Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 NÚCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO Coordenação Pedagógica – IBRA DISCIPLINA ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO 2 HISTÓRICO http://nucleohealthcare.com.br/blog/2015/01/14/relacao-custo-beneficio-nove-bons-motivos-para-realizar-analise- ergonomica-do-trabalho/ A partir de 1955, após a publicação do livro de Faverge e Ombredane sobre a análise do trabalho, a atuação de diversos outros pesquisadores expoentes na área fez com que a ergonomia centrada na análise da atividade fosse desenvolvida ao longo do tempo, tendo suas bases teóricas aprofundadas, seus métodos enriquecidos e suas aplicações às transformações das condições de trabalho mais elaboradas (GÜÉRIN et al., 2001; MONTMOLLIN, 2007; LAVILLE, 2007). Essa evolução levou a reconhecer a ergonomia situada como um dos dois principais conjuntos de ergonomias, distinguidos tanto na sua história como nos conceitos e nas práticas, mas que se complementam. O primeiro conjunto, majoritário no mundo e baseado no contexto americano e britânico, corresponde à ergonomia clássica e é qualificado como centrado no componente humano dos sistemas homem-máquina. O segundo, enraizado principalmente nos países francófonos, é classificado como focado na atividade humana contextualizada. Essa dicotomia entre as duas principais famílias de ergonomias assenta- se em modelos, quadros teóricos e diferentes métodos, sendo transversal em relação às ergonomias identificadas em função dos diferentes domínios de http://nucleohealthcare.com.br/blog/2015/01/14/relacao-custo-beneficio-nove-bons-motivos-para-realizar-analise- 3 intervenção (MONTMOLLIN, 2007). 4 No contexto da ergonomia centrada na atividade, Güérin et al. (2001) colocam que transformar o trabalho é a finalidade primeira da ação ergonômica, e o que o ergonomista deve realizar de forma a contribuir para: • A concepção de situações de trabalho que não alterem a saúde dos trabalhadores e nas quais estes possam exercer suas competências, ao mesmo tempo num plano individual e coletivo, e encontrar possibilidade de valorização de suas capacidades; • Alcançar os objetivos econômicos determinados pela empresa, em função dos investimentos realizados ou futuros. Para os mesmos autores a busca desses dois objetivos origina a análise ergonômica do trabalho, cujo método busca resolver os problemas da inadequação do trabalho às características humanas geradas por: • Projetos de sistemas de produção, de processos, da organização do trabalho e das tarefas que foram feitas, muitas vezes a partir de estereótipos simplificados do que seria a população de trabalhadores, que geralmente são “encaixados” na produção; • Situações de adaptação, transformação ou concepção de sistemas de produção em que houve predominância dos aspectos financeiros, técnicos ou organizacionais que não favoreceram a reflexão sobre o lugar incontornável do homem no sistema de produção. Essas situações minimizam a influência dos meios de trabalho cuja concepção não leva suficientemente em conta as especificidades de funcionamento do operador humano e a variabilidade de todo o sistema. Para contextualizar o que seja trabalho, Güérin et al. (2001) caracterizam-no como unidade de três realidades: a das condições de trabalho, a do resultado do trabalho e a da atividade de trabalho. Destacam ainda o conceito do trabalho prescrito e do trabalho real, estabelecendo a distinção entre tarefa e atividade de trabalho. Esses conceitos são bem sintetizados por Falzon (2007), o qual também destaca as noções de regulação e da regulação da atividade. Nesse processo de contextualização do trabalho, Güérin et al. (2001) colocam que a atividade de trabalho é o elemento central que organiza e estrutura os componentes da situação de trabalho, estabelecendo o que eles denominaram de função integradora da atividade de trabalho. 5 Para essa construção existe um conjunto de pontos importantes, de fases privilegiadas que vão estruturar a construção ergonômica. A interação que ocorre entre os atores desse processo conduzido pelo ergonomista gera um aumento do conhecimento ou do nível de consciência da atividade que será fator-chave na implementação das ações ergonômicas resultantes do diagnóstico feito e da transformação desejada. Güérin et al. (2001) destacam ainda que parte do que se construiu deve permanecer e adquirir uma legitimidade que resista ao tempo. Construção esta realizada com a contribuição do ergonomista junto com os atores do processo. Isso está diretamente relacionado à maneira como os conhecimentos sobre o trabalho foram produzidos e transferidos entre os atores e da questão das condições de sua apropriação. As características do procedimento aplicado são centrais para assegurar essa transferência, e a sua durabilidade será, por sua vez, maior caso um conjunto de atores-chave tenha sido instrumentalizado. Para concluir essa apresentação da análise ergonômica do trabalho, os mesmos autores colocam que sua compreensão é um meio que permite: • Conhecer melhor e explicar melhor as relações entre as condições de realização da produção e a saúde dos trabalhadores; • Propor pistas de reflexão úteis para a concepção das situações de trabalho; • Melhorar a organização dos sistemas sociotécnicos, a gestão dos recursos humanos e, em consequência, o desempenho da empresa em seu todo. A seguir são apresentadas as preocupações dos pesquisadores sobre a cientificidade e a construção do conhecimento na ergonomia da atividade. 3. Ergonomia da atividade e sua cientificidade Na comunidade da ergonomia da atividade, onde a Société d’Ergonomie de Langue Française – SELF é a entidade mais representativa, a discussão sobre sua epistemologia é considerada assunto ainda recente (SOCIÉTÉ D’ERGONOMIE DE LANGUE FRANÇAISE, 2005). 6 http://telemarketing2015.blogspot.com.br/ Nesse contexto, a obra coordenada por Daniellou (2004a) é um recipiente onde diversos pesquisadores dessa comunidade apresentam seus pontos de vista sobre aspectos epistemológicos da ergonomia da atividade e que ainda permanece atual em seus conflitos e convergências. É observado nessa obra que a motivação em provocar os debates sobre o tema foram as dificuldades em se obter reconhecimento científico para as pesquisas sobre o trabalho nas instituições acadêmicas. Ela, a obra, representa o esforço em se discutir de modo sistemático a contribuição da ergonomia da atividade em produzir conhecimento, em se definir seu objeto de estudo e os critérios de validação das pesquisas e intervenções práticas. Esses aspectos são destacados pela questão se a ergonomia se caracteriza como “ciência”, “arte” ou “método” ser abordada em várias partes da obra. A seguir são apresentadas algumas visões emanadas por pesquisadores sobre a questão do reconhecimento científico do conhecimento gerado na ergonomia da atividade. Questões epistemológicas Daniellou (2004b) coloca como denominador comum o fato de que a reflexão epistemológica tem por objeto as provas às quais devem se submeter http://telemarketing2015.blogspot.com.br/ 7 as pesquisas, as teorias e os modelos que queiram merecer o adjetivo “científico”. Segundo ele, todos os autores têm em comum esse cuidado de submeter seu pensamento à prova da confrontação, o que torna os conhecimentos científicos algo diferente da opinião única de seus autores. Também a elaboração das regras dessas provas não goza de unanimidade, e nesse sentido o autor faz as seguintes constatações: • Para alguns pesquisadores, a ergonomia continuará um “projeto”, uma “arte”, uma “tecnologia” que utiliza conhecimentos produzidos por outras disciplinas. Se a ergonomia provoca questões de pesquisa e contribui para a produção de conhecimento, estas cairão ipso facto no acervo dadisciplina científica mais bem situada para abrigá-los; • Para outros, a ergonomia pode produzir conhecimentos sobre a atividade de trabalho ou sobre a atividade do ergonomista, a qual lhe pertence exclusivamente, e que nada impede esse conhecimento de ganhar um dia a dignidade de “científico”. Para o autor é evidente que algumas das dificuldades epistemológicas com que se debate a ergonomia são comuns a todas as disciplinas que tratam do ser humano. Nesse aspecto, a pergunta-chave tornou-se dinâmica: “Que condições deveriam progressivamente preencher as pesquisas em ergonomia para que possam ser qualificadas de científicas?” Além disso, apresentada inicialmente como responsabilidade única dos pesquisadores, a questão de cientificidade das pesquisas em ergonomia passa a mobilizar outros atores: quem a pratica e os protagonistas da vida social. Para dar base a essas constatações, o autor abre discussões sobre os seguintes aspectos: • A consciência das bifurcações: o ergonomista é solicitado por um conjunto de teorias e modelos científicos que abrange localmente os fenômenos com os quais ele se defronta. Esses modelos não se encaixam de modo cômodo para constituir um corpo de conhecimentos para a ação, e em certas zonas de realidade eles se contradizem e em outras estão ausentes. Assim, a emergência de conceitos que alimentam a reflexão cotidiana do ergonomista é resultado de um conjunto de manobras, de “bifurcações”. 8 Essa condição gera uma justaposição de conceitos que dificulta a formação de um acordo do que significa produzir conhecimentos científicos em ergonomia: • A relação entre ergonomia e os conhecimentos científicos: há um acordo latente de que a ergonomia utiliza conhecimentos oriundos da fisiologia, psicologia e outras áreas de conhecimento. http://slideplayer.com.br/slide/380957/ Também há certa concordância de que a utilização não é uma simples aplicação desses conhecimentos, sendo que a ergonomia leva a transformá-los pelo seu caráter integrador. Por esse fato, a ergonomia é reconhecida por levar as outras disciplinas a produzir conhecimentos em zonas em que a prática as revela lacunares: • A relação homem e o trabalho: a questão dos critérios da ergonomia está relacionada a uma discussão dos paradigmas à luz dos quais se estuda o trabalho. http://slideplayer.com.br/slide/380957/ 9 http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/42/trabalho-como-conceito-filosofico-nas-paginas-dos- manuscritos-economico-filosoficos-290788-1.asp A ergonomia classicamente leva em conta um duplo critério – o da saúde dos trabalhadores e o da eficácia econômica – sobre o qual exige a construção de compromissos que são influenciados por diversos fatores externos. Além disso, tem-se o enigma das relações entre tarefa e atividade, o trabalho prescrito e o trabalho real, os limites da adaptação humana, os modelos do homem e suas dimensões, os modelos da sociedade e da mudança social; • A questão dos comportamentos à ação: a referência aos termos “comportamentos” ou “condutas” do homem no trabalho e a influência que essa perspectiva gera no desenvolvimento da ação. https://www.youtube.com/watch?v=WJXQZTaNNVA As questões das racionalidades (instrumental, axiológica, prática e comunicacional) que levam o ergonomista a descrever-se como ator da http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/42/trabalho-como-conceito-filosofico-nas-paginas-dos- http://www.youtube.com/watch?v=WJXQZTaNNVA http://www.youtube.com/watch?v=WJXQZTaNNVA 10 transformação das situações de trabalho, abrindo um espaço para discutir como ocorrem as modalidades da ação do ergonomista. Assim, o autor apresenta uma visão geral sobre como se desenvolveram as questões que incitaram a discussão sobre a epistemologia da ergonomia da atividade. Questões epistemológicas levantadas pela ergonomia de projeto Daniellou (2004c) coloca que o estatuto dos conhecimentos em ergonomia significa saber se os conhecimentos científicos podem ser produzidos: (1) Sobre o funcionamento humano no trabalho; (2) Sobre o trabalho; (3) Que sejam úteis para a sua transformação positiva. O autor lembra que a ergonomia foi construída nos países anglo- saxônicos dentro do paradigma da aplicação de conhecimento científicos sobre o funcionamento do homem no projeto dos meios de trabalho. Esse paradigma nas pesquisas mundiais está na origem da produção de um conjunto de conhecimentos que ainda continua útil. Mas a prática da análise ergonômica do trabalho e a confrontação com outras disciplinas (psicologia do trabalho, sociologia, psicodinâmica do trabalho, antropologia, filosofia) conduziram os pesquisadores a um conjunto de constatações que, pouco a pouco, tornou o paradigma inicial enfraquecido, entre as quais o autor cita: • A diferença entre trabalho prescrito e trabalho real; • O fato de evidenciar a atividade cognitiva e a competência dos operários; • A complexidade dos raciocínios em inúmeras situações; 11 • A dimensão dos determinantes da atividade – mostrada, sobretudo, pela antropotecnologia; • A complexidade dos compromissos elaborados pelos trabalhadores e seus efeitos em termos de desempenho e de custo; • A complexidade dos fatores de natureza coletiva que entram em jogo na elaboração de estratégias dos trabalhadores: produção de regras coletivas, dimensões éticas, ideologias coletivas de defesa; • A complexidade dos mecanismos de dano à saúde e o papel positivo que pode ter o trabalho na construção da saúde. O conjunto dessas descobertas contribuiu para reforçar o estatuto do objeto de pesquisa – o trabalho propriamente dito – e o interesse pela análise da atividade como método de descoberta que permitiu não desvendar totalmente o enigma que constitui todo o trabalho, mas progredir em sua compreensão. Diversos aperfeiçoamentos metodológicos permitiram que, progressivamente, a análise da atividade pudesse ser aplicada a quase a totalidade das atividades profissionais. Aqui o autor explica a distinção entre a análise da atividade, aquela dos comportamentos, condutas, processos cognitivos e interações realizadas por um (a) operador (a) durante as observações – da análise do trabalho –, uma abordagem mais global, na qual se insere a análise da atividade, e que se compõe da análise dos fatores econômicos, técnicos e sociais e da análise dos efeitos do funcionamento da empresa sobre a população de trabalhadores envolvida e da eficácia econômica. O autor também destaca a diferença entre a análise da atividade (praticada por outros profissionais) e a análise ergonômica do trabalho. Um ponto em comum: ambas produzem conhecimentos a partir da elaboração de um modelo e da verificação de sua validade. Uma diferença que se destaca nessa condição é que os conhecimentos produzidos a partir da análise ergonômica do trabalho estão a serviço da ação, e por isso as exigências para sua validação são mais fortes do que as consideradas na validação dos conhecimentos que são objeto central de uma busca científica. Produzido sobre dada situação de trabalho, o modelo feito pelo ergonomista deve ser operante e sua própria estrutura reflete a ambição de agir para transformar as condições de trabalho. 12 Do que a ergonomia pode fazer a análise http://slideplayer.com.br/slide/364244/ Hubault (2004) relata que a ergonomia tem a [...] missão de aprofundar a compreensão da relação entre o que o homem vive no trabalho e pelo seu trabalho, o que ele faz com o que a empresa compreende disso, o que ela faz disto, ainda mais, o que ela espera disto, o que ela quer fazer disto [...] (HUBAULT, 2004, p. 106). Com isso ele destaca que o ergonomista interessa-se pela relação do homem e da empresa, do homem e da técnica, do homem e seu ambiente,enfim de cada nível que se pode conceber uma interface entre esses termos. Diante do exposto se coloca uma primeira questão que é a de saber se na interface o trabalho organiza uma continuidade ou descontinuidade, finalidades e modos de ação, entre o homem e o espaço instrumental ao qual ele deve se integrar. Como descontinuidade, Hubault (2004) coloca que a ergonomia nasceu de uma questão fundamental: a que obriga a distinguir o que se solicita ao homem (a tarefa) e o que isso, para ser realizado, solicita a ele. Isso tem origem em um conflito de lógicas, e a competência do operador é encontrar os meios de gerenciá-lo por meio de compromissos operatórios. http://slideplayer.com.br/slide/364244/ 13 Esse princípio de descontinuidade diz respeito a vários níveis: • Na relação entre a atividade e o comportamento: no trabalho real que se realiza, os compromissos que o operador faz para agir não se veem e o comportamento comunica a parte manifesta do trabalho (visualmente e verbalmente); • Em relação ao desempenho: podem-se distinguir dois tipos de saídas do sistema de produção – os desempenhos econômicos e os desempenhos humanos. Os primeiros avaliáveis/avaliados em termos de eficácia na ordem econômica (rendimento, produtividade, qualidade, confiabilidade,...) e os outros em termos de eficácia na ordem humana (competência adquirida/degradada, saúde melhorada/deteriorada,...); • Na relação entre tarefa e atividade: onde existem duas posições opostas. Uma que postula que diferença entre o prescrito e o real é uma diferença a ser reconhecida, uma descontinuidade de princípio entre o modelo e a realidade em geral e entre a tarefa e a atividade no particular. A outra é o que se demanda e o que isso demanda, na qual a ergonomia identifica uma diferença a reduzir. O autor discorre que essas abordagens estão sempre em jogo, e que isso implica em saber que tipo de integração, funcional ou política, realiza a interface e o lugar que nela ocupa o trabalho (fator integrador/integrável ou de integração). Aqui ele apresenta como os diversos estados da ergonomia se enquadram dentro dos paradigmas de continuidade e descontinuidade. Nesse ponto ele abre que a ergonomia trabalha em três níveis, cada qual com suas questões e seus desafios: (1) nível das condições de trabalho (questão-adaptação; desafio- segurança/saúde); (2) nível dos sistemas técnicos (questão-eficiência; desafio- confiabilidade); (3) nível dos sistemas de produção (questão-eficácia; desafio- qualidade). 14 Diante desse complexo de relações, o autor coloca que uma das missões essenciais da ergonomia é a de [...] formalizar a relação homem- ambiente de modo a levar em conta esta contradição: o homem é um sistema autônomo que não é determinado pela oferta informacional de seu meio, mas que não pode se construir sem ela[...] (HUBAULT, 2004, p. 116). http://www.ergotriade.com.br/analise-ergonomica Assim é aberta a questão “o trabalho real é real?” Os fatos observáveis de que a ergonomia dispõe dizem respeito ao desempenho, ao comportamento, à tarefa, que ela confronta entre si e aos conhecimentos adquiridos previamente sobre o funcionamento humano, que faz emergir a figura da atividade. A partir da objetivação de fatos brutos organizados em sistemas de dados a ergonomia – uma ciência empírica – constrói, com o conceito de atividade, não observável, o meio de se compreender, de se levar em conta o que faz realmente o operador, a própria atividade. Para embasar a questão da prática, o autor compara o processo de construção do conhecimento na área da psicanálise e apresenta três pontos que balizam suas propostas sobre a ergonomia: • A prática participa de uma dimensão metodológica fundamental dos conhecimentos em ergonomia. Onde conhecer manipulando define um método http://www.ergotriade.com.br/analise-ergonomica 14 de análise; conhecer para manipular define uma prática de intervenção; manipular para conhecer define uma metodologia de pesquisa. Em todos os casos visa-se o conhecimento e a manipulação de um processo e não de um estado; • Polarizações particulares que favorecem um modo diversificado de desenvolvimento da ergonomia nutrem relações diferentes com a ciência; • O peculiar da ergonomia está no seu ponto de vista que a distingue de todas as outras áreas sobre o estudo do trabalho. ERGONOMIA, FILOSOFIA E EXTERRITORIALIDADE Schwartz (2004) destaca na ergonomia a questão da exterritorialidade dos conceitos, questionando se ao ser epistemólogo e utilizar conceitos já é, de certa maneira, julgar, decidir e engajar-se, pois qualquer uso de conceitos é uma escolha, uma reivindicação de herança, uma decisão de existência ou inexistência. Ao utilizar conceitos, estes podem ser diferentes devido ao que o autor denominou de possíveis bifurcações na escolha de itinerários conceituais. Segundo ele, a questão “erro humano ou falha de representação” exprime com clareza esse ponto de bifurcação conceitual. Um efeito dessa bifurcação conceitual é a manifestação de escolhas mais ou menos exclusivas que implicam em itinerários de investigação previamente estabelecidos, o que caracterizaria uma parcialidade na abordagem realizada. Na elaboração de sua argumentação, Schwartz (2004) faz uso de exemplos da área de ciências humanas com o intuito de mostrar que as áreas de conhecimento possuem lugares escondidos, lógicas internas que não aparecem, filiações e rupturas históricas nos sistemas conceituais. Além de remeter eventualmente a conjuntos complexos de valores e de escolhas e a uma prática que poderia ser uma boa definição de postura epistemológica. É nesse contexto que ele estabelece uma relação triangular entre valores, saberes e atividade com base nas seguintes proposições: 15 • Nenhuma atividade industriosa se desenvolve e se manifesta sem um espaço simultâneo de valores; • Esse mundo de valores se comunica em todos os pontos consigo mesmo; • Os valores imanentes à atividade são sempre “retratados” por ela. A partir de ensaio literário nesse contexto, o autor elabora a proposta de produzir conhecimentos compatíveis com o “policentrismo” observado nos conceitos levantados pela construção de lugares em que a relação triangular entre valores, atividades e saberes torna-se objeto de uma experiência epistemológica explícita. Neste processo é elaborada a proposta de um dispositivo (espaços de construção de saberes integrados) de três polos. Esse dispositivo, proposto por Schwartz (2004) e adaptado por Vieira, Barros e Lima (2007), tem a seguinte configuração: • Polo dos saberes acadêmicos: objetos de esforço permanente de estabelecimento de uma ordem teórica, de explicitação metódica e crítica, de retrabalho contínuo. É aquele dos saberes conceituais das áreas de conhecimento permeadas pela ergonomia; • Polo dos saberes imanentes às atividades e retrabalhados por essas atividades: são “cadinhos” da organização dos saberes, estruturando em uma base histórica seus desdobramentos sobre seus apelos aos saberes formalmente organizados. É aquele dos saberes investidos no exercício do trabalho e na experiência; • Polo filosófico: com vistas aos saberes organizados e com relação às forças de apelo, de memória e dos saberes investidos. Esse polo teria a função de antecipar, com as devidas reservas, as maneiras de tratar seu semelhante e as situações da vida social. É aquele que significa uma postura ética e epistemológica, presente nos projetos em comum que acordam entre si os dois outros polos. Esse dispositivo torna-se a sede de um movimento duplo, no seu centro, onde se misturam e operam culturas contraditórias, patrimônios tendencialmente definidos pelos três polos, e mantém-se coeso por causa de seu movimento interno em espiral e remetendo os atores de cada polo ao exercício de suas própriasresponsabilidades profissionais. 16 Os atores “ativos” são remetidos às urgências da vida social e seu movimento de retorno é, em parte, para avaliar a pertinência do trabalho realizado no interior do dispositivo, com uma eventual vocação para o retorno, redesenhando os recursos do saber e desenvolvendo novas forças de apelo. Quantos aos atores “profissionais do conceito”, tanto no polo filosófico como no dos saberes acadêmicos organizados, eles são enviados às suas disciplinas de origem a fim de que participem, agora devidamente equipados, do debate científico que lhes é próprio. Esse processo no núcleo do dispositivo é denominado pelo autor de “socratismo ambivalente”, pois o sentido da troca de conhecimento (mestre/ discípulo) é alternado frequentemente entre os atores, sendo difícil identificá-lo no decorrer do processo. A epistemologia associada a esse gênero de dispositivo requer que se confronte rotineiramente as normas que lhe são próprias (socratismo ambivalente e a disponibilidade a outras estruturas conceituais) e as normas vigentes na comunidade científica de referência, pois elas são a garantia de uma reapropriação crítica e de uma vigilância específica quanto ao patrimônio acumulado no seio da disciplina. Por fim o autor, questionando se a ergonomia é ciência, coloca que quanto mais ela se torna ciência, menos pertinente ela se torna como interlocutora imediata de sujeitos históricos. Quanto mais a competência ergonômica se aproxima das pressões da transformação in situ, mais ela deve posicionar-se para a aprendizagem no triângulo atividades/ valores/saberes e menos se justifica a eliminação dos protagonistas ou forças de apelo-memória, compreendendo-se o ponto de vista científico. Portanto, a capacidade de mover-se no triângulo, instaurando grupos cooperativos e fazendo emergir questionamentos pertinentes, é apoiada por uma ampla cultura adquirida sobre a atividade, especialmente o que se pode capitalizar no polo mais regulamentado cientificamente, no sentido tradicional da ergonomia. 17 ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO http://pt.slideshare.net/danielferrari106/anlise-ergonmica-de-postos-de-trabalho O grande desafio da análise ergonômica consiste em identificar os reais problemas que são percebidos pelos trabalhadores e que efetivamente causam degradação no conforto, queda na produtividade e interferência na segurança do trabalho. Em muitas análises é comum encontrar estudos muito ricos em termos de dados levantados, utilização de ferramentas avançadas (análise através de filmagens, modelos biomecânicos, dentre outros), sem que se tenha o foco do problema bem definido e, consequentemente os resultados das avaliações em nada ou muito pouco auxiliam nas atividades dos trabalhadores, contribuindo para que a ergonomia seja vista como supérflua e ineficaz por parte dos próprios técnicos, dos empresários e trabalhadores. O termo análise ergonômica tem sido empregado de forma genérica e dependendo da formação do profissional que atuará sobre a questão, o enfoque será dado sob o prisma de sua formação básica, quer seja engenharia, fisioterapia, medicina e outras. Quando se inicia um trabalho de ergonomia é comum ouvir a frase: “Finalmente as coisas vão melhorar, vou ter uma mesa ergonômica, um teclado ergonômico...” e assim por diante, sem considerar toda a dimensão da ergonomia. http://pt.slideshare.net/danielferrari106/anlise-ergonmica-de-postos-de-trabalho 18 A Ergonomia é uma ciência interdisciplinar que abrange diferentes campos de atuação, como: Ergonomia Física que se preocupa com as condições do ambiente laboral (ruído, calor, frio, etc.) e com a adequação antropométrica e biomecânica; Ergonomia Cognitiva que é a disciplina científica que estuda o projeto dos sistemas onde as pessoas realizam seu trabalho (CANÃS, 2005); e Organizacional que, segundo Vidal (2003a), envolve ao menos seis aspectos interdependentes que são: a repartição de tarefas no tempo e no espaço; sistemas de comunicação, cooperação e interligação entre atividades, ações e operações; formas de estabelecimento de rotinas e procedimentos de produção; formulação e negociação de exigências e padrões de desempenho produtivo, incluindo sistemas de supervisão e controle; mecanismos de recrutamento e seleção de pessoas para o trabalho; métodos de formação, capacitação e treinamento para o trabalho. Segundo a legislação brasileira na Norma Regulamentadora 17, para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos, às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. Segundo a Norma Regulamentadora NR 17, a Análise Ergonômica do Trabalho (AET), tem como objetivo, rastrear, observar e avaliar as relações existentes entre demandas de doenças, acidentes e produtividade com as condições de trabalho, com as interfaces, com os sistemas e a organização do trabalho (BRASIL, ABNT, 1990). Neste contexto, a AET compreende três importantes fases: i) Análise ergonômica da demanda: A Análise da Demanda é uma etapa primordial e que merece extrema dedicação e empenho, considerando que nesse momento o Ergonomista compreenderá o motivo que o levou a desenvolver a Análise Ergonômica do Trabalho (AET). https://ergonomiaemfoco.wordpress.com/2014/05/26/analise-ergonomica-do-trabalho-aet/ https://ergonomiaemfoco.wordpress.com/2014/05/26/analise-ergonomica-do-trabalho-aet/ 19 http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgBiwAF/analise-ergonomica-das-atividades-amostragem-com-trado-mecanico- motorizado-mineracao?part=2 Para entender o que está desencadeando o problema em análise, primeiramente identificaremos de onde surgiu essa necessidade. Empresas inteligentes buscam por melhorias para seus funcionários, desenvolvendo ações que beneficiem a saúde dos trabalhadores, seja na implantação de maquinário adequado, na escolha de um acento apropriado ou de estratégias laborais voltadas às atividades produtivas. Caso a necessidade parta dos funcionários, as reclamações podem ser evidenciadas no local (in loco) ou de órgãos de defesa dos trabalhadores, na busca por melhores condições de trabalho, deste modo, evidenciando os agravos existentes que decorrem em debilidades funcionais aos mesmos. Será analisado o ambiente de trabalho, desmembrando todos os possíveis motivos que originaram os problemas referidos, ou as modificações solicitadas. Com essas análises documentadas, será o momento de negociação entre os gestores e trabalhadores, delimitando o tempo para resolução dos problemas. ii) Análise ergonômica da tarefa (envolve a análise dos ambientes físicos, das condições posturais e antropométricas dos trabalhadores, dos http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgBiwAF/analise-ergonomica-das-atividades-amostragem-com-trado-mecanico- 20 aspectos psicológicos dos trabalhadores, da análise organizacional, das condições ambientais): http://docplayer.com.br/15154173-Universidade-federal-do-rio-de-janeiro-escola-politecnica-escola-de-quimica- programa-de-engenharia-ambiental-maria-de-lourdes-de-araujo-menezes.html iii) A análise ergonômica das atividades. Por conseguinte, elenca- se a formulação do diagnóstico, bem como as recomendações ergonômicas: http://slideplayer.com.br/slide/52473/ As condições de trabalho e o ambiente aos quais os funcionários estão submetidos influenciam diretamente na qualidade do produto e no desempenho http://docplayer.com.br/15154173-Universidade-federal-do-rio-de-janeiro-escola-politecnica-escola-de-quimica- http://slideplayer.com.br/slide/52473/21 dos processos, bem como na Qualidade de Vida dos Trabalhadores (QVT) (MATOS, 1997; TURELLA et al., 2011). Neste cenário, emerge a importância da ergonomia, que elenca os aspectos físicos, relacionado com as características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação à atividade física; os aspectos cognitivos, o qual refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema; e, os aspectos organizacionais, o qual concerne à otimização dos sistemas sócio técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos (IIDA, 2005; ABRAHÃO, et al., 2009; ABERGO, 2014). ERGONOMIA A ergonomia ressalta a relação entre o homem e o ambiente de trabalho, e originou-se durante a II Guerra Mundial (1934-45), onde médicos, psicólogos, antropólogos e engenheiros trabalharam juntos para resolver os problemas causados pelos equipamentos militares, posteriormente cresceu rapidamente o interesse nesse novo ramo, em especial na Europa e Estados Unidos da América (DUL; WEERDMEESTER, 2004; ABRAHÃO, et al., 2009). 22 http://cantinhodointeresse.blogspot.com.br/2015/10/ergonomia.html Para Iida (2005) a ergonomia consiste em estudar os diversos itens que influenciam os sistemas produtivos, visando reduzir as possíveis consequências nocivas sobre os trabalhadores. Conforme a Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) a ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho às características fisiológicas e psicológicas do ser humano (ABERGO, 2014). A ergonomia possui um caráter interdisciplinar, pois reúne e integra conhecimentos de diversas áreas científicas e apresenta uma natureza aplicada, pelo fato de objetivar a adaptação do posto de trabalho e do ambiente às necessidades do ser humano (DUL; WEERDMEESTER, 2004). Abrahão et al. (2009), destacam que a ergonomia é uma ciência que tem como intuito transformar o trabalho, em suas diferentes dimensões, adaptando-o às características e aos limites do ser humano. Conforme Turella et al. (2011), entre diversos fatores que auxiliam na questão de motivação de funcionários, está a ergonomia, que proporciona uma melhoria na relação do homem com seu ambiente de trabalho, otimizando os processos e interferindo diretamente na qualidade e produtividade em geral. Coerentemente, a ergonomia necessita de uma abordagem holística de todo o campo, tanto em seus aspectos físicos e cognitivos, como sociais, organizacionais e ambientais. http://cantinhodointeresse.blogspot.com.br/2015/10/ergonomia.html 23 A Análise Ergonômica do Trabalho http://www.globalergo.com.br/ Conforme a NR 17, para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho (BRASIL, ABNT, 1990). As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos, às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. A AET visa aplicar os conhecimentos da ergonomia para analisar, diagnosticar e corrigir uma situação real de trabalho. O método desdobra-se em 05 etapas (IIDA, 2005): a) Análise da demanda: consiste na descrição de um problema ou situação problemática, que justifica a necessidade de uma ação ergonômica. Pode ser solicitado pela direção da empresa; pelos trabalhadores e suas organizações sindicais; b) Análise da tarefa: trata-se de um conjunto de objetivos prescritos, que os trabalhadores devem cumprir. A AET analisa a discrepância entre a tarefa que é prescrita (descrição de cargos) e a que é executada; http://www.globalergo.com.br/ 24 http://pt.slideshare.net/danielferrari106/anlise-ergonmica-de-postos-de-trabalho c) Análise da atividade: refere-se ao comportamento do trabalhador na realização de uma tarefa. A atividade é influenciada por fatores internos e externos. Os fatores internos estão relacionados ao próprio trabalhador, caracterizado pelas suas experiências, idade, sexo, motivação, sono e fadiga. Já os fatores externos referem-se às condições em que a atividade é executada: i) Conteúdo do trabalho (objetivos, regras e normas); ii) Organização do trabalho (constituição de equipes, horários, turnos); iii) Meios técnicos (máquinas, equipamentos, posto de trabalho, iluminação, ambiente térmico). d) Diagnóstico: o diagnóstico procura descobrir as causas que provocaram o problema descrito na demanda. Podendo ser vários fatores: absenteísmo (faltas ou atrasos); rotatividade (pode ser devido ao treinamento insuficiente ou elevada carga de estresse no ambiente); acidentes (pode ocorrer por falta de manutenção nas máquinas, sinalização mal interpretada, pisos molhados, entre outros); baixa qualidade: pode ser por consequências de http://pt.slideshare.net/danielferrari106/anlise-ergonmica-de-postos-de-trabalho 25 erros de dimensionamento do posto de trabalho, ou pela sequência inadequada de tarefas; http://pt.slideshare.net/danielferrari106/anlise-ergonmica-de-postos-de-trabalho e) Recomendações ergonômicas: as recomendações ergonômicas referem-se as providências que deverão ser tomadas para resolver o problema diagnosticado. http://www.calldaniel.com.br/blog/bid/391715/Dicas-de-ergonomia-para-um-escrit-rio-em-casa Devem-se prescrever todas as etapas necessárias para resolver o problema. Estas podem vir acompanhadas de figuras com detalhamento das modificações a serem feitas em máquinas ou postos de trabalho, e indicar as http://pt.slideshare.net/danielferrari106/anlise-ergonmica-de-postos-de-trabalho http://www.calldaniel.com.br/blog/bid/391715/Dicas-de-ergonomia-para-um-escrit-rio-em-casa 26 respectivas responsabilidades (pessoa e seção do departamento encarregado, com indicação do respectivo prazo). Por conta das várias duvidas de nossos leitores e das diversas solicitações encaminhadas ás nossas listas de discussão e ás nossas empresas, novamente falaremos sobre Laudo Ergonômico e sobre a AET - Análise Ergonômica do Trabalho. Agora mais evidente com a chegado do eSocial, a AET é a grande polêmica e a grande necessidade do momento para a real e correta adequação e cumprimento do eSocial. Existem muitas divergências e muitos desencontros sobre o tema porém, nada mais evidente do que dizermos que Laudo Ergonômico é uma análise do risco ergonômico a que estamos sujeitos, em casa, no trabalho, no lazer e, até dormindo... Na AET - Análise Ergonômica do Trabalho, fazemos o Laudo Ergonômico exatamente para a pessoa que está trabalhando naquele posto de trabalho específico. Laudo Ergonômico O Laudo ou Análise ergonômica é um documento que mostra os riscos ERGONÔMICOS do objeto, do posto ou do profissional. O Laudo Ergonômico é obrigatório a todas às empresas que possuem empregados, cujas atividades ou operações os expõem a riscos, que por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem em esforços de levantamento, transporte e descarga individual de materiais, ou outros que exigem postura forçada e ainda, esforços repetitivos. 27 Objetivo do Laudo Ergonômico http://nucleohealthcare.com.br/blog/2012/09/15/estrategia-2-laudo-ergonomico-12-estrategias-para-reducao-do- adoecimento-osteomuscular-relacionado-o-trabalho/ O laudo ergonômico tem por objetivo analisar as condições de trabalho dos setores administrativos e produtivos da empresa, ou mesmo de um estabelecimento particular como uma residência, sob os aspectos da Ergonomia e das condições Ambientais, visando fornecer subsídios para a empresa, ou para o solicitante, para implementar mudançasem sua organização e método de trabalho, no sentido de diminuir os riscos da ocorrência de acidentes e moléstias do trabalho. O laudo ou análise ergonômica identifica os riscos ergonômicos, bem como recomenda as intervenções e ou adaptações necessárias, seja no ambiente de trabalho, mobiliário, máquinas, equipamentos e ferramentas, ou nos processos de trabalho, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, além de preservar a saúde do trabalhador e em especial as prevenir o acometimento das LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Ósteosmusculares Relacionados ao Trabalho). Hoje, muitas pessoas buscam a melhoria da sua qualidade de vida melhorando suas condições de vida e, uma dessas condições, é a melhoria de seus cuidados pessoais com sua coluna e seu complexo músculo- esquelético. http://nucleohealthcare.com.br/blog/2012/09/15/estrategia-2-laudo-ergonomico-12-estrategias-para-reducao-do- 28 Como são avaliados os riscos dos ambientes de trabalho http://bombeiroswaldo.blogspot.com.br/2015/01/riscos-nos-ambientes-de-trabalho.html Os Riscos dos ambientes de trabalho são avaliados de forma qualitativa, procedendo-se em seguida, o enquadramento de acordo com os dispositivos legais. Quem é o responsável pela elaboração e assinatura do Laudo de Ergonômico Podemos avaliar se um dado ambiente ou condição de trabalho é perigoso através da avaliação dos riscos existentes, ou seja, analisando as possibilidades e probabilidades de que algum problema venha a ocorrer, como um acidente. O primeiro passo de uma análise de risco é identificar o risco, e somente um profissional qualificado que pode fazer tal tarefa, pois muitos riscos passariam despercebidos aos olhos de empregados, chefes e pessoas comuns. Esse é um dos motivos de existirem uma gama de profissionais de segurança no trabalho, pois existem especialistas para cada tipo específico de risco. Após a identificação do risco, é necessário agora quantificar e qualificar o risco, ou seja, vamos estudar e ver em que tipo de risco ele se enquadra, e o quão perigoso e quanto ele oferta risco ao trabalhador. http://bombeiroswaldo.blogspot.com.br/2015/01/riscos-nos-ambientes-de-trabalho.html 29 O que deve ser feito caso seja constatado um risco em ambiente de trabalho. Tal estratégia serve para ambos tipos de risco. Quando o profissional de Segurança no Trabalho detecta um risco, obviamente o primeiro desejo e planejamento de ação é a eliminação do risco. Pois é óbvio que o ideal e mais indicado é que tal risco profissional não exista. Porém, um ambiente 100% livre de risco é praticamente impossível, fazendo bem pouco provável também uma eliminação total dos riscos. Sendo assim, o próximo passo é tentar reduzir ao máximo, neutraliza o quanto for possível os possíveis focos de risco e perigo. Avaliado, qualificado, quantificado e reduzido os riscos, é hora de proteger o trabalhador. Para isso, faz-se uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e/ou EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva), que são itens básicos e importantíssimos na maioria das fábricas, indústrias, empresas e outros ambientes de trabalho. São de tão importância que trataremos em várias aulas de nosso curso online grátis de Segurança do Trabalho. E por fim, em nada adianta somente reduzir, eliminar e proteger o trabalhador, este deve ter ciência dos riscos. Para isto, é necessário que todos os trabalhadores sejam educados, orientados e treinados para as mais diversas situações, ambientes de trabalho bem como o uso de EPIs e EPCs. Por mais que se tenham ótimos profissionais de Segurança e Medicina Laboral, se um funcionário não obedecer as regras e orientações, os riscos de problemas aumentarão, bem como os acidentes. Como estamos estudando o ramo de segurança NO TRABALHO, vamos nos focar apenas nos riscos que envolvem o trabalhador e o ambiente de trabalho, são os chamados riscos profissionais, que se dividem em riscos ambientais e riscos operacionais, assuntos já abordados em nossa aula passada. O Laudo Ergonômico deve ser realizado por equipe de especialistas em estudos ergonômicos e riscos ambientais à saúde, produzindo material descrito das operações, dos ambientes, dos equipamentos utilizados, que permitiu elaborar considerações e recomendações a respeito dos métodos e da organização do trabalho com relação às atividades inerentes à administração O responsável pelo laudo é a pessoa que tem a habilitação para a função ou seja, Engenheiro de Segurança do Trabalho que é o profissional “legalmente habilitado” na área 30 de segurança do trabalho e devidamente credenciado junto ao CREA – Conselho Regional de Engenharia, o fisioterapeuta com especialização e conhecimento em Ergonomia, ou outro profissional que realmente tenha a especialização, a habilitação e a capacitação para fazer essa análise técnica. http://trabalhosaudeseguranca.blogspot.com.br/2008/09/percepo-de-risco.html Aqui encontramos mais uma problemática e polêmica situação. Não que seja um problema legal, mas sim, um problema de ordem moral ou mesmo circunstancial. Por que falamos isso? Porque nem sempre quem assina o faz de forma consciente e correta. Isso acontece em vários setores, não apenas na Ergonomia. Assinar é ser responsável perante o contratante e perante a lei. Muitos empresários não se atentam a importância da escolha correta de um profissional para essa análise. Da correta análise dependerá a correta adequação e a correta atenção ao profissional. Frente a qualquer fiscalização, e a qualquer situação ocupacional, é primordial que se tenha total confiança no profissional ou na equipe de profissionais que elabora esse laudo, mesmo sendo de total responsabilidade do proprietário da empresa a escolha correta do profissional correto. Explicando melhor, não basta ser alguém com habilitação, é necessário que esse alguém tenha CAPACITAÇÃO para fazer uma análise correta, legal e profissional. http://trabalhosaudeseguranca.blogspot.com.br/2008/09/percepo-de-risco.html 31 Da mesma forma que precisamos de médicos habilitados e capacitados para nos atender pois desse atendimento depende a nossa saúde, também devemos procurar profissionais que realmente entendam da saúde de nossos profissionais e, consecutivamente, de nossa empresa. É melhor prevenir do que remediar porque muitas vezes, para certos erros não existem remédios.... Validade do Laudo Ergonômico A exemplo do PPRA conforme subitem 9.2.1.1. da NR-09, deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do Laudo Ergonômico para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. Evidentemente, se houverem modificações no posto, no trabalho ou no usuário, o laudo deve ser refeito. Em primeiro lugar, o LTCAT não tem obrigatoriedade legal de renovação anual, mas, vamos seguir nosso raciocínio e explicar quando o LTCAT tem que ser renovado. Você colocou especificamente o Laudo Ergonômico. Como em todos os questionamentos que nos fazem, a resposta é - DEPENDE. Antes de falar do Laudo Ergonômico, é interessante frisar que essa explicação é geral e que é necessário que se entenda o valor do Laudo. O Laudo é valido até que as condições as quais se efetivou o laudo sejam modificadas ou por força legal Precisamos saber o que é um Laudo e para que esse Laudo esteja sendo feito. Usando mais uma vez seu exemplo, vamos falar do LTCAT e o PPRA. Por exemplo, veja o que significa o LTCAT - Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho. Qual a diferença entre o PPRA (programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e o LTCAT (Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho)? Embora ambos os documentos estejam ligados às condições de segurançano ambiente de trabalho, cada um se presta à finalidade diferente. 32 O PPRA é um Programa, com a finalidade de reconhecer e reduzir e/ou eliminar os riscos existentes no ambiente de trabalho. Esse relatório vais servir de base para a elaboração do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). Por conta de especificação contida na NR9, o PPRA precisa ser revisto e renovado anualmente. http://www.exameadmissionalsp.com.br/laudo-ergonomico-sp-zona-oeste-centro.html O LTCAT é um Laudo, elaborado com o intuito de se documentar os agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho e concluir se estes podem gerar insalubridade para os trabalhadores eventualmente expostos. Esse laudos somente serão renovado caso sejam introduzidas modificações no ambiente de trabalho e de acordo com o parágrafo 3º do Art. 58 d Lei 8213/91 com o texto dado pela Lei 9528/97 a empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo, estará sujeito à penalidade prevista no Art. 133 desta Lei, que foi republicada na MP 1596-14 de 10.11.97 e convertida na Lei 9528 de 10.12.97. O LTCAT, assim como o PPRA, deve estar disponível na empresa para análise dos Auditores Fiscais da Previdência Social, Médicos e Peritos do http://www.exameadmissionalsp.com.br/laudo-ergonomico-sp-zona-oeste-centro.html 33 INSS, dos profissionais, etc, devendo ser realizadas as alterações necessárias no mesmo, sempre que as condições de nocividade se alterarem, guardando- se as descrições anteriormente existentes no referido Laudo, juntamente com as novas alterações introduzidas, datando-se adequadamente os documentos, quando tais modificações ocorrerem. Resumindo O LTCAT tem validade indefinida, atemporal, ficando atualizado permanentemente, enquanto o “layout” da empresa não sofrer alterações. Outro exemplo é o LAUDO DE INSALUBRIDADE A exemplo do PPRA conforme subitem 9.2.1.1. da NR-09, deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do Laudo de Insalubridade para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. A exemplo do PPRA, os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos. Em certos casos, em que os trabalhadores estão expostos a substâncias cancerígenas o laudo deverá ser mantido até 30 anos. A Norma Regulamentadora – NR-15 (Lei nº 6514/77 – Portaria nº 12/83) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todas as empresas que admitam empregados que estejam expostos a agentes nocivos à sua saúde. No caso de a empresa não possuir o Laudo de Insalubridade ou estar vencido, estará sujeita as sanções legais. A NR-28 prevê multa com valor de até 6.304 UFIR para descumprimentos das normas de segurança do trabalho. Legislação pertinente: Lei nº 6.514, de 22/12/1977. Portaria nº 3214, de 08/06/1978. Portaria nº 12, de 06/06/1983. Norma regulamentadora NR-15 – Atividades e Operações Insalubres. LAUDOS MÉDICOS Estamos colocando esse exemplo apenas para que se entenda que a renovação do laudo DEPENDE do que se presta esse Laudo. Exemplo ...se 34 estou controlando uma doença aguda, os laudos necessitam ser muito mais frequentes do que se estivermos controlando uma doença crônica. Agora, voltamos ao LAUDO ERGONÔMICO Mais uma vez esclarecemos que DEPENDE. Conforme a NR 17, o objetivo do Laudo Ergonômico é estabelecer parâmetros para a adaptação das condições de trabalho as características psicofisiológicas dos trabalhadores. A exemplo do PPRA conforme subitem 9.2.1.1. da NR-09, deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise global do Laudo Ergonômico para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. Evidentemente, se houverem modificações no posto, no trabalho ou no usuário, o laudo deve ser refeito. Temos basicamente 3 tipos de LAUDOS ERGONÔMICOS: 1 - Laudo Ergonômico do Objeto – esse laudo apenas é renovado pois o objeto não muda sua estrutura 2- Laudo Ergonômico do Posto de Trabalho – AET – este laudo muda quando a conformação do posto é modificada ou seja caso haja mudanças de Layout, se não ocorrerem essas mudanças ele apenas é renovado a cada ano para se atestar que não houve mudanças 3- Laudo Ergonômico Funcional – da mesma forma, se o trabalhador modificar seu posto ou o objeto de sua atividade, haverá um novo laudo para aquela determinada função exercida pelo determinado funcionário e a renovação deve ser realizada imediatamente a mudança funcional. Sempre que uma renovação é feita, é constatada que não houveram mudanças desde a última análise realizada. A exemplo do PPRA, os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos. A Norma Regulamentadora – NR-17 – Ergonomia (Lei nº 6514/77 – Portaria nº 3751/90) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todas as empresas que admitam empregados que estejam expostos a riscos ergonômicos. 35 Quem pode ensinar um laudo ergonômico Em agosto de 2000, a IEA - Associação Internacional de Ergonomia adotou a definição oficial apresentada a seguir. A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema. Os Ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas. No Brasil, a profissão Ergonomista não apresenta uma formação específica de nível superior, ela se dá através de cursos de especialização Latu Sensu, que são frequentados por profissionais de áreas variadas de nível superior. Nessa formação são incluídas disciplinas como Psicologia, Anatomia e Fisiologia, Organização do Trabalho, Design e Métodos de Avaliação e Tecnologia da Informação. Conforme a própria definição determinada pela IEA, os fatores humanos são uma constante na avaliação e interpretação do risco ergonômico bem como a adaptação do trabalho as necessidades e limitação humanas, entendendo a origem e prevenção das doenças relacionadas ao trabalho. Não há definição explícita de qual profissional está habilitado legalmente a executar esse tipo de avaliação, porem as definições deixam claro que há necessidade de uma formação especifica para executar trabalhos nessa área, bem como conhecimento prévio de formação acadêmica de nível superior dos sistemas humanos para poder interpretar e planejar melhorias ergonômicas que protejam o ser humano no seu ambiente de trabalho. O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) em 2002, reuniu uma equipe de auditores fiscais com especialização na área e profissionais da área da saúde e segurança do trabalho com especialidade em saúde do trabalhador para construírem um manual de interpretação da NR 17, norma que determina critérios mínimos de Ergonomia nos ambientes de trabalho. Esse manual foi constituído em virtude da complexidade de interpretação e aplicação da norma 36 e interpretação da mesma pelos órgãos de fiscalização. Portanto o profissional que fará esse tipo de avaliação deve ser um profundo conhecedor da área e sua variada abrangência. A ERGONOMIA é um assunto relativamente novo aqui no Brasil e os Ergonomistas que temos, são profissionais que se titulam ERGONOMISTAS porque fizeram um curso de pós-graduaçãona área. Infelizmente, isso é um problema extremamente sério e que todos devem ficar atentos ao contratar um ERGONOMISTA. Em sendo um assunto novo, ainda falta muita regulamentação para que a capacitação seja realmente uma habilitação no assunto haja visto que, apesar de ser uma disciplina ligada de uma lado a saúde física do indivíduo e outro lado ligado a engenharia mecânica dos processos e dos objetos, suposto seria que a pós graduação na área deveria ter como pré requisito se pós de uma graduação compatível. Se é uma Pós-graduação em engenharia de fluidos, apenas engenheiros podem fazer essa pós. Se for uma Pós-graduação em direito do trabalho, apenas advogados podem fazer essa pós. Suposto seria que, para fazer uma pós-graduação em ERGONOMIA, apenas quem tivesse graduação em engenharia mecânica, medicina, fisioterapia, terapia ocupacional ou graduações com mesma grade curricular poderiam se PÓS GRADUAR, porém...não é isso que ocorre. QUALQUER GRADUAÇÃO HABILITA O PROFISSIONAL A FAZER A PÓS-GRADUAÇÃO NA ÁREA OU SEJA - SER ERGONOMISTA Esse tema tem sido amplamente debatido e está em vias de regulamentação visto tantos problemas que estão surgindo no mercado e que acreditamos, com o advento do eSocial estarão se agravando acentuadamente Paralelamente a ERGONOMISTAS insensatos, nos deparamos com profissionais de outras áreas que fazem a especialização apenas para poder tentar entender e até acompanhar certos profissionais "especialistas". Temos encontrado profissionais e PROFISSIONAIS, como em todas as áreas acontece, mas que na EROGOMIA mais se acentua exatamente por ser uma profissão recente, sem regulamentação acadêmica e com muitas oportunidades de campo. 37 http://alecconsultoria.com.br/diferenca-entre-analise-ergonomica-e-laudo-ergonomico/ Na formação do fisioterapeuta, está garantido o exercício da atuação em Ergonomia através da RESOLUÇÃO n°. 403/2011, RESOLUÇÃO Nº 403 DE 18 DE AGOSTO DE 2011 que formaliza a Especialidade Profissional de Fisioterapia do Trabalho e dá outras providências. Art. 3º Para o exercício da Especialidade Profissional de Fisioterapia do Trabalho é necessário o domínio das seguintes Grandes Áreas de Competência: I – Realizar consulta fisioterapêutica, anamnese, solicitar e realizar interconsulta e encaminhamento; II – Realizar avaliação física e cinésio-funcional; III – Avaliar as condições ergonômicas; IV – Realizar análise ergonômica do trabalho; V – Elaborar, implantar, coordenar e auxiliar os Comitês de Ergonomia; VI – Estabelecer nexo de causa cinesiológica funcional ergonômica; VII – Implementar cultura ergonômica e em Saúde do Trabalhador; VIII – Avaliar a qualidade de vida no trabalho; IX – Participar da elaboração de projetos e Programa de Qualidade de Vida e Saúde do Trabalhador; X – Elaborar, auxiliar, implantar e/ou gerenciar programas ou ações relacionadas a saúde geral e bem estar do trabalhador, específicos a gestantes, hipertensos, sedentários, obesos entre outros; http://alecconsultoria.com.br/diferenca-entre-analise-ergonomica-e-laudo-ergonomico/ 38 XI – Implementar ações de concepção, correção e conscientização relacionadas a saúde e segurança do trabalho, ergonomia entre outras; XII – Analisar e adequar fluxos e processos de trabalho; XIII – Avaliar e adequar às condições de trabalho as habilidades e características do trabalhador; XIV – Avaliar e adequar ambientes e postos de trabalho; XV – Analisar, estabelecer e adequar as pausas e outros mecanismos regulatórios; XVI – Analisar e organizar rodízios de tarefas; XVII – Avaliar e promover melhora do desempenho morfofuncional no trabalho; XVIII – Atuar em programas de reabilitação profissional, reintegrando o trabalhador à atividade laboral; XIX – Solicitar, aplicar e interpretar escalas, questionários e testes funcionais; XX – Solicitar, realizar e interpretar exames complementares; XXI – Determinar diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico; XXII – Planejar e executar medidas de prevenção e redução de risco; XXIII – Prescrever e executar recursos terapêuticos manuais; XXIV – Prescrever, confeccionar, gerenciar órteses, próteses e tecnologia assistiva; XXV – Utilizar recursos de ação isolada ou concomitante de agente cinésio-mecanoterapêutico, massoterapêutico, termoterapêutico, crioterapêutico, fototerapêutico, eletroterapêutico, sonidoterapêutico, aeroterapêuticos entre outros; XXVI – Determinar as condições de alta fisioterapêutica; XXVII – Prescrever a alta fisioterapêutica; XXVIII – Registrar em prontuário consulta, avaliação, diagnóstico, prognóstico, tratamento, evolução, interconsulta, intercorrências e alta fisioterapêutica; XXIX – Emitir laudos de nexo de causa laboral, pareceres, relatórios e atestados fisioterapêuticos; XXX – Atuar junto às CIPA (Comissões Internas de Prevenção de Acidente do Trabalho); 39 XXXI – Auxiliar e participar das SIPATs (Semanas Internas de Prevenção de Acidentes do Trabalho), SIPATR (Semanas Internas de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural), entre outros; XXXII – Auxiliar e participar na elaboração e atividades do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), entre outros; XXXIII – Elaborar, auxiliar, participar, implantar e /ou coordenar programas e processos relacionados à Saúde do Trabalhador, Acessibilidade e Meio Ambiente; XXXIV – Realizar atividades de educação em todos os níveis de atenção a saúde, e na prevenção de riscos ambientais, ecológicos e ocupacionais. XXXV – Avaliar, estabelecer, implantar e gerenciar programas e processos de Ginástica Laboral; XXXVI – Ensinar e corrigir modo operatório laboral; XXXVII – Elaborar e desenvolver programas preventivos e de promoção em saúde do trabalhador; XXXVIII – Realizar ou participar de pericias e assistências técnicas judiciais entre outras; XXXIX – Elaborar, implantar e gerenciar programas de processos e produtos relacionados à Tecnologia Assistiva; XL – Auxiliar e participar dos processos de certificação ISO, OHSAS, entre outros; Art 4º. O exercício profissional do Fisioterapeuta do Trabalho é condicionado ao conhecimento e domínio das seguintes áreas e disciplinas, entre outras: I – Anatomia geral dos órgãos e sistemas; II – Ergonomia; III – Doenças Ocupacionais ou Relacionadas ao Trabalho; IV – Biomecânica Ocupacional; V – Fisiologia do Trabalho; VI – Saúde do Trabalhador; VII – Legislação em Saúde e Segurança do Trabalho; VIII – Legislação Trabalhista; IX – Sistemas de Gestão em Saúde e Segurança do Trabalho; X – Organização da Produção e do Trabalho; 40 XI – Aspectos Psicossociais e Cognitivos Relacionados ao Trabalho; XII – Estudo de Métodos e Tempos; XIII – Higiene Ocupacional; XIV – Ginastica Laboral; XV – Recursos Terapêuticos Manuais; XVI – Órteses, próteses e tecnologia assistiva; XVII – Acessibilidade e Inclusão; XVIII – Administração e Marketing em Fisioterapia do Trabalho; XIX – Humanização; XX – Ética e Bioética. A titulação dessa especialidade se dá através de critérios estabelecidos na Resolução nº 377/2010 onde os profissionais de fisioterapia com comprovação de formação na área de saúde do trabalho, fisioterapia do trabalho ou ergonomia, submetem-se a provas de títulos e de conhecimento para obterem o titulo de especialista e obterem qualificação reconhecida pelo seu conselho de executarem os dispostos na resolução. Essa prova de titulação acontece em eventos oficiais, instituições ou associações como a ABRAFIT, Associação Brasileira de fisioterapia do trabalho, certificando então capacitação desses profissionais para executarem os trabalhos de Ergonomia e outros citados nos itens da resolução citados anteriormente. Portanto, é recomendável que se conheça a qualificação profissional e seu reconhecimento legal da formação na área de Ergonomia para a validaçãoda responsabilidade técnica das analises de Ergonômicas realizadas nas empresas. 41 COMO ELABORAR UM LAUDO ERGONÔMICO CONSCIENTE http://neobiowork.com.br/seguranca-do-trabalho/laudos-tecnicos/laudo-ergonomico.html Como é de se imaginar, o Laudo Ergonômico de uma estação de Trabalho deve ser direcionado a análise global do posto de trabalho, sempre levando em consideração o psico-biofísico do seu operador. O Laudo Ergonômico deve ser elaborado por posto de Trabalho individual, levando em consideração também, a empresa como um todo. Nada deve ser analisado de forma segmentada. Conforme a NR 17, o objetivo do Laudo Ergonômico é estabelecer parâmetros para a adaptação das condições de trabalho as características psicofisiológicas dos trabalhadores. Temos, basicamente, 03 tipos de Laudos Ergonômicos: 1 - Laudo Ergonômico do Objeto 2- Laudo Ergonômico do Posto de Trabalho - AET 3- Laudo Ergonômico Funcional - AET O Laudo Ergonômico que denominamos Consciente, deve ser realizado com estudos visando os 03 tipos de laudos acima mencionados para que se http://neobiowork.com.br/seguranca-do-trabalho/laudos-tecnicos/laudo-ergonomico.html 42 tenha uma real Avaliação Ergonômica do Posto - que pode ser de trabalho ou um simples local de lazer onde assistimos uma TV ou a dona de casa realiza seus trabalhos domésticos. A ERGONOMIA deve estar presente no dia a dia de toda população para prevenção dos riscos aos quais se está exposto por problemas de má postura, falta de ventilação, falta de iluminação, tamanho inadequado de ferramentas, e outras milhares de situações que se traduzem por uma má condição de equilíbrio físico - emocional - postural. O desenvolvimento de um Laudo Ergonômico consta de: - Estudo detalhado dos processos utilizados no desenvolvimento das atividades; - Avaliações qualitativa e quantitativa dos riscos ergonômicos; - Avaliação do mobiliário e equipamentos frente as atividades (hora x homem x trabalho); - Aferição e análise das condições ambientais dos locais de trabalho; (esquecido por muitos profissionais que elaboram o LE. - Aferição e análise do psico-biofísico do operador - Recomendações técnicas para melhoria das condições de trabalho. - Implantação de medidas de controle; - Treinamentos e cursos sobre ergonomia; - Mobilizações simples como a "Ginástica do Gato" Sobre o Laudo Ergonômico Quando uma empresa sofre uma ação fiscalizatória da DRT (Delegacia Regional do Trabalho) e não desenvolve nenhuma ação em ergonomia ou ações insatisfatórias geralmente é notificada, com um prazo para elaboração do (s) documento (s) solicitado (s) - geralmente o Laudo Ergonômico - passível de multa caso não cumpra esse prazo. Neste caso vem uma pergunta extremamente atual para o gestor da empresa: A elaboração da Análise Ergonômica do Trabalho (Laudo Ergonômico) é suficiente para proteger minha empresa? A resposta é DEPENDE! 43 O primeiro ponto é que o Laudo Ergonômico (AET) é exigência legal dentro do conjunto de normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, descrita na norma número 17 - NR17. A segunda questão é que hoje em dia não basta somente a empresa contratar uma pessoa ou empresa que identifique os riscos presentes no ambiente de trabalho, é preciso que o profissional que desenvolve trabalhos em ergonomia aplique conceitos de gestão em suas análises de risco: identificando, eliminando (ou controlando), priorizando, avaliando e validando seus trabalhos. Com freqüência, apenas a primeira e a segunda etapas são contempladas nos estudos ergonômicos. O profissional se dirige a empresa, fotografa algumas situações, aplica alguns questionários e elabora o relatório do tipo: 1- Posto de trabalho A riscos B + C sugestão de melhoria SS. Isso é suficiente? Como sempre, a resposta é DEPENDE: Muitas vezes não… Hoje tem se exigido, além da identificação do risco e a sugestão de melhoria, uma melhor caracterização das atividades de trabalho, estabelecendo prioridades para as ações de controle e principalmente acompanhamento do trabalho. Cada vez menos se admite o “Laudo de Gaveta”, somente para “cumprir tabela”. Muitas ações fiscalizatórias têm exigido que a AET contenha no mínimo uma planilha de correções (cronograma), pois neste caso se estabelecem prazos de cumprimento e de avaliação. Para não nos estendermos por hoje, cabe ressaltar novamente o papel do profissional capacitado. A cobrança acaba sendo natural por parte de algumas empresas, pois um laudo mal elaborado pode trazer mais custos do que benefícios acabam gerando o “retrabalho”. Já diz o velho ditado “Se conselho fosse bom ninguém dava, vendia”, mas se cabe um conselho aos profissionais que adentram à área é que surgindo uma possibilidade de trabalho, contate algum profissional com maior experiência, faça parcerias, pesquise, empenhe-se… Vale mais a pena começar com menores rendimentos porém da maneira correta! 44 Agora com o eSocial as informações tem que estar corretas pois qualquer falha pode gerar grandes transtornos para o empregador. Portanto, quem assina seu laudo, tem que ter condições técnicas e psicofisiológicas para representa-lo caso haja algum problema e alguma perícia seja indicada. A saúde do trabalhador é muito importante pois o "capital humano" é o maior patrimônio de qualquer empresa. Agora, sobre a AET - Vamos falar bem resumidamente sobre o assunto. Estamos formatando vários Fóruns de discussão no nosso Centro de Referência em Ergonomia de São Paulo - CRESP. A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) tem como objetivo rastrear, observar, avaliar e analisar o profissional em seu real posto de trabalho e verificar as relações existentes entre demandas de doenças, acidentes e produtividade com as condições de trabalho, com as interfaces, com os sistemas e com a organização do trabalho. O Laudo Ergonômico é geralmente um documento emitido como resposta à algumas ou diversas das questões ergonômicas relativas à uma condição específica de trabalho em um determinado posto de trabalho. Certamente que um laudo ergonômico é solicitado para que um conjunto de respostas seja dado aos itens analisados, embora não necessariamente a totalidade dos itens relacionados à uma situação de trabalho, condição que caracteriza a Análise Ergonômica do Trabalho (AET). A AET - análise ergonômica do trabalho compreende três fases: análise ergonômica da demanda, análise ergonômica da tarefa - que envolve: análise dos ambientes físicos (calor, luminosidade, umidade, som, etc); análise das condições posturais e antropométricas dos trabalhadores; análise dos aspectos psicológicos dos trabalhadores; análise organizacional; condições ambientais e por último, mas não menos importante, a análise ergonômica das atividades. Todas estas etapas devem ser cronologicamente abordadas de maneira a garantir coerência metodológica e evitar percalços, que são comuns nas pesquisas empíricas de campo. A AET é individual, FEITA PESSOA A PESSOA. Antigamente se fazia a análise por amostragem o que se verifica hoje que não é o correto. 45 Com uma real AET se pode minimizar os riscos e trazer todos os benefícios ao profissional e a empresa além do completo cumprimento legal. A IMPORTÂNCIA DA AET PARA O ESTÁGIO DE MATURIDADE DA ERGONOMIA Bouyer (2007), utilizando-se do conceito de quatro limiares que distinguem o grau de maturidade de um discurso científico (positividade, epistemologização, cientificidade e formalização), coloca que a ergonomia está situada entre o limiar da epistemologização e o da cientificidade. Para ele a caracterização da ergonomia como ciência encontra-se confusa, porém mais conscienciosa da necessidade da interdisciplinaridade na construção da ergonomia científica e não reducionista. Se a opção é considerar a ergonomiaciência, o autor observa que os modelos explicativos devem acompanhar a evolução das disciplinas que se unem para consolidá-los. Nesse contexto interdisciplinar [...] não há limite nos conhecimentos das disciplinas, que podem ser recrutados para a interpretação de uma atividade de trabalho [...] (DANIELLOU, 2004c, p. 187). No processo de maturidade em direção à cientificidade, Bouyer (2007) considera que o passo mais largo nessa direção foi a metodologia da análise ergonômica do trabalho (AET). Ela trouxe uma nova mentalidade sobre o que consiste estudar uma situação de trabalho, colocando a atividade de trabalho como espaço privilegiado. O mesmo autor observa que essa situação demandou [...] incluir todo um arcabouço científico de outras disciplinas (psicologia, antropologia, fisiologia,...) que, integradas, deveriam dar conta do objeto posto para análise da ergonomia: o trabalho, a atividade [...] (BOUYER, 2007, p. 4). Tecendo a discussão em torno dos fundamentos sobre cientificidade e métodos, conclui-se que com o instrumental da AET é: [...] possível construir verdadeiros modelos que, conforme postulada pela filosofia da ciência em diferentes abordagens, podem ser considerados modelos científicos por permitir, ao observador, explicar o fenômeno mediante o emprego desta ferramenta ou modelo por ele construído [...] (BOUYER, 2007, p. 5). 46 Relação Custo-Benefício A questão custo-benefício decorrente das intervenções ergonômicas é um item essencial nas negociações envolvendo ergonomistas e dirigentes de organizações em geral. Sabe-se que a tomada de decisão das organizações envolve três razões principais (BUDNICK, 1998): - Ganhar Dinheiro: Empregada com cuidado e critério a ergonomia trará mais dinheiro minimizando custos relativos às consequências de lesões no trabalho; evitando perdas relativas à produtividade, baixa qualidade na produção etc. - Evitar consequências, tais como multas por não agir de uma certa maneira: No aspecto legal, a Norma Regulamentar 17 (NR-17) recomenda: “… cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica do Trabalho (AET), …”. Assim um documento oficial do Ministério do Trabalho prevê a necessidade da AET, sem especificar tipo ou natureza da atividade desenvolvida. Nos USA, a Occupational Safety and Health Administration (OSHA), órgão vinculado ao U. S. Department of Labour, desenvolve pesquisas em setores com alto nível de lesões vinculadas ao trabalho, visando aprimorar a legislação vigente. Assim, as sanções por questões ligadas à saúde e segurança devem se acentuar com o tempo. - Fazer a coisa certa: A ergonomia também implica em “fazer a coisa certa”, devido à seu impacto na melhoria da qualidade de vida dos agentes envolvidos. Resumindo, a aplicação dos princípios ergonômicos deve e pode ser apresentada como uma boa estratégia de negócios e a questão financeira não devem ficar de fora da etapa de negociação. A Ergonomia, quando colocada como requisito de melhoria contínua, pode ser aliada ao sistema da Qualidade, que hoje já faz parte do dia-a-dia das organizações e a ela diversas ferramentas gerenciais são aplicadas, inclusive a de “Custos da Qualidade”. 47 Já foi demonstrado que melhoria de qualidade reduz custos, em todas as fases do ciclo de desenvolvimento de um produto, principalmente na fase de projeto, (PETENATE, 1995), e a Ergonomia, aliada ao movimento da qualidade, coloca-se como uma base para a proposta de melhoria contínua dos processos produtivos e em geral, as melhorias da Ergonomia trazem, efetivamente, benefícios para os processos produtivos. Isso ocorre em termos de melhorias em diversos aspectos do processo, tais como: produtividade, qualidade da produção, redução de erros, moral dos trabalhadores, entre outros, e que, em todos os casos, podem ser traduzidos em resultados financeiros. 48 REFERÊNCIAS ABERGO. Associação Brasileira de Ergonomia. Disponível em: . Acesso em 19 de jun. 2016. ABRAHÃO, J.; SZNELWAR, L. I.; SILVANO, A.; SAMET, M.; PINHO, D. Introdução à Ergonomia. 1.ed. São Paulo: Blucher, 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 10.152: Níveis de Ruído para o Conforto Acústico. Rio de Janeiro: ABNT, 1987. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 17: Segurança e medicina do trabalho. São Paulo: ABNT, 1990. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2006. CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. DANIELLOU, F. Apresentação à edição brasileira. In: DANIELLOU, F. (Coord.). A ergonomia em busca de seus princípios: debates epistemológicos. São Paulo: Edgard Blucher, 2004a. p. 8-10. DANIELLOU, F. Introdução - questões epistemológicas acerca da ergonomia. In: DANIELLOU, F. (Coord.). A ergonomia em busca de seus princípios: debates epistemológicos. São Paulo: Edgard Blucher, 2004b. p. 1-18. DANIELLOU, F. Questões epistemológicas levantadas pela ergonomia de projeto. In: DANIELLOU, F. (Coord.). A ergonomia em busca de seus princípios: debates epistemológicos. São Paulo: Edgard Blucher, 2004c. p. 181- 198. 49 DUL, J.; WEERDMEESTER, B. Ergonomia Prática. 2.ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2004. FALZON, P. Natureza, objetivos e conhecimentos da ergonomia: elementos de uma análise cognitiva da prática. In: FALZON, P. (Ed.). Ergonomia. São Paulo: Edgard Blucher, 2007. p. 3-19. GIBBS, G. Análise de dados qualitativos. Porto Alegre: Bookman, 2009. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007. HAIR Jr., J. F.; BUSH, R. P.; ORTINAU, D. J. Marketing research: a practical approach for the new millennium. New York: Irwin/McGraw-Hill, 2000. IIDA, I. Ergonomia projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2005. LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber: manual de metodologia em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed, 1999. LAVILLE, A. Referências para uma história da ergonomia francófona. In: FALZON, P. (Ed.). Ergonomia. São Paulo: Edgard Blucher, 2007. p. 21-32. LEPLAT, J.; MONTMOLLIN, M. As relações de vizinhança da ergonomia com outras disciplinas. In: FALZON, P. (Ed.). Ergonomia. São Paulo: Edgard Blucher, 2007. p. 33-44. MATOS, F. G. Fator QF – Ciclo de felicidade no trabalho. São Paulo: Makron Books, 1997. SCHWARTZ, Y. Ergonomia, filosofia e exterritorialidade. In: DANIELLOU, F. (Coord.). A ergonomia em busca de seus princípios: debates epistemológicos. São Paulo: Edgard Blucher, 2004. p. 141-179. 50 YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. TURELLA, K. T.; GUIMARAES, J. C. F.; SEVERO, E. A.; ESTIVALET, V. L. Ergonomia no processo produtivo: estudo de caso em uma indústria da Serra Gaúcha. In: XVIII Simpósio de Engenharia da Produção, SIMPEP, 2011, Bauru, Anais.
Compartilhar