor-chefe: Allan Macedo de Novaes
Supervisora Administrativa: Rhayane Storch
Responsável editorial pelo EaD: Jéssica Lisboa Pereira
FUNDAMENTOS 
FILOSÓFICOS E 
HISTÓRICOS DA 
EDUCAÇÃO
1ª Edição, 2023
Editora Universitária Adventista 
Engenheiro Coelho, SP
Admilson Gonçalves de Almeida
Doutor em Educação ( área de História 
e Filosofia da Educação) pela 
Universidade Metodista de Piracicaba
Marques, Pâmela Caroline Costa
Ferramentas de produtividade e gestão do tempo [livro eletrônico] / Pâmela Caroline Costa 
Marques. -- 1. ed. -- Engenheiro Coelho, SP : Unaspress, 2022.
PDF
Bibliografia.
ISBN 978-65-5405-041-8
1. Administração 2. Gestão de negócios
3. Produtividade 4. Tempo - Administração I. Título.
22-134421 CDD-650.1
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Índices para catálogo sistemático:
1. Tempo : Produtividade : Administração 650.1
Eliete Marques da Silva - Bibliotecária - CRB-8/9380
Fundamentos Filosóficos e Históricos da Educação
1ª edição – 2023
e-book (pdf)
OP 00123
Coordenação editorial: Amanda Ferelli
Preparação: Adriane Rodrigues
Projeto gráfico: Ana Paula Pirani 
Capa: Jonathas Sant’Ana
Diagramação: Kenny Zukowski
Caixa Postal 88 – Reitoria Unasp
Engenheiro Coelho, SP – CEP 13448-900
Tel.: (19) 3858-5171 / 3858-5172 
www.unaspress.com.br
Editora Universitária Adventista
Validação editorial científica ad hoc:
Francisco Luiz Gomes de Carvalho 
Doutorado em Educação: História e historiografia da Educação - (USP)
Editora associada:
Todos os direitos reservados à Unaspress - Editora Universitária Adventista. 
Proibida a reprodução por quaisquer meios, sem prévia autorização escrita da 
editora, salvo em breves citações, com indicação da fonte.
SUMÁRIO
FILOSOFIA: CONCEITO, 
IMPLICAÇÃO E APLICAÇÃO ..............................10
Introdução ...........................................................................11
A era dos mitos ....................................................................11
Filosofia: a origem ................................................................14
Grécia: Sócrates, o modelo de 
pedagogo; Platão e Aristóteles .............................................16
Filosofia patrística 
(do século 1 ao 7 D.C.) ..........................................................22
Escolástica ............................................................................23
Considerações finais .............................................................26
Referências ..........................................................................27
HISTÓRIA GERAL DA EDUCAÇÃO ......................28
Introdução ...........................................................................29
Idade antiga e a história da educação romana .....................29
Esparta ........................................................................29
Atenas ..........................................................................30
Idade média .........................................................................32
As reformas religiosas ...................................................34
Idade moderna: racionalismo, 
empirismo, criticismo ...........................................................35
Racionalismo ................................................................36
Empirismo ....................................................................36
Criticismo .....................................................................36
Idade contemporânea: pragmatismo ..................................37
Outros atores: autores contemporâneos ...............................38
Immanuel Kant (1724 - 1804) ......................................38
Augusto Comte (1798 – 1857) .....................................39
Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) .........................39
Karl Marx (1818 – 1883) ..............................................40
Michel Foucault (1926 – 1984) ....................................40
Paulo Freire (1921 – 1997) ...........................................40
Considerações finais .............................................................41
Referências ..........................................................................41
EDUCAÇÃO E SISTEMA 
POLÍTICO NO BRASIL ......................................43
Introdução ...........................................................................44
O início de tudo: a educação jesuíta 
no Brasil colônia ..................................................................45
Método pedagógico .....................................................47
Expoentes do período Brasil colônia .............................49
Educação no Brasil império ..................................................49
Educação no Brasil república ................................................51
A primeira república (1889-1930) ................................52
A segunda república (1930 – 1937) .............................53
O Estado Novo (1937-1945) ..........................................55
A quarta república (1945-1964) ...................................56
Reformas educacionais: Benjamin Constant .........................56
A reforma educacional proposta 
por Benjamim Constant ................................................57
A reforma Rivadávia Corrêa (1911) ...............................58
Reforma de 1915 ..........................................................58
Reforma de 1925 ..........................................................58
Educação superior no Brasil e 
a formação dos brasileiros ...................................................59
Considerações finais .............................................................60
Referências ..........................................................................61
A PRÁTICA ESCOLAR E AS PRINCIPAIS 
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS ............................62
Introdução ...........................................................................63
pedagogia liberal: tendência liberal tradicional ...................63
Principais características...............................................65
Pedagogia liberal: renovada progressiva ..............................66
Pedagogia liberal: tendência liberal 
renovada não diretiva e liberal tecnicista .............................67
Tendência liberal renovada não diretiva.......................67
Pedagogia liberal tecnicista ..........................................68
Pedagogia progressista: tendência progressista 
libertadora e progressista libertária .....................................70
Tendência progressista libertadora ..............................70
Tendência progressista libertária ..................................72
Pedagogia progressista: tendência progressista 
crítico-social dos conteúdos .................................................73
Escola Nova ..........................................................................74
Considerações finais .............................................................78
Referências ..........................................................................79
EDUCAÇÃO E PROPÓSITO: HISTÓRIA 
E FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ ..................80
Introdução ...........................................................................81
Cosmovisão bíblica e a educação hebraica ...........................81
Educação e redenção ............................................................86
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
Filosofia cristã de educação ..................................................87
Valores: ética e moral ...........................................................90
A pedagogia do mestre dos mestres.....................................93
Considerações finais .............................................................97
Referências ..........................................................................97
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
EMENTA
Estudo da constituição do pensamento 
pedagógico da antiguidade à 
contemporaneidade, com destaque na 
Educação Brasileira, considerando os 
diferentes elementos étnico-raciais. 
Fundamentos históricos e filosóficos que 
subsidiam as concepções educacionais. 
Constituição da escola e correntes 
pedagógicas no Brasil. O sujeito do processo 
educacional: os métodos e concepções de 
ensino e aprendizagem.
EDUCAÇÃO E PROPÓSITO: 
HISTÓRIA E FILOSOFIA DA 
EDUCAÇÃO CRISTÃ
UNIDADE 5
- Pesquisar os princípios educacionais que nascem das conjecturas da 
cosmovisão cristã;
- Interpretar o verdadeiro fundamento da educação considerando o real 
propósito de Deus ao criar a humanidade.OB
JE
TI
VO
S
81
EDUcAção E ProPósIto: hIstórIA E fIlosofIA DA EDUcAção crIstã
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
INTRODUÇÃO
A filosofia de educação cristã possui uma proposta fundamentada nas raízes dos escritos bíblicos, 
não se tratando de fundamentalismo, mas sim de fundamentos firmados a partir das orientações divinas. O 
propósito deste estudo é refletir sobre os principais aspectos que sustentam essa filosofia. Para isso, conhe-
ceremos o conceito de cosmovisão bíblica, seus sustentáculos primários e como ela se mantém no meio 
educacional; na sequência, voltaremos a falar da educação hebraica, visto ter sido o povo que recebeu 
informações sobre educação, saúde, ética e diversos outros valores diretamente de Deus.
Abordaremos também a educação e a redenção proporcionadas pelo plano de Deus no processo 
de resgate do homem após sua queda. Por fim, estudaremos as principais metodologias usadas por Cristo 
enquanto educador, visto que seus ensinos e métodos estão vivos e são eficazes até hoje. Esperamos que 
o conteúdo aqui apresentado lhe traga grandes reflexões, tanto acadêmicas quanto espirituais. Ao fim de 
nosso trajeto de hoje, você terá aprendido:
• que o pecado nos impede de ter um relacionamento completo com o Criador e que Seu filho 
Jesus morreu para que esse relacionamento fosse restaurado;
• que os valores bíblico-cristãos são os fundamentos de uma filosofia cristã de educação;
• que a filosofia cristã defende o criacionismo;
• que Jesus é o Filho de Deus que se fez carne e habitou entre nós, deixando exemplos para 
seguirmos e praticarmos;
• que o maior código de ética bíblico são os Dez Mandamentos e que observá-los faz parte da 
expressão de amor a Deus e ao próximo.
Bom estudo!
COSMOVISÃO BÍBLICA E A EDUCAÇÃO HEBRAICA
As temáticas fé e ensino não estão desarticuladas em nossa cultura educacional. Se tivéssemos de 
conceituar a palavra “cosmovisão”, o significado direto, considerando a origem de cada palavra (cosmo e 
visão) poderia ser traduzido como “uma visão de mundo”; logo, a cosmovisão bíblica consiste justamente 
em um tipo de óculos ou lente que nos leva a observar a realidade a partir dos valores que encontramos 
na Bíblia.
A cosmovisão bíblica no contexto educacional é um caminho de interpretação fundamentado na 
relevância que a Bíblia nos oferece na formação profissional. Para tanto, resolvemos resgatar o contexto 
histórico e filosófico da educação hebraica, cuja principal fonte histórica se encontra na Bíblia, principal-
mente nos livros iniciais chamados de Pentateuco, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento escritos 
por Moisés, utilizados como um verdadeiro manual dos hebreus. Diferente dos povos antigos, que eram 
politeístas, os hebreus se destacaram por defender a crença em um só Deus, concepção monoteísta.
Os hebreus acreditam em um só Deus, que é Criador de todas as coisas (criacionismo). O relato bíblico 
presente em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, declara que Deus criou o homem, como podemos constatar: 
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn. 1:27).
82
EDUcAção E ProPósIto: hIstórIA E fIlosofIA DA EDUcAção crIstã
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
Outro um diferencial marcante na conduta da cultura hebraica é o 
fato de a cosmovisão sobre educação dos hebreus se concentrar na con-
vivência e na prática, enxergando o processo de ensinar e aprender como 
um processo único. Lima (2011, p. 24) expõe que na educação “hebraica, 
portanto, o instruir e o praticar estavam integrados num mesmo processo. 
Entendia-se que houve ensino quando o que foi ensinado era aprendido 
e praticado. A prática integrava todos os aspectos da vida, principalmente 
a religião”. 
O modelo de educação familiar no qual o povo hebreu se funda-
mentava tinha uma raiz profunda, pois a herança e o exemplo desse mo-
delo tinham sua origem no Jardim do Éden, o lar dos primeiros seres hu-
manos criados por Deus. “O Jardim do Éden era a sala de aulas; a Natureza, 
o compêndio; o próprio Criador, o instrutor; e os pais da família humana, 
os alunos.” (WHITE, 2008a, p. 15). 
Na sua organização inicial, o povo hebraico se valia do método de 
educação familiar, em que os pais eram os representantes de Deus e a 
família era a própria escola; esse método se estabeleceu por muito tempo 
entre a nação israelita. Vivendo de maneira simples, moravam no campo 
ou em colinas, trabalhando no cultivo do solo e cuidando de rebanhos, 
tendo assim total liberdade para aprender diretamente em meio à natu-
reza a respeito das obras de Deus. 
Depois de um longo período de escravidão no Egito, parte do co-
nhecimento se degradou e a maioria das famílias que formavam essa ci-
vilização perderam parte relevante da experiência com o divino. Sua fé 
esteve ameaçada, especialmente por conta do sincretismo religioso após 
a influência cultural de séculos no contato com os deuses do Egito. As ba-
ses de valores familiares haviam sido corrompidas pelo contato com uma 
outra civilização que não tinha por concepção básica os mesmos princí-
pios morais e educacionais. Durante os quarenta anos que passaram no 
deserto após a libertação e desvinculação da nação egípcia, marchando 
rumo a uma Terra Prometida, estiveram expostos a diversas situações e 
dificuldades como a fome, sede, calor, doenças e ameaças dos inimigos; 
contudo, a situação desfavorável teve por propósito e resultado o fortale-
cimento da fé e o restabelecimento da confiança total em YHWH, a figura 
divina do Deus israelita. 
A presença de Deus era constante, demonstração visível por meio 
do maná, o pão que caia do céu todos os dias, exceto aos sábados; por 
meio de uma coluna de fogo à noite, que os aqueciado frio do deserto; 
pela água que jorrava misteriosamente de rochas aparentemente secas 
quando tinham sede; e por uma nuvem de proteção durante o dia, para 
protegê-los do calor do sol. Todos esses eventos eram testemunhados e 
deveriam ser repassados para as gerações seguintes que não tiveram o 
mesmo privilégio de contemplar essa maravilha. 
O ápice desse processo de conhecimento do Deus Criador se ma-
nifestou no momento em que Moisés recebeu as tábuas da Lei, escritas 
A nossa principal 
fonte histórica 
sobre o povo 
hebreu é a Bíblia.
83
EDUcAção E ProPósIto: hIstórIA E fIlosofIA DA EDUcAção crIstã
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
pelo dedo do próprio Deus. Essas leis deveriam ser o principal meio de 
orientação e educação para o povo durante sua jornada no deserto e 
quando entrassem na Terra Prometida. Por essa razão foram escritas em 
pedras, sendo mais tarde conhecidas como os dez mandamentos, des-
critos em Êxodo 20 e em Deuteronômio 5. 
Quando essas leis foram recebidas, passaram a ser levadas dentro de 
uma arca que ia à frente do povo, como um símbolo da própria presença 
de Deus com eles durante a jornada. Durante a longa trajetória desse povo 
atravessando o deserto, aprenderam também regras sanitárias, para manter 
e conservar a saúde, afinal, “a educação dos israelitas incluía todos os seus há-
bitos de vida. Tudo que dizia respeito a seu bem-estar foi objeto da solicitude 
divina, e constituiu assunto da divina legislação” (WHITE, 2008, p. 29). 
A música era uma ferramenta preciosa na educação dos hebreus 
durante a jornada no deserto, visto que muitas lições eram facilmente in-
ternalizadas por meios dos cânticos. As letras desses cânticos falavam das 
vitórias sobre os inimigos e exaltavam ao Senhor Deus como Criador, De-
fensor e Mantenedor. Os cânticos, além de servir como um método edu-
cacional, tinham o propósito de alegrar ao povo durante os quarenta anos 
de peregrinação no deserto.
As instruções educacionais e os princípios de vida e saúde conce-
didos aos hebreus tinham por finalidade serem propagados para outras 
nações que os observavam, tornando-se assim uma bênção, como regis-
trado em Deuteronômio 28:10: “E todos os povos da terra verão que és 
chamado pelo nome do Senhor e terão medo de ti”. A grande responsabi-
lidade de manter esse processo de educação estava sob a responsabilida-
de dos pais, que eram instrutores de todos os tipos de assuntos. “E estas 
palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus 
filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e 
deitando-te e levantando-te.” (Dt. 6:6, 7, ACF).
A cosmovisão educacional hebraica consistia em exemplos e práti-
cas, estando o processo totalmente articulado. Por essa razão, esse mode-
lo de educação ficou conhecido como educação integral, visto que o ob-
jetivo era o de pleno crescimento, respeitando o desenvolvimento físico, 
social, cultural e acima de tudo espiritual. “Porém, apesar desse vínculo 
com a temática religiosa, não se negligenciavam áreas de conhecimen-
to não religiosas, como a engenharia, direito civil, álgebra e astronomia.” 
(LIMA, 2011, p. 25).
Como vimos anteriormente, a filosofia grega, principalmente a par-
tir das concepções platônicas a respeito da concepção antropológica, 
é marcada por um profundo dualismo, onde ser humano é formado de 
alma e corpo. 
Os filósofos gregos, de uma maneira geral, apresentam dificuldades 
de explicar o ser humano a partir do ponto de vista holístico, fundamen-
tando-se na compreensão dualista em que o corpo é uma parte falível e, 
HOLÍSTICO
De acordo com o site significados, é “qual-
quer doutrina que procura compreender 
os fenômenos na sua totalidade e glo-
balidade”. Disponível em: https://www.
significados.com.br/holistico/. Acesso 
em: 25 jan. 2023.
84
EDUcAção E ProPósIto: hIstórIA E fIlosofIA DA EDUcAção crIstã
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
por essa razão, morre. Já a alma é a parte nobre e boa do ser humano e 
não morre; essa é a concepção de “duas partes diferentes e separadas: o 
corpo (material) e a alma (espiritual e consciente). Chamamos a isso dua-
lismo psicofísico, ou seja, a dupla realidade da consciência separada do 
corpo” (ARANHA; MARTINS, 1993, p. 295).
Quando nos referimos ao conceito antropológico de ser humano, a 
concepção hebraica é totalmente oposta à regra, visto não entender ou 
aceitar a dicotomia psicofísica. Corpo e alma não estão separadas, mas, 
na verdade, devem ser compreendidas como almas viventes, sem a pos-
sibilidade de separação. Cada corpo é uma alma, cada alma é um corpo, 
concepção que se fundamenta na própria criação do homem, como en-
contrado no texto de Gênesis 2:7: “Então, formou o Senhor Deus ao ho-
mem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem 
passou a ser alma vivente”.
Na cosmovisão bíblica, a separação do homem em corpo e alma 
não faz sentido algum. De acordo com o texto, o homem foi formado do 
pó da terra e só passa a respirar ou viver de fato após receber o fôlego 
da vida concedido por Deus. Sem esse fôlego, o ser humano volta ao seu 
estado primário ou, em outras palavras, volta a ser pó, como podemos 
perceber nesta passagem: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até 
que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó 
te tornarás” (Gn. 3:19, ACF).
Na educação dos hebreus, a expressão “voltar ao pó” é o signifi-
cado da morte do ser humano, deixando de existir, não mais podendo 
aprender nem tampouco demonstrar qualquer tipo de sentimentos, não 
conhecendo outros mundos ou fazendo contato com outros seres huma-
nos. A semelhança desse estado pode ser traduzida através da compara-
ção com um sono, em que os indivíduos nada sabem. “Não quero, porém, 
irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não 
vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.” (1Ts. 4:13, ACF). 
Faz-se claro, portanto, o contraste entre a educação hebraica e a 
filosofia grega platônica, afinal, “a dicotomia corpo-consciência já aparece 
no pensamento grego no século V a.C., com Platão. Esse filósofo parte do 
pressuposto de que a alma, antes de se encarnar, teria vivido a contem-
plação do mundo das ideias” (ARANHA; MARTINS, 1993, p. 295). 
No dualismo platônico, o corpo recebe em seu interior a alma, como 
se fosse um outro elemento vivo, passando a habitar no corpo de maneira 
provisória, até a morte do corpo. Para essa concepção, quando isso acon-
tecesse é que a alma seria então finalmente liberta, filosofia muito dife-
rente da educação recebida e defendida na cosmovisão cultural hebraica, 
na qual alma é sinônimo de vida. Assim, nesse contexto, não há qualquer 
sentido em dizer que o ser humano tem um corpo, mas faz sentido dizer 
que o ser humano é um corpo, é uma alma, é uma vida, é uma pessoa, é 
um indivíduo criado por Deus, único e livre. 
Na educação dos hebreus, a expres-
são “voltar ao pó” é o significado da 
morte do ser humano.
Fonte: Shutterstock
85
EDUcAção E ProPósIto: hIstórIA E fIlosofIA DA EDUcAção crIstã
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
Na educação hebraica, como vimos, a ênfase se dava no contexto da 
família, e valores e aprendizagens eram repassados de geração a geração. 
Porém, com o estabelecimento do povo em um só local, deixando de ser 
nômades e de jornadear pelo deserto, diversas famílias adotaram outras 
culturas, deixando de seguir o plano original de Deus estabelecido no có-
digo de conduta hebraica. Pais foram beber de outras fontes e se torna-
ram negligentes com suas obrigações para com Deus e consequentemente 
para com a família.
White (2008a, p. 35) relata no livro Educação que: “Pela infidelida-
de no lar e pelas influências idólatras de fora, muitos dos jovens hebreus 
recebiam uma educação que diferia grandemente da que Deus projetara 
para eles”. Para resolver essa situação, Deus, em sua misericórdia, ofere-
ceu um outro meio de auxiliar aos pais no processode educação de seus 
filhos. O profeta Samuel, recebendo inspiração divina, estabeleceu um 
local de instrução, que recebeu o nome de “escola dos profetas”; naquele 
tempo os profetas, além de receberem revelações diretas de Deus, tam-
bém tinham a prerrogativa de instruir e ensinar ao povo hebreu o cami-
nho no qual eles deveriam seguir. 
Estas escolas se destinavam a servir como uma barreira contra 
a corrupção prevalecente, a fim de prover à necessidade inte-
lectual e espiritual da juventude, e promover a prosperidade 
da nação, dotando-a de homens habilitados para agir no temor 
de Deus como dirigentes e conselheiros. Para tal fim, Samuel 
reuniu grupos de rapazes piedosos, inteligentes e estudiosos. 
Foram eles chamados os filhos dos profetas. Enquanto estuda-
vam a palavra e as obras de Deus, Seu poder vivificante desper-
tavam-lhes as energias da mente e da alma, e os estudantes re-
cebiam sabedoria do alto. Os instrutores não só eram versados 
na verdade divina, mas tinham pessoalmente experimentado 
comunhão com Deus, e obtido concessão especial de Seu Espí-
rito (WHITE, 2008a, p. 36).
Os alunos nessas escolas trabalhavam na agricultura ou na mecâ-
nica; na cosmovisão de educação hebraica essa prática era comum e, de 
maneira contrastante aos nossos dias, não importando a classe social os 
jovens hebreus deveriam aprender algum ofício prático no seu caminho 
educacional. A metodologia de ensino era oral e aprendiam a leitura e a 
escrita, conhecendo de forma específica as leis de Deus, as mesmas que 
foram escritas pelos dedos do Senhor no Sinai e entregues a Moisés, cha-
madas de histórias sagradas. Outros conteúdos também eram aprendidos 
como a música sacra e a poesia, desenvolvendo no estudante a respon-
sabilidades de buscar a Deus por meio da oração e da meditação diária, 
fortalecendo o intelecto e a fé. 
Esse processo de educação era totalmente diferente de qualquer 
outra nação da época. Embora fosse simples, ele exaltava ao Senhor como 
o Criador de todas as coisas. A perspectiva era a de que a educação he-
braica fosse um modelo para outras nações, ou seja, que todos os povos 
que viviam ao redor da nação hebraica aceitassem e se rendessem ao úni-
co Deus, o Deus verdadeiro, o Deus dos hebreus. 
A metodologia de 
ensino era oral, 
aprendendo a 
leitura e a escrita, 
conhecendo 
também as leis de 
Deus.
86
EDUcAção E ProPósIto: hIstórIA E fIlosofIA DA EDUcAção crIstã
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO E REDENÇÃO
A pergunta que nos moverá a partir de agora é: o que redenção tem a ver com educação? Pois bem, 
mais uma vez, para isso, precisamos entender essa conexão a partir de um contexto filosófico, histórico e 
bíblico-cristão. Em primeiro lugar, se você for a um dicionário de significados, vai encontrar alguma de-
finição semelhante a esta: “Redenção é o ato ou efeito de redimir ou remir, que significa libertação, rea-
bilitação, reparo, salvação. É o ato de adquirir de novo, de resgatar, de tirar do poder alheio, do cativeiro” 
(SIGNIFICADOS, [c2011-2022], on-line).
Partindo desse significado, poderemos compreender a palavra redenção no contexto bíblico; para 
isso, convido você a voltar ao Jardim do Éden, pois é mediante a cosmovisão bíblica-cristã que entendemos 
que a criação é um tema central na educação, assim como a própria redenção. Defendemos a ideia de que 
educar, nesse contexto, é proporcionar ao estudante meios racionais para que ele compreenda que o amor 
é a base sólida da real e verdadeira educação.
Não precisamos ser estudantes da Bíblia para conhecermos a história relatada por Moisés no livro 
de Gênesis sobre a queda do homem ao quebrar um código de ética estabelecido pelo próprio Deus. Esse 
código consistia em: “Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: dele não comereis, 
nem tocareis nele, para que não morrais” (Gn. 3:3). Mas o inimigo de Deus, que se levantou contra o Senhor 
no próprio céu, usando a serpente para impressionar a mulher, dialogou com ela dizendo: “É certo que não 
morrereis” (Gn. 3:4).
A palavra de Deus é viva e eficaz, nos conduz à vida e nunca à morte, mas a serpente, em seu ato 
para enganar a mulher, desfez o que o próprio Deus havia dito. O relato bíblico continua afirmando que a 
mulher comeu do fruto da ciência do bem e do mal, e abriram-se os olhos tanto do homem como da mu-
lher e perceberam que estavam nus, e ao perceberem a presença do Criador, esconderam-se como se fosse 
possível se esconder dos olhos daquele que tudo vê. “Os olhos do Senhor estão em todo lugar” (Pv. 15:3). 
Após alguns questionamentos por parte de Deus, buscando saber onde o homem estava e porque 
tudo ocorrera, o resultado não poderia ter sido outro: Deus expulsou o homem do jardim. Então, disse o 
Senhor Deus: “Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não 
estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente” (Gn. 3:22). 
Deus, em sua justiça e por amor ao casal, prometeu que não os abandonaria, mas que providenciaria 
um redentor, “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo 
Jesus, nosso Senhor” (Rm. 6:23). O efeito da ação de comer o fruto da árvore da ciência do bem e do mal 
proporcionou uma separação entre a criatura e o Criador. Somente Ele poderia pagar esse salário para res-
tabelecer a vida, que é um dom gratuito de Deus segundo o texto que Paulo escreveu aos romanos. Assim, 
começamos a compreender que redenção é um ato de libertação, de resgate, buscando o que havia se 
perdido. Esse processo, afinal, é uma questão também de educação, informação e aprendizagem. 
Adão e Eva foram submetidos a uma avaliação na escola modelo, mas foram reprovados no quesito 
fidelidade e obediência, preferindo ouvir a voz do engano. O resultado foi a ruína: a desgraça e a perda do 
privilégio de aprender com o próprio Criador. O pecado do primeiro casal trouxe separação, mas o sacrifício 
do próprio Deus possibilitou novamente o estabelecimento do relacionamento entre Deus e a humanida-
de, o que chamamos de plano da redenção. O plano desfaria a atuação do maligno, permitindo a verdadei-
ra educação, que consiste em conhecer a obra de salvação de Cristo. “O professor que aceita este objetivo 
é em verdade um cooperador de Cristo, um coobreiro de Deus.” (WHITE, 2008a, p. 24).
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FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
Essa narrativa foi comunicada aos filhos de Adão e Eva e os valores da obediência deveriam ser 
aprendidos por Caim e Abel. Ambos conheciam a importância de apresentar a Deus a verdadeira oferta 
como parte da educação familiar. Contudo, somente a oferta de um deles foi aceita por Deus, pois a oferta 
de Abel prefigurava o sacrifício do Filho do Homem. 
Temer a Deus é demonstrar amor ao Criador! Jesus veio pela primeira vez neste mundo como uma 
criança e as Escrituras não apresentam detalhes de Sua infância. Todavia, podemos afirmar que Ele foi obe-
diente aos seus pais terrestres. Maria e José com toda certeza seguiram a base da educação hebraica de 
ensinamentos dentro do contexto do lar. Jesus não passou pela escola dos profetas instituídas por Samuel, 
contudo, o aprendizado que recebeu foi fruto de uma educação familiar. 
Esse exemplo nos mostra a grande responsabilidade que os pais possuem sobre a educação de seus 
filhos, afinal, essas crianças irão servir a uma sociedade e a formação do caráter tem seu início no seio da 
família. “Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao 
deitar-te, e ao levantar-te.” (Dt 6:7). 
A educação das crianças, dos jovens e até dos adultos no contexto da redenção é relevante, pois o 
homem precisa dispor de autonomia para tomar decisões sobre a sua vida espiritual. Assim como nossos 
primeiros pais receberam instruções sobre como manter a vida eterna, nós hoje temos as Sagradas Escritu-
ras, orientando atodo aquele que busca conhecimento, pois redenção é conhecer a Cristo e Seu trabalho 
de resgate da alma humana. Esse processo não se faz somente dentro de uma sala de aula formal, muitas 
atividades pedagógicas redentoras ocorrem também em outros ambientes. 
Seja na natureza, em casa, na comunidade ou no trabalho, a educação e a redenção são temas que 
não podem ser deixados de lado, pois delas depende a escolha que definirá a nossa aprovação naquele 
grande dia, quando o Supremo Professor retornará para conceder o diploma ou a coroa de vencedor para 
todos os que aceitaram o Seu sacrifício na cruz. Como afirma White (2008a, p. 12), redenção e educação 
acima de tudo são o ato de “restaurar no homem a imagem de seu Autor, levá-lo de novo à perfeição em 
que fora criado, promover o desenvolvimento do corpo, espírito e alma para que se pudesse realizar o 
propósito divino da sua criação”.
FILOSOFIA CRISTÃ DE EDUCAÇÃO
De acordo com White (2007b, p. 10), “a mais bela obra já empreendida por homens e mulheres é 
lidar com espíritos jovens”. A filosofia cristã de educação perpassa por essa afirmação. Em outras palavras, 
aquele que vai exercer um papel tão importante na educação cristã deve estar ciente de que “o máximo 
cuidado deve ser tomado na educação da juventude, para variar de tal maneira a instrução, que desperte 
as nobres e elevadas faculdades da mente”. A filosofia, entre tantas funções, nos oferece um caminho de 
reflexão tanto por parte de quem ensina, como por parte daquele que aprende. Desenvolver uma atitude 
crítica filosófica é avaliar todas as informações sobre determinado assunto com o propósito de conhecer e 
se aprofundar no tema estudado.
O objetivo aqui é justamente o de provocar uma reflexão sobre a importância de uma educação com 
enfoque nos valores bíblicos, valores estes que ressaltam questões como a fé, a realidade do mundo, o 
significado da vida, além de temáticas que estão presentes no contexto do debate de um tema filosófico-
-cristão de educação. Assim, a partir de agora iremos olhar a filosofia cristã de educação sem preconceitos, 
mas sim como uma proposta que fornece caminhos para trilharmos rumo à verdadeira educação. 
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EDUcAção E ProPósIto: hIstórIA E fIlosofIA DA EDUcAção crIstã
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
Nesse contexto, de forma específica, utilizaremos os escritos de Ellen G, White como base de nossa 
sustentação pedagógica e metodológica sobre educação; a autora recomenda que, para educar crianças, 
tanto pais como professores devem em primeiro lugar desenvolver o domínio próprio, a paciência, a tole-
rância, a brandura e o amor. Esses valores são essenciais para a instrução em casa e na escola, pois a educa-
ção é a ferramenta para o desenvolvimento do caráter. 
A filosofia cristã de educação defende uma formação holística, cuja ênfase não se concentra em uma 
só área do conhecimento humano, sendo necessário desenvolvê-lo como um todo, dando atenção para 
seu desenvolvimento físico, mental, espiritual e moral. O ser humano vive em movimento: nossos primeiros 
pais foram colocados em um jardim para aprenderem diretamente com a natureza; a atividade física é vital 
para o pleno desenvolvimento do ser e sem saúde, o desafio de aprender de maneira equilibrada a respeito 
dos mais diversos temas e assuntos é gigantesco. “Um conhecimento de fisiologia e higiene deve ser a base 
de todo esforço educativo” (WHITE, 2008a, p. 158).
O pleno desenvolvimento mental não pode ser compreendido de forma desarticulada do desen-
volvimento físico e espiritual. O aspecto intelectual é fortalecido quando o estudante reserva tempo para 
conhecer, estudar e compreender as lições contidas na Bíblia. “A mente, elevada em contato com os pensa-
mentos do infinito, não poderá deixar de expandir-se e fortalecer-se.” (WHITE, 2008a, p. 97). Se o intelecto é 
amplamente desenvolvido por ocasião dos estudos da palavra de Deus, mais ainda será o desenvolvimen-
to da natureza espiritual, pois possibilita ao estudante entrar em contato direto com o seu Criador. A Bíblia 
reserva diversos assuntos e relatos históricos, biografias, valores familiares e governamentais e orientações 
para diversos assuntos como educação, saúde, casamentos e tantos outros, que conduzem o estudante a 
um conhecimento da natureza de Deus.
O ser humano é um ser social, que participa e vive com outros seres humanos em um mesmo espaço. 
Para isso, é importante que haja respeito para com as regras de convivência. As orientações deixadas nos 
Dez Mandamentos, quando aplicadas de forma equilibrada, desenvolvem a conduta moral do homem, 
sendo responsáveis pelas boas maneiras e pela formação de hábitos de respeito a Deus e ao próximo. 
Recomenda-se que as crianças passem o maior tempo possível sob os cuidados dos pais. Essa é uma 
obra de responsabilidade e os responsáveis paternos devem dedicar tempo para a educação de seus filhos, 
visto serem os representantes de Deus. “Pais, despertai da vossa sonolência espiritual e compreendei que 
os primeiros ensinos que a criança recebe devem ser-lhe dados por vós.” (WHITE, 1954, p. 40). As salas tradi-
cionais de educação muitas vezes não se encontram adequadamente preparadas para receber as crianças, 
sendo salas fechadas, pequenas, sem ventilação, prejudicando de maneira significativa o desenvolvimento 
e a saúde plena do educando. 
Outro fator a ser levado em consideração quando o tema é a filosofia educacional cristã é o de-
senvolvimento da criança, o que perpassa pela problemática da temperança, principalmente no quesito 
dietético, visto que alguns tipos de alimentos provocam efeitos negativos no corpo do educando. Pais, 
professores e escolas devem orientar os pequenos a ter uma educação alimentar simples e equilibrada, 
evitando alimentos que provoquem efeitos estimulantes no organismo.
Um programa curricular na perspectiva filosófica-cristã deve conter ensinos sobre agricultura, 
economia familiar e outros ramos que possibilitem conhecimentos necessários e básicos para a con-
vivência em qualquer sociedade, de maneira justa e eficaz. Todas as habilidades devem ser alvos do 
pleno desenvolvimento do estudante, sendo um erro valorizar uma área e menosprezar outra. Os 
métodos de ensino que consistem somente em decorar o conteúdo, muito presentes na educação tra-
dicional, consistem em um sacrifício do estudante, pois ignoram a sua capacidade de argumentação, 
julgamento e discernimento.
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FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
O Criador concedeu ao ser humano a capacidade de aprender e de raciocinar e discernir entre o que 
de fato é significativo, bom e reto. Adão e Eva fizeram suas escolhas, sabendo do resultado de suas ações; 
Caim e Abel também sabiam o que estavam fazendo. Deus tem um interesse pessoal por cada ser humano, 
a “capacidade de discernir entre o que é reto e o que não o é, podemos possui-la unicamente pela confian-
ça individual em Deus” (WHITE, 2008a, p. 187).
A filosofia educacional cristã tem a responsabilidade social de preparar jovens com elevada cultura 
moral e intelectual diante de um mundo afligido de barbáries, corrupção e inversões de valores. A so-
ciedade e o mundo necessitam de uma outra via em que se desenvolva a justiça, a felicidade para todos 
e a união cooperativa. Esses propósitos não podem ser considerados apenas responsabilidade de um 
modelo de educação.
Uma educação com esses propósitos bem definidos repercute diretamente no futuro de qualquer 
sociedade. Concordamos com Knight (2001, p. 173), quando ele afirma que: “a existência do Deus Criador 
não pode ser provada, mas também não pode ser desaprovada”, entendemos que o processo de formação 
integral deve ter entre o conjunto de conhecimentos e informações o acesso ao conhecimento sobre o 
Deus bíblico como Criador. 
Aqui está a defesa do propósito educacional: adquirir sabedoria para que o ser humano se torne 
alguém melhor, amando ao seu próximo, prestandoum serviço para a sociedade, que não gere preconcei-
tos, mas que venha a glorificar o nome de Deus. Claramente, as riquezas materiais e as posições sociais são 
relevantes nesse contexto de pensar a educação, porém o que deve motivar nosso esforço aqui é o alcançar 
a perfeição eterna, pois como disse Cristo: “Que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder 
a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mt. 16:26). 
IMPORTANTE
O verdadeiro propósito e objetivo de uma filosofia de educação cristã é buscar realizar uma integração 
entre os conteúdos ensinados e a fé.
Não é fácil defender uma filosofia educacional constituída de valores bíblico-cristãos em nossa rea-
lidade, contudo é importante sabermos que ela existe e que a sua defesa e transmissão são verdadeiros 
privilégios, afinal, educar no contexto bíblico é um trabalho nobre, íntegro e cheios de princípios. White 
(2007, p. 70) afirma que “todo talento que possuímos, quer seja capacidade mental, dinheiro ou influência, 
pertence a Deus”.
Na educação cristã, o centro é Cristo. O professor assume sua responsabilidade por ser um represen-
tante de Cristo e, como tal, deve possuir conhecimento sobre a obra de redenção do Criador e sobre as ver-
dades contidas nos relatos bíblicos, compreendendo que estamos diante de um grande conflito cósmico. 
Crianças, jovens e adultos são alvos dessa batalha e a educação é uma ferramenta que servirá de orientação 
para importantes decisões por parte do ser humano.
A metodologia primordial é utilizar a Bíblia, defendendo-a como um canal de educação. Os livros bíbli-
cos rompem com as narrativas míticas a respeito da humanidade e seus fenômenos. Beber dessa fonte é bus-
car água pura, afinal, “aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” (Ap. 22:17).
Finalmente, a relação professor (Cristo) e alunos (raça humana) precisa ser restabelecida como era 
originalmente no Jardim do Éden. Somos criacionistas, acreditamos nesse restabelecimento por parte do 
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EDUcAção E ProPósIto: hIstórIA E fIlosofIA DA EDUcAção crIstã
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
Criador. “O céu é uma escola [...] uma ramificação desta escola foi estabelecida no Éden; e, cumprindo o 
plano de redenção, reassumir-se-á a educação na escola edênica.” (WHITE, 2008a, p. 240).
VALORES: ÉTICA E MORAL
A axiologia é o seguimento da filosofia que trata das questões dos valores. Sendo assim, de que es-
pécie de valores estamos tratando aqui? Nesse contexto específico, a abordagem consiste em refletir nos 
valores éticos e morais proporcionados pelo processo educacional cristão. Essa temática tem avançado 
cada vez mais diante do mundo contemporâneo, pois vivemos em sociedade e precisamos observar o 
comportamento social do ser humano. Estamos constantemente avaliando nossa roupa quando vamos a 
um encontro ou a um jantar e até mesmo em um culto religioso, o comportamento de alguém no trânsito, 
a aula de um professor etc.; sendo assim, avaliamos pessoas, situações e objetos o tempo inteiro. 
Ao avaliarmos, também emitimos juízo de valor, como por exemplo o nível de perfeição de uma rou-
pa, de uma linguagem ou de um gesto utilizado. “Desse modo, os valores podem ser utilitários, estéticos, 
éticos, econômicos e de outros tipos, como lógicos (verdadeiro ou falso) e religiosos (sagrado ou profano)” 
(ARANHA; MARTINS, 2016).
A cultura em que o ser humano vive expressa muitos dos valores que são observados. O comporta-
mento de uma pessoa à mesa durante as refeições pode variar se você estiver no ocidente ou no oriente, 
a maneira como uma mulher se veste na sociedade também pode sofrer variações, tudo dependendo da 
cultura na qual ela está inserida. Em outras palavras, os valores são construídos e herdados a partir do con-
texto cultural. 
O professor George Knight (2001), em sua obra Filosofia e educação, contribui com o tema dizendo 
que a axiologia tem dois ramos principais: a ética e a estética. A ética é um termo que utilizamos constan-
temente em nosso cotidiano, ética ao dirigir, ao usar o telefone móvel, ética na política, no casamento, 
na sala de aula etc. Como afirmado anteriormente, o objetivo aqui não é realizar um amplo estudo sobre 
a temática, mas pensar como a ética pode ser útil na prática docente. Isso se faz relevante, pois a prática 
docente tem relações diretas com o comportamento moral. 
Os valores éticos no contexto profissional consistem em assumir responsabilidades diante daqueles 
que nos contratam. Sendo assim, a questão da educação formal envolve também assumir uma responsa-
bilidade com aqueles que vão receber a educação e o ensino. Já a moral envolve os passos que damos na 
perspectiva de cumprir as regras que vão orientar nosso comportamento profissional, o que chamamos de 
compromisso moral. 
Nos fundamentos educacionais bíblicos, esse compromisso se estabelece sobretudo diante do Cria-
dor. As instruções contidas na Bíblia são para todos os momentos e situações e a lei deixada por Deus esta-
belece o maior código de ética existente - cumpri-la fielmente é a decisão moral de aceitar os desígnios de 
Deus, seja na vida profissional ou na vida pessoal. 
Os Dez Mandamentos bíblicos foram dados a Moisés para guiar o povo hebreu durante a sua pere-
grinação no deserto e continuaram sendo regras áureas de convivência depois que entraram e se estabe-
leceram na Terra Prometida. Seus valores ético-morais devem ser observados até hoje, afinal, no contexto 
de uma filosofia cristã de educação esse tema não pode deixar de ser considerado. Certa vez, Jesus foi 
questionado a respeito de qual seria o grande mandamento da lei. Jesus respondeu diretamente: “Amarás 
o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mt. 22:37). 
Os quatro primeiros mandamentos nos direcionam para a resposta de Cristo: “Este é o grande e primeiro 
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FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo 
como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os 
Profetas” (Mt. 22:38-40). 
O primeiro mandamento é uma resposta para o excesso de deuses 
existentes nas narrativas míticas gregas. Nele é estabelecido que existe 
um só Deus, que é Criador de todas as coisas e que estabelece uma rela-
ção com suas criaturas. Uma educação com desígnios fundamentados na 
fé bíblica deve ter esse propósito bem definido e aceitar que o Criador é 
único e que não há outro. 
Diversos povos antigos tinham o costume de construir imagens 
que representavam as divindades. O próprio apóstolo Paulo, em sua visita 
a cidade de Atenas, observou que ela estava cheia de ídolos. Paulo aguar-
dava o retorno de seus amigos Silas e Timóteo e enquanto “os esperava 
em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na 
cidade” (At 17:16).
O segundo mandamento dos dez relembra a vontade de Deus de 
não adorarmos esculturas feitas por mãos humanas como se fossem o 
próprio Deus. Como Criador Real, Verdadeiro e Misericordioso, Ele não 
pode ser comparado com nada que exista embaixo das águas nem mes-
mo acima nos céus. O Senhor Deus é único e eterno. Por essa razão, Seu 
nome é Santo, o que nos leva ao terceiro mandamento que nos orienta 
a não tomarmos o nome Santo de Deus em vão. Isso vem mostrar ao ho-
mem que ele precisa aprender a respeitar e dar total valor ao nome de 
Deus, pois Ele é santo, separado, exclusivo. Quando carregamos o nome 
de Cristo, que tipo de testemunho estamos levando? Qual é a visão de 
Deus que a humanidade tem de nós?
No quarto mandamento, Deus separou um dia para o descanso do 
homem. Aqui, o Senhor, mais uma vez se valendo de sua condição de Cria-
dor, conhece a sua criatura, sabendo que somos pó e que precisamos de 
um momento para descansar de todas as nossas lutas semanais, um dia de-
dicado não somente para o descanso, mas para um encontro com o próprio 
Criador e coma natureza, executando boas obras aos necessitados. 
O quarto mandamento ainda se revela como um sinal entre o Criador 
e a criatura, um sinal perpétuo de adoração. O culto a vários deuses, mui-
to comum na cultura do Egito, ainda estava gravado nas mentes do povo 
escolhido. Ao determinar um dia de consagração e reverência para o único 
Deus, o Senhor deseja manter uma aliança de liberdade, justiça e amor. 
É importante ressaltar que o fato de Moisés ter recebido a lei para 
orientar o povo hebreu no deserto não é um indicativo de que essas 
orientações estavam limitadas somente a eles. Muito antes de existir o 
povo hebreu e até mesmo o pecado, o Criador já havia estabelecido essa 
ligação com suas criaturas. Ao olharmos para o relato da criação de Gê-
nesis como um todo, podemos verificar que a afirmação que o encerra é 
perfeitamente compreensível: “E, havendo Deus terminado no dia sétimo 
O primeiro mandamento é uma 
resposta para o excesso de deuses 
existentes nas narrativas míticas 
gregas.
Fonte: Shutterstock
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a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia séti-
mo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” (Gn. 2:2,3).
Fundamentado na resposta de Jesus, acreditamos que os quatro primeiros mandamentos estão re-
lacionados com o ato de amar a Deus de todo o entendimento. “Os primeiros quatro mandamentos foram 
dados para mostrar aos homens seus deveres com Deus.” (WHITE, 2008b, p. 112). Na proposta de valores 
éticos e morais, no contexto de uma educação cristã fundamentada em uma ética bíblica, ainda temos os 
seis últimos preceitos divinos que determinam o dever do ser humano para com seu semelhante. 
O primeiro preceito dessa segunda lista diz respeito aos pais: o ato de honrar ao pai e a mãe era algo 
que as crianças hebreias aprendiam desde cedo através de valores como respeito, cuidado e carinho. Por 
conseguinte, encontramos a promessa de que nossos dias seriam prolongados na terra. Portanto, amar 
aos pais é um valor que não pode deixar de ser ensinados aos estudantes. Se os pais são representantes 
de Deus aqui nesta Terra, há um dever moral em observar o quinto mandamento. “A honra, assim como a 
adoração, é uma atitude do coração. Não se refere a um ato ou comportamento específico para com nossos 
pais, mas à maneira como escolhemos relacionar-nos com eles.” (WADE, 2010).
O segundo preceito dessa segunda lista apresenta uma orientação de respeito com a vida do nosso 
semelhante, afinal, Deus nos convida a amar aqueles que nos odeiam e não a os exterminar. A morte não 
fazia parte dos planos de Deus ao criar o homem, devendo ser vista como uma intrusa. O sexto manda-
mento, “não matarás” (Êx. 20:13), nos lembra que a vida procede somente de Deus e que o ser humano não 
tem o direito de tirá-la. Esse é um dever ético de convivência com nosso semelhante. Como afirmam as 
Escrituras: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque 
esta é a Lei e os Profetas” (Mt. 7:12).
Na continuidade da observância dos valores educacionais que o decálogo divino nos proporciona se 
encontra o terceiro preceito da segunda lista. Este nos orienta quanto à pureza. Expressado pela recomen-
dação “não adulterarás” (Êx 20:14), o sétimo mandamento é uma defesa para a família. O casamento não 
é uma instituição antiquada e as orientações são para que um homem e uma mulher sejam uma só carne. 
A pureza não envolve somente o ato de se afastar do ato sexual ilícito, mas também de cuidar de 
nossas palavras e pensamentos. Meninas e meninos precisam aprender sobre a sexualidade da maneira 
correta, conforme defendida pelo manual bíblico. 
O quarto preceito da segunda lista orienta quanto ao respeito pelas propriedades. O oitavo manda-
mento, “não furtarás” (Êx 20:15), além de proteger a propriedade, diz respeito à honestidade. O princípio 
bíblico aqui é não tomar posse daquilo que não nos pertence, bem como administrar com zelo o que esti-
ver sob nossa responsabilidade e ser justo nas ações.
Vivemos, infelizmente, em uma sociedade violenta, onde muitas pessoas sem o espírito de Deus 
utilizam da violência para agredir seu semelhante, subtraindo seus bens. O medo assola cada vez mais a 
sociedade. O amor e a compaixão têm se esfriado consideravelmente e nada pode justificar esse procedi-
mento. O trabalho honesto deve ser o meio pelo qual o ser humano deve adquirir seus bens materiais e o 
furto é uma atitude totalmente condenada por Deus. 
O penúltimo preceito dessa segunda lista apresenta uma relação com a dignidade humana. O nono 
mandamento orienta: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20:16). A mentira hoje, em 
nossa sociedade pós-moderna, tem avançado rapidamente; as chamadas fake news chamam a nossa aten-
ção para um aspecto extremamente degradante que predomina em nossos dias. Observamos de manei-
ra latente um profundo desrespeito pelas individualidades e pelas privacidades. Falsos testemunhos são 
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FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
apresentados nas mídias com o propósito de alavancar fama e retirar di-
nheiro de pessoas inocentes.
O próprio Jesus foi vítima de falso testemunho e a consequência 
dessa acusação foi a morte de um inocente. Este ato criminoso tem a prer-
rogativa de levar alguém sem culpa a pagar um preço muito caro. No caso 
de Jesus, pagou com a própria vida. O princípio bíblico é sempre consi-
derar o que é justo e verdadeiro, como orienta Paulo: “Tudo o que é ver-
dadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, 
tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se 
algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Fp. 4:8).
Finalmente, o último preceito dessa segunda lista faz referência às 
ambições humanas e egoístas. O décimo mandamento declara: “Não co-
biçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, 
nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem 
coisa alguma que pertença ao teu próximo” (Êx 20:17).
O princípio bíblico aqui é inibir qualquer tipo de cobiça, principal-
mente sobre os bens materiais. A cobiça nasce no coração do homem 
(entendimento) e é uma ferramenta que pode levar o indivíduo a cometer 
diversos outros deslizes; dentro do contexto de valores éticos e morais, 
trabalhar com essa perspectiva é um desafio. 
A educação fundamentada nos valores ético-cristãos produz uma 
vida ativa na busca de um bem-estar e de uma boa convivência com o 
semelhante. Não se trata de legalismo, mas acima de tudo de cumprir as 
orientações do Mestre dos mestres. Amar a Deus sobre todas as coisas, 
representado pelo quatros primeiros mandamentos e amar ao próximo, 
representado pelos seis outros preceitos divinos, são valores educacio-
nais de vital importância na filosofia educacional cristã. 
A PEDAGOGIA DO MESTRE DOS MESTRES
Como poderíamos definir um bom professor? É difícil, não é mesmo? 
Alguns poderiam dizer que para ser um bom professor é preciso ter bons 
conhecimentos, dominar aquilo que ensina, falar bem, ser próximo de seus 
alunos, avaliá-los de forma justa, dentre diversos outros atributos. Nosso 
propósito aqui não será o de avaliar bons professores segundo suas várias 
publicações ou prêmios recebidos, mas refletir no ministério de Jesus como 
um Educador. Para tanto, vale a pena rever brevemente o contexto históri-
co de Sua vida, com ênfase no processo de formação educacional. 
O nascimento de Jesus é um grande mistério. Seus pais terrestres são 
José e Maria, um casal que não tinha bens terrestres, riquezas materiais ou 
posições sociais de destaque. Eles não tinham, tampouco, condições de 
alugar um lugar confortável para repousar após uma longa viagem até a 
cidade de Belém da Judeia,sendo obrigados a se hospedarem em uma sim-
ples estrebaria, onde nasceu o Filho de Deus, o Salvador, cujo nome é Jesus. 
O nascimento de 
Jesus é um grande 
mistério.
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FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
A profecia se cumpriu: “porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; 
o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Con-
selheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is. 9: 6).
Aqui se estabelece o mistério: Jesus, o Deus Altíssimo, escolheu res-
gatar o ser humano. Para isso, se fez carne e habitou entre os homens, re-
nunciando às riquezas do céu e à nobreza divina para mostrar obediência 
ao Pai e amor aos homens. O Rei dos reis nasceu em um berço de palha; 
enquanto criança sofreu perseguição e precisou, ainda bebê, ser levado ao 
Egito, pois havia pessoas com interesse de matá-lo. Como consta no relato 
de Mateus: “Apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-
-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu 
te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar” (Mt. 2: 13).
Quando Herodes morreu, José e Maria receberam outra informação 
que ordenava que voltassem às terras de Israel. Nesse retorno, resolveram 
morar na cidade de Nazaré. Por essa razão, Jesus também é conhecido como 
nazareno. Pouco é relatado sobre a infância de Jesus, mas a Bíblia declara que 
Ele cresceu e se fortaleceu cheio de sabedoria, com uma mente brilhante e 
ativa, pois Deus estava com Ele. Os pais de Jesus eram hebreus e valorizavam 
a educação familiar, algo muito comum na cultura hebraica, como já vimos.
As escolas dos profetas estavam ligadas aos locais de culto, porém 
Jesus não frequentou essas escolas. Maria, sua mãe, foi Sua principal pro-
fessora, o ensinando a ler e a escrever através das Escrituras Sagradas. 
Jesus também aprendeu direto da própria natureza, não frequentando as 
escolas formais da época, pois não necessitava das instruções que esta-
vam sendo passadas, muitas delas recheadas de tradições humanas e não 
de verdades divinas. 
Os ensinamentos recebidos por Jesus desde a infância estavam em 
completa harmonia com as orientações divinas. Ele aprendeu a depender 
de Deus desde cedo, descobrindo como se relacionar com o divino por 
meio de meditações, orações, cânticos e poesias que exaltavam a criação. 
No contexto de Sua educação, também aprendia ofícios manuais e desen-
volvia tarefas diárias junto aos seus pais. Ele “trabalhava com as próprias 
mãos na oficina de carpintaria de José” (WHITE, 2007a, p. 47).
Não havia momentos de ócio. Ele uma vida simples, sem riquezas 
ou conforto terrenos, mas ao mesmo tempo era próspero espiritualmen-
te. White (2007a, p. 47) confirma isso dizendo que “Jesus viveu num lar de 
camponeses, e desempenhou fiel e alegremente Sua parte em suportar 
as responsabilidades da vida doméstica”. O trabalho fazia parte do pro-
cesso da formação educacional de Jesus. Ele o desenvolvia com alegria, 
talento e acima de tudo com paciência, tendo facilidade de aprender. A 
sua capacidade intelectual se destacava principalmente quando partici-
pava diretamente dos cultos aos sábados nas sinagogas. 
Aos 12 anos de idade, Jesus foi com seus pais para Jerusalém para 
as comemorações da Páscoa e, durante o caminho, ouvia dos mais velhos 
SINAGOGA
o dicionário Aulete define como um 
“templo onde se pratica o culto religioso 
judaico”. Disponível em: https://www.
aulete.com.br/sinagoga. Acesso em: 25 
jan. 2023.
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as histórias do povo de Deus e suas vitórias no deserto, cantando hinos e 
recitando salmos em louvor a Deus. Além da Páscoa, havia mais duas festas 
anuais muito apreciadas pelos hebreus: a festividade dos Tabernáculos e o 
Pentecostes, todas em Jerusalém. Para essas festividades, a cidade de Jeru-
salém recebia muitos visitantes que vinham de vários lugares diferentes. 
O templo de Jerusalém chamava atenção pela sua infraestrutura e 
beleza. Aquele era um espaço dedicado à oração e aos cânticos, e a cada 
tarde e manhã era ofertado um cordeirinho perfeito como sacrifício. Pela 
primeira vez, o jovem Jesus contemplava a grandiosidade do templo, ob-
servando tudo com muita atenção, desde as roupas dos sacerdotes até os 
inocentes animais sendo sacrificados. 
Jesus conheceu e viu toda essa cerimônia, sabendo que um dia Ele 
mesmo seria o cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo. Impressio-
nado com tudo o que estava vendo, acabou se distanciando da segurança 
dos seus pais terrestres, sendo deixado no pátio do templo. Jesus aproveitou 
a oportunidade para visitar uma das salas de aulas existentes no templo. Nes-
ses espaços, funcionavam as escolas dos profetas. 
Jesus, então, passou a interrogar os sábios mestres, que se admi-
ravam com o conhecimento daquele jovem. Ele conhecia detalhes sobre 
as profecias e as Escrituras e a admiração coletiva aumentava ao sabe-
rem que Ele não havia passado pelas escolas dos profetas. A partir daí, 
questionavam-se: “Se esse rapaz não estudou conosco, como pode ter 
tal conhecimento?” 
Passado um significativo tempo, Jesus, já em sua fase adulta, foi bati-
zado por João Batista. Após anos sendo educado com Cristo, estava come-
çando a hora de se apresentar como o grande educador da humanidade. 
Na época em que Cristo viveu, a sociedade valorizava a aparência 
exterior e o intelecto. Contudo, Jesus não tinha títulos acadêmicos, não 
tinha nascido numa classe economicamente alta e não tinha sido aluno 
dos sábios e mestres da sua época. Ainda assim, diante dessa realidade, 
Ele foi e é um modelo de professor e um modelo de líder. Como homem, 
nunca pecou, nunca fez algo errado, Seu caráter era perfeito, um exemplo 
a ser seguido.
Ao sair da água após o batismo, o próprio Deus se manifestou. Ma-
teus, em seu evangelho, diz: “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que 
se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, 
vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho 
amado, em quem me comprazo” (Mt. 3:16, 17). Por essa razão era perfeito; 
já João 1:14 diz que: “o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de 
graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”. 
Jesus veio dos céus e nasceu como criança para ser modelo em 
tudo. Nele não achamos nada de imperfeito. Seus seguidores mais próxi-
mos reconheceram isso. “Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho 
Jesus interrogava os sábios 
mestres, que se admiravam com o 
conhecimento daquele jovem.
Fonte: Jan Steen / Wikimedia Commons
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de Deus, tu és o Rei de Israel!” (Jo. 1:49), “respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus 
vivo” (Mt. 16:16). Os discípulos não tinham dúvidas sobre a origem de seu Mestre.
Jesus veio ao mundo para salvar, mas também veio para ensinar, para revelar o verdadeiro caminho 
que leva à redenção completa. Ele veio para restaurar o que o homem havia perdido no Jardim do Éden, va-
lores eternos cheios de luz, verdade, justiça e amor. Na verdade, seu caráter foi a mais pura manifestação do 
amor (ágape). Paulo nos lembra que “ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que 
entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará” (1Co 13:3).
O amor era a base de Sua missão e de Seus ensinos. Ele se afastava do mal e se aproximava da pureza; 
não agia com falsidade, pregava a verdade, não gostava da morte e lutava pela vida. Foi por isso que ofe-
receu a Sua na cruz como sacrifício pela humanidade. “Todo verdadeiro trabalho educativo encontra seu 
centro no Mestre enviado de Deus”, afirma White (2008a, p. 66). 
Como Educador, Jesus conhecia muito bem aquilo que ensinava, pois falavacom autoridade e sabia 
interpretar as Escrituras corretamente e com profundidade. Seu ensinamento marcava seus ouvintes, o 
que fica demonstrado pelos seus métodos. As parábolas são exemplos, pois aproximavam-se da realidade 
daqueles que estavam ali aprendendo diretamente do Mestre. “As coisas naturais eram o veículo para as 
espirituais; cenas da natureza e da experiência diária de seus ouvintes eram relacionadas com as verdades 
das Escrituras Sagradas.” (WHITE, 1964, p. 6).
O propósito de seus ensinamentos estava sempre na perspectiva de aproximar o homem de Deus, 
de revelar o caráter do Pai. Aquela sociedade estava distante de seu Criador, cheia de violência, adultérios, 
enganos, cobiças e corrupção, havendo mais pessoas amantes dos prazeres do que amantes de Deus. Jesus 
não condenava o ser humano, mas condenava todas as maldades do mundo.
Para a mulher adúltera, Ele perguntou: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te 
condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e 
não peques mais” (Jo 8:10, 11). Que exemplo, não é mesmo? Reprovou o pecado, mas resgatou o pecador! 
Quando a raça humana caída -representada pela mulher pecadora - aceitar o perdão de Cristo, cada um 
se tornará uma nova pessoa, com o coração (entendimento) plenamente agradecido! Suas ações serão de 
agradecimento, não importando o que outros falarem, pensarem ou criticarem. 
De fato, conviver com o Mestre Jesus possibilitava mudanças de comportamento. Foi assim com Za-
queu, o cobrador de impostos; com Nicodemos, um doutor da lei; com os discípulos, principalmente com 
Pedro; foi assim com Paulo. Que experiência incrível essas pessoas tiveram ao conviver com a luz! O Jesus 
em carne não se encontra mais conosco, contudo prometeu que um dia voltará, não mais como uma pobre 
criança, mas agora como o Supremo Rei e Senhor. 
Enquanto aguardamos, podemos desfrutar de seu exemplo e de sua promessa: “Não se turbe o vosso 
coração; credes em Deus, crede também em mim” (Jo 14:1), pois não estamos órfãos sem nosso Mestre, afi-
nal Ele mesmo disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre 
convosco” (Jo 14:16). Esse Consolador prometido (Espírito Santo) também é um Educador, como percebe-
mos nesta passagem: “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos 
ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito” (Jo 14:26). 
Diversas são as razões para considerar Jesus como o Mestre dos mestres. Ele não construiu uma esco-
la, escolhendo uma vida de andarilho cuja jornada consistia em atravessar diversas cidades, vilas e aldeias, 
ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando toda sorte de doenças. Chamava a 
atenção de todos, homens, mulheres crianças, ricos e pobres. Como Mestre e Educador fez discípulos dire-
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tos, os seus apóstolos. Não deixou nada escrito, tudo o que conhecemos a respeito dele é fruto dos escritos 
de seus alunos.
Jesus vivia o que ensinava, não sendo um simples transmissor de conhecimentos sem sentido. Ele 
amava ensinar e tinha paciência com aqueles que realmente queriam aprender, pois não olhava para a 
aparência, mas conhecia a profundidade do coração humano. Os métodos usados eram os que estivessem 
disponíveis no momento: usava a própria natureza, os animais, as técnicas de agricultura e tudo que esti-
vesse favorável para a reflexão e aprendizagem daquele que estava aprendendo.
O maior objetivo de Jesus como Educador era a salvação de seus alunos. Embora não tenha conse-
guido salvar a todos pelo fato de respeitar as decisões - o que chamamos de livre-arbítrio -, seus ensina-
mentos estão disponíveis há mais de 2.000 anos. Jesus viveu neste planeta e Seu exemplo continua vivo, 
eficaz para todos os que quiserem beber da verdadeira fonte da água da vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Você já imaginou um professor perfeito, sem falhas, sem erros, conhecedor de todas as coisas? Esse 
professor existe e um dia viveu entre os homens! Estamos falando do maior e melhor professor que já existiu 
nesta Terra: o mestre Jesus. Este estudo como um todo teve o propósito de apresentar Jesus como o mais no-
bre e justo educador. Desde o livro de Gênesis - o primeiro livro da Bíblia, em que Deus prometeu aos nossos 
primeiros pais, no Éden, que teriam um Redentor - até o Apocalipse, é apresentada a história do povo hebreu, 
uma história de demonstração de fé nas promessas de uma Terra Prometida e de um Redentor.
Assim como Deus foi o professor de Adão e Eva, Ele continuou sendo o orientador desse povo (he-
breu), não mais face a face como antes do pecado, mas por meio de orientações e instruções educacionais, 
éticas e morais dadas pelos profetas. A filosofia educacional cristã reconhece esse Deus como a principal 
fonte de todo o conhecimento, um Deus que doa a própria vida por amor à humanidade criada por Ele 
mesmo. Um Deus que se fez carne e habitou entre os homens e, quando passou por aqui, nos deixou lindas 
histórias, que nos motivam a conhecê-lo cada vez mais, pois seus métodos continuam eficazes até hoje.
Essa foi a proposta deste estudo, que buscou apresentar a cosmovisão bíblica a partir da civilização 
hebraica. Estudamos também a importância dos Dez Mandamentos como lei áurea de amor para com 
Deus e para com os nossos semelhantes. Esses preceitos se configuram como um conjunto de regras que 
nos ajudam a viver melhor com os homens: se fossem realmente praticados e vividos em sua plenitude 
teríamos um mundo melhor, cheio de paz, amor, temperança e respeito. 
Por fim, devemos ter em mente que conhecer a filosofia cristã de educação se faz importante, não 
somente para a formação profissional, mas acima de tudo para as tomadas de decisões que envolvem 
diretamente o conhecimento do verdadeiro caminho que leva à aprovação final: a restauração plena do 
homem. Que essas reflexões nos levem a conhecer e praticar as mais belas ações defendidas e praticadas 
pelo Mestre dos mestres.
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