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Resumo 
CIRURGIA 
 
Ana Júlia Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parte I: 
EXODONTIAS 
 
 
 
Os anestésicos locais são agentes químicos que, 
quando depositados nas proximidades de um nervo, 
provocam o bloqueio do impulso doloroso e depressão 
da excitação nas terminações nervosas, inibindo a 
condução dos impulsos nos nervos periféricos = perda 
de sensibilidade na área inervada por este nervo. 
Possuem ação em qualquer estrutura do organismo 
onde mecanismos de excitação e condução de 
impulsos estejam envolvidos. 
O anestésico não pode ser inserido no vaso nem no 
nervo. Deve ser próximo ao nervo. Se cair na corrente 
sanguínea pode afetar o SNC e o coração. 
Cada tubete anestésico possui 1,8mL de solução. Nele 
está contido: 
 Princípio ativo: lidocaína 2% (responsável pela 
anestesia, bloqueando o nervo). 
 Coadjuvante terapêutico: Epinefrinia 1g: 
100.000mL (intensifica a ação anestésica). Num 
choque anafilático é administrado adrenalina em 
alta concentração (pelo menos 1:1000). 
 Coadjuvante técnico: Bissulfito de sódio (evita que 
a adrenalida oxide) – algumas pessoas são 
alérgicas. 
 Veículo ou excipiente: água deionizada estéril 
(carrega o sal anestésico) 
FISIOLOGIA DO IMPULSO NERVOSO E SEU BLOQUEIO 
Bomba sódio/potássio: Normalmente o sódio fica fora e 
o potássio dentro. Quando o sódio entra, altera a 
polaridade da membrana nervosa, conduzindo o 
impulso nervoso. 
Nervos mielinizados: Possui nodos de Ranvier. Esses 
nodos de Ranvier possui uma condução rápida e 
saltatória. Esta é a condição do nervo alveolar inferior, 
que inerva todos os dentes inferiores. Precisa de uma 
quantidade adequada para que a substância alcançe 
pelo menos 3 nodos. 
 
 
 
 
 
 
Os anestésicos locais atuam nos canais de sódio, 
bloqueando ele e, consequentemente, diminuindo a 
entrada dos íons de sódio. 
 
FARMACOLOGIA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS 
Componentes: 
 Sal anestésico: Bloqueia a condução do impulso 
doloroso. Pode ser do tipo éster ou amida (a 
Lidocaína é do tipo amida). No Brasil não há 
formulações líquidas do tipo éster, apenas 
anestésicos tópicos (para mucosa - benzotop), 
pois causam mais reações alérgicas. 
 Vasoconstritor: Compensa a vasodilatação 
promovida pelos sais anestésicos, permitindo sua 
permanência no local por mais tempo. Pode ser 
uma amina simpatomiméticas (imita a ação do 
SNA simpático) ou derivaodos da vasopressina. 
 Preservante: Impede a contaminação da solução 
por bactéria. (Não faz sentido porque o tubete é 
descartado). Metilparabeno. 
 Anti-oxidante: Impede a oxidação do 
vasoconstritor. É utilizado o bissulfito de sódio 
(presente apenas em formulações que possuem 
aminas simpatomiméticas). 
 Veículo: completa o volume e carrega o princípio 
ativo: água deionizada estéril. 
Os anestésicos locais são bases livres (pouco solúveis e 
instáveis). Por isso, clinicamente são apresentados em 
forma de sal (base + ácido – HCl), ficando mais 
hidrossolúvel e estável. 
Soluções sem vasoconstritor: pH 5,5; com vasoconstritor: 
pH 3,3. O pH dos tecidos bucais é em torno de 7 a 7,5. A 
ardência sentida é devida ao pH do anestésico ser mais 
ácido. 
INFLUÊNCIA DO PH 
 Grupo amino: bases fracas com pKa de 7,5 a 9,5. 
 Neutralização pelos tampões teciduais. 
 Fração de forma catiônica convertida em base 
não ionizada. 
A parte não ionizada (apolar - lipofílica) é a que 
atravessa a membrana dos canais de sódio. Depois de 
atravessar para o meio intracelular, o equilíbrio químico 
é restabelecido entre a porção iônica e não iônica, e a 
porção com carga positiva (ionizada – polar - 
hidrofílica) é a que bloqueia o canal de sódio. 
Anestesia em tecidos inflamados: pH mais baixo (5-6) 
devido a liberação de ácidos pelas células de defesa 
no tecido, enquanto o meio intracelular continua 7,4. 
Dessa forma, há muito H+, desolocando o equilíbrio para 
a porção polar (quantidade muito pequena de 
conteúdo apolar). Assim, o bloqueio do canal de sódio 
é muito pequeno = anestesia não eficaz. 
 
Farmacologia dos Anestésicos Locais 
SAIS ANESTÉSICOS 
As amidas mais utilizadas são: Lidocaína, Prilocaína, 
Mepivacaína, Articaína, Bupivacaína. São 
extremamente anfipáticas, ou seja, possuem uma parte 
lipofílica e outra hidrofílica. A porção lipofílica permite a 
passagem por membranas. A porção hidrofílica permite 
que a substância se difunda pelos líquidos intersticiais. 
Diferenças farmacológicas entre as amidas: 
 
 
 
 
 
 
 pKa: Quanto mais próximo o pKa do pH, mais fácil 
o anestésico atravessa a membrana nervosa. 
 Tempo de latência: Depois de injetado quanto 
tempo leva para fazer efeito. 
 Lipossolubilidade: Está relacionada com a 
potência. Se menor a concentração, com efeito 
muito bom = maior potência. 
 Atividade vasodilatadora: Os anestésicos possuem 
ação vasodilatadora, o que diminui a potência e 
a duração anestésica, por isso é utilizado um 
vasoconstritor (adrenalina). 
 
 
 
 
 
 
 
*Articaína não segue o padrão, pois sua estrutura 
química é diferente. 
FARMACOCINÉTICA 
 Absorção: É absorvido pela vascularização local. 
 Distribuição: Se distribui pelo organismo. A 
toxicidade está relacionada com a possibilidade 
de poder atuar em mebranas excitáveis, como o 
coração e SNC. Atravessam as barreiras 
hematoencefálica e placentária (lidocaína é a 
mais indicada para gestantes). 
 Metabolismo: os do tipo amida são metabolizados 
no fígado. A prilocaína é metabolizada no fígado, 
nos pulmões e em menor quantidade nos rins. A 
articaína é metabolisada no fígado e plasma 
(semelhantemente aos ésteres, ela sofre hidrólise 
pela pseudocolinesterase plasmática). 
 Excreção: Renal. 
AÇÕES SISTÊMICAS 
Está relacionado com altas concentrações no sangue, 
atuando no SNC e SCV. 
Inicialmente, causam sonolência e depressão, por 
inibirem impulsos nervosos no SNC. Em níveis muito altos, 
causa convulsões. 
Importante ter cuidado para quem tem níveis 
plasmáticos pequenos (crianças). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VASOCONSTRITOR 
Todos os sais anestésicos possuem ação vasodilatadora: 
Aumentam o fluxo sanguíneo, possuindo ação 
anestésica diminuída. A absorção é extremamente 
rápida, aumentando o risco de superdosagem. 
Também aumenta o sangramento local. 
 
 
 
 
A mepivacaína pode ser apresentada sem 
vasoconstritor por ter menor ação vasodilatadora. A 
prilocaína pode ser apresentada com um vasoconstritor 
bem fraco. Os vasoconstritores: 
 Diminuem o fluxo sanguíneo local. 
 Diminuem a absorção. 
 Diminuem o risco de supedosagem. 
 Aumentam a duração da anestesia. 
 Hemostasia. 
O vasoconstritor age no vaso sanguíneo, 
vasoconstruindo ele e possibilitando que mais sal fique 
disponível para exercer efeito anestésico. 
São classificados em: 
1- AMINAS SIMPATOMIMÉTICAS: 
Mimetizam a ação do SN simpático. A epinefrina é o 
vasoconstritor mais potente, portanto precisa de menor 
quantidade para exercer efeito (é por isso que ela é o 
mais seguro). 
Se administrado grandes concentrações de 
vasoconstritor, como é o caso da fenilefrina, em áreas 
de pouco volume tecidual (ex: palato) pode causar 
necrose, pois a vasoconstrição será intensa e por tempo 
prolongado devido a sua ligação estável com os 
receptores. 
A adrenalina exógena pode sim interagir com nosso SN 
simpático, mas a concentração utilizada na odonto é 
extremamente segura. O SNS causa vasodilatação, 
aceleramento do bpm e da PA. Para pacientes com 
hipertensão devemos ter mais cuidado. 
 
 
 
 
Só podemos administrar vasoconstritor para pacientes 
cardiopatas controlados (em doses menores). Para 
pacientes que não controlam a doença, evitamos 
atendimento odontológicos. Se for um caso deextrema 
urgência não utilizaremos adrenalina. 
Para cardiopatas controlados sempre utilizaremos 
adrenalina ao invés dos outros vasoconstritores, por ser 
mais segura. 
Contra indicações: 
 Angina instável (diminuição da vascularização do 
miocárdio). 
 Infarto do miocárdio recente. 
 Cirurgia recente de revascularização (menos de 6 
meses). 
 Hipertenção não controlada. 
 Doença cardíaca congestiva não controlada. 
 Hipertireoidismo não controlado. 
 Feocromocitoma (tumor que produz adrenalina). 
 Alergia a Bissulfido de sódio (nesse caso utiliza-se 
Prilocaína com felipressina). 
2- DERIVADOS DA VASOPRESSINA: 
 Felipressina 
 Não é recomendada para controle da 
hemostasia. 
 Menor potência que as aminas simpatomiméticas. 
 No Brasil ela é associada apenas à Prilocaína. 
 Paciente cardiopata compensado: máximo de 3 
tubetes. 
A diferença entre ela e as aminas simpatomiméticas é 
que as aminas atuam na parte venosa e arterial. A 
Felipressina atua apenas na porção venosa. 
PRECAUÇÕES GERAIS 
 Anamnese detalhada . 
 Dose segura. 
 Injeção lenta (se atingir algum vaso, da tempo do 
sangue diluir a solução e não ocorre toxicidade 
relativa). 
 Aspiração prévia (para conferir de não está 
dentro de algum vaso). 
ANESTÉSICOS DISPONÍVEIS PARA USO ODONTOLÓGICO 
NO BRASIL 
Anestésicos tópicos: 
 Benzocaína gel 20% (muito lipossolúvel, éster). 
 Lidocaína pomada 5 ou 6%. 
 Lidocaína solução 10%. 
*Tomar cuidado com as crianças devido a alta 
concentração. 
Anestésicos injetáveis: Lidocaína, Mepivacaína, 
Prilocaína, Articaína, Bupivacaína. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Lidocaína 2% sem vasoconstritor não é indicada. 
 A lido 1:100000 é a escolha nº 1. 
 A mepi 3% sem vaso também não é tão indicada 
(dura no máximo uns 45 minutos – normalmente 30 
minutos). 
 A mepi 2% com vasocontritor tem um tempo de 
duração muito parecido da lido 2% com 
vasoconstritor, o que muda é o tempo de 
latência. 
 Articaína possui um tempo maior de duração 
devido a sua maior difusabilidade tecidual e 
ligação proteica. 
 O vasoconstritor da Prilo é a Felipressina, por isso 
sua duração é menor, mas ainda é eficiente. 
 A bupi não é tão utilizada devido ao seu tempo 
de duração longo e de latência também. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÕES COMERCIAIS 
 
 
 
 
 
 
A mais indicada é a alphacaine 1:100.000 com tubete 
de vidro. O tubete de plástico possui metilparabeno e 
às vezes o paciente possui alergia. 
Quanto maior a concentração do vasoconstritor, mais 
tóxico. Por isso a lido 1:100.000 é a mais indicada. 
 
 
 
 
 
 
 
Em relação a Lidocaína, a mepi possui o tempo de 
latência menor, mas seu efeito é parecido, porém é 
bem mais cara. 
Ela pode ser apresentada sem vaso, pois possui baixa 
potência vasodilatadora, mas a mais indicada é a mepi 
com epinefrina. 
 
 
 
 
 
A prilo, por apresentar uma potência vasodilatadora 
mais baixa, é associada à felipressina, que é um 
vasoconstritor menos potente. 
A mais conhecida é a Citocaína, mas a única que 
possui tubete de vidro é a Prilonest (mesmo com tubete 
de vidro, ela possui metilparabeno). 
O principal problema da Prilo é a possibilidade de 
ocrrência de metemoglobinemia. Mas isso só acontece 
quando há sobredose de anestésico. 
A metemoglobinemia é um processo fisiológico no 
nosso organismo. As nossas hemoglobinas passam por 
um processo de oxidação, em que 1% vira 
metemoglobina (ferro oxidado). Essa metemoglobina se 
liga ao oxigênio de maneira estável, não realizando 
troca gasosa. Nesta condição fisiológica, não há 
prejuízos para o paciente. 
Portanto, a metemoglobinemia é um distúrbio 
hematológico no qual a hemoglobina é oxidada, 
ficando a molécula incapaz de liberar oxigênio. Isso 
acontece quando a oxidação é muito alta (cerca de 
30%). 
A prilocaína promove a formação da metemoglobina, 
mas isso só é evidente se ocorrer sobredose. *Tomar 
cuidado com as crianças e pacientes com distúrbios 
hematológicos e não utilizar em grávidas. 
Os efeitos só serão sentidos na casa do paciente, e não 
no consultório. O paciente começa a ficar cianótico 
(coloração azulada por não conseguir realizar a troca 
gasosa). Para este paciente, deve ser administrado azul 
de metileno por meio de intravenosa lenta (no hospital). 
*Administração de oxigênio por via inalatória não 
melhora o caso. 
A benzocaína tópica (éster) também pode causar 
metemoglobinemia). 
 
 
 
 
 
 
A sua estrutura química possui uma boa difusão tecidual 
(boa para infiltração). Por falta de estudo, é contra-
indicada para crianças menores de 4 anos. Não há 
necessidade de utilizar articaína para a técnica de 
bloqueio. 
 
 
 
ARQUITETURA DA MAXILA 
É um osso par, e ela possui o seio maxilar: 
 O seio maxilar possui quatro faces sendo: anterior 
(vestibular), face infratemporal (posterior), face 
orbital (superior) e face nasal (medial). 
 Quanto mais idoso o paciente, mais 
pneumatizado fica o seio e mais delgado fica a 
cortical sinusal. 
 Os septos maxilares são importantes, pois se a raiz 
do dente estiver naquela região, pode vir a 
dificultar a sua extração. 
 Pode possuir cúpulas alveolares, ou seja, isso 
ocorre quando uma raiz do dente penetra para o 
interior do seio maxilar formando uma saliência no 
soalho do seio maxilar. Devemos nos atentar a isso 
nas exodontias e curetagens, para que não se 
invada o soalho do seio maxilar e assim perfure a 
membrana e ocorra uma comunicação buco-
sinusal. 
 O segundo molar é o dente com maior 
proximidade com o seio maxilar. O 3º só possui 
maior proximidade se estiver incluso. 
Processos da maxila: Zigomático, frontal, alveolar e 
palatino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zonas de resistência: 
 
 
 
 
 
 
 
Zonas de fragilidade: 
 Le fort I: Ocorre transversalmente pela maxila 
acima das raízes dentárias. 
 Le fort II: Há fratura dos ossos nasais e do processo 
frontal da maxila. 
 Le fort III: As fraturas geralmente ocorrem pelas 
suturas zigomaticofrontal, frontomaxilar e 
nasofrontal, soalhos das órbitas etmóide e 
esfenóidde. A face se separa do crânio. 
 
ARQUITETURA DA MANDÍBULA 
É um osso mais compacto. 
 Possui face externa, face interna, borda superior 
(processo alveolar) e borda inferior. 
 O processo alveolar sofre reabsorção fisiológica 
conforme vai perdendo os dentes. Isso pode expor 
o forame mentual e o canal do nervo alveolar 
inferior, principalmente se perdeu os dentes 
jovens. 
 É mais comum a reabsorção da maxila do que da 
mandíbula. 
Ramo da mandíbula: Face externa, face interna, 
processos coronóide e condilar. 
 
 
 
Anatomia Direcionada à Anestesiologia 
 Pilar canino. 
 Pilar zigomático. 
 Pilar pterigóideo. 
 
 Viga infaorbitária. 
 Viga infranasal. 
 Viga supraorbitária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mais ou menos entre primeiro e segundo molar inicia-se 
a linha oblíqua. Ela é continuada pelo ramo da 
mandíbula e nesta região forma-se o trígono retromolar, 
que é uma zona de resistência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zonas de resistência: 
 Mento. 
 Trajetória basal. 
 Trajetórias alveolares (linha oblíqua). 
 Trajetória temporal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zonas de fragilidade: 
 Colo da cabeça da mandíbula. 
 Região do forame mentual. 
 Ângulo da mandíbula (principalmente se tiver 3º 
molar incluso), etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
M 
O nervo trigêmio é o quinto (V) par entre os 12 pares de 
nervos cranianos que estão ligados diretamente ao 
cérebro ou tronco cerebral. Ele possui três ramos que 
conduzem as sensações das partes superior, média e 
inferior da face até o cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ele é constituído de uma pequena raiz motora e de uma 
raiz sensorial (tripartida) consideravelmente maior. A raiz 
motorasupre os músculos da mastigação e outros 
músculos da região. Os três ramos da raiz sensorial 
suprem a pele de toda a face e a membrana mucosa 
das vísceras cranianas e da cavidade oral, exceto pela 
faringe e a base da língua. 
NERVO OFTÁLMICO 
A divisão oftálmica é o primeiro ramo do nervo 
trigêmeo. Ela é puramente sensorial e é a menor das três 
divisões. Ela sai do crânio e penetra na órbita pela fissura 
orbital superior. 
 
 
 
 
 
 
 
Imediatamente antes de passar pela fissura orbital 
superior, o nervo oftálmico se divide em três ramos 
principais: 
1. Nervo nasociliar: O nervo nasociliar segue ao 
longo da borda medial do teto orbital, emitindo 
ramos à cavidade nasal e terminando na pele na 
base do nariz. 
2. Nervo frontal: O nervo frontal segue anteriormente 
pela órbita, dividindo-se em dois ramos: 
supratroclear e supraorbital. O nervo supratroclear 
supre a conjuntiva e a pele sobre os aspectos 
inferior e mesial da fronte. O nervo supraorbital é 
sensorial à pálpebra superior, ao couro cabeludo 
até o osso parietal e à sutura lambdoide. 
OBS: São nervos que podemos anestesiar em 
algum trauma de face. 
3. Nervo lacrimal: O nervo lacrimal é o menor ramo 
da divisão oftálmica. Ele supre a parte lateral da 
pálpebra superior e uma pequena área de pele 
adjacente. 
NERVO MAXILAR 
A divisão maxilar do nervo trigêmeo se origina do meio 
do gânglio trigêmeo, e sai do crânio pelo forame 
redondo. Depois de sair do crânio, o nervo maxilar cruza 
a parte mais superior da fossa pterigopalatina, entre as 
lâminas pterigoides do osso esfenoide e do osso 
palatino. Ao cruzar a fossa pterigopalatina, emite ramos 
ao gânglio esfenopalatino, o nervo alveolar superior 
posterior e os ramos zigomáticos. O mesmo se inclina 
então lateralmente num sulco sobre a superfície 
posterior da maxila, penetrando na órbita pela fissura 
orbital inferior. Na órbita, ocupa o sulco infraorbital e se 
torna o nervo infraorbital, que segue anteriormente pelo 
canal infraorbital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Nervo zigomático: O nervo zigomático se origina da 
divisão maxilar na fossa pterigopalatina e segue 
anteriormente, penetrando na órbita pela fissura orbital 
inferior, na qual se divide nos nervos zigomatotemporal 
e zigomatofacial. 
 Zigomatotemporal: supre a inervação sensorial da 
pele na lateral da fronte. 
 Zigomatofacial: supre a pele sobre a 
proeminência da bochecha. 
2- Nervo alveolar superior posterior: O nervo alveolar 
superoposterior (ASP) se origina do tronco principal da 
divisão maxilar na fossa pterigopalatina, imediatamente 
antes de essa divisão entrar no canal infraorbital. Há 
Nervo Trigêmio 
comumente dois ramos ASP, mas ocasionalmente 
emerge um único tronco. Na presença de dois troncos: 
 Um deles inerva a parte externa do osso: gengiva 
vestibular na região molar e mucosas faciais 
adjacentes. 
 O outro que fornece inervação à mucosa do seio 
maxilar, osso alveolar, ligamento periodontal e 
tecidos pulpares dos posteriores superiores (todos 
os molares, menos a raiz mesiovestibular do 1º 
molar em 28% dos pacientes). 
3- Nervo infraorbital: No canal infraorbital, o nervo 
infraorbital se ramifica em: 
1. Nervo Alveolar Superior Médio (ASM): O nervo 
ASM fornece inervação sensorial aos dois pré-
molares maxilares, bem como tecidos 
periodontais, tecidos moles bucais e osso alveolar 
da região adjacente. Além disso, pode ser que 
inverve a raiz mesiovestibular do primeiro molar. O 
nervo ASM está presente em cerca de 72% dos 
pacientes. Em sua ausência, essas inervações 
eventualmente são fornecidas pelo nervo alveolar 
superoanterior (ASA). 
2. Nervo alveolar superior anterior (ASA): O nervo 
ASA proporciona a inervação pulpar aos incisivos 
centrais e laterais e ao canino e inervação 
sensorial aos tecidos periodontais, ao osso bucal e 
às membranas mucosas desses dentes. 
O nervo ASA se comunica com o nervo ASM e 
emite um pequeno ramo nasal que inerva a parte 
anterior da cavidade nasal, juntamente com 
ramos dos nervos pterigopalatinos. 
4- Nervos pterigopalatinos: São 2 troncos curtos que se 
unem no gânglio pterigopalatino. Os ramos dos nervos 
pterigopalatinos incluem aqueles que suprem quatro 
áreas: órbita, nariz, palato e faringe. 
1. Os ramos orbitais suprem o periósteo da órbita. 
2. Os ramos nasais suprem as membranas mucosas 
da concha nasal superior e da média, o 
revestimento dos seios etmoidais posteriores e a 
parte posterior do septo nasal. Um deles é 
importante para a odontologia: o nasopalatino. 
Ele passa pelo teto da cavidade nasal para baixo 
e para diante, situando-se entre a membrana 
mucosa e o periósteo do septo nasal. Depois 
continua para baixo, chegando ao assoalho da 
cavidade nasal e emitindo ramos à parte anterior 
do septo nasal e ao assoalho do nariz. O nervo 
nasopalatino passa então ao canal incisivo, pelo 
qual segue até a cavidade oral passando pelo 
forame incisivo. Os nervos nasopalatinos direito e 
esquerdo emergem juntos por esse forame e 
proporcionam sensação à mucosa do palato de 
caninos até incisivos centrais. 
3. Os ramos palatinos incluem o nervo palatino maior 
(ou anterior) e os nervos palatinos menores (médio 
e posterior). 
O palatino maior desce pelo canal 
pterigopalatino e emerge no palato duro pelo 
forame palatino maior e inerva a lâmina horizontal 
e processo palatino da maxila, tecidos moles, 
ossos palatinos anteriormente até o primeiro pré-
molar superior, algumas partes do palato mole e 
ramo nasal posterior inferior. 
Os nervos palatinos menores emergem pelo 
forame palatino menor. O nervo palatino médio 
inerva a membrana mucosa do palato mole e o 
palatino posterior inerva a região tonsilar (úvula, 
tonsila, glândulas palatinas). 
4. O ramo faríngeo é um pequeno ramo que sai da 
parte posterior do gânglio pterigopalatino, passa 
pelo canal faríngeo e é distribuído à membrana 
mucosa da parte nasal da faringe. 
NERVO MANDIBULAR 
A divisão mandibular é o maior ramo do nervo trigêmeo. 
Ela constitui um nervo misto com duas raízes: uma 
grande raiz sensorial e uma raiz motora menor, que 
representa todo o componente motor do nervo 
trigêmio. 
As duas raízes emergem do crânio separadamente pelo 
forame oval, com a raiz motora situando-se 
medialmente à raiz sensorial. Elas se unem 
imediatamente fora do crânio e formam o tronco 
principal da terceira divisão. Este tronco permanece 
intacto por 2 a 3 mm e, novamente, se divide em uma 
pequena divisão anterior e uma grande região 
posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A parte da orelha e do pescoço é inervada pelo Plexo 
Cervical. Para nossos procedimentos cirúrgicos 
devemos ter o cuidado de complementar a anestesia 
no plexo cervical, principalmente para extrusão de 
terceiro molar incluso. 
O nervo mandibular emite ramos em 3 áreas: 
1- Ramos do nervo não dividido: Ao sair do forame oval, 
o tronco nervoso principal não dividido emite dois ramos 
durante seu trajeto de 2 a 3 mm: 
1. Nervo espinhoso: penetra novamente no crânio 
pelo forame espinhoso para suprir a dura-máter e 
as células aéreas mastoides. 
2. Nervo pterigóide medial: é um nervo motor ao 
músculo pteriogide medial. Ele emite pequenos 
ramos motores ao tensor do véu palatino e tensor 
do tímpano. 
2- Ramos da divisão anterior: Os ramos da divisão 
anterior proporcionam inervação motora aos músculos 
da mastigação e sensorial à mucosa da bochecha e à 
membrana mucosa bucal dos molares mandibulares. 
Ela segue para diante sob o músculo pterigoide lateral 
(externo) por uma curta distância e chega então à 
superfície externa desse músculo passando entre suas 
duas cabeças ou, mais raramente, contornando sua 
borda superior. A partir desse ponto ela é designada 
como nervo bucal. 
1. Nervo bucal: Embora sob o músculo pterigoide 
lateral, o nervo bucal emite diversos ramos: os 
nervos temporais profundos e os nervosmasseter 
e pterigoide lateral, fornecendo inervação 
motora aos respectivos músculos. 
Ao nível do plano de oclusão do terceiro ou do 
segundo molar mandibular, ele cruza em frente à 
borda anterior do ramo e penetra na bochecha 
através do músculo bucinador. As fibras sensoriais 
são distribuídas à pele da bochecha. Outras fibras 
passam ao trígono retromolar, fornecendo 
inervação sensorial à gengiva vestibular dos 
molares mandibulares e à prega mucovestibular 
nessa região. 
A anestesia do nervo bucal é importante para 
procedimentos odontológicos requerendo a 
manipulação dos tecidos moles sobre a superfície 
vestibular dos molares mandibulares. 
3- Ramo da divisão posterior: É basicamente sensorial, 
com um pequeno componente motor. Ela se ramifica 
em: 
1- Nervo auriculotemporal: O nervo auriculotemporal 
não é profundamente significativo em odontologia. Ele 
atravessa a parte superior da glândula parótida e cruza 
então a parte posterior do arco zigomático. Ele emite 
alguns ramos, todos os quais são sensoriais. 
2- Nervo lingual: O nervo lingual segue anterior e 
medialmente ao nervo alveolar inferior, a cujo trajeto 
ele é paralelo. Ele é o trato sensorial aos dois terços 
anteriores da língua, fornecendo tranto sensação geral 
como sensação gustativa a essa região. 
Além disso, o nervo lingual fornece inervação sensorial 
às membranas mucosas do assoalho da boca e à 
gengiva na parte lingual da mandíbula. 
 
 
 
 
É o nervo mais comumente associado a casos de 
parestesias. 
3- Nervo alveolar inferior: É o maior ramo da divisão 
mandibular. Ele desce medialmente ao músculo 
pterigoide lateral e lateroposteriormente ao nervo 
lingual, até a região entre o ligamento 
esfenomandibular e a superfície medial do ramo da 
mandíbula, onde penetra no canal mandibular ao nível 
do forame mandibular. 
1. Nervo millo-hióideo: Se ramifica do nervo alveolar 
inferior antes da entrada desse último no canal 
mandibular. Ele segue até chegar no músculo 
milo-hióideo. 
 
O nervo milo-hióideo é um nervo misto, sendo 
motor ao músculo milo-hióideo e ao ventre 
anterior do digástrico. Acredita-se que ele 
contenha fibras sensoriais que suprem a pele 
sobre a superfície inferior e a superfície anterior da 
protuberância mentual. Ele pode também 
proporcionar inervação sensorial aos incisivos 
mandibulares. As evidências sugerem que o nervo 
milo-hióideo também pode estar envolvido em 
suprir a inervação pulpar à partes dos molares 
mandibulares em algumas pessoas, geralmente à 
raiz mesial do primeiro molar mandibular. 
Depois de penetrar no canal mandibular, o nervo 
alveolar inferior segue anteriormente acompanhado 
pela artéria e veia alveolares inferiores. 
O plexo dentário serve aos dentes mandibulares 
posteriores, penetrando por seu ápice e 
proporcionando a inervação pulpar. Outras fibras 
suprem inervação sensorial aos tecidos periodontais 
bucais desses mesmos dentes. 
O nervo alveolar inferior se divide em seus dois ramos 
terminais no forame mentual: 
1. Nervo incisivo: Permanece no canal mandibular e 
forma um plexo nervoso que inerva os tecidos da 
polpa dos pré-molares, incisivos e caninos 
mandibulares pelos ramos dentários. 
2. Nervo mentual: Sai do canal pelo forame mentual 
e se divide em três ramos principais que inervam a 
pele do queixo e a pele e a membrana mucosa 
do lábio inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
NERVO ALVEOLAR SUPERIOR POSTERIOR 
Posição do operador destro: 
 Esquerdo: de frente para o paciente - 10 horas. 
 Direito: se de frente para o paciente - 8 horas. 
Referências anatômicas: 
 Crista zigomático-alveolar, túber da maxila. 
Técnica: 
 Introduzir a agulha (curta, para evitar atingir o plexo 
pterigóideo e causar hematoma) no fundo de sulco 
mucovestibular do 2º molar superior (angulação de 
45º com o plano oclusal maxilar) em direção ao 
túber da maxila. 
 Avançar a agulha lentamente para cima, para 
dentro e para trás em um só movimento. 
 Aspirar. 
 Aplicar de 1 a 2 minutos, a quantidade de 0,9 a 1,8 
mL. 
Região anestesiada: 
 Polpas, periodonto, periósteo vestibular, e gengiva 
vestibular de 1º a 3º molar superior (todo o dente = 
72%; raiz mesiovestibular do primeiro molar superior 
não anestesiada = 28%). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO 
Este nervo está presente em apenas 28% dos pacientes. 
Quando está ausente, quem inerva a raiz mésio 
vestibular do 1º molar, provavelmente, é o NASA. 
*Quando o bloqueio do NASA não promove anestesia 
posterior ao canino, o paciente possui o NASM. 
Posição do operador destro: 
 Direito: de frente para o paciente - 10 horas. 
 Esquerdo: de frente para o paciente - 8 ou 9 horas. 
Referências anatômicas: 
 Fossa canina, parede antero-lateral da maxila. 
Técnica: 
 Introduzir a agulha (curta) na prega mucovestibular 
do 2º pré-molar, em direção ao ápice do mesmo. 
 A agulha deve estar verticalizada e à 45º em 
relação à parede óssea vestibular. 
 Aspirar. 
 Aplicar em 1 minuto, a quantidade de 0,9 a 1,2 mL. 
Região anestesiada: 
 Polpas, periodonto, periósteo vestibular e mucosa e 
gengiva vestibular do 1º e 2º pré-molares superiores 
e raiz mesiovestibular do 1º molar superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR 
Posição do operador destro: 
 Direito ou esquerdo: 10 horas - de frente para o 
paciente ou voltado para o mesmo lado que ele. 
Técnica: 
 Introduzir a agulha (longa) na altura da prega 
mucovestibular diretamente sobre o primeiro pré-
molar em direção ao forame infraorbitário. 
 Aspirar. 
 Depositar lentamente de 0,9 a 1,2 ml (por 30 a 40s). 
Região anestesiada: 
 Alvéolos, polpas, periodonto, periósteo vestibular, 
mucosa e gengiva vestibular de incisivo central a 2º 
pré-molar superior, em cerca de 72% dos pacientes. 
Técnicas Anestésicas 
Também provoca a anestesia da pálpebra inferior, 
aspecto lateral do nariz, lábio superior. 
 
 
 
 
 
 
NERVO PALATINO MAIOR 
Posição do operador destro: 
 Direito: de frente para o paciente - 7 ou 8 horas. 
Esquerdo: de frente para o paciente - 11 horas. 
Referências anatômicas: 
 Forame palatino maior, processo piramidal do osso 
palatino. 
Técnica: 
 Localizar o forame palatino maior e pressionar um 
cotonete nele (o forame se localiza mais 
frequentemente num ponto distal ao 2º molar 
superior, mas pode variar). 
 Posicionar a agulha (curta) levemente anterior ao 
forame palatino maior, com direção da agulha 
pelo canino do lado oposto e à 45º do palato. 
 Depositar uma gotícula antes de introduzir a agulha 
e avançar lentamente a agulha até que toque 
suavemente o osso palatino, injetando a solução 
durante todo o procedimento. 
 Aspirar. 
 Injetar lentamente não mais do que 1/4 a 1/3 de um 
tubete (0,45 a 0,6ml). 
Região anestesiada: 
 Região palatina de 3º molar a 1º pré-molar, 
periósteo palatino e gengiva palatina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NERVO NASOPALATINO 
Técnica da injeção única: 
Posição do operador destro: 
 9 ou 10 horas - mesma direção do paciente. 
Referências anatômicas: 
 Forame incisivo, fossa incisiva. 
Técnica: 
 Pressionar a haste de algodão diretamente sobre a 
papila incisiva (0,5 a 1 cm de distância dos IC). 
 Depositar uma gotícula antes de introduzir a agulha 
e avançar lentamente e lateralmente até o forame 
incisivo. 
 A direção da agulha é paralela às faces palatinas 
dos incisivos centrais. 
 Aspirar. 
 Injetar lentamente não mais que 1/4 a 1/3 de um 
tubete (0,45 ml). 
Região anestesiada: 
 Porção anterior do palato duro (tecidos moles e 
duros) de canino à canino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica das múltiplas injeções: 
Técnica: 
 Infiltração de 0,3 ml no freio labial. 
 Introduzir a agulha na papila interdental, logo 
acima do nível do osso da crista. Direcioná-la para 
a papila incisiva. 
 Aspirar. 
 Administrar não mais do que0,3 ml de solução 
anestésica em aproximadamente 15s. 
 Introduzir a agulha na papila incisiva. 
 Aspirar. 
 Depositar lentamente não mais de 0,3 ml do 
anestésico em aproximadamente 15s. 
 
 
 
 
 
 
 
PTERIGOMANDIBULAR INDIRETA 
Referências anatômicas: 
 Linha oblíqua, ramo da mandíbula, trígono 
retromolar, ligamento pterigomandibular, forame 
mandibular. 
Técnica: 
 Plano oclusal deve estar pararelo ao solo. 
 Percorrer o dedo indicador pela linha oblíqua 
encontrando o ramo da mandíbula. 
 Encontrar a prega pterigomandibular. 
 Será imaginado um triângulo, cujo ápice está 
voltado para o trígono retromolar e os lados são 
o ramo da mandíbula e a rafe pterigomandibular. 
 
 
 
 
 
 O ponto de punção será a bissetriz do triângulo, 1 
cm acima do plano oclusal. 
 Introduzir cerca de 0,5 a 1 cm da agulha e injetar 
anestésico = nervo bucal. 
 Introduzir mais 0,5 a 1 cm da agulha = nervo lingual. 
 Retrai a agulha e vira o conjunto agulha-carpule 
até os pré-molares do lado oposto. Insere 
novamente a agulha até tocar no osso, retrai mais 
um pouco e deposita a solução anestésica = 
forame da mandíbula, nervo alveolar inferior. 
Região anestesiada: 
 Hemi-mandíbula, polpas, alvéolos, periodonto, 
periósteo vestibular, mucosa e gengiva vestibular e 
lingual de IC a 3º molar, além de lábio inferior e 2/3 
anteriores da língua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PTERIGOMANDIBULAR DIRETA 
Referências anatômicas: 
 Linha oblíqua, ramo da mandíbula, trígono 
retromolar, ligamento pterigomandibular, forame 
mandibular. 
Técnica: 
 Plano oclusal do paciente deve estar pararelo ao 
solo. 
 Percorrer o dedo indicador pela linha oblíqua 
encontrando o ramo da mandíbula. 
 Encontrar a prega pterigomandibular. 
 Será imaginado um triângulo, cujo ápice está 
voltado para o trígono retromolar e os lados são 
o ramo da mandíbula e o ligamento 
pterigomandibular. 
 O ponto de punção será a bissetriz do triângulo, 1 
cm acima do plano oclusal, com o conjunto 
carpule-agulha já na posição de pré-molares do 
lado oposto. 
 Penetrar a agulha em torno de 1 cm e injetar o 
anestésico = nervo lingual. 
 Penetrar a agulha um pouco mais, até o forame 
mandíbular e injetar a solução anestésica = nervo 
alveolar inferior. 
Região anestesiada: 
 Hemi-mandíbula, polpas, alvéolos, periodonto e 
periósteo vestibular de IC a 3º molar; mucosa e 
gengiva vestibular anterior aos pré-molares e 
lingual, além de lábio inferior e 2/3 anteriores da 
língua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NERVO BUCAL 
Técnica: 
 Insere-se a agulha sobre a membrana mucosa distal 
e bucal em relação ao dente molar mais distal no 
arco. 
 Avançar a agulha devagar até fazer contato de 
leve com o mucoperiósteo. Para evitar a dor ao 
contato da agulha com o mucoperiósteo, 
depositar algumas gotas de anestésico local 
imediatamente antes do contato. A profundidade 
de penetração é geralmente de apenas 1 ou 2 mm. 
 1/3 do tubete para anestesiar o nervo bucal é 
suficiente. 
Região anestesiada: 
 Proporciona inervação sensorial aos tecidos moles 
bucais adjacentes aos molares mandibulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NERVO MENTUAL 
Técnica: 
 Insere-se a agulha (curta) na prega mucobucal no 
forame mentual ou imediatamente anterior ao 
mesmo (ele é encontrado habitualmente em torno 
do ápice do segundo pré-molar). 
 A direção da agulha deve ser de posterior para 
anterior, de lateral para medial e de cima para 
baixo, entre os pré-molares. 
 1/3 do tubete é suficiente. 
Região anestesiada: 
 Promove a anestesia da membrana mucosa bucal, 
anteriormente ao forame mentual (em torno do 
segundo pré-molar) até a linha média e a pele do 
lábio inferior e do queixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A exodontia está ligada à terapêutica e à profilaxia dos 
focos de infecção. 
Ela não pode ser indicada sem que antes tenham sido 
esgotadas todas as possibilidades de aproveitamento 
do dente. 
INDICAÇÕES 
 Dentes com focos de infecção. 
 Dentes decíduos. 
 Periodontites avançadas. 
 Pericoronarites: Pericoronarite é um processo 
inflamatório em um dente que está parcialmente 
coberto pela gengiva. Essa condição é causada 
por má higiene bucal aliada ao dente 
parcialmente irrompido, sendo mais comum nos 
terceiro molares. Primeiro controlamos a infecção 
e depois operamos. 
 Razões protéticas / ortodônticas. 
 Dentes não restauráveis. 
 Dentes inclusos / impactados. 
 Dentes supra numerários. 
 Dentes fraturados. 
 Raízes residuais. 
 Dentes incluídos em neoplasias benignas ou 
associados a lesões patológicas. 
 Dentes envolvidos em fraturas dos maxilares. 
 Dentes em desoclusão. 
 Dentes que traumatizem os tecidos moles. 
 Dentes em regiões de radioterapia. 
 Motivos estéticos ou econômicos. 
CONTRA-INDICAÇÕES 
 Estado físico, psicológico e odontológico do 
paciente. 
 Estruturas nobres. 
 Extremos de idades. 
 Patologias. 
 Diabetes. 
 Debilitação imunológica. 
 Hemofilia. 
 Processo inflamatório agudo. 
 Hipertensão. 
 Gestantes. 
 Pacientes com afecções hepáticas graves. 
 Neoplasias bucais. 
 Leucemias. 
 Anemia perniciosa. 
 Tc e Ts anormal. 
 Alergias. 
 Tuberculose. 
AVULSÃO IDEAL 
 Remoção indolor. 
 Mínimo trauma. 
 Sem problemas protéticos pós-operatório. 
 Conhecimento das técnicas. 
Antes do procedimento, devemos avaliar: 
 Relacionamento do elemento com estruturas 
importantes, a configuração das raízes e as 
condições do osso circunvizinho. 
 Tamanho do saco folicular: Interfere diretamente 
no tamanho do espaço que terá para 
movimentar o dente. Obtido pela radiografia. 
 Relação com o canal mandibular (nervo alveolar 
inferior). 
 Relação com o seio maxilar (principalmente o 
2MS). 
PREPARAÇÃO DO PACIENTE 
 Biossegurança. 
 Montagem correta da mesa cirúrgica. 
 Correta posição da cadeira. 
É muito importante fazer um planejamento das 
exodontias e da técnica a ser utilizada. 
Podemos fazer uma medicação pré-operatória para 
controle da ansiedade, controle de edema, pré-
analgesia, antibiótico-profilático, etc. Isso varia de 
acordo com cada paciente. 
Há dois tipos de profilaxia: 
1- Profilaxia cirúrgica: Serve para cobertura 
antibiótica durante o ato operatório. É feito com 
1g de amox 1 hora antes do procedimento. 
2- Profilaxia para endocardite bacteriana: Serve 
para cobertura antibiótica durante o ato 
operatório e durante um período do pós-
operatório. É feito com 2g de amox 1 hora antes. 
A endocardite bacteriana é uma infecção do 
endocárdio das câmaras do coração ou das 
válvulas. 
Não está indicada a antibiotico-profilaxia em dentes 
erupcionados e dentes inclusos superiores, pois a taxa 
de infecção é baixa. Mas está indicada em dentes 
inclusos inferiores e em implantodontia. 
Hoje em dia, o uso de antibióticos no pós-operatório tem 
diminuído bastante. Podemos fazer um controle local 
com clorexidina 0,12% caso o procedimento não tenha 
sido tão invasivo. 
Também podemos realizar: 
1- Pré-analgesia: Pode ser realizada 1 hora antes 
com dipirona, sedalêne, ou Tylex e Tramadol caso 
necessite de uma medicação mais forte. Isso 
depende do tamanho do procedimento, se for 
algo simples não há necessidade. 
2- Profilaxia do edema: Pode ser feito com 
betametasona ou celestone soluspan. Se a 
Exodontias 
cirurgia for atraumática, não há necessidade de 
uma profilaxia tão grande. 
3- Ansiolíticos: Podemos utilizar Rohypnol ou 
Diazepam para controlar a ansiedade do 
paciente. 
O que não é indicado para o pré-operatório é o uso de 
antinflamatórios, pos ele possui um efeito melhor no pós. 
CLASSIFICAÇÕES 
Santos Pinto e Marzola sugere a classificação de acordo 
1- Sem seccionamento dental: O dente não será 
fracionado. A indicação é clínica e radiográfica.O 
dente deve ter a coroa total ou parcialmente íntegra e 
raízes com ponto de aplicação para fórceps ou 
alavancas. 
2- Com seccionamento dental: O dente será 
fracionado. Indicações: 
 Multiradiculares com coroa totalmente destruída. 
 Multiradiculares com restaurações extensas (o 
fórceps a quebraria). 
 Com raízes divergentes. 
 Com raízes convergentes. 
 Dentes retidos. 
 Dentes decíduos com germe do permanente 
alojado entre suas raízes. 
TÉCNICA COM FÓRCEPS 
1. Técnica anestésica bem efetuada. 
2. Sindesmotomia: rompimento 
das fibras gengivais e 
cristodentais, por movimento 
de lateralidade, 
contornando o dente a ser 
extraído. 
3. Escolha do fórceps a ser utilizado. 
4. Bom posicionamento do fórceps (mais próximo do 
ápice possível). 
5. Palpação do rebordo alveolar. 
6. Aspiração do campo ou uso da gaze. 
Para a extração devem ser considerados os seguintes 
movimentos: 
1. Preensão. 
2. Intrusão: Visa o rompimento das fibras alvéolo-
dentais. 
 
 
 
 
com as vias pelas quais os dentes possam ser extraídos 
(é a classificação mais utilizada): 
1- Alveolar Sem seccionamento 
 Com seccionamento 
2- Não alveolar Alveolectomia parcial 
 Osteotomia total 
3- Por apicectomia 
 
3. Luxação: São movimento que visam a dilatação 
do alveolo: 
Em todos os dentes da maxila aplicaremos maior 
força pro lado vestibular do que pro lado palatino. 
Na mandíbula, de incisivo à prés aplicaremos 
maior força no lado vestibular. A partir do primeiro 
molar, forçaremos mais para a tábua lingual do 
que para a vestibular. 
4. Rotação: Ela causa uma certa expansão interna 
no alvéolo dentário. Ele só é realizado após o 
movimento de luxação no sentido vestibulo-
lingual, quando o elemento já está solto. É um 
movimento ideal para raízes cônicas. 
5. Tração: Puxar o elemento do alvéolo, voltado 
para a tábua óssea mais delgada. 
6. Avulsão: extração ao longo eixo do dente. 
TÉCNICA COM ALAVANCA 
1. Correta empunhadura da alavanca. 
2. Correta posição em relação ao dente. 
 
 
 
Movimento das alavancas: 
 Alavanca: É um movimento de gangorra utilizado 
para raízes isoladas, dentes ou raízes com 
pequena implantação e dentes retirados após 
seccionamento. 
 Cunha: a ponta ativa deve ser instalada entre 
septo interdental e o dente ou raiz a extrair. É 
indicado para raízes e dentes com pequeno 
suporte ósseo. 
 
 
 
 
 
 
 Sarilho: Movimento rotacional ao longo eixo do 
instrumento. A ponta ativa fica entre o dente ou 
Exodontias pela Via Alveolar 
raiz a ser extraído e os septos interdentais ou 
interradiculares. Ela deve estar perpendicular ao 
longo eixo do dente. É utilizado para raízes 
isoladas, dentes ou raízes com pequena 
implantação, dentes retirados após 
seccionamento e extrações múltiplas. 
 
É a avulsão de um dente em situação normal ou 
anormal, em estado patológico ou de morfologia 
coronária e/ou radicular irregular, em que é necessário 
um procedimento complementar específico à técnica 
operatória básica. Exemplo: necessidade de 
alveolectomia, osteotomia, etc. 
Portanto, devemos considerar: 
 Fatores locais de dificuldade (ex: densidade 
óssea, perda de tecido dentário, fraturas); 
 Procedimentos complementares; 
 Materiais e instrumentos específicos; 
 Técnicas específicas. 
Dificuldades que dizem respeito ao dente e ao 
periodonto: 
 Morfologia da coroa e das raízes (ex: 
hipercementose, anquilose – perda do ligamento 
periodontal, fazendo com que o osso grude na 
raiz). 
 Estado do dente (ex: coroa totalmente destruída). 
 Posição (se o dente está vertical ou horizontal – 
comum em terceiros molares). 
Para uma odontoseccção de um molar inferior, por 
exemplo, primeiro fazemos o descolamento gengival 
(maior na vestibular do que na lingual, para não correr 
o risco de romper o nervo lingual) e uma luxação prévia, 
para depois realizarmos a odontosecção e a avulsão. 
Nos molares superiores, fazemos a separação das raízes 
e começamos a extração pelas vestibulares (a mesial 
sai no sentido distal e a distal no sentido mesial). A 
palatina sairá no sentido vestibular, por isso será a última 
a ser extraída. Portanto, podemos notar que as raízes 
saem de acordo com a curvatura apical. 
Sempre é necessário um planejamento inicial para que 
o procedimento seja mais rápido e previsível. Se 
acontecer alguma intercorrência os intrumentais já 
devem estar na mesa. 
CLASSIFICAÇÃO 
1- Alveolectomia parcial: Remoção de uma parte do 
osso. Indicações: 
 Dentes com anomalias de posição. 
 Dentes portadores de prótese. 
Normalmente é feita 
a associação dos 3 
movimentos. 
OBS: não apoiar nos 
dentes vizinhos. 
 
 Dentes multirradiculares que a destruição impessa 
a utilização de fórceps ou alavancas. 
 Dentes com relação íntima com estruturas 
anatômicas importantes. 
 Resistência coronária pequena. 
 Em raízes. 
2- Alveolectomia total: Remoção de toda a tábua 
óssea até expor o ápice da raiz. Indicações: 
 Falência de outras técticas exodônticas. 
 Nas aquiloses alveolodentais (osso grudado ao 
dente, sem ligamento periodontal). 
 Nas hipercementoses. 
 Nas dilacerações apicais. 
3- Osteotomia: Remoção de osso. 
 Raízes. 
 Dentes retidos ou impactados. 
RETALHO 
Necessário quando precisamos expor a coroa de um 
dente impactado ou quando precisamos realizar uma 
osteotomia. Há 4 tipos principais: 
1- Em evelope: Insisão sulcular. Indicado para dentes 
inclusos localizados próximos à região cervical dos 
dentes adjacentes erupcionados e isolados, através de 
incisão linear no rebordo alveolar. 
 
 
 
 
2- Triangular: Possibilita uma melhor visão. Incisão linear 
associada a uma incisão relaxante. Indicada para 
todos os dentes inclusos de uma forma geral. 
 
 
 
 
3- Trpezoidal: Incisão linear e 2 relaxantes. Indicada 
para todos os dentes inclusos de uma forma geral, 
Exodontias pela Via Não-Alveolar 
preferencialmente para aqueles localizados muito 
distantes da região cervical de dentes vizinhos 
erupcionados. 
 
 
 
 
 
 
4- Semilunar: Deve ser realizado em gengiva inserida e 
não em mucosa alveolar. Indicado para dentes inclusos 
localizados distantes da região cervical dos dentes 
erupcionados vizinhos (geralmente na região apical). 
 
 
 
 
 
 
TERCEIROS MOLARES 
Normalmente os terceiros molares inferiores se 
encontram nesta posição. 
 
 
 
 
 
Caso ele esteja disto-angulado devemos remover toda 
a coroa. Se estiver mésio-angulado realizamos a 
odontosecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os terceiros molares superiores normalmente se 
encontram na posição disto-angulada. Para extraí-los 
realizamos a força de tração no sentido disto-vestibular. 
 
 
 
 
 
Sempre devemos remover o saco folicular, caso a 
formação do dente ainda não esteja completa. Depois 
lavamos bem para provocar o coágulo e suturamos. 
Classificação de Pell & Gregory: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Classe I: Quando 
couber uma coroa 
entre espaço do 
ramo a distal do 2º 
molar. 
 Classe II: Quando 
couber metade de 
uma coroa. 
 Classe III: Quando 
não cabe uma 
coroa nesse espaço. 
 
 A: mesmo plano 
oclusal que o 2º M. 
 B: A superfície oclusal 
do 3º molar está 
entre o plano oclusal 
e a linha cervical do 
2º molar. 
 C: A superfície 
oclusal do 3º está 
abaixo da linha 
cervical do 2º molar. 
 
INCISIVOS CENTRAIS E LATERAIS SUPERIORES 
 Número do fórceps: 1 
 Sem aleta. 
 Sem mordente. 
 180º. 
CANINOS SUPERIORES 
 Número do fórceps: 99A. 
 1 aleta. 
 Sem mordente. 
 180º. 
PRÉ-MOLARES SUPERIORES 
 Número do fórceps: 150. 
 Sem aleta. 
 Sem mordente. 
 45º. 
 Em formato de “S”. 
MOLAR SUPERIOR DIREITO 
 Número do fórceps: 18-R. 
 1 aleta. 
 Mordentedo mesmo lado da aleta. 
 45º. 
 Em formato de “S”. 
MOLAR SUPERIOR ESQUERDO 
 Número do fórceps: 18-L. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1 aleta. 
 Mordente do lado oposto à aleta. 
 45º. 
 Em formato de “S”. 
RAÍZES RESIDUAIS SUPERIORES 
 Número do fórceps: 65. 
 Sem aleta. 
 Sem mordente. 
INCISIVOS A PRÉ-MOLARES INFERIORES 
 Número do fórceps: 151. 
 Sem aleta. 
 Sem mordente. 
 90º. 
MOLARES INFERIORES 
 Número do fórceps: 17. 
 Sem aleta. 
 2 mordentes. 
 90º. 
MOLARES INFERIORES COM COROA DESTRUÍDA 
 Número do fórceps: 16. 
 1 aleta. 
 Sem mordente. 
 90º. 
 Chifre de boi. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fórceps 
OBJETIVO: Aproximar as bordas da ferida, estabilizar o 
retalho e estabilizar o coágulo. Divididas em 3 fases: 
1- “Lag” inicial: até o 5º dia a ferida depende 
totalmente da sutura. 
2- Fibroblastos: do 5º ao 15º dia ocorre um aumento 
rápido na resistência da ferida. 
3- Maturação: a partir do 14º dia há a remodelação 
do tecido conjuntivo. 
O tecido lesionado recupera no máximo 80% da 
resistência de tração inicial. Os materiais utilizados 
devem ser tão fortes quanto o tecido a ser suturado. 
PROPRIEDADES IDEAIS 
 Asséptica e atraumática. 
 Adequada tensão. 
 Bordas cruentas. 
 Sutura por planos. 
 Baixa capilaridade (absorção de fluídos). 
 Pouca aderência bacteriana. 
 Pouco diâmetro. 
 Excelente força tênsil e estabilidade do nó. 
 Ótima plasticidade (capacidade de 
modelamento do fio, adquirindo novas formas. 
Quanto maior a plasticidade, maior a 
acomodação da sutura na ferida e menor as 
chances de ruptura das bordas). 
 Pouca elasticidade e memória (tendência do fio 
em retornar a conformação anterior). 
 Ótimia pliabilidade (facilidade de manuseio do 
fio). 
 Baixo coeficiente de atrito. 
A seleção do material depende do estado da ferida, o 
tipo de tecido a ser suturado, as características de força 
e do nó e a reação tecidual. 
FIO IDEAL 
 Inerte aos tecidos. 
 Absorção simultânea a cicatrização (não 
acontece). 
 Força tênsil adequada. 
 Não favorece desenvolvimento bacteriano. 
 Não ter capilaridade. 
 Não alergênico ou carcinogênico. 
 Flexível e pouco elástico. 
 Boa visualização. 
 Fácil esterilização e sem alterar sua estrutura. 
 Baixo custo. 
CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS 
1- Naturais: 
 Não absorvível: Seda, algodão, linho e metálicas 
(aço inox, titânio). 
 Absorvível: Categute. 
SEDA: Usados em larga escala em odontologia com 
preço acessível. São contra-indicados em presença de 
infecções e podem causar reações alérgicas. Ela é 
preferida em razão de suas qualidades superiores de 
manipulação. Possui lisura do fio e a elasticidade natural 
do material, o que garante segurança ao nó. 
CATEGUTE: Por serem absorvíveis economizam tempo 
no pós-operatório e reduzem a ansieade do paciente, 
já que não é necessário removê-la. Apresenta uma 
resistência à tração média e deve tomar cuidado de 
não utilizá-la se o paciente relatar histórico de bulimia, 
refluxo, esofagite, radioterapia que envolva exposição 
das glânduas salivares e doença de Sjôgren, pois tais 
coisas acelerariam a absorção do fio. 
2- Sintéticos: 
 Não absorvível: Dracon, prolipropileno, PTFE e 
nylon. 
 Absorvível: ácido poliglicólico, poliglactina 910 e 
polidioxanona. 
POLIGLACTINA (vicryl): Bom para sutura introral. Fio misto 
de ácido glicólico e ácido láctico e estereado de 
cálcio. O ácido láctico tem propriedades hidrofóbicas, 
que atrasa a perda de força a tração (após 14 dias 
mantém 65% de força a tração). É absorvido por 
hidrólise completamente entre 56 a 70 dias. 
NYLON: Não apresenta elasticidade. 
3- Multifilamentoso (trançado): São trançados e depois 
revestidos com silicone, tendo excelente resistência a 
tração e segurança do nó. Causa maiores reações. 
4- Monofilamentoso (fio único): Possui menor resistência 
na passagem do fio, resiste ao acúmulo de 
microrganismos, possui boa propriedade de manuseio 
(mas exige um nó mais elaborado) e é preciso ter mais 
cuidado para não preguear ou romper. Ex: nylon. 
5- Absorvível: Perdem a resistência a tração em menos 
de 60 dias. São usados para segurar as bordas 
temporariamente, pois são degradados por processos 
enzimáticos (categute) ou por hidrólise (sintéticos). Em 
tecidos infectados, pacientes febris ou com proteinemia 
podem acelerar a sua degradação. 
6- Não absorvível: Mantém a resistência a tração por 
mais de 60 dias. São usados quando um período maior 
é necessário e precisam ser removidos. 
TIPOS DE AGULHA 
Prefirimos a triangular reversa, pois com a triangular 
normal a chance da sutura rasgar é maior (o ápice do 
triângulo fica voltado para a sutura). Já com a triangular 
reversa, a base fica voltada para a sutura, com menor 
chance de rasgar a sutura. 
Suturas 
TIPOS DE SUTURA 
A agulha deve ser colocada perpendicularmente à 
superfície do tecido, seguindo a curvatura da agulha, 
girando o pulso e não o braço. A estabilização do 
retalho se dá com a pinça. 
A agulha penetra de 2 a 3 mm da extremidade da 
incisão, começando pela superfície livre do retalho. 
A sutura pode ser: 
1. SIMPLES: É feita uma por uma, começando pelo 
meio. 
 
 
 
 
2. EM “X”: Sua principal função é a manutenção do 
coágulo. 
 
 
 
3. SIMPLES CONTÍNUA: Primeiro é feita uma sutura 
simples e depois ela é continuada de uma ponta 
até a outra. Indicada para exodontias múltiplas. 
 
 
 
 
4. CONTÍNUA FESTONADA: Primeiro é feita uma sutura 
simples e depois ela é continuada de uma ponta 
até a outra, dando uma laçada na sutura anterior. 
 
 
 
 
5. SUTURA EM “U”: Permite maior tração. 
 
 
 
 
 
 
 
6. CONTÍNUA GREGA: É uma sutura em “U” contínua. 
O fechamento do nó é feito no próprio fio. 
 
 
 
 
7. SUTURA DE ESTABILIZAÇÃO PAPILAR: Utiliza-se o 
dente de ancoragem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. SUTURA DE BLAIR-DONATI: 
 
 
 
 
REALIZAÇÃO DO NÓ 
O primeiro laço é realizado dando duas voltas no 
sentido horário. O segundo laço é realizado dando uma 
volta no sentido anti-horário. Pode-se finalizar dando 
ainda mais uma volta no sentido horário. 
REMOÇÃO DE SUTURA 
 Não absorvíveis: 7 dias. 
 Absorvíveis: 21 dias. 
Limpeza da ferida e da sutura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É um conjunto de medidas voltadas para ações 
de prevenção, minimização ou eliminação de riscos 
inerentes às atividades de pesquisa, produção, 
ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de 
serviços, que podem comprometer a saúde do 
homem, dos animais e do meio ambiente ou a 
qualidade dos trabalhos desenvolvidos. 
 SEPSE: É o colapso dos tecidos vivos pela ação de 
microrganismos em um grave infecção. 
 ASSEPSE: é a ausência de infecção, de material ou 
agente infeccioso. 
 ASSEPSIA: É o conjunto de medidas e 
procedimentos empregados durante todo o ato 
operatório, para se prevenir a contaminação e 
infecção da ferida cirúrgica e dos tecidos 
adjacentes. 
 DESINFECÇÃO: É a destruição de todas as formas 
de microorganismos, patogênicos ou não, 
utilizada em objetos como móveis, equipos, 
refletores, mesas em salas cirúrgicas. Podem ser 
feitas com álcool 70%. 
 ANTISSEPSIA: Técnica utilizada na diminuição da 
população bacteriana e prevenção de seu 
crescimento em tecidos vivos, sem que haja 
necessariamente a destruição de todas as formas 
Após o ato cirúrgico, cabe à equipe assistente orientar 
o paciente ou familiar sobre as possíveis reações 
fisiológicas e como lidar com os sinais e sintomas mais 
comuns. A linguagem usada deve ser simples e clara. 
A prescrição medicamentosa deve ser entregue com os 
cuidados pós-operatórios por escrito. 
CUIDADOS 
 Manter uma compressa de gaze no local da 
cirurgia por 30 minutos. 
 Em caso de sangramento após 30 minutos, 
colocar novamente a compressa que pode ser 
umedecidacom SF 0,9%. 
 Fazer uso dos medicamentos prescritos. 
 Colocar bolsa de gelo no local, em intervalos 
alternados de 10 minutos por um período de duas 
horas. 
 Não fazer bochechos durante as primeiras 24 
horas. 
 
 
viáveis. Aplicada principalmente nas mãos do 
cirurgião e intra e extra bucal do paciente. Reduz 
a quantidade de bactérias em até 98%. Atua em 
conjunto com a esterilização e desinfecção. 
 ESTERILIZAÇÃO: É a eliminação completa de todas 
as formas de vida presentes em objetos inanimados 
que mantém contato direto ou indireto com a 
região operatória. Pode ser feito por calor úmido 
(autoclave), calor seco (estufa), radiação ultra-
violeta, óxido etileno, radiação ionizante (raios 
gama), plasma de peróxido de hidrogênio. 
 
 
 
 
 
*OBS: Caso ocorram acidentes com materiais 
perfurocortantes, o profissional deve ser substituído por 
outro e seguir orientações dos órgãos especializados em 
doenças infectocontagiosas e em medicina do 
trabalho. 
 Evitar esforço físico durante os 5 primeiros dias após 
a cirurgia. 
 Fazer alimentação líquida/pastosa e fria nas 
primeiras 48 horas. 
 Evitar ambientes quentes nos 5 primeiros dias (sol, 
vapor, panela quente, ferro, etc). 
 Ficar com a cabeça alta durante as primeiras 48 
horas. 
 Não puxar ou retirar os pontos, não tracionar os 
lábios e não colocar os dedos no local da cirurgia. 
 Evitar fumar e não fazer uso de bebidas alcoólicas 
enquanto estiver fazendo uso de medicamentos. 
 Ao deitar, colocar um travesseiro mais alto, 
evitando apoiar no local operado. 
 Fazer higienização com cuidado. 
 Retornar no período recomendado para avaliação 
pós-operatória. 
 Qualquer dúvida ou problema entrar em contato 
imediatamente. 
 
 
 
Biossegurança 
Cuidados no Pós-Operatório 
 
As complicações podem ser previnidas por meio de 
uma boa avaliação pré-operatória, realização de um 
plano de tratamento e seguimento dos princípios 
cirúrgicos. 
COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS x LOCAIS 
A piores complicações são as sistêmicas. O paciente 
deve fazer um acompanhamento médico antes do 
procedimento e dependendo do problema, deve ser 
atendido em ambiente hospitalar. 
As locais são mais fáceis de serem controladas: 
1- Controle da dor com a técnica anestésica= 
permite que a PA se mantenha normal e que o 
paciente seja colaborador. 
2- Controle de hematoma. 
3- Evitar a parestesia (precisa de conhecimento 
anatômico). 
COMPLICAÇÕES QUE OCORREM DURANTE O 
PROCEDIMENTO OPERATÓRIO 
1- Fraturas de restaurações e dentes adjacentes: 
Comum caso o dente ao lado tenha lesão de cárie ou 
grandes restaurações. Conduta: Avaliar a situação, 
mudar a técnica e terminar a cirurgia. 
2- Avulção ou luxação de dentes adjacentes: Conduta: 
Reimplante, imobilização e controle clínico e 
radiográfico. 
3- Lesões aos tecidos moles: Pode ser devido a um 
retalho inadequado ou força excessiva. Conduta: 
Sutura se necessário, medicação e orientações. 
4- Fratura da tábua óssea: Conduta: Remoção do 
fragmento ósseo e regularização óssea. 
5- Comunicação buco-sinusal: 
 Prevenção. 
 Diagnóstico: manobra de valsalva = tampa o nariz 
e pede pro paciente fazer pressão. 
 Complicações: sinusite, fístula oro-antral. 
 Conduta: sutura, orientações e antibioticoterapia. 
*O raio-x é obrigatório antes de qualquer procedimento. 
6- Fratura de mandíbula: Condições predisponentes: 
Mandíbula atrófica, dente incluso, osteoporose, 
patologias associadas. Conduta: Orientação e 
imobilização, encaminhamento para o buco, redução 
e medicação. 
7- Fraturas radiculares: Conduta: finalização do 
procedimento, orientação ao paciente, medicação 
antibiótica e reagendamento para remoção da raiz. 
8- Luxação mandibular: Pode ocorrer em um 
movimento de abertura da mandíbula. Conduta: 
Redução imediata, orientações, medicação 
(analgésicos e antinflamatórios) e controle clínico. 
9- Ingestão/Aspiração: Comum nas exodontias. Se foi 
aspirado devemos tomar mais cuidado. 
10- Enfisema: Penetração de ar no interior dos tecidos – 
forma edema (utilização de brocas, jato de ar). 
Conduta: orientação e medicação (antibiótico, 
antinflamatório e analgésico se necessário). 
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS 
1- Dor: Controle com anestesia e analgésicos. 
2- Edema: Tratamento com antinflamatórios. 
3- Trismo: Dificuldade de abrir a boca no pós operatório. 
Tratamento com analgésicos e antinflamatórios. 
4- Hematoma: Drenagem. 
5- Hemorragias: O controle é por sutura, morder gaze e 
orientar o paciente. 
6- Alveolite: Processo inflamatório correspondente a 
uma complicação que surge após a extração de um 
dente, em que se verifica um atraso na cicatrização, 
normalmente provocada pela desintegração parcial 
ou total do coágulo sanguíneo ou pela ausência da sua 
formação. Pode ser seca ou úmida. 
 
 
 
 
7- Infecção: infecções dos espaços faciais. 
PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES NO PÓS 
1- Controle de sangramento: Não fazer esforço físico; 
evitar locais quentes e evitar fumar e falar. Atenção ao 
uso de antiagregantes e anticoagulantes. 
2- Controle de infecção: Obvervação da assepsia e 
antissepsia; medicação e orientação adequada. 
3- Controle da dor e edema: Medicação adequada, 
aplicação de boa técnica cirúrgia. 
4- Dieta adequada. 
5- Higiene: Evitar bochechos, escovação cuidadosa, 
manter a sutura sem biofilme (cotonete com 
clorexidina), uso de enxaguatórios bucais com 
clorexidina depois de alguns dias. 
Acidentes e Complicações em Exodontia 
A dor é uma qualidade sensorial subjetiva, difícil de ser 
descrita ou interpretada. Ela varia em cada indivíduo. 
É uma experiência complexa e desagradável, com a 
função principal de proteção, alertando-nos sobre 
situações que possam ameaçar nosso bem-estar 
(associada a estímulos nocivos). Ela pode ser 
classificada em 2 tipos: 
1. Dor nociceptiva: Resulta da ativação de nociceptores, 
através de estímulos dolorosos, os quais podem ser 
mecânicos, térmicos ou químicos. Está está relacionada 
com a interpretação individual de cada um, podendo 
ser sensorial, emocional ou cognitiva. 
 Nocicepção: Transmissão e reconhecimento de 
impulsos em reposta a um estímulo nocivo. 
 Dor: Forma como esta sensação é experimentada. 
Em geral, o estímulo inicial surge na periferia e são 
captados por receptores específicos. Estes receptores 
transmitem a informação para os neurônios, passam 
pelo córtex espinhal e sobem até o córtex cerebral. 
Portanto, a informação vai até o SNC, via aferente. 
Estímulos noceptivos: alodínia (algo que teoricamente 
não causaria dor), hiperalgesia, hipernocicepção 
(aumento da percepção da dor) e hipersensibilidade. 
Ela pode ser: 
 Dor nociceptiva aguda: Sensação adaptativa 
fisiológica. Serve para alerta e proteção, como 
por exemplo, colocar a mão no fogo. 
 Dor clínica: Necessita de intervenções. É o tipo de 
dor que trataremos. 
Dentro da dor nociceptiva, temos a dor inflamatória: 
Interação entre o tecido danificado e os neurônios 
sensoriais nociceptivos periféricos, por meio da 
participação de mediadores inflamatórios. 
A dor inflamatória aguda resulta da ação de um 
estímulo desencadeante (mecênico, químico ou 
térmico) ou de um mediador (como a bradicinina) que 
ativa esses neurônios periféricos sensibilizados. 
Portanto, quando menos trauma for gerado no tecido, 
menos resposta inflamatória e dor haverá e, 
consequentemente, menor será a necessidade de 
utilização de fármacos. Por isso buscamos fazer uma 
cirurgia minimamente invasiva e traumática. 
2. Dor neuropática: Sensibilização das terminações 
nervosas. A dor neuropática manifesta-se de várias 
formas, como sensação de queimação, peso, 
agulhadas, ferroadas ou choques, podendo ou não ser 
acompanhada de formigamento ou adormecimento 
de uma determinada parte do corpo. Ex: herpes zóster. 
ANALGÉSICOS 
São os fármacos utilizados no tratamento da dor 
instalada. Podem ter doistipos de ação: central ou 
periférica. 
Relação medicamento x risco à gestação: 
Risco A - Não há evidência de risco em mulheres. 
Estudos bem controlados não revelam problemas no 
primeiro trimestre de gravidez e não há evidências de 
problemas nos segundo e terceiro trimestres. 
 Exemplos: Ácido fólico, Retinol A, Piridoxina, 
Vitamina D3, Liotironina. 
Risco B - Não há estudos adequados em mulheres. Em 
experiência em animais não foram encontrados riscos, 
mas foram encontrados efeitos colaterais que não 
foram confirmados nas mulheres, especialmente 
durante o último trimestre de gravidez. 
 Exemplos: Benzatron, Gamax, Keforal, Sinvastatina, 
Busonid. 
Risco C - Não há estudos adequados em mulheres. Em 
experiências animais ocorreram alguns efeitos 
colaterais no feto, mas o benefício do produto pode 
justificar o risco potencial durante a gravidez. 
 Exemplos: Hepatilon, Gamaline V, Pravacol, 
Desonida, Tolrest. 
Risco D - Há evidências de risco em fetos humanos. Só 
usar se o benefício justificar o risco potencial. Em 
situação de risco de vida ou em caso de doenças 
graves para as quais não se possa utilizar remédios mais 
seguros. 
 Exemplos: Aspirina (Ácido Acetilsalicílico); 
Espironolactona, Benzodiazepinas, Fenitoína, 
Fenobarbital, Cortisona, Metadona. 
Risco X - Estudos revelaram má formação fetal ou 
aborto. Os riscos durante a gravidez são superiores aos 
potenciais benefícios. Não usar em hipótese alguma 
durante a gravidez. 
 Exemplos: Tetraciclinas, Metotrexato, Penicilamina. 
1. ANALGÉSICO DE AÇÃO PERIFÉRICA 
Atua diretamente nos nociceptores. Na odonto, os 
analgésicos de ação periférica são os mais 
frquentemente recomendados, pois a dor causada 
pela maioria dos procedimentos cirúrgicos é 
classificada como leve a moderada. 
DIPIRONA SÓDICA 500 MG 
 Antiálgico, antipirético (combate a febre). 
A Dor e Seu Controle 
 Nomes comerciais: Anador, Novalgina. 
Preconizamos colocar na receita o nome do 
princípio ativo. 
 Posologia: 500mg (+- 40 gotas para um paciente 
de 70kg) de 6 em 6 horas. 
 Dose limite: 4g/dia (+- 320 gotas). 
 Risco X na gravidez. 
PARACETAMOL 750 MG 
 Nomes comerciais: Tylenol, Dôrico. 
 Antiálgico, antipirético. 
 Posologia: 750mg de 6 em 6 horas. 
 Dose limite: 5g/dia. 
 Risco B na gravidez. 
 Hepatotóxico. 
IBUPROFENO 400 MG 
 Nomes comerciais: Spidufen, Advil. 
 Antiálgico, AINE. 
 Posologia: 400mg de 6 em 6 horas. 
 Dose limite: 3g/dia. 
 Risco D na gravidez. 
2. ANALGÉSICO DE AÇÃO CENTRAL 
Atua nos mecanismos centrais de regulação da dor. 
Indicado para dores intensas e traumas que persistem 
por um período maior de tempo. 
A principal classe é a dos opióides, que atuam em 
receptores opiáceos em sinapses inibitórias, no SNC. 
Previnem que os estímulos de dor cheguem ao cérebro 
e ativam as vias analgésicas descendentes. 
PARACETAMOL 500 MG + CODEÍNA 30 MG 
 Nomes comerciais: Tylex, Paco. 
 Analgésico de ação central. 
 Posologia: 30 mg Codeína de 6 em 6 horas. 
 Dose limite: 300 mg/dia. 
 Risco C na gravidez. 
Utilizamos o Tylex quando o trauma cirúrgico for maior. 
TRAMADOL 50 MG 
 Nomes comerciais: Tramal. 
 Analgésico de ação central. 
 Posologia: 50 mg de 8 em 8 horas. 
 Dose limite: 300 mg/dia. 
 Risco D na gravidez. 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs) 
Alguns inibem seletivamente a COX2 (damos 
preferência a estes, pois não há comprometimento 
gástrico e há um percentual de analgesia). Também 
inibem prostaglantinas, prostaciclinas e tromboxanas. 
 Diminuem o edema. 
 Diminuem a sensibilização dos nociceptores 
(antiálgico). 
 Diminuem prostaglandinas E2 no hipotálamo, 
prevenindo a febre. 
 Aumentam os efeitos adversos: náuseas, vômitos, 
úlceras, insuficiência renal, hemorragias e reações 
cutâneas. 
NIMESULIDA 100 MG 
 Nomes comerciais: Nisulid. 
 AINE seletivo COX2. 
 Posologia: 100 mg de 12 em 12 horas. 
 Profilaxia: 200 mg – 30 minutos antes (auxilia com 
menor risco de hemorragia e analgesia). 
 Dose limite: 300 mg/dia. 
 Risco B na gravidez. 
CETOPROFENO 100 MG 
 Nomes comerciais: Profenid. 
 AINE seletivo COX2. 
 Posologia: 100 mg de 12 em 12 horas. 
 Profilaxia: 100 mg – 30 minutos antes (auxilia com 
menor risco de hemorragia e analgesia). 
 Dose limite: 300 mg/dia. 
 Risco B na gravidez. 
NIMESULIDA BETACICLODEXTRINA 400 MG 
 Nomes comerciais: Maxsulid. Equivale a 100mg de 
Nimesulida, mas sua associação torna a ação 
mais rápida. 
 AINE seletivo COX2. 
 Posologia: 400 mg de 24 em 24 horas. 
 Profilaxia: 400 mg – 30 minutos antes (auxilia com 
menor risco de hemorragia e analgesia). 
 Dose limite: 800 mg/dia. 
 Risco B na gravidez. 
DICLOFENACO 50 MG 
 Nomes comerciais: Voltaren, Cataflam. 
 AINE não seletivo para COX2, por isso não é 
indicado fazer profilaxia com ele, pois pode 
aumentar o sangramento trans-operatório. 
 Posologia: 50 mg de 8 em 8 horas. 
 Dose limite: 200 mg/dia. 
 Risco D na gravidez. 
IBUPROFENO 600 MG 
 Nomes comerciais: Spidufen, Advil. 
 Antiálgico, AINE. 
 Posologia: 600mg de 8 em 8 horas. 
 Dose limite: 3g/dia. 
 Risco D na gravidez. 
ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS 
São os corticóides. São fármacos sintéticos produzidos 
em laboratório com base em hormônios produzidos 
pelas glândulas supra-renais, que possuem uma potente 
ação anti-inflamatória. 
 Diminui os efeitos colaterais se comparados aos 
AINEs. 
 Maior meia vida (dose única). 
 Diminui as reações alérgicas. 
 Menor custo se comparados aos AINEs. 
É contra-indicado para diabéticos, doenças fúngicas, 
tuberculose, herpes ocular e doenças psicóticas. 
DEXAMETASONA 4 MG 
 Nomes comerciais: Decadron. 
 AIE. 
 Posologia: 4 mg de 12 em 12 horas. 
 Dose limite: 30 mg/dia. 
BETAMETASONA 4 MG 
 Nomes comerciais: Diprospan, Betatrinta. 
 AIE. 
 Posologia: 1 ampola (intramuscular) 30 minutos 
antes do procedimento. 
 Dose única. 
PROTETORES GÁSTRICOS 
São drogas que agem controlando o pH do estômago, 
diminuindo a produção de ácidos, prevenindo assim 
complicações gástricas medicamentosas. 
Indicados para pacientes com histórico de úlceras, 
gastrites e refluxos, pacientes com cirurgia bariátrica e 
paciente com uso de medicação para controle de 
doenças crônicas. 
RANITIDINA 150 MG 
 Posologia: 1 comprimido de 12 em 12 horas. 
 Manter pelo menos 5 dias após o término da 
medicação. 
 Mais indicado para uso temporário. 
OMEPRAZOL 40 MG 
 Posologia: 1 comprimido de 24 em 24 horas. 
 Iniciar pelo menos 7 dias antes. 
 Manter pelo menos 10 dias após o término da 
medicação. 
 Mais indicado para uso crônico. 
PANTOPRAZOL 40 MG 
 Posologia: 1 comprimido de 24 em 24 horas. 
 Iniciar pelo menos 7 dias antes. 
 Não utilizar por mais de 8 semanas. 
 Manter pelo menos 5 dias após o término da 
medicação. 
ANTI-AGREGANTES PLAQUETÁRIOS 
Para procedimentos simples, não há necessidade de 
suspensão da medicação. 
Sempre discutimos o caso com o médico prescritor e 
analisamos o caso. Não podemos suspender nem 
alterar a dose. 
Simples medidas locais de hemostasia são suficientes 
para controlar o sangramento trans-operatório, sem a 
necessidade da interrupção da terapia com AAS. 
AAS 100 MG 
 Inibição irreversível da COX1. 
 Diminuição da enxima tromboxano A2. 
 Pode ser utilizada por 7 a 10 dias. 
Outros anti-agregantes são: Dipiridamol, Clopidogrel e 
Ticlopidina. 
ANTICOAGULANTES 
1- Quando o INR é menor que 3,5, não se suspende o 
uso e nem se altera a dosagem em procedimento 
cirúrgicos mais simples. 
2- Quando o INR é maior ou igual a 3,5 ou o 
procedimento cirúrgico é mais complexo, deve-se 
entrar em contato com o médico para se avaliar 
risco/benefício da alteração da terapia. 
 Pré-operatório: O INR deve ser de no máximo 3 
dias antes. Devemos avaliar doenças 
hepatológicas e renais crônicos e agendar, se 
possível, cirurgias no período da manhã. Tran-operatório: Devemos usar anestésicos com 
vaso, evitar bloqueios nervosos regionais, evitar 
traumas desnecessários e as suturas devem ser 
bem oclusivas. 
 Pós-operatório: Prescrever bochechos de ácido 
Tranexâmico e considerar o uso de esponja 
hemostática. Para controle da dor, não 
prescrever AAS ou qualquer AINE (preferir dipirona 
e considerar o uso de dexametasona ou 
betametasona em doses únicas). 
Para o uso de antibióticos: 
1- Dose profilática para endocardite infecciosa não há 
necessidade de se alterar a dosagem do 
anticoagulante. 
2- Pacientes que requerem mais de que uma dose de 
antibiótico, devem ter o INR avaliado após 2 a 3 dias. 
OBS: Evitar o uso de Metronidazol e Eritromicina. 
VARFARINA 
 Nome comercial: Marevan. 
 Inibe a ação da vitamina K na cascata de 
coagulação. 
 Inicio do efeito após 24 horas e fica ativa de 4 a 5 
dias. 
HEPARINA SÓDICA 
 Nome comercial: Liquemine. 
 Utilizada em pacientes renais crônicos que fazem 
hemodiálise. 
 Pode-se, em alguns casos, realizar o 
procedimento sempre no dia seguinte da 
hemodiálise. 
 
 
Os antibióticos são substâncias com capacidade de 
interagir com microrganismos que causam infecções, 
matando-os ou inibindo a sua reprodução, permitindo 
ao sistema imunológico combatê-los com mais 
eficiência. 
A prescrição de antibióticos para tratamento de 
infecções bucomaxilofaciais está indicada nas 
situações em que a infecção bacteriana, de origem 
odontogênica ou não, está instalada no organismo. Os 
sinais clínicos sistêmicos associados às infecções bucais 
(como febre e linfadenopatia regional) são importantes 
marcadores para a prescrição de antibióticos. 
Há 3 momentos de prescrição do antibiótico: 
1. Profilaxia. 
2. Profilaxia para endocardite bacteriana (para 
paciente com algum comprometimento, como 
cirurgia cardíaca, diabetes, problemas 
sistêmicos). A endocardite bacteriana é uma 
infecção do endocárdio das câmaras do 
coração ou das válvulas. 
3. Terapêutica com antibiótico. 
 
 
 
 
 
 
ANTIBIOGRAMA 
O Antibiograma é um exame que identifica a 
sensibilidade da bactéria aos antibióticos, possibilitando 
ao médico indicar o antibiótico mais aconselhado para 
agir sobre a infecção do paciente. 
As causa de falha com o tratamento antibiótico 
dependem: 
 Tratamento cirúrgico inadequado. 
 Sistema imunológico deficiente. 
 Dose/tipo inadequado. 
 Falta de colaboração do paciente. 
 Diagnóstico errado. 
ANTIBIÓTICOS DISPONÍVEIS 
AMOXICILINA 500 MG 
 Nome comercial: Amoxil. 
 Penicilina. 
 Bactericida (lise da membrana celular). 
 Posologia: 500 mg de 8 em 8 horas. 
 Profilaxia: 1g - 1 hora antes do procedimento. 
 Profilaxia para EB: 2g – 1 hora antes do 
procedimento. 
 Dose limite: 4,5g/dia. 
AMOXICILINA 875 MG 
 Nome comercial: Amoxil, Sinot. 
 Bactericida (lise da membrana celular). 
 Posologia: 875 mg de 12 em 12 horas. 
 Profilaxia: 1,75 g - 1 hora antes do procedimento. 
 Dose limite: 4,5g/dia. 
AMOXICILINA 875 MG + CLAVULANATO125 MG 
 Nome comercial: Clavulin Bd, Sinot Clav. 
 Bactericida (lise da membrana celular e inibidor 
da B-lactamase – potencializa o efeito). 
 Posologia: 875 mg de 12 em 12 horas. 
 Profilaxia: 1,75 g - 1 hora antes do procedimento. 
 Dose limite: 4,5g/dia. 
CLINDAMICINA 300 MG 
 Nome comercial: Dalacin. 
 Bactericida (inibe a síntese de proteínas). 
 Posologia: 300 mg de 8 em 8 horas. 
 Profilaxia: 600 mg - 1 hora antes. 
 Dose limite: 3 g/dia. 
CEFALEXINA 500 MG 
 Nome comercial: Keflex. 
 Bactericida (inibe a síntese de proteínas). 
 Posologia: 500 mg de 6 em 6 horas. 
 Profilaxia: 1 g- 1 hora antes. 
 Dose limite: 4 g/dia. 
ERITROMICINA 500 MG 
 Nome comercial: Eritrex, Pantomicina. 
 Bactericida (inibe a síntese de proteínas). 
 Posologia: 500 mg de 6 em 6 horas. 
 Profilaxia: 1 g- 1 hora antes. 
 Dose limite: 4 g/dia. 
AZITROMICINA 500 MG 
 Nome comercial: Zitromax. 
 Bactericida (inibe a síntese de proteínas). 
 Posologia: 500 mg de 24 em 24 horas. 
 Profilaxia: 500 mg- 1 hora antes. 
 Dose limite: 1 g/dia. 
 Indicado para pacientes alérgicos a penicilina. 
METRONIDAZOL 400 MG 
 Nome comercial: Flagyl. 
 Bactericida (DNA de bactérias e protozoários). 
 Aumenta o espectro de ação da amoxicilina. 
 Posologia: 400 mg de 6 em 6 horas. 
 Profilaxia: Não recomendada. 
 Dose limite: 4 g/dia. 
Antibióticos 
Os benzodiazepínicos são a primeira opção na 
diminuição da ansiedade. Na odontologia é utilizado 
por VIA ORAL: Maior aceitação e segurança e baixo 
custo. 
Os cirurgiões dentistas podem prescrever ansiolíticos, e 
isso é feito por meio da receita azul. 
 O que não podemos prescrever é psicotrópicos 
(receita amarela). 
 
 
 
 
 
INDICAÇÕES x CONTRAINDICAÇÕES 
Indicações: 
 Procedimentos que possam causar alguma dor, 
mesmo quando sob anestesia local (abcessos, 
pulpites). 
 Intervenções que não podem ser suspensas 
(dentes inclusos, implantes, enxertos). 
 Pacientes cardiopatas (possui grande quantidade 
de adrenalina). 
 Pacientes ansiosos. 
Contraindicações: 
 Gestantes. 
 Pacientes com glaucoma e miastenia grave. 
 Alcoólatras e/ou dependentes químicos. 
 Pacientes com hiprsensibilidade aos 
benzodiazepínicos. 
VANTAGENS x DESVANTAGENS 
Vantagens: 
 Menor volume de anestésico local. 
 Reduz o sangramento trans-operatório, devido a 
diminuição da PA. 
 Reduz o fluxo salivar. 
 Reduz a náusea e o reflexo de vômito. 
 Aumenta o limiar de dor. 
 
 
 
 
 
 Amnésia retrógada. 
 Baixo custo e facilidade de uso. 
Desvantagens: 
 Sonolência. 
 Efeito paradoxal = fica elétrico, efeito contrário 
(+/- 5% dos casos). 
 Necessidade de acompanhante. 
 Impossibilidade de dirigir. 
 Alucinações e/ou fantasias sexuais (Midazolam). 
Cuidados: 
 Não ingerir bebidas alcoólicas 24h antes e 48h 
depois do medicamento. 
 Não dirigir e não operar máquinas pesadas sobre 
efeito da medicação. 
 Trazer um acompanhante. 
APRESENTAÇÕES COMERCIAIS 
1- Midazolam 7,5mg: 
 Dormonid. 
 Hipnótico – sedativo. 
 Meia vida: 1 a 3h (ação curta). 
 Posologia: 7,5 a 15mg – 30 minutos antes do 
procedimento. 
 Sedativo de primeira escolha em odontologia. 
2- Diazepam 10mg: 
 Valium ou Diempax. 
 Ansiolítico – tranquilizante. 
 Meia vida: 12 a 24h (ação longa). 
 Posologia: 5 a 10mg – 1h antes do procedimento. 
 Indicado para procedimentos mais extensos ou 
pessoas que possam dar trabalho no pós 
operatório. 
1- Lorazepam 2mg: 
 Lorax. 
 Ansiolítico – tranquilizante. 
 Meia vida: 6 a 12h (ação intermediária). 
 Posologia: 1 a 2mg – 2h antes do procedimento. 
 Indicado para idosos. 
O lorazepam é indicado pra idosos. Crianças usamos o 
diapezam e midazolam. 
 
 
 
 
 
Ansiolíticos 
A receita é um documento com valor legal, 
normalizado e obrigatório, mediante a qual o 
profissional legalmente habilitado e no âmbito de suas 
competências prescrevem aos pacientes os 
medicamentos sujeitos à prescrição. 
De acordo com o art. 6 da Lei nº 5081 de 1966, que 
regulamenta o exercício da odontologia, o CD tem 
competência para prescrever e aplicar especialidades 
farmacêuticas de uso interno e externo, indicados em 
odontologia, bem como medicamentos de urgências 
no caso de acidentes graves que compremetam a vida 
e a saúde do paciente. 
RECEITUÁRIO 
As prescrições são feitas por meio de dois tipos de 
receitas: 
1- Receita comum: Empregada na prescrição de 
medicamentos que não necessitam de receituário 
médico para compra, mas que só devem ser adquiridos 
quando prescritos por um profissional. Ex: analgésico, 
antinflamatório, soluções antissépticas e fluoretadas, 
manipuladas ou não. 
 Deve conter identificação do prescritor, 
cabeçalho, inscrição, orientação, adscrição, 
data e assinatura do profissional. 
 Não pode deixar espaço em branco entre a 
orientação e a assinatura, evitando a 
adulteraçãoda prescrição. 
 Utilizar um folheto anexo explicativo para 
orientações pós-operatórias, como “manter 
repouso, não fazer bochechos, etc”, evitando 
inserir este tipo de informação na receita. 
 Solicitar ao paciente que faça a leitura cuidadosa 
da receita, no intuito de esclarescer qualquer 
dúvida. 
 Registrar a medicação prescrita no prontuário 
clínico, que poderá servir como prova legal em 
caso de uso indevido. 
2- Receita de controle especial: Exigida para a 
prescrição de medicamentos à base de substâncias de 
controle especial. São eles: 
 Anagésicos que agem no sistema nervoso central: 
Codeína e tramadol. 
 Antinflamatórios seletivos para a Cox-2: 
calecoxibe e eterocoxibe. 
 Fármacos empregados para o tratamento da dor 
crônica da ATM ou do bruxismo: antidepressivos. 
Características deste receituário: 
 Este receituário apresenta 3 vias: Uma fica na 
farmácia, outra com o paciente e outra anexada 
no prontuário do paciente. 
 A primeira coisa que identificamos na prescrição 
é o uso do medicamento (interno ou externo - 
tópico). Também podemos colocar a via. 
Depois escrevemos o nome da substância (ex: 
amoxicilina) e sua miligramagem (ex: 500 mg). 
Fazemos um traço e colocamos quanto o 
paciente tomará desta medicação (ex: 21 
comprimidos – 3 comprimidos por dia durante 7 
dias). 
*OBS: Sempre começamos pelo antibiótico, 
depois antinflamatório e por último analgesia. 
 Embaixo disto, escreveremos como o paciente 
tomará essa medicação, ou seja, de quantas em 
quantas horas e por quanto tempo. 
Exemplo: Para profilaxia para endocardite 
bacteriana, utiliza-se 2g de amox 1 hora antes do 
procedimento. Portanto, escrevemos: Tomar 4 
comprimidos 1 hora antes do procedimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3- Receita azul: Exigida para a prescrição de 
medicamentos tarja preta. Ex: ansiolíticos do grupo dos 
benzodiazepínicos. 
 
 
 
 
 
4- Antibióticos: A prescrição de antibióticos deve ser 
feita em receituário privativo do prescritor ou do 
estabelecimento de saúde, não havendo modelo de 
receita específico. 
Ou seja, pode ser um receituário comum, mas deve ter 
todas as informações do receituário especial. Também 
é necessário 2 vias. 
 
Prescrição Medicamentosa 
Nele deve conter: 
 Identificação do paciente. 
 Nome do medicamento ou da substância 
prescrita, dose ou concentração, forma 
farmacêutica, posologia e quantidade. 
 Identificação do emitente: nome do profissional 
com sua inscrição no conselho regional, endereço 
completo, telefone, assinatura e carimbo. 
 Data de emissão. 
A receita do antimicrobiano é válida, em todo o 
território nacional, por 10 dias a contar da data de 
emissão. 
*Se alérgico a penicilina: Claritromicina 500mg a cd 12h 
ou Clindamicina 300mg a cd 8h. 
 
* Se alérgico a dipirona: Paracetamol 750mg a cd 6h. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXEMPLO 
NOME DO PACIENTE 
 
USO INTERNO 
 
1. Amoxicilina 500mg ............................................1 caixa 
Tomar 01 (um) comprimido (VO) a cada 8 (oito) 
horas, durante 07 (sete) dias. 
 
2. Nimesulida 100mg .............................................1 caixa 
Tomar 01 (um) comprimido (VO) a cada 12 (doze) 
horas, durante 03 (três) a 05 (cinco) dias. 
 
3. Dipirona Sódica 500mg ..................…………....1 caixa 
Tomar 01 (um) comprimido (VO) a cada 6 (seis) 
horas em caso de dor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assinatura, data 
e carimbo 
No trauma dental, é necessário ter conhecimento de 
várias especialidades odontológicas para se chegar a 
um diagnóstico e realizar o tratamento. Normalmente 
envolve a endo, a cirurgia, a dentística, a perio, orto, 
prótese, implante, entre outras. 
Além disso, é importante ter em mente que o paciente 
que sofreu um trauma dentário deverá ser 
acompanhado pelo resto da vida. 
 Análise da parte periodontal e endodôntica por 
meio de radiografias periapicais. 
COLETA DA HISTÓRIA DO TRAUMA 
1. Quando, como e onde ocorreu o acidente? 
2. Teve inconsciência, amnésia, cefaléia, náusea? 
3. Distúrbio ao morder? 
4. Dor a frio ou calor? 
5. Lesão dentária anterior? 
6. Foi realizado algum atendimento anterior? 
É necessário perguntar ao paciente se a vacina de 
tetano dele está em dia. Caso não, prescrevemos e 
encaminhamos para o posto. 
Exame clínico: 
 Avaliação intra e extraoral: Fazer suturas se 
necessário. 
 Avaliação de fraturas coronárias e exposição 
pulpar. 
 Avaliação de anormalidades oclusais. 
 Avaliação de mobilidade dentária e 
deslocamento. 
 Teste de percussão. 
 Palpação. 
 Teste de vitalidade pulpar. 
No momento do acidente, os testes de 
sensibilidade geralmente não geram nenhuma 
resposta, indicando uma ausência transitória de 
resposta pulpar. Consequentemente, pelo menos 
dois sinais e sintomas são necessários para realizar 
o diagnóstico de necrose pulpar. 
 Transluminação com fotopolimerizador. 
Exames de imagem: Revela alterações na estruturas 
dentárias e de suporte não vistas a olho nu, além de 
revelar o estágio de desenvolvimento radicular. 
As mais importantes são: 
 Periapical, oclusal, panorâmica, tomografia, 
tecido mole e extraoral. 
 A periapical deve ser feita em pelo menos 3 
angulações verticais diferentes, para verificar se 
há fratura. 
 
ANTISSEPSIA 
É o 1º passo para o tratamento de um trauma dental: 
 Extrabucal: Limpeza da face com esponja 
cirúrgica ou gaze estéril. Pode ser utilizado soro 
fisiológico estéril 0,9% ou clorexidina 2%. 
 Intrabucal: Jato de água, soro fisiológico 0,9% ou 
clorexidina 0,12%. 
ANTIBIOTICOTERAPIA 
Existem limitadas evidências para a utilização de 
antibioticoterapia sistêmica nos casos de lesões de 
luxação e nenhuma evidência de que a cobertura 
antibiótica melhore o prognóstico de dentes 
fraturados. 
A utilização de antibióticos permanece a critério do 
clínico, uma vez que normalmente as LDTs estão 
acompanhadas por lesões em tecidos moles. Além 
disso, o estado de saúde do paciente pode justificar a 
cobertura antibiótica. 
MEIOS DE CONTENÇÃO 
Na maioria dos casos de trauma é necessário reduzir e 
conter. Via de regra, usamos a contenção rígida 
apenas quando há fratura de osso envolvida. 
Rígida: 
 Fio ortodôntico. 
 Fibra. 
 Resina. 
RIZOGÊNESE 
Incompleta: Dentes permanentes com rizogênese 
incompleta apresentam uma considerável capacidade 
de reparo após exposições pulpares traumáticas, lesões 
de luxação e fraturas radiculares. 
Exposições pulpares secundárias às LDTs respondem 
bem à terapias pulpares conservadoras, que mantêm 
a vitalidade pulpar e permitem a continuidade de 
formação radicular. 
Completa: Os dentes permanentes com rizogênese 
completa que sofrem LDTs severas são mais susceptíveis 
à necrose pulpar, sendo recomendada a realização 
da pulpectomia na maioria dos casos. 
CLASSIFICAÇÕES 
Fraturas coronárias e luxações são as LDTs mais 
frequentes. As luxações são mais comuns na dentição 
decídua, enquanto as fraturas coronárias são mais 
comumente relatadas na dentição permanente. 
Mecanismo da injúria: pode ser: 
Trauma Dental 
Semi-rígida: 
 Fio ortodôntico. 
 Fio de nylon (fio de 
pesca). 
 
 Direto: Traumatizou diretamente o dente. 
 Indireto: Bateu o mento e traumatizou os 
posteriores, por exemplo. 
 
1- Injúrias ao dente e à polpa: 
1- Abfração. 
2- Fratura de coroa não complicada: Pode ser fratura de 
esmalte ou esmalte e dentina. 
 Mobilidade normal. 
 Ausência de sensibilidade à percussão. Se 
apresentar sensibilidade, avaliar quanto à 
possível ocorrência de lesão de luxação ou 
fratura radicular (realizar radiografias). 
 Teste de sensibilidade pulpar normal (+). 
Tratamento: Se o fragmento dentário estiver presente, 
o mesmo pode ser reposicionado junto ao dente. 
Caso contrário, pode ser feita uma restauraçãocom 
resina composta. Se a exposição dentinária for de até 
0.5 mm da polpa (rosa, sem sangramento), colocar 
uma base de hidróxido de cálcio + CIV. 
3- Fratura de coroa complicada: Fratura de esmalte e 
dentina, com exposição pulpar. 
 Mobilidade normal. 
 Ausência de sensibilidade à percussão. Se 
apresentar sensibilidade, avaliar quanto à 
possível ocorrência de lesão de luxação ou 
fratura radicular (realizar radiografias). 
 Polpa exposta sensível a estímulos (++, +++). 
Tratamento: Em pacientes jovens, com rizogênese 
incompleta ou completa, é vantajoso preservar a 
vitalidade pulpar por meio de capeamento pulpar ou 
pulpotomia parcial. Em pacientes mais velhos, 
geralmente a pulpectomia é o tratamento de escolha. 
Se o fragmento dentário estiver presente, pode ser 
reposicionado junto ao dente. Caso contrário, pode ser 
feita uma restauração. 
4- Fratura de coroa / raiz não complicada: Fratura 
coronária estendendo-se abaixo da margem gengival 
sem exposição pulpar. 
 Mobilidade aumentada do frag. coronário. 
 Dor à percussão. 
 Teste de sensibilidade pulpar geralmente é 
positivo. 
 Deve ser realizado radiografias, a fim de verificar 
a presença de linhas de fratura na porção 
radicular. 
Tratamento de emergência: Estabilização temporária 
do fragmento com mobilidade. 
Tratamento não emergêncial: Dependendo do caso, 
algumas das alternativas são: 
1. Remoção do fragmento coronário e restauração 
do fragmento apical. 
2. Remoção do fragmento coronário (+ tratamento 
endodôntico ou não), seguido da gengivectomia 
(às vezes osteotomia) e restauração (em casos 
mais severos pode ser feita a restauração com 
pino e coroa). 
Esta opção é indicada somente em casos de 
fraturas com extensão palatina subgengival. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Remoção do fragmento coronário com 
subsequente tratamento endodôntico e extrusão 
ortodôntica ou cirúrgica do remanescente 
radicular, com tamanho suficiente para suportar 
posterior restauração com pino e coroa. 
4. Extração. Ela é inevitável em casos de fraturas 
corono-radiculares com severa extensão apical. 
5- Fratura de coroa / raiz complicada: Com exposição 
pulpar. 
 Mobilidade do frag. coronário. 
 Dor à percussão. 
Tratamento de emergência: Estabilização temporária 
do fragmento com mobilidade. Em pacientes jovens, 
com rizogênese incompleta ou completa, é vantajoso 
preservar a vitalidade pulpar por meio de capeamento 
pulpar ou pulpotomia parcial. Em pacientes mais velhos, 
geralmente a pulpectomia é o tratamento de escolha. 
Tratamento não emergêncial: Igual ao caso de fratura 
de coroa / raiz não complicada, com exceção do nº 1, 
que não se aplica. 
6- Fratura radicular: 
 Pode ocorrer mobilidade e/ou deslocamento 
do frag. coronário. 
 O dente pode estar sensível à percussão. 
 Pode ocorrer sangramento via sulco gengival. 
 O teste de sensibilidade pode ser negativo 
inicialmente, indicando dano neural transitório ou 
permanente. O monitoramento pulpar é 
recomendado. 
 Pode acontecer descoloração coronária 
(avermelhada ou acinzentada). 
Tratamento: Muitas vezes podemos apenas proservar e, 
em casos de complicação, fazer endo. 
Em casos de mobilidade/deslocamento, reposicionar o 
fragmento coronário e checar a posição 
radiograficamento. Também devemos estabilizar o 
elemento com contenção flexível, por 4 semanas. Se 
a fratura for próxima da região cervical, a 
contenção pode ser mantida por um período maior 
de tempo (até 4 meses). 
Se ocorrer a necrose pulpar, para preservar o dente, o 
tratamento endodôntico do fragmento coronário até 
a linha de fratura está indicado. Também é possível 
tratar o fragmento apical, ou fazer a apicectomia. 
2- Injúrias ao periodonto: 
1- Concussão: 
 Mobilidade normal. 
 Ausência de deslocamento. 
 Sensibilidade à percussão. 
 O teste de sensibilidade é positivo. 
 Ausência de alterações radiográficas. 
Tratamento: Nenhum tratamento é necessário, apenas 
monitoramento. Pode ser feito um desgaste do 
antagonista para alívio oclusal. 
2- Subluxação: 
 Trauma no ápice e periodonto. 
 Mobilidade aumentada. 
 Ausência de deslocamento. 
 Sensibilidade à percussão. 
 Pode ocorrer sangramento via margem gengival. 
 O teste de sensibilidade pode ser negativo 
inicialmente, indicando dano neural transitório ou 
permanente. O monitoramento pulpar é 
recomendado. 
 Em geral, há ausência de alteração radiográfica. 
 Clinicamente é igual à concussão. 
Tratamento: Normalmente nenhum tratamento é 
necessário. No entanto, uma contenção flexível para 
estabilizar o dente pode ser indicada por até 2 semanas. 
Pode ser feito um desgaste do antagonista para alívio 
oclusal. 
3- Luxação lateral: 
 O dente se encontra deslocado M-D-V-L. 
 Ausência de mobilidade (imóvel). 
 A percussão apresenta um som metálico 
(anquilosado). 
 Fratura do processo alveolar presente. 
 Teste de sensibilidade negativo. 
 Na radiografia, observamos aumento do espaço 
do lig. Periodontal (oclusal ou excêntrica). 
Tratamento: Reposicionar o dente digitalmente ou com 
fórceps e estabilizá-lo durante 4 semanas, usando uma 
contenção rígida. 
Se ocorrer a necrose da polpa, o tratamento 
endodôntico é indicado para evitar a reabsorção 
radicular. 
4- Extrusão: 
 Mobilidade excessiva. 
 O dente parece alongado. 
 Teste de sensibilidade pulpar normalmente 
negativo. 
 Na radiografia, observamos aumento do espaço 
do lig. Periodontal apical. 
Tratamento: Reposicionar o dente, inserindo-o 
delicadamente no alvéolo e estabilizá-lo durante 2 
semanas, usando uma contenção. 
O tratamento endodôntico é indicado quando há 
necrose pulpar. 
5- Intrusão: 
 O dente se encontra deslocado axialmente em 
direção ao osso alveolar. 
 Ausência de mobilidade (imóvel). 
 A percussão apresenta um som metálico 
(anquilosado). 
 Teste de sensibilidade negativo. 
 A JCE está localizada mais apicalmente em 
comparação aos dentes adjacentes. 
 Na radiografia, o espaço do lig. Periodontal pode 
estar ausente em parte ou em toda a sua porção 
radicular. 
Tratamento de dentes com rizogênese incompleta: 
Permitir a erupção sem intervenção. Se nenhum 
movimento for observado dentro de algumas semanas, 
iniciar o reposicionamento ortodôntico ou cirúrgico. 
Tratamento de dentes com rizogênese completa: 
Permitir a erupção sem intervenção em dentes que 
intruíram menos que 3mm. Se nenhuma movimentação 
for observada após 2-4 semanas, reposicionar 
cirurgicamente ou ortodonticamente, antes que se 
desenvolva uma anquilose. Após o reposicionamento, 
deve-se realizar uma contenção flexível durante 4-8 
semanas. 
A polpa provavelmente sofrerá necrose em dentes com 
rizogênese completa. Deverá ser feito o tratamento 
endodôntico. Isso deve ser feito 2-3 semanas após a 
cirurgia de reposicionamento. 
6- Avulsão: 
1. Quanto tempo ficou fora da boca? 
 O ideal é que tenha sido até 1h para ser 
reimplantado. 
 Se ficar mais de 1h fora da boca, o prognóstico 
não será tão favorável. Até 3 horas, pode-se 
tentar. 
2. Como ficou? 
 O ideal é que tenha sido armazenado em um 
meio adequado (SF, saliva, leite, solução salina, 
leite de coco, água de coco). 
 O prognóstico não será bom se o dente estiver 
seco ou armazenado em um meio inadequado, 
como água de torneira. 
3. Ápice aberto ou fechado? 
 Um dente com ápice aberto possui um melhor 
prognóstico. Às vezes não precisa nem de endo. 
 A endo antes do reimplante é indicada apenas 
quando o ápice está fechado e fora da boca há 
mais de 60 min. 
Tratamento: Reimplante o mais rápido possível e 
contenção semi-rígida para manter o dente em 
posição. Em casos desfavoráveis, partir para o implante. 
3- Injúria de osso e mucosa: 
1- Fratura alveolar: 
 Envolve o osso alveolar e pode se estender ao 
osso ajdacente. 
 Normalmente se observa mobilidade aumentada 
e deslocamentodo segmento com diversos 
dentes em movimento ao mesmo tempo. 
 Alteração oclusal é comumente observada. 
 Teste de sensibilidade pode ser positivo ou não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento: Reposicionamento de qualquer segmento 
deslocado associado à uma contenção rígida por 4 
semanas. 
Também deve ser realizada uma sutura de laceração 
gengival quando presente. 
PROSERVAÇÃO 
Favorável: 
 Assintomático. 
 Mobilidade normal 
 Percussão normal. 
 Coloração normal. 
 Tecidos adjacentes normais. 
 Sem evidências de reabsorção e/ou osteíte na 
radiografia. 
 Lâmina dura normal. 
 Continuação da formação radicular. 
 Evidência de obliteração do canal. 
Desfavorável: 
 Sintomático. 
 Mobilidade em excesso. 
 Sem mobilidade. 
 Percussão anormal. 
 Coloração anormal. 
 Fístula e/ou edema. 
 Evidências de reabsorções e osteítes na 
radiografia. 
 Lâmina dura anormal. 
 Anquilose radicular. 
 Evidência de infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
URGÊNCIA x EMERGÊNCIA 
Urgência: sem risco à vida. 
Emergência: se não houver uma intervenção, o 
paciente pode ir à óbito. 
Conduta: 
 Limpeza e manutenção das vias aéreas. 
 Controle da hemorragia (por meio de suturas, 
tamponamentos). 
 Estabilização e contenção das fraturas. 
PRINCÍPIOS GERAIS DA ABORDAGEM DO TRAUMA 
FACIAL 
 Diagnóstico preciso e completo com exame físico 
+ exame de imagem. 
 Tratamento dos ferimentos das partes moles. 
 Controle da hemorragia e infecção. 
 Tratamento das fraturas faciais. 
 Tratamento da função pré-trauma. 
Objetivos: 
 Redução anatômica e estabilização. 
 Oclusão funcional. 
 Devolução do contorno, altura facial, simetria e 
projeção. 
Classificação: 
 Terço médio da face (maxila). 
 Mandíbula. 
MANDÍBULA 
Características da mandíbula: 
 Movél. 
 Osso único. 
 Não apresenta cavidade. 
 Pobre vascularização. 
 Menor complexidade das fraturas. 
 Grandes alterações na oclusão. 
 Tratamento menos complexo. 
Zonas de resistência: 
 Mento. 
 Trajetória basal. 
 Trajetórias alveolares (linha oblíqua). 
 Trajetória temporal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zonas de fragilidade: 
 Colo da cabeça da mandíbula. 
 Região do forame mentual. 
 Ângulo da mandíbula (principalmente se tiver 3º 
molar incluso), etc. 
Classificação da fratura: 
 Fratura aberta/exposta. 
 Fratura fechada: não ocorre lesão aos tecidos 
externos. 
 Fratura direta: no local do trauma. 
 Fratura indireta: distante do local do trauma. 
 Parcial ou incompleta: galho verde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Simples: único traço de fratura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trauma Facial 
 
 Composta: vários traços de fraturas. 
 
 
 
 
 
 
FRATURA FAVORÁVEL x DESFAVORÁVEL 
 Favorável: Fraturas 
favoráveis são aquelas 
que não são 
deslocadas por força 
muscular e incluem a 
maioria das fraturas do 
ramo. 
 
 Desfavorável: As 
fraturas de ângulo que se 
estendem posteriormente e 
para baixo são 
horizontalmente 
desfavoráveis e tendem a 
ser deslocadas pelos 
músculos da mastigação. 
 
Na contenção dessas fraturas devemos equilibrar as 
forças musculares. 
MAXILA 
Zonas de resistência: 
 
 
 
 
 
 
 
Zonas de fragilidade: 
 Le fort I: Ocorre transversalmente pela maxila 
acima das raízes dentárias. 
 Le fort II: Há fratura dos ossos nasais e do processo 
frontal da maxila. 
 Le fort III: As fraturas geralmente ocorrem pelas 
suturas zigomaticofrontal, frontomaxilar e 
nasofrontal, soalhos das órbitas etmóide e 
esfenóidde. A face se separa do crânio. 
 
FERIMENTOS DE TECIDOS MOLES 
 Contusão: “batida”. 
 Escoriação: “ralado”. 
 Laceração: “corte”. 
 Queimaduras. 
 Mordeduras. 
 Armas brancas. 
 Armas de fogo. 
 Abrasões: “arranhão, ralado”. 
TRATAMENTO DOS TRAUMAS DE FACE 
1. Fechado ou conservador: 
 Bloqueio maxilo-mandibular por cerca de 8 
semanas. 
 Sem cirurgia. 
 Parafuso, barras, arcos, etc. 
Desvantagens: 
 Mal hálito. 
 Não da para escovar. 
 Paciente deve ser colaborador. 
 Para crianças não é legal. 
 Desconforto para comer. 
 Técnica antiga e ultrapassada. 
 Tempo prolongado de tratamento. 
Vantagem: 
 Menor complexidade. 
2. Aberto ou cirúrgico: 
 Placas e parafusos. 
Indicações: 
 Em fraturas desfavoráveis ou com grandes 
desvios. 
 Pacientes edêntulos. 
 Fraturas com perda de substância. 
 Pacientes alcóolatras, viciados ou epiléticos. 
Contra-indicações: 
 Infecções crônicas. 
 Fase de crescimento. 
 Alto custo. 
 Pilar canino. 
 Pilar zigomático. 
 Pilar pterigóideo. 
 
 Viga infaorbitária. 
 Viga infranasal. 
 Viga supraorbitária. 
 
Vantagens: 
 Confiável e estável. 
 Seguro e rápido. 
 Maior conforto para se alimentar e realizar a 
higiene. 
 Menor tempo com BBM. 
FIXAÇÃO INTERNA RÍGIDA 
Placas de titânio - sistemas básicos: 
1. Load-sharing: 
 Sistema de carga compartilhada: a força de 
mastigação será compartilhada entre placa e 
osso. 
 Fraturas não tão extensas, com traço único e boa 
redução. 
 Placas mais delicadas que a load-bearing. 
 
 
 
 
 
 
2. Load-bearing: 
 Sistema de carga suportada: toda força 
mastigatória será suportada pela placa. 
 Placas maiores e mais espessas. 
 Indicada para fraturas desfavoráveis. 
 Geralmente não é possível ser colocada por 
acesso intra-oral. 
 
 
 
 
 
 
 
3. Carga neutra (Champy): 
 Primeiro sistema de placa-parafuso. 
 Placas delicadas. 
 Indicado para casos bem específicos (fraturas em 
zonas neutras). 
 Acesso intra-oral. 
 
 
 
4. Lag-Screw: 
 Parafusos de compressão. 
 Corticais ósseas saudáveis. 
 Indicadas para casos bem específicos. 
 Promovem uma verdadeira fixação interna rígida. 
 Espirais devem travar no segmento mais distante. 
 
 
 
 
 
 
 
5. Reabsorvíveis: 
Há também materiais 
reabsorvíveis, utilizados em 
crianças principalmente 
(reabsorverá em 6 meses). 
 Não interfere no 
crescimento. 
 Custo alto. 
 Difícil manipulação. 
TRAUMA FACIAL EM IDOSOS 
 Alto índice de severidade. 
 Muito comum queda de própria altura. 
 Maior incidência em mandíbula. 
 Avaliação criteriosa do risco. 
Protocolo: 
 Indicado a FIR com placa Load-Bearing. 
TRAUMA FACIAL EM CRIANÇAS 
 Baixo índice de severidade. 
 Queda com uso de proteção (cadeirinha, 
capacetes). 
 Maior incidência em mandíbula. 
 Maior incidência no verão. 
Protocolo: 
 Não está indicada a FIR em pacientes menores de 
8 anos. 
 Em fase de crescimento é necessário remover a 
FIR em 6 meses. 
 Preferência por materiais reabsorvíveis. 
 
 
 
Visa a solução de problemas não solucionados pela 
endo, ou corrirgir situações criadas por ela. 
A cirurgia parendodôntica, se realizada com boa 
técnica e habilidade, apresenta bons resultados. 
Atualmente a endo tem evoluído e reduzido o número 
de cirurgias parendodônticas. 
Se operarmos uma vez e a lesão permanecer, devemos 
reoperar, pois pode ter ficado algum remanescente. 
Entretanto, se ainda permanecer a lesão após uma 
segunda cirurgia, possivelmente há uma fissura ou 
fratura. 
A reparação do tecido ósseo ocorre por volta de 62 
dias, enquando a reparação gengival por volta de 22 
dias. 
INDICAÇÕES 
É indicada quando o clínico é incapaz de atingir a área 
da lesão e remover os agentes causadores da doença 
através do canal radicular. 
 Dentes com lesão que não regride ao tratamento 
endodôntico (e retratamento). 
 Alterações com sintomatologia (exudato, fístula). 
 Dentes anteriores superiores e inferiores. 
 Desconforto após o tratamento endodôntico. 
 Fracasso no tratamento endodôntico. 
 Canais bifurcados, dilacerados, divergentes. 
 Raízes fraturadas no terço apical. 
 Rizogênese incompleta com impossibilidade no 
tratamento endodôntico convencional. 
 Cimento obturador extravasado. Canais parcialmente obturados. 
 Reabsorção externa/interna. 
 Dentes com ápice arrombado. 
 Perfuração no terço apical. 
 Fraturas de instrumento no terço apical. 
 Alterações patológicas com indicação de 
biópsia. 
 Dentes com núcleo volumoso parcialmente 
obturado. 
CONTRA-INDICAÇÕES 
 Comprometimento de saúde geral. 
 Problemas periodontais avançados. 
 Lesões muito extensas, em que após a cirurgia o 
dente perderá estabilidade. 
 Fraturas no terço médio ou longitudinal. 
 Limitação anatômica. 
 Pacientes que apresentam briquismo. 
 Difícil acesso cirúrgico. 
 Difícil visibilidade da área da lesão. 
 Possibilidade do retratamento endodôntico. 
ACESSO CIÚRGICO 
O tamanho e o tipo do acesso dependem do número 
de dentes envolvidos. 
 1 só = semilunar. 
 Mais que 1: triangular ou trapezoidal. 
INSTRUMENTAL 
Quanto menor o local, menor a broca. Atualmente 
temos disponível: 
 Limas mais delicadas. 
 Ultrassom. 
 Lupas/microscópio. 
MATERIAIS OBTURADORES PARA OBTURAÇÃO 
RETRÓGRADA 
 Amálgama. 
 Cimento de N-Rickert. 
 CIV. 
 Super-EBA. 
 MTA (é o mais utilizado atualmente). 
 Resinas. 
 Guta-percha. 
 OZE/IRM. 
 Cianoacrilato de etila. 
 Polímero de mamona. 
 Policarboxilato. 
 TMA. 
MODALIDADES CIRÚRGICAS 
1. Curetagem apical: 
 Tenta sanar os problemas causados pela endo. 
 Lesões que possam ser totalmente removidas sem 
alterar o ápice radicular. 
 É feita quando se há certeza que a endo foi bem 
feita mas precisa curetar a lesão. 
 Cureta e manda para a biópsia. 
O tamanho da incisão depende: 
 Tamanho da lesão. 
 Número de dentes envolvidos. 
 Problema periodontal ou não. 
Cureta-se começando pelas bordas, com a 
concavidade da cureta voltada para o tecido ósseo. 
Deve-se remover toda a lesão e deixar a cavidade 
limpa. 
2. Apicoplastia: 
Quando existe a necessidade de regularização do 
ápice radicular (arredondamento/alisamento). 
 
Cirurgia Parendodôntica 
3. Apicectomia: 
 “Corte no terço apical da raiz”. 
 Reabsorções apicais. 
 Inacessibilidade do ápice (alterações 
anatômicas). 
 Perfurações/arrombamento apicais. 
 Desvio de instrumentação. 
 Facilitar a remoção de lesões. 
 Conveniência cirúrgica. 
 Corte oblíquo para vestibular (45º). 
4. Apicectomia com obturação retrógrada: 
 Melhora o vedamento apical. 
 Facilita a remoção da lesão. 
 MTA. 
5. Apicectomia com retro-instrumentação e retro-
obturação: 
 Canais com ausência de material obturador ou 
parcialmente obturados. 
 Inacessibilidade do canal (dens in dente, 
calcificações, obturação do canal). 
 Dentes portadores de núcleos volumosos. 
 Dentes com próteses fixas com perfeita 
adaptação. 
6. Cirurgia com obturação simultânea: 
 A obturação do canal é relizada no momento da 
cirurgia. 
 Canal difícil de secar. 
 Ápice arrombado. 
 Instrumentos fraturados aquém do ápice. 
 Rizogênese incompleta. 
7. Canalização: 
 Desvios acentuados de instrumentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Perfurações acentuadas em forma de rasgos. 
8. Rizectomia: 
 Perfurações radiculares. 
 Reabsorções interna/externa. 
 Perda óssea acentuada em uma raiz. 
 Perfuração da raiz. 
 Calcificação do canal. 
 Fratura radicular transversa/longitudinal. 
 Instrumento fraturado em toda extesnão do 
canal. 
 Reabsorção radicular. 
 Cáries radiculares. 
9. Odontosecção. 
10. Transfixação: 
 Implantação de pinos metálicos para aumentar a 
estabilidade do dente. 
 Fraturas radiculares no terço médio. 
 Reabsorções internas. 
 Perdas ósseas acentuadas. 
11. Reimplante intensional: 
 Impedimento do tratamento endodôntico, falta 
de espaço, obstrução do canal. 
 Inacessibilidade cirúrgica: risco de parestesia, 
espessura óssea. 
 Insucesso endodôntico e cirúrgico. 
 Visibilidade inadequada. 
 Difícil selamento apical, reabsorções, perfurações, 
possíveis dano periodontal. 
 Possível fratura radicular. 
 O pacinete não quer perder o dente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parte II: 
PATOLOGIAS 
 
 
CONCEITOS 
 Tumor: Crescimento tecidual / aumento de 
volume. 
 Neoplasia: Novo crescimento. 
 Lesão fundamental: lesão inicial. 
 O diagnóstico se dá pela biópsia. 
 
 
 
 
 
 
 
1- Normal: As células crescem até terminar a formação 
do tecido; depois disso mantém um padrão. Células 
com formato semelhante, proporção do núcleo e 
citoplasma preservada e função normal. 
2- Hiperplasia: Proliferação celular descontrolado que 
possui como etiologia o trauma. Células com formato 
semelhante, proporção do núcleo e citoplasma 
preservada e função normal. 
3- Neoplasia benigna: Proliferação celular 
descontrolado sem etiologia definida. Células com 
formato semelhante, proporção do núcleo e 
citoplasma preservada e função normal. 
4- Displasia: Proliferação celular descontrolado. Células 
com formato diferente, proporção do núcleo e 
citoplasma alterada e função prejudicada. 
5- Neoplasia maligna: Proliferação celular 
descontrolado sem etiologia definida. Células com 
formato diferente, proporção do núcleo e citoplasma 
alterada, função prejudicada e apresenta 
característica infiltrativa. 
TIPOS DE LESÕES FUNDAMENTAIS 
1- SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE / PERDA EPITELIAL: 
Solução = quebra. São aquelas que apresentam perda 
de tecido epitelial. 4 tipos: 
 
 
 
 
 
 
 Erosão: Perda de tecido epitelial superficial que 
não expõe o tecido conjuntivo (mais extensa do 
que profunda). 
 Úlcera: Perda de tecido epitelial que expõe o 
tecido conjuntivo (profunda e extensa). Dói mais 
devido a presença de nervos no tecido 
conjuntivo. 
 Fissura: Perda retilínea de tecido epitelial que 
expõe o tecido conjuntivo (mais profunda do que 
extensa). 
 Sulco: Perda epitelial que não expõe tecido 
conjuntivo, mais retilíneo que a erosão (mais 
profundo do que extenso). 
Para saber se 
atingiu ou não 
o tecido 
conjuntivo, 
perguntar ao 
paciente se 
arde/dói. 
2- AUMENTOS DE VOLUME 
São intumescimentos teciduais projetados para o 
observador. 4 tipos: 
 Pápulas: aumento de volume por conteúdo sólido 
menor que 3mm. 
 Nódulos: aumento de volume por conteúdo sólido 
maior que 3mm. 
 Vesículas: aumento de volume por conteúdo 
líquido menor que 3mm. 
 Bolhas: aumento de volume por conteúdo líquido 
maior que 3mm. 
3- ALTERAÇÃO DE COR E ESPESSURA 
São modificações exógenas ou endógenas que 
alteram a cor ou a expessura tecidual. 
 Placa: Aumento de espesssura do epitelio onde o 
compimento é maior que a altura (não cede à 
raspagem). 
 Mancha: alteração de cor tecidual, sem aumento 
de espessura (endógena ou exógena – tattoo). 
 Membrana: aumento de espessura superficial que 
se destaca na raspagem. 
 
 
 
 
 
Introdução 
FIBROMA 
Ocorre no tecido conjuntivo fibroso, cuja etiologia é 
desconhecida. Se possuir como etiologia o trauma é um 
processo proliferativo não neoplásico. 
 Indolor. 
 Crescimento 
lento. 
 Único. 
 Aumento de 
volume por 
conteúdo 
sólido. 
 Comum em língua, mucosa jugal e mucosa labial. 
O diagnóstico se dá pela biópsia e o resultado é 
nosológico. 
Tratamento: Remoção cirúrgica. 
PAPILOMA 
 Aspecto papilar ou verrugoso. 
 Etiologia: HPV (vírus do papiloma humano). 
 Coloração do tecido normal ou esbranquiçado 
(queratinização). 
 Parece um couve-flor. 
 Superfície opaca e textura rugosa (pequenas 
projeções). 
 Base pediculada. 
 Pode se tranformar em maligno. 
 Comum na úvula, palato mole, língua e gengiva. 
 É sexualmente transmissível. 
 
 
 
O diagnóstico se dá pela biópsia. O resultado é 
nosológico. 
Tratamento: Remoção cirúrgica. 
LIPOMA 
 Ocorre no tecido adiposo. 
 Coloraçãolevemente amarelada. 
 Quando em fixador não afunda. 
 
 
 
 
 
 Mucosa jugal, lábios, língua e assoalho. 
 É um nódulo de consistência amolecida. 
 Normalmente a base é séssil. 
 
 
 
 
O diagnóstico se dá pela biópsia. 
Tratamento: Remoção cirúrgica. 
NEURILEMOMA (SCHAWNNOMA) 
 Neoplasia do tecido nervoso 
periférico (células de 
Schwann). 
 Em geral ocorre na língua. 
 Nódulo séssil, indolor, 
coloração da mucosa e 
consistência amolecida. 
O diagnóstico se dá pela biópsia incisional. 
Tratamento: Normalmete se remove a parte que 
incomoda e deixa o restante. O tratamento é bem 
conservador. 
NEUROFIBROMA 
 Neoplasia de tecido nervoso periférico. 
 Consistência amolecida. 
 Lesão única. 
 Lesões múltiplas (neurofibromatose): Mancha de 
café com leite na pele, acomete pele e mucosas 
e pode malignizar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neoplasias Benignas 
PATOLOGIAS ÓSSEAS INFLAMATÓRIAS 
A mandíbula é mais acometida por inflamações do que 
a maxila, pois é mais compacta, chegando menos 
sangue do que na maxila para combater infecções. 
1- ABCESSO PERIAPICAL AGUDO: 
Normalmente é causado por cáries, infecções, 
problemas endodônticos e a falta de via de drenagem 
forma o abscesso. 
 Dor, mal estar, febre, 
edema. 
 Tumor, dor, calor, rubor. 
 Espessamento da lâmina 
periodontal. 
 Imagem radiog. difusa. 
 Contorno irregular. 
 Polpa desvitalizada. 
 Rarefação difusa. 
Tratamento: Drenagem e eliminação da etiologia. 
Se não for tratado, pode se 
tornar uma Angina de 
Ludwing, infeccionando 
até a região de pescoço e 
trazendo problemas graves 
para o paciente, que pode 
ir a óbito. 
2- OSTEOMIELITES: 
Infecção óssea da medula dos ossos do complexo 
maxilomandibular, acometendo mais a mandíbula. 
1- Aguda supurativa: 
 Desenvolvimento rápido, com pus, dor e edema. 
 Pode ocorrer linfoadenopatia e parestesia, pois 
pode comprometer o canal mandibular. 
 Ausência de imagem na radiografia ou imagem 
radiolúcida difusa. 
 Pode cronificar. 
 Tratamento: Antibioticoterapia, remoção do 
agente infeccioso, terapia endodôntica. 
2- Crônica: 
 Causada por infecção bacteriana dentária. 
 Fístulas presentes por meses. 
 Osteólise e osteogênese. 
 Assistomática ou sintomática, depende da fase. 
 Imagem radiolúcida com áreas radiopacas em 
foco. 
 Pode agudizar. 
 Queda de resistência imunológica favorece a 
fase aguda. 
 Pode surgir osso necrótico (sequestro). 
 Tratamento: Terapia endodôntica, cirurgia com 
eliminação do foco infeccioso, antibioticoterapia 
por período prolongado, debridamento cirúrgico, 
câmara hiperbárica. 
PATOLOGIAS FIBRO-ÓSSEAS 
Substituição de tecido ósseo por fibras colágenas e 
fibroblastos (tecido conjuntivo fibroso). 
1- DISPLASIA FIBROSA 
Lesão benigna, semelhante a 
uma neoplasia. O osso é 
substituído por tecido fibro-
ósseo, ocorrendo expansão 
óssea. 
 Fase inicial menos calcificada que a madura. 
 Quando ocorre em jovens pode ser mais agressiva. 
 Normalmente possui crescimento lento. 
 Dentes podem ser deslocados. 
 Aspecto radiográfico de “vidro embaçado”. 
 O tratamento é cirúrgico. 
2- DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA 
Lesões benignas dos maxilares que possui relação com 
ápices dentários e é próximo ao ligamento periodontal. 
 Apresentam calcificações esféricas com 
depósitos de cemento. 
 Assintomáticas. 
 Não expansivas. 
Divididas em 3 grupos: 
1- Periapical: Imagem RL ao redor de 
uma imagem RO. Normalmente 
dentes com vitalidade e raramente 
ocorre expansão da cortical ou 
deforminada. Não há necessidade 
de tratamento. 
2- Focal. 
3- Florida: Forma mais extensa da periapical, podendo 
envolver 1 arco ou 1 quadrante. É assintomática e não 
expansiva. Só são tratados quando há exposição ou 
infecção. Imagens de “bolas de algodão”. 
OSTEONECROSE 
Necrose óssea por agentes químicos, físicos ou 
microrganismos. Mais suscetível à infceções e 
diminuição do aporte sanguíneo. 
 Sequela da radioterapia. 
 Medicações contra osteoporose. 
Patologias Ósseas 
Cisto é uma cavidade patológica, na maioria das vezes 
intra-óssea, cujo conteúdo é líquido ou semi-sólido, 
revestido por tecido epitelial. Eles possuem a tendência 
em crescer, causando reabsorção óssea, portanto é 
uma lesão osteolítica. 
Os cistos são pobres em características clínicas, 
normalmente são achados por meio de radiografias. 
CISTOS ODONTOGÊNICOS 
Possuem relação com as estruturas do órgão dental. 
Podem ser: 
Inflamatório: Originado a partir de uma inflamação 
dentária (normalmente associado a inflamações da 
polpa). 
1. Cisto radicular (periapical): Decorrente à agressão 
pulpar e necrose. 
 Localizada em periápice. 
 Imagem radiolúcida circunscrita com halo 
radiopaco. 
 Tratamento: Endodôntico e apicectomia. 
 
 
 
 
Desenvolvimento: Alteração no desenvolvimento do 
órgão dental. 
1. Cisto dentígero: Oriundos do folículo dental, que 
acometem a coroa de dentes não erupicionados. 
 Imagem radiolucida ao redor do dente retido. 
 Deslocamento de dentes. 
 Reabsorção externa de dentes. 
 Mobilidade e distorção de estruturas. 
 Tratamento: Remoção cirúrgica do dente e 
enucleação / marsupialização. 
 
 
 
 
2. Cisto periodontal lateral: Oriundo de restos de epitélio 
odontogênico. 
 Área radiolúcida circunscrita, unilocular, margens 
delimitadas,indolor. 
 Região de pré-molares inferiores. 
 Na maioria das vezes, fica pequeno e não afeta 
outros dentes. 
 Tratamento: Enucleação (remoção do cisto). 
 
 
 
 
3. Ceratoscisto / queratocisto: Cisto com acúmulo 
central de queratina. 
 Pode ser uni (início) ou multilocular. 
 Região posterior de mandíbula. 
 Lesão agressiva e expansiva. 
 Altamente recidivante. 
 Tratamento: Cirúrgico com margem de 
segurança. 
 
 
 
 
 
 
CISTOS NÃO ODONTOGÊNICOS 
Não está tão próximo ao dente. Exemplo: Nasopalatino, 
nasolabial. 
1. Cisto nasolabial: 
 
 
 
 
 
PSEUDOCISTOS 
Não possuem tecido epitelial os revestindo. Exemplo: 
Cisto ósseo traumático, cisto ósseo aneurismático. 
 
1. Cisto ósseo traumático: 
Decorrente de trauma. É 
preenchido com sangue. 
Cistos 
AMELOBLASTOMA 
Neoplasia benigna com crescimento lento, porém 
localmente invasiva. Há 3 tipos: 
1- Multicístico (86%): 
 Possui prevalência na 3ª e 7ª décadas de vida. 
 Em sua maioria, acomete a mandíbula. 
 Geralmente assintomático. 
 Aumento de volume indolor. 
 Expansão dos ossos gnáticos. 
 Aspecto radiográfico de bolhas de sabão. 
 Margens irregulares. 
 Causa reabsorção das raízes. 
 Tratamento: Enucleação + curetagem. Taxas de 
recidiva de 50 a 90%. 
 
 
 
 
 
 
2- Unicístico (13%): 
 50% na 2ª década de vida. 
 Em sua maioria, acomete a mandíbula (90%). 
 Geralmente assintomático. 
 Aspecto clínico e radiográfico sugere cisto 
odontogênico. 
 O diagnóstico se dá após análise microscópica. 
 Tratamento: Enucleação + curetagem. Taxas de 
recidiva de 10 a 20%. 
 Resseção local x rígido controle radiográfico. 
 
 
 
 
 
3- Periférico / extraósseo (1%): 
 Lesão incomum. 
 Mucosa gengival ou alveolar. 
 Geralmente indolor. 
 Média de 52 anos. 
 Séssil ou pediculada. 
 Não ocorre envolvimento ósseo. 
 Comportamento clínico inofensivo. 
 Tratamento: Excisão 
cirúrgica local. Taxas 
de recidiva de 15 a 
20%. 
 Transformação 
maligna é rara. 
MIXOMA 
Embora seja uma neoplasia benigna, é agressiva e 
pode recidivar. 
 As lesões menores são um achado radiográfico. 
 As lesões maiores causam expansão indolor. 
 Imagem radiolúcida uni ou multilocular. 
 Trabéculas ósseas delgadas (ângulos retos). 
 Lesões grandes apresentam aspecto de bolha de 
sabão. 
 Tratamento: Em lesões menores, curetagem. Em 
lesões maiores, ressecções mais extensas. 
Recidiva de 25%. 
 O prognóstico é bom. 
 Não ocorrem metástases. 
 
 
 
 
ODONTOMA 
Alguns o classificam como umdistúrbio de 
desenvolvimento (hamartomas). O diagnóstico se dá 
em média de 14 anos. A maioria é assintomática. Há 2 
tipos: 
1- Odontoma composto: 
 Várias estruturas pequenas, 
semelhantes a dentes. 
 Cercados por uma delgada 
zona radiolúcida. 
 Região anterior de maxila. 
 Tratamento: Excisão simples. 
Baixa recidiva. 
 Prognóstico excelente. 
2- Odontoma complexo: 
 Massa amorfa calcificada – radiodensidade da 
estrutura dentária. 
 Cercada por uma delgada margem radiolúcida. 
 Anatomia diferente de dentes. 
 Região de molares (maxila ou mandíbula). 
 Tratamento: Excisão simples. Baixa recidiva. 
 Prognóstico excelente. 
 
Tumores Odontogênicos 
 
 
 
 
 
CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE 
Também conhecido como cisto de Gorlin. Classificação 
segundo a OMS: 
1- Cisto odontogênico calcificante: 
 Prevalência igual na 
maxila e na mandíbula. 
 65% na região de C e I. 
 Lesão RL bem definida. 
 Unilocular, na maioria. 
 Radiopacidade no 
interior da lesão. 
 Reabsorções radiculares. 
 Divergência dos dentes adjacentes. 
 Tratamento: Enucleação simples. Poucas recidivas 
relatadas. 
 Prognóstico favorável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- Tumor odontogênico de células fantasmas. 
3- Carcinoma odontogênico de células fantasmas: 
Apresenta um prognóstico imprevisível e muitas 
recidivas. 
TUMOR ODONTOGÊNICO EPITELIAL CALCIFICANTE 
 Menos de 1% dos T.O. 
 200 casos relatados. 
 Entre 30 e 50 anos. 
 Encontrado em sua maioria, na mandíbula em 
região posterior. 
 Crescimento lento. 
 Indolor. 
 Imagem radiolucida com estruturas calcificadas. 
 Uni ou multilocular. 
 Margens geralmente bem definidas. 
 Normalmente associado a um dente impactado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA 
Proliferação celular causada por um trauma crônico, 
como por exemplo próteses mal adaptadas. Ocorre 
normalmente em fundo de sulco, rebordo alveolar, 
palato ou gengiva. 
 Baixa intensidade e longa duração. 
 Assintomática. 
 Coloração semelhante ao tecido local. 
 Pode ser hiperplasia epitelial focal ou 
papilomatosa (o que muda é o aspecto clínico). 
 Consistência fibrosa e superfície lisa. 
Tratamento: Para o 
tratamento, deve-se 
remover o agente 
etiológico e tratar 
cirurgicamente. 
FIBROMATOSES GENGIVAIS 
São crescimentos gengivais (hiperplasia gengival com 
inflamação) que pode acometer a gengiva livre e 
inserida. 
 Aumenta o número de fibroblastos. 
 Pode recobrir o dente ou parte dele (retardo ou 
não da erupção dentária e alteração na 
mastigação). 
 Geralmente é bilateral. 
1- Fibromatose gengival hereditária: 
 Antecedentes familiais. 
 Ocorre desde a infância. 
 Gera retardo na dentição. 
 Pode ser nodular e lisa. 
Tratamento: Remoção 
cirúrgica e tratamento 
periodontal (profilaxia e 
raspagem). 
A higiene aqui é 
fundamental. 
2- Fribromatose gengival medicamentosa: 
 Agente etiológico: medicamento, como: 
Ciclosporina, nifedipina, fenitóna (depende da 
dose e tempo de uso). 
 Inibem a colagenase e prolifera o tecido. 
Tratamento: Boa higiene, 
profilaxia e raspagem. Retirada 
do medicamento, substituição 
ou redução e cirurgia 
(gengivectomia). 
GRANULOMA PIOGÊNICO 
É um nódulo róseo-avermelhado, pois há um 
componente vascular inflamatório abundante, 
causado por um trauma crônico ou agudo. Pode ser 
causado por um cálculo dentário, biofilmes, diastemas. 
 Nomenclatura imprópria: termina com oma, mas 
não é neoplasia. Começa com pio, mas sem pus. 
 Prevalência: mucosa gengival, lingual, labial e pele. 
 Normalmente a base é pediculada. 
Tratamento: Remoção cirúrgica e eliminação de 
agente etiológico. 
 
 
 
LESÃO PERIFÉRICA DE CÉLULAS GIGANTES (LPCG) 
É um nódulo parecido com o granuloma piogênico. Esta 
lesão só ocorre no periodonto, ou seja, se o paciente for 
edêntulo não pode ser LPCG. Mas se a lesão for no 
periodonto, para diferenciá-la do GP, deve ser feita 
uma biópsia. 
 Pode levar reabsorção óssea. 
 Mais resistente do que o 
granuloma piogênico. 
 A base é sessil ou 
pediculada, mas menos 
pediculada que o 
granuloma piôgenico. 
Tratamento: Remoção cirúrgica e eliminação do 
agente etiológico. 
FIBROMA OSSIFICANTE PERIFÉRICO 
É um nódulo avermelhado ou róseo, que ocorre na 
gengiva inserida (mais comum na papila interdental da 
maxila de incisivos a caninos). É uma lesão fibrosa que 
pode se calcificar. 
 Trauma crônico ou agudo. 
 Quanto mais tempo da lesão, maior a chance de 
calcificar. 
 Exame complementar: biópsia (para diferenciar 
de GP e de LPCG) e raio-X (reabsorção óssea + 
foco radiopaco da lesão). 
 Poucas células inflamatórias. 
 
Tratamento: Deve ser feita a 
remoção cirúrgica, além da 
curetagem e raspagem. 
Processos Proliferativos Não Neoplásicos 
Alteração na cor do epitélio que normalmente se dá 
por alteração da espessura. 
Manobras de semiotécnica: Inspeção (secar a região 
com gaze), palpação e raspagem (com espátula ou 
gaze). 
 
 
 
 
 
LEUCOEDEMA 
Placa branca ou acinzentada assintomática, localizada 
em mucosa jugal bilateral, não progressiva. 
 Não é uma doença 
verdadeira, e sim 
uma alteração da 
normalidade. 
 Área esbranquiçada 
que quando estica 
some. 
 O diagnóstico é clínico. 
Tratamento: Não precisa. 
GRÂNULOS DE FORDYCE 
São glândulas sebáceas ectópicas. Aparecem por 
meio de pápulas amareladas, múltiplas, assintomáticas 
dispersas na mucosa jugal e lábios. 
 Alteração fisiológica bilateral. 
 O diagnóstico é clínico. 
Tratamento: Não precisa. 
HIPERQUERATOSE 
Placa branca, opaca com bordas limitadas, 
homegênea, única e assintomática. 
 Trauma crônico. 
 A de queratina devido 
a uma agressão de 
baixa intensidade e 
longa duração. 
 Mordiscar, atrito, 
prótese, aparelho ortodôntico, escovação, 
sucção, fumo e substâncias irritantes. 
O diagnóstico é clínico, mas se ficar em dúvida entre 
hiperqueratose e leucoplasia, fazer uma biópsia e 
analisar a etiologia: se for traumática é hiperqueratose. 
Tratamento: Remoção do trauma crônico. Deve-se 
observar a regressão da lesão em até 1 mês. Se persistir, 
considerar outras doenças (leucoplasia). 
 
LEUCOPLASIA 
Placa branca homogênea ou heterogênea, irregular, 
textura e tamanho variável, assintomática e expansível. 
Normalmente se localiza na língua, soalho, véu palatino 
e rebordo alveolar. 
 Sem etiologia definida. 
 + comum: homens > de 50, tabagistas e etilistas. 
 Potencial para transformação maligna. 
O diagnóstico é por meio das características clínicas e 
ausência de etiologia. A biópsia revela se há ou não 
displasia e qual o grau. 
*Para selecionar o tecido, corar de azul de toluidina. 
Onde ficar mais azul, enviar para biópsia. 
Tratamento: Remoção 
cirúrgica e deve ser feito 
um controle semanal, 
mensal, semestral e anual. 
Pode se usar citologia 
esfoliativa e azul de 
toluidina para o controle. 
QUELITE ACTÍNICA 
Lesão causada pela radiação solar que atinge os lábios. 
Se manifesta por meio de uma placa branca no lábio 
inferior, erosão, edema, margens de vermelhidão do 
lábio mal definidas, heterogênea, irregulares. 
 Pode ser aguda ou crônica. 
 É mais comum em pele clara, maiores de 60 anos, 
atividade campestre, rural, ambulantes, camelôs. 
 Lesão cancerizável (carcinoma). 
O diagnóstico é por 
meio da anamnese + 
aspecto clínico. A 
biópsia mostra que é 
hiperqueratose e se há 
displasia. 
Tratamento: batom FPS, chapéus, diminur exposições. Se 
for cirúrgico, fazer vermelhectomia. 
ESTOMATITE NICOTÍNICA 
Resposta tecidual frente à combustão de tabaco 
(cigarro, cachimbo, charuto). Apresenta-se por meio de 
uma placa branca no palato, irregular, pontos 
avermelhados em seu permeio, indolor, ressecamento 
local. 
 Temperatura e 
componentes tóxicos. 
 Lesão cancerizável. >45 anos tabagista. 
O diagnóstico é clínico. Pode ser feito teste de Shedd e 
biópsia para auxiliar. 
Tratamento: Abandono do vício e preservação. 
Lesões Brancas 
É uma alteração cromática do tecido. Pode ser 
endógena (melanina) ou exógena (substâncias), focal 
ou difusa, única ou múltiplas. 
A diascopia diferencia a lesão de vascular ou 
pigmentada (comprime com um vidro). 
PIGMENTAÇÃO MELÂNICA 
Pacientes de pele escura pode ter deposição de 
melanina. 
O diagnóstico é clínico. Pode ser feito teste de Shedd e 
biópsia para auxiliar. 
Normalmente são múltiplas e difusas. 
 
 
 
 
Tratamento: Não precisa. 
PIGMENTAÇÃO DE AMÁLGAMA 
Lesões perto de 
restaurações de amalgama 
pode ser tatuagem de 
amalgama. A radiografia 
mostra uma área 
radiopaca. Normalemnte 
são difusas e múltiplas. 
Tratamento: Não precisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NEVO (NEVUS) 
Proliferação de melanócitos (aletração no 
desenvolvimento). Ocorre no decorrer da infância. Se 
mostra como uma pigmentação única, focal, 
assintomática, circular e levemente palpável. 
 Tipos: intradérmico, 
juncional, 
composto ou azul. 
 O juncional pode 
se transformar num 
melanoma. 
Tratamento: Remoção cirúrgica devido à uma pequena 
chance de se tornar maligno. 
MELANOMA 
É uma neoplasia maligna. Apresenta-se por meio de 
uma lesão irregular, disforme, acometendo gengiva e 
palato e podendo ulcerar. 
 É indolor, invasivo e causa metástase. 
 É raro em boca 
 Apresenta um diagnóstico ruim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões Negras 
São doenças que se apresentam através de vesículas 
ou bolhas. O conteúdo pode ser pus, sangue, saliva, 
linfa líquido cístico, etc. 
SEMIOTÉCNICA 
1- Inspeção: 
 Tamanho: vesícula ou bolha. 
 Forma: Arredondada, circular ou goblosa = 
alteração local. Irregular = alteração sistêmica. 
 Cor: Avermelhada/azulada = aleração vascular. 
Amarelada = infecção local. Translúcida = 
saliva/líquido cístico. Quando mais profunda a 
lesão = rósea. 
 Número: única (alteração local) ou múltipla 
(sugere alteração sistêmica). 
2- Palpação: 
 Amolecida: lesão superficial. 
 Consistente: lesão profunda. 
3- Punção e aspiração: 
 Puncionar e aspirar o conteúdo (se mandar para 
análise já é exame complementar). 
HERPES TIPO 1 (LABIAL) 
A primeira exposição ao vírus ocorre na infância (80% da 
população). Ao entrar em contato, o vírus pode causar 
uma infecção primária, apresentando sintomas 
característicos de uma virose. A partir de então, o vírus 
fica “dormindo” no gânglio nervoso do trigêmio. 
A primeira manifestação 
clínica da doença é 
chamada de 
gengivoestomatite herpética 
aguda. O paciente 
apresentará febre, mal-estar, 
linfoadenopatia, dor, 
incapacidade de 
alimentação e irritabilidade. 
Cíclo do herpes: 
Latência  ativação do vírus (contato com outro VHS, 
raios solares, frio, estresse, imunidade baixa, hormonal) 
 sinal prodrônico (coçeira e edema)  vesículas  
bolhas  úlcera  crosta de cicatrização. 
 O diagnóstico é clínico. 
 Evitar o contágio e auto-contágio. 
Tratamento: É sintomático: Analgésico, antitérmico, 
aciclovir comprimido na primoinfecção. Na infecção 
recorrente o tratamento é com aciclovir pomada 5x ao 
dia por 5 dias assim que começar o sinal prodrônico. 
HERPES ZOSTER 
Herpes zóster é uma infecção viral que resulta da 
reativação do vírus varicela zóster, o vírus que causa a 
catapora. 
O vírus fica alojado no sistêma nervoso e, devido a uma 
queda de imunidade, o vírus se manifesta. 
Neste caso, a manifestação clínica não se restinge à 
boca e ao labio, mas se espalha pelo rosto e pelo 
corpo. Normalmente se manifesta em apenas um lado 
do rosto. 
 
 
 
 
 
HEMANGIOMA 
É uma vesícula ou bolha que apresenta o sangue como 
conteúdo. 
Pode ser uma neoplasia (tumor benigno) ou um 
hamartoma (congênito – anomalia no 
desenvolvimento). Para saber qual é, observar se a 
pessoa já nasceu com aquilo e se ele se mantém do 
mesmo tamanho ou não. 
Pode ser: 
 Capilar: Em seu interior apresenta capilares. É mais 
fácil de tratar. 
 Cavernoso: É uma lesão mais profunda e 
volumosa, formada por vasos de maiores calibres, 
sendo mais difícil de ser tratada e, por isso é 
tratada por um cirurgião vascular. 
Manobras de 
semiotécnica: Inspeção, 
palpação e diascopia. 
O diagnóstico é clínico, 
mas se houver dúvidas 
pode fazer biópsia 
(excisional se for uma 
lesão pequena). 
 Tratamento: 
 Crioterapia: congela a lesão. 
 Cirurgia: somente para casos necessários. 
 Esclerose química com Oleato de 
Monoetanolamina: é a mais utilizada (oblitera a 
luz do vaso por inflamação, fazendo com que a 
lesão morra). 
Lesões Vésico-Bolhosas 
MUCOCELE 
É causada por intupimento ou rompimento do ducto da 
glândula salivar menor. Dessa forma a saliva não 
consegue ser expelida. No soalho bucal é chamada de 
rânula. 
 Etiologia: trauma ou obstrução. 
 Aspectos clínicos: vesícula ou bolha, com 
consistência branda, é indolor e pode regredir e 
recidivar. Apresenta coloração azulada/ 
avermelhada ou transparente e normalmente se 
localiza na mucosa labial inferior. 
O diagnóstico é clínico + exame anátomo-patológico. 
Tratamento: Excisão da 
glândula acometida 
com remoção de 
glândula salivar menor 
adjacente envolvida. 
(Precisa de anestesia). 
RÂNULA 
Aumento da glândula salivar menor por trauma ou 
obstrução em soalho bucal. Apresenta-se em forma de 
bolha no espaço sublingual, elevando a língua. 
 Dor frente a estímulos. 
 O diagnóstico é clínico + radiográfico + anátomo-
patológico. 
Tratamento: É cirúrgico por 
meio da remoção 
definitiva da glândula 
sublingual ou da 
marsupialização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÊNFIGO VULGAR 
É uma doença auto-imune que ataca pele e mucosas. 
As lesões primárias são bolhas irregulares que se 
rompem formando úlceras. O diagnóstico é por meio 
do exame clínico + Nikolsky + biópsia. 
Manobra de semiotécnica: Sinal de Nikolsky = raspa-se 
com espátula o tecido e observa a formação de bolha 
hemorrágica. 
Tratamento: É por imunossupresor e corticoterapia 
(tópico ou sistêmico). Deve ser feito um 
acompanhamento médico. 
 
 
 
 
PENFIGÓIDE DAS MEMBRANAS MUCOSAS 
É uma doença auto-imune que ataca mucosas. O 
diagnóstico é por meio do exame clínico + Nikolsky + 
biópsia. 
Manobra de semiotécnica: Sinal de Nikolsky = raspa-se 
com espátula o tecido e observa a formação de bolha 
hemorrágica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Podem ter origem: 
 Traumática. 
 Ulceração aftosa recorrente. 
 Infecções. 
 Neoplásicas. 
 Imunológica. 
ÚLCERA TRAUMÁTICA 
Úcera cuja etiologia é o trauma (prótese, aparelho 
ortodôntico, mordida). 
 Normalmente possui forma regular. 
 O diagnóstico é clínico. 
Tratamento: Remoção do 
agente traumático (se 
possível) e passar 
pomada (triancinolona 
acetonida). 
ULCERAÇÕES AFTOSAS RECORRENTES 
Também conhecida como estomatite aftosa 
recorrente. 
É uma úlcera dolorida recorrente. Possui caráter crônico 
e está relacionada a estados neuróticos. É mais comum 
no sexo feminino e na faixaetária entre 10 a 20 anos 
(menos frequente acima dos 50 anos – epitélio já está 
mais espesso). 
1- Diferenciar entre fator local ou sistêmico: 
 Úlcera única: problema de fator local. Pode ser 
bactérias, fungos, câncer bucal. 
 Úlcera múltiplas: problema de fator sistêmico. 
Pode ser vírus, autoimunidade. 
2- Avaliar o estágio da doença (fase): Se começou com 
uma bolha antes de surgir uma úlcera. 
3- Localização: 
 Epitélio de revestimento (fino): afta vulgar. Ventre 
de língua, soalho de boca, palato mole, fundo de 
sulco. 
 Epitélio mastigatório (robusto): afta maior. Dorso 
da língua, mucosa jugal, gengiva, palato duro. 
4- Etiologia: multifatorial. 
 Infecciosa: Streptococus (latente  ativo). 
 Imunológica:autoimune / imunossupressão / 
alérgica (abacaxi). 
 Genética. 
 Hormonal. 
 Estresse emocional. 
 Alterações nutricionais. 
 Alterações hematológicas. 
Imunodesregulação, redução da mucosa, exposição 
antigênica. 
AFTA VULGAR 
Geralmente acomete epitélio de revestimento, possui 
halo avermelhado e permeio esbranquiçado ou 
amarelado. 
 Única ou múltipla (até 3) – geralmente única. 
 Dolorida. 
 Circular ou ovalada. 
 Regride em até 15 dias no máximo. 
 Não deixa cicatriz. 
 O diagnóstico é clínico. 
Tratamento: É sintomático 
(corticosteróide tópico – 
acetonido de triancinolona). 
Pode ser feito um suporte de 
vitaminas (ácido ascórbico – 
vitamina C / complexo B). 
Se souber qual é a causa pode fazer um tratamento 
etiológico. 
AFTA MAIOR 
Também pode ser chamada de periadenite mucosa 
necrótica recorrente. É semelhante à afta vulgar, mas 
geralmente se localiza em epitélio mastigatório. 
 Múltiplas. 
 Maior que a afta vulgar. 
 Dor intensa. 
 Dura mais que 10 dias. 
 Deixa cicatriz. 
 Linfoadenopatia (linfonodos inflamados). 
 Pode levar a carência de nutrientes. 
 O diagnóstico é clínico. 
Tratamento: É sintomático 
(corticosteróide tópico ou 
antinflamatório sistêmico ou 
analgésico). Pode ser feito um 
suporte de vitaminas (ácido 
ascórbico – vitamina C / 
complexo B). 
Se souber qual é a causa pode fazer um tratamento 
etiológico. 
DOENÇAS IMUNOLÓGICAS 
SINDROME DE BEHÇET 
É uma doença inflamatória orogenital e ocular. Ela 
provoca imunodesrulação contra o antígeno HLA e 
pode provocar alterações na boca, olhos, pele, 
genitais, SN, vascular (trombose) e gastro-intestinal. 
Agentes desencadeadores: 
 Genético. 
 Bactéricas. 
 Vírus. 
 Metais pesados. 
Lesões Ulcerativas 
 Substâncias. 
Provoca úlceras bucais, que podem ser múltiplas ou 
extensas. O diagnóstico é clínico. 
Tratamento: É sintomático com corticoterapia e 
antinflamatórios sistêmicos. 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS POR HIPERSENSIBILIDADE 
ERITEMA MULTIFORME 
É uma doença inflamatória crônica mucocutânea 
provocada por uma reação de hipersensibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A etiologia pode ser viral (herpes) e 
medicamentosa. 
 Úlceras bucais. 
 Lesão em pele (circulos concêntricos). 
 O diagnóstico é clínico. 
A sua forma mais agressiva é chamada de Síndrome de 
Stevens-Jhonson. 
Tratamento: É feito com corticoterapia e 
imunossupresor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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