AVA 2 - Educação em Direitos Humanos

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UVA – UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
NOTA: 100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à Universidade Veiga 
de Almeida, como recurso avaliativo da 
disciplina Educação em Direitos Humanos. 
 
Orientador: Prof. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2023 
https://uva.instructure.com/courses/35271/users/33909
INTRODUÇÃO 
 
 
 
DIREITOS HUMANOS 
 
Conhecer e compreender o conceito de direitos humanos e os principais documentos, 
que regulamentam os direitos humanos tanto no Brasil como no exterior é de funda-
mental importância para todo cidadão. Mais do que conhecer e compreender, devemos 
ser capazes de planejar atividades voltadas para transmitir essas informações à comu-
nidade. 
Selecione um dentre os seguintes documentos internacionais que definem e regula-
mentam a temática de Direitos Humanos e educação: 
 Carta das Nações Unidas. 
 Declaração Universal dos Diretos Humanos, Pacto Internacional de Proteção 
dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional de Proteção dos Direitos 
Econômicos, Sociais e Culturais. 
 Convenção nº 182 sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho Infantil e 
Recomendação nº 190 da OIT. 
 Declaração e Programa de Ação da Conferência Mundial Contra o Racismo, a 
Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerância Correlatas. 
 Convenção Internacional de Proteção às Pessoas com Deficiência. 
 
Procedimentos para elaboração do TD 
1. Selecione um dos um dos documentos acima (nos itens que incluem mais de um 
documento você pode selecionar de forma alternativa ou cumulativa) para reali-
zar o seu trabalho. 
2. Analise o documento e elabore um texto onde você deve: 
 Indicar qual foi o documento escolhido. 
 Explicar o conteúdo do documento de forma detalhada, sempre com apresenta-
ção de exemplos. 
 Descrever qual será a atividade proposta, como ela será desenvolvida, quais 
materiais serão utilizados e como ela será concretizada. 
 Indicar quais são os resultados esperados, destacando quais transformações vi-
sa alcançar nos alunos e na sociedade na qual eles estão inseridos. 
DESENVOLVIMENTO 
 
O documento escolhido para a análise é a Declaração Universal dos Direitos Humanos 
(DUDH). Elaborada por uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) en-
tre 1946 e 1948, a DUDH foi proclamada em 10 de dezembro de 1948 pela Assembleia 
Geral das Nações Unidas, em Paris. Esse documento é composto por 30 artigos que 
estabelecem os direitos fundamentais que todos os seres humanos devem possuir, 
independentemente de sua raça, religião, posição social, gênero, entre outros aspec-
tos. Nesta análise, daremos destaque ao Preâmbulo e aos Artigos de 1 a 5, juntamente 
com o Artigo 15, os quais englobam uma ampla gama de direitos fundamentais. 
 
Preâmbulo 
 
O Preâmbulo da DUDH estabelece os fundamentos e propósitos da declaração. Ele 
reconhece a dignidade inerente a todos os membros da família humana e afirma o 
compromisso de promover e respeitar os direitos humanos universais. Um exemplo real 
que ilustra a afirmativa contida no Preâmbulo é o Holocausto durante a Segunda Guer-
ra Mundial. Durante esse período, milhões de pessoas, principalmente de origem judai-
ca, foram perseguidas, detidas, torturadas e assassinadas em massa pelos nazistas, 
em um dos maiores genocídios da história. Esses atos de extrema crueldade e desres-
peito pelos direitos humanos chocaram o mundo e destacaram a necessidade de pro-
teção e respeito pelos direitos fundamentais de todos os seres humanos. 
 
Artigo 1º 
 
O Artigo 1º proclama que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade 
e direitos. Isso significa que todas as pessoas devem ser tratadas com igualdade e sem 
discriminação, independentemente de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política 
ou de qualquer outra natureza. Ele reconhece a igualdade essencial de todos os seres 
humanos como um princípio fundamental que deve ser respeitado e protegido. Pode-
mos citar como exemplo real do artigo 1º a luta contra a discriminação racial. Ao longo 
da história, houve casos em que pessoas foram discriminadas e oprimidas com base 
em sua raça ou origem étnica. Um exemplo notório é o apartheid na África do Sul, um 
sistema de segregação racial institucionalizado que negava direitos básicos aos ne-
gros. A luta contra o apartheid e a busca pela igualdade racial foram impulsionadas 
pelos princípios estabelecidos no artigo 1º, que reconhece que todos os seres huma-
nos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. 
 
Artigo 2º 
 
O Artigo 2º garante o direito à não discriminação. Afirma que todas as pessoas devem 
desfrutar dos direitos e liberdades estabelecidos na Declaração, sem distinção de qual-
quer tipo, como raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política, origem nacional ou 
social, propriedade, nascimento ou qualquer outra condição. Ele estabelece a obriga-
ção dos Estados e da sociedade como um todo de garantir que todas as pessoas se-
jam tratadas de maneira justa e igualitária, sem qualquer forma de discriminação. Seu 
objetivo é eliminar qualquer tipo de discriminação, preconceito ou estigmatização que 
possa limitar o pleno exercício dos direitos e liberdades individuais. Um exemplo con-
creto desse artigo é o movimento pelos direitos das mulheres. Ao longo dos séculos, as 
mulheres enfrentaram opressão e negação de igualdade de direitos em diversas socie-
dades ao redor do mundo. O movimento feminista tem se dedicado incansavelmente à 
promoção da igualdade de gênero, reivindicando direitos iguais para as mulheres em 
diversas áreas. Isso inclui direitos políticos, direitos reprodutivos, igualdade salarial e 
combate à violência de gênero. 
 
Artigo 3º 
 
O Artigo 3º estabelece o direito fundamental de todas as pessoas à vida, à liberdade e 
à segurança pessoal. Este artigo proíbe a privação arbitrária da vida, a escravidão, a 
tortura e tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. Ele reconhece a importância 
fundamental do direito à vida e protege a liberdade e a segurança pessoal das pesso-
as. Além de estabelecer esses direitos fundamentais, o Artigo 3º também estabelece 
princípios básicos para garantir a sua efetivação. Ele enfatiza a responsabilidade dos 
governos e da sociedade em proteger e assegurar o pleno exercício desses direitos. 
Um exemplo concreto da aplicação do Artigo 3º é o caso de prisões arbitrárias e deten-
ções ilegais que ocorrem em alguns países. Nessas situações, pessoas são privadas 
de sua liberdade sem justificativa legal, muitas vezes sem acesso adequado à repre-
sentação legal e sem a devida proteção contra maus-tratos e tortura. Essas práticas 
violam claramente o direito à liberdade e à segurança pessoal. 
 
Artigo 4º 
 
O Artigo 4º proíbe a escravidão e o trabalho forçado. Declara que ninguém deve ser 
mantido em escravidão ou servidão, e que o trabalho forçado ou compulsório é proibi-
do. Isso inclui a proibição do tráfico de pessoas e qualquer forma de exploração ou tra-
balho coercitivo. Seu objetivo principal é garantir a liberdade e a dignidade de todas as 
pessoas, protegendo-as contra a exploração e a coerção. Ele reconhece a igualdade e 
o valor inerente de todos os seres humanos, afirmando que ninguém pode ser tratado 
como propriedade de outra pessoa ou ser obrigado a trabalhar contra sua vontade. Um 
exemplo significativo da aplicação do Artigo 4º é o combate ao trabalho infantil. O tra-
balho infantil envolve crianças sendo forçadas a trabalhar em condições de exploração 
e abuso, privando-as de uma infância adequada, educação e desenvolvimento saudá-
vel. O trabalho infantil é uma forma de trabalho forçado que vai contra o Artigo 4º, que 
proíbeo trabalho compulsório em todas as suas formas. 
 
Artigo 5º 
 
O Artigo 5º estabelece o direito fundamental à liberdade, à segurança pessoal e à pro-
teção da lei. Ele proíbe a tortura, tratamentos ou punições cruéis, desumanos ou de-
gradantes. Garante que ninguém seja preso ou detido arbitrariamente, assegurando o 
direito a um julgamento justo e imparcial. Também reforça a importância de respeitar a 
dignidade humana e proteger contra abusos e tratamentos injustos. Esse artigo enfati-
za a necessidade de um sistema legal justo, onde todos tenham direito a um julgamen-
to justo e sejam considerados inocentes até que se prove sua culpa. Protege contra 
prisões arbitrárias, garantindo justificativa legal adequada. Um exemplo real do Artigo 
5º é o caso de defensores dos direitos humanos e jornalistas que são perseguidos e 
presos arbitrariamente em certos países por expressarem opiniões contrárias ao go-
verno. Esse artigo garante a liberdade de expressão, a segurança pessoal e o direito a 
um julgamento justo para essas pessoas, protegendo-as contra tratamentos desuma-
nos e punições cruéis. Organizações de direitos humanos atuam na defesa desses in-
divíduos, denunciando violações e buscando garantir que sejam respeitados os direitos 
fundamentais estabelecidos no Artigo 5º. 
 
Artigo 15º 
 
O Artigo 15 estabelece o direito de toda pessoa a uma nacionalidade. Esse artigo reco-
nhece que toda pessoa tem o direito de pertencer a um país, ser reconhecida como 
cidadã desse país e desfrutar dos direitos e responsabilidades associados a essa naci-
onalidade. Ele destaca a importância da nacionalidade como um elemento essencial da 
identidade pessoal e como um fator que garante o pleno exercício dos direitos civis e 
políticos. Estabelecendo que ninguém deve ser arbitrariamente privado de sua naciona-
lidade, nem privado do direito de mudar de nacionalidade. Além disso, o artigo busca 
prevenir a apatridia, que pode resultar em violações dos direitos humanos, como restri-
ções no acesso a serviços básicos e falta de proteção legal. Um exemplo real do Artigo 
15 é o caso dos refugiados. Esse artigo reconhece o direito de toda pessoa a uma na-
cionalidade, o que significa que os refugiados têm o direito de serem reconhecidos co-
mo cidadãos de um país e desfrutarem dos direitos e responsabilidades associados a 
essa nacionalidade 
 
Para promover o entendimento dos direitos humanos na escola, realizar uma atividade 
escolar que envolva a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) pode ser 
uma excelente abordagem. Abaixo, apresento um exemplo de como conduzir essa ati-
vidade de forma eficaz: 
 
1. Introdução: Comece explicando aos alunos o que é a DUDH, sua importância e 
como ela estabelece os direitos fundamentais de todos os seres humanos. Discu-
ta a relevância desses direitos em diferentes contextos, como em suas próprias 
vidas, na comunidade e no mundo. 
2. Leitura e análise da DUDH: Divida a turma em grupos e atribua a cada grupo um 
conjunto de artigos da DUDH para ler e analisar. Peça aos alunos que destaquem 
os pontos-chave de cada artigo, discutam seu significado e elaborem exemplos 
práticos que ilustrem esses direitos. 
3. Discussão em grupo: Depois que os grupos terminarem a leitura e análise, reúna 
a turma para uma discussão em grupo. Incentive os alunos a compartilharem su-
as descobertas, fazerem perguntas e debaterem sobre os direitos humanos abor-
dados nos artigos. 
4. Atividade criativa: Peça aos alunos que escolham um artigo da DUDH que lhes 
seja significativo e desenvolvam uma atividade criativa para expressar sua com-
preensão e importância desse direito. Pode ser um cartaz, uma história em qua-
drinhos, uma música, um vídeo ou qualquer outra forma de expressão artística. 
5. Apresentação e reflexão: Permita que cada grupo ou aluno apresente sua ativida-
de criativa para a turma. Após cada apresentação, reserve um tempo para discutir 
as percepções, os sentimentos e as reflexões despertadas pela atividade. 
6. Plano de ação: Encoraje os alunos a refletirem sobre como podem aplicar os prin-
cípios da DUDH em suas vidas cotidianas. Peça-lhes que elaborem um plano de 
ação pessoal ou coletivo para promover os direitos humanos em suas escolas, 
comunidades ou além. 
 
A atividade descrita acima, tem como objetivo alcançar os seguintes resultados nos 
alunos e na sociedade: 
 Conscientizar sobre os direitos humanos e a importância da DUDH. 
 Compreender os direitos humanos em diversos contextos sociais, políticos e cul-
turais. 
 Desenvolver habilidades de análise crítica dos artigos da DUDH e sua aplicação 
no dia a dia. 
 Estimular o debate e a reflexão em grupo sobre os direitos humanos. 
 Fomentar a expressão criativa e a empatia por meio de atividades artísticas rela-
cionadas aos direitos humanos. 
 Refletir sobre ações práticas para promover os direitos humanos no cotidiano. 
 Transformar os alunos em indivíduos conscientes de seus direitos e responsabili-
dades, capacitando-os a promover e respeitar os direitos humanos na sociedade. 
 
Em suma, a atividade visa transformar os alunos em indivíduos conscientes de seus 
direitos e responsabilidades como seres humanos, capacitados a promover e respeitar 
os direitos humanos em suas vidas e na sociedade em que vivem. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARTIGO 5°: “Ninguém será submetido à tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, 
desumanos ou degradantes”. Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, 
2018. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-
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ssoa%20humana%2C%20como%20a%20tortura. Acessado em: 15 jun. de 2023. 
 
ATIVIDADES para sala de aula sobre Direitos Humanos. Curso de Especialização 
Educação, Pobreza e Desigualdade Social. Disponível em: 
http://catalogo.egpbf.mec.gov.br/modulos/mod-2/atividadesdh.pdf. Acessado em: 14 
jun. de 2023. 
 
CUNHA, Carolina. Direitos femininos - uma luta por igualdade e direitos civis. UOL atu-
alidades, 2013. Disponível em: https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-
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Acessado em: 12 mai. 2023 
 
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https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos. Acessado em: 
12 jun. de 2023. 
 
DECLARAÇÃO Universal dos Direitos Humanos: como surgiu e o que propõe? DE-
SINSTITUTE. Disponível em: https://desinstitute.org.br/noticias/declaracao-universal- 
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DIREITOS dos Refugiados. Universidade Federal de Goiás. Disponível em: 
https://csvm.ufg.br/n/138092-direitos-dos-refugiados. Acessado em: 15 jun. de 2023. 
 
SILVA, Daniel Neves. "Apartheid"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/apartheid.htm. Acesso em: 15 de jun. de 2023. 
 
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https://brasilescola.uol.com.br/geografia/apartheid.htm