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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO RIO DE JANEIRO
	JOÃO PAULO, nacionalidade..., solteiro, profissão..., inscrito no CPF sob o nº XXXXXXX e portador do RG nº XXXX, domiciliado e residente no município do Rio de Janeiro - RJ, através do seu advogado que está a subscreve (procuração em anexo), com endereço profissional em... vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento nos Arts. 19, I e 282 do Código de Processo Civil, apresentar
AÇÃO DE DECLARAÇÃO NEGATIVA COM PEDIDO SUBSIDIÁRIO DE CONDENAÇÃO DE DANOS MORAIS
em face de BANCO XYZ, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CPNJ sob nº XXXX, com sede no município do Rio de Janeiro - RJ, nas razões e fundamentos doravante aduzidos.
I - DOS FATOS
O Requerente, residente na cidade do Rio de Janeiro, ao tentar comprar um eletrodoméstico, foi informado pelo estabelecimento vendedor que não seria possível aceitar o pagamento financiado, em virtude de uma negativação de seu nome junto aos cadastros restritivos de crédito pelo Requerido, sediado no Rio de Janeiro. O Requerente ficou surpreso, tendo em vista que nunca contratou com tal instituição.
Diante do ocorrido, buscou informações e verificou que a dívida, origem da negativação, era referente a um contrato de empréstimo de R$ 10.000,00 que nunca celebrou, sendo, portanto, fruto de alguma fraude com seu nome.
O Requerente dirigiu-se ao banco, pedindo a imediata exclusão de seu nome do cadastro restritivo de crédito, o que foi negado pelo Banco XYZ.
II - DO DIREITO
A princípio, o Requerente configura-se consumidor por equiparação, nos termos do art. 17 e 29 do CDC.
 No julgamento os Ministros do STJ ressaltaram que:
“Esse alargamento do âmbito de abrangência do Código do Consumidor para todos aqueles que venham a sofrer os efeitos danosos dos defeitos do produto ou do serviço decorre da relevância social que atinge a prevenção e a reparação de eventuais danos. E a equiparação de todas as vítimas do evento aos consumidores, na forma do citado artigo 17, justifica-se em função da potencial gravidade que pode atingir o fato do produto ou do serviço. É o que se verifica na hipótese em análise, em que o acidente mencionado nos autos causou, não apenas prejuízos de ordem material ao autor, que teria sofrido, também, danos emocionais e psíquicos”. (Recurso Especial nº 540.235 – SP, DJ, 06.03.2006).
Dessa forma, houve inclusão indevida do mesmo em cadastro restritivo de crédito, ocorrendo ilícito em contrato fraudulento, levando a dano moral in re ipsa, nos termos dos art. 14, § 1º do CDC.
Ademais, resta demonstrado os requisitos para a inversão do ônus da prova, qual seja, a verossimilhança das alegações do Requerente, por força do Art. 6º, inciso VIII, do CDC. 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012) Vigência
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
Art. 186: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Ainda à luz da Lei Civil, o art. 927 torna manifesta o DEVER de indenizar a parte lesada:
Art. 927: Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Ademais, a reparação que obriga o ofensor a pagar e permite ao ofendido receber é princípio de justiça, com feição, punição e recompensa. À vista disso:
Todo e qualquer dano causado a alguém ou ao seu patrimônio, deve ser indenizado, de tal obrigação não se excluindo o mais importante deles, que é o dano moral, que deve automaticamente ser levado em conta (LIMONGI FRANÇA, 1988).
Neste diapasão, far-se-á necessária a indenização por danos morais, vez que o autor jamais contraiu tal dívida, sofrendo humilhação por ato que não deu causa. O requerente é pessoa honesta que sofreu constrangimento ao ter seu crédito negado, deste modo faz jus ä indenização por danos morais no valor requerido de R$ 30.000,00 mil.
III - DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
É sabido que a tutela de urgência é instituto que permite efetivar, de modo célere e eficaz, a proteção dos direitos pleiteados na inicial.
Diante da necessidade de retirada imediata do nome do autor dos cadastros restritivos de crédito, nos termos do art. 300 do CPC. 
“A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.”
Portanto, com vista nos prejuízos que a negativação do crédito tem gerado ao autor, requer-se a concessão da tutela provisória de urgência, com a finalidade de retirar o nome do Sr. JOÃO PAULO de todos os registros de inadimplência.
 
IV - DOS PEDIDOS
Em face do exposto, requer-se à Vossa Excelência:
a) A concessão de tutela de urgência liminar sem a oitiva da parte contrária, para a retirada do nome do autor dos cadastros restritivos, com a consequente confirmação;
b) A declaração de inexistência de dívida ou do contrato firmado;
c) Condenação ao pagamento de indenização por danos morais, no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais);
d) Inversão do ônus da prova;
e) Condenação em custas e honorários sucumbenciais;
Dá-se a causa o valor de R$ 30.000,00, consistente no total do benefício econômico envolvido.
Nestes termos, pede deferimento.
Município, data/mês/ano.
(Nome do advogado)
OAB/UF XXX-XXX

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