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AVALIAÇÃO DE DIREITO AGRÁRIO 2022 
Maria Eduarda Lucca Colpani 
 
1 - João, pequeno proprietário rural de terra produtiva, não aceita a desapropriação de sua 
propriedade, motivado por descumprimento da função social da propriedade, uma vez que 
ele desmatou a área para a plantação de arroz, e há mais de três anos não paga, às pessoas 
que trabalham na colheita, inclusive com ameaça de morte. Em face dessa situação hipotética 
e considerando a função social da propriedade rural, discorra sobre o caso posto, justificando 
se a ação de João se legitima com base na legislação brasileira. 
 O ordenamento jurídico brasileiro, de acordo com o Art. 186 da Constituição Federal, 
apenas abrange propriedades rurais que acatam os princípios da função social, ou seja, aquele 
que descumpre a função social não pode ser objeto da proteção jurídica e nem das garantias de 
proteção da posse, já que é dever do proprietário a função solidária e digna em benefício de 
outrem. Deve também seguir as divisões de Antonino Vivanco, os recursos naturais e a 
preservação ambiental, os recursos culturais e humanos, o que claramente não foi respeitado 
por João. Assim, o produtor perde o seu direito de propriedade e, segundo o Art. 184 da 
Constituição Federal, cabe a atuação estatal para a desapropriação por interesse social, já que 
João feriu princípios sociais, ambientais e humanos. 
 
2 - Carlos contratou, com Pedro, o arrendamento de parcela de sua fazenda, por prazo 
indeterminado. Após um ano da celebração do contrato, concluída a primeira colheita, Carlos, 
proprietário da fazenda, resolveu vender o imóvel e rescindir o contrato, com o que não 
concordou Pedro. Justifique se está correta tal situação, com o respectivo diploma legal. 
 A situação não está correta, segundo o art. 95, I e II e o art. 96, I do Estatuto da Terra, 
quando os contratos de arrendamento ou de parceria são celebrados por prazo indeterminado, 
existe um prazo mínimo estabelecido pela lei, nesse caso, o contrato não pode ser extinto antes 
de 3 anos. Assim, é possível proteger o arrendatário e evitar o mau uso da terra. Além disso, fica 
assegurado ao arrendatário o direito de preempção na aquisição do imóvel arrendado com 
igualdade de condições e a necessidade de ser avisado sobre a venda, para que, no prazo de 30 
dias, o arrendatário possa exercer o seu direito, lei essa que se mostra no art. 92, § 3º. Assim, 
Pedro tem direitos tanto de preempção quanto de respeitar o prazo mínimo dado pela lei para 
a rescisão do contrato. 
3- Marcos, após ter celebrado contrato que instituía parceria agrícola com Dalva por quatro 
anos, desejou retomar o imóvel após dois anos de iniciada a parceria, alegando falta de 
pagamento. A respeito dessa situação hipotética, dos contratos agrários, justifique se está 
correta tal situação, com o respectivo diploma legal. 
 A situação está correta devido à inadimplência por falta de pagamento do aluguel ou da 
renda. Assim, a rescisão do contrato nesses casos, que se dá a partir da iniciativa de uma das 
partes, permite a outra parte cobrar indenização por perdas e danos, segundo o art. 27 e 37, III 
do Decreto nº 59.566/66 e o art. 92, § 6º do Estatuto da Terra. 
 
4 - Um latifundiário cadastrou-se no programa brasileiro de reforma agrária, com objetivo de 
obter mais terras contíguas à sua enorme fazenda situada em Goiás, e se informou a respeito 
do programa de políticas agrárias. A partir dessa situação hipotética, do Estatuto da Terra e 
da questão da reforma agrária e da política agrária e fundiária, justifique com base legal se o 
latifundiário poderá lograr êxito no seu intento de aumentar o tamanho de suas terras. 
 Não poderá lograr êxito, já que o latifundiário não se encaixa nos requisitos para 
participar de reforma agrária, tendo conhecimento do art. 184 da Constituição Federal.

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