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PORTUGUES JURIDICO AULA 03

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Cuidado com a sua grafia 
 
Escreva corretamente 
 
Em caso de dúvida, substitua, troque o vocábulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Orientações ortográficas: 
 
1. Cuidado com os parônimos: 
 
 
a) Homógrafos heterofônicos: 
* leste (verbo) ≠ leste (substantivo) 
* colher (verbo) ≠ colher (substantivo) 
* apoio (verbo) ≠ apoio (substantivo) 
 
b) Homófonos heterográficos: 
* apreçar ≠ apressar 
* bucho ≠ buxo 
* cerrar ≠ serrar 
 
c) Homófonos homográficos (homônimos perfeitos): 
* cedo (verbo) ≠ cedo (advérbio) 
* livre (adjetivo) ≠ livre (verbo) 
* somem (v. somar) ≠ somem (v. sumir) 
 
2. Cuidado com as formas variantes: 
 
* ALUGUEL ou ALUGUER 
* ASSOBIAR ou ASSOVIAR 
* COISA ou COUSA 
* LOURO ou LOIRO 
 
 
 
 
 
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Emprego dos sufixos “-idade” e “-edade” 
 
1ª regra: Emprega-se o sufixo “-idade” quando o adjetivo finalizar em “-ar”. 
Ex.: 
Singular  singularidade 
Exemplar  exemplaridade 
Complementar  complementaridade 
Díspar  disparidade 
 
2ª regra: Emprega-se o sufixo “-edade” quando o adjetivo finalizar em “-ário” e “-ório”. Nesse caso, elimina-
se o “o” do adjetivo. 
Ex.: 
Notório  notoriedade 
Voluntário  voluntariedade 
Contrário  contrariedade 
Vário  variedade 
 
Emprego do sufixo diminutivo “-inho”: 
 
Rosa  rosinha 
Lápis  lapisinho 
Asa  asinha 
Chinês  chinesinho 
Agora... 
Mão  mãozinha 
Flor  florzinha 
Café  cafezinho 
 
 
 
 
 
 
 
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Emprego do sufixo “-izar”: 
 
Hospital  hospitalizar 
Canal  canalizar 
Divino  divinizar 
Agora... 
Análise  analisar 
Liso  alisar 
Pesquisa  pesquisar 
 
Correlações ortográficas: 
 
ND  NS 
Suspender  suspensão 
Compreender  compreensão 
 
GRED  GRESS 
Progredir  progressão, progressivo 
Regredir  regressão, regressivo 
 
PRIM  PRESS 
Imprimir  impressão 
Reprimir  repressão 
 
TER  TENÇÃO 
Conter  contenção 
Obter  obtenção 
 
Empregos do hífen 
 
Quando une vocábulos, o hífen, em muitos casos, servirá como um sinal de conotatividade. 
 
Veja: 
a) casca grossa ≠ casca-grossa 
b) mesa redonda ≠ mesa-redonda 
 
Emprega-se também o hífen para: 
 
1. Para indicar a ênclise dos pronomes oblíquos átonos às formas verbais. 
a) Entregar-te-ei o projeto amanhã. 
 
2. Nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos 
constituem uma unidade sintagmática e semântica única e mantêm acento próprio. 
decreto-lei 
arco-íris 
afro-asiático 
azul-escuro 
 
3. Nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por 
preposição ou qualquer outro elemento. 
couve-flor 
erva-do-chá 
cobra-d’água 
cobra-capelo 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Nos compostos com os advérbios “bem” e “mal”, quando estes formam com o elemento que se lhes 
segue uma unidade sintagmática e semântica, e tal elemento começa por vogal ou “H”. 
bem-aventurado 
mal-estar 
mal-intencionado 
 
Empregos do hífen com prefixos: 
 
1. Nas formações em que o segundo elemento começa por “h”, ou seja, não importa o prefixo: se o segundo 
elemento iniciar-se por “H”, deve-se empregar o hífen. 
pré-história 
anti-herói 
semi-hospitalar 
 
2. Nas formações em que o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento. 
anti-ibérico 
micro-ondas 
anti-imperialista 
arqui-inimigo 
 
3. Nas formações com os prefixos “hiper-, super-, inter-”, quando o segundo elemento iniciar-se por “r”, 
além, é óbvio, do “H” já mencionado. 
super-resistente 
hiper-reativo 
inter-relacionado 
hiper-requintado 
 
4. Nas formações com os prefixos “ex-, pós-, pré-, pró-, sota-, soto-, vice-, vizo-”, isto é, esses prefixos 
sempre serão usados com hífen. 
ex-diretor 
vice-presidente 
pós-graduação 
pró-americano 
 
5. Com o prefixo “sub-”, haverá hífen sempre que o vocábulo iniciar-se por “b, h ou r”. 
sub-base 
sub-bibliotecário 
sub-rogar 
 
Não se emprega o hífen 
 
1. Nos vocábulos derivados por prefixação, cujo prefixo terminar em vogal e o segundo elemento iniciar-se 
por consoante. Caso o segundo elemento inicie por “r” ou “s”, estas consoantes devem ser duplicadas. 
Contrarregra 
Minissaia 
semicírculo 
 
2. Nos vocábulos derivados por prefixação, cuja vogal final do prefixo é diferente da vogal inicial do segundo 
elemento. 
antieconômico 
aeroespacial 
coeducação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fique atento às margens (paragrafação) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Evite afastamento excessivo na abertura do parágrafo. 
 
 
 
 
 
 
Cuidado com o emprego dos pronomes relativos e dos pronomes de tratamento 
 
 
 
 
 
 
 
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Informações essenciais: 
 
I – O pronome relativo QUE é denominado de relativo universal, pois pode ser tanto usado para pessoas quanto 
para coisas, tanto para o singular quanto para o plural, tanto para o feminino quanto para o masculino. 
II – O pronome relativo QUEM é denominado de relativo personativo, pois só pode ser usado em substituição a um 
ser personativo. 
III – O pronome relativo ONDE só pode ser usado em relação a um lugar. Equivale a “em que” e variações. 
 
Emprego do pronome relativo ONDE 
 
1. Até agora não sei ___________ vou passar as minhas férias. 
2. Até agora não sei ___________ devo ir em minhas férias. 
3. Chegamos a uma região ___________ havia muitos imigrantes italianos. 
4. No capítulo dois, __________ há uma descrição mais detalhada sobre o assunto, o autor... 
5. “_________ você mora? _________ você foi morar?” 
6. “E por falar em saudade, ________ anda você? ________ andam esses olhos...? 
7. “________ você estiver, não se esqueça de mim?” 
8. Em 1980, __________ o presidente era João Batista Figueiredo, a inflação era galopante. 
9. São ideias de uma época, ________ os valores tendiam ao absoluto, ao contrário da nossa, ________ tudo é 
relativo. 
10. O Clube dos Oficiais, _________ o presidente é João da Silva, passará por uma reforma. 
 
IV – Os pronomes relativos CUJO, CUJA, CUJOS, CUJAS são denominados de relativos possessivos, pois são 
usados para substituir termos que transmitem a noção de posse. 
 
Equivalem a “do qual, da qual, dos quais, das quais, seu, sua, seus, suas, dele, dela, deles, delas”. O CUJO e 
flexões rejeitam a posposição de artigos. 
 
Emprego dos Pronomes de Tratamento 
 
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: 
 
a) do Poder Executivo; 
 Presidente da República; 
 Vice-Presidente da República; 
 Ministros de Estado; 
 Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; 
 Oficiais-Generais das Forças Armadas; 
 Embaixadores; 
 Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; 
 Secretários de Estado dos Governos Estaduais ; 
 Prefeitos municipais. 
 
 
 
 
 
 
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b) do Poder Legislativo : 
 Deputados Federais e Senadores; 
 Ministros do Tribunal de Contas da União; 
 Deputados Estaduais e Distritais ; 
 Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; 
 Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais . 
 
c) do Poder Judiciário: 
 Ministros dos Tribunais Superiores; 
 Membros de Tribunais ; 
 Juízes; 
 Auditores da Justiça Militar. 
 
Observações gerais sobre as formas de tratamento 
 
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido 
do cargo respectivo: 
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, 
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
 
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: 
Senhor Senador, 
Senhor Juiz,
Senhor Ministro, 
Senhor Governador, 
 
 Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista 
anterior. 
 Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é: 
Senhor Fulano de Tal, 
 
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. 
Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham tal grau por terem 
concluído curso universitário de doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis, especialmente os 
bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às 
comunicações. 
 
Fechos para Comunicações 
 
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: 
Respeitosamente, 
 
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: 
Atenciosamente, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cuidado com a flexão dos verbos. 
 
 
 
Conjugação de verbos derivados 
 
Regra: 
A conjugação do verbo derivado segue a conjugação do seu verbo primitivo. 
 
Artigo 166 do Código Civil brasileiro: 
§ 1o Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: 
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; 
 
Código Civil brasileiro de 2002: 
Art. 618. (...) 
Parágrafo único. Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da obra que não propuser a ação contra o 
empreiteiro, nos cento e oitenta dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito. 
 
Conjugação dos verbos terminados nos hiatos -air  sair, cair, abstrair 
-oer  roer, moer, doer 
-uir  possuir, constituir, restituir 
 
Regra: 
A 3ª pessoa do singular do presente do indicativo apresenta a desinência “i” e jamais “e”. 
 
Novo Código de Processo Civil 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. 
 
Novo Código de Processo Civil 
Art. 260. São requisitos das cartas de ordem, precatória e rogatória: 
III – A menção do ato processual que lhe constitui o objeto; 
 
Conjugação dos verbos terminados no hiato 
“-ear”  frear, pentear, veranear, passear, homenagear, arrear, saborear 
 
 
 
 
 
 
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Regra: 
Intercalam, por motivos fonéticos, um “i” intervocálico em sua desinência nas formas rizotônicas. 
 
Novo Código de Processo Civil 
Art. 112. O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista neste Código, 
que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor. 
 
Conjugação dos verbos terminados no hiato 
“-iar”  variar, estagiar, abreviar, adiar, conciliar, copiar, desviar, guiar 
 
Regra: 
Seguem o paradigma de conjugação dos verbos da 3ª conjugação, isto é, conjugam-se normalmente à exceção de 
M-A-R-I-O. 
 
Novo Código de Processo Civil 
§ 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, 
poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação 
para que as partes conciliem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Código de Processo Penal Militar 
Art. 19. As testemunhas e o indiciado, exceto caso de urgência inadiável, que constará da respectiva assentada, 
devem ser ouvidos durante o dia, em período que medeie entre as sete e as dezoito horas. 
 
Conjugação de verbos terminados nos hiatos “-oar” e “-uar”  abençoar, voar, leiloar, continuar, suar, atenuar 
 
Regra: 
Apresentam a letra “E” em todas as formas do presente do subjuntivo 
 
 
 
Código de defesa do consumidor (Lei 8.078/90) 
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar 
prevista nesta e nas seções anteriores. 
 
 
 
Código Civil brasileiro de 2002 
Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo 
as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação. 
 
Novo Código de Processo Civil brasileiro 
Art. 303 (…) 
§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será 
afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos 
do § 2o deste artigo. 
 
Verbo: paradigmas de conjugação 
 
Conjugação de verbos defectivos: 
1º GRUPO  Verbos que não possuem a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo. 
abolir, colorir, delinquir, demolir, exaurir (esgotar, acabar), extorquir, soer (costumar, acontecer com frequência), 
urgir (ser urgente), tinir (soar)”. 
 
 
 
 
 
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2º GRUPO  Verbos que, no presente do indicativo, só possuem as pessoas “nós” e “vós”. 
reaver, precaver, aguerrir, adequar, empedernir (petrificar), remir (resgatar), fornir (abastecer, prover), falir, embair 
(iludir, seduzir), adir (acrescentar, adicionar), renhir (disputar, pleitear) 
 
Código Civil brasileiro de 2002 
Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver, não pode ser 
reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores. 
 
Cuidado as estruturas sintáticas do texto. 
 
 
 
Procure efetuar a concordância verbal e a nominal de acordo com a norma padrão. 
 
 
 
 
 
 
 
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SINTAXE DE CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
Regras principais 
 
Cuidado!! 
* Ocorreram problemas na empresa. 
* Jamais aconteceriam aqueles contratempos se ela estivesse aqui. 
* Surgiram novas ideias na reunião. 
* Ainda existem pessoas honestas no Brasil. 
 
* Art. 1723 do Código Civil. 
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521. 
* Art. 174 do CPP 
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem em arquivos ou 
estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados; 
 
Concordância Verbal 
 
Quando o sujeito é formado por expressões partitivas ( uma parte de, a metade de, o grosso de, um grande 
número de, uma porção de, a maioria de etc) o verbo deverá concordar, no singular, com o núcleo dessas 
expressões ou com o termo da expressão explicativa ou especificativa que as acompanha. 
 
* Boa parte dos inscritos no último concurso irá / irão realizar a prova no centro da cidade. 
* Grande número de automóveis circula / circulam nas principais capitais brasileiras. 
 
Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos sócios, representativa de mais da metade do capital 
social, entender que um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos de 
inegável gravidade, poderá excluí-los da sociedade, mediante alteração do contrato social, desde que prevista neste 
a exclusão por justa causa. 
 
Quando o sujeito é formado por numerais percentuais ou fracionários seguidos de uma especificação, o verbo 
poderá concordar tanto com o numeral quanto com a expressão especificativa. 
 
 
 
 
 
 
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* 32% de todo o dinheiro arrecadado será doado / serão doados para instituições de caridade. 
 
Quando o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de, 
menos de, coisa de, obra de, passante de etc) seguidas de um numeral, o verbo concordará com este numeral que 
acompanha as expressões. 
 
* Perto de quinze manifestantes se aglomeraram em frente ao Palácio do Planalto. 
 
“Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais de um juiz.”(Novo CPC, 
Art 284) 
 
Art 146 do Código Penal 
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de 
três pessoas, ou há emprego de armas. 
 
Quando o sujeito é o pronome relativo
“QUE”, o verbo concordará com o termo antecedente. 
* De repente, apareceram muitos companheiros que apoiaram de imediato o protesto. 
 
§ 2o A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência 
ou a inexistência de prejuízo. (Novo CPC, Art. 279) 
 
Art. 6o do CPP: 
Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
 
Quando o sujeito composto vier posposto ao verbo, é lícito que se concorde com o núcleo mais próximo desse 
sujeito ou, como nos orienta a regra geral, com ambos os núcleos. 
* Das indagações do novo funcionário adveio / advieram uma nova ideia para a equipe e uma nova forma de pensar 
a empresa 
 
* Não convém / convêm aos iniciantes na carreira advocatícia nem a liberalidade dos anarquistas nem a seriedade 
dos monges. 
 
Art. 5º CF/88: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e 
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização 
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
 
Quando os núcleos do sujeito são infinitivos não precedidos de determinante, o verbo concordará na terceira pessoa 
do singular. 
* Fazer exercícios regulares e dormir oito horas diárias faz bem à saúde. 
* Fumar e beber em ambiente de trabalho é terminantemente proibido. 
 
Quando os núcleos do sujeito são unidos pela preposição “COM”, o verbo da concordância poderá ficar no 
singular ou no plural. 
* O amigo com os seus melhores colegas foi / foram tomar satisfações com o outro grupo em virtude do ocorrido. 
 
O sujeito oracional exige que o verbo da concordância fique na 3ª pessoa do singular. 
* Alegou-se na reunião que o governo precisa baixar os juros para o aumento do consumo. 
* Não convém aos novos formandos que ajam à revelia da lei. 
* Não tem chances num concurso público quem nunca teve os estudos como companheiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fique atento ao fluxo do pensamento. 
 
 
 
Cumpria horário das 15:00 AS 22,30 de 2ªfeira a sábado, Domingo das 11 hs as 23hs., recebia Adc Noturno com 
25%., teve folga 07 de setembro. 
 
Pra efeito de horário de descanso, tinha que assinar ponto das 19hs as 20hs, sem gozar de tal horário integral, 
porem subia para fazer as refeições no piso superior da loja, setor de produção, em 10 a 15 minutos, sem o devido 
descanso, continuando a trabalhar, atento ao atendimento da clientela, reclamando nos termos do art 71 as horas 
de descanso a serem apuradas em todo o período trabalhado, assim como as horas extras trabalhadas com 50%, 
a serem apuradas. 
 
Venia concessa, tal comportamento não reflete aquele do ser humano normal. 
 
Que se resista à investidas e insinuações, segundo o autor, “com medo de ser demitido”, ainda é plausível. 
 
Mas que com elas aquiesça e sabe-se lá por quanto tempo, posto que não informado na inicial, vai de encontro ao 
comportamento normal de qualquer pessoa... (contestação, proc. n° 0029.2002.005.XX.XX-X). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cuidado com o emprego dos conectivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONJUNÇÃO 
 
Classificação 
A principal classificação das conjunções leva em conta o significado da conjunção e a possibilidade de ela 
estabelecer "coordenação" ou "subordinação". Por este critério, as conjunções são classificadas em: 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONJUNÇÕES 
 
Coordenativas 
 
As conjunções coordenativas são aquelas que ligam orações que apresentam a mesma função na frase. De acordo 
com a relação que expressam, as conjunções coordenativas são classificadas em: 
 
1. ADITIVAS  Chamadas também de "copulativas" ou "aproximativas", as conjunções aditivas ligam duas orações, 
aproximando-as numa relação de soma, de adição. 
E, NEM, TAMBÉM, BEM ASSIM, BEM COMO, NÃO SÓ... MAS (TAMBÉM), NÃO SÓ... BEM COMO, QUE (=E). 
 
2. ADVERSATIVAS  São as conjunções que unem pensamentos ou ideias contrárias, opostas. 
A principal conjunção adversativa na língua portuguesa é o "MAS". Apresentam também força adversativa os 
seguintes conectores: 
PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, ENTRETANTO, NO ENTANTO, SENÃO, QUE (=MAS), AINDA ASSIM 
 
3. ALTERNATIVAS OU DISJUNTIVAS  São conjunções que ligam ideias e pensamentos que se alternam ou que 
se excluem. 
OU, OU... OU, SEJA... SEJA, QUER...QUER, NEM... NEM, ORA... ORA, SEJA... SEJA. 
 
4. CONCLUSIVAS OU ILATIVAS  São as conjunções que introduzem orações, em um período coordenado, as 
quais expressam uma conclusão, uma ilação em relação à primeira oração. 
LOGO, PORTANTO, POR ISSO, POIS (posposto ao verbo), ENTÃO, ASSIM, POR CONSEQUÊNCIA, 
CONSEQUENTEMENTE, CONSEGUINTEMENTE. 
 
5. EXPLICATIVAS  São conjunções que explanam na segunda oração o sentido da primeira oração ou uma 
explicação para a primeira. 
QUE, PORQUE, POIS (anteposto ao verbo), PORQUANTO. 
 
 
 
 
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Subordinativas 
As conjunções subordinativas (também chamadas de "circunstanciais") ligam orações que exercem uma função 
sintática em relação a uma outra oração denominada de "principal ou subordinante". São dez as conjunções 
subordinativas: 
 
1. CAUSAIS  São conjunções que subordinam ideias em que se exprime a causa, o motivo, a razão de ser da 
ideia principal. 
QUE, PORQUE, PORQUANTO, COMO (no início da oração = JÁ QUE), SE ( = JÁ QUE), DESDE QUE, POIS 
QUE, VISTO QUE, VISTO COMO, UMA VEZ QUE, COMO QUER QUE, DE MODO QUE 
 
2. CONCESSIVAS  São conjunções que subordinam ideias em que se exprime uma ação contrária, oposta à ideia 
principal. 
QUE, EMBORA, CONQUANTO, AINDA QUE, POSTO QUE, BEM QUE, SE BEM QUE, QUANDO MESMO, POR 
MAIS QUE, POR MENOS QUE, POR POUCO QUE, MESMO QUE, EM QUE PESE, APESAR DE QUE. 
 
3. CONFORMATIVAS  São conjunções que subordinam ideias em que se exprime a conformidade de um 
pensamento com o da ideia principal. 
COMO, CONFORME, CONSOANTE, SEGUNDO. 
 
4. CONSECUTIVAS  São conjunções que subordinam ideias em que se exprime o efeito, a consequência, o 
resultado do pensamento expresso na ideia principal. 
QUE (precedido de "TÃO, TAL, TANTO, TAMANHO), SEM QUE, DE MODO QUE, DE SORTE QUE, DE FORMA 
QUE, DE MANEIRA QUE. 
 
5. CONDICIONAIS  São conjunções que subordinam ideias que exprimem a condição, a hipótese, a probabilidade 
para a ideia principal do período. 
SE, CASO, CONTANTO QUE, SEM QUE, A NÃO SER QUE, SALVO SE, EXCETO SE, A MENOS QUE. 
 
6. COMPARATIVAS  São conjunções que estabelecem uma relação de comparação, de analogia com a ideia 
principal do período. 
COMO, ASSIM COMO, TAL E QUAL, TAL QUAL, MAIS QUE OU DO QUE, MENOS QUE OU DO QUE, TANTO 
QUANTO, FEITO (= COMO). 
 
7. FINAIS  São conjunções que estabelecem uma relação de fim (finalidade) com a ideia principal do período. 
 
QUE (= PARA QUE), PORQUE (= PARA QUE), PARA QUE, A FIM DE QUE. 
 
8. PROPORCIONAIS  São as conjunções que estabelecem uma relação de proporcionalidade em relação ao fato 
contido na oração subordinante. 
À MEDIDA QUE, À PROPORÇÃO QUE, AO PASSO QUE, QUANTO MAIS ... MAIS, QUANTO MAIS... MENOS, 
QUANTO MENOS... MAIS, QUANTO MENOS... MENOS. 
 
9. TEMPORAIS  São conjunções que estabelecem o momento, o tempo da realização do fato contido na oração 
subordinante (principal). 
ENQUANTO, DESDE QUE, LOGO QUE, ASSIM QUE, MAL (=LOGO QUE), ANTES QUE, QUANDO. 
 
10. INTEGRANTES  São as conjunções que introduzem as orações substantivas, isto é, as orações que exercem 
para a oração principal uma das seguintes funções: sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, 
aposto e predicativo. 
QUE, SE
Conjunções correlatas  são aquelas que se encontram bipartidas entre uma oração e outra. 
Exemplos: 
não só… mas também… 
não só… mas ainda... 
não só… senão também... 
não só… senão que... 
 
 
 
 
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não só… bem como… 
 
Período composto – Noções essenciais 
 
Noções essenciais 
 
1. Período simples  Uma só oração  Oração absoluta 
2. Período composto  Mais de uma oração 
 
Processos sintáticos para a formação do período composto 
1. COORDENAÇÃO 
2. SUBORDINAÇÃO 
3. CORRELAÇÃO 
4. PERÍODO MISTO OU COMPLEXO 
 
PERÍODO SUBORDINADO 
É aquele em que uma oração exercerá uma função sintática para a outra. Existirá, portanto, uma dependência 
semântica e sintática. 
 
a) oração principal  é aquela que rege a oração subordinada. 
b) oração subordinada  é a oração que exercerá uma função sintática (sujeito, objeto direto, objeto indireto, 
complemento nominal, aposto, predicativo, agente da passiva, adjunto adnominal ou adjunto adverbial) para uma 
outra oração a qual lhe servirá como oração principal. 
 
ORAÇÕES ADVERBIAIS 
a) Causais 
b) Consecutivas 
c) Comparativas 
d) Concessivas 
e) Conformativas 
f) Condicionais 
g) Temporais 
h) Proporcionais 
i) Finais 
 
ORAÇÕES ADVERBIAIS (Exemplos) 
 
a) Velho que é, evita lugares altos. 
b) Como não liberaram o dinheiro, tiramos um empréstimo junto ao Banco do Brasil. 
c) Visto que assim o desejas, assim o farei. 
d) Não discute religião que não se exalte. 
e) Chove que é um horror. 
f) Fez todo o exercício sem que ninguém o ajudasse. 
g) Por incrível que pareça, ele resolveu tudo sozinho. 
h) O culpado deve ser punido quem quer que seja. 
 
OBSERVAÇÕES SOBRE AS ORAÇÕES CONCESSIVAS: 
 
1. As orações concessivas desenvolvidas exigem verbo no modo subjuntivo. 
 
2. Há vários conectivos subordinativos bastante assemelhados. Portanto, não confunda: 
a) PORQUANTO CONQUANTO 
 
b) JÁ QUE POSTO QUE 
 
c) UMA VEZ QUE EM QUE PESE 
 
 
 
 
 
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CC. Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas a risco, assumido pelo 
adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço, posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de 
todo, no dia do contrato. 
 
3. Há outros articuladores concessivos bastante cobrados pelas bancas de concursos públicos. Fique atento a eles: 
* Não obstante 
* A despeito de 
* Malgrado 
 
CC - Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a 
receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. 
 
ORAÇÕES ADVERBIAIS (Exemplos) 
 
i) À proporção que se estuda, aprende-se mais. 
j) Se chegar cedo, faremos uma rápida reunião. 
k) Estudai muito porque sejais logo aprovado em um concurso público. 
l) Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar. 
m) Não há tirania pior que a dos vícios inveterados. 
n) A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência tenha êxito. 
 
Evite o emprego do “gerundismo”. 
 
 
 
 
 
 
 
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CF Art.14 § 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na 
forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
 
Novo CPC - Art. 1o - O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas 
fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições 
deste Código. 
 
Cuidado com o emprego inadequado do pronome “mesmo(a)”. 
 
 
 
Código Penal Militar 
Art. 156. Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar sujeito à 
administração militar: 
 
 
 
 
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Cuidado com o emprego dos sinais de pontuação!!!!!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PONTUAÇÃO 
 
Bases da pontuação: 
 
1ª  Pontuar é uma necessidade sintática, ou seja, ocorre em função de termos e orações deslocados den-
tro da estrutura oracional. 
* O Código de Processo Civil, prevê em seu art. 273 a tutela antecipada... 
* O dispositivo constitucional acima transcrito, fortalece o artigo 543, §3º, da CLT, ... 
 
2ª  Pontuar pode alterar o sentido e a função sintática de um termo ou de uma oração. 
* Ninguém entende Maria. 
* Ninguém entende, Maria 
* Todos irão até o chefe. 
* Todos irão, até o chefe. 
 
Observação importante: 
Os sinais de – pontuação seguintes podem ser geralmente trocados uns pelos outros sem que isso provoque erro 
gramatical ou alteração semântica: 
, ; : – ( ) 
 
Emprega-se a vírgula entre termos: 
 
1) Para separar termos coordenados assindéticos (sem ligação por conectivo), de mesma função sintática, 
que formam, muitas vezes, enumerações. 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos 
povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
 
Observação: 
 
Quando o último elemento de uma série enumerativa vier precedido da conjunção “e”, a vírgula é dispensada. 
* As mulheres voluntariosas, as soberanas poderosas e as artistas não encontravam espaço no show. 
 
2) Para isolar vocativos: 
 
* “Mas olha, meu Telmo, torno a dizer-to: eu não sei como hei de fazer para te dar conselhos.” 
 
3) Para separar os adjuntos adverbiais locucionais deslocados dentro da estrutura oracional. 
CC. Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a con-
cepção, os direitos do nascituro. 
 
Observações: 
 
a) Os adjuntos adverbiais formados por um só vocábulo – e mesmo os adjuntos adverbiais locucionais, de pequena 
extensão – dispensam a vírgula, salvo se se quiser conferir-lhes ênfase. 
CC Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este co-
municá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. 
 
b) Os adjuntos adverbiais terminados no sufixo “-mente” seguem a regra de pontuação dos adjuntos adverbiais 
simples: ou não se põe nenhuma vírgula, ou se isola o advérbio com vírgula(s) para conferir-lhe ênfase ou alterar-
lhe a semântica. 
CF Art 5º. XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por 
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
 
c) Os adjuntos adverbiais de longa extensão devem ser pontuados. 
CC Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunci-
áveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
 
 
 
 
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Cuide da regência de seu texto (emprego correto das preposições, emprego correto dos pronomes relativos e 
emprego correto do acento grave. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sintaxe de Regência 
 
Predicação Verbal (transitividade) 
 
Classificação dos verbos: 
 
I – Intransitivos 
 
II – Transitivos: 
a) diretos 
b) indiretos 
c) diretos e indiretos (britransitivos) 
 
III – De ligação (relacionais ou copulativos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Observações importantes: 
 
a) Os pronomes oblíquos “me, te, se, nos, vos” podem exercer as funções sintáticas de “objeto direto” e de “objeto 
indireto”. 
 
Ex.: 
* Eu quero dizer-te tantas coisas. 
* Eu não te vi ontem no shopping. 
 
b) Os pronomes oblíquos “o, a, os, as” substituem o objeto direto da 3ª pessoa. 
 
Exemplo: 
CTN - Art. 21. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as 
bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. 
 
c) Os pronomes oblíquos “lhe, lhes”, quando completam verbos, exercem a função de “objeto indireto” para verbos 
transitivos
indiretos e verbos transitivos diretos e indiretos. 
 
Exemplos: 
ECA - Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, 
no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. 
CP - Art. 70. Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, 
aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer 
caso, de um sexto até metade. 
 
d) Os pronomes oblíquos da 3ª pessoa “o, a, os, as, lhe, lhes” possuem como correspondentes tônicos os pronomes 
“ele, ela, eles elas” precedidos de preposição. 
 
Ex.: 
* Obedeça a seu pai.  Obedeça-lhe.  Obedeça a ele. 
* Entregaram o documento à secretária?  Entregaram-lhe o documento.  Entregaram a ela o 
documento. 
 
ASSISTIR 
 
Apresenta quatro regências distintas: 
 
a) É verbo transitivo indireto na acepção de “ver, presenciar, estar atento a”. Rejeita os pronomes “lhe, lhes” para 
o objeto indireto da 3ª pessoa. 
 
b) No sentido de “ajudar, prestar assistência, auxiliar, socorrer” é indistintamente verbo transitivo direto ou verbo 
transitivo indireto. Como transitivo indireto exige a preposição “a”. 
 
c) Na acepção de “caber, pertencer direito ou obrigação” é um verbo transitivo indireto e exige a preposição “a”. 
 
CHEGAR, IR e DIRIGIR-SE 
 
Esses verbos possuem regências idênticas: 
 
No sentido de “atingir um determinado lugar, deslocar-se para” são, no padrão formal da língua, verbos intransitivos. 
Exigem a presença de um adjunto adverbial de lugar introduzido, obrigatoriamente, pela preposição “a”. 
 
ESQUECER / LEMBRAR 
 
a) Os verbos “esquecer” e “lembrar” são transitivos diretos na acepção de “sair da lembrança ou vir à lembrança” 
respectivamente. Nessa acepção, também podem aparecer como transitivos indiretos pronominais (esquecer-se, 
lembrar-se). O objeto indireto será precedido da preposição “de”. 
 
 
 
 
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INFORMAR (ALERTAR*, NOTIFICAR*, AVISAR*, CIENTIFICAR* ANUNCIAR*) 
 
* Seguem a mesma regência do verbo informar. 
 
a) No sentido de “comunicar, dar esclarecimento” é geralmente usado como verbo transitivo direto e indireto. 
 
OBEDECER / DESOBEDECER 
 
a) Consolidaram-se em nossa Língua Portuguesa como verbos transitivos indiretos. O objeto indireto requer a 
preposição “a”. 
 
PAGAR e PERDOAR 
 
Esses verbos possuem uma regência bastante interessante: 
 
a) São transitivos diretos quando o objeto direto é representado por “coisa”. 
 
b) São transitivos indiretos, exigindo a preposição “a” para o objeto indireto, quando este é representado por 
“pessoa”. 
 
VISAR 
 
a) Já no sentido de “desejar, pretender, ter em vista” é largamente usado como transitivo indireto, exigindo a prepo-
sição “a”. Como transitivo indireto, rejeita os pronomes “lhe, lhes” para o objeto indireto. Aceita apenas as formas 
analíticas tônicas “a ele, a ela, a eles, a elas”. 
 
b) Entretanto, nesse sentido (“desejar, pretender, ter em vista”) também pode ser empregado como transitivo direto, 
embora poucas referências se façam a esta última regência. 
 
 
 
1. Ontem encontrei um rapaz. O rapaz poderá resolver o problema com o computador. 
Junção... 
Ontem encontrei um rapaz QUE / O QUAL poderá resolver o problema com o computador. 
 
2. O rapaz vai viajar para a Europa. Eu encontrei o rapaz ontem. 
Junção... 
O rapaz QUE / O QUAL ontem eu encontrei vai viajar para a Europa. 
 
3. Assisti à cena final daquele filme. A cena me deixou emocionado. 
Junção... 
Assisti à cena final daquele filme __________ me deixou emocionado. 
 
4. Trouxe a fruta. Você gosta da fruta. 
Junção... 
Trouxe a fruta ______________ você gosta. 
 
 
 
 
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5. O médico viajou para a Europa. Eu confio nesse médico. 
Junção... 
O médico _____________________ eu confio viajou para a Europa. 
 
6. A ponte era pênsil. Água poluídas corriam sob a ponte. 
Junção... 
A ponte _____________ águas poluídas corriam era pênsil 
 
Emprego do acento grave – CRASE 
 
 
 
Conclusão 
 
1. Só há crase diante de substantivos femininos explícitos ou implícitos. 
 
2. Só há crase diante de substantivos determinados, especificados. 
 
Perceba: 
a) Maria gosta de comprar bombons a granel. 
b) Temos almoço comercial a partir de R$ 10,00. 
c) Ele realizou o projeto a contragosto. 
d) O juiz não está a par do processo. 
e) Ela faz tudo a bel-prazer. 
 
Regras práticas para a verificação: 
 
I – TROCAR O FEMININO POR UM MASCULINO CORRESPONDENTE 
* Se aparecer O, OS  sem crase diante do feminino. 
* Se aparecer AO, AOS  com crase diante do feminino. 
 
II – TROCAR O VERBO REGENTE PELOS VERBOS “VIR” OU “ESTAR”: 
* Se aparecer DE, EM  sem crase diante do feminino. 
* Se aparecer DA, NA  com crase diante do feminino. 
 
III – TROCAR O ARTIGO “A(S)” PELO ARTIGO “UMA(S): 
* Se aparecer UMA, UMAS (apenas)  sem crase diante do feminino. 
* Se aparecer A UMA, A UMAS  com crase diante do feminino. 
 
 
 
 
 
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Exemplos: 
a) Estou com sono; prefiro a cama _____ sala. 
b) O conhecimento dele está ligado ______ bondade da professora. 
c) Ele falará tudo ______ professora. 
d) Emitiremos notas fiscais correspondentes ______ duas últimas prestações. 
e) Na aula, chegou _____ conclusão de que não valia levar adiante aquela experiência. 
f) Em seus comentários, reportou-se _____ Roma dos césares. 
g) Nas minhas férias, fui _______ Manaus. 
h) Isso se aplica também ______ frase de Irene. 
 
I — Casos obrigatórios 
 
1. Recebe o acento grave o “a” inicial das locuções adverbiais (à noite, à tarde, à beça, à revelia, à deriva, à farta, 
à vista, à primeira vista, à hora certa, à esquerda, à direita, à toa, à espanhola, à milanesa, à oriental, à ocidental, 
às vezes, às escondidas, às avessas, às claras, às pressas, à vontade, às ocultas etc), prepositivas (à custa de, à 
força de, à beira de, à espera de, à vista de, à guisa de, à semelhança de, à frente de, à razão de, à cata de, à roda 
de, à mercê de, à base de, à moda de, à maneira de etc) e conjuntivas (à medida que, à proporção que), formadas 
com palavras femininas. 
 
Exemplos: 
a) À medida que estuda, aprende mais. 
b) Ele voltará à noite. 
c) Não se deve sair às pressas de uma festa; é descortês. 
d) Senhor taxista, por favor, vire à direita. 
e) João enricou à custa alheia. 
 
2. Recebe o acento grave o “a” inicial dos pronomes demonstrativos “aquele(s), aquela(s), aquilo, a(s)” quando o 
termo regente exigir a preposição “a”. 
 
Exemplos: 
a) Jamais irás àquele lugar. 
b) O prefeito assistia àquilo sem reações. 
c) Atribuiu àquela coordenadora os prejuízos que obteve naquele mês. 
 
II — Casos facultativos 
 
1. Diante de pronomes possessivos femininos no singular quando o termo regente exigir a preposição “a”. 
* Ele desistiu de viajar devido A / À sua doença. 
* Para explicar as mãos inchadas, menti A / À minha mãe. 
 
Casos proibitivos 
 
1. Diante de verbos. 
2. Diante de palavras masculinas. 
3. Diante de pronomes pessoais retos, oblíquos e de tratamento, à exceção de “senhora, senhorita, dona e 
madame.” 
4. Diante de artigos indefinidos. 
5. Diante dos pronomes indefinidos, dos interrogativos, dos demonstrativos “este, esta, estes, estas, esse, essa, 
esses, essas e isso” e dos relativos, à exceção de “a qual e as quais”. 
6. Diante de um “a” no singular o qual precede uma palavra no plural; palavra esta usada em sentido geral e 
indeterminado. 
7. Diante de substantivos femininos usados em sentido geral e indeterminado. 
8. Diante de expressões formadas por palavras repetidas como, por exemplo, “gota a gota, ponta a ponta, dia a dia, 
frente a frente, uma a uma, cara a cara, corpo a corpo, lado a lado etc”. 
 
 
 
 
 
 
 
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Exemplos: 
* Começava ____ escurecer. 
* Estamos dispostos ______ trabalhar. 
* Isto cheira ____ vinho. 
* Entrega _______ domicílio.
* Vim _____ mando de meu patrão. 
* Não vai _____ festas nem _____ reuniões. 
* Ele se dirigiu _____ pessoas estranhas. 
* A quem se diriam palavras de amor tão belas? 
* Escrevi ____ algumas colegas. 
* Diariamente chegam turistas _____ esta cidade. 
* O conflito levou o país _____ uma situação terrível. 
* Solicito _____ Vossa Senhoria o obséquio de... 
* Recorreram _____ mim. 
* Tomou o remédio gota _____ gota. 
* Dia ____ dia, a empresa foi crescendo. 
 
Procure usar elementos de coesão para a articulação entre as ideias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Procure usar elementos de transição entre os parágrafos. 
 
Frases de transição discursiva para a área jurídica: 
 
 Cumpre observar preliminarmente que... 
 Como se depreende... 
 Convém notar, outrossim, que... 
 Verdade seja, esta é... 
 Em virtude dessas considerações... 
 Depois das noções preliminares em breve trecho, podemos... 
 Consoante noção cediça... 
 Não quer isso dizer, entretanto, que... 
 Impende observar que... 
 É sobremodo importante assinalar que... 
 À guisa de exemplo podemos citar... 
 No dizer sempre expressivo de... 
 A nosso pensar... 
 Convém ponderar que... 
 É bem verdade que... 
 Mister se faz ressaltar... 
 Oportuno se torna dizer... 
 É de opinião unívoca... 
 Tenha-se presente que... 
 Posta assim a questão, é de se dizer que... 
 Inadequado seria esquecer também que... 
 
Tenho criticado vários atos e segmentos do Judiciário, cujo controle externo defendo. Recentemente escrevi 
que se os juízes tiverem vontade de trabalhar - expressão com a qual sintetizei aspectos das deficiências judiciais 
- resolverão muitos dos problemas sociais que enfrentamos na atualidade. Assim sendo, sinto-me à vontade para 
negar que cabe ao Judiciário a maior culpa pela crise. 
Em primeiro lugar, tenha-se presente que grande número dos processos civis, fiscais e trabalhistas tem 
origem em ilegalidades praticadas por administradores públicos,... 
Eles se esquecem da sabedoria de Vicente Matheus quando trata das facas de dois legumes, pois o 
Judiciário eficiente tanto permitirá as cobranças reclamadas, quanto forçará o poder público a parar com seus 
calotes e impedirá as ilegalidades cometidas. 
Em segundo lugar, acentuo as omissões no cumprimento do dever legal dos outros poderes. Exemplo mais 
gritante é do próprio Legislativo, que não aprovou as leis suplementares da Carta de 1988. 
O Executivo, por seu lado, baixa instruções, decretos, portarias e toda sorte de medidas administrativas, 
muitas das quais são flagrantemente ilegais. Forçam os contribuintes a se defenderem em juízo. Agravam o 
congestionamento judicial. Nenhuma lesão ou ameaça de lesão ao direito individual pode ser excluída de apreciação 
pelo Poder Judiciário na verdadeira democracia. Se o Executivo quiser que as pessoas diminuam a corrida aos 
tribunais deve parar com as ilegalidades. 
 
Seja objetivo (conciso) em suas respostas. 
 
QUESTÃO 1 
 
De acordo com o Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei no 8.078/90), responda fundamentadamente 
qual a diferença entre publicidade enganosa e publicidade abusiva. 
Publicidade enganosa “é a que contém falsa informação ou comunicação hábil a induzir em erro o consumidor, 
independentemente de seu grau de instrução”, conforme lição do professor Jorge Alberto de Quadros Carvalho 
Silva, em sua obra “Código de Defesa do Consumidor Anotado”. A publicidade pode ser enganosa por omissão, 
quando omite informação sobre elemento essencial do produto ou do serviço que poderia afetar a liberdade de 
escolha do consumidor, como a “falta de esclarecimentos das características relevantes do produto”. 
Já a publicidade abusiva é aquela “cujo conteúdo lesa os valores socialmente aceitos”. É a que está em 
desconformidade com os padrões mercadológicos de boa conduta em relação ao consumidor, que ofende a ordem 
 
 
 
 
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pública, que não é ética, que é opressiva e inescrupulosa, que causa dano substancial aos consumidores. A violação 
da proibição da publicidade enganosa ou abusiva acarreta sanções administrativas, civis e penais. 
 
QUESTÃO 2 
 
Augusto, no recinto de uma festa junina, pisou involuntariamente no pé de Plauto, pessoa extremamente forte e 
musculosa. Houve breve discussão. Na saída, Plauto aproximou-se de Augusto e o agrediu a socos e pontapés, 
causando-lhe ferimentos leves. Apesar de ferido, Augusto fugiu do local. No caminho, encontrou-se com Tércio que, 
tomando conhecimento do ocorrido e da intenção de Augusto de vingar-se de Plauto, forneceu-lhe um revólver 
calibre 38 de sua propriedade. Augusto retornou ao local, aproximou-se de Plauto pelas costas e o alvejou com 
quatro tiros a queima-roupa, causando-lhe ferimentos que foram a causa de sua morte. 
Justifique a adequada capitulação do delito pelo qual Augusto responderá. 
 
RESPOSTA 
Augusto responderá por homicídio qualificado (CP, art. 121, §2o, IV). Em sede de homicídio, a agressão pelas 
costas caracteriza a qualificadora do emprego de recurso que impossibilitou a defesa do ofendido. 
 
QUESTÃO 3 
 
Tércio responderá pelo crime cometido por Augusto? Justifique. 
 
RESPOSTA 
Tércio forneceu um revólver a Augusto, sabendo da intenção deste de vingar-se de Plauto. Assim, houve nexo 
objetivo e subjetivo ligando a sua conduta à ação delituosa. Tércio responderá pelo delito cometido por Augusto 
(homicídio qualificado), na forma do art. 29 do CP, na condição de partícipe. 
 
QUESTÃO 4 
De acordo com a Lei no 9.605/98, que dispõe sobre os crimes contra o meio ambiente, em quais situações o abate 
de animal silvestre NÃO é considerado crime contra a fauna? 
 
De acordo com a Lei no 9.605/98, art. 37, o abate de animal não é considerado crime contra a fauna quando 
realizado: 
I. em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; 
II. para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, 
desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; 
III. por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente. 
 
“A problemática da tutela antecipatória requer seja posto em evidência o seu eixo central: o tempo. Se o tempo é a 
dimensão fundamental na vida humana, no processo ele desempenha idêntico papel, pois o processo também é 
vida. O tempo do processo angustia os litigantes; todos conhecem os males que a pendência da lide pode produzir. 
(...) Mas o tempo não pode servir de empecilho à realização do direito. (...) O cidadão comum, assim, tem o direito, 
e não somente um direito abstrato de ação. O princípio da inafastabilidade não garante apenas uma resposta 
jurisdicional, mas a tutela que seja capaz de realizar, efetivamente, o direito afirmado pelo autor, pois o processo, 
por constituir a contrapartida do Estado oferece ao cidadão diante da proibição da autotutela, deve chegar a 
resultados equivalentes aos que seriam obtidos se espontaneamente observados os preceitos legais”. 
 
Algumas regras para a argumentação: 
 
1. Procure distinguir as premissas das conclusões. É preciso saber, antes de começar, aonde você quer chegar. 
2. Apresente suas idéias em uma ordem natural. Se o caso for simples, deixe suas conclusões para o final. 
3. Seja concreto e conciso. 
4. Evite linguagem agressiva. Não tente melhorar a sua argumentação distorcendo, menosprezando ou 
ridicularizando o argumento da parte contrária. 
5. Use termos consistentes. 
 
 
 
 
 
 
 
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