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Tarefa 1-Filosofia e Ética Empresarial

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TAREFA DISSERTATIVA 1 
Filosofia e Ética Empresarial 
 
Para aprimorar o seu estudo sobre o conteúdo abordado até o 
momento, pesquise e elabore um pequeno texto, com até duas páginas, 
sobre os três conceitos trabalhados na unidade 10: memória, 
inconsciente e objeto. Procure enfatizar as propriedades de cada 
conceito e como cada um influencia na construção do conhecimento. 
Bom trabalho! 
 
Memoria 
Sabemos que a memória é a capacidade de fixar, reter, evocar e reconhecer 
impressões ou acontecimentos passados. "Em geral, todas as pessoas têm capacidade 
igual de reminiscência e de conservar na memória este ou aquele fato", escreve 
Samuel Johnson. Podemos definir a memória como uma espécie de lugar no cérebro 
onde retemos informações importantes. Ela guarda experiência na forma de imagens, 
sons ou de outras formas de lembranças, que são reavivadas através de um estímulo. 
A memória é a base da aprendizagem, pois só podemos nos desenvolver 
intelectualmente através do conhecimento de um conceito sobre o outro, como se 
fosse uma parede de tijolos. Se a base estiver firme, os que forem colocados em cima 
também estarão firmes. A aprendizagem passa pelo mesmo processo, pois se o 
conhecimento primário estiver bem consolidado na nossa memória, conseguiremos 
adquirir conhecimentos mais complexos posteriormente. 
Como definiu o fisiologista alemão Ewald Hering em 1920 “A memória recolhe os 
incontáveis fenômenos de nossa existência em um todo unitário; se não fosse a força 
unificadora da memória, nossa consciência se estilhaçaria em tantos fragmentos 
quantos os segundos já vividos”. A memória é a base do conhecimento e da 
aprendizagem, um processo que é construído a partir de uma aquisição sensorial e 
armazenamento de padrões que podem ser evocados e comparados com outros 
estímulos ambientais e que consequentemente podem definir uma resposta 
comportamental. Assim, conseguimos adaptar o meio ambiente às nossas 
necessidades e ensinamos as próximas gerações a fazerem o mesmo, podendo usar a 
memória como um viés cultural. Essa capacidade cerebral de armazenar as 
informações e a habilidade para transmiti-las a gerações seguintes através da memória 
e aprendizado garante o desenvolvimento racional da raça humana. Dessa forma, a 
memória é um dos processos psicológicos mais importantes que interfere na formação 
da nossa identidade cognitiva pessoal e de como interagimos em comunidade. Por 
esses motivos, os mecanismos mnemônicos são considerados essenciais para a 
elaboração da experiência e do conhecimento científico, filosófico e técnico. 
A memória sempre despertou o interesse e a imaginação do homem desde a 
antiguidade, porém os primeiros estudos científicos foram realizados há pouco mais de 
um século, trazendo várias discussões filosóficas antes disso. 
As pesquisas mais recentes sobre memória têm feito referência a trabalhos do final do 
século passado, considerados fundadores, como os de Bergson, na filosofia; de Freud, 
na psicanálise; de Proust, na literatura; de Ebbinghaus, na psicologia; a partir dos quais 
se desdobraram, no início desse século, investigações em várias áreas do 
conhecimento. Nessas diversas áreas, e dentre elas, sem dúvida, na psicologia, as 
pesquisas têm procurado circunscrever e definir o mais claramente possível os 
contornos conceituais do que seja memória. Ao longo do século XX, assistimos a 
inúmeros debates sobre o assunto, configurando as mais variadas tendências e 
perspectivas. 
De acordo com Abbagnano (op. Cit.), as primeiras referências filosóficas à Memória 
são encontradas em Platão (c. 427-c.347 a.C.), que, no diálogo Philebus, distinguiu dois 
momentos do processo mnemônico: a conservação de sensações e a reminiscência. 
Esses termos, posteriormente, também foram utilizados por Aristóteles. 
Para Aristóteles, a memória não consiste somente em conservar os traços do passado 
e tomá-los novamente por objetos. O tratado Da memória e da reminiscência examina 
mais geralmente o papel das imagens no exercício do pensamento. 
Freud representa a memória de dois tipos: a memória simbólica (rememorações), 
aquela passível de sofrer ação do esquecimento, concernente a história de 
agrupamento e sucessão de acontecimentos; e da memória propriamente dita, aquela 
que está no campo do inconsciente. 
No final do século XIX, Freud nos apresenta em seus esboços iniciais da teoria a 
construção daquilo que denominou de um modelo para a memória. O mecanismo 
psíquico parte de um processo de estratificação, em que Freud pensa nas sucessivas 
transcrições como modo de funcionamento de diferentes fases: a memória não 
preexiste de maneira simples, mas múltipla, estando registrada em diversas variedades 
de signos (Freud, 1896/1996). 
Somente em 1925, em seu texto sobre o “Bloco Mágico”, ao qual faz analogia deste 
com o aparelho que constitui a base dos sistemas consciente, pré-consciente e 
perceptual, Freud se ocupa em delinear o mecanismo da memória. Neste modelo é 
exposto que o aparelho mental possui capacidade receptiva ilimitada para novas 
percepções, registrando delas traços mnêmicos permanentes, embora não inalteráveis 
(Freud, 1925/1996). Ele divide a maneira de captação e armazenamento das 
percepções entre o sistema perceptivo (Pcpt.) e o sistema mnêmico. O sistema Pcpt 
recebe os estímulos perceptivos, sendo o responsável por suprir a consciência de toda 
diversidade das qualidades sensoriais. Já o segundo sistema possui memória e 
transforma as excitações momentâneas em traços permanentes. A memória é a 
função que se relaciona com esses traços mnêmicos, que são modificações 
permanentes dos elementos dos sistemas. Estes são responsáveis por registrar e 
manter as associações, pois as percepções estão mutuamente ligadas na memória, 
podendo tornar-se conscientes, mas que produzem seus efeitos quando em estado 
inconsciente. 
Toda a teorização até então formulada pressupõem uma aplicação prática das 
descobertas do mecanismo da memória, de maneira a apresentar uma modulação 
para o exercício clínico. Para Freud, então, o objetivo do tratamento psicanalítico é 
preencher as lacunas da memória (Bastos, 1999). Tendo como foco do tratamento as 
relações entre as lembranças e os esquecimentos e sabendo que há uma não 
linearidade nos processos mnêmicos, passíveis de serem acrescidos e editados no 
processo de recordação, sua construção teórica foi modificada e reestruturada ao 
longo de sua obra. 
Segundo Kandel, a chave para a formação de memórias é a atenção. O processo de 
armazenar e reter memórias explícitas através da construção de conexões entre ideias 
requer altos níveis de concentração mental, o que pode ser facilitado por um forte 
envolvimento intelectual ou emocional, em outras palavras, através da atenção. Em 
seu livro In Search of Memory, Kandel escreve que, para uma memória persistir, “as 
informações recebidas devem ser processadas completa e profundamente. Isto é 
conseguido dando atenção à informação e associando-a significativa e 
sistematicamente com o conhecimento já bem estabelecido na memória.” Sem prestar 
atenção a um pensamento ou experiência, os neurônios envolvidos perdem seu estado 
excitado de atividade elétrica em poucos segundos, e a memória se foi, deixando 
talvez apenas um pequeno rastro na mente. 
 
Inconsciente 
As teorias do neurologista austríaco Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, 
ainda são referenciais importantes para os estudos do inconsciente. Freud já defendia 
que apenas uma pequena fração das nossas memórias encontra-se ativada, 
demarcando os limites da consciência. Todas as demais estão em estado latente, ou 
seja, escondidas. “Freud representa essa ideia usando a metáfora do iceberg como um 
modelo da mente, onde a maior parte está submersa. A atividade mental consciente 
corresponderia apenas ao topo visível”, explica o psicólogo Marco Callegaro, mestre 
em neurociências ecomportamento pela Universidade Federal de Santa Catarina e 
autor do livro “O Novo Inconsciente” 
Com o avanço da neurociência, algumas ideias de Freud foram revistas e, na 
concepção contemporânea, o inconsciente é nada mais do que a soma de nossas 
memórias, é um depósito infinito de experiências de vida. Porém, muito além de 
arquivá-las, ele ainda as associa, num processo que foge à nossa compreensão. 
 
Objeto 
Podemos considerar que na teoria freudiana, de uma forma geral, o objeto está 
sempre ligado ao processo da história de vida do sujeito, ou seja, se o objeto é 
determinado por algo, não o é simplesmente por elementos constitucionais de cada 
sujeito, mas sim pela história de vida (fundamentalmente a história de vida infantil). 
Neste sentido, mesmo assim chamada “escolha de objeto” presente na adolescência e 
na vida adulta, se não ocorre por acaso, também não pode ser concebida como 
completamente determinada, seja por uma decisão soberana da consciência ou do 
ego. Freud se refere a objeto tanto no sentido de um objeto dito “externo” quanto a 
um objeto dito “interno”. O objeto é simultaneamente interno e externo. Trata-se de 
entender as formulações freudianas para além das tentativas de reduzi-las quer ao 
empirismo quer ao idealismo. Assim, seria preciso reconhecer que Freud supõe um 
sujeito (pulsional) constituindo objetos e também objetos (de identificação) 
constituindo o sujeito. 
Considerando a teoria pulsional, Freud afirma que constitui-se como objeto da pulsão 
todo objeto no qual ou através do qual a pulsão consegue atingir seu alvo. O objeto 
não é fixo, nem previamente determinado, é o que há de mais contingente no 
conjunto de elementos e processos presentes nos atos pulsionais. O objeto é variável e 
indeterminado, mas é o que permite satisfação às pulsões. Os objetos pulsionais 
tendem a ser objetos parciais, como por exemplo partes do corpo. Não precisam ser 
objetos reais presentes, podem ser objetos fantasiados, o importante é que sejam 
objetos que garantam a satisfação. 
Utilizando-se dos recursos próprios da língua alemã para a formação de palavras, 
Freud apresenta em suas obras uma série de noções que anunciam a riqueza e a 
variedade do uso do objeto na construção de sua teoria. Assim, encontramos, numa 
lista não exaustiva, noções como Objektwahl (escolha de objeto), Determinierung des 
Objectwahl (determinação da escolha de objeto), Identifizierung als Vorstufe der 
Objektwahl (identificação como grau elementar da escolha de objeto), infantile 
Objektwahl (escolha de objeto infantil), inzestuöse Objektwahl (escolha de objeto 
incestuosa), homossexuele Objektwahl (escolha de objeto homossexual), 
Anlehnungstypus der Objektwahl (escolha anaclítica de objeto), narzissistische 
Objektwahl (escolha narcísica de objeto), Objektfindung (encontro do objeto), 
Objektbesetzung (investimento de objeto), Objekt-Libido (objeto de libido), 
Objekttriebe (objeto de pulsões), Objektliebe (objeto de amor), Objektwechsel (troca 
de objeto), Objektwerbung (recrutamento do objeto), Objektverzicht (renúncia do 
objeto), Objektverlust (perda do objeto), Objektvermeidung (ato de evitar o objeto) e 
Mutterbrust als erstes Objekt (seio materno como primeiro objeto). 
A partir desses conceitos podemos reconhecer muitos dos temas centrais da teoria 
psicanalítica de Freud e a forma como a noção de objeto participa da construção do 
conjunto teórico. Em geral, Freud se refere a objetos que são na realidade 
representações psíquicas. Assim, o movimento a que se refere a moção pulsional deve 
ser considerado um movimento interno ao psiquismo. 
Então de acordo com Mattar (2004), algo que é passível de conhecimento pode 
ser chamado de objeto de conhecimento. Onde esse objeto de conhecimento só 
se torna possível em virtude de nossa capacidade de pensar. 
 
Referências: 
https://filosofianaescola.com/viver/socrates-a-memoria-e-a-internet/. 
Acesso em 08/05/2023. 
https://sites.google.com/view/sbgdicionariodefilosofia/mem%C3%B3ria. 
Acesso em 08/05/2023. 
https://www.scielo.br/j/agora/a/DBd6m78YwQ7sP3ZnrHTdNmB/?lang=pt
#:~:text=Considerando%20a%20teoria%20pulsional%2C%20Freud,process
os%20presentes%20nos%20atos%20pulsionais. Acesso em 08/05/2023. 
https://www.brainlatam.com/blog/historia-filosofia-e-sociologia-da-
memoria-3011. Acesso em 08/05/2023. 
Freud, S. (1895/1996). Estudos sobre a histeria. In Obras psicológicas 
completas de Sigmund Freud. Acesso em 08/05/2023. 
Kandel, E. R. Schwartz, J. H. & Jessell, T. M. (2000). Fundamentos da 
neurociência e do Comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 
Kendel, Eric R. Em busca da memória: O nascimento de uma nova ciência 
da mente. Companhia das Letras, 2021. 
Abbagnano, N. (2000). Dicionário de filosofia. São Paulo. Martins Fontes. 
MATTAR, J. A. Filosofia e ética na administração. São Paulo: Saraiva, 2004. 
 
 
 
https://filosofianaescola.com/viver/socrates-a-memoria-e-a-internet/
https://sites.google.com/view/sbgdicionariodefilosofia/mem%C3%B3ria
https://www.scielo.br/j/agora/a/DBd6m78YwQ7sP3ZnrHTdNmB/?lang=pt#:~:text=Considerando%20a%20teoria%20pulsional%2C%20Freud,processos%20presentes%20nos%20atos%20pulsionais
https://www.scielo.br/j/agora/a/DBd6m78YwQ7sP3ZnrHTdNmB/?lang=pt#:~:text=Considerando%20a%20teoria%20pulsional%2C%20Freud,processos%20presentes%20nos%20atos%20pulsionais
https://www.scielo.br/j/agora/a/DBd6m78YwQ7sP3ZnrHTdNmB/?lang=pt#:~:text=Considerando%20a%20teoria%20pulsional%2C%20Freud,processos%20presentes%20nos%20atos%20pulsionais
https://www.brainlatam.com/blog/historia-filosofia-e-sociologia-da-memoria-3011
https://www.brainlatam.com/blog/historia-filosofia-e-sociologia-da-memoria-3011

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