RELATORIO ED INFANTIL FINAL

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
 
 
ANA LAURA SCARPIM 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
 
 
 
 
Licenciatura em Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
Dois Córregos – SP 
2020 
 
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ANA LAURA SCARPIM 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO EM EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
 
Licenciatura em Pedagogia 
 
 
 
 
 
Relatório desenvolvido como requisito para 
aprovação na disciplina de Estágio Curricular 
Obrigatório em Educação Infantil, no curso de 
Licenciatura em Pedagogia na Universidade 
Virtual do Estado de São Paulo. 
 
 
 
 
 
Dois Córregos – SP 
2020 
 
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FOLHA DE ASSINATURAS 
 
 
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LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1 – Foto da escola.......................................................... 9 
FIGURA 2 – Apresentação dos alunos....................................... 12 
FIGURA 3 – Rotina da sala........................................................... 12 
FIGURA 4 – Centopeia do alfabeto.............................................. 17 
FIGURA 5 – Montagem da centopeia........................................... 17 
FIGURA 6 – Atividade que confundiu os alunos........................ 18 
FIGURA 7 – Jogo de dominó divertido........................................ 19 
FIGURA 8 – Atividade de apoio.................................................... 19 
FIGURA 9 – Referência nível silábico.......................................... 20 
FIGURA 10 – Livro escolhido para a regência............................ 22 
FIGURA 11 – Primeira atividade da regência.............................. 22 
FIGURA 12 – Segunda atividade da regência............................. 22 
FIGURA 13 – Expositor das atividades........................................ 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO 
 
Nome: Ana Laura Scarpim RA: 1801706 
Licenciatura: Pedagogia Polo: Dois Córregos - SP 
Professor Mentor: Marta Maria Côrrea da Rocha 
Supervisor de estágio (na escola): Marta Maria Côrrea da Rocha 
Período de estágio: 09/09/2019 à 24/10/2019 
Local do estágio: EMEI Professora Maria José Scarpim 
Endereço: Rua Wady Chaddad, n° 20, Jardim Paulista 
Fone: (14) 3652-4272 Cidade: Dois Córregos Estado: São Paulo 
E-mail: helenicepavan@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 7 
2. APRESENTAÇÃO DA ESCOLA ................................................................. 9 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................................ 14 
3.1. Caracterização da turma ......................................................................... 14 
3.2. Descrição do Estágio ............................................................................... 14 
4. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO ................................................................ 23 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 25 
6. APÊNDICES .................................................................................................. 26 
6.1. Lista de presença ...................................................................................... 26 
6.2. Ficha de avaliação do professor mentor ................................................ 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
O estágio curricular supervisionado na sala de aula é um componente 
curricular obrigatório, e um momento muito importante para os estudantes durante o 
curso de formação inicial de professores, pois além de trazer experiências e 
demonstrar as práticas educativas vivenciadas no dia a dia em sala de aula, o estágio 
busca expressar do futuro professor a sua parte reflexiva, investigadora e 
pesquisadora. 
O processo de reflexibilidade consiste em promover uma compreensão 
diante dos desafios da aprendizagem na formação docente, mediada pela construção 
entre fundamentos e prática, e da significação e ressignificação da atividade docente, 
buscando sempre uma autoanalise. A importância do estágio para a formação 
acadêmica é inquestionável, é o momento com forma mais efetiva de relacionar teoria 
e prática. 
O presente relatório tem como objetivo descrever o projeto de docência, as 
aprendizagens e atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado do curso 
de Licenciatura em Pedagogia, voltado para a educação infantil realizado na escola 
EMEI Maria José Scarpim. 
A ida a campo teve como objetivo observar o lúdico e o que as crianças 
aprendem ou deveriam aprender no ambiente escolar da educação infantil, conforme 
as atividades e brincadeiras trabalhada pela professora com as crianças. O estágio foi 
um momento de descobertas e de adquirir conhecimento na prática, coisa que 
principalmente na prática era um universo desconhecido para mim. 
O estágio supervisionado tem como objetivo a observação das práticas 
pedagógicas, em conjunto com as pesquisas e reflexões, buscando a aplicação dos 
conhecimentos adquiridos nas disciplinas estudadas, por meio das experiências 
vivenciadas no período de regência em sala de aula, tanto como confronta-los com a 
prática pedagógica. 
 
8 
 
A educação infantil enquanto fase inicial da educação formal tem o poder 
de despertar na criança o gosto pela leitura, escrita, matemática, entre outros. 
Dependendo da forma que a criança é incentivada e estimulada ela vai adquirir o gosto 
pela escola e pela leitura ou não. 
Realizar o relatório das práticas educativas nos traz a oportunidade de 
socializar o contexto real da sala de aula durante as horas de estágio supervisionado, 
e também repensar a relação que temos e que fazemos entre a teoria (materiais lidos 
e compartilhados no processo formativo) aprendida nas disciplinas e prática do 
cotidiano. 
É através do estágio supervisionado que passamos a conviver e conhecer 
melhor o cotidiano dos alunos e aprender com as práticas educativas dos professores 
na rotina escolar. Acompanhar como é elaborado o cotidiano dos alunos, desde do 
planejamento até as aplicações, abre caminhos para percebermos e entendermos de 
que maneira poderemos abordar os temas e trabalhos dentro e fora da sala de aula. 
O professor deve conhecer o máximo possível seus alunos para que possa criar 
estratégias com o objetivo de organizar a ação docente em conformidade com o 
planejamento crítico da escola, visando respeitar o processo de ensino-aprendizagem 
de cada aluno, mas fazendo com que todos os alunos progridam de acordo com o 
esperado. 
Conhecer os pais, a realidade e comunidade escolar a ser trabalhada, é 
acima de tudo ter o respeito pela cultura, e pela forma de aprendizagem de cada lugar, 
é bastante desafiador relacionarmos teorias aprendidas com a prática docente em 
sala de aula. 
O estágio supervisionado promoveu a oportunidade de enfrentar desafios, 
através de análises e por meio das soluções dos problemas, tendo em vista que existe 
uma motivação para aprender que vai além dos conhecimentos e de teóricos ou livros 
para descreverem o que fazer ou como fazer. 
 
 
 
 
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2. APRESENTAÇÃO DA ESCOLA 
 
O presente estágio foi desenvolvido no ano pré I, tendo como supervisora 
de campo a professora Marta Maria Côrrea da Rocha, foi realizado em uma instituição 
de Ensino Pública Municipal, situada na cidade de Dois Córregos, que atende crianças 
a partir dos 5 anos de idade. A referida escola iniciou suas atividades em 13/06/1988, 
e atende crianças de bairros próximos e algumas que residem nos sítios que rodeiam 
a cidade. São oferecidas aproximadamente 200 vagas que são distribuídas em dois 
períodos, a escola demanda de 5 turmas por período, onde contém 20 alunos por 
turma, a escola disponibiliza também de 2 vagas para crianças especiais, que contam 
commonitor para ajudá-las da melhor forma a entender os conteúdos e acompanhar 
os demais alunos. 
 
Figura 1 - FOTO DA ESCOLA 
A instituição de ensino funciona de segunda a sexta-feira no turno matutino 
e vespertino. No primeiro turno a escola conta com 5 salas de aula que funciona no 
 
10 
 
horário das 7:00h às 11:30h, contando com 3 jardins e 2 prés, no segundo turno 
funciona das 12:30h às 17:00h, contando com 3 jardins e 2 prés. 
Tão importante quanto a prática pedagógica, é o espaço onde se ocorre 
essa prática, e onde se vai dar interação indissociável entre o educar e cuidar. Por 
isso os espaços físicos das escolas devem ser pensados com um propósito. 
Segundo Carvalho & Rubiano (2001, p.109): 
 
“... é altamente recomendável que ambientes institucionais ofereçam 
oportunidades para as crianças desenvolverem sua individualidade, 
permitindo-lhes ter seus próprios objetos, personalizar seu espaço e, 
sempre que possível participar nas decisões sobre a organização do 
mesmo. ” 
A escola dispõe de 5 salas de aula equipadas com mobiliário adequado à 
idade dos alunos, material pedagógico disponibilizado pela instituição, equipamento 
de som e luzes de emergência, todas as salas contam com um televisor com internet 
instalada e caso necessitem de algo que não encontre o youtube ou netflix, eles se 
dirigem a secretaria da escola e solicitam para que a secretária busque em outros 
sites, faça o download e transfira para um pendrive, para que o professor que solicitou 
passe em sua sala. A escola demanda de 3 computadores, todos com internet, um 
está instalado na sala dos professores para uso exclusivos dos educadores e dois na 
secretaria, sendo um deles de uso exclusivo da diretora da escola e o outro de uso 
exclusivo da secretária. O refeitório dispõe de mobiliário adequado à idade dos alunos, 
porém eles não têm a autonomia de preparar seu próprio prato e escolher o que vai 
ou não comer, quem prepara o prato ainda são as monitoras e a auxiliares de cozinha. 
A sala dos professores também conta com mobiliário adequado para uso dos 
educadores e além disso está sala serve para reuniões internas envolvendo os 
funcionários e para o HTPC, que é feito semanalmente. A instituição conta com acervo 
de livros que contém vários modelos e temas, que foram separados por faixa etária 
dos alunos e distribuídos um pouco em cada sala. A escola disponibiliza jogos e 
brinquedos, porém ainda não tem uma sala especifica para os devidos fins, utiliza o 
pátio do refeitório para que as crianças possam brincar, falando em brincar para o 
divertimento dos alunos a instituição tem um espaço com caixa de área e outro espaço 
 
11 
 
com um parquinho, que enquanto estive no período de estágio o prefeito da cidade 
conseguiu brinquedos novos e reformou o parquinho para as crianças com brinquedos 
diferentes. 
O corpo docente é composto por uma diretora, uma coordenadora 
pedagógica por turno, uma secretária, dez professores de educação infantil, uma 
professora de educação física e uma professora de inglês, cinco monitoras e duas 
auxiliares de limpeza. 
A presente instituição possui projeto político pedagógico que foi pautado 
em cima das apostilas disponibilizadas pelo governo, foi elaborado em conjunto pela 
diretora e professoras. Semanalmente a diretora da escola junto com cada professora 
repassa o que está sendo feito com cada sala para ver se está funcionando ou não o 
planejamento feito anteriormente, e também tem reuniões entre professoras para 
troca de experiências. 
A metodologia que norteia todo o trabalho da EMEI Maria José Scarpim se 
pauta em uma prática voltada para a pesquisa e descoberta das crianças. As 
atividades se organizam em cinco áreas do conhecimento: Linguagem Oral e Escrita, 
Natureza e Sociedade, Jogos e Matemática, Corpo e Movimento e Artes. A escola em 
si trata-se, portanto, de um espaço interativo destinado ao desenvolvimento de 
conhecimentos, habilidades e de competências, sob a orientação do professor que 
auxilia com dicas e propostas especificas buscando sempre elevar cada vez mais o 
conhecimento dos alunos. A partir das atividades propostas as crianças produzem, 
acompanham a produção dos colegas da sua sala e das salas vizinhas, como os 
trabalhos ficam expostos no corredor da escola para que todos que transitem por lá 
possam admirar, os alunos podem e devem trocar comentários entre si sobre as 
atividades, jogos ou brincadeiras. Em dias festivos e com temas, os professores e as 
crianças de todas a turmas se juntam e trabalham em equipe em jogos, brincadeiras, 
teatros, entre outros. 
 
12 
 
 
Figura 2 - APRESENTAÇÃO DOS ALUNOS 
Cada sala é composta com um quadro com os nomes dos alunos e a 
professora todo dia escreve na lousa a sua rotina diária junto com seus alunos, 
conforme a figura abaixo: 
 
Figura 3- ROTINA DA SALA 
 
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As características que os professores buscam em todas as atividades 
propostas são: 
 A experiência compartilhada para cada conteúdo; 
 Interação entre aluno-aluno, entre professor-aluno e aluno-
professor; 
 Vivências ricas e prazerosas para as crianças; 
 Desenvolver conhecimentos científicos, habilidades mentais e 
físicas e ampliar as competências; 
Nesta instituição de ensino há um ambiente com muita afetividade e 
principalmente respeito entre alunos e funcionários, que proporciona às crianças 
acolhimento e acima de tudo segurança, ao mesmo tempo que se sentem amadas e 
respeitadas, caracterizando assim um ambiente educativo que está sempre em busca 
da harmonia, respeito mútuo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
3.1 Caracterização da turma 
 
A turma em que o estágio foi realizado foi o pré I, no período vespertino, 
que tem como regente a professora Marta Maria Côrrea da Rocha. São ao todo 23 
alunos, sendo treze meninas e nove meninos. As crianças acompanhas eram 
agitadas, porém controláveis pela professora, e também eram muito carinhosas com 
todos os funcionários da escola. 
Na sala de aula contém uma mesa de alvenaria para a professora, carteiras 
adequadas para o tamanho das crianças, um armário onde ficam os materiais dos 
alunos como cadernos de classe, caderno de desenhos, kit de canetinhas coloridas, 
lápis de cor e de escrever, giz de cera, tesouras, colas, e uma prateleira ao lado onde 
ficam guardadas as agendadas das crianças, massinhas de modelar, materiais como 
folhas de sulfite, folha de papel crepom, Eva, entre outros. Na sala tem bastante 
decoração para as crianças, também tem um varal onde cada aluno expõe seus 
trabalhos sejam eles feitos em casa ou na escola. 
As crianças também tinham exposto na sala de aula os combinados da 
sala: não correr na sala de aula, respeitar os colegas, respeitar os horários das 
atividades, pedir para ir ao banheiro, dizer por favor e obrigada, respeitar quando os 
colegas estiverem fazendo as atividades. 
O relacionamento entre as aluno-aluno, aluno-funcionário e funcionário-
aluno da instituição é harmonioso, com muito zelo e carinho, todos os funcionários 
estão sempre muito atentos a todas as crianças. 
 
3.2 Descrição do estágio 
 
A rotina escolar é uma sequência de atividades que visam a organização 
do tempo que o aluno permanece na escola. Apoia-se na reprodução diárias de 
momentos e sinais que remetem a situações do cotidiano. 
 
15 
 
A rotina tem alguns marcos temporais que praticamente quase nunca se 
alteram, a chegada a escola, a hora do lanche, o pátio, a saída para casa, e com isso 
buscam manter os princípios da rotina, para que as crianças se sintam seguras e não 
perdidas ou desorganizadas. 
Durante o período de observação foi possível notar uma grande 
preocupação por parte da escola e dos professores em seguir a rotina e os devidos 
horários estipulados, por conta de que uma criança com uma rotina bem estabelecida 
se sente mais segura, pois sabem o que vai acontecerem seguida e sem grandes 
surpresas, visto que sustos que podem fazer com que a criança não queira mais 
frequentar a escola por medo ou insegurança. 
Este estágio foi realizado no período vespertino, as crianças chegavam a 
12:30, aguardavam no pátio do refeitório a chegada da professora para que a mesma 
a acompanhasse até a sala de aula, em seguida que entravam na sala os alunos e a 
orientadora faziam a oração do dia ensinada pela por ela “ Papai do céu agradeço ao 
senhor por mais este dia, peço que o senhor abençoe e proteja a minha mamãe, o 
meu papai, a minha professora e meus amiguinhos, obrigado papai do céu fica com 
deus, um beijão.”. Após a oração as crianças acompanhadas da professora cantam a 
música no amigo com muitas palmas e alegria “ Boa tarde como vai você?, meu amigo 
como é bom te vê, palma, palma, mão com mão, de um abraço de coração.” E ao final 
da música os alunos se cumprimentavam com abraços. Após as músicas de boas-
vindas a professora escolhia um livrinho da escola ou que algum aluno trazia de casa 
para a leitura, antes de contar a história os alunos cantavam uma música que era 
acompanhada com gestos junto com a orientadora “ La na montanha tem uma 
casinha, toda enfeitadinha cheia de florzinha, lá na montanha tem uma casinha, e uma 
menininha que gosta de historinha, que quiser ouvir o que agora vou contar suba a 
montanha e fique quieto assim, chio”, e sempre que terminavam a leitura eles 
terminavam a cantiga “Quem gostou da história bate palma assim”. Após toda essa 
recepção carinhosa a professora entregava o calendário para que as crianças 
demarcassem se o dia estava ensolarado, nublado ou chuvoso e enquanto ela 
entregava o calendário já chamava seu ajudante do dia que era seguido pela ordem 
alfabética, aluno já se dirigia até a lousa e escrevia o próprio nome e as letras do 
alfabeto, mas sem olhar para o alfabeto que tinha exposto em sala, todos os dias a 
professora adotava essa rotina com as crianças. 
 
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Percebi na observação que a professora não considerava a leitura como 
uma mera decodificação de sinais, letras e palavras, mais sim algo que vai além do 
que está escrito no papel ou em qualquer outro veículo de comunicação, e com isso 
ela vai alimentado o gosto pela leitura nas crianças. A leitura está associada ao 
aprendizado e por dela é possível adquirir conhecimentos, como dizia brandão: 
 
“Ao promover a interação entre indivíduos, a leitura, compreendida não só 
como leitura da palavra, mas também como leitura do mundo, deve ser 
atividade constitutiva de sujeitos capazes de interligar o mundo e nele atuar 
como cidadão. ” (BRANDÂO, 1997, p.22). 
 
A professora é bastante receptiva, atenciosa e carinhosa com os alunos, e 
as crianças retribuem demostrando respeito e admiração por ela. Muitos alunos 
escreviam ou desenhavam em cartinhas tentando retribuir o carinho da forma que 
podiam. 
Durante o período de observação pude notar que a professora trata os 
alunos como se fossem adultos, todos os assuntos que fossem diferentes da rotina, 
ela sentava conversava e explicava o porquê de cada ocorrido, ou o que iria ainda 
ocorrer. 
 Mesmo com todo esse cuidado que a professora tinha com os alunos, senti 
falta de um pouco mais de intervenção e direcionamento nas brincadeiras das 
crianças, um pouco por conta de seguir uma apostila pautada no que devia ou não 
fazer, por mais que a orientadora tentasse contornar a apostila, ela tinha metas 
estipuladas pela escola. As crianças tinham dias combinados para ir ao parque de 
areia, ao pátio e ao parquinho e isso não era utilizado como método para 
aprendizagem, somente para a diversão das crianças, e por tanto estava indo meio 
que contra o apontado pelo Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil 
(RCNEI, p23): 
“Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e 
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o 
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e 
estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e 
confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da 
realidade social e cultural. ” (RCNEI, p.23). 
 
 
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Com as observações pude notar que a professora se pautava bastante na 
apostila, e isso é uma regra imposta pela escola, porém também pude notar que ela 
tentava ensinar da melhor maneira para que os alunos entendessem o porquê de cada 
matéria passada, ela buscava nas tarefas fugir um pouco da apostila então trazia para 
os alunos materiais impressos. 
A professora buscava ensinar as letras do alfabeto. Em uma das aulas 
achei muito interessante o jeito da professora para treinar as letras do alfabeto e as 
ordens de cada uma para os alunos, era chamado um aluno aleatório que se dirigia à 
frente da sala na mesa da professora, em sua frente havia as 26 letras do alfabeto 
embaralhadas e uma centopeia feita de espiral, o aluno era disposto de costa para o 
alfabeto e ele tinha que pegar cada letra do alfabeto e colocar na ordem no corpo da 
centopeia, mas tinha que tentar fazer sem ajuda da professora, de mim ou das 
crianças. Algumas crianças sentiram dificuldade, então era a criança era instruída a 
voltar e falar as letras já colocadas para fazer com que ela lembrasse qual seria a letra 
que viria na sequência. 
 
Figura 4- CENTOPEIA DO ALFABETO Figura 5 – MONTAGEM DA CENTOPEIA 
 
Com esta brincadeira a professora demonstra para o aluno que o alfabeto 
não é para ficar apenas fixado na parede, mas sim que ele deve ser utilizado no dia a 
dia e com isso busca mostrar a importância de saber a sequência do alfabeto. 
 
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Na maioria das aulas acompanhadas foi utilizada a apostila para dar aula 
para as crianças, pude notar que a professora sempre buscou ensinar as atividades 
da melhor forma possível para que todos os alunos entendessem e caso tivessem 
dúvidas, eu ou ela íamos até a mesa individualmente para explicar da melhor maneira 
ou se necessitasse de uma maneira diferente da passada. Algumas atividades que 
estavam na apostila diziam ser adequadas para as crianças, porém sentimos 
dificuldade da maioria da sala em conseguir fazer a atividade ou por não entender ou 
se perder na forma que estava desenhada. E mesmo com as dificuldades tentávamos 
ensinar da melhor forma para os alunos. A orientadora utilizava bastante as atividades 
de apoio proposta pela apostila. 
 
Figura 6 – ATIVIDADE QUE CONFUNDIU OS ALUNOS 
 
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Figura 7 – JOGO DE DOMINÓ DIVERTIDO 
 
Figura 8 – ATIVIDADE DE APOIO 
A professora realizou enquanto estive presente a sondagem com as 
crianças, para identificar o que e quanto eles sabiam a respeito da parte escrita, antes 
de começar o estágio a educadora apresentou letras e todas as semanas realizava 
atividades com as letras da sequência do alfabeto, em algumas aulas pude 
acompanhar essa atividades, em cada atividade a professora pedia para que a criança 
reescrevesse a letra de acordo como o exemplo e na mesma atividade a criança 
circulava o desenho que continha na sua primeira letra, a letra proposta, e se 
conseguisse escrevia embaixo da imagem sua descrição. Na sondagem era mais ou 
 
20 
 
menos igual as atividades, a professora selecionou algumas imagens de frutas, 
animais e desenhos conhecidos pelas crianças, e uma a uma elas se dirigiam à mesa 
da professora para demonstrar o que já sabia, os demais alunos ficaram assistindo 
filmes e desenhos. 
Na sondagem os alunos escreviam seu nome no início da folha, o nome da 
professora e a data do jeito que sabiam, a professora não interferia mesmo que 
estivessem escrevendo errado, logo após a criança observava a primeira figura e a 
orientadora questionava o nome, a primeira imagem foi um morango, após descrever 
a figura, o aluno começava a escrever como sabia, quando tinham dúvidas aprofessora falava a palavra em sílabas para a criança. Achei interessante que ela e 
os alunos falavam juntos a palavras em partes e contando o número de sílabas, 
exemplo: MO-RAN-GO, algumas crianças já estavam pré-silábicas, a maioria 
escreveu somente uma letra por sílaba, e alguns alunos a parte já estavam 
conseguindo escrever a silaba mais correta com duas ou três letras. No final da 
sondagem com todas as crianças a professora anotava em qual estágio cada criança 
estava para passar para a diretora da escola seguindo a folha a seguir: 
 
Figura 9 – REFERÊNCIA DE NÍVEL SILÁBICO 
 
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Na semana do dia das crianças foi feita uma semana diferente para as 
crianças, foi muito interessante, pois buscaram entreter as crianças ao máximo, na 
segunda- feira levaram as crianças assistirem filme no cinema da cidade, na terça-
feira levaram as crianças em uma chácara com brinquedos infláveis, cama elástica, 
piscina de bolinhas, na quarta-feira brincamos de dança na sala de aula com os 
alunos, na quinta-feira brincaram no pula-pula que foi montado no pátio da escola 
onde se alimentam com a merenda e na sexta-feira as crianças pintaram desenhos e 
logo após em cada sala foi feita a seção cinema e foi entregue pipoquinhas doces 
para as crianças e elas assistiram desenhos e na saída entregaram um brinquedo de 
fazer bolha de sabão para levarem para a casa, todos os dias teve lanches diferentes 
para as crianças, como bolo doce, bolo salgado, cachorro quente, sorvete, salada de 
fruta, entre outros.. Nesta semana fizeram com que as crianças se sentissem 
acolhidas e muitos queridas por eles, os alunos adoraram a semana do dia das 
crianças. 
As duas regências foram planejadas em cima da observação feita em sala 
de aula, com todos os vídeos e materiais vistos na parte teórica da faculdade pude 
perceber onde havia mais dificuldades por parte das crianças e em conversa com a 
professora que me auxiliou em escolher as atividades para os alunos. Uma das 
dificuldades observadas foi em as crianças desenhar as letras de forma correta, pois 
desenhavam torta para o lado, faltando parte, algumas letras tinham mais facilidade, 
outras tinham muita dificuldade, em alguns casos necessitava segurar a mão do aluno 
e fazer junto. Então para isso levei a atividade para que eles escrevessem por cima 
do pontilhado de cada letra, além do pontilhado também havia as setas indicando por 
onde o aluno tinha que seguir para desenhar a letra, as crianças adoraram a atividade 
alguns quiseram refazer então distribui mais uma folha que continha o exercício. Antes 
da atividade cantei com eles a música da leitura e contei uma história de um livro 
escolhido por mim no acervo da sala de aula, junto com a leitura os alunos fizeram 
comentários de acordo com os questionamentos feitos por mim a eles, o livro foi 
escolhido por ser uma espécie de poesia que falava muito sobre a imaginação, que 
nada é mais poderoso do que a nossa imaginação. 
Mesmo passando por cima da letra senti dificuldade em uma aluna a parte 
que já tem dificuldade diariamente com as matérias, é uma aluna faltosa que quando 
 
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está aprendendo e pegando o ritmo da sala volta a faltar, os demais alunos fizeram a 
atividade sem dificuldade. 
 
Figura 10 - LIVRO ESCOLHIDO PARA A REGÊNCIA Figura 11- PRIMEIRA ATIVIDADE DA REGÊNCIA 
Para a segunda regência a professora passou o tema que desejava e 
trabalhei em cima disso, ela pediu uma atividade de artes para as crianças, após 
pesquisas decidi levar um quebra cabeça diferente, neste quebra cabeça as crianças 
pintaram os desenhos, após o termino da pintura os alunos cortaram de a imagem de 
acordo com as linhas para seguirem e após isso eles colaram no caderno de acordo 
com o quebra cabeça e a escrita que acompanhava a imagem. Após o termino da 
colagem a criança repetia a escrita da imagem no caderno embaixo da figura montada. 
Nesta atividade alguns alunos sentiram dificuldade para cortar as figuras e acabaram 
cortando pedaços da figura, mas mesmo assim foi colado no caderno e dois alunos a 
parte acabaram perdendo uma parte da figura.
 
Figura 12 – SEGUNDA ATIVIDADE DA REGÊNCIA 
 
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4. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO 
A realização do Estágio Supervisionado foi fantástica, gratificante e de 
grande importância para a formação acadêmica, ciando assim possiblidade de 
vivenciar experiências diversas com a professora e as crianças, contribuindo de forma 
significativa, isso nos coloca em contato com a realidade para buscarmos sempre o 
nosso melhor como futuro professores. 
O estágio na EMEI Maria Jose Scarpim me fez ter outros olhos para a 
observação principalmente com crianças, na vivencia do dia a dia com a professora, 
alunos e funcionários tive a oportunidade de acompanhar situações da parte 
organizativa e rotina, buscando entender um pouco sobre os desafios enfrentados na 
educação infantil e uma das formas para solucioná-lo. 
Achei muito interessante nesta escola sempre que fazem uma data 
comemorativa ou planejam algum evento eles buscam juntar as salas de jardim com 
jardim e pré com pré para trabalharem em equipe de professores e alunos. Quando 
fazem trabalhos diferentes em sala de aula a escola procura expor o trabalho dos 
alunos em um painel e em varais pendurados na parede do lado de fora das salas de 
aula para que todos os alunos e pais possam ver o que seus filhos e os demais alunos 
produziram em conjunto com sua respectiva professora. 
 
Figura 13 – EXPOSITOR DAS ATIVIDADES 
 
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A participação no estágio me fez conhecer um pouco mais sobre o contexto 
da sala de aula e a aprender como o professor responsável pela sala planeja e executa 
suas práticas educativas. Acompanhar a rotina dos alunos e da orientadora fez com 
que tivesse outra visão sobre como abordar temas, trabalhos e cuidados que se deve 
ter dentro e fora da sala de aula. Com tudo isso pude concluir ali que a professora tem 
que conhecer bem seus alunos, para sempre estar buscando a melhor estratégia, 
investigando sempre uma seleção consciente e diversificada de conteúdos e 
metodologias, fazendo com que se adeque a necessidade de cada aluno, respeitando 
as diferenças e diversidade no aprendizado de cada criança. 
O presente estágio possibilitou uma aprendizagem significativa, que foi 
construída de maneira agradável, prazerosa e instigante, em sala de aula tanto eu 
como a professora buscamos atender as necessidades e dificuldades dos alunos 
dentro dos níveis de conhecimentos que se encontram a fim de que eles participassem 
ativamente de todas as atividades sendo dentro ou fora da sala de aula, com tudo isso 
sempre possibilitando e proporcionando a interação de todos na construção de seu 
conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
KISHIMOTO. T. M. Salas de Aulas nas Escolas Infantis e o uso de brinquedo 
e materiais pedagógicos. [Internet]. Disponível em:< 
http://www.anped.org.br/sites/default/files/gt_07_11.pdf > Acesso dia 03/01/2020. 
 
JENKINO, Lilian – Referencial curricular nacional para a educação infantil- 
Introdução – Brasilia, 1998. p21 a 23. 
 
CAMPOS, Rosimar aparecida de – Os desafios da escola paranaense na 
perspectiva do professor PDE – Artigos – Paraná, 2015. p4 a 10. 
 
BRASIL ESCOLA- O espaço físico e sua relação no desenvolvimento e 
aprendizagem da criança, 2006 [Internet]. Disponível em 
<https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/o-espaco-fisico-sua-relacao-no-
desenvolvimento-aprendizagem-.htm > Acesso dia 05/01/2020. 
 
NOVA ESCOLA- Cuidar e educar: o papel do professor na educação infantil, 
2013 [Internet]. Disponível em <https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1225/cuidar-e-educar-
o-papel-do-professor-na-educacao-infantil> Acesso dia 05/01/2020. 
 
PEDAGOGIA AO PÉ DA LETRA- Cuidar e educar na educação infantil, [Internet]. 
Disponível em<https://pedagogiaaopedaletra.com/cuidar-e-educar-na-educacao-infantil/> 
Acesso dia 05/01/2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
6. APÊNDICE 
6.1 Lista de presença 
. 
 
27 
 
 
28 
 
 
 
 
29 
 
6.2 Ficha de avaliação do professor mentor