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Clínica Cirúrgica Medicina Anhembi Morumbi 1 Doenças Cirúrgicas Pediátricas ➔ CISTO TIREOGLOSSO O cisto tireoglosso é uma mal formação cervical, portanto congênita. Dependente da não reabsorção do ducto tireoglosso, mais comum de 1 a 5 anos, mas pode manifestar-se em qualquer idade, até em adultos (normalmente uma doença da cavidade oral na fase adulta). É um cisto (massa) palpável e indolor em região cervical ou linha média e móvel com a deglutição do paciente. O diagnóstico é clínico! Não sendo necessário a solicitação de exames complementares para confirmação de diagnóstico. Na doença solida, há vasos e tecidos presentes, já na doença cística não há presença de vasos e tecidos. O tratamento do cisto tireoglosso é cirúrgico, já que a tendencia é ele crescer e causar infecção. O prognostico da maioria das doenças císticas é excelente, porém é necessário que haja a ressecção total da cápsula. ➔ MALFORMAÇÕES BRANQUIAIS É uma doença congênita e decorrente de regressão defeituosa dos arcos branquiais. São patologias da região cervical lateral. O quadro clínico é marcado pela presença de cisto, sinus e/ou resquícios cartilaginosos. O tratamento é cirúrgico e o prognóstico é excelente. A complicação pode ser uma infecção caso não seja feito o tratamento de forma adequada. ➔ TORCICOLO CONGÊNITO Fibrose e encurtamento do musculo esternocleidomastoideo. Posicionamento vicioso da cabeça (deformidade crânio-facial). Rotura muscular -> parto pélvico – hematoma- tecido fibroso). RN 3ª semana de vida -> tumoração dura e indolor no trajeto muscular. Clínica Cirúrgica Medicina Anhembi Morumbi 2 Crianças não diagnosticadas desenvolvem, geralmente, com fibrose muscular. O tratamento em RN é realizado com fisioterapia para alongamento do músculo, e em crianças maiores o tratamento é cirúrgico. Pode aparecer como uma tumoração dura e indolor no trajeto muscular, com posicionamento vicioso da cabeça. ➔ LINFADENOPATIAS Etiologia bacteriana, viral, parasitaria, fúngica e neoplásica. Pode acometer linfonodos de diversas áreas corporais. ➔ HÉRNIA INGUINAL O conduto peritoneovaginal é uma projeção do peritônio que acompanha a descida do testículo ou do ligamento redondo e normalmente está obliterado ao nascimento. A persistência deste conduto no RN e na criança causa manifestações clínicas variadas. A história é de abaulamento na região inguinal. O diagnóstico é clínico e o tratamento é cirúrgico. O prognóstico é excelente. ➔ DISTOPIA TESTICULAR Ausência do testículo em sua posição normal, no escroto. Origem retroperitoneal, migração através do canal inguinal até o escroto (embriologia). 60% prematuros < 1800g – 3% RN a termo. A história, geralmente, é marcada por ausência de testículo no local normal a palpação, estando na maioria das vezes na região inguinal O tratamento é cirúrgico e a maioria dos pacientes tem até 1,5 anos de idade. O diagnóstico é clínico! A conduta é encaminhamento para o cirurgião para realizar o tratamento cirúrgico. ➔ TORÇÃO TESTICULAR Doença causada por má fixação testicular no escroto (o escroto tem movimento normal de regulação térmica). Em alguma dessas movimentações, o testículo torce. A torção acontece mais na adolescência e no adulto jovem. É marcado por dor aguda e edema, seguida de vômito. A dor pode começar no início abdominal em alguns casos. Clínica Cirúrgica Medicina Anhembi Morumbi 3 O diagnóstico é clínico e o tratamento é cirúrgico! (o mais rápido possível devido a isquemia). Quadro marcado por dor súbita e intensa, escrotal/abdominal, edema e hiperemia. ➔ ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO Hipertrofia da musculatura do piloro, principalmente de sua camada circular de origem desconhecida e que provoca obstáculo ao esvaziamento gástrico. Meninos 4 : 1; primogênito. Pico de incidência – 2ª a 8ª semanas de vida. Vômitos não biliosos (vômito branco), em jato, após as mamadas. Os vômitos são por perda de hidrogênio e ácido clorídrico. O tratamento é cirúrgico (corta o piloro para relaxar, após um tempo ele revasculariza e volta ao normal). A criança pode morrer por broncoaspiração, já que o estomago está dilatado e cheio de leite. Por isso é necessário a passagem de uma sonda nasogástrica para esvaziar o estômago. O tratamento é cirúrgico e o prognostico é excelente! ➔ INVAGINAÇÃO INTESTINAL Segmento proximal de alça intestinal penetra em um segmento distal, causando compressão vascular do mesentério, com consequente isquemia, necrose e perfuração com peritonite. O tubo intestinal entra um dentro do outro, o de fora entende que é alimento ou fezes e começa a realizar peristalse, fazendo com que ela dobre para dentro do intestino, causando isquemia. QUADRO CLÍNICO = lactente bem nutrido, IVAS ou GECA anterior. Quadro intermitente de dor abdominal súbita, em cólica, posição antálgica, sudorese, palidez cutânea, irritabilidade e ch0ro agudo. Vômitos precoces e evacuações mucossanguinolentas. EXAME FÍSICO = massa tumoral, palpável QSD. No US (patognomonico), imagem em alvo ou pseudo-rim. O tratamento é cirúrgico, reduzindo o instestino para voltá-lo para o lugar. O prognóstico depende da suspeita clínica e TEMPO de isquemia. Clínica Cirúrgica Medicina Anhembi Morumbi 4 ➔ ROTAÇÃO INTESTINAL INCOMPLETA Afecções congênitas que inclui desde a ausência total de rotação até alterações de fixação do intestino. 3% da população apresenta, com maioria assintomática. 50% de manifestações no período neonatal – sexo masculino 2:1. FOREGUT - Midgut Duodeno até ½ transverso-Hindgut. Estágios Desenvolvimento – Rotação 270º anti-horário. o intestino está solto dentro da barriga, podendo desenvolver VOLVO INTESTINO MÉDIO. VOLVO INTESTINO MÉDIO = emergência cirúrgica – 75% primeiro mês e 90% primeiro ano. Mesentério de base estreita, torção sobre o eixo artéria mesentérica superior. Vômitos biliosos, distensão abdominal, dor intensa, queda rápida EG. ➔ OBSTRUÇÃO DUODENAL Obstrução parcial ou completa do lúmen duodenal. Intrínsecas – Atresia duodenal, membrana duodenal. Extrínsecas – pâncreas anular, má rotação intestinal. Duplicidade duodenal. Sintoma mais comum: vômitos biliosos desde o nascimento. SINAL DE DUPLA BOLHA = bolha no estomago e outra bolha no duodeno em imagem de US. Esse sinal é suspeita de obstrução duodenal que pode se desenvolver para volvo. ➔ DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG – MEGA CÓLON CONGÊNITO Aganglionose Intestinal Congênita – Ausência Células Ganglionares nos plexos intermuscular (Auerbach) e submucoso (Meissner e Henle). Região aganglionar – espástica, aperistaltica, obstrução ao trânsito. QUADRO CLÍNICO = RN com retardo eliminação mecônio 24 a 48 horas, distensão abdominal progressiva, fezes explosivas ao toque retal. DIAGNÓSTICO = enema opaco (raio-x com contraste) – identificação de zona de transição (sem preparo). Pode realizar também biopsia e manometria.
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