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TAREFA 2- FILOSOFIA E ÉTICA EMPRESARIAL

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TAREFA DISSERTATIVA 2 
Filosofia e Ética Empresarial 
 
Vivemos na chamada sociedade moderna, onde os valores morais são os 
princípios da democracia liberal. Nela o individualismo é um forte 
pressuposto e em virtude disso deparamos com dilemas éticos que 
envolvem a desigualdade social. Muitas vezes encontramos pessoas sem 
posse alguma vivendo em situação sub-humana. O que fazer a respeito 
de uma situação como essa? Como podemos distribuir melhor as 
riquezas de um país se as leis defendem fortemente o direito a essas 
riquezas? Elabore um texto crítico de aproximadamente uma página que 
discuta suas concepções sobre essas questões levando em consideração 
o que estudamos até aqui. 
Nossos problemas não resultam da falta de recursos e sim da sua má alocação. 
Reduzir a desigualdade é o principal caminho para uma sociedade mais decente e 
mais produtiva. Nosso problema não é econômico, é político. 
A falha na distribuição de renda faz com que o problema da desigualdade social 
aumente, prejudicando os cidadãos mais pobres de ter acesso a educação, 
cultura e lazer. No entanto, os governos têm o dever de promover meios para 
subsistência da população. Inclusive, está na Constituição Federal que a 
erradicação da pobreza e a redução das desigualdades são objetivos 
fundamentais do país. 
O problema central da política é simples: os privilegiados adquirem 
progressivamente o poder de aumentar os seus privilégios. E o processo se 
agrava até atingir pontos de ruptura, com violência e tensões generalizadas. A 
desigualdade econômica e política – e a inoperância dos sistemas jurídicos – 
fazem parte de um mesmo processo de desequilíbrio social generalizado. 
A grande riqueza e a grande pobreza são igualmente patológicas para a 
sociedade. A pobreza porque é eticamente e economicamente prejudicial para 
toda a sociedade. E a riqueza porque os muitos ricos não sabem parar, 
transformam poder econômico em poder político, corroem a democracia. 
Assegurar a renda mínima e taxar os excessos são duas facetas do equilíbrio 
necessário. 
O combate à desigualdade é uma necessidade ética. Não é concebível que no século 
XXI tenhamos manifestações trágicas de pobreza e miséria. O básico, numa sociedade 
civilizada, não pode faltar a ninguém, e muito menos às crianças que não têm 
nenhuma responsabilidade pelo caos em que são jogadas. Não é uma questão de 
esquerda e direita, e sim de elementar decência humana. 
Para enfrentar a concentração de renda, a principal estratégia adotada com sucesso 
em países desenvolvidos é a efetivação de um sistema tributário progressivo, modelo 
que escalona a arrecadação de impostos, taxando mais os contribuintes com maior 
renda e patrimônio. A medida permite dinamizar os recursos concentrados no topo da 
pirâmide econômica, aumentando consumo, emprego, renda e lucro nas demais 
camadas sociais. 
Tal progressividade está prevista na Constituição brasileira, mas o que se vê hoje no 
país é o contrário: uma tributação regressiva que poupa os ricos e sobrecarrega os 
mais pobres. Mesmo ocupando um dos primeiros lugares entre os países com maior 
concentração de renda, o Brasil não implementa as reformas necessárias para aplacar 
o quadro. Uma das alegações contra as mudanças é que o aumento de tributos sobre 
grupos privilegiados pode afastar grandes investidores para países com menores 
encargos, ocasionado a chamada fuga de capital. Mas raros são os países 
desenvolvidos que cobram tão pouco imposto dos multimilionários quanto o Brasil.

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