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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – UNIFEI INSTITUTO DE ENGENHARIA MECÂNICA – IEM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS – EMT ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE UMA AMOSTRA DE SOLO EDINALDO FERREIRA DE MELO JUNIOR 34322 FLAVIANE DE LIMA CARVALHO 34318 LUCAS MACEDO MONTAGNANA 34200 RENATO AUGUSTO CAMPELO 28591 Itajubá 2018 ii UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – UNIFEI INSTITUTO DE ENGENHARIA MECÂNICA – IEM CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS – EMT ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE UMA AMOSTRA DE SOLO EDINALDO FERREIRA DE MELO JUNIOR 34322 FLAVIANE DE LIMA CARVALHO 34318 LUCAS MACEDO MONTAGNANA 34200 RENATO AUGUSTO CAMPELO 28591 Itajubá 2018 iii RESUMO O trabalho aqui apresentado tem como motivação o estudo da granulometria dos componentes cerâmicos contidos em uma amostra de solo retirado da região de Delfim Moreira localizado no estado de Minas Gerais, a fim de observar a suscetibilidade de individualização do material sob atuações externas. O solo foi obtido pelo método do quarteamento, regido pela norma NBR 10007, a granulometria deste solo foi feita em laboratório adotando a norma ABNT NBR 7181, como guia para o peneiramento, além de analisado no Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV-EDS) e pelo Granulômetro à laser. O material apresentou ser possivelmente rico em óxidos de Silício e óxidos de Ferro (composição estimada: Al10,13Si9,34O70,36) de granulometria grossa (425 µm) em seu estado natural, mas que permite a desaglomeração para tratamentos de ultrassom e a adição de sulfonato de alquilbenzeno linear em 1-2%(v/v), porém com alta resistência ao cisalhamento impedindo a desaglomeração por separadores elétricos. Palavras-chave: Granulometria. Ultrassom. Defloculante. Solo Vermelho. Solo Amarelo. SUMÁRIO RESUMO iii SUMÁRIO 4 1. INTRODUÇÃO 5 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA 7 2.1. Peneiramento 7 2.2. Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) 8 2.3. Difração laser (DL) 11 2.3.1. Teoria de Mie 13 2.3.2. Difração de Fraunhofer 14 3. METODOLOGIA 14 3.1. Obtenção das amostras 14 3.2. Peneiramento 14 3.2.1. Peneirador Eletromagnético 15 3.2.2. Separador Sônico 15 3.2.3. Lavagem dos Grossos 16 3.2.4. Tratamento dos dados 17 3.3. Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) 17 3.4. Granulômetro 19 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 20 5. CONCLUSÕES 27 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 28 ANEXO A 30 ANEXO B 33 5 1. INTRODUÇÃO Um aspecto fundamental no estudo do solo é o conhecimento da sua granulometria, quantificando o tamanho das partículas em estado sólido e suas respectivas composições. O tamanho e o tipo de composição mineral das partículas influenciam os parâmetros físicos do solo, tais como: resistência mecânica, permeabilidade e densidade do material (OLIVEIRA et al., 2016). Qualquer solo a ser estudado, em fase sólida, contém partículas em diferentes tamanhos e diferentes proporções. O estudo e seguinte determinação do tamanho das partículas e suas proporções em um solo permite a obtenção de uma função de distribuição de partículas. Esta função é denominada distribuição granulométrica (SANTOS et. al, 2014). Desta maneira é possível se caracterizar um solo em suas distribuições granulométricas possibilitando as melhores propriedades para a aplicação desejada. Em decorrência da grande variedade de aplicações de materiais particulados, diversas técnicas de caracterização granulométrica foram desenvolvidas. Na Tabela 1 (Iacocca e German, 1997) estão apresentadas algumas. Entre as técnicas apresentadas, destaca-se peneiramento, microscopia quantitativa, contadores ópticos de partículas e sedimentação, isto pois estas incluem as partículas de tamanhos na faixa de 0,001 µm – 10 mm que abrangem as principais granulometrias (VASCONCELLOS, 2003) e, dessa maneira, serão mais estudadas nesse trabalho. Conhecendo-se as técnicas citadas, realizam-se diferentes ensaios para determinação da granulometria do solo. Dentre eles pode-se citar a microscopia eletrônica de varredura (MEV), o peneiramento e a granulometria a laser. Apesar da inexistência de procedimentos normativos, recentemente utiliza-se o ensaio no granulômetro a laser segundo a orientação dos manuais de operação do equipamento (OLIVEIRA et al., 2016). 6 TABELA 1 - Técnicas de Análise do Tamanho de Partícula Peneiramento Microscopia Quantitativa Espalhamento de luz; Turbidimetria (espalhamento de luz de pequeno ângulo) Contadores ópticos de partículas Velocimetria Espalhamento de nêutrons\raios X Cromatografia por exclusão de tamanho; Cromatografia hidrodinâmica Fracionamento de campo de fluxo (FFF) FFF elétrico; FFF por sedimentação Sensoriamento de zona elétrica Centrifugação\Ultracentrifugação\Sedimentação Tempo de vôo aerodinâmico Fonte: Iacocca e German (1997). O objetivo do trabalho foi o de obter uma melhor compreensão dos parâmetros que constituem a granulometria de uma amostra do solo da região de Barreirinho da cidade de Delfim Moreira - MG. Com a finalidade de reportar as características do solo, a morfologia e dimensões dos grãos que formam o solo foram investigados através de um estudo da distribuição estatística dos dados obtidos utilizando-se as técnicas de MEV, peneiramento mecânico e granulometria à laser. 7 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA 2.1. Peneiramento A análise da densidade, do tamanho e das formas das partículas é de importante utilidade para aplicações envolvendo processos ou operações unitárias. Para fins estatísticos, pode-se dizer que, para um sólido, a densidade e a forma das partículas são as mesmas, ou seja, não são grandezas distribuídas. Entretanto, o tamanho é essencialmente uma variável distribuída, de modo que se utiliza a expressão “distribuição de tamanhos” (DT) para as partículas. Trata-se de representações quantitativas de medidas de proporção ou frequências (LEVINE et. al., 1995). Entre as técnicas de análise, abordando uma distribuição de tamanho discreta (com faixas finitas), tem-se a análise granulométrica utilizando peneiras padronizadas, dispostas em série sobre um agitador mecânico. Devido à simplicidade operacional e ao baixo custo, é muito utilizada no meio científico para medir o diâmetro de partículas. Os padrões mais adotados são o Tyler e o United States Sieve Series (USSS), enquanto no Brasil, adota-se a ABNT NBR ISO 3310 - 1: 2010. A série de Tyler introduziu o mesh, que corresponde ao número de aberturas por polegadas, de modo que peneiras grossas têm mesh pequeno, e peneiras finas têm mesh grande (PEÇANHA, 2012). Geralmente, são utilizadas de seis a oito peneiras mais um fundo, onde se depositam as partículas mais finas (mesh ∞). Deve-se escolher a maior abertura de peneiras do conjunto. Para isso, determina-se por tentativa e erro a menor abertura de peneira que não retenha nenhuma partícula de uma amostra do material em análise. Tendo como referência o maior grão da amostra, adotado visualmente, escolhe-se na série de Tyler a peneira de abertura ligeiramente maior. Aplicam-se testes consecutivos, peneirando amostras até que se encontre a menor peneira que não retenha nenhuma partícula (PEÇANHA, 2012). O peneiramento tem como principal objetivo o desdobramento de um material granular em duas ou mais frações de tamanhos distintos. No peneiramento, a separação das partículas é feita exclusivamente segundo o tamanho das partículas, mediante o uso de peneiras como citado anteriormente. A fração granulométrica 8 mais grossa, de tamanho superior à abertura da peneira (malha), é denominada de retiro ou oversize. A fração mais fina que passou pela malha da peneira é denominada passante ou undersize, representado o esquema depeneiramento na Figura 1 (VIDAL, 2014). A fração granulométrica mais grossa, oversize, pode ser denominada também de unpassing, enquanto undersize, mais fina, passing (NIIR PROJECT CONSULTANCY, 2007). FIGURA 1 - Esquema de peneiramento Fonte: VIDAL (2014). Os principais fatores que influenciam na eficiência de um peneiramento são: tipo de superfície de peneiramento, umidade do material, forma da partícula, espessura da camada de material sobre a superfície e ângulo de incidência da partícula na tela da peneira (VIDAL, 2014). 2.2. Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) A principal função de qualquer microscópio é tornar visível ao olho humano o que for muito pequeno para tal. Dessa forma, o microscópio eletrônico de varredura 9 (MEV) é um dos mais versáteis instrumentos disponíveis para observação e análise das características microestruturais de materiais sólidos. A análise de partículas por esse equipamento é vantajosa devido a observação do formato das partículas através de imagens de alta resolução e ampliação, porém, trata-se de um método de alto custo. Essa técnica é muito utilizada na caracterização de materiais em diversas áreas como: engenharia, metalurgia, medicina e geologia (DEDAVID et al., 2007). O princípio de um microscópio eletrônico de varredura consiste em utilizar um feixe de elétrons de pequeno diâmetro para explorar a superfície da amostra, ponto a ponto, por linhas sucessivas e transmitir o sinal do detector a uma tela catódica cuja varredura está perfeitamente sincronizada com aquela do feixe incidente. Por um sistema de bobinas de deflexão, o feixe pode ser guiado de modo a varrer a superfície da amostra segundo uma malha retangular. O sinal de imagem resulta da interação do feixe incidente com a superfície da amostra. O sinal recolhido pelo detector é utilizado para modular o brilho do monitor, permitindo a observação (GOLDSTEIN et al., 1992). A maioria dos equipamentos usa como fonte de elétrons um filamento de Tungstênio (W) aquecido, operando numa faixa de tensão de aceleração de 1 a 50 kV. O feixe é acelerado pela alta tensão criada entre o filamento e o ânodo. Ele é, em seguida, focalizado sobre a amostra por uma série de três lentes eletromagnéticas com um spot menor que 4 nm. O feixe interagindo com a amostra produz elétrons e fótons que podem ser coletadas por detectores adequados e convertidas em um sinal de vídeo (PORTOLAN, 2009). O MEV convencional apresenta uma coluna óptica-eletrônica adaptada a uma câmara com porta-amostra aterrado, detectores e sistema de vácuo, representado na Figura 2. Dos componentes do MEV destaca-se o filamento, que compõe o chamado “feixe de elétrons”, onde os elétrons são emitidos e impulsionados até incidirem com a amostra. Isso ocorre devido ao campo elétrico existente, inerente ao cátodo/ânodo presentes no equipamento (PORTOLAN, 2009). 10 FIGURA 2 - Desenho esquemáticos dos componentes básicos do MEV Fonte: DEDAVID (2007). Os elétrons gerados pelas interações entre o feixe incidente e a amostra apresentam diferenças, como nível energético e a forma de interação com a amostra. Portanto, há diferentes grupos de elétrons, que fornecem informações específicas, sendo que os mais utilizados para obtenção da imagem são os elétrons secundários e os elétrons retroespalhados (PORTOLAN, 2009). Os elétrons secundários (secondary electron - SE) resultam da interação do feixe eletrônico com o material da amostra. Estes elétrons resultantes são de baixa energia (<50eV), e formarão imagens com alta resolução (3-5 nm). Na configuração física dos MEV comerciais, somente os elétrons secundários produzidos próximos à superfície podem ser detectados. Os elétrons secundários, elétrons de baixa energia, gerados pelas interações elétron-átomo da amostra têm um livre caminho médio de 2 a 20 nm, por isso, somente aqueles gerados junto à superfície podem ser reemitidos e, mesmo estes, são muito vulneráveis à absorção pela topografia da superfície (DEDAVID et al., 2007). 11 Já os elétrons retroespalhados (backscattering electron - BSE) são altamente energéticos, devido a colisão com o núcleo do átomo, de tal forma que esses acabam não perdendo energia cinética suficiente. São usados na análise química, ou seja, fornecem informações dos elementos químicos constituintes e identifica as diferentes fases presentes apenas, sem caracterizar quais são elas (PORTOLAN, 2009). Ao MEV pode ser acoplado o sistema de EDS (Energy Dispersive System), o que possibilita a determinação da composição qualitativa e semi-qualitativa das amostras, a partir da emissão de raios X característicos. O limite de detecção é da ordem de 1%, mas pode variar de acordo com as especificações utilizadas durante a análise, como o tempo de contagem, por exemplo. Dentre as vantagens do sistema EDS, destacam-se os perfis e mapas químicos. Uma das desvantagens dos sistemas EDS é a limitação da análise pelo Z médio da região ionizada, pois apenas os elementos com Z superior a 4 são detectados e quantificados por esta técnica (DUARTE et al., 2003). 2.3. Difração laser (DL) A difratometria laser (DL) é um método instrumental bastante utilizado para a determinação do tamanho de partículas que traz muitas vantagens com relação aos métodos clássicos como o peneiramento. Esta técnica é, em geral, mais rápida e exata permitindo maior detalhamento de amostras em estudo, apresentando parâmetros com ampla faixa dinâmica, baixo tempo de processamento e calibração desnecessária (BORTOLUZZI; POLETO, 2013). A técnica de análise do tamanho de partículas por difração de laser consiste na dispersão das partículas num fluido em movimento, causando descontinuidades no fluxo, que são detectadas por uma luz incidente. Ao atingir as partículas a luz incidente sofre quatro diferentes fenômenos ópticos (difração, refração, reflexão e absorção). A luz absorvida transforma-se em calor ou promove o processo de fluorescência, enquanto a luz difusa decompõe-se nos outros três fenômenos formando um revestimento tridimensional de luz. A intensidade e ângulo da luz espalhada são medidos por detectores estrategicamente posicionados que 12 convertem a distribuição e tamanho de partícula por métodos matemáticos. A Figura 3 apresenta um esquema entre a interação luz-partícula (PAPINI; NETO, 2006). FIGURA 3 - Esquema demonstrativo da interação luz/partícula Fonte: BORTOLUZZI (2013). O método utiliza uma luz do tipo laser com comprimento de onda conhecido. No estudo a seguir utilizou-se a onda azul (Blue Wave) com comprimento de 400 nm. As análises no aparelho podem ser feitas de duas maneiras, por via seca ou úmida, escolhendo entre eles de acordo com o objetivo do processo de dispersão e das características físicas e químicas da amostra. Para proceder com a escolha entre as dispersões acimas deve-se observar o estado natural das partículas e sua facilidade de dispersão no meio. Para a escolha da dispersão via seca observa-se (RESTCH TECHNOLOGY, 2016). ■ Materiais que dissolvem em água; ■ Amostras, com partículas magnetizadas que se aglomeram facilmente na presença de líquido. No caso da dispersão via úmida deve-se analisar: ■ Partículas coesivas e muito finas (abaixo de 10 micra), que dificilmente se dispersam por via seca; ■ Materiais hidroscópicos; ■ Partículas frágeis; ■ Substâncias tóxicas (são mais facilmente controladas em água). 13 A Figura 4 demonstra o funcionamento do conjunto do granulômetro a laser. FIGURA 4 - Princípio de funcionamento de um granulômetro à laser Fonte: FREITAS (2013). 2.3.1. Teoria de Mie A difração à laser mede as distribuições das partículas através do registro da variação angular da luz difundida à medida em que o feixe de luz interaja com as partículas. Os sensores sãoresponsáveis por captar os dados a fim de processá-los através de métodos matemáticos utilizados para calcular o tamanho das partículas, criando um padrão de dispersão (PAPINI, 2006). A base teórica para encontrar a dimensão destas partículas se concentra na teoria da difusão da luz de Mie e na difração de Fraunhofer. Na teoria de Mie as partículas são consideradas elementos finitos ao invés de pontos de espalhamento. Os centros de espalhamento são encontrados em várias regiões da partícula. Quando estas partículas espalham a luz, os centros estão suficientemente distantes de forma que possa ocorrer alguma interferência entre os raios emitidos e absorvidos. Esta condição traz uma distribuição para partículas menores que o comprimento de onda de luz (d<0,05) chamado de espalhamento de Rayleigh. A teoria considera que as partículas são isotrópicas e esféricas com uma superfície lisa, não se aplicando para misturas de componentes (PRESTES, 2012). 14 2.3.2. Difração de Fraunhofer A teoria de Mie requer o conhecimento das propriedades ópticas da amostra e do dispersante, entretanto pode-se utilizar do princípio da difração de Fraunhofer para simplificar a abordagem, não necessitando do conhecimento destes parâmetros. Este princípio fornece resultados precisos para partículas grandes, mas deve ser usado com cautela para partículas abaixo de 50μm ou transparentes (PAPINI, 2006). 3. METODOLOGIA 3.1. Obtenção das amostras A metodologia inicia-se com processos de obtenção do solo. As amostras de solo foram cedidas pelo Instituto de Recursos Naturais (IRN) da Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI. Foram obtidas na região de Barreirinho da cidade de Delfim Moreira, no estado de Minas Gerais, Brasil. A coleta é feita baseada na norma NBR10007. Basicamente, seguindo o procedimento descrito na norma, as amostras são homogeneizadas pelo método do quarteamento, e secadas ao ar. 3.2. Peneiramento Este ensaio foi realizado em dois aparelhos sendo um deles o agitador eletromagnético Bertel® e o separador de peneira sônica (Sonic Sifter Separator) Advantech®. Ambos aparelhos são utilizados para se realizar uma comparação entre eficiência e a diferença de peneiramento entre ambos considerando que o sônico, produz uma coluna de ar de oscilação vertical e um pulso vertical mecânico que separa os aglomerados e reorienta as partículas, e tal função permite um peneiramento de melhor qualidade separando melhor as partículas em estudo. 15 3.2.1. Peneirador Eletromagnético Iniciou-se o procedimento com o agitador eletromagnético Bertel®. Primeiramente limpou-se as peneiras a serem utilizadas. A limpeza foi realizada com a utilização de sopro de ar comprimido e com o auxílio de um pincel. Em seguida, organizou-se as peneiras a serem utilizadas no peneirador de forma que as de menor mesh foram colocadas em cima e as de maior mesh encaixadas abaixo, sendo que a última foi a de mesh máximo. A ordem e tamanho das peneiras foi: 25 µm, 75 µm, 150 µm, 300 µm e 425 µm. Pesou-se 100,0585 g da terra fina seca em estufa (TFSE), a ser estudada, e esta foi transferida para a primeira peneira (de menor mesh). A seguir, fechou-se as peneiras com a colocação de uma tampa metálica na peneira de cima e fixou-a com as peneiras. Deu-se início ao processo de peneiramento de 10 minutos. Após terminado o processo de peneiramento, o conteúdo de cada peneira (retido, unpassing ou oversize) foi cuidadosamente transferido, com o auxílio de um pincel, para um prato previamente pesado, de forma a não perder qualquer massa do pó. A peneira foi também limpa, transferindo qualquer grão que tenha ficado na malha ou nas paredes da peneira para o mesmo prato. Esse passo foi realizado com todas as peneiras utilizadas, contudo, para cada peneira se utilizou um prato diferente. O valor final da massa de cada peneira foi anotado. Partindo da limpeza das peneiras, este processo foi realizado novamente, contudo foi realizado uma nova pesagem de TFSE de 100,0110 g e o tempo de peneiramento foi alterado para 30 min, isso porque o estudo consistiu em comparar também a diferença no tempo de peneiramento. 3.2.2. Separador Sônico Iniciou-se o procedimento com o separador L3P Sonic Sifter da Advantech®. Semelhante ao procedimento anterior, iniciou-se com a limpeza das peneiras com a utilização de ar comprimido e o auxílio de um pincel. Dando sequência, organizou-se as peneiras a serem utilizadas no peneirador de forma que as de menor mesh foram colocadas em cima e as de maior mesh 16 encaixadas abaixo sendo que a última foi a de mesh ∞. A ordem e tamanho das peneiras foram: 75 µm, 150 µm, 300 µm e 425 µm. Foram pesados 10,0004 g da terra fina seca em estufa (TFSE) a ser estudada, e esta foi transferida para a primeira peneira (de menor mesh). As peneiras foram isoladas com a colocação de uma luva de poliéster previamente pesada na peneira de baixo e fixou-a com as peneiras. Repetiu-se o procedimento na peneira superior obtendo um sistema de peneiração. O sistema foi então anexado ao peneirador conforme a explicação do manual do instrumento. Iniciou-se em seguida o processo de peneiramento durante 10 minutos. Após terminado o processo de peneiramento, o conteúdo de cada peneira (retido, unpassing ou oversize) foi cuidadosamente transferido, com o auxílio de um pincel, para um prato previamente pesado, de forma a não perder qualquer massa do pó. A peneira foi também limpa, transferindo qualquer grão que tenha ficado na malha ou nas paredes da peneira para o mesmo prato. Esse passo foi realizado com todas as peneiras utilizadas, contudo, para cada peneira se utilizou um prato diferente. O valor final da massa do pó para cada peneira foi anotado. Realizou-se o procedimento inteiro novamente partindo da limpeza das peneiras, alterando-se somente o tempo de peneiramento para 30 min e massa de TFSE para 10,0160 g. 3.2.3. Lavagem dos Grossos Para se determinar a quantidade de grossos em porcentagem de massa de solo realizou-se a lavagem dos grossos. Esta consistiu em se pesar 11,5207 g de TFSE. Esta massa foi transferida para uma peneira de mesh 2000. Esta massa foi lavada em água corrente, esfregando-se levemente o pó com o auxílio das pontas dos dedos até não se notar qualquer alteração da coloração da água que passava através da peneira. Os grãos retidos na peneira foram transferidos para um béquer previamente pesados e em seguida colocado para secagem em estufa a 80 ºC por 24h. Após decorrido este período, foi obtido o valor de massa dos grãos retidos. 17 3.2.4. Tratamento dos dados Para se determinar a porcentagem retida em cada fração, a metodologia foi baseada na NBR7181, em que é necessário calcular primeiramente a massa total da amostra seca e a porcentagem de material passante na peneira de mesh 2000. O cálculo da massa total da amostra seca é feita pela Equação 1. 𝑀𝑠 = 𝑀𝑡 −𝑀𝑔 1 + ℎ +𝑀𝑔 (1) Em que 𝑀𝑠 é a massa total seca, 𝑀𝑡 é a massa da amostra seca ao ar, 𝑀𝑔 é a massa derivada da lavagem dos grossos e ℎ é a umidade higroscópica do material, discutida mais detalhadamente em trabalhos anteriores (MELO et al., 2018). A porcentagem de material passante na peneira de mesh 2000 (𝑁) é calculado pela Equação 2. 𝑄𝑔 = 𝑀𝑠 −𝑀𝑔 𝑀𝑠 = 𝑁 (2) Por fim, a quantidade retida em cada fração é dada pela relação exposta na Equação 3. Em que 𝑀ℎ é a massa submetida ao peneiramento, que é a soma de 𝑀𝑖, em que 𝑀𝑖 é massa do material retido em cada peneira. 𝑄𝑓 = 𝑀ℎ −𝑀𝑖(1 + ℎ) 1 + ℎ × 𝑁 (3) 3.3. Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) Em um microscópio eletrônico de varredura ProX da PHENOM, os elétrons da amostra foram excitados para torná-la visível ao detector do aparelho de MEV. As amostras de terra foram preparadasconvencionalmente, pela impregnação da fita de carbono com o material particulado e adesão em álcool. Em algumas espécies, foram realizadas o bombeamento de ouro sob a superfície da amostra. A câmara foi 18 ajustada com pressão variando entre 0,05 e 0,1 mBar e voltagem variando entre 10 e 15kV. Além disso, dentro do aparelho, realizou-se vácuo para gerar uma atmosfera inerte, facilitando a separação das partículas. Após esse processo, as amostras foram colocadas no MEV para que as imagens fossem tomadas e o tamanho das partículas medido. Devido a captura das imagens serem a níveis ínfimos (nanômetros), fez-se uso do software ImageJ® para medir o tamanho das partículas. Sendo possível nesse software a medição do tamanho de quaisquer partículas que forem de interesse. Foram realizadas 100 medidas em uma determinada região do solo com um aumento do MEV de 15000, 3000 e 24500 vezes. Após fazer essas medições, é possível histograma de frequências relativas para validar os resultados obtidos. A partir da imagem obtida pelo MEV, possibilitado pela geometria angular do material particulado, a determinação das dimensões principais das partículas foi feita pela superposição de um polígono com no mínimo cinco lados que representasse a partícula, ilustrado pela Figura 5, sendo o diâmetro de Feret determinado automaticamente pelo ImageJ® a partir do polígono. Esse processo foi repetido por 100 vezes analisando outras partículas da imagem também. FIGURA 5 - Aproximação poligonal dos contornos de uma partícula Fonte: Autores (2018). 19 3.4. Granulômetro A granulometria a laser foi utilizada para a determinação dos tamanhos de partículas das amostras de argila vermelha e amarela estudadas neste experimento. Inicialmente, preparou-se o pó de argila já peneirada em uma solução com água destilada para que pudesse ser levada ao aparelho. Para observar a separação de partículas presentes na solução, algumas amostras foram levadas ao ultrassom e foi adicionado defloculante. A análise foi feita por via úmida com agente defloculante sendo o sulfonato de alquilbenzeno linear em baixas concentrações (1-2%) em um granulômetro de laser azul do modelo Microtrac Bluewave S5822, que determina materiais com granulometrias variando entre 0,0107 e 2000 µm. O material foi ajustado como opaco para o espectro, não apresentando índice de refração. Foram realizados 13 ensaios em amostras distintas, com diferentes tempos de permanência no ultrassom entre 0, 5, 10 e 15 minutos. Além disto, foi feita a adição de defloculante em algumas amostras. O defloculante causa um impedimento estérico ao redor das partículas que dificulta a aproximação das partículas entre si, favorecendo uma distribuição de partículas com menor diâmetro médio. 20 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES A Figura 6 mostra os gráficos de distribuição de tamanho de grão para os dois tipos de agitadores mecânicos (eletromagnético e sônico) utilizados na peneiração da terra vermelha. A distribuição do tamanho de grão é concentrada na fração superior (425 µm), enquanto o restante do material particulado se distribui homogeneamente na faixa intermediária de tamanho de grão até as frações inferiores (25-75 µm). A predominância de grãos maiores no pó granulado pode ser visto como consequência das forças de coesão das partículas. Os resultados numéricos do peneiramento estão dispostos na Tabela 2. FIGURA 6 - Curvas cumulativas do tamanho do material particulado retido (Unpassing) após peneiramento pelo agitador e separador em intervalos de tempo variados de uma amostra de terra vermelha. Fonte: Autores (2018). 21 TABELA 2 - Resultados numéricos de Unpassing percentual acumulado para uma amostra de terra vermelha para o peneiramento mecânico. *As peneiras de 25 µm não foram utilizados no separador eletromagnético. Abertura da peneira (µm) Separador L3P Sonic Sifter Agitador Mecânico 10 min (%) 30 min (%) 10 min (%) 30 min (%) 425 39,04±0,01 37,70±0,03 30,31±0,03 27,46±0,04 300 80,51±0,02 83,65±0,03 90,67±0,04 90,78±0,04 150 86,99±0,03 79,96±0,03 90,19±0,04 92,10±0,04 75 90,55±0,03 95,78±0,03 91,20±0,04 90,77±0,04 25 ---* ---* 94,53±0,04 95,78±0,04 Fonte: Autores (2018). Estudos já realizados anteriormente, tipicamente definem a força de coesão entre partículas como sendo uma função da distribuição do tamanho dos grãos e de sua geometria. Yuan, et. al. (2013), afirma que as propriedades reológicas e mecânicas, e por consequência as interações entre partículas de um solo, para um solo arenoso, apresentam uma maior resistência ao cisalhamento de acordo com a geometria de cada grão. A interdependência entre a distribuição do tamanho de grão e a resistência mecânica também está de acordo com os estudos realizados por Wei, et. al. (2015), que relacionam o aumento da fração de argila em uma amostra seca, com a perda da coesão entre partículas. A aplicação do ultrassom em amostras particuladas pode gerar uma individualização das partículas visível à escala micrométrica. Para avaliar a morfologia do material estudado em detalhes, foi feito o uso do MEV. Na Figura 7 é possível visualizar como as partículas reagem aos esforços mecânicos. 22 FIGURA 7 - Microscopia Eletrônica de Varredura para uma amostra de terra vermelha. Fonte: Autores (2018). Pela própria natureza visual da microscopia, é possível apontar onde a delaminação e fragilização ocorrem. Estes danos são a consequências tanto dos impactos causados pela cavitação, quanto pela metodologia de preparação das amostras, pois a volatilização do álcool tende a reagir com o material estudado. Na Figura 8 está representada em forma de um histograma de frequências relativas para as medidas do diâmetro de Feret de imagens similares à Figura 7 obtidas por meio do software ImageJ®, para se ter um parâmetro dos reais tamanhos e distribuições estatísticas da amostra. As demais imagens utilizadas para a análise ótica podem ser encontradas no Anexo A. 23 FIGURA 8 - Histograma de frequências relativas para o diâmetro de Feret ((A) para uma amostra de terra vermelha, (B) para uma amostra de terra amarela). (A) (B) Fonte: Autores (2018). Em contrapartida com os resultados de peneiramento mecânico da terra vermelha, em que a maior parte dos grãos estavam concentrados em altas faixas, os resultados obtidos no MEV mostram que há uma concentração das frequências relativas para faixas de menores que 100 µm, com uma frequência acumulada próxima de 90%. Esse deslocamento dos picos é atribuído à passagem da amostra no ultrassom, que possibilitou, como já visto na Figura 7, a separação entre as partículas por motivos já citados. A homogeneidade global da amostra não está garantida apenas pelo elemento de imagem I1, de acordo com os resultados de EDS obtidos. O elemento mais abundante no ponto I1-P2 analisado pelo EDS é de 12,7% de Alumínio, no entanto, o ponto I1-P1 analisado pelo EDS é de composição de Alumínio indeterminada. As composições dos pontos I1-P1, I1-P2, I1-R3, I1-P4 e I2-R1 na Figura 9 estão detalhados na Tabela 3. 24 FIGURA 9 - Imagens do Microscópio Eletrônico de Varredura para uma amostra de terra amarela ((A) Região [R3] que contém os pontos: P1, P2 e P4, (B) Região R1). (A) (B) Fonte: Autores (2018). TABELA 4 - Porcentagem atômica dos elementos químicos das amostras de terra amarela. In: índice da imagem; Rm/Pm: região ou ponto da imagem, respectivamente. Para análise foram desconsiderados os elementos: B, In e Y. **A tabela não pôde ser completada, pois, alguns elementos não apresentaram uma quantidade expressiva o suficiente para que fossem detectados em certos pontos. Elementos I1 I2 P1 (%at) P2 (%at) R3 (%at) P4 (%at) R1 (%at) O 69,0 71,6 68,5 73,7 69,0 Al ---** 12,7 10,1---** 7,6 Si 7,8 11,3 7,6 14,4 5,6 Fe 7,4 ---** 4,0 1,9 3,0 Br 4,1 ---** ---** 7,1 ---** C 4,1 2,0 4,7 1,7 12,4 N 3,4 ---** 2,4 ---** ---** Nb 2,7 1,3 ---** ---** ---** Au 1,6 1,2 2,7 1,2 2,4 Fonte: Autores (2018). 25 Pelos resultados da Tabela 4, seria possível afirmar que o material apresenta um baixo grau de homogeneidade local. No entanto, pela composição da região completamente diferente (I2-R1) foi confirmado que o solo apresenta uma homogeneidade global, visto que na Figura 10, os picos do espectrograma estão coerentes para qualquer amostra, apenas variando a intensidade, assegurando que as análises da composição química são válidas para todo material. FIGURA 10 - Espectrogramas de energia das amostras de terra amarela em eixo Y deslocado. In: índice da imagem; Rm/Pm: região ou ponto da imagem, respectivamente. As retas verticais representam as energias características dos elementos, da esquerda para a direita: C, O, Fe, Br, Si, Au e Fe. Fonte: Autores (2018). Pela visualização da posição dos picos e pela intensidade, é perceptível que a amostra apresentou repetidamente picos altos para valores de energia correspondentes aos níveis de Oxigênio, Alumínio e Silício. Pela Tabela 4 foi estimado que o solo amarelo apresentava composição média Al10,13Si9,34O70,36. Os valores percentuais determinados experimentalmente são contundentes com a distribuição esperada para a abundância de elementos na crosta da Terra definida por Norton e Carter (2007). 26 A técnica de diminuir a granulometria de um material é denominada de cominuição. Para observar fatores mais gerais do material, e não apenas seu comprimento, foi realizada a granulometria à laser. Os resultados estão representados na Figura 11, em que é observado que a combinação do tratamento de ultrassom com a adição do defloculante é capaz de alterar drasticamente o perfil da granulometria. Analisando a Figura 11 e as demais granulometrias presentes no Anexo B, é possível também deduzir que o aumento de tempo de cominuição, menor será a granulometria obtida. FIGURA 11 - Distribuição granulométrica das amostras de terra vermelha ((A) intacta, (B) após 15 minutos aplicado o ultrassom com adição do defloculante). (A) (B) Fonte: Autores (2018). A possibilidade da exposição de materiais ao ultrassom reduzir a granulometria já foi amplamente estudada por Guittonneau, et. al. (2010) para partículas de grafite, e por Chen, et. al. (2016) com potências de vibração partindo de 600 W. No entanto, os estudos não avaliam como a adição do defloculante pode alterar o perfil granulométrico. 27 5. CONCLUSÕES Foi evidenciado a facilidade de manipular a granulometria, devido aos vários fatores experimentais. Os resultados mostram que o material apresenta uma resposta similar para qualquer método de peneiramento com nível de retenção alto para altas faixas (425 µm). Por ser independente do método e do tempo, é possível atribuir o comportamento fixo da distribuição granulométrica para os diferentes métodos de peneiramento, às forças de coesão entre as partículas. Análises posteriores pelo MEV-EDS revelaram que os materiais analisados, além de possuírem uma morfologia que permite a delaminação do grão em particulados menores, consequência da morfologia de um material laminado, estes apresentam discordância com a distribuição obtida pelo peneiramento mecânico por ser suscetível à fragilização mecânica. É determinado que a terra amarela, é um meio consideravelmente homogêneo ao longo das regiões definidas, garantido que se trata da composição de um material predominante sílico-aluminoso (porcentagens médias de %O=70,36; %Al=10,13; %Si=9,34). De acordo com os ensaios realizados no granulômetro, os resultados mostraram que ocorreu uma sensibilização das forças de coesão entre partículas após a adição do defloculante, permitindo “achatar” e “deslocar” os picos presentes no perfil granulométrico anterior à adição da solução defloculante. 28 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004). Solo – Análise Granulométrica. NBR 7181, Rio de Janeiro, 2004. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004). Amostragem de resíduos sólidos. NBR 10007, Rio de Janeiro, 2004. BORTOLUZZI, E. C.; POLETO, C. Metodologias para estudos de sedimentos: Ênfase na proporção e na natureza mineralógica das partículas. Livro: Qualidade dos sedimentos, 2ª Ed. Rev. e Ampl. 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Imagens do Microscópio Eletrônico de Varredura para uma amostra de terra vermelha em ampliações diversas ((A) Ampliação de 390x, (B) Ampliação de 15000x, (C) Ampliação de 3000x, (D) Ampliação de 3000x, (E) Ampliação de 24500x, (F) Ampliação de 19500x, (G) Ampliação de 24000x). (A) (B) 31 (C) (D) (E) (F) 32 (G) Fonte: Autores 33 ANEXO B Para facilitar a compreensão dos efeitos causados pelo defloculante, os relatórios fornecidos pelo granulômetro foram resumidos, agrupando as análises de Volume, Área e Número pela metodologia aplicada em cada uma delas. Os resultados estão expostos na Figura 13 e Figura 14. FIGURA 13 - Distribuição granulométrica das amostras de terra vermelha ((A) com a adição do defloculante, (B) após 5 minutos aplicado o ultrassom com adição do defloculante, (C) após 10 minutos aplicado o ultrassom, (D) após 10 minutos aplicado o ultrassom com adição do defloculante). (A) (B) (C) (D) Fonte: Autores 34 FIGURA 14 - Distribuição granulométrica das amostras de terra amarela ((A) intacta, (B) com a adição do defloculante, (C) após 5 minutos aplicado o ultrassom, (D) após 5 minutos aplicado o ultrassom com adição do defloculante, (E) após 10 minutos aplicado o ultrassom, (F) após 10 minutos aplicado o ultrassom com adição do defloculante, (G) após 15 minutos aplicado o ultrassom com adição do defloculante). (A) (B) (C) (D) (E) (F) 35 (G)
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