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TRAUMA RAQUIMEDULAR INTRODUÇÃO - normalmente, tem mais importância durante o exame secundário - durante avaliação primária, o paciente está com colar cervical (coluna protegida), até que se proceda uma avaliação neurológica sensitivo-motora mais detalhada - região mais acometida pelo trauma raquimedular: COLUNA CERVICAL - 25% dos traumas de coluna apresentam TCE // 5% dos TCE tem trauma raquimedular AVALIAÇÃO INICIAL - proteção da coluna cervical⇒ colar (A do ABCDE do trauma) - CHOQUE MEDULAR→ alteração neurológica transitória - NÃO CONFUNDIR COM CHOQUE NEUROGÊNICO → interrupção do tônus simpático (vasodilatação) - flacidez e perda aguda dos reflexos - perda das funções motoras e sensitivas abaixo da lesão - com o tempo, retorno dos reflexos e evolução para hiperreflexia⇒ por isso, não se delimita dano real neurológico durante a fase aguda - perda do reflexo bulbocavernoso - diagnóstico de TRM é melhor caracterizado no exame secundário - raramente ultrapassa 24h - normalização do reflexo bulbocavernoso → término da fase de choque medular - corticóides: não indicados → não é embasado por evidência DIAGNÓSTICO 1. Alterações da consciência/mecanismo do trauma - exame secundário⇒ avaliação neurológica periférica (para pacientes conscientes) - para pacientes inconscientes, pode ser avaliado com o reflexo bulbocavernoso - avaliação radiológica → mesmo para paciente inconscientes - manter o paciente imobilizado → enquanto não tiver certeza que não há lesão na coluna LESÃO MEDULAR COMPLETA: ausência de função motora ou sensitiva abaixo de determinado nível LESÃO MEDULAR INCOMPLETA: permanência de certo grau de função sensitiva ou motora AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA - TOMOGRAFIA → exame de escolha para confirmação de fratura vertebral - RNM - mais demorado - melhor para avaliação de partes moles - pouco utilizado nas fases iniciais do choque medular - realizar em pacientes estáveis - dica: a transição cercivotorácica é de difícil visualização no RX simples, sendo melhor a identificação na tomografia computadorizada SÍNDROMES MEDULARES → lesões incompletas da medula espinal 1. SÍNDROME CENTRAL DA MEDULA: isquemia central da medula - idosos submetidos a mecanismos de hiperextensão cervical por comprometimento vascular da medula - desproporção de força motora dos membros superiores e inferiores → perda maior em MMSS - perda sensorial variável - lesão por hiperextensão - recuperação sequencial → 1º MMII; 2º função vesical; 3º MMSS; 4º mãos - prognóstico melhor entre as lesões incompletas 2. SÍNDROME ANTERIOR DA MEDULA: isquemia na irrigação dos cornos anteriores da medula - paraplegia (comprometimento motor) e dissociação da perda sensorial - perda de sensibilidade a dor e temperatura - função da coluna posterior é preservada → sensibilidade proprioceptiva, vibração e pressão - pode ocorrer em decorrência de infarto da medula → território da artéria espinhal anterior - entre as lesões incompletas, é a que tem PIOR prognóstico 3. SÍNDROME DE BROWN-SEQUARD: hemissecção da medula espinhal - situação rara - comprometimento MOTOR IPSILATERAL + perda da SENSIBILIDADE CONTRALATERAL - costuma ocorrer certo grau de recuperação - bom prognóstico 4. SÍNDROME DA CAUDA EQUINA - rara em trauma, frequente em hérnia discal - perda total ou parcial das funções sexual, urinária e intestinal - paralisia flácida - preservação parcial de sensibilidade e motricidade sem hiperreflexia
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